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Seja bem-vindo à nossa disciplina. Este texto possui - salvo algumas modificações - o mesmo
conteúdo do material preparado pela professora Rioco para o curso de Cálculo IV do Cederj.
Boa sorte!
Em Cálculo II-A, você aprendeu as integrais definidas. Agora, em Cálculo III-A, pretendemos que
você compreenda as integrais duplas e triplas de funções de duas ou três variáveis.
d = yn
R
Rij f
D
yj
∆y
yj−1
(x∗i , yj∗)
y0 = c R
a = x0 xi−1 xi b = xn x
∆x
Vamos dividir o retângulo R em subretângulos Rij da seguinte maneira: dividimos os intervalos [a, b]
e [c, d] em n subintervalos de mesmo comprimento ∆x = b−a n
e ∆y = d−c n
, respectivamente;
Cálculo III-A Módulo 1 2
traçamos retas verticais e horizontais pelas extremidades desses subintervalos. Vamos escolher
xi , yj ∈ Rij , para formarmos a soma
∗ ∗
n X
X n n
X
Sn = f x∗i , yj∗ ∆x∆y = f x∗i , yj∗ ∆A
j=1 i=1 i,j=1
onde f x∗i , yj∗ = 0 se x∗i , yj∗ ∈/ D.
Esta soma é dita soma de Riemann de f . Se existir o lim Sn = L, dizemos que f é integrável e
n→∞ ZZ ZZ
que o número L é dito integral de f sobre D e é indicado por f (x, y) dxdy ou f (x, y) dA
ZZ D D
ou f dA. Assim,
D
ZZ n
X
f (x, y) dxdy = lim f x∗i , yj∗ ∆x∆y .
n→∞
D i,j=1
OBS.:
Gf : z = f (x, y) (“teto”)
(“piso”)
x
(x∗i , yj∗) Rij
3. Se f (x, y) = 1 em D então
ZZ ZZ
1 dxdy = dxdy = A(D) = área de D .
D D
4. Propriedades
ZZ ZZ ZZ
(i) (f + g) dA = f dA+ g dA
D D D
ZZ ZZ
(ii) kf dA = k f dA, k ∈ R
D D
ZZ ZZ ZZ
(iii) D = D1 ∪ D2 ⇒ f dA = f dA+ f dA
D D1 D2
D1
D2
ou ZZ Z bZ Z dZ
d b
f (x, y) dxdy = f (x, y) dydx = f (x, y) dxdy
a c c a
D | {z }
integrais iteradas ou repetidas
Exemplo 1
ZZ
Calcule xy 2 dxdy, sendo D = [0, 1] × [−1, 0].
D
Solução:
Temos ZZ Z 1Z 0
2
xy dxdy = xy 2 dydx .
0 −1
D
ZZ Z 1 h 3 i0 Z 1 Z 1 h 2 i1
2 y 1 1 1 x 1
xy dxdy = x 3
= 3
x[0 − (−1)] dx = 3
x dx = 3 2
= 6
.
0 −1 0 0 0
D
Objetivos
• Estudar uma versão mais geral do Teorema de Fubini;
Suponhamos agora, que D seja diferente do retângulo [a, b] × [c, d]. Então vamos definir dois tipos
de região.
Definição 1
Dizemos que D é uma região do tipo I ou uma região simples vertical se D for limitada
à esquerda pela reta vertical x = a, à direita pela reta vertical x = b, inferiormente
pela curva de equação y = g1 (x) e superiormente pela curva y = g2 (x), onde g1 e g2 são
contı́nuas.
(x, y) (x, y)
D
(x, y)
y = g1 (x) y = g1 (x)
y = g1 (x)
a x b x a x b x a x b x
Definição 2
Dizemos que D é uma região do tipo II ou uma região simples horizontal, se D for limitada
inferiormente e superiormente pelas retas horizontais y = c e y = d, respectivamente, à
esquerda pela curva x = h1 (y) e à direita pela curva x = h2 (y), onde h1 e h2 são contı́nuas.
y y y
d d d
x = h1 (x)
x = h1 (x) D x = h1 (x)
x = h2 (x) D D
x = h2 (x) x = h2 (x)
x x x
c c c
x x x
Exemplo 1
Calcule por meio dos dois métodos a integral de f (x, y) = xy sobre a região D limitada pelas curvas
y = x e y = x2 .
Solução:
y=x
(x, y)
D y = x2
x 1 x
Método 1
Método 2
y
x=y
y
√
D x= y
1 x
√
Enquadrando D como tipo II, temos D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ y . Então,
ZZ Z 1Z √y Z 1 h i√y Z 1 Z 1
x2 1 2 1
xy dxdy = xy dxdy = y 2 dy = 2 y (y − y ) dy = 2 (y 2 − y 3) dy
0 y 0 y 0 0
D
h i1
1 y3 y4
= 2 3
− 4
0
1 1 1
= 2 3
− 4
1
= 24
.
Exemplo 2
√
Calcule, por meio de integral dupla, a área da região plana D limitada pelas curvas y = x3 e y = x.
Solução:
O esboço de D é:
y
y = x1/2 y = x3
√
1 y= x = x1/2
D y = x3
1 x
ZZ Z 1 Z x1/2 Z 1 h i1
x4
A(D) = dxdy = dydx = x1/2 − x3 dx = 32 x3/2 − 4
= 2
3
− 1
4
= 5
12
u.a.
0 x3 0 0
D
Exemplo 3
Solução:
O plano x + y + z = 3 passa pelos pontos A = (3, 0, 0), B = (0, 3, 0) e C = (0, 0, 3). Assim, o
esboço de W é:
z
C
y
teto de W
3 x+y =3
W y =3−x
D
B
A y 3 x
D (piso) y=0
x
ZZ
b) f (x, y) dxdy, D = {(x, y) ∈ R2 ; |x| ≤ π/2 , 0 ≤ y ≤ cos x}, f (x, y) = y sen x.
D
Exercı́cio 3: Esboce a região de integração e inverta a ordem das integrais iteradas em:
Z 1Z Z Z √
y 1 1−x2
a) f (x, y) dxdy c) √
f (x, y) dydx
0 0 −1 − 1−x2
Z 1Z √ Z 1Z
y 3x
b) f (x, y) dxdy d) f (x, y) dydx
0 y 0 x
Z 1Z 2
2
Exercı́cio 4: Calcule 4ex dxdy.
0 2y
Z 5Z 5
y
Exercı́cio 5: Calcule dydx .
1 x x ln y
Exercı́cio 6: Use a integral dupla para calcular a área da região D limitada pelas curvas y = 4x − x2
e y = x.
Solução:
a) Temos
Z 2Z 2 Z 2 ix=2 Z 2 h ix=2
exy
h
xy
ye dxdy = y dy = exy dy =
1 1 1 y x=1 1 x=1
Z 2 i2
e2y e4 e2 e4 3e2
h
2y y y 2
= e −e dy = −e = −e − −e = − + e.
1 2 1 2 2 2 2
b) Temos
Z 2Z x Z 2Z x Z 2 h iy=x
x2 2 −1 1
dydx = xy dydx = x2 − dx =
1 1 y2 1 1 1 y y=1
Z 2 Z 2
1
2
−x + x2 dx =
= x − + 1 dx =
1 x 1
x3 2
h 2
x 8 1 1 8 1 1 5
i
= − + = −2 + − − + = −2 + + − = .
2 3 1 3 2 3 3 2 3 6
Solução:
2
D
1 2 x
Temos Z 2Z
ZZ 2x Z 2 i2x
y4
h
3 3
xy dxdy = xy dydx = x dx =
1 0 1 4 0
D
Z 2 Z 2
16x4
= x − 0 dx = 4x5 dx =
1 4 1
6 i2
x 2 2
h
=4 = (26 − 1) = (64 − 1) = 42 .
6 1 3 3
−π/2 π/2 x
Exercı́cio 3: Esboce a região de integração e inverta a ordem das integrais iteradas em:
√
Z 1Z y Z 1 Z 1−x2
a) f (x, y) dxdy c) √
f (x, y) dydx
0 0 −1 − 1−x2
√
Z 1Z y Z 1Z 3x
b) f (x, y) dxdy d) f (x, y) dydx
0 y 0 x
Solução:
1
x=y ⇒ y=x
entra em x = 0
D
sai em x = y
1 x
Para inverter a ordem de integração devemos enquadrar D como tipo I. Então imaginemos uma reta
vertical através de D, orientada como o eixo y.
y
sai em y = 1
entra em y = x
1 x
Logo, Z 1Z 4 Z 1Z 1
f (x, y) dxdy = f (x, y) dydx .
0 0 0 x
√
b) A região de integração D é dada pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ y . Portanto, D é
√
do tipo II e está limitada à esquerda pela reta x = y (ou y = x) e à direita pela curva x = y (ou
y = x2 , com x > 0), entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1.
1
x=y
entra em x = y
√
x= y
D √
sai em x = y
1 x
Para inverter a ordem de integração devemos enquadrar D como tipo I. Então imaginemos uma reta
vertical através de D, orientada como o eixo y. Vemos que ela entra em D em y = x2 e sai de D
em y = x. Vemos também que D está compreendida entre as retas x = 0 e x = 1. Então, temos:
D = (x, y) ∈ R2 ; x2 ≤ y ≤ x , 0 ≤ x ≤ 1 .
sai em y = x
1 x
entra em y = x2
Logo, √
Z 1Z y Z 1Z x
f (x, y) dxdy = f (x, y) dydx .
0 y 0 x2
√ √
c) A região de integração D é dada pelas desigualdades −1 ≤ x ≤ 1 e −√ 1 − x2 ≤ y ≤ 1 − x2 .
Portanto, D é do tipo I e está limitada inferiormente
√ pela curva y = − 1 − x2 (ou x2 + y 2 = 1,
com y ≤ 0) e superiormente pela curva y = 1 − x2 (ou x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0), entre as retas
x = −1 e x = 1. Assim, o esboço de D está representado na figura que se segue.
y
p
entra em x = − 1 − y 2 p
1 sai em x = 1 − y2
−1 1 x
D
−1
Para inverter a ordem de integração, devemos definir D como tipo II. Então, considerando uma
p reta
horizontal através depD, orientada como o eixo X, vemos que ela entra em D em x = − 1 − y 2
e sai de D em x = 1 − y 2 . Vemos, também, que D está compreendida entre as retas horizontais
y = −1 e y = 1. Então,
n p p o
D = (x, y) ∈ R2 ; −1 ≤ y ≤ 1 , − 1 − y 2 ≤ x ≤ 1 − y 2 .
Logo,
Z 1 Z √
1−x2 Z 1 Z √1−y2
√
f (x, y) dydx = √ f (x, y) dxdy .
−1 − 1−x2 −1 − 1−y 2
sai em y = 3x
D entra em y = x
1
1 x
Na figura vemos que D não é do tipo II, pois está limitada à esquerda pelas curvas x = y e x = y/3.
Para inverter a ordem de integração, devemos decompor a região D em duas partes: D1 e D2 , como
representado na figura que se segue.
3
D2
y
entra em x =
3 sai em x = 1
D1
y sai em x = y
entra em x =
3
1
1 x
0≤y≤1 1≤y≤3
Temos D1 : e D2 : . Então,
y/3 ≤ x ≤ y y/3 ≤ x ≤ 1
Z 1Z 3x Z 1Z y Z 3Z 1
f (x, y) dydx = f (x, y) dxdy + f (x, y) dxdy .
0 x 0 y/3 1 y/3
Z 1Z 2
2
Exercı́cio 4: Calcule 4ex dxdy.
0 2y
Z
2
Solução: Não podemos integrar nessa ordem, pois ex dx não é uma função elementar, isto é, ela
não pode ser escrita como uma soma finita de funções elementares (funções estudadas em Cálculo
I). Portanto, devemos inverter a ordem de integração. A região de integração D é dada pelas
desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e 2y ≤ x ≤ 2. Assim, D é do tipo II e está limitada à esquerda pela reta
x = 2y (ou y = x/2) e à direita pela reta x = 2, entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1.
y
x
x = 2y ⇒ y =
2
1
2 x
Imaginemos uma reta vertical através de D, orientada como o eixo y. Ela entra em D em y = 0 e
sai de D em y = x/2. Vemos que D está entre as retas x = 0 (eixo y) e a reta x = 2. Então,
D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ x/2 .
Assim,
Z 1Z 2 Z 2Z x/2 Z 2 Z x/2 Z 2 Z 2
x2 x2 x2 x2 x 2
4e dxdy = 4e dydx = 4e dydx = 4e dx = ex 2x dx .
0 2y 0 0 0 0 0 2 0
Z 5Z 5
y
Exercı́cio 5: Calcule dydx .
1 x x ln y
Z
y
Solução: Não podemos integrar nessa ordem, pois dy não é uma função elementar.
x ln y
Então vamos inverter a ordem de integração. Para isso devemos esboçar a região de integração D
dada pelas desigualdades 1 ≤ x ≤ 5 e x ≤ y ≤ 5. Logo, a região é do tipo I e está limitada
inferiormente pela reta y = x e superiormente pela reta y = 5 e está compreendida entre as retas
verticais x = 1 e x = 5.
D
entra em x = 1
sai em x = y
1 x
Imaginemos uma reta horizontal, através de D, orientada como o eixo x. Vemos que ela entra em
D em x = 1 e sai de D em x = y. Vemos, também que D está entre as retas horizontais y = 1 e
1≤y≤5
y = 5. Assim, D : . Então,
1≤x≤y
Z 5Z 5 Z 5Z y Z 5 iy
y y y
h
dydx = dxdy = ln x dy =
1 x x ln y 1 1 x ln y 1 ln y 1
Z 5 Z 5 Z 5 i5
y y y2 1
h
52 − 1 = 12 .
= (ln y − ln 1) dy = · ln y dy = y dy = =
1 ln y 1 ln y 1 2 1 2
Exercı́cio 6: Use a integral dupla para calcular a área da região D limitada pelas curvas y = 4x − x2
e y = x.
y
sai em y = 4x − x2
D (3, 3)
entra em y = x
x
0≤x≤3
Descrevendo D como uma região do tipo I, temos D : . Como A(D) =
ZZ x ≤ y ≤ 4x − x2
dxdy, temos
D
Z 3Z 4x−x2 Z 3
4x − x2 − x dx =
A(D) = dydx =
0 x 0
3
x3 3
Z h 2
3x
i
3x − x2 dx =
= − =
0 2 3 0
27 9
= −9= u.a.
2 2
Solução:
Esboço do sólido W
4 “teto”
−2
D
2
x 4
y
“piso”
2
x3 2
Z
8 128
h i
4 − x2 dx = 4 4x −
=4 =4·2 8− = u.v.
−2 3 −2 3 3
Solução:
Esboço do sólido W
z y
x−y =2
“teto” 1
1
D
B
2 x
−1
entra em x = 0 sai em x = 2 + y
W
−2
−1
C 1
D y
2
x A
“piso”
1 2 1 1 2 1 8
= 2+ − − − −2 + + − = u.v.
2 3 4 2 3 4 3
x
ZZ
a) dxdy, sendo D = [1, 2] × [0, 1].
1 + y2
D
ZZ
b) x dxdy na região D compreendida entre as curvas y = x2 , y = 0 e x = 1.
D
x
ZZ
c) dxdy, onde D é a região limitada pelas retas y = x, y = 2x, x = 1 e x = 2.
y
D
Solução:
1 2 x
3 3 π 3π
= (arctg 1 − arctg 0) = −0 = .
2 2 4 8
Cálculo III-A Lista 1 2
y = x2
1 x
Como D é diferente de um retângulo com lados paralelos aos eixos coordenados, devemos enquadrar
D como uma região do tipo I ou do tipo II.
Solução 1:
Vamos descrever D como tipo I. Seja (x, y) ∈ D. Então traçamos uma reta vertical por (x, y).
D
y = x2
(x, y)
1 x
y=0
Vemos que esta reta vertical corta a fronteira inferior de D no eixo x, onde y = 0, e a fronteira superior
de D na parábola y = x2 . Então, 0 ≤ y ≤ x2 . Projetando a região D sobre o eixo x, encontramos
o intervalo fechado [0, 1]. Então, 0 ≤ x ≤ 1. Portanto D = {(x, y); 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ x2 }.
Temos, então,
ZZ Z 1Z x2 Z 1 Z x2 Z 1 x2
x dxdy = x dydx = x dydx = x y 0 dx =
0 0 0 0 0
D
Z 1 i1
x4 1
h
3
= x dx = = .
0 4 0 4
Observação: A integral do lado direito de uma integral dupla é uma integral iterada, cuja primeira
integral definida indicada deverá ter limites de integração constantes, pois o valor da integral dupla
será um número real.
Solução 2
Vamos descrever D como tipo II. Então traçamos uma reta horizontal por (x, y) ∈ D.
y √
y = x2 ⇒ x = y
1
D
√ x=1
x= y
(x, y)
1 x
√
Vemos que esta reta horizontal corta a fronteira da esquerda na parábola x = y e a fronteira da
√
direita na reta x = 1. Então, y ≤ x ≤ 1. Projetando D sobre o eixo y, temos o intervalo [0, 1].
√
Logo, 0 ≤ y ≤ 1. Então, D = {(x, y); 0 ≤ y ≤ 1 , y ≤ x ≤ 1}.
Portanto,
ZZ Z 1Z 1 Z 1 i1 Z 1
x2 1
h
x dxdy = x dxdy = dy = (1 − y) dy =
0
√
y 0 2 √
y 2 0
D
i1
1 y2 1 1 1
h
= y− = 1− = .
2 2 0 2 2 4
y = 2x
D
(x, y)
2
1
y=x
1 2 x
Na figura vemos que a fronteira inferior é a reta y = x e a fronteira superior é a reta y = 2x. Então
x ≤ y ≤ 2x. Como a projeção de D sobre o eixo x é o intervalo fechado [1, 2], temos 1 ≤ x ≤ 2.
Temos, então, D = {(x, y); 1 ≤ x ≤ 2 , x ≤ y ≤ 2x}.
Portanto,
ZZ Z 2Z 2x Z 2 Z 2x Z 2
x x 1 2x
dxdy = dydx = x dydx = x ln y x dx =
y 1 x y 1 x y 1
D
Z 2 Z 2 Z 2 Z x
2x
= x(ln 2x − ln x) dx = x ln dx = x ln 2 dx = ln 2 x dx =
1 1 x 1 1
i2
x2 3
h
= ln 2 = ln 2 .
2 1 2
Observação: Podemos, também, enquadrar D como tipo II. Haverá, no entanto, uma complicação
adicional, se fizermos isso, pois a fronteira direita de D é a reta x = 1 e a fronteira esquerda de D
é constituı́da de duas partes, pela reta y = x abaixo da reta y = 2 e pela reta y = 2x, acima de
y = 2. Então é necessário decompor D em duas partes D1 e D2 : D = D1 ∪ D2 . Logo,
ZZ ZZ ZZ
x x x
dxdy = dxdy + dxdy .
y y y
D D1 D2
1 1 1 3 3 1
h i
= (2 − ln 2) − − ln 1 = − ln 2 = − ln 2 .
2 2 2 2 4 2
y y = 2x ⇒ x = y/2
4
x = y/2 x=2
D2
2 y=x⇒x=y
x=1
1
x=y
D1
1 2 x
Projetando D2 sobre o eixo y, temos 2 ≤ y ≤ 4. A região D2 está limitada à esquerda pela reta
x = y/2 e à direita por x = 2. Logo, y/2 ≤ x ≤ 2. Então D2 = {(x, y); 2 ≤ y ≤ 4 , y/2 ≤ x ≤ 2}
e ZZ Z 4Z 2 Z 4 Z 2 Z 4 h i2
x x 1 1 x2
dxdy = dxdy = x dxdy = dy =
y 2 y/2 y 2 y y/2 2 y 2 y/2
D2
4 4
y2 4
Z Z
1 1 y2 1 4 y 1
h i
= 4− dy = − dy = 4 ln y − =
2 2 y 4 2 2 y 4 2 8 2
1 1 1 3 3
h i
= (4 ln 4 − 2) − 4 ln 2 − = 4 ln 2 − = 2 ln 2 − .
2 2 2 2 4
Portanto, ZZ
x 3 1 3 3
dxdy = − ln 2 + 2 ln 2 − = ln 2
D y 4 2 4 2
Obtivemos, assim, o mesmo resultado anterior.
Solução:
0≤x≤1
a) A região de integração é dada por D : (tipo I). Logo, D está limitada pelas retas
0≤y≤x
verticais x = 0 (eixo y) e x = 1; limitada inferiormente pela reta y = 0 (eixo x) e superiormente
pela reta y = x. Assim, o esboço da região D está representado na figura que se segue.
1 y=x
x=1
1 x
y=0
Para inverter a ordem de integração devemos descrever D como região do tipo II.
y
entra em x = y
1
sai em x = 1
1 x
Vemos que D está compreendida entre as retas horizontais y = 0 e y = 1. Considerando uma reta
horizontal no
interior de D, vemos que ela entra em D em x = y e sai de D em x = 1. Então,
0≤y≤1
temos D : . Logo,
y≤x≤1
Z 1Z x Z 1Z 1
f (x, y)dydx = f (x, y)dxdy .
0 0 0 y
0≤y≤1
b) A região de integração é dada por D : √ √ (tipo II). Logo, D está limitada pelas
− y≤x≤ y
√
retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. À esquerda D é limitada pela curva x = − y e à direita
√ √
pela curva x = y . De x = ± y, temos y = x2 . Assim, o esboço da região D está representado
na figura que se segue.
y
y=1
1
√
x = − y ⇒ y = x2 √
x= y ⇒ y = x2
D
−1 1 x
Vemos que D está compreendida entre as retas verticais x = −1 e x = 1. Considerando uma reta
vertical, no interior de D, diferente do eixo y, vemos que ela entra em D em y = x2 e sai de D em
y = 1.
y
sai em y = 1
1
D entra em y = x2
−1 1 x
−1 ≤ x ≤ 1
Então, temos D : . Logo,
x2 ≤ y ≤ 1
Z 1Z √
y Z 1Z 1
√
f (x, y)dxdy = f (x, y)dydx .
0 − y −1 x2
0≤x≤1
c) A região de integração D é dada por D : (tipo I). Logo, D está compreendida
2x ≤ y ≤ x + 1
entre as retas verticais x = 0 e x = 1 e está limitada inferiormente pela reta y = 2x (ou x = y/2) e
superiormente pela reta y = x + 1 (ou x = y − 1). Assim, o esboço da região D está representado
pela figura que se segue. Como D está limitada à esquerda pela curva x = 0 e pela reta y = x + 1,
y
y = x+1
1
D
x=0 y = 2x
1 x
concluı́mos que D não é do tipo II. Mas podemos olhar para D como a união de duas regiões do
tipo II, isto é, D = D1 ∪ D2 .
y entra em x = y − 1
sai em x = y/2
2
D2
1 sai em x = y/2
entra em x = 0
D1
1 x
0≤y≤1
d) A região de integração é dada por D : (tipo II). Logo, D está compre-
y − 1 ≤ x ≤ 2 − 2y
endida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. De y − 1 ≤ x ≤ 2 − 2y, vemos que D
está limitada à esquerda pela reta x = y − 1 (ou y = x + 1) e à direita pela reta x = 2 − 2y (ou
y = (2 − x)/2). Assim, o esboço da região D está representado na figura que se segue.
1 sai em y = 2−x
2
sai em y = x + 1
D1 D2
−1 2 x
entra em y = 0 entra em y = 0
Como a fronteira superior de D é formada pela retas x = y − 1 e x = 2 − 2y, vemos que D não é
do tipo I. Mas D = D1 ∪ D2 , onde D1 e D2 são do tipo I.
Z πZ π Z 3Z 1
sen y 3
a) dydx c) √ ey dydx
0 x y 0 x/3
Z 1Z 1 Z 8Z 2
1
b) x2 exy dxdy d) dydx
0 y 0
√
3
x y4 + 1
Solução:
0≤x≤π
a) A região de integração D é dada por D : (tipo I). De 0 ≤ x ≤ π, vemos que D
x≤y≤π
está compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = π. De x ≤ y ≤ π, vemos que D
está limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela reta y = π. Assim, o esboço de D
está representado na figura que se segue.
y
π
π x
Vemos que D está compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = π e que qualquer
reta horizontal no interior de D entra em D em x = 0 e sai de D em x = y.
y
π sai em x = y
D
entra em x = 0
π x
0≤y≤π
Logo D : . Assim,
0≤x≤y
Z πZ π Z πZ y Z π
sen y sen y sen y y
dydx = dxdy = x 0 dy =
0 x y 0 0 y 0 y
Z π Z π
sen y π
= · y dy = sen y dy = − cos y 0 = 2 .
0 y 0
0≤y≤1
b) A região de integração D é dada por D : (tipo II). De 0 ≤ y ≤ 1 vemos que D
y≤x≤1
está compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. De y ≤ x ≤ 1 vemos que D
está limitada à esquerda pela reta x = y e à direita pela reta x = 1. Assim, o esboço de D está
representado na figura que se segue.
y
1
1 x
Z 1 Z 1 Z 1
x2 x2
x2
= e − 1 dx = xe dx − x dx =
0 x 0 0
2
1 i1
ex x2 e−1 1 e−2
h
= − = − = .
2 2 0 2 2 2
0
(
c) A região de integração D é dada por D : q 0 ≤ x ≤ 3 (tipo I). De 0 ≤ x ≤ 3, vemos que D
x
≤y≤1
3
x
q
está compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 3. De ≤ y ≤ 1, vemos que D
3
x
q
está limitada inferiormente pela curva y = (ou x = 3y 2, com y ≥ 0) e superiormente pela reta
3
y = 1. Assim, o esboço de D está representado na figura que se segue.
1
D
3 x
√ 0≤x≤8
d) A região de integração D é dada por D : (tipo I). De 0 ≤ x ≤ 8, vemos que
3
x≤y≤2
√
D está compreendida entre as retas verticais
√ x = 0 e x = 8. De 3
x ≤ y ≤ 2, vemos que D está
3
limitada inferiormente pela curva y = x (ou x = y ) e superiormente pela reta y = 2. Assim, o
3
2
D
8 x
Vemos que D está compreendida entre retas horizontais y = 0 e y = 2. Vemos, também, que
qualquer reta horizontal no interior de D entra na região em x = 0 e sai da região em x = y 3 .
2
D
entra em x = 0
8 x
sai em x = y 3
0≤y≤2
Logo, D : . Assim,
0 ≤ x ≤ y3
Z 8Z 2 Z 2Z y3 Z 2
1 1 y3
4
dydx = dxdy = dy =
0
√ 3 x y +1 0 0 y4 + 1 0 y4+1
Z 2 i2
1 d(y 4 + 1) 1 1 1
h
4
= = ln(y + 1) = (ln 17 − ln 1) = ln 17 .
4 0 y4 + 1 4 0 4 4
Exercı́cio 4: Em cada caso calcule, por meio de integral dupla, a área da região D do plano xy
delimitada pelas curvas indicadas.
a) y = x3 , x + y = 2 e y = 0.
b) x = y 2 + 1 e x + y = 3.
c) y = x2 , x − y = 1, x = 1 e x = −1.
Solução:
y
y = x3
1 x+y =2
2 x
y=0
0≤y≤1
de D em x = 2 − y. Então temos D : 1/3 .
y ≤x≤2−y
ZZ
Como a área de D é dada por A(D) = dxdy temos,
D
Z 1Z 2−y Z 1
2 − y − y 1/3 dy =
A(D) = dxdy =
0 y 1/3 0
y2 3 4/3 1 1 3 3
h i
= 2y − − y = 2 − − = u.a.
2 4 0 2 4 4
1 2 5 x
D sai em x = 3 − y
entra em x = y 2 + 1
−2
Vemos que D está compreendida entre as retas horizontais y = −2 e y = 1. Considerando uma reta
horizontal qualquer no interior de D, diferente do eixo x, vemos que ela entra em D em x = y 2 + 1
−2 ≤ y ≤ 1
e sai de D em x = 3 − y. Então, temos D : 2 . Portanto,
y +1≤x≤3−y
ZZ Z 1 Z 3−y Z 1
3 − y − y 2 − 1 dy =
A(D) = dxdy = dxdy =
−2 y 2 +1 −2
D
Z 1 i1
y2 y3
h
2 − y − y 2 dy = 2y − −
= =
−2 2 3 −2
1 1 8 1 1 8 9
= 2− − − −4 − 2 + = 2 − − + 4 + 2 − = u.a.
2 3 3 2 3 3 2
−1 1 x
D
−1
entra em y = x − 1
Vemos que D está limitada entre as retas verticais x = −1 e x = 1. Vemos, também, que qualquer
reta vertical no interior de D, diferente do eixo y, entra em D em y = x − 1 e sai de D em y = x2 .
−1 ≤ x ≤ 1
Assim D : . Então,
x − 1 ≤ y ≤ x2
ZZ Z 1Z x2 Z 1
x2 − x + 1 dx =
A(D) = dxdy = dydx =
−1 x−1 −1
D
i1
x3 x2 1 1 1 1 8
h
= − +x = − + 1 − − − − 1 = u.a.
3 2 −1 3 2 3 2 3
Exercı́cio 5: Calcule o volume do sólido W , no primeiro octante, limitado pelo cilindro parabólico
z = 4 − x2 e pelos planos x + y = 2, x = 0, y = 0 e z = 0.
No plano xz, traçamos o arco de parábola z = 4 − x2 , com x ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equação não
depende da variável y, consideramos, por pontos da parábola, as semirretas paralelas ao eixo y.
z
4
y
2
x
No plano xy traçamos o segmento de reta x + y = 2 que liga A(2, 0, 0) a B(0, 2, 0). Como esta
equação não depende da variável z, traçamos por pontos do segmento as semirretas paralelas ao eixo
z.
2
2 B
A
y
x
Vemos que A(2, 0, 0) e C(0, 2, 4) são pontos comuns às duas superfı́cies. Então, a curva de interseção
é a curva obtida ao ligar esses dois pontos. Considerando que o sólido é limitado pelos planos x = 0,
y = 0 e z = 0, temos o esboço de W representado na figura que se segue.
4
C
“teto”: z = f (x, y) = 4 − x2
W
2
2 B
y
A “piso” D
x
ZZ
Temos V (W ) = f (x, y) dxdy, onde f (x, y) = 4 − x2 , e D está representado na seguinte região
D
triangular.
2
sai em y = 2 − x
x+y = 2
D
2 x
entra em y = 0
0≤x≤2
Descrevendo D como uma região do tipo I, temos D : . Então,
0≤ y ≤ 2−x
ZZ Z 2Z 2−x Z 2
2 2
V (W ) = (4 − x ) dxdy = (4 − x ) dydx = (4 − x2 )(2 − x) dx =
0 0 0
D
Z 2 h 4 i2
x 2x3 20
x3 − 2x2 − 4x + 8 dx = − 2x2 + 8x =
= − u.v.
0 4 3 0 3
Exercı́cio 6: Esboce o sólido, no primeiro octante, limitado pelo cilindro x2 + z 2 = 1 e pelos planos
y = 2x, y = 0 e z = 0, e encontre o seu volume.
z
1
y
1
No plano xy, traçamos a semirreta y = 2x, com x ≥ 0. Como esta equação não depende da variável
z, por pontos da semirreta, traçamos semirretas paralelas ao eixo z.
z
A
1
2
1 y
x B
Vemos que A(0, 0, 1) e B(1, 2, 0) são pontos comuns às duas superfı́cies. Então, a curva de interseção
é obtida ao ligarmos tais pontos. Considerando que W é limitado pelos planos y = 0 e z = 0, temos
que o esboço de W está representado na figura que se segue.
y
z
2 sai em y = 2x
A 1
√
“teto”: z = f (x, y) = 1 − x2
W D
1 x
entra em y = 0
2
1 y
x “piso” D
B
Temos ZZ ZZ √
V (W ) = f (x, y) dxdy = 1 − x2 dxdy,
D D
0≤x≤1
onde D, como tipo I, é dado por D : . Então,
0 ≤ y ≤ 2x
Z 1Z 2x √ Z 1 √
V (W ) = 1− x2 dydx = 1 − x2 · 2x dx =
0 0 0
Z 1
2 1 2 2
(1 − x2 )1/2 (−2x) dx = − (1 − x2 )3/2
=− 0
= − (0 − 1) = u.v.
0 3 3 3
Solução: Inicialmente traçamos, no plano yz, a parábola z = 8 − 2y 2. Como esta equação não
depende da variável x, consideramos, por pontos da parábola, as retas paralelas ao eixo x. Como o
sólido está limitado pelos planos x = 0, x = 8 e z = 0, temos o esboço do sólido W representado
na figura que se segue.
z
8
“teto”: z = f (x, y) = 8 − 2y 2
y
W 2
D
−2
8 x
−2
2
y
8 “piso” D
Portanto,
ZZ ZZ Z 2Z 8
2
V (W ) = f (x, y) dxdy = (8 − 2y ) dxdy = (8 − 2y 2) dxdy =
−2 0
D D
i2
2y 3 16 512
h
= 8 8y − = 16 16 − = u.v.
3 −2 3 3
Solução: No plano xy, esboçamos a parábola y = x2 . Como esta equação não depende da variável
z, traçamos, por pontos da parábola, as retas paralelas ao eixo z. Considerando que o sólido está
limitado pelos planos z = 0, z = 4 e y = 4, temos o esboço de W representado na figura que se
segue.
z
“teto”: z = 4
y sai em y = 4
4 4
W D
entra em y = x2
−2
−2 2 x
2
4
y
x “piso” D
Portanto, Z 2Z
ZZ ZZ 4
V (W ) = f (x, y) dxdy = 4 dxdy = 4 dydx =
−2 x2
D D
2
x3 2
Z
32 128
h i
2
=4 (4 − x ) dx = 4 4x − =4 = u.v.
−2 3 −2 3 3
Exercı́cio 9: Encontre o volume do sólido no primeiro octante, limitado pelos planos coordenados,
pelo plano x = 3 e pelo cilindro parabólico z = 4 − y 2 .
Solução:
z
4
A “teto” de W : z = f (x, y) = 4 − y 2
W
2
y
3
x B
“piso” D : 0 ≤ x ≤ 3 , 0 ≤ y ≤ 2
Exercı́cio 10: Use uma integral dupla para calcular o volume do sólido W , no primeiro octante,
compreendido pelas superfı́cies y 2 = x, z = 0 e x + z = 1.
S1
1
y
x
Para esboçar a superfı́cie de equação x = y 2 (dita cilindro parabólico, pela ausência da variável z),
desenhamos, inicialmente, a parábola x = y 2 , no plano xy, e, por pontos da parábola, consideramos
as retas paralelas ao eixo z, pois a equação x = y 2 não contém a variável z. Obtemos, assim, o
esboço da superfı́cie de equação x = y 2.
S2
−1
1
Observemos que A1 = (1, 1, 0), A2 = (0, 0, 1) e A3 = (1, −1, 0) são pontos comuns às duas
superfı́cies. Portanto, ao ligarmos A1 , A2 e A3 temos a curva interseção das duas superfı́cies.
A2
A3
y
1
A1
Considerando que o sólido W está limitado pelo plano z = 0 (plano xy), temos o esboço de W .
Vemos que o “teto” de W é o gráfico de z = 1 − x e que o “piso” de W é a região D dada por:
Entra em x = y 2 Sai em x = 1
D
1 x
−1
Objetivo
• Aprender a fazer mudança de variáveis em integrais duplas.
No Cálculo II, você aprendeu a fórmula da mudança de variável para uma função de uma variável:
Z b Z d
f (x) dx = f (g(u)) g ′ (u) du .
a c
Para as integrais duplas, temos uma fórmula análoga.
ϕ f
Duv Dxy = ϕ(Duv )
u x R
ZZ ZZ
f (x, y) dxdy = f x(u, v), y(u, v) |J| dudv .
Dxy Duv
Cálculo III-A Módulo 2 2
∂u ∂u
∂x ∂y 1
= Jϕ(u, v) −1 =
−1
Jϕ (x, y) = .
∂v ∂v
J (ϕ(u, v))
∂x ∂y
Exemplo 1
ZZ
(x+y)6
Calcule, utilizando uma mudança de variáveis conveniente, a integral y−x
dxdy, sendo Dxy a
Dxy
região limitada pelas retas y + x = 3, y + x = 5, y − x = 1 e y − x = 3.
Solução:
3 Dxy
3 5 x
Temos,
∂x ∂x 1 1
−
∂(x, y) ∂u ∂v 2 2 1
J= = = = 6= 0 .
∂(u, v) ∂y ∂y 1
1 2
∂u ∂v 2 2
1
Como dxdy = |J| dudv, temos dxdy = 2 dudv.
v
3
Duv
1
3 5 u
= (57 − 37 ) ln143 .
Objetivo
• Estudar uma mudança de variáveis bastante usada: coordenadas polares.
No Cálculo II, você aprendeu coordenadas polares (r, θ), onde r é a distância de um ponto P = (x, y)
à origem e θ o ângulo (em radianos) formado pelo eixo x positivo e pelo raio polar OP .
P (x, y)
r
y
θ
O x x
Então, ZZ ZZ
f (x, y) dxdy = f (r cos θ, r sen θ) r drdθ .
D Drθ
OBS.:
Exemplo 1
ZZ
2 +y 2 √
Calcule ex dxdy, onde D é a região limitada pela curva y = 1 − x2 e pelo eixo x.
D
Solução:
O esboço de D é:
y
1
r=1
D (r, θ)
θ
−1 1 x
r=0
ZZ Z 1 h i1
x2 +y 2 π 2 π 2
e dxdy = 2
er d(r 2 ) = 2
er = π2 (e − 1) .
0 0
D
Exemplo 2
ZZ
Calcule I = y dxdy, onde D é limitado por x2 + y 2 = 2y.
D
Solução:
Completando o quadrado em x2 +y 2 = 2y, temos x2 +(y −1)2 = 1. Logo, temos uma circunferência
de centro (0, 1) e raio 1. Assim, o esboço de D é:
y
2
1 D
Calcular I, enquadrando D como tipo I ou tipo II, é uma tarefa difı́cil (verifique), então passemos
para coordenadas polares. Temos,
x = r cos θ
y = r sen θ
dxdy = rdrdθ
2
x + y 2 = r2
Então, Z π
2
I = 3
(1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ) dθ
0
Z π
2 1
= 3
· 2
(1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ) d(2θ)
0
h iπ
= 31 2θ − 2 sen 2θ + 1
2
2θ + sen 4θ
2
0
h iπ
= 31 3θ − 2 sen 2θ + sen 4θ
4
0
= π.
x−y
ZZ
Exercı́cio 1: Calcule dA, onde D é a região compreendida pelas retas x−y = 0, x−y = 1,
x+y
D
x + y = 1 e x + y = 3.
ZZ
y
Exercı́cio 2: Use a transformação u = e v = xy para determinar xy 3 dA na região D do
x
D
primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4.
ZZ
2 +y 2 )
Exercı́cio 3: Calcule a integral dupla e−(x dA, onde D é a região contida na circunferência
D
x2 + y 2 = 1.
ZZ p
Exercı́cio 4: Calcule x2 + y 2 dxdy, onde D é o disco centrado fora da origem, dado pela
D
desigualdade x2 + y 2 ≤ 2y ou x2 + (y − 1)2 ≤ 1.
ZZ
y
Exercı́cio 5: Calcule p dA, onde D é a região no primeiro quadrante fora da circunferência
x + y2
2
D
r = 2 e dentro do cardioide r = 2(1 + cos θ).
√ √
Z 1 Z 1−x2 Z 3Z 18−x2
2 2 3/2
a) (x + y ) dydx b) sen (x2 + y 2 + 1) dydx
−1 0 0 x
Solução: Calcular diretamente essa integral seria penoso pela complexidade da região de integração.
Mas a ocorrência das expressões x − y e x + y no integrando e também nas equações da fronteira
u+v u−v
sugere a seguinte transformação: u = x + y e v = x − y donde x = ey= .
2 2
O jacobiano J é dado por
∂x ∂x 1 1
∂(x, y) −1 1 1
∂u ∂v 2 2
J= = = = − =− .
∂(u, v) ∂y ∂y 1 1 4 4 2
−
∂u ∂v 2 2
v
1
Duv
1 3 u
y
ZZ
Exercı́cio 2: Use a transformação u = e v = xy para determinar xy 3 dA na região D do
x
D
primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4.
y
v
y = 3x 4
Duv
y=x
D 1
xy = 4
xy = 1 1 3 u
x
Com essa transformação, a região D transforma-se na região Duv limitada pelas retas u = 1, u = 3,
v = 1 e v = 4. Temos:
∂u ∂u −y 1
∂x ∂y
∂(u, v) x2 x y y 2y
J −1 = = = = − x − x = − x = −2u .
∂(x, y) ∂v ∂v y x
∂x ∂y
Logo,
∂(x, y) 1 1 1
= −1 = =− .
∂(u, v) J −2u 2u
ZZ
2 +y 2 )
Exercı́cio 3: Calcule a integral dupla e−(x dA onde D é a região contida na circunferência
D
x2 + y 2 = 1.
y
1
1 x
Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo vemos que
0 ≤ θ ≤ 2π. A equação x2 + y 2 = 1 transforma-se em r 2 = 1 ou r = 1. Assim, para θ fixo, fazemos
r crescer de r = 0 a r = 1. Logo Drθ é dado pelas desigualdades 0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ r ≤ 1. Portanto:
ZZ ZZ Z 2π Z 1
−(x2 +y 2 ) −r 2 2
e dA = e r drdθ = e−r r drdθ =
0 0
D Drθ
Z 2π Z 1 Z 2π i1 Z 2π
1 1 1
h
−r 2 −r 2
= e (−2r) drdθ = − e dθ = − e
−1
−1 dθ = 1 − e−1 π .
−2 0 0 2 0 0 2 0
ZZ p
Exercı́cio 4: Calcule x2 + y 2 dxdy onde D é o disco centrado fora da origem, dado pela
D
desigualdade x2 + y 2 ≤ 2y ou x2 + (y − 1)2 ≤ 1.
y
2
D
1
p √
x2 + y 2 transforma-se em r 2 = r 2/3 .
3
O integrando 3
Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo vemos que θ
varia de 0 a π. A equação da circunferência x2 + y 2 = 2y transforma-se, em coordenadas polares,
em r 2 = 2r sen θ donde r = 2 sen θ é a equação polar da circunferência.
Assim, para θ fixo, fazemos
0≤θ≤π
r crescer de r = 0 a r = 2 sen θ. Logo, Drθ é dado por Drθ : .
0 ≤ r ≤ 2 sen θ
π/2
2 r
Então,
ZZ p ZZ √ ZZ Z πZ 2 sen θ
2
x2 + y 2 dxdy = r2 r drdθ = r drdθ = r 2 drdθ =
0 0
D Drθ Drθ
Z π h 3 i2 sen θ Z π
r 8
= dθ = sen3 θ dθ .
0 3 0 3 0
Mas:
sen3 θ = sen2 θ sen θ = 1 − cos2 θ sen θ .
Fazendo u = cos θ temos du = − sen θ dθ. Para θ = 0 temos u = 1 e para θ = π temos u = −1.
Então,
Z π Z 1 Z 1
8 2 8 2 −8
1 − u2 du =
I= 1 − cos θ sen θ dθ = 1 − u (−du) =
3 0 3 −1 3 −1
1
u3 1
Z
8 8 8 1 1 8 2 32
h i h i
= 1 − u2 )du = u− = 1− − −1 + = 2− = .
3 −1 3 3 −1 3 3 3 3 3 9
OBS.: Você notou que um disco centrado na origem transforma-se em um retângulo no plano rθ e
que um disco centrado fora da origem não se transforma em um retângulo no plano rθ?
y
ZZ
Exercı́cio 5: Calcule p dA onde D é a região no primeiro quadrante fora da circunferência
x + y2
2
D
r = 2 e dentro do cardioide r = 2(1 + cos θ).
Esboço de D
entra em r = 2
D
2 4
−2
1 8
h i
= −2 0 − 1 + = .
3 3
Solução:
a) Temos: √
Z 1 Z 1−x2 ZZ
2 3/2
2
3/2
x2 + y 2
I= x +y dydx = dxdy,
−1 0
D
onde n √ o
2 2
D = (x, y) ∈ R | −1 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 − x .
−1 1 x
2 2 2
Passando para
coordenadas polares, temos x + y = r e dA = rdrdθ e Drθ é dado pelas desigual-
0≤θ≤π
dades Drθ : . Então,
0≤r≤1
ZZ ZZ Z 1 Z π Z 1 h 5 i1
2 3/2 4 4 r π
r 4 dr = π
I= r r drdθ = r drdθ = r dθdr = π = .
0 0 0 5 0 5
Drθ Drθ
b) Temos,
√
Z 3 Z 18−x2 ZZ
2 2
sen x2 + y 2 + 1 dxdy
I= sen x + y + 1 dydx =
0 x
D
√
onde D : (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 3 , x ≤ y ≤ 18 − x2 . Logo, D está entre as retas verticais x = 0
√
e x = 3 e está limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela curva y = 18 − x2 ou
x2 + y 2 = 18, com y ≥ 0. De y = x e x2 + y 2 = 18, com y ≥ 0 temos x2 = 9. Como x ≥ 0,
temos x = 3 donde y = 3. Logo, o ponto de interseção é o ponto (3, 3). Assim, o esboço de D está
representado na figura que se segue.
y √
sai em r = 18
√
18
P
(3, 3)
D
y=x
π/4
3 x
entra em r = 0
2
Fazendo
√ u = r + 1 temos du = 2r dr donde r dr = −du/2. Para r = 0 temos u = 1 e para
r = 18 temos u = 19. Então,
Z 19 i19
π du π π
h
I= sen u = − cos u = (cos 1 − cos 19) .
4 1 2 8 1 8
4 y
2
D
W 2 x
2 y
2
“piso” D : x2 + y 2 ≤ 4
x
Temos: ZZ ZZ
4 − x2 − y 2 dxdy .
V (W ) = f (x, y) dxdy =
D D
r4 2
h i
2
= 2π 2r − = 2π(8 − 4) = 8π u.v.
4 0
z z
2 2
“teto”
W1
W
D 1
1
x 2 x 2
y y
“piso”
1 D
0 ≤ θ ≤ π/2
Então, o semidisco D em coordenadas polares é Drθ : . Então,
0 ≤ r ≤ 2 sen θ
ZZ
1/2
V (W ) = 2 4 − r2 r drdθ =
Drθ
Z π/2 Z 2 sen θ
2 1/2
= 4 − r2 (−2r) drdθ =
−2 0 0
Z 2π 3/2 i2 sen θ
2
h
= 4 − r2 dθ =
0 3 0
Z π/2
2
h 3/2 i
= − 4 − 4 sen2 θ − 43/2 dθ =
3 0
Z π/2
2
h 3/2 i
2
= − 4 cos θ − 8 dθ =
3 0
Z π/2 Z π/2
2 2
3/2 16
= − 4 cos θ dθ + dθ .
3 0 3 0
3/2
Como 0 ≤ θ ≤ π/2, temos cos θ ≥ 0, portanto (4 cos2 θ) = (2 cos θ)3 = 8 cos3 θ. Então,
Z π/2 3/2
Z π/2
2
4 cos θ dθ = 8 cos2 θ · cos θ dθ =
0 0
Z π/2 iπ/2
sen3 θ
h
2
=8 1 − sen θ d(sen θ) = 8 sen θ − =
0 3 0
1 16
=8 1− = .
3 3
Assim,
2 16 16 π 8
V (W ) = − · + · = (3π − 4) u.v.
3 3 3 2 9
y
π x+y =π
x − y = −π
D
−π π x
x + y = −π
−π x−y =π
u+v u−v
De u = x + y e v = x − y temos x = ey= . Portanto, o jacobiano da mudança é dado
2 2
por:
∂x ∂x 1 1
∂(x, y) −1 1 1
∂u ∂v 2 2
J= = = = − =− .
∂(u, v) ∂y ∂y 1 1 4 4 2
−
∂u ∂v 2 2
1
Como dxdy = |J| dudv então dxdy = dudv. A função f (x, y) = (x+y)2 sen2 (x−y) transforma-se
2
em u2 sen2 v.
v
π
Duv
−π π u
−π
π3 1 sen 2v π π4
h i
= · v− = .
3 2 2 −π 3
ZZ
Exercı́cio 2: Use a mudança de variáveis u = xy e v = y/x, e calcule a integral dupla (x2 +
D
2y 2) dA, sendo D a região do plano xy no primeiro quadrante, delimitada pelas curvas xy = 1,
xy = 2, y = x e y = 2x.
u u
Solução: Se u = xy e v = y/x vemos que uv = y 2 e = x2 . Assim, x2 + 2y 2 = + 2uv. Por
v v
outro lado
∂u ∂u
∂x ∂y y x
1 ∂(u, v) y y 2y
J −1 = = = = 1 = x + x = x = 2v .
J ∂(x, y) ∂v ∂v −y
x2 x
∂u ∂y
1 1
Logo, J = . Como dA = |J| dudv, então dA = dudv .
2v 2v
Como D está limitada por xy = 1, xy = 2, y = x (ou y/x = 1) e y = 2x (ou y/x = 2) então Duv
está limitada por u = 1, u = 2, v = 1 e v = 2.
v
2
Duv
1
1 2 u
ZZ
Exercı́cio 3: Calcule xy 3 dA da região D do primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x,
D
xy = 1 e xy = 4.
y
v
y = 3x 4
Duv
y=x
D 1
xy = 4
xy = 1 1 3 u
x
Com a transformação u = y/x, v = xy, a região D transforma-se na região Duv limitada pelas retas
u = 1, u = 3, v = 1 e v = 4. Temos:
∂u ∂u −y
∂x ∂y 1
∂(u, v) x2 x = − y − y = − 2y = −2u .
J −1 = = =
∂(x, y) ∂v ∂v y x x x
x
∂x ∂y
Logo:
∂(x, y) 1 1 1
= −1 = =− .
∂(u, v) J −2u 2u
ZZ p
a) x2 + y 2 dxdy, sendo D o disco de centro na origem e raio 2.
D
ZZ 2
b) x2 + y 2 dA, onde D é a região dada por x2 + y 2 ≤ 4, com x ≥ 0.
D
ln(x2 + y 2 )
ZZ
c) dxdy, sendo D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ e2 , com y ≥ 0.
x2 + y 2
D
√
Z a Z a2 −x2
2 −y 2
d) e−x dydx.
−a 0
1
ZZ
e) p dA, sendo D : 1 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ x.
x + y2
2
D
ZZ
f) (x + y) dA, sendo D : x2 + y 2 − 2y ≤ 0.
D
Solução:
y sai em r = 2
2
D
2 x
entra em r = 0
p √
Em coordenadas polares temos x2 + y 2 = r 2 = r e dxdy = rdrdθ.
Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo, vemos que
0 ≤ θ ≤ 2π.
θ
2π
Drθ
2 r
Logo: Z 2Z
ZZ p ZZ ZZ 2π
2
2 2
x + y dxdy = r · r drdθ = r drdθ = r 2 dθdr =
0 0
D Drθ Drθ
Z 2 h 3 i2
2 r 16π
= 2π r dr = 2π = .
0 3 0 3
Observação: Notem que em coordenadas polares qualquer disco de centro na origem transforma-se
em um retângulo com os lados paralelos aos eixos coordenados.
2 x
−2
θ
π
2
Drθ
2 r
− π2
Logo: ZZ ZZ ZZ
2 2 2 4
(x + y ) dA = r · r drdθ = r 5 drdθ =
D Drθ Drθ
Z 2 Z π/2 Z 2 h 6 i2
r 32π
= r5 dθdr = π r 5 dr = π = .
0 −π/2 0 6 0 3
y
e
sai em r = e
D 1 P
−e −1 1 e x
entra em r = 1
ln(x2 + y 2 ) ln(r2 ) 2 ln r
Em coordenadas polares temos = = 2 e dxdy = r drdθ.
x2 + y 2 r2 r
θ
π
Drθ
1 e r
Logo: ZZ ZZ ZZ
ln(x2 + y 2 ) 2 ln r ln r
dxdy = · r drdθ = 2 drdθ =
x2 + y 2 r2 r
D Drθ Drθ
Z e Z π Z e
ln r ln r
=2 dθdr = 2π dr .
1 r 0 1 r
1
Fazendo u = ln r temos du = dr. Por outro lado, para r = 1 temos u = ln 1 = 0 e para r = e
r
temos u = ln e = 1. Então:
Z e Z 1 h 2 i1
ln r u 1
dr = u du = = .
0 r 0 2 0 2
Substituindo acima temos:
ZZ
ln(x2 + y 2 ) 1
dxdy = 2π · = π.
x2 + y 2 2
D
d) Temos √
Z a Z a2 −x2 ZZ
−x2 −y 2 2 −y 2
I= e dydx = e−x dxdy
−a 0
D
−a ≤ x ≤
√a
onde D é dada por D : cujo esboço está represen-
0 ≤ y ≤ a2 − x2 ⇒ x2 + y 2 = a2 , y ≥ 0
tado na figura que se segue.
y
a
−a a x
−(x +y ) 2 2 2
Passando para
coordenadas polares temos e = e−r e dxdy = r drdθ e a região D transforma-
0≤r≤a
se em Drθ : . Logo:
0≤θ≤π
ZZ Z a Z π Z a
−r 2 −r 2 2
I= e r drdθ = e r dθdr = π e−r r dr =
0 0 0
Drθ
Z a h 2 ia
π −r 2 π π 2
= e (−2r)dr = − e−r = 1 − e−a .
−2 0 2 0 2
y
y=x
1 3 x
1 1
Por coordenadas polares temos p dA = √ · r drdθ = drdθ.
x2 + y2 r2
sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ
na região Drθ dada por Drθ : . Logo:
0 ≤ θ ≤ π/4
ZZ ZZ Z π/4 Z 3 sec θ
1
p dA = drdθ = drdθ =
x2 + y 2 0 sec θ
D Drθ
Z π/4 Z π/4 π/4
= (3 sec θ − sec θ)dθ = 2 sec θ dθ = 3 ln(sec θ + tg θ) 0 =
0 0
π π
h i
= 3 ln sec + tg − ln(sec 0 + tg 0) =
4 4
√ √
= 3 ln( 2 + 1) − ln(1 + 0) = 3 ln( 2 + 1) .
y
2
D
sai em r = 2 sen θ
1
P
entra em r = 0
Temos: ZZ ZZ ZZ
(x + y) dA = x dA + y dA .
D D D
Como f (x, y) = x é uma função ı́mpar na variável x e a região D tem simetria em relação ao eixo
y, então: ZZ ZZ
f (x, y) dA = x dA = 0 .
D D
Assim: ZZ ZZ
(x + y) dA = y dA .
D D
Considerando um ponto P qualquer no interior de D, não situado no eixo y, vemos que a semirreta
OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferência x2 + y 2 = 2y
1 1 sen 4θ π 1
h i
= 2θ − 2 sen 2θ + 2θ + = (2π + π) = π .
3 2 2 0 3
y
sai em r = 4 cos θ
2 √
(1, 3) √
3
P θ
D 1
θ
2 4 x
entra em r = 2
Assim, efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo, vemos
que 0 ≤ θ ≤ π/3.
a) Esboce a região D.
b) Expresse a soma das integrais do segundo membro como uma só integral na qual a ordem de
integração esteja invertida.
Solução:
ZZ
a) Temos I = f (x, y) dxdy com D = D1 ∪ D2 , onde D1 = (x, y); 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ x e
D √ √
D2 = (x, y); 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2 − x2 . Os esboços de D1 e D2 são:
y
y
1 (1, 1)
1 (1, 1)
y=x
D1 D2
√
1 x 1 2 x
y
1 (1, 1)
x=y
p
D x= 2 − y2
√
1 2 x
0 ≤ y ≤ 1p
b) Enquadrando D como tipo II, temos D : . Então:
y ≤ x ≤ 2 − y2
Z 1Z √2−y2
I= f (x, y) dxdy .
0 y
0≤θ≤√
π/4
c) Expressando D como coordenadas polares, temos D : . Então:
0≤r≤ 2
√Z
ZZ Z 2 π/4
2
ln 1 + r 2 r dθdr =
I= ln 1 + r r drdθ =
0 0
Drθ
√
Z 2
π
ln 1 + r 2 r dr .
=
4 0
dy √
Fazendo y = 1 + r 2 , temos dy = 2r dr, donde r dr = . Para r = 0, temos y = 1 e para r = 2
2
temos y = 3. Então: Z 3 Z 3
π dy π
I= ln y = ln y dy .
4 1 2 8 1
Aplicando integração por partes, temos:
1
u = ln y , dv = dy ⇒ du = dy , v = y .
y
Z Z
Como u dv = uv − v du, então:
"3 Z #
3 Z 3
π 1 π
I= y ln y − y· dy = 3 ln 3 − ln 1 − dy =
8 1 y 8 1
1
3 !
π
= 3 ln 3 − y
8
1
ou
π
I= (3 ln 3 − 2) .
8
√
Z 1Z 1+ 1−y 2
a) I = √ xy dxdy
0 1− 1−y 2
√
Z aZ a2 −x2 p
b) I = a2 − x2 − y 2 dydx, a > 0
0 0
Solução:
0≤y≤1 p
a) A integral I está definida sobre a região D descrita pelas desigualdades D : . p
1 − 1 − y2 ≤ x ≤ 1 + 1 − y2
Observe que D está descrita como uma região do tipo II. Examinemos a fronteira da esquerda de D:
p p
x = 1 − 1 − y 2 , 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ x − 1 = − 1 − y 2 , 0 ≤ y ≤ 1(∴ x ≤ 1) .
Elevando ao quadrado, tem-se:
(x − 1)2 = 1 − y 2, 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1
o que implica
(x − 1)2 + y 2 = 1, 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1 .
Então a fronteira da esquerda é a parte da circunferência (x − 1)2 + y 2 = 1 com 0 ≤ y ≤ 1 e
x ≤ 1. Examinando a fronteira da direita, temos que consiste da parte da mesma circunferência com
0 ≤ y ≤ 1 e x ≥ 1. Assim, o esboço de D está representado na figura que se segue.
y
r = 2 cos θ
(x, y)
1 2 x
r=0
0≤x≤√ a
b) A integral I está definida sobre a região D descrita pelas desigualdades D :
0 ≤ y ≤ a2 − x2
√
que é do tipo I. A fronteira superior de D é a curva y = a2 − x2 com 0 ≤ x ≤ a e y ≥ 0 que
corresponde à parte da circunferência x2 + y 2 = a2 com 0 ≤ x ≤ a e y ≥ 0.
a
r=a
D
(x, y)
a x
r=0
O ponto (x, y) = (r cos θ, r sen θ) ∈ D é tal que θ varia segundo 0 ≤ θ ≤ π/2 e r varia segundo
0 ≤ r ≤ a.
2 “teto”
1 1
x y
D (“piso”)
Observemos que o “teto” do sólido W é uma porção da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, donde z =
p
4 − x2 − y 2 = f (x, y). O “piso” de W é o disco D : x2 + y 2 ≤ 1. Então
ZZ ZZ p
V (W ) = f (x, y) dxdy = 4 − x2 − y 2 dxdy .
D D
2
h
3/2
i1
2π 2π √
= −π · · (4 − r 2 ) =− 33/2 − 43/2 = 8 − 3 3 u.v.
3 0 3 3
4 y
2
D
W 2 x
2 y
2
“piso” D : x2 + y 2 ≤ 4
x
Temos: ZZ ZZ
4 − x2 − y 2 dxdy .
V (W ) = f (x, y) dxdy =
D D
2
r4 2
Z h i
4r − r 3 dr = 2π 2r 2 −
= 2π = 2π(8 − 4) = 8π u.v.
0 4 0
Objetivo
• Estudar algumas aplicações fı́sicas como massa, centro de massa e momento de inércia.
1. Massa
Seja D ⊂ R2 , uma região compacta, representando uma lâmina plana delgada. Suponhamos que a
função contı́nua e positiva δ : D ⊂ R2 → R representa a densidade superficial de massa (massa por
unidade de área).
Rij
R
(x∗i , yj∗ )
Considerando-se
n2 subretângulos Rij de algum retângulo R que contém D e uma escolha
x∗i , yj∗ ∈ Rij , observamos que a soma
n X
X n
δ x∗i , yj∗ ∆A
j=1 i=1
é uma aproximação da massa M de D, onde δ x∗i , yj∗ = 0 se x∗i , yj∗ ∈/ D. Logo, é razoável definir
a massa M de D com ZZ
M= δ(x, y) dxdy .
D
Cálculo III-A Módulo 3 2
2. Centro de Massa
a) Seja um sistema finito de partı́culas P1 = (x1 , y1 ), P2 = (x2 , y2), · · · , Pn = (xn , yn ), com massas
mi , i = 1, · · · , n, respectivamente. Lembrando da Fı́sica que os momentos de massa desse sistema,
em relação aos eixos x e y, são definidos por:
n
X n
X
Mx = mi yi e My = mi xi .
i=1 i=1
n
X
O centro de massa do sistema é o ponto (x, y), que se comporta como se a massa total M = mi
i=1
do sistema estivesse concentrada nesse ponto. Logo,
Mx = My e My = Mx
ou n n
X X
m i xi mi y i
My Mx
x= = i=1n e y= i=1
= n .
M X M X
mi mi
i=1 i=1
b) Se considerarmos no lugar de um sistema finito de partı́culas, uma lâmina plana D, com densidade
superficial de massa dada por uma função contı́nua e positiva δ(x, y), fazemos
uma partição de algum
retângulo R contendo D, obtendo subretângulos Rij . Escolhemos xi , yj ∈ Rij . Logo, a massa de
∗ ∗
Rij pode ser aproximada por δ x∗i , yj∗ ∆A, onde δ x∗i , yj∗ = 0 se δ x∗i , yj∗ ∈ / D. Então
n
X n
X
Mx ≃ yj∗ δ x∗i , yj∗ ∆A e My ≃ x∗i δ x∗i , yj∗ ∆A .
i,j=1 i,j=1
3. Momento de Inércia
Assim, os momentos de inércia de D em relação aos eixos x e y, respectivamente, são dados por
ZZ ZZ
2
Ix = y δ(x, y) dxdy e Iy = x2 δ(x, y) dxdy .
D D
Exemplo 1
Solução:
2 (4, 2)
x = y2
x=2+y
D
2 4 x
−1 (1, −1)
−2
ZZ Z 2 Z 2+y Z 2 h i2+y Z 2
x2 3
xδ(x, y) dA = 3 x dxdy = 3 2 y2 dy = 2 4 + 4y + y 2 − y 4 dy
−1 y2 −1 −1
D
h i2
3 y3 y5
= 2 4y + 2y 2 + 3 − 5 −1
3
8 32
1 1
= 2 8+8+ 3 − 5 − −4 + 2 − 3 + 5
3 72 108
= 2 × 5 = 5 .
ZZ
Cálculo de yδ(x, y) dA:
D
ZZ Z 2 Z 2+y Z 2 Z 2
yδ(x, y) dA = 3 y dxdy = 3 y 2+y− y2 dy = 3 2y + y 2 − y 3 dy
−1 y2 −1 −1
D
h i2
y3 y4
= 3 y2 + 3 − 4 −1
8
1 1
= 3 4+ 3 −4 − 1− 3 − 4
27
= 4 .
Logo,
108 27
5 8 4 1
x= 27 = , y= 27 = .
2
5 2
2
8 1
Assim, o centro de massa (x, y) está localizado em ,
5 2
.
O momento de inércia em relação ao eixo x é:
ZZ ZZ Z 2 Z 2+y Z 2
Ix = y 2 δ(x, y) dA =3 2
y dA = 3 y 2 dxdy = 3 y 2 2 + y − y 2 dy
−1 y2 −1
D D
Z 2
= 3 2y 2 + y 3 − y 4 dy
−1
h i2
2y 3 y4 y5
= 3 3 + 4 − 5 −1
16 32
= 3 3 +4− 5 − − 23 + 1
4 + 1
5
189
= 20 .
Objetivo
• Explorar simetrias em integrais duplas.
1) Seja D ⊂ R2 , simétricaZ Zem relação ao eixo y e f (x, y) ı́mpar na variável x, isto é,
f (−x, y) = −f (x, y). Então, f (x, y) dxdy = 0. Com efeito, como D tem simetria em relação
D
ao eixo y, observamos que D está limitada à direita pela curva x = x(y) e à esquerda pela curva
y
d
x = −x(y) x = x(y)
c
x = −x(y). Supondo que a projeção de D sobre o eixo y seja o intervalo [c, d], temos o seguinte
esboço para D:
Então, "Z #
ZZ Z d x(y) Z d
f (x, y) dxdy = f (x, y) dx dy = 0 dy = 0 .
c −x(y) c
D | {z }
= 0 (∗)
2) Analogamente,
ZZ se D tem simetria em relação ao eixo x e f (x, y) é ı́mpar na variável y,
então f (x, y) dxdy = 0. Veja o esboço para D na figura que se segue.
D
y = y(x)
y
a b x
y = −y(x)
Exemplo 1
Calcule ZZ
I= xy 6 + (x4 + y 4 ) sen y + 1 dxdy ,
D
Solução:
I = 0 + 0 + πa2 = πa2 .
RECOMENDAÇÃO
Nas integrais duplas, busque as si-
metrias e as funções ı́mpares. Não
calcule cegamente!!!
OBS.:
Exemplo 2
Solução:
O esboço de D é:
y
1
−1 1 x
p
Como a distância de (x, y) à origem é x2 + y 2 então a densidade é dada por
p
δ(x, y) = k x2 + y 2
b) Como δ(x, y) é uma função par e D tem simetria em relação ao eixo y, então x = 0. Sabemos
que ZZ
yδ(x, y) dxdy
D
y= ,
M
onde ZZ ZZ p
yδ(x, y) dxdy = k y x2 + y 2 dxdy
D D
ZZ
= k r sen θ · r · r drdθ
Drθ
ZZ
= k r 3 sen θ drdθ
Drθ
Z 1 Z π
3
= k r sen θ dθdr
0 0
Z 1
π
= k − cos θ 0
r 3 dr
0
r4 1
= 2k 4 0
k
= 2
.
Logo,
k
32
y= kπ
.=
2π3
3
Portanto, o centro de massa está localizado em 0, 2π .
Exercı́cio 1: Calcule a massa total M, o centro da massa (x, y) de uma lâmina triangular, com
vértices (0, 0), (1, 0) e (0, 2) se a função densidade é δ(x, y) = 1 + 3x + y.
Exercı́cio 4: Uma lâmina delgada tem a forma da região D, que é interior à circunferência
(x − 2)2 + y 2 = 4 e exterior à circunferência x2 + y 2 = 4. Calcule a massa da lâmina se a
densidade é dada por δ(x, y, z) = (x2 + y 2)
−1/2
.
Exercı́cio 5: Uma placa fina está limitada pela circunferência x2 +y 2 = a2 e tem densidade
δ(x,
y) =
a2 1 − ln 2
= . Mostre que o seu momento de inércia polar é dado por I0 = Ma2 , onde
a2 + x2 + y 2 ln 2
M é a sua massa.
Exercı́cio 7: Uma lâmina tem a forma de um triângulo retângulo isósceles, com lados iguais de
comprimento a. Ache a massa, se a densidade em um ponto P é diretamente proporcional ao
quadrado da distância de P ao vértice oposto à hipotenusa.
(0, 2)
sai em y = 2 − 2x
D x y
+ = 1 ⇒ y = 2 − 2x
1 2
(1, 0) x
entra em y = 0
x3 1 8
h i
=4 x− = .
3 0 3
O centro de massa (x, y) é tal que
ZZ ZZ
Mx = x δ(x, y) dA e My = y δ(x, y) dA .
D D
ZZ
Cálculo de x δ(x, y) dA :
D
Cálculo III-A Módulo 3 – Tutor 2
Temos,
ZZ ZZ ZZ
x δ(x, y) dA = x(1 + 3x + y) dA = x + 3x2 + xy dA =
D D D
Z 1Z 2−2x 1
xy 2 2−2x
Z h i
x + 3x2 + xy dydx = xy + 3x2 y +
= dx =
0 0 0 2 0
Z 1 Z 1
x(2 − 2x)2 x(2 − 2x)
h i
2 2
= x(2 − 2x) + 3x (2 − 2x) + dx = 2(1 − x) x + 3x + dx =
0 2 0 2
Z 1 Z 1
2 2
(1 − x) 4x + 4x2 dx =
= (1 − x) 2x + 6x + 2x − 2x dx =
0 0
Z 1 Z 1 Z 1 i1
x2 x4
h
2 3
= 4x(1 − x)(1 + x) dx = 4x 1 − x dx = 4 x−x dx = 4 − =
0 0 0 2 4 0
1 1
=4 − = 1.
2 4
ZZ
Cálculo de y δ(x, y) dA :
D
Temos,
ZZ ZZ Z1Z Z 2−2x
y δ(x, y) dA = y(1 + 3x + y) dA = y + 3xy + y 2 dydx =
0
D D 0
Z 1 i2−2x Z 1
y2 3xy 2 y3 (2 − 2x)2 3x(2 − 2x)2 (2 − 2x)3
h h i
= + + dx = + + dx =
0 2 2 3 0 0 2 2 3
Z 1 Z 1
1 3x 2 − 2x 4
2
= (2 − 2x) + + dx = (1 − x)2 (3 + 9x + 4 − 4x) dx =
0 2 2 3 6 0
Z 1 Z 1
2 2
1 − 2x + x2 (7 + 5x) dx = 7 − 9x − 3x2 + 5x3 dx =
=
3 0 3 0
2 9x2 5x4 1 2 9 5 11
h i
= 7x − − x3 + = 7− −1+ = .
3 2 4 0 3 2 4 6
y
a
−a a x
p
Então, a distância do ponto (x, y) ao centro do disco (origem) é x2 + y 2 . Portanto, a função
densidade é: p
δ(x, y) = k x2 + y 2
onde k > 0 é uma constante. A massa da lâmina é:
ZZ ZZ p ZZ p
M= δ(x, y) dA = k x + y dA = k
2 2 x2 + y 2 dA
D D D
p 0≤r≤a
Passando para coordenadas polares temos x2 + y2 = r, dA = rdrdθ e Drθ : .
0≤θ≤π
Então,
ZZ ZZ Z a Z π Z a h 3 ia
2 2 r kπa3
M =k r · r drdθ = k r drdθ = k r dθdr = kπ r 2 dr = kπ = .
0 0 0 3 0 3
Drθ Drθ
ZZ
Cálculo de x δ(x, y) dA :
D
Temos que ZZ ZZ p
x δ(x, y) dA = k x x2 + y 2 dA = 0
D D
p
pois a função x x2 + y 2 é ı́mpar na variável x e D tem simetria em relação ao eixo y.
Assim, x = 0.
ZZ
Cálculo de y δ(x, y) dA :
D
Temos que
ZZ ZZ p ZZ
y δ(x, y) dA = k y x + y dA = k
2 2 r sen θ · r · r drdθ =
D D Drθ
Z a Z π Z a iπ Z a h 4 ia
r ka4
h
3 3
=k r sen θ dθdr = k r − cos θ dr = 2k r 3 dr = 2k = .
0 0 0 0 0 4 0 2
Assim
kπa3 ka4
y=
3 2
logo
3a
y= .
2π
Portanto, o centro de massa está localizado no ponto (0, 3a/2π).
D
−a a x
Como I0 = Ix + Iy então:
δπa4
I0 = .
2
Exercı́cio 4: Uma lâmina delgada tem a forma da região D, que é interior à circunferência
(x − 2)2 + y 2 = 4 e exterior à circunferência x2 + y 2 = 4. Calcule a massa da lâmina se a
−1/2
densidade é dada por δ(x, y, z) = (x2 + y 2) .
2 2 2 2 2 2
√ De (x√− 2) + y = 4 ou x + y = 4x e x + y = 4 temos 4x = 4 portanto x = 1. Logo,
Solução:
(1, − 3) e (1, 3) são as interseções. Assim, o esboço da lâmina D está representado na figura
que se segue.
y
√
y= 3x
√
3
√
⇒ tg α = 3 ⇒ α = π/3
α D
1 2 4 x
√
− 3
√
y = − 3x
x2 + y 2 = 4 ⇒ r2 = 4 ⇒ r=2
r6=0
x2 + y 2 = 4x ⇒ r 2 = 4r cos θ ⇒ r = 4 cos θ
−π/3 ≤ θ ≤ π/3
Então 2 ≤ r ≤ 4 cos θ, isto é, Drθ é dado por Drθ : . Assim,
2 ≤ r ≤ 4 cos θ
Z π/3 Z 4 cos θ Z π/3 Z 4 cos θ
2 −1/2
1
M= r r drdθ = · r drdθ =
−π/3 2 −π/3 2 r
Z π/3 h iπ/3
= (4 cos θ − 2) dθ = 4 sen θ − 2θ =
−π/3 −π/3
π 2π π π
= 4 sen − − 4 sen − −2 − =
3 3 3 3
√ √
4 3 2π −4 3 2π
= − − + =
2 3 2 3
√ √
4 3 2π 4 3 2π 4 √
= − + − = 3 3 − π u.m.
2 3 2 3 3
Exercı́cio 5: Uma placa fina está limitada pela circunferência x2 +y 2 = a2 e tem densidade δ(x,
y) =
a2 1 − ln 2
= . Mostre que o seu momento de inércia polar é dado por: I0 = Ma2 , onde
a2 + x2 + y 2 ln 2
M é a sua massa.
y
a
a x
0 ≤ θ ≤ 2π
D nessas coordenadas é Drθ : . Então,
0≤r≤a
ZZ Z a Z 2π
a2 2 r
M= r drdθ = a dθdr =
a + r2
2
0 a2 + r 2 0
Drθ
Z a
2πa2 2r a
= dr = πa2 ln a2 + r 2 0 =
2 0 a2 + r2
= πa2 ln a2 + a2 − ln a2 = πa2 ln 2a2 − ln a2 =
√ y
y= a2 − x2
a
−a a x
y=0
Por hipótese, temos que a densidade em (x, y) é δ(x, y) = ky. O momento de inércia em relação ao
eixo x é dado por:
ZZ ZZ ZZ
2 2
Ix = y δ(x, y) dxdy = y (ky) dxdy = k y 3 dxdy
D D D
−a ≤ x ≤ a
√
onde D, como tipo I, é dado pelas desigualdades D : . Então,
0 ≤ y ≤ a2 − x2
√
Z a Z a2 −x2 Z a i√a2 −x2 Z a
y4 k
h 2
3
Ix = k y dydx = k dx = a2 − x2 dx =
−a 0 −a 4 0 4 −a
Z a ia
k k 2a2 x3 x5 2k 2a5 a5
h
= a4 − 2a2 x2 + x4 dx = a4 x − + = a5 − + =
4 −a 4 3 5 −a 4 3 5
Exercı́cio 7: Uma lâmina tem a forma de um triângulo retângulo isósceles, com lados iguais de
comprimento a. Ache a massa, se a densidade em um ponto P é diretamente proporcional ao
quadrado da distância de P ao vértice oposto à hipotenusa.
Solução: É conveniente considerar o sistema de eixos coordenados, passando pelos catetos com o
vértice na origem.
a
sai em y = a − x
D x y
+ =1 ⇒ x+y =a
a a
a x
entra em y = 0
p 2
Por hipótese, a densidade em (x, y) é δ(x, y) = k x2 + y 2 = k (x2 + y 2) onde k > 0 é uma
ZZ ZZ
constante. Como M = δ(x, y) dA, então M = k (x2 + y 2 ) dA, onde D, como tipo I, é dada
D D
0≤x≤a
por D : . Logo,
0≤y ≤a−x
Z aZ a−x Z a ia−x Z a
y3 (a − x)3
h h i
2 2 2
M =k x +y dydx = k x y+ dx = k x2 (a − x) + dx =
0 0 0 3 0 0 3
Z a Z a
a3 − 3a2 x + 3ax2 − x3 k
h i
=k ax2 − x3 + dx = 6ax2 − 4x3 + a3 − 3a2 x dx =
0 3 3 0
ia
k 3a2 x2 k 3a4 ka4
h
3 4 3 4 4 4
= 2ax − x + a x − = 2a − a + a − = u.m.
3 2 0 3 2 6
Solução: Consideremos o eixo x passando pela base e o eixo y coincidindo com a mediatriz relativa
à base do triângulo.
y
−x + y = 5 x+y =5
5
x=5−y
x = −(5 − y)
D
−5 5
x
Como D é homogênea e é simétrica em relação ao eixo y, então pela observação 5, segue que x = 0.
Temos ZZ
y dxdy
D
y= ,
A(D)
onde
1
A(D) = × 10 × 5 = 25 u.a.
2
Como D = {(x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 5 , −(5 − y) ≤ x ≤ 5 − y}, então,
ZZ Z 5Z 5−y Z 5 Z 5
5−y
y dxdy = y dxdy = y x −(5−y) dy = 2 y(5 − y) dy =
0 −(5−y) 0 0
D
Z 5 i5
5y 2 y3 125
h
=2 (5y − y 2) dy = 2 − = .
0 2 3 0 3
Logo,
125
5
y= 3
= .
25 3
5
Assim, o centro de massa situa-se a cm da base, sobre sua mediatriz.
3
Cálculo III-A Lista 3 40
Exercı́cio 2: Calcule a massa total M, o centro da massa (x, y) da lâmina que tem a forma da
região D limitada pela parábola x = y 2 e pela reta x = 4 e que tem densidade δ(x, y) = x.
y
entra em x = y 2
2 sai em x = 4
4 x
D
−2
Como a região D tem simetria em relação ao eixo x e a função f (x, y) = xy é ı́mpar na variável y
então, ZZ
xy dA = 0 .
D
Logo, y = 0
Cálculo de M
Temos, ZZ ZZ
M= δ(x, y) dA = x dA
D D
2 2
onde D : {(x, y) ∈ R ; −2 ≤ y ≤ 2 , y ≤ x ≤ 4}. Logo,
Z 2Z 4 Z 2 h 2 i4 Z 2
x 1
16 − y 4 dy =
M= x dxdy = dy =
−2 y2 −2 2 y2 2 −2
1 y5 2 1 32 32
h i h i
= 16y − = 32 − − −32 + =
2 5 −2 2 5 5
1 32 128
= · 2 32 − = .
2 5 5
ZZ
Cálculo de x2 dA
D
Temos, ZZ Z 2 Z 4 Z 2 i4 Z 2
x3 1
h
2 2
64 − y 6 dy =
x dA = x dxdy = dy =
−2 y2 −2 3 y2 1 −2
D
y
a
sai em y = a − x
a x
entra em y = 0
Assim,
δa4 δa2 a2 M a2
Ix = = · = .
12 2 6 6
Exercı́cio 4: Uma lâmina delgada tem a forma da região D que é interior à circunferência x2 + (y −
2)2 = 4 e exterior à circunferência x2 + y 2 = 4. Calcule a massa da lâmina se a densidade é dada
−1/2
por δ(x, y) = (x2 + y 2) .
2 2 2 2 2 2
√ De x + (y − 2) = 4 ou x + y = 4y e x + y√ = 4 temos√que 4y = 4 portanto y = 1 e
Solução:
x = ± 3 . Logo, as circunferências se interceptam em ( 3 , 1) e (− 3 , 1).
4
sai em r = 4 sen θ
D
2 entra em r = 2
√ √
y= −1
√ x (− 3 , 1) ( 3 , 1) y= 1
√ x
3 3
α
x
1 π
⇒ tg α = √ ⇒ α = 300 = rad
3 6
A massa da lâmina D é
ZZ ZZ
−1/2
M= δ(x, y) dA = x2 + y 2 dA .
D D
Solução: Sem perda de generalidade podemos considerar o semidisco centrado na origem e ocupando
os primeiro e segundo quadrantes. Logo, temos D : x2 + y 2 ≤ a2 , com y ≥ 0.
y sai em r = a
a
D
P
−a a x
entra em r = 0
p
Como
p a distância de (x, y) à origem é igual a x2 + y 2 então a densidade é dada por δ(x, y) =
k x2 + y 2 onde k > 0 é a constante de proporcionalidade. A massa M de D é dada por:
ZZ ZZ p
M= δ(x, y) dA = k x2 + y 2 dA .
D D
consideremos a semirreta
OP . Ela entra em D em r = 0 e sai de D em r = a. Então, r varia de 0
0≤θ≤π
a a. Logo Drθ : . Assim,
0≤r≤a
Z a Z π Z a
√
ZZ
2
M =k r r drdθ = k r dθdr = kπ r 2 dr =
0 0 0
Drθ
h 3 ia
r kπa3
= kπ =
3 0 3
kπa3
mas M = πa3 u.m. Então = πa3 portanto k = 3.
3
D = (x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 ≤ a2
p
se a densidade superficial é δ(x, y) = k x2 + y 2 , com k > 0.
−a a x
−a
Exercı́cio 7: Mostre que o momento de inércia de um disco circular homogêneo de raio a em relação
M a2
a uma reta ao longo de um diâmetro é igual a , onde M é a massa do disco.
4
Solução: Introduzindo um sistema de coordenadas conforme a figura que se segue, o momento de
inércia em relação ao eixo x, que contém um diâmetro, é dado por:
ZZ ZZ
2
Ix = y k dxdy = k y 2 dxdy .
D D
y
a
D
a x
0≤r≤a
e Drθ é dado por Drθ : . Então,
0 ≤ θ ≤ 2π
ZZ ZZ
2 2
Ix = k r sen θr drdθ = k r 3 sen2 θ drdθ =
Drθ Drθ
Z aZ 2π Z a
1 sen 2θ 2π
h i
3 2
=k r sen θ dθdr = k r3 · θ− dr =
0 0 0 2 2 0
Z a h 4 ia
r kπa4
= kπ r 3 dr = kπ = .
0 4 0 4
M = kπa2 .
Então,
a2 M a2
Ix = kπa2 · = .
4 4
x+y =2
1 x = y 1/2
x=2−y
y = x2
D
2 x
Solução:
Note que D é do tipo II, pois 0 ≤ y ≤ 1 e y 1/2 ≤ x ≤ 2 − y. O centroide (x, y) é dado por:
ZZ
x dxdy
x = Z ZD
dxdy
D
ZZ
y dxdy
y = Z ZD .
dxdy
D
Temos, ZZ Z 1 Z 2−y Z 1
2 − y − y 1/2 dy =
dxdy = dxdy =
D 0 y 1/2 0
y2 2 3/2 1 1 2 12 − 3 − 4 5
h i
= 2y − − y =2− − = = .
2 3 0 2 3 6 6
ZZ Z 1Z 2−y Z 1 i2−y
x2
h
x dxdy = x dxdy = dy =
D 0 y 1/2 0 2 y 1/2
Z 1 Z 1
1 2 1
4 − 5y + y 2 dy =
= 4 − 4y + y − y dy =
2 0 2 0
i1
1 5y 2 y3 1 5 1 1 24 − 15 + 2 11
h
= 4y − + = 4− + = · = .
2 2 3 0 2 2 3 2 6 12
ZZ Z 1Z 2−y Z 1
y 2 − y − y 1/2 dy =
y dxdy = y dxdy =
D 0 y 1/2 0
Z 1 i1
y3 2 1 2
h
2y − y 2 − y 3/2 dy = y 2 − − y 5/2 = 1 − − =
=
0 3 5 0 3 5
15 − 5 − 6 4
= = .
15 15
Logo,
11/12 11
x= =
5/6 10
4/15 8
y= =
5/6 25
portanto
11 8
(x, y) = , .
10 25
Exercı́cio 9: Seja uma lâmina delgada representada pela região D, determinada por y ≤ x, y ≥ −x,
x2 + y 2 ≥ 2x e x2 + y 2 ≤ 4x. Se a densidade em cada ponto P = (x, y) da lâmina é dada por
1
δp 2 2
, determine:
x +y
a) a massa de D;
b) o momento de inércia polar em relação à origem.
Solução:
y
y=x
B
P = (r, θ)
A
1 2 4 x
D
y = −x
π/4 √
√
Z iπ/4
2
h
= 2 cos θ dθ = 2 sen θ =4· = 2 2 u.m.
−π/4 −π/4 2
b) Temos, ZZ ZZ
2 2 (x2 + y 2 )
I0 = (x + y )δ(x, y) dA = p dA =
x2 + y 2
D D
ZZ p ZZ √ Z π/4 Z 4 cos θ
= 2 2
x + y dA = 2
r · r drdθ = r 2 drdθ =
−π/4 2 cos θ
D Drθ
Z π/4 h 3 i4 cos θ Z π/4
r 1
= dθ = (64 cos3 θ − 8 cos3 θ) dθ =
−π/4 3 2 cos θ 3 −π/4
Z π/4 Z π/4
56 3 56
= cos θ dθ = (1 − sen2 θ) cos θ dθ =
3 −π/4 3 −π/4
"√ √ 3 #
56 sen3 θ π/4 56 2 1 2
h i
= sen θ − = ·2 − =
3 3 −π/4 3 2 3 2
√ √ √ √
112 2 2 112 5 2 140 2
= − = · = .
3 2 12 3 12 9
Exercı́cio 10: √Calcule a massa de uma chapa D, limitada pelas curvas x2 + y 2 = 2x, x2 + y 2 = 4x,
3
y =xey = x, sabendo que a densidade de massa em um ponto é inversamente proporcional
3
à distância do ponto a origem.
Solução: Primeiro vamos encontrar as interseções das curvas, isto é, as interseções de y = x com
as circunferências.
y = x
⇔ 2x2 = 2x ⇔ x2 − x = 0 ⇔ x = 0 ou x = 1 .
x2 + y 2 = 2x
Logo, as interseções são (0, 0) e (1, 1).
y = x
⇔ 2x2 − 4x = 0 ⇔ 2x(x − 2) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 2 .
x2 + y 2 = 4x
Logo, as interseções são (0, 0) e (2, 2).
√
y = 3x
x2
3 ⇔ x2 + = 2x ⇔ 4x2 = 6x ⇔
2 3
x + y 2 = 2x
3
⇔ 2x(2x − 3) = 0 ⇔ x = 0 ou x = .
2
√
3 3
Logo, as interseções são (0, 0) e , .
2 2
√
3
y= x x2
3 ⇔ x2 + = 4x ⇔ 4x2 = 12x ⇔
3
x2 + y 2 = 4x
⇔ 4x(x − 3) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 3 .
√
Logo, as interseções são (0, 0) e 3, 3 .
y y=x
√
3
y= 3 x
D
1 2 3 4 x
p
A distância de (x, y) ∈ D à origem é x2 + y 2 . Como a densidade é inversamente proporcional a
k
distância de (x, y) à origem, então δ(x, y) = p 2 , onde k > 0 é a constante de proporcionali-
ZZ xZ Z+ y 2
1
dade. Como M = δ(x, y) dA, então M = k p
2 2
dA.
x +y
D D
Temos,
r6=0
x2 + y 2 = 2x ⇒ r 2 = 2r cos θ ⇒ r = 2 cos θ
r6=0
x2 + y 2 = 4x ⇒ r 2 = 4r cos θ ⇒ r = 4 cos θ
π
y=x ⇒ θ=
√ 4
3x π
y= ⇒ θ=
3 6
π/6 ≤ θ ≤ π/4
Então o conjunto Drθ é dado por Drθ : . Logo,
2 cos θ ≤ r ≤ 4 cos θ
ZZ ZZ Z π/4Z 4 cos θ
1
M =k √ r drdθ =k drdθ = k drdθ =
r2 π/6 2 cos θ
Drθ Drθ
Z π/4 iπ/4 √ √
2 1
h
= 2k cos θ dθ = 2k sen θ = 2k − =k 2−1 u.m.
π/6 π/6 2 2
Objetivo
• Compreender a noção de integral tripla.
Na aula 1, você aprendeu a noção de integral dupla. Agora, você verá o conceito de integral tripla.
onde f x∗i , yj∗, zk∗ = 0 se x∗i , yj∗, zk∗ ∈/ W , dita soma de Riemann de f .
Se existir lim Sn = L, dizemos que f é integrável e o número L é dito integral tripla de f sobre o
n→∞
sólido W e é indicado por ZZZ
f (x, y, z) dxdydz ou
W
ZZZ
f (x, y, z) dV ou
W
ZZZ
f dV .
W
OBS.:
ZZZ
2) Se f (x, y, z) = 1 em W , então dxdydz = V (W ).
W
ZZZ ZZZ ZZZ
3) (f + g) dV = f dV + g dV .
W W W
ZZZ ZZZ
4) kf dV = k f dV , k ∈ R.
W W
Objetivo
• Reduzir o cálculo de uma integral tripla a uma integral dupla.
Observamos que um domı́nio de integração pode ser descrito como uma reunião de regiões dadas
por:
W1 = (x, y, z); (x, y) ∈ Dxy e z1 (x, y) ≤ z ≤ z2 (x, y)
W1
onde Dxy = projxOy (projeção de W1 sobre o plano xy) e z1 (x, y), z2 (x, y) contı́nuas;
W2 = (x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e y1 (x, z) ≤ y ≤ y2 (x, z)
W2
onde Dxz = projxOz e y1 (x, z), y2 (x, z) contı́nuas;
W3 = (x, y, z); (y, z) ∈ Dyz e x1 (y, z) ≤ x ≤ x2 (y, z)
W3
onde Dyz = projyOz e x1 (y, z), x2 (y, z) contı́nuas.
Os esboços de W1 , W2 e W3 são:
z z
z = z2 (x, y)
y = y1 (x, z)
y = y2 (x, z)
W1
Dxz W2
(x, y, z)
(x, z) (x, y, z)
z = z1 (x, y)
y y
Dxy (x, y)
x x
Dyz
(y, z)
W3
(x, y, z)
x = x1 (y, z)
x
x = x2 (y, z)
Prova-se que
ZZZ Z Z "Z z2 (x,y)
#
f (x, y, z) dxdydz = f (x, y, z) dz dxdy
z1 (x,y)
W1 Dxy
Exemplo 1
ZZZ
2
Calcule ex dxdydz onde W é o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e 0 ≤ z ≤ 1.
W
Solução:
Definimos W por:
W = (x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ x
Exemplo 2
Solução:
z = 8 − x2 − y 2
W
4 (x, y, z)
z = x2 + y 2
Dxy
2 y
2
(x, y)
x
Descrevemos W por:
W = (x, y, z); (x, y) ∈ Dxy e x2 + y 2 ≤ z ≤ 8 − x2 − y 2
Z Z "Z 8−x2 −y 2
# ZZ
8 − 2(x2 + y 2 ) dxdy .
V (W ) = dz dxdy =
x2 +y 2
Dxy Dxy
= 2π(16 − 8)
= 16π u.v.
Exemplo 3
Solução:
O esboço de W é:
z
Dyz
(y, z)
W x=2−y
2 2
4 y
x x = 4 − 2y
z
2
Dyz
2 y
Então, Z π/2Z 2
M = (2r cos θ − r 2 cos2 θ) r drdθ
0 0
Z π/2Z 2
= (2r 2 cos θ − r 3 cos2 θ) drdθ
0 0
Z π/2 h i2
2r 3 r4 2
= 3
cos θ − 4
cos θ dθ
0 0
Z π/2
16
cos θ − 4 cos2 θ dθ
= 3
0
h
16 4 sen 2θ
iπ/2
= 3
sen θ − 2
θ+ 2
0
16 π
= 3
(1 − 0) − 2 · 2
16
= 3
− π u.m.
√
Z 3Z 1Z 1−z 2
Exercı́cio 1: Calcule a integral iterada zey dxdzdy.
0 0 0
ZZZ
2
Exercı́cio 2: Calcule ex dxdydz, onde W é o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e 0 ≤ z ≤ 1.
W
Exercı́cio 3: Escreva as seis integrais triplas iteradas para o volume do sólido W limitado pelos
planos y + z = 1, y = x, x = 0 e z = 0. Calcule uma das integrais.
a) A massa de W .
Exercı́cio 8: Um sólido tem a forma de um cilindro circular reto de raio de base a e altura h.
Determine o momento de inércia do sólido em relação ao eixo de simetria se a densidade no ponto
P é proporcional à distância de P até a base do sólido.
Solução: Temos,
√
Z 3Z 1Z 1−z 2
y
Z 3Z 1
y
√ Z 3
y
Z 1 1/2
ze dxdzdy = ze 1− z2 dzdy = e 1 − z2 z dzdy =
0 0 0 0 0 0 0
Z 3 Z 1 Z 3 3/2 i1
1 1 2
h
y 2 1/2
ey 1 − z2
= − e 1−z (−2z) dzdy = − dy =
2 0 0 2 0 3 0
Z 3 h i3
1 1 1 3
ey (0 − 1) dy = ey =
= − e −1 .
3 0 3 0 3
ZZZ
2
Exercı́cio 2: Calcule ex dxdydz, onde W é o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e 0 ≤ z ≤ 1.
W
Solução: Temos
ZZZ ZZ Z 1 ZZ
x2 x2 2
e dxdydz = e dzdxdy = ex dxdy
0
W Dxy Dxy
0≤x≤1
onde Dxy : é a projeção de W sobre o plano xy.
0≤y≤x
y
1
Dxy
1 x
Então, ZZZ Z 1 Z x Z 1 Z 1
x2 x2 x2 1 2
e dxdydz = e dydx = e x dx = ex (2x) dx =
0 0 0 2 0
W
h i1
1 2 1 1
= ex = (e1 − e0 ) = (e − 1) .
2 0 2 2
Cálculo III-A Módulo 4 – Tutor 2
Exercı́cio 3: Escreva as seis integrais triplas iteradas para o volume do sólido W limitado pelos
planos y + z = 1, y = x, x = 0 e z = 0. Calcule uma das integrais.
Solução:
Esboço do sólido W :
1 A
plano x = 0
plano y = x
plano y + z = 1
1
y
1 plano z = 0
x B
Temos, ZZZ
V (W ) = dxdydz .
W
y y sai em y = 1
y
y=1
1 1 1
Dxy
x=0 Dxy entra em x = 0
y=x Dxy entra em y = x sai em x = y
x x x
0≤x≤1 0≤x≤y
Temos Dxy : (tipo I) ou Dxy : (tipo II).
x≤y≤1 0≤y≤1
A reta que passa por (x, y) ∈ Dxy e é paralela ao eixo z entra em W em z = 0 e sai de W em
z = 1 − y. Então, 0 ≤ z ≤ 1 − y.
sai em z = 1 − y
entra em z = 0
W
1
y
(x, y)
1
Logo, ZZ Z 1−y
V (W ) = dzdxdy .
0
Dxy
Portanto:
Z 1Z 1Z 1−y
a) V (W ) = dzdydx
0 x 0
Z 1Z y Z 1−y
b) V (W ) = dzdxdy
0 0 0
1
Dyz
W
(y, z) entra em x = 0
1 y
1
sai em x = y
x
z z
1 sai em z = 1 − y 1
sai em y = 1 − z
Dyz y+z =1
Dyz
entra em y = 0
1 y 1 y
entra em z = 0
0≤y≤1 0≤z≤1
Temos Dyz : (tipo I) ou Dyz : (tipo II).
0≤z ≤1−y 0 ≤y ≤1−z
A reta que passa por (y, z) ∈ Dyz e é paralela ao eixo x entra em W em x = 0 e sai de W em
x = y. Então, 0 ≤ x ≤ y. Logo,
ZZ Z y
V (W ) = dxdydz .
0
Dyz
Portanto:
Z 1Z 1−y Z y Z 1Z 1−z Z y
c) V (W ) = dxdzdy d) V (W ) = dxdydz
0 0 0 0 0 0
entra em y = x
sai em y = 1 − z
(x, z)
Dxz
W y
z z
1 sai em z = 1 − x 1
sai em x = 1 − z
x+z =1
Dxz
entra em x = 0 Dxz
1 x 1 x
entra em z = 0
0≤x≤1 0≤z≤1
Temos Dxz : (tipo I) ou Dxz : (tipo II).
0≤z ≤1−x 0≤x≤1−z
A reta que passa por (x, z) ∈ Dxz e é paralela ao eixo y entra em W em y = x e sai de W em
y = 1 − z. Então, x ≤ y ≤ 1 − z. Logo,
Z Z Z 1−z
V (W ) = dydxdz .
x
Dxz
Portanto:
1 1 1 1
= − + = u.v.
2 2 6 6
y
y=1
Dxy √
x=0 y= x
1 x
z
1
√
cilindro y = x
cilindro parabólico z = 1 − y 2
W plano x = 0
1
Dxy y
plano z = 0
Para expressar
a integral I na ordem dxdydz, devemos projetar W sobre o plano yz. Temos que
0 ≤ z ≤ 1√
Dyz : .
0≤y ≤ 1−z
z
1 entra em x = 0
z
W 1
(y, z) √
2
entra em y = 0 sai em y = 1−z
sai em x = y
Dyz z = 1 − y2
Dyz
1 y
1
y
Além disso, a reta que passa por (y, z) ∈ Dyz e é paralela ao eixo x entra em W em x = 0 e sai de
W em x = y 2. Logo, 0 ≤ x ≤ y 2 . Então,
√
ZZ Z y2 Z 1Z 1−z Z y2
I= dxdydz = dxdydz .
0 0 0 0
Dyz
Solução:
y
sai em x = 1
z 1
plano x + z = 1 B 1
entra em x = y 2
1 x
sai em z = 1 − x D
cilindro x = y 2 W
−1
y
A (x, y)
1
C
x
entra em z = 0
−1 ≤ y ≤ 1
Temos W = {(x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 1 − x} e Dxy : . Portanto
y2 ≤ x ≤ 1
temos:
ZZZ ZZ Z 1−x ZZ
V (W ) = dV = dzdxdy = (1 − x) dxdy =
0
W Dxy Dxy
1 1 1 1
x2 1
Z Z Z Z
1 y4
h i h i
2
= (1 − x) dxdy = x− dy = 1− − y − dy =
−1 y2 −1 2 y2 −1 2 2
Z 1 i1
1 y4 1 y3 y5 1 1 1
h
2
= −y + dy = y − + =2 − + =
−1 2 2 2 3 10 −1 2 3 10
15 − 10 + 3 8
=2· = u.v.
30 15
z
8
plano z − y = 8 8
D
plano z + y = 8
W
−8
4 x
D 8
4 y
0≤x≤4
Projetando W sobre o plano xz temos o retângulo Dxz : . A reta que passa por
0≤z≤8
(x, z) ∈ D e é paralela ao eixo y entra em W em y = z − 8 e sai de W em y = 8 − z. Então
z − 8 ≤ y ≤ 8 − z. Portanto temos:
ZZZ Z Z Z 8−z ZZ
V (W ) = dV = dydxdz = (8 − z − z + 8) dxdz =
z−8
W Dxz Dxz
Z 4Z 8 4
z2 8
ZZ Z h i
=2 (8 − z) dxdz = 2 (8 − z) dzdx = 2 8z − dx =
0 0 0 2 0
Dxz
Z 4 Z 4
=2 (64 − 32) dx = 2 · 32 dx = 64 · 4 = 256 u.v.
0 0
z
y sai em y = 9
9 9
cilindro y = x2
D
sai em z = 9 − y
entra em y = x2
W
plano y + z = 9
3 x
3
x
plano z = 0 D 9
entra em z = 0 y
3 9 3
y2 9
ZZ Z Z Z h i
= x(9 − y) dxdy = x (9 − y) dydx = x 9y − dx =
0 x2 0 2 x2
D
Z 3 Z 3
81 x4 81 x4
h i
2
= x 81 − − 9x − dx = x − 9x2 + dx =
0 2 2 0 2 2
Z 3 i3
81x x5 81x2 9x4 x6
h
3
= − 9x + dx = − + =
0 2 2 4 4 12 0
81 · 9 9 · 81 36 35 243
= − + = = u.m.
4 4 12 4 4
a) A massa de W .
Solução:
1 sai em z = y B
y
1
W
C entra em z = 0
D
−1 1 x
1 y
D (x, y)
A
1
Exercı́cio 8: Um sólido tem a forma de um cilindro circular reto de raio de base a e altura h.
Determine o momento de inércia do sólido em relação ao eixo de simetria, se a densidade no ponto
P é proporcional à distância de P até a base do sólido.
Solução: Vamos escolher os eixos coordenados de tal maneira que o eixo de simetria seja o eixo z e
a base esteja no plano xy. Então a equação da superfı́cie cilı́ndrica sobre o plano xy é x2 + y 2 = a2 ,
com 0 ≤ z ≤ h.
D a y
a
h 2 ih
ZZ ZZ
z kh2
x2 + y 2 x2 + y 2 dxdy .
=k =
2 0 2
D D
2 2 2 0≤r≤a
Passando para coordenadas polares, temos x + y = r , dxdy = r drdθ e Drθ : .
0 ≤ θ ≤ 2π
Logo, ZZ ZZ
kh2 2 kh2
Iz = r · r drdθ = r 3 drdθ =
2 2
Drθ Drθ
Z 2π Z a Z 2π h 4 ia
kh2 kh2 r
= r 3 drdθ = dθ =
2 0 0 2 0 4 0
Z 2π
kh2 a4 kπh2 a4
= dθ = .
8 0 4
Solução:
onde
Dxy = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 1 e − 1 ≤ y ≤ 0 .
O esboço de Dxy , que representa a projeção do sólido W no plano xy está representado na figura
que se segue.
y z
−1
1
x Dxy
y
Dxy
1
−1 x
Consideremos a porção da superfı́cie z = y 2, dita cilindro parabólico, que se projeta em Dxy . Consi-
derando que z varia de 0 a y 2 , obtemos o esboço de W na figura que se segue.
Cálculo III-A Lista 4 52
W
−1
Projetando W sobre o plano yz, encontramos Dyz que é esboçado na figura que se segue.
z z
Sai em z = y 2 Entra em y = −1 √
Sai em y = z
Dyz Dyz
−1 y −1 y
Entra em z = 0
Temos
Dyz = (y, z); −1 ≤ y ≤ 0 , 0 ≤ z ≤ y 2
ou √
Dyz = (y, z); 0 ≤ z ≤ 1 , −1 ≤ y ≤ z .
Considerando um ponto P = (x, y, z) no interior de W e uma reta paralela ao eixo x, passando por
P , orientada no sentido do crescimento de x, vemos que ela entra em W em x = 0 e sai de W em
x = 1. Então 0 ≤ x ≤ 1. Assim,
Logo ZZ Z 1
I= dxdydz .
0
Dyz
portanto
Z 0 Z y2 Z 1
I= dxdzdy
−1 0 0
ou √
Z 1 Z z Z 1
I= dxdydz .
0 −1 0
Finalmente, projetando W sobre o plano xz encontramos o quadrado Dxz na figura que se segue.
Dxz
1 x
Considerando um ponto P = (x, y, z) no interior de W e por P uma reta paralela ao eixo y, orientada
√
no sentido do crescimento
√ de y, vemos que ela entra em W em y = −1 e sai de W em y = z.
Logo, −1 ≤ y ≤ z . Então,
√
W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, z) ∈ Dxz e − 1 ≤ y ≤ z .
Logo √
ZZ Z z
I= dydxdz .
−1
Dxz
portanto √
Z 1Z 1Z z
I= dydxdz
0 0 −1
ou √
Z 1Z 1Z z
I= dydzdx .
0 0 −1
a) Esboce W .
b) Calcule a massa de W , supondo que a densidade em (x, y, z) é dada por δ(x, y, z) = z.
Solução:
E
2
z =2−y
C
D
W A
−1
1 1
2 y
x
Dxy
z=0
b) Temos
W = (x, y, z); (x, y) ∈ Dxy , 0 ≤ z ≤ 2 − y
onde Dxy é dado por Dxy : x2 + y 2 ≤ 1. Temos,
ZZZ ZZZ Z Z Z 2−y
M= δ(x, y, z) dV = z dV = z dz dxdy =
0
W W Dxy
ZZ h i2−y ZZ
z2 1
= dxdy = (4 − 4y + y 2) dy .
2 0 2
Dxy Dxy
0≤r≤1
e Drθ : . Então,
0 ≤ θ ≤ 2π
ZZ
1
M= (4 − 4r sen θ + r 2 sen2 θ) r drdθ =
2
Drθ
Z 2πZ 1
1
= (4r − 4r 2 sen θ + r 3 sen2 θ) drdθ =
2 0 0
Z 2π i1
1 r3 r4
h
2 2
= 2r −4 sen θ + sen θ dθ =
2 0 3 4 0
Z 2π
1 4 1
h i
= 2− sen θ + sen2 θ dθ =
2 0 3 4
1 4 1 1 sen 2θ 2π
h i
= 2θ + cos θ + · θ− =
2 3 4 2 2 0
1 π 17π
= 4π + = u.m.
2 4 8
Solução:
Esboço do sólido W
são comuns aos dois planos. Ligando-os por uma reta, obtemos a curva interseção. Considerando
que W é limitado pelos planos coordenados, temos assim o esboço na figura que se segue.
z
z
1
1 A
sai em z = 1 − x
sai em y = 1 − z Dxz
entra em y = 0 1 x
entra em z = 0
W
Dxz
1
y
1
x B
Devemos projetar W no plano xz ou no plano yz, pois para projetar W no plano xy devemos dividir
W em duas partes, usando o plano y = x. Então, projetemos W no plano xz. Imaginando através
de W uma reta paralela ao eixo y, orientada como o eixo y, vemos que ela entra em W em y = 0 e
sai de W em y = 1 − z. Portanto:
0≤x≤1
com Dxz : . A massa M do sólido W é:
0≤z ≤1−x
ZZZ ZZZ ZZ Z 1−z
M= δ(x, y, z) dV = z dV = z dydxdz =
0
W W Dxz
ZZ ZZ Z 1Z 1−x
2
z − z2
= z(1 − z) dxdz = z−z dxdz = dz =
0 0
Dxz Dxz
Z 1 i1−x Z 1
z2 z3 (1 − x)2 (1 − x)3
h h i
= − dx = − dx .
0 2 3 0 0 2 3
Exercı́cio 4: Use uma integral tripla para encontrar o volume do sólido no primeiro octante, limitado
pelos gráficos das equações y 2 + z 2 = 4, x + y = 2, z = 0, y = 0 e x = 0.
Solução:
2
y
2
y
2
Esboço do sólido W
Observemos que o ponto A = (2, 0, 2) e B = (0, 2, 0) são comuns às duas superfı́cies. Ligando-os
por uma curva temos a interseção. Considerando que o sólido é também limitado pelos planos x = 0,
y = 0 e z = 0, temos o esboço de W na figura que se segue.
2 entra em x = 0
A
W
2
B
y
2
sai em x = 2 − y
z
2
y2 + z 2 = 4
Dyz
2 y
Imaginemos uma reta paralela ao eixo x através de W , orientada como o eixo x. Vemos que ela
entra em W em x = 0 e sai de W em x = 2 − y. Então temos:
Assim, ZZ Z 2−y ZZ
V (W ) = dxdydz = (2 − y)dydz .
0
Dyz Dyz
0≤r≤2
e Drθ : . Então,
0 ≤ θ ≤ π/2
ZZ Z π/2Z 2
2r − r 2 cos θ drdθ =
V (W ) = (2 − r cos θ) r drdθ =
0 0
Drθ
Z π/2 i2 Z π/2
r3 8
h
2
= r − cos θ dθ = 4− cos θ dθ =
0 3 0 0 3
iπ/2
8 8
h
= 4θ − sen θ = 2π − u.v.
3 0 3
W
z = −y
C y = x2 − 1 −1
−1 −1
z=0 y
1
B
(
−1 ≤ x ≤ 1
Projetando W sobre o plano xy, encontramos a região Dxy : 2
. Por um ponto
x −1≤y ≤0
(x, y, z) no interior de W , traçamos uma reta paralela ao eixo z. Essa reta intercepta a fronteira
inferior de W no plano xy onde z = 0 e intercepta a fronteira superior no plano z = −y. Logo,
0 ≤ z ≤ −y. Assim,
W = {(x, y, z); (x, y) ∈ Dxy , 0 ≤ z ≤ −y} .
Então,
ZZZ ZZ Z −y ZZ
V (W ) = dV = dzdxdy = (−y) dxdy =
0
W Dxy Dxy
Z 1 Z 0 Z 1 i0 Z 1
y2 1
h 2
=− y dydx = − dx = x2 − 1 dx =
−1 x2 −1 −1 2 x2 −1 2 −1
Z 1 i1
1 1 x5 2x3 1 2 4 8
h
x4 − 2x2 + 1 dx =
= − +x = − +2 = u.v.
2 −1 2 5 3 −1 2 5 3 15
ZZZ
Exercı́cio 6: Calcule 24z dxdydz, onde W é o sólido limitado por x + y + z = 2, x = 0, y = 0,
W
z = 0 e z = 1.
1
x=0 Dxz x=2−z
1
1 2 x
W y =2−x−z
y=0
2
y
2
(
0≤z≤1
Projetando W sobre o plano xz temos a região Dxz : . Considerando uma paralela
0 ≤x≤2−z
ao eixo y por um ponto (x, y, z) no interior de W , vemos que essa paralela intercepta a fronteira
de W no plano xz onde y = 0 e depois no plano x + y + z = 2 onde y = 2 − x − z. Logo,
0 ≤ y ≤ 2 − x − z. Assim,
Z 1h
(2 − z)2 z
i
= 24 2z(2 − z) − − z 2 (2 − z) dz =
0 2
Z 1
4z − 4z 2 + z 3
= 24 4z − 2z 2 − − 2z 2 + z 3 dz =
0 2
Z 1
8z − 4z 2 − 4z + 4z 2 − z 3 − 4z 2 + 2z 3 dz =
= 12
0
1
z4 1
Z
4z 3
h i
4z − 4z 2 + z 3 dz = 12 2z 2 −
= 12 + =
0 3 4 0
4 1
= 12 2 − + = 11 .
3 4
Solução:
Esboço do sólido W
No plano xz esboçamos a reta x + z = 4. Como esta equação não depende da variável y, então por
pontos da reta traçamos retas paralelas ao eixo y.
y
4
4
sai em z = 4 − x
4
4
y
x
entra em z = 0
Para calcular a integral, devemos projetar Wsobre algum plano coordenado. Vamos projetar W no
0≤x≤4
plano xy. Encontramos o quadrado Dxy : . Imaginando uma reta paralela ao eixo
0≤y≤4
z, através de W , orientada como o eixo z, vemos que ela entra em W em z = 0 e sai de W em
z = 4 − x. Então,
W : (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ Dxy e 0 ≤ z ≤ 4 − x .
Assim, ZZ Z 4−x ZZ
M =k x dzdxdy = k x(4 − x) dxdy =
0
Dxy Dxy
Z 4Z 4 Z 4 i4 Z 4
x3 32k
h
2 2
=k 4x − x dxdy = k 2x − dy = dy =
0 0 0 3 0 3 0
128k
= u.m.
3
A componente z é dada por:
ZZZ ZZZ
Mz = z δ(x, y, z) dV = k xz dV .
W W
ZZZ
Cálculo de xz dV
W
8x3 x4 4 8 × 64 128
h i
= 2 8x2 − + = 2 8 × 16 − + 64 = .
3 4 0 3 3
Logo, substituindo acima, temos
128k 128k
z=
3 3
portanto z = 1.
Exercı́cio 8: Encontre o momento de inércia Iz do sólido no primeiro octante, limitado pelos gráficos
das equações z = y, x2 + y 2 = 1, z = 0 e x = 0 se a densidade é dada por δ(x, y, z) = kz, onde
k > 0 é uma constante.
Solução:
Esboço do sólido W
y
z
sai em z = y 1
B x2 + y 2 = 1
Dxy
W
1 x
1
y
A
1
entra em z = 0
x Dxy
Cálculo da integral
0≤r≤1
e Drθ : . Então,
0 ≤ θ ≤ π/2
ZZ Z π/2 Z 1
k 2 2 k 2
Iz = r (r sen θ) r drdθ = sen θ r 5 drdθ =
2 2 0 0
Drθ
Z π/2 h 6 i1 Z π/2
k 2 r k
= sen θ dθ = sen2 θ dθ .
2 0 6 0 12 0
1 − cos 2θ
Da trigonometria temos que sen2 θ = . Logo,
2
Z Z
1 − cos 2θ 1 sen 2θ
2
sen θ dθ = dθ = θ− +C.
2 2 2
Assim,
k 1 sen 2θ π/2 kπ
h i
Iz = · θ− = .
12 2 2 0 48
a) Esboce W .
b) Calcule o volume de W .
Solução:
Por pontos das parábolas traçamos paralelas ao eixo x (por exemplo, (0, 0, 2), (0, 0, 0), (0, −1, 1) e
(0, 1, 1)).
z
4
(0, 0, 2)
x=0
A
W
(0, 0, 1)
D C
E
y
B = (4, 0, 0) x=4−z
x
z = 2 − y2
z = y2
Temos,
ZZZ Z Z Z 4−z ZZ
V (W ) = dxdydz = dx dydz = (4 − z) dydz =
0
W Dyz Dyz
Z 1h
1 i
= 16 − 8y 2 − 4 + 4y 2 − y 4 − 8y 2 − y 4 dy =
2 −1
Z 1 i1
1 1 1
h
= (12 − 12y 2) dy = 12y − 4y 3 = · 2(12 − 4) = 8 u.v.
2 −1 2 −1 2
a) Esboce W .
b) Calcule, por integral tripla, o volume do sólido W .
Solução:
Para esboçar o plano, devemos traçar paralelas ao eixo x, por pontos da reta. Em particular, por
(0, 4, 0). Esta paralela intercepta o cilindro nos pontos B e C. A curva que passa por B, A e C
A = (0, 0, 4)
W y =4−z
y=0
(−2, 0, 0) C
(2, 0, 0) (0, 4, 0) y
B
x
W = (x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ 4 − z
onde
Dxz = (x, z) ∈ R2 ; −2 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ z ≤ 4 − x2 .
z = 4 − x2
−2 2 x
z=0
Então, Z Z Z 4−z ZZ
V (W ) = dy dxdz = (4 − z) dxdz =
0
Dxz Dxz
2 4−x2 2 i 2
z 2 4−x
Z Z Z h
= (4 − z) dzdx = 4z − dx =
−2 0 −2 2 0
Z 2 Z 2
1 2
1 2 4
= 32 − 8x − 16 + 8x − x dx = 16 − x4 dx =
2 −2 2 −2
i2
1 x5 1 32 128
h
= 16x − = · 2 32 − = u.v.
2 5 −2 2 5 5
Objetivo
• Aprender a fazer mudança de variáveis em integrais triplas.
onde
∂x ∂x ∂x
∂u ∂v ∂w
∂(x, y, z)
∂y ∂y ∂y
J= = 6= 0
∂(u, v, w) ∂u ∂v ∂w
∂z ∂z ∂z
∂u ∂v ∂w
e Wuvw = ϕ(W ).
Coordenadas cilı́ndricas
Cálculo III-A Módulo 5 2
z
As coordenadas cilı́ndricas (r, θ, z) são definidas por
P
x = r cos θ
y = r sen θ ∴ x2 + y 2 = r 2
z
z=z y
r y
θ
com r ≥ 0, θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2π, para algum θ0 e z ∈ R. x
As coordenadas r e θ são as mesmas que as coordenadas polares e, portanto, as suas variações são
encontradas na projeção de W no plano xy. A variação de z é encontrada diretamente no sólido.
Supondo que z1 (x, y) ≤ z ≤ z2 (x, y), então a variação de z será
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dxdydz = f (r cos θ, r sen θ, z) r drdθdz
W Wrθz
Exemplo 1
ZZZ
Calcule (zx2 + zy 2 ) dxdydz, sendo W o sólido limitado pelo cilindro x2 + y 2 ≤ 1, pelo plano
W
z = 0 e pelo paraboloide z = 4 − x2 − y 2.
Solução:
4
z = 4 − x2 − y 2
W
P = (x, y, z)
1 y
1 z=0
0≤r≤1
Wrθz : 0 ≤ θ ≤ 2π .
0 ≤ z ≤ 4 − r2
Z 1 Z 2π Z 4−r 2
3
= r z dzdθdr
0 0 0
Z 1 h 2 i4−r2 Z 2π
3 z
= r 2
dθdr
0 0 0
Z 1
= π r 3 (4 − r 2 )2 dr
0
Z 1
= π 16r 3 − 8r 5 + r 7 dr
0
h i1
4r 6 r8
= π 4r 4 − 3
+ 8
0
67π
= 24
.
Objetivo
• Estudar a mudança de variáveis esféricas.
∂(x, y, z)
J= = ρ2 sen φ (Verifique!)
∂(ρ, φ, θ)
Logo,
ZZZ ZZZ
f (x, y, z) dV = f (ρ sen φ cos θ, ρ sen φ sen θ, ρ cos φ) ρ2 sen φ dρdφdθ
W Wρφθ
Exemplo 1
Solução:
O esboço de W é:
z
a
a y
a
0≤ρ≤a
Wρφθ : 0≤φ≤π .
0 ≤ θ ≤ 2π
ZZZ
Como V (W ) = dxdydz então:
W
ZZZ
V (W ) = ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Z a Z π Z 2π
2
= ρ sen φ dθdφdρ
0 0 0
Z a Z π
2
= 2π ρ sen φ dφdρ
0 0
π
Z a
= 2π − cos φ 0
ρ2 dρ
0
h 3 ia
ρ
= 4π 3
0
4πa3
= 3
u.v.
Exemplo 2
x2 y2 z2
Calcule o volume do elipsoide W : a2
+ b2
+ c2
≤ 1, (a, b, c > 0).
Solução:
Temos
∂x ∂x ∂x
∂u ∂v ∂w
a 0 0
∂(x, y, z)
∂y ∂y ∂y
J= = = 0 b 0 = abc 6= 0 .
∂(u, v, w) ∂u ∂v ∂w
0 0 c
∂z ∂z ∂z
∂u ∂v ∂w
Logo,
dxdydz = |J| dudvdw = abc dudvdw .
2 2
z2
O elipsoide
ZZZ
W : xa2 + yb2 + c2
≤ 1 é transformado na esfera Wuvw : u2 + v 2 + w2 ≤ 1. Como
V (W ) = dxdydz, então:
W
4 4
ZZZ ZZZ
V (W ) = |J| dudvdw = abc dudvdw = abc V (Wuvw ) = abc · · π · 13 = πabc .
3 3
Wuvw Wuvw
ZZZ
x2 + y 2
Exercı́cio 1: Calcule dV , onde W é a região interior ao cilindro x2 + y 2 = 1 e
W
à esfera x2 + y 2 + z 2 = 4.
ZZZ p
Exercı́cio 2: Calcule x2 + y 2 dV , onde W é a região limitada por z = x2 + y 2 − 4 e
W
z = 4 − x2 − y 2 .
2 2
Exercı́cio 3: Use a integral
p tripla para calcular o volume do sólido W acima do paraboloide z = x +y
e abaixo do cone z = x2 + y 2 .
ZZZ
x2 + y 2 + z 2 dV , sendo W a região limitada superiormente pela esfera
Exercı́cio 4: Calcule
W p
x2 + y 2 + z 2 = 16 e inferiormente pelo cone z = x2 + y 2 .
Exercı́cio 7: Verificar que o centro de massa de uma esfera de raio 1 coincide com o seu centro,
sabendo-se que a sua distribuição de massa é homogênea.
Exercı́cio 8: Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z do sólido limitado por z = 4−x2 −y 2
e z = 0, sabendo que a densidade em um ponto é proporcional à distância de P ao plano xy.
z
p
sai em z = 4 − x2 − y 2
2
√
3
1 y
1
√
− 3
p
entra em z = − 4 − x2 − y 2
Logo, √
ZZZ ZZZ Z 1 Z 4−r 2 Z 2π
2 2
2 3
x +y dV = r · r drdθdz = r √
dθdzdr =
0 − 4−r 2 0
W Wrθz
Z Z √ Z
1 4−r 2 1 √
3
= 2π r √
dzdr = 2π r 3 · 2 4 − r 2 dr .
0 − 4−r 2 0
ZZZ p
Exercı́cio 2: Calcule x2 + y 2 dV , onde W é a região limitada por z = x2 + y 2 − 4 e z =
W
4 − x2 − y 2 .
sai em z = 4 − x2 − y 2
2 y
2
x entra em z = x2 + y 2 − 4
−4
0 ≤ θ ≤ 2π
com (r, θ, z) ∈ Wrθz , onde Wrθz é dado por 0≤r≤2 . Dessa forma,
2 2
r −4 ≤z ≤ 4−r
ZZZ p ZZZ Z 2 Z 4−r2 Z 2π
x2 + y 2 dV = r · r drdθdz = r2 dθdzdr =
0 r 2 −4 0
W Wrθz
Z 2 Z 4−r 2 Z 2 Z 2
2 2 2 2
= 2π r dzdr = 2π r 4 − r − r + 4 dr = 4π 4r 2 − r 4 dr =
0 r 2 −4 0 0
h 5 i2 h i
4r3 r 32 32 256
= 4π − = 4π − = π.
3 5 0 3 5 15
2 2
Exercı́cio 3: Use a integral
p tripla para calcular o volume do sólido W acima do paraboloide z = x +y
e abaixo do cone z = x2 + y 2 .
p
Solução: De z = x2 + y 2 e z = x2 + y 2 ou z 2 = x2 + y 2 temos z 2 = z ou z 2 − z = 0 ou
z(z − 1) = 0 portanto z = 0 ou z = 1. Logo, as superfı́cies se interceptam em (0, 0, 0) e também
no plano z = 1, segundo a circunferência x2 + y 2 = 1. Com isso, o esboço do sólido W está
representado na figura que se segue.
1
p
sai em z = x2 + y 2
W
entra em z = x2 + y 2
ZZZ
Temos por integral tripla que V (W ) = dV . Vamos calcular a integral utilizando coordenadas
W
cilı́ndricas. Temos,
x = r cos θ
y = r sen θ
z=z
dxdydz = dV = r dr dθ dz
0 ≤ θ ≤ 2π
com (r, θ, z) ∈ Wrθz , onde Wrθz é dado por 0 ≤ r ≤ 1 . Logo, o volume será:
2
r ≤z≤r
ZZZ Z 1 Z rZ 2π Z 1 Z r
V (W ) = r drdθdz = r dθdzdr = 2π r dzdr =
0 r2 0 0 r2
Wrθz
Z 1 Z 1 h 3 i
2
r r4 1 1 1 π
= 2π r r−r dr = 2π r 2 − r 3 dr = 2π − = 2π − = u.v.
0 0 3 4 0 3 4 6
ZZZ
Exercı́cio 4: Calcule (x2 + y 2 + z 2 ) dV , sendo W a região limitada superiormente pela esfera
W p
2 2 2
x + y + z = 16 e inferiormente pelo cone z = x2 + y 2 .
p
Solução: De x2 + y 2√
+ z 2 = 16 e z = x2 + y 2 (ou z 2 = x2 + y 2 ), temos 2 (x2 + y 2 ) = √
16 ou
2 2
x + y = 8 e z = 2 2 . Logo, a interseção é uma circunferência contida no plano z = 2 2 de
√ √
centro 0, 0, 2 2 e raio 2 2 . Assim, o esboço de W está representado na figura que se segue.
sai em ρ = 4
√
2 2
D
y
√
2 2
√
2 2
entra em ρ = 0
Z π/4 Z 4 Z 2π Z π/4 Z 4
4
= sen φ ρ dθdρdφ = 2π sen φ ρ4 dρdφ =
0 0 0 0 0
h 5 i4 Z π/4 h iπ/4
ρ 2 · 45 π
= 2π sen φ dφ = − cos φ =
5 0 0 5 0
√
2 · 45 π 2 45 π √
= 1− = 2− 2 .
5 2 5
2 y
Considerando uma semirreta pela origem, no interior de W , vemos que ela entra em W na origem,
onde ρ = 0 e sai de W em um ponto da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, onde ρ = 2. Logo, 0 ≤ ρ ≤ 2.
Temos
r
x2 + y 2 1 p 2 1 p 2
z= =√ x + y 2 ⇒ ρ cos φ = √ ρ sen2 φ ⇒
3 3 3
1 √ π
⇒ ρ cos φ = √ ρ sen φ ⇒ tg φ = 3 ⇒ φ= .
3 3
Efetuando uma “varredura” em W , ela começa na parede do cone, onde φ = π/3 e termina no plano
z = 0, onde φ = π/2. Logo, π/3 ≤ φ ≤ π/2. Assim, temos
0 ≤ θ ≤ 2π
Wρφθ 0≤ρ≤2 .
π/3 ≤ φ ≤ π/2
Temos,
ZZZ ZZZ Z 2 Z π/2 Z 2π
2 2
V (W ) = dV = ρ sen φ dρdφdθ = ρ sen φ dθdφdρ =
0 π/3 0
W Wρφθ
Z 2 Z π/2 Z 2 h i2
2 π/2 1 ρ3 8π
= 2π ρ sen φ dφdρ = 2π ρ2 [− cos φ]π/3 dρ = 2π −0 = u.v.
0 π/3 0 2 3 0 3
Solução: Essa integral iterada é uma integral tripla sobre a região W descrita em coordenadas
esféricas por:
Wρφθ : {(ρ, φ, θ); 0 ≤ φ ≤ π/3 , 0 ≤ θ ≤ 2π , 0 ≤ ρ ≤ sec φ} .
Das coordenadas esféricas temos z = ρ cos φ, x2 + y 2 = ρ2 sen2 φ e dV = ρ2 sen φ dρdφdθ. Logo,
π √ sen φ √ √
φ= ⇒ tg φ = 3 ⇒ = 3 ⇒ sen φ = 3 cos φ ⇒
3 cos φ
√ p √ q
x2 + y 2
⇒ ρ sen φ = 3ρ cos φ ⇒ x2 + y 2 = 3z ⇒ z = (cone)
3
e, também,
1
= 1 ⇒ z = 1 (plano horizontal)
ρ = sec φ ⇒ ρ =
cos φ
q 2 2
Assim, o sólido W é limitado inferiormente pelo cone z = x +3 y e superiormente pelo plano z = 1
√
e sua projeção no plano xy é o disco D : x2 + y 2 ≤ ( 3)2 .
D √
3 y
√
3
1 1 √
= volume do cone W = (área da base) × altura = π( 3)2 · 1 = π .
3 3
Exercı́cio 7: Verificar que o centro de massa de uma esfera de raio 1 coincide com o seu centro,
sabendo-se que a sua distribuição de massa é homogênea.
Solução: Vamos escolher os eixos coordenados de forma que a origem seja o centro da esfera de
raio 1. Logo, o sólido W é limitado pela superfı́cie x2 + y 2 + z 2 = 1.
1 y
1
Como a distribuição de massa é homogênea, então o centro de massa (x, y, z) é dado por:
ZZZ ZZZ ZZZ
V (W )x = x dV , V (W )y = y dV e V (W )z = z dV
W W W
4 4
onde V (W ) = · π · 13 = π.
3 3
Passando para coordenadas esféricas, temos x = ρ sen φ cos θ, y = ρ sen φ sen θ, z = ρ cos φ,
dV = ρ2 sen φ dρdφdθ e Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 1 , 0 ≤ φ ≤ π , 0 ≤ θ ≤ 2π. Então
ZZZ ZZZ
x dV = (ρ sen φ cos θ) ρ2 sen φ dρdφdθ =
W Wρφθ
Z π Z 1 Z 2π
2 3
= sen φ ρ cos θ dθ dρdφ = 0
0 0
|0 {z }
=0
ZZZ Z π Z 1 Z 2π
2 3
y dV = sen φ ρ sen θ dθ dρdφ = 0
0 0 0
W | {z }
=0
ZZZ ZZZ Z 1 Z 2π Z π
2 3
z dV = (ρ cos φ) ρ sen φ dρdφdθ = ρ cos φ sen φ dφdθdρ
0 0 0
W Wρφθ
Z 1 Z 2π h iπ
3 sen2 φ
= ρ dθdρ = 0 .
0 0 2 0
| {z }
=0
Exercı́cio 8: Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z do sólido limitado por z = 4−x2 −y 2
e z = 0, sabendo que a densidade em um ponto é proporcional à distância de P ao plano xy.
z
4
2 y
2
ZZZ
Temos Iz = x2 + y 2 δ(x, y, z) dV , onde δ(x, y, z) = k|z| = kz pois z ≥ 0. Logo,
W
ZZZ
Iz = k x2 + y 2 z dV .
W
4 y
2
W
Dxy
2 x
1
Dxy
2
2 y
x
p
Como o integrando envolve x2 + y 2 e a região de integração é um cilindro, devemos calcular a
integral utilizando coordenadas cilı́ndricas. Temos,
x = r cos θ
y = r sen θ
z = z
dV = rdrdθdz
2
x + y 2 = r2
Cálculo III-A Lista 5 87
0≤r≤2
e a descrição de W é dada pelas seguintes desigualdades Wrθz : 0 ≤ θ ≤ 2π . Então,
1 ≤ z ≤ 4.
ZZZ p ZZZ √ ZZZ
x2 + y 2 dV = r 2 r drdθ = r 2 drdθdz =
W Wrθz Wrθz
Z 2 Z 4Z 2π Z 2 Z 4 Z 2 h i4
2 2
= r dθdzdr = 2π r dzdr = 2π r 2 z dr =
0 1 0 0 1 0 1
Z 2 h 3 i2
2 r
= 6π r dr = 6π = 16π .
0 3 0
ZZZ p
Exercı́cio 2: Calcule x2 + y 2 + z 2 dV , onde W é limitado inferiormente pelo cone z =
q W
3 x + y e superiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 4.
2 2
q
Solução: De x2 + y 2 + z 2 = 4 e z = 3 x2 + y 2 , tem-se x2 + y 2 = 1 que é a projeção, no plano
xy, da curva interseção das duas superfı́cies. A projeção do sólido W é o disco D : x2 + y 2 ≤ 1.
2 1
1 π
⇒ ⇒ sen φ = ⇒φ=
W φ 2
2 6
D 1 2
1
2
x
Z π/6Z 2Z 2π Z π/6 Z 2
3
= ρ sen φ dθdρdφ = 2π sen φ ρ3 dρdφ =
0 0 0 0 0
h 4 i2 Z π/6 h iπ/6
ρ π
= 2π sen φ dφ = 8π − cos φ = 8π 1 − cos =
4 0 0 0 6
√
3 √
= 8π 1 − = 4π(2 − 3) .
2
z=4
4
z = x2 + y 2
2 y
2
D
x
0≤r≤2
(x, y) ∈ D
Como W é dado por W : então Wrθz é dado por Wrθz : 0 ≤ θ ≤ 2π .
x2 + y 2 ≤ z ≤ 4 2
r ≤z≤4
Assim,
ZZZ ZZZ
2
2 1/2
1/2
M= x +y dxdydz = r2 r drdθdz =
W Wrθz
ZZZ Z 2 Z 4Z 2π Z 2 Z 4
2 2 2
= r drdθdz = r dθdzdr = 2π r dzdr =
0 r2 0 0 r2
Wrθz
Z 2 Z 2
r5 2
h 3 i
2 2
4r 128π
= 2π r 4−r dr = 2π 4r 2 − r 4 dr = 2π − = u.m.
0 0 3 5 0 5
y
4 2
W Dxy
2 x
2 y
2
ZZZ Z 2 Z r 2Z 2π Z 2 Z r2
V (W ) = r drdθdz = r dθdzdr = 2π r dzdr =
0 0 0 0 0
Wrθz
Z 2 Z 2 h 4 i2
2 r
= 2π r · r dr = 2π r 3 dr = 2π = 8π u.v.
0 0 4 0
O centro de massa de um sólido homogêneo é dito centroide e como a densidade δ(x, y, z) é constante
ela pode ser cancelada e temos: ZZZ
V (W ) x = x dV
W
ZZZ
V (W ) y = y dV
W
ZZZ
V (W ) z = z dV .
W
ZZZ
Cálculo de x dV
W
Temos,
ZZZ ZZ Z x2 +y 2 ZZ
x dV = x dzdxdy = x x2 + y 2 dxdy = 0
0
W Dxy Dxy
pois a função x (x2 + y 2 ) é ı́mpar na variável x e Dxy tem simetria em relação ao eixo y. Logo,
x = 0.
ZZZ
Cálculo de y dV
W
Temos,
ZZZ ZZ Z x2 +y 2 ZZ
y dV = y dzdxdy = y x2 + y 2 dxdy = 0 ,
0
W Dxy Dxy
pois a função y (x2 + y 2) é ı́mpar na variável y e Dxy tem simetria em relação ao eixo x. Logo,
y = 0.
ZZZ
Cálculo de z dV
W
Temos,
ZZZ ZZZ Z 2 Z r2 Z 2π
z dV = zr drdθdz = r z dθdzdr =
0 0 0
W Wrθz
Z 2 Z r2 Z 2 h ir2 Z 2
z2
= 2π r z dzdr = 2π r dr = π r · r 4 dr =
0 0 0 2 0 0
Z 2 h 6 i2
r 32π
=π r 5 dr = π = .
0 6 0 3
Logo
32π
8πz =
3
portanto
4
z= .
3
Portanto, o centroide localiza-se em (0, 0, 4/3).
Exercı́cio 5: Considere
p o sólido homogêneo, limitado pelo plano z = 0, o cilindro x2 + y 2 = 2y e
pelo cone z = x2 + y 2 . Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z.
p
Solução: O esboço do sólido W , limitado superiormente pelo cone z = x2 + y 2, inferiormente
pelo plano z = 0 e lateralmente pelo cilindro x2 + y 2 = 2y ou x2 + (y − 1)2 = 1 está representado
na figura que se segue.
2
p
z= x2 + y 2
W
P = (x, y, z)
1 2 y
z=0
Seja P = (x, y, z)p∈ W . A reta passando por P e paralela ao eixo z intercepta a fronteira de W
em z = 0 e z = x2 + y 2 = r. As variações de r e θ são olhadas na projeção de W no plano
xy : x2 + (y − 1)2 ≤ 1 ou x2 + y 2 ≤ 2y.
y
2
(x, y) r = 2 sen θ
1
x
r=0
2 2 2 0≤θ≤π
De x + y = 2y, temos r = 2r sen θ ou r = 2 sen θ se r 6= 0. Então . Logo
0 ≤ r ≤ 2 sen θ
0≤θ≤π
Wrθz : 0 ≤ r ≤ 2 sen θ . O momento de inércia em relação ao eixo z é:
0≤z≤r
ZZZ
Iz = (x2 + y 2 ) · δ(x, y, z) dV
W
y
h
2a
W
a
a 2a y x
x
Se a densidade constante for denotada por k, então o momento de inércia em relação ao eixo z é
ZZZ
Iz = k (x2 + y 2 ) dxdydz .
W
Da trigonometria, tem-se:
2
1 − cos 2θ 1
sen4 θ = (sen2 θ)2 = = 1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ .
2 4
Então, Z Z
π/4 π
4 1 1
sen θ dθ = · 1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ d(2θ) =
0 2 4 0
h i
1 1 sen 4θ π 1 3π
= 2θ − 2 sen 2θ + 2θ + = (2π + π) = .
8 2 2 0 8 8
Logo,
3πa4 hk 3
Iz = = Ma2
2 2
pois M = kπa2 h.
ZZZ p
1
Exercı́cio 7: Calcule dV , sendo W a região interior ao cone z = x2 + y 2 , limitada
x2 + y2 + z 2
W
superiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 4 e inferiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 1.
ρ=2
1 P
ρ=1
π/4
y
Z π/4 Z 2 Z 2π 2 π/4
= sen φ dφ dρ dθ = 2π ρ 1 − cos φ 0 =
0 1 0
√
− 2 √
= 2π +1 =π 2− 2 .
2
p
Exercı́cio 8: Calcule a massa do sólido W inferior ao cone z = 3(x2 + y 2 ) e limitado pela esfera
x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1, sendo a densidade igual ao quadrado da distância de (x, y, z) ao plano z = 0.
3
⇒ 4z 2 − 6z = 0 ⇒ z = 0 ou z = .
2
z
2
3/2 √
z= 3y
W
1
π/3
√
√
3/2 y
3/2
x
√ p
Como o ângulo da reta z = 3 y (corte do cone z = 3(x2 + y 2) , considerando x = 0) é o
ângulo π/3, então φ varia de 0 (eixo z positivo) a π/2 − π/3 = π/6. Transformando a equação
x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 ou x2 + y 2 + z 2 = 2z para coordenadas esféricas temos ρ2 = 2ρ cos φ logo
ρ = 0 ou ρ = 2 cos φ. Isso significa que ρ varia de 0 a 2 cos φ. A variação de θ é encontrada na
projeção de W no plano xy. Logo, 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim, Wρφθ é dado por:
0 ≤ θ ≤ 2π
Wρφθ : 0 ≤ φ ≤ π/6
1 ≤ ρ ≤ 2 cos φ .
Como a distância de (x, y, z) ao plano z = 0 é |z| então δ(x, y, z) = |z|2 = z 2 . A massa de W é:
ZZZ ZZZ ZZZ
2
M= δ(x, y, z) dV = z dV = (ρ cos φ)2 ρ2 sen φ dρdφdθ =
W W Wρφθ
2
x2 + y 2 = 4
Dxy
2 x
2
2
y
0 ≤ θ ≤ π/2
Descrevendo W em coordenadas cilı́ndricas, temos Wrθz : 0≤r≤2 . Então,
0≤z≤4
ZZZ √ Z π/2Z 2Z 4 1/2
I= 1+ r2r drdθdz = 1 + r2 r dzdrdθ =
0 0 0
Wrθz
Z π/2 h √ √
4 2 i2
2 3/2 4
π 2
= 1+r dθ = 5 5−1 = 5 5−1 π.
2 0 3 0 3 2 3
Exercı́cio 10: Expresse cada integral como uma integral tripla iterada em coordenadas esféricas e
calcule a integral obtida:
Z 1Z √ √
1−x2Z 1−x2 −y 2
dzdydx
a) .
0 0 0 1 + x2 + y 2 + z 2
Z 3Z √ √
9−x2Z 9−x2 −y 2
b) xz dzdydx .
0 0 0
Solução:
onde n √ p o
W = (x, y, z) ∈ R3 ; 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 − x2 , 0 ≤ z ≤ 1 − x2 − y 2
| {z }
D
ou n p o
W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 1 − x2 − y 2
0≤x≤√ 1
onde D : é a projeção de W no plano xy.
0 ≤ y ≤ 1 − x2
y z
√
1 Sai em y = 1 − x2
x2 + y 2 = 1
D
1 y
D
1
1 x
x
Entra em y = 0
p
De 0p≤ z ≤ 1 − x2 − y 2 concluı́mos que o sólido W é limitado superiormente pela superfı́cie
z = 1 − x2 − y 2 ou x2 + y 2 + z 2 = 1, com z ≥ 0, que é a semiesfera superior de raio 1 e centro
(0, 0, 0), e é limitado inferiormente pelo plano xy de equação z = 0. Considerando que a projeção
de W no plano xy é a região D, temos:
z
1
1
1 y
x
b) Temos, √
Z 3Z √
9−x2Z 9−x2 −y 2 ZZZ
I= xz dzdydx = xz dxdydz
0 0 0
W
onde n √ p o
W = (x, y, z) ∈ R3 ; 0 ≤ x ≤ 3 , 0 ≤ y ≤ 9 − x2 , 0 ≤ z ≤ 9 − x2 − y 2
| {z }
D
ou n p o
W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 9 − x2 − y 2
0≤x≤√ 3
onde D : é a projeção de D no plano xy.
0 ≤ y ≤ 9 − x2
y z
√
3 Sai em y = 9 − x2
D
3 y
D
3
3 x
x
Entra em y = 0
Considerando um ponto P pno interior de W e uma reta paralela ao eixo z, passando por P e levando
em contapque 0 ≤ z ≤ 9 − x2 − y 2 , concluı́mos que a reta entra em W em z = 0 e sai de W
em z = 9 − x2 − y 2 ou x2 + y 2 + z 2 = 9, com z ≥ 0. Logo, W é limitado superiormente pela
semiesfera superior e limitado inferiormente pelo plano z = 0.
3
3 y
x
Z 3 Z π/2 Z π/2
4 2
= ρ sen φ cos φ cos θ dθdφdρ =
0 0 0
h iπ/2 Z 3 Z π/2 h iπ/2 Z 3
4 2 sen3 φ
= sen θ ρ sen φ cos φ dφdρ = ρ4 dρ =
0 0 0 3 0 0
| {z }
=1
h i3
1 ρ5 81
= = .
3 5 0 5
Objetivo
• Parametrizar curvas planas e espaciais.
Parametrização de curvas
σ σ(t)
t C
x
I
Exemplo 1
Solução:
−→ −−→ −→
Se P ∈ C, então OP = OB + tAB , 0 ≤ t ≤ 1 ou P − 0 = B − 0 + t(B − A) , 0 ≤ t ≤ 1 ou
P = B + t(B − A) , 0 ≤ t ≤ 1. Logo, uma parametrização do segmento C é dada por
σ(t) = B + t(B − A) , 0 ≤ t ≤ 1 .
Cálculo III-A Módulo 6 2
Exemplo 2
(x, f (x)) C
x x
I
Exemplo 3
y
C
a
P
a
t y
x a x
Observe que quando t aumenta de 0 a 2π, o ponto P = (x, y) = (a cos t, a sen t) se move, uma vez
sobre C no sentido anti-horário a partir do ponto (a, 0). Logo, uma parametrização de C é
Observe que σ3 (t) = (a cos(2π − t), a sen(2π − t)) = (a cos t, −a sen t) , 0 ≤ t ≤ 2π é outra
parametrização de C, e P se move ao longo de C no sentido horário a partir do ponto (a, 0).
Exemplo 4
u2 + v 2 = a2
Exemplo 5
(x−x0 )2 (y−y0 )2 x−x0 y−y0
Seja uma elipse C : a2
+ b2
= 1. Fazendo u = a
ev= b
, mostramos que
é uma parametrização de C.
Exemplo 6
Seja C uma curva do espaço dada pela interseção do cilindro x2 + y 2 = 1 com o plano x + z = 2.
a) Esboce C.
b) Apresente uma parametrização diferenciável para C. z
Solução:
(0, −1, 0)
(0, 1, 0) y
(1, 0, 0)
x
UFF IME - GMA
Cálculo III-A Módulo 6 4
Para esboçar o plano x + z = 2, traçamos a reta x + z = 2 no plano xz. Observe que a equação do
plano não contém a variável y. Por isso, por pontos da reta traçamos paralelas ao eixo y.
y
2
Agora, juntemos as duas figuras, procurando destacar alguns pontos de interseção. A reta x + z = 2
intercepta o cilindro nos pontos A1 e A2 . Por outro lado, a reta do plano, paralela ao eixo y, passando
por (0, 0, 2), intercepta o cilindro nos pontos B1 e B2 . A curva C passa por A1 , B1 , A2 e B2 .
z
A2
B1
2 B2
A1
1
1 y
2
é uma parametrização de C.
Exemplo 7
Seja C a curva no espaço representada pela função vetorial σ(t) = (a cos t, a sen t, bt) , 0 ≤ t ≤ 4π ,
a > 0, b > 0. Esboce C, dita hélice circular.
Solução:
(a, 0, 4π)
a y
a
x
Objetivo
• Compreender e noção de integral de linha de campo escalar;
Nesta aula definiremos uma integral similar a uma integral definida. Sejam dados um campo es-
calar em R3 ou uma função real de três variáveis f : R3 → R e uma curva C em R3 , dada por
σ(t) = (x(t), y(t), z(t)) , t ∈ [a, b], com σ de classe C 1 .
z
a = t0 σ(ti−1 )
σ(ti )
∆t
ti−1 σ σ(ti∗ )
ti
ti∗
C
b = tn y
se o limite existir.
OBS.:
C− B
C1 C3
C2
Exemplo 1
Solução:
Z Z 1 √ Z 1
1/2
y ds = 2
t 2 + 4t dt = 2 + 4t2 t dt .
0 0
C
d(2+4t2 )
Observe que d(2 + 4t2 ) = 8t dt, portanto t dt = 8
. Logo,
Z Z 1
1 2 1/2 2 1 2 2 3/2
1
1
1
√ √
y ds = 8
(2 + 4t ) d(2 + 4t ) = 8
· (2 + 4t )
3 = 12
63/2 − 23/2 = 6
3 6− 2 .
0 0
C
Exemplo 2
Z
Calcule x ds, onde C é formado pelo segmento de reta C1 de (0, 2) a (0, 1), seguido do arco C2
C
da parábola y = 1 − x2 de (0, 1) a (1, 0).
Solução:
1
C2
1 x
Como C = C1 ∪ C2 , temos:
Z Z Z Z Z
x ds = x ds + x ds = x ds + x ds .
C C1 C2 C1− C2
Z
Cálculo de x ds
C1−
Uma parametrização de C1− é dada por σ(t) = (0, t) , 1 ≤ t ≤ 2. Logo, σ ′ (t) = (0, 1), logo
kσ ′ (t)k = 1 e, portanto, ds = kσ ′ (t)k dt = dt.
Assim, Z Z 2
x ds = 0 dt = 0 .
1
C1−
Z
Cálculo de x ds
C2
Z Z 1 √ Z 1
1/2
x ds = 2
t 1 + 4t dt = 1 + 4t2 dt .
0 0
C2
d(1+4t2 )
Observe que t dt = 8
. Logo,
Z Z 1
1 1/2 1 3/2
1 √
· 32 (1 + 4t2 ) 1
x ds = 8
(1 + 4t2 ) d(1 + 4t2 ) = 8 = 12
5 5−1 .
0 0
C2
Portanto, Z
1 √
x ds = 5 5−1 .
12
C
Exemplo 3
Seja a curva
Z C obtida como interseção da semiesfera x2 + y 2 + z 2 = 4 , y ≥ 0 com o plano x + z = 2.
Calcule f (x, y, z) ds, onde f (x, y, z) é dada por f (x, y, z) = xy.
C
Solução:
O esboço de C é:
z
2
2 y
2
√
Como y ≥ 0, 2 sen t ≥ 0, portanto 0 ≤ t ≤ π. Logo, uma parametrização para C é dada por
√
σ(t) = 1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t , 0 ≤ t ≤ π .
Temos √
′
σ (t) = − sen t, 2 cos t, sen t
portanto √ √
ds = kσ ′ (t)k dt = sen2 t + 2 cos2 t + sen2 t dt = 2 dt .
Então,
Z Z Z π Z π
√ √
f (x, y, z) ds = xy ds = (1 + cos t) 2 sen t 2 dt = 2 (sen t + sen t cos t) dt
0 0
C C
h iπ
sen2 t
= 2 − cos t + 2
0
= 4.
g) C é a curva 2x2 + 2y 2 − 6x + 4y − 16 = 0.
a) x2 + y 2 = 1 e y + z = 2.
c) 4x2 + 9y 2 = 36 e x + z = 1.
d) x2 + y 2 + z 2 = 4 e x + y = 1.
√
e) x2 + y 2 = z 2 , z ≥ 0 e x = y 2 do ponto (0, 0, 0) a 1, 1, 2 .
g) z = 3x2 + y 2 e z + 6x = 9.
h) (x − 1)2 + y 2 = 1 e x2 + y 2 + z 2 = 4, com z ≥ 0.
Z
→
− −
→ →
−
Exercı́cio 3: Calcule (xy + y + z) ds ao longo da curva →
−
r (t) = 2t i + t j + (2 − 2t) k ,
C
com 0 ≤ t ≤ 1.
Z √
Exercı́cio 4: Calcule (x + 4y) ds, onde C é o triângulo de vértices (0, 0), (1, 0) e (0, 1).
C
Z
Exercı́cio 5: Calcule a integral x2 + y 2 ds, onde C é a quarta parte da circunferência
C
x2 + y 2 + z 2 = 4, y = x, situada no primeiro octante.
Z √
Exercı́cio 6: Calcule a integral 3xyz ds, onde C é a curva de interseção das superfı́cies
C
x2 + y 2 + z 2 = 16, x2 + y 2 = 4, situada no primeiro octante.
g) C é a curva 2x2 + 2y 2 − 6x + 4y − 16 = 0.
Solução:
x2 y2
d) Temos que 3x2 + 8y 2 = 24, se, e somente se, + = 1 (elipse de centro (0, 0) com semieixos
√ √ 8 3
a = 2 2 e b = 3).
Cálculo III-A Módulo 6 – Tutor 2
x2 y2
Lembrando que uma parametrização da elipse 2 + 2 = 1, no sentido anti-horário é dada por
a b
→
−
r (t) = (a cos t , b sen t), com 0 ≤ t ≤ 2π, então uma parametrização de C é dada por:
√ √
→
−
r (t) = 2 2 cos t , 3 sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π .
C
2
2 x
−2
Temos x = 2 cos t, y = 2 sen t. Como x ≥ 0 então 2 cos t ≥ 0, portanto −π/2 ≤ t ≤ π/2. Logo,
uma parametrização diferenciável de C no sentido anti-horário é dada por:
−
→
r (t) = (2 cos t , 2 sen t) , com − π/2 ≤ t ≤ π/2 .
2x2 − 6x + 2y 2 + 4y = 16 ⇔ x2 − 3x + y 2 + 2y = 8 ⇔
9 9
⇔ x2 − 3x + + y 2 + 2y + 1 = 8 + +1 ⇔
4 4
2
3 45
⇔ x− + (y + 1)2 =
2 4
√
3 3 5
que é uma circunferência de centro , −1 e raio .
2 2
⇔ 16 (x2 + 4x + 4) + 9 (y 2 − 2y + 1) = 71 + 64 + 9 ⇔
16 9
⇔ 16 (x + 2)2 + 9 (y − 1)2 = 144 ⇔ (x + 2)2 + (y − 1)2 = 1 ⇔
144 144
(x + 2)2 (y − 1)2
⇔ + =1
9 16
a) x2 + y 2 = 1 e y + z = 2.
c) 4x2 + 9y 2 = 36 e x + z = 1.
d) x2 + y 2 + z 2 = 4 e x + y = 1.
√
e) x2 + y 2 = z 2 , z ≥ 0 e x = y 2 do ponto (0, 0, 0) a 1, 1, 2 .
g) z = 3x2 + y 2 e z + 6x = 9.
h) (x − 1)2 + y 2 = 1 e x2 + y 2 + z 2 = 4, com z ≥ 0.
Solução:
x
y
z
2
2 2
x
y
x2 y2
c) A projeção de C sobre o plano xy é a elipse 4x2 + 9y 2 = 36 ou + = 1, onde a = 3 e b = 2.
9 4
Então, x = 3 cos t e y = 2 sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como z = 1 − x então z = 1 − 3 cos t e, assim,
uma parametrização de C é dada por:
−
→
r (t) = (3 cos t , 2 sen t , 1 − 3 cos t) , com 0 ≤ t ≤ 2π .
d) Temos,
x2 + y 2 + z 2 = 25 , x + y = 1 ⇔ x2 + (1 − x)2 + z 2 = 25 ⇔
⇔ x2 + 1 − 2x + x2 + z 2 = 25 ⇔ 2x2 − 2x + z 2 = 24 ⇔
1 1
⇔ 2 (x2 − x) + z 2 = 24 ⇔ 2 x2 − x + + z 2 = 24 + ⇔
4 2
2
1
x−
1 2 49 2 z2
⇔ 2 x− + z2 = ⇔ 49
+ 49 = 1 .
2 2
4 2
2
1
x− √
2 z2 7 7 2
Assim, a projeção de C sobre o plano xz é a elipse 49
+ 49 = 1 com a = , b = . Logo,
2 2
√ 4 2
1 7 7 2
x= + cos t e z = sen t, 0 ≤ t ≤ 2π.
2 2 2
1 7 1 7
Como x + y = 1 então y = 1 − x = 1 − + cos t = − cos t. Portanto, uma parametrização
2 2 2 2
de C é dada por:
√
→
− 1 7 1 7 7 2
r (t) = + cos t , − cos t , sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π
2 2 2 2 2
pois 0 ≤ t ≤ 1.
C
−1
1
y
3
x
g) Temos,
z = 3x2 + y 2 e z + 6x = 9 ⇔ 3x2 + y 2 = 9 − 6x ⇔
→
−
√
r (t) = −1 + 2 cos t , 2 3 sen t , 15 − 12 cos t , com 0 ≤ t ≤ 2π .
→
− −
→ →
−
Z
Exercı́cio 3: Calcule (xy + y + z) ds ao longo da curva →
−
r (t) = 2t i + t j + (2 − 2t) k ,
C
com 0 ≤ t ≤ 1.
→
− √
−
→′
Solução: Temos r ′ (t) = (2, 1, −2), portanto k−
→
r (t)k = 4 + 1 + 4 = 3. Como ds =
r (t)
dt,
então ds = 3 dt. Então,
Z Z 1 Z 1
2
2t2 − t + 2 dt =
(xy + y + z) ds = 2t + t + 2 − 2t 3 dt = 3
0 0
C
i1
2t3 t2 2 1 13
h
=3 − + 2t = 3 − +2 = .
3 2 0 3 2 2
Z √
Exercı́cio 4: Calcule (x + 4y) ds, onde C é o triângulo de vértices (0, 0), (1, 0) e (0, 1).
C
y
1
C2
x+y =1
C3
C1 1 x
−
→
Uma
parametrização de C1 é −
→ r (t) = (t, 0), com t ∈ [0, 1]. Logo, r ′ (t) = (1, 0), portanto
−
→
ds =
r ′ (t)
dt = dt. Portanto:
Z
√
Z 1 √ Z 1 h 2 i1
t 1
(x + 4 y) ds = t + 4 0 dt = t dt = = .
0 0 2 0 2
C1
−
→ →′
−
Uma parametrização de C 2 é r (t) = (1 − t, t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo, r (t) = (−1, 1), e portanto
−
→′
√
ds =
r (t)
dt = 2 dt. Assim,
1
Z 1 √ √ √
√
Z
t2 2t3/2
(x + 4 y) ds = 1−t+4 t 2 dt = 2 t − + 4 · =
0 2 3
0
C2
√
√ 1 8
19 2
= 2 1− + = .
2 3 6
→
−
Uma parametrização
− de C3 é −
→
r (t) = (0, 1 − t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo, r ′ (t) = (0, −1), e portanto
→
ds =
r ′ (t)
dt = dt. Portanto:
√
Z Z
2 1
0 + 4(1 − t)1/2 dt = −4 · (1 − t)3/2 0 =
(x + 4 y) ds =
3
C3 C3
8 8
= − (0 − 1) = .
3 3
Logo, √
Z
√ 1 19 2 8 19
√
(x + 4 y) ds = + + = 1+ 2 .
2 6 3 6
C
Z
x2 + y 2 ds, onde C é a quarta parte da circunferência
Exercı́cio 5: Calcule a integral
C
x2 + y 2 + z 2 = 4, y = x, situada no primeiro octante.
Solução: Temos,
x2 + y 2 + z 2 = 4 , e y = x , com x, y, z ≥ 0 ⇔
⇔ 2x2 + z 2 = 4 , com x, z ≥ 0 ⇔
x2 z2
⇔ + = 1 , com x, z ≥ 0 .
2 4
x2 z2 √
Logo, a projeção de C no plano xz é o arco da elipse + = 1 , com x , z ≥ 0. Assim x = 2 cos t
2 4
e z = 2 sen t, com 0 ≤ t ≤ π/2.
√
Como y = x então y = 2 cos t. Então uma parametrização de C é dada por:
√ √
→
−
r (t) = 2 cos t , 2 cos t , 2 sen t , com 0 ≤ t ≤ π/2 .
→
− √ √
Portanto, r ′ (t) = − 2 sen t , − 2 sen t , 2 cos t , portanto
√ √
ds = k− →
r (t)k dt = 2 sen2 t + 2 sen2 t + 4 cos2 t dt = 4 sen2 t + 4 cos2 t dt = 2 dt .
Assim, Z Z π/2 Z π/2
2 2 2 2
cos2 t dt =
x +y ds = 2 cos t + 2 sen t 2 dt = 8
0 0
C
1 sen 2t π/2 π
h i
=8· t+ = 4 · = 2π .
2 2 0 2
Z √
Exercı́cio 6: Calcule a integral 3xyz ds, onde C é a curva de interseção das superfı́cies
C
x2 + y 2 + z 2 = 16, x2 + y 2 = 4, situada no primeiro octante.
a) C = {(x, y) ∈ R2 | x = y 2 , 0 ≤ x ≤ 2}
b) C = {(x, y) ∈ R2 | x2 + y 2 = 4 , y ≥ 1}
c) C = {(x, y) ∈ R2 | x2 + y 2 + x + y = 0}
2
2 x
n o
2
d) C = (x, y) ∈ R | + y = 1,x ≥ 0
4
Solução:
√
2
C
2 x
√
Fazendo y = t temos que x = t2 . Como 0 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ √ t2 ≤ 2 portanto 0 ≤ t ≤ 2. Portanto,
uma parametrização de C é γ(t) = (t2 , t), com 0 ≤ t ≤ 2 .
√
Esta parametrização
√ é diferenciável pois existe γ ′
(t) = (2t, 1) para todo t em [0, 2]. Observe que
γ1 (t) = t, t com 0 ≤ t ≤ 2 é também uma parametrização de C, mas não é diferenciável pois
não√existe
γ (0). Observe também que essas parametrizações percorrem C da origem (0, 0) para
′
2, 2 .
Cálculo III-A Lista 6 87
√ √
b) Se x2 +y 2 = 4 e y ≥ 1 então C é um arco de circunferência de extremidades
3,1 e − 3,1 .
Sendo assim, o esboço de C está representado na figura que se segue.
C 2
γ(t) = (x, y)
1
y
t
x x
Adotando o ângulo t (em radianos) como parâmetros, temos que x = 2 cos t e y = 2 sen t.
Variação de t
Temos que t0 ≤ t ≤ t1 .
y y
2 C 2 C
1 1
1 t1
t0
√
3 x x
1 π π 5π
⇒ tg t0 = √ ⇒ t0 = ⇒ t1 = π − =
3 6 6 6
Logo π/6 ≤ t ≤ 5π/6. Assim, uma parametrização diferenciável de C é γ(t) = (2 cos t, 2 sen t),
com π/6 ≤ t ≤ 5π/6. Observe que essa parametrização percorre C no sentido anti-horário.
c) De x2 + y 2 + x + y = 0 temos:
1 1 2
x2 + x + + y2 + y + =
4 4 4
ou 2
1 21 1
x+ + y+ = .
2 2 2
q √
Logo, C é uma circunferência de centro − 1 , − 1 e raio 1 = 2
.
2 2 2 2
1 C
2 x
−1
Uma parametrização de C (no sentido anti-horário) é γ(t) = (2 cos t, sen t), com −π/2 ≤ t ≤ π/2.
Solução:
O y
x
−→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
Então OP = OA + AP . Mas AP é um múltiplo escalar de AB, ou seja, AP = t · AB onde
0 ≤ t ≤ 1. Logo,
−→ −→ −→
γ(t) = OP = OA + tAB = (A − 0) + t(B − A) = A + t(B − A)
No nosso caso, temos que A = (0, 1, 0) e B = (2, 3, 4). Portanto, uma parametrização do segmento
AB é:
γ(t) = (0, 1, 0) + t (2, 3, 4) − (0, 1, 0) = (0, 1, 0) + t(2, 2, 4) =
= (2t, 1 + 2t, 4t)
com 0 ≤ t ≤ 1.
1 2 5
c) De z = x2 + y 2 e z = y + 1 temos x2 + y 2 − y = 1 ou x2 + y − = . Logo, a projeção de
√ 2 4 √
1 2 5 5 1 5
2
C no plano xy é a circunferência x + y − = . Assim, x = cos t e y = + sen t, com
2 √ 4 2 2 2
3 5
0 ≤ t ≤ 2π. Como z = y + 1, então y = + sen t. Temos que,
2 2
√ √ √
5 1 5 3 5
γ(t) = cos t, + sen t, + sen t
2 2 2 2 2
com 0 ≤ t ≤ 2π.
Z
Exercı́cio 3: Calcule (x + y) ds, onde C consiste no menor arco de circunferência x2 + y 2 = 1 de
C
(1, 0) a (0, 1) e do segmento de reta de (0, 1) a (4, 3).
(4, 3)
C2
(0, 1)
C1
(1, 0) x
Z
Cálculo de (x + y) ds
C1
Uma parametrização
′ de C1 p
é dada por γ1 (t) = (cos√ t, sen t), com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo
′γ (t)
′
=
2 2 2 2
(− sen t, cos t) e γ1 (t) = (− sen t) + (cos t) = sen t + cos t = 1. Como ds = γ1 (t) dt
então ds = dt. Assim,
Z Z π/2 h iπ/2
(x + y) ds = (cos t + sen t) dt = sen t − cos t =
0 0
C1
= (1 − 0) − (0 − 1) = 2 .
Z
Cálculo de (x + y) ds
C2
Sejam A = (0, 1) e B = (4, 3). Uma parametrização de C2 = segmento de reta AB é dada por
γ2 (t) = A + t(B − A), com 0 ≤ t ≤ 1 ou γ2 (t) = (0, 1) +t (4, 3) − √
(0, 1) = (0, 1) + t(4, 2) =
√ √
(4t, 1 + 2t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo γ ′
2 (t) = (4, 2) portanto γ2 (t) = 42 + 22 = 20 = 2 5 e
′
√
ds = γ2′ (t) dt = 2 5 dt. Então,
Z Z 1 √ √ Z 1
(x + y) ds = (4t + 1 + 2t)2 5 dt = 2 5 (6t + 1) dt =
0 0
C2
√ 1 √
= 2 5 [3t2 + t]0 = 8 5 .
Portanto: Z √
(x + y) ds = 2 + 8 5 .
C
R2
Exercı́cio 4: Seja C parte da curva interseção das superfı́cies x2 + y 2 + z 2 = R2 e x2 + y 2 = ,
Z √4
81 3
com R > 0, situada no primeiro octante. Determine o valor de R de modo que xyz ds = .
C 2
√
2 2 2 2 2 2 R2 3R2 2 3R
Solução: De x + y +z = R e x +y = temos z = , logo z = pois z ≥ 0. Isso
4 √ 4 2
3R
significa que a curva C está contida no plano horizontal z = .
2
R
√
C
R 3
2 (x, y, z)
R/2
R/2 (x, y, 0) R
y
R
x
R2 R
Seja (x, y, z) ∈ C. Então x e y satisfazem a equação x2 + y 2 = , portanto x = cos t e
√ 4 2
R 3R
y= sen t. Como x ≥ 0 e y ≥ 0 temos 0 ≤ t ≤ π/2. Como z = , uma parametrização de C
2 √ 2
R R 3R
é dada por γ(t) = cos t, sen t, , com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo,
2 2 2
−R R
γ ′ (t) = sen t, cos t, 0
2 2
e r
′ R2 R2 R
γ (t) = sen2 t + cos2 t = .
4 4 2
Assim, R
ds = γ ′ (t) dt = dt .
2
Então, Z Z π/2 √
R R 3 R
xyz ds = cos t sen t R dt =
C 0 2 2 2 2
√ Z π/2 √ iπ/2 √
R4 3 R4 3 sen2 t R4 3
h
= cos t sen t dt = = .
16 0 16 2 0 32
Z √
81 3
Como xyz ds = então
C 2
√ √
R4 3 81 3
=
32 2
ou
R4 = 16 · 81 = 24 · 34
portanto R = 2 · 3 = 6.
Exercı́cio 5: Mostre que o momento de inércia de um fio homogêneo com a forma de uma circun-
M R2
ferência de raio R em torno de um diâmetro é igual a , onde M é a massa do fio.
2
y
R C
R x
Como o fio é homogêneo então a densidade é constante, isto é, δ(x, y) = k para todo (x, y) ∈ C.
Assim, da Fı́sica temos M = k× (comprimento de C) = k(2πR) = 2kπR. Considerando um
diâmetro no eixo x temos Z Z
Ix = y k ds = k y 2 ds
2
C C
onde p
ds = γ ′ (t) dt = (−R sen t, R cos t) dt = (−R sen t)2 + (R cos t)2 dt =
√ √
= R2 sen2 t + R2 cos2 t dt = R2 dt = R dt .
Então, Z 2π Z 2π i2π
31 sen 2t
h
2 3 2
Ix = k (R sen t) R dt = kR sen t dt = kR t− =
0 0 2 2 0
R2 M R2
= kπR3 = 2kπR · = .
2 2
Solução:
z z
2 2
C C
2 y 2 y
2 2
x x
Seja (x, y, z) ∈ C. Então x2 + y 2 + z 2 = 4, y ≥ 0 e x + z = 2, logo x2 + y 2 + (2 − x)2 = 4, y ≥ 0
2
ou 2x2 − 4x + y 2 = 0, y ≥ 0 ou 2(x − 1)2 + y 2 = 2, y ≥ 0, ou (x − 1)2 + y2 = 1, y ≥ 0. Logo, a
2
projeção de C no plano xy é a semielipse (x − 1)2 + y2 = 1, y ≥ 0. Então
x=√ 1 + cos t
y = 2 sen t
z = 2 − (1 + cos t) = 1 − cos t .
√
Como y ≥ 0, então 2 sen t ≥ 0 portanto 0 ≤ t ≤ π. Logo, uma parametrização para C é dada por
√
σ(t) = (1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t), 0 ≤ t ≤ π .
Temos √
σ ′ (t) = (− sen t, 2 cos t, sen t)
portanto √ √
ds = σ ′ (t) dt = sen2 t + 2 cos2 t + sen2 t dt = 2 dt .
Z Z
Como M = f (x, y, z) ds = xy ds, então
C C
Z π √ √ Z π
M= (1 + cos t) · 2 · sen t · 2 dt = 2 (sen t + sen t cos t) dt =
0 0
sen2 t π
h i
= 2 − cos t + = 4 u.m.
2 0
x2 y2
Exercı́cio 7: Achar a massa da elipse + = 1, situada no primeiro quadrante se a densidade
9 4
em cada ponto é igual ao produto das coordenadas do ponto.
Solução: A densidade δ(x, y) é dada por δ(x, y) = xy. Logo, a massa M é dada por
Z Z
M= δ(x, y) ds = xy ds
C C
onde C é parametrizada por:
γ(t) = (3 cos t , 2 sen t) , 0 ≤ t ≤ π/2
Então, Z Z π/2 √
M= xy ds = 6 cos t sen t 9 sen2 t + 4 cos2 t dt .
C 0
2 2
Fazendo u = 9 sen t + 4 cos t, tem-se:
du = (18 sen t cos t − 8 cos t sen t) dt = 10 cos t sen t dt .
Se t = 0 e t = π/2, tem-se u = 4 e u = 9, respectivamente. Então,
Z 9 i9
1/2 du 3 2 2
h
3/2
38
M =6 u = · · u = 33 − 23 = u.m.
4 10 5 3 4 5 5
Exercı́cio 8: Deseja-se construir uma peça de zinco que tem a forma da superfı́cie do cilindro
x2 + y 2 = 4, compreendida entre os planos z = 0 e x + y + z = 2, com z ≥ 0. Se o metro quadrado
do zinco custa M reais, calcule o preço total da peça. Faça um esboço da mesma.
Solução:
z
z = 2 − x − y = f (x, y)
y
2
2
x
C (x, y, 0) 2
2 y C
π 3π
h i
= 4 (2π − 0 + 1) − −1+0 = 4 + 2 = 6π + 8 u.a.
2 2
Logo, o preço da peça é igual a (6π + 8)M reais.
Exercı́cio 9: Calcule a massa de um arame cuja forma é dada pela curva interseção da porção da
esfera x2 + y 2 + z 2 = 2y, situada no primeiro octante com o plano z = y, supondo que a densidade
em um ponto P é proporcional ao quadrado da distância de P à origem.
Solução: De x2 + y 2 + z 2 = 2y e z = y, x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0, temos x2 + y 2 − 2y = 0, x ≥ 0 e
y ≥ 0 se, e somente se
2
1
1 2
1 x2 y−
2 2
x +2 y− = ⇔ 1 + 1 =1
2 2
2 4
com x ≥ 0 e y ≥ 0.
Temos, √
2 1 1 1 1
C : γ(t) = cos t, + sen t, + sen t
2 2 2 2 2
com t ∈ [−π/2 , π/2].
Assim, √
′ 2 1 1
γ (t) = − sen t, cos t, cos t
2 2 2
portanto r √
′ 1 1 1 2
γ (t) = sen2 t + cos2 t + cos2 t = .
2 4 4 2
Logo, √
′ 2
ds = γ (t) dt =
dt .
2
Exercı́cio 10: Calcule a primeira coordenada do centro de massa de um fio homogêneo que está ao
→
− √ → t4 −
− →
longo de uma curva γ(t) = t i + 2 2 t5/2 j + k , 0 ≤ t ≤ 2, se a densidade for δ(x, y, z) = 10x.
5 4
√
√
2 2 5/2 t4
Solução: De γ(t) = t, t , = (1, 2 t3/2 , t3 ), portanto obtemos γ ′ (t) =
temos que γ ′ (t)
5 4
√ q
1 + 2t + t = (1 + t3 )2 = 1 + t3 . Logo, ds = γ ′ (t) dt = 1 + t3 dt. A primeira coordenada
3 6
Logo,
42
5 7
x= = .
6 5
Objetivo
• Apresentar uma interpretação geométrica.
S y
(x, y)
∆s
x
C
A partir daZcurva C ⊂ plano xy, construa a superfı́cie S de base C e “altura” f (x, y) em (x, y) ∈ C.
A integral f (x, y) ds representa a área de um lado da superfı́cie S.
C
Exemplo 1
Solução:
O esboço de S é:
z
z = f (x, y) = x
S
√ √
2 2 y
(x, y)
x
Z Z
A área de um lado de S é dada por f (x, y) ds = x ds, onde C é parametrizado por
√ √ C C
σ(t) = 2 cos t, 2 sen t, , −π/2 ≤ t ≤ π/2 (pois x ≥ 0).
√ √ √ √
Se σ ′ (t) = − 2 sen t, 2 cos t , então kσ ′ (t)k = 2 sen2 t + 2 cos2 t = 2 portanto,
√
ds = kσ ′ (t)k dt = 2 dt .
Interpretação Fı́sica
2
Se
Z δ(x, y) representa a densidade (massa por unidade de comprimento) de um arame C ⊂ R , então
δ(x, y) ds representa a massa total do arame:
C
Z
M= δ(x, y) ds .
C
OBS.:
Exemplo 2
Solução:
O esboço de C está representado ao lado. Temos
Z Z
xk ds x ds y
x = CZ = CZ
k ds ds 2
C C
Z C
y ds
y = CZ −2 2 x
ds
C
Z Z Z
1
onde ds = L = 2
· 2πr = 2π, pois r = 2. Como M = kds então M = k ds = 2kπ. Uma
C C C
parametrização de C é dada por
Logo,
8 4
x=0 e y= = .
2π π
Portanto, (x, y) = (0, 4/π).
Exemplo 3
Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z de um arame C cuja forma é a interseção das
superfı́cies x2 + y 2 + z 2 = 4 e y = x, sabendo que sua densidade é uma constante.
Solução:
Como a interseção de uma esfera com um plano é uma circunferência, segue que C é uma circun-
ferência contida no plano y = x. Para esboçá-la procuremos encontrar pontos de interseção das
suas superfı́cies. Observe que o plano x = y contém o eixo z. Logo, os pontos A1 = (0, 0, 2) e
A1 = (0, 0, 2)
C
B2
B1 2
y
2
x
A2 = (0, 0, −2)
A2 = (0, 0, −2) estão em C. Por outro lado, a reta y = x do plano xy intercepta a esfera em dois
pontos: B1 e B2 . Ligando os pontos A1 , A2 , B1 e B2 , encontramos a curva C.
é uma parametrização de C.
√ √ √
Se σ ′ (t) = − 2 sen t, − 2 sen t, 2 cos t , então kσ ′ (t)k = 2 sen2 t + 2 sen2 t + 4 cos2 t = 2.
Assim, ds = kσ ′ (t)k dt = 2 dt. O momento de inércia em relação ao eixo z é dado por
Z Z Z 2π
2 2 2 2
2 cos2 t + 2 cos2 t 2 dt
Iz = x + y δ(x, y) ds = k x + y ds = k
0
C C
Z 2π
= 8k cos2 t dt
0
h i2π
1 sen 2t
= 8k · 2
t+ 2
0
= 8kπ .
Objetivo
• Apresentar os campos vetoriais.
Definição:
Sejam P e Q funções reais de x e y, definidas em D ⊂ R2 . A função
→
−
vetorial F : D ⊂ R2 → R2 definida por
−
→ →
− →
−
F (x, y) = (P (x, y), Q(x, y)) = P (x, y) i + Q(x, y) j
y
−
→
F (x, y)
D (x, y)
→
−
Outra notação: F (x, y) = (P, Q).
Definição:
Sejam P , Q e R funções reais de x, y e z, definidas em D ⊂ R3 . Temos que a função
→
−
vetorial F : D ⊂ R3 → R3 definida por
−
→ →
− →
− →
−
F (x, y, z) = (P (x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)) = P (x, y, z) i +Q(x, y, z) j +R(x, y, z) k
(x, y, z)
Os campos vetoriais são úteis para representar os campos de forças, campos de velocidades e campos
elétricos.
→
− →
−
Geometricamente, visualizamos um campo vetorial F no plano esboçando vetores F (x, y) com
origem em (x, y).
Exemplo 1
→
− →
− →
−
O campo vetorial F (x, y) = (x, y) = x i + y j , (x, y) ∈ R2 está representado por:
Exemplo 2
→
− →
− →
−
Faça a representação geométrica do campo vetorial F (x, y) = (−y, x) = −y i + x j , (x, y) ∈ R2 .
Solução:
→
− p →
−
Observemos que k F (x, y)k = y 2 + x2 = k(x, y)k, isto é, os vetores F (x, y) e (x, y) têm mesmo
→
− →
−
comprimento. Além disso, F (x, y) · (x, y) = (−y, x) · (x, y) = −yx + xy = 0, portanto F (x, y) ⊥
(x, y). Então o esboço do campo é:
y
Definição:
→
−
Dizemos que o campo vetorial F é contı́nuo, de classe C k , k ∈ N∗ ou
C ∞ se as funções componentes P e Q (ou P , Q, R) são contı́nuas,
de classe C k ou C ∞ , respectivamente.
Operadores diferenciais
→
−
Se F = (P, Q, R) é campo vetorial diferenciável em um conjunto aberto D do R3 , então o divergente
→
−
de F é um campo escalar definido por
→ ∂P
− ∂Q ∂R
div F = + + (1)
∂x ∂y ∂z
→
− →
− ∂P ∂Q
Se F = (P, Q) é de classe C 1 em um aberto D do R2 , então div F = ∂x
+ ∂y
.
→
−
O rotacional de F é um campo vetorial definido por
→
− ∂R ∂Q − → ∂P ∂R − → ∂Q ∂P − →
rot F = − i + − j + − k (2)
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Vamos expressar (1) e (2) usando a notação de operador. Então, consideremos o operador diferencial
vetorial ∇ (“del”) dado por
∂ −→ ∂ − → ∂ −→ ∂ ∂ ∂
∇= i + j + k = , , .
∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
O operador ∇ sobre uma função escalar f (ou um campo escalar) produz o gradiente de f :
∂f ∂f ∂f
∇f = , , .
∂x ∂y ∂z
→
−
Consideremos o “produto vetorial” de ∇ pelo campo vetorial F = (P, Q, R):
−
→ i
→
−
j
→
−
k
→
−
∇ × F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z
P Q R
∂/∂y ∂/∂z
∂/∂x ∂/∂z −
∂/∂x ∂/∂y −
−→ → →
= i − j + k
Q R
P R P Q
−
→ −
→ ∂Q −
→
∂R ∂Q ∂R ∂P ∂P
= ∂y
− ∂z
i − ∂x
− ∂z
j + ∂x − ∂y
k
−
→ −
→ ∂Q −
→
∂R ∂Q ∂P ∂R ∂P
= ∂y
− ∂z
i + ∂z
− ∂x
j + ∂x − ∂y
k
→
−
= rot F .
Logo,
→
− →
−
rot F = ∇ × F .
→
−
Consideremos o “produto interno” de ∇ pelo campo F :
→
− ∂ ∂ ∂ ∂P ∂Q ∂R −
→
∇· F = , , · (P, Q, R) = + + = div F .
∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
Assim,
→
− →
−
div F = ∇ · F .
Exemplo 1
→
− →
− →
− →
−
Calcule o divergente e o rotacional do campo vetorial F (x, y, z) = xy i + yz j + zx k .
Solução:
Temos
→
− →
− ∂ ∂ ∂
div F = ∇ · F = (xy) + (yz) + (zx) = y + z + x .
∂x ∂y ∂z
e
−
→ →
− →
−
i j k
→
− →
− →
− →
− →
− → −
− → →
−
rot F = ∇× F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z = (0−y) i +(0−z) j +(0−x) k = −y i −z j −x k .
xy yz zx
→
− →
− →
−
OBS.: Se F (x, y) = P (x, y) i + Q(x, y) j , então:
→ ∂Q ∂P −
− →
rot F = ∂x − ∂y k .
Exercı́cio 1: Use a integral de linha para encontrar a área da superfı́cie lateral sobre a curva C e
abaixo da superfı́cie z = f (x, y), onde
a) C : x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0 de (1, 0) a (0, 1) e f (x, y) = xy
√ √
Exercı́cio 2: Determine a massa de um fio com a forma da curva y = ln x, com 3≤x≤ 8 , se
a densidade em cada ponto é igual ao quadrado da abscissa do ponto.
Exercı́cio 6: Calcule a massa de um arame fino com o formato da hélice x = 3 cos t, y = 3 sen t e
kx
z = 4t, com 0 ≤ t ≤ π/2, se a densidade for δ(x, y, z) = 2
, com k > 0.
1+y
→
− →
−
Exercı́cio 7: Calcule div F e rot F sendo:
→
−
a) F (x, y, z) = (2z − 3y , 3x − z , y − 2x)
→
− →
− →
−
b) F (x, y, z) = (z + sen y) i − (z − x cos y) j
Exercı́cio 8: Se −
→r = (x, y, z) e →
−
a é um vetor constante, demonstre que rot (−
→
a ×−
→
r ) = 2→
−
a e
→
− →
−
div ( a × r ) = 0.
Solução:
1 x
y
2
C
2 x
Cálculo III-A Módulo 7 – Tutor 2
Temos
Z Z Z 0 √ Z 0 1/2
A(S) = f (x, y) ds = x ds = (−t) 1 + 4t2 dt = − t 1 + 4t2 dt =
−1 −1
C C
Z 0 3/2 i0
1 1 2
1/2 h
1 + 4t2 d 1 + 4t2 = − · 1 + 4t2
=− =
8 −1 8 3 −1
1 √ 1 √
=− 1−5 5 = 5 5 − 1 u.a.
12 12
√ √
Exercı́cio 2: Determine a massa de um fio com a forma da curva y = ln x, com 3≤x≤ 8 , se
a densidade em cada ponto é igual ao quadrado da abscissa do ponto.
Z
Solução: Pede-se M = δ(x, y) ds, onde δ(x, y) = x2 . Uma parametrização de C é
→
− √ C √ →
−
1
−
→
r (t) = (t, ln t), com 3 ≤ t ≤ 8 . Logo, r ′ (t) = 1, , com t > 0 e
r ′ (t)
=
√
− √ t
→′
q
1 t2 + 1 t2 + 1
= 1+ 2 = . Como ds =
r (t)
dt, então ds = dt. Assim:
t t t
√ √
Z Z 8 √ Z 8 √
2
2 t +1
2
M= x ds = t dt = t t2 + 1 dt =
√
3 t √
3
C
Z √ 8
√
8
1 1 2
1/2 h 3/2 i
2 2 2
= t +1 d t +1 = · t +1 √ =
2 √
3 2 3 3
1 1 19
= 93/2 − 43/2 = (27 − 8) = u.m.
3 3 3
y
a
C
a x
Como a densidade em (x, y) ∈ C é igual à ordenada y, então δ(x, y) = y. Logo, a massa M é dada
por Z Z
M= δ(x, y) ds = y ds
C C
onde →
−
r (t) = (a cos t , a sen t), com 0 ≤ t ≤ π/2, é uma parametrização de C.
→′
−
→′
√ 2
−
Temos r (t) = (−a sen t , a cos t), portanto
r (t)
= a sen2 t + a2 cos2 t = a.
−
→′
Como ds =
r (t)
dt então ds = a dt. Assim:
Z π/2
M= (a sen t) a dt = a2 [− cos t]π/2
0 = a2 u.m.
0
Cálculo de M
Temos Z Z Z 1
3
√ √ h t4 i1 √3
M= δ(x, y, z) ds = xyz ds = t 3 dt = 3 = u.m.
0 4 0 4
C C
Z
Cálculo de x2 yz ds :
C
Temos Z
2
Z 1
2
√ √ Z 1
4
√ h t5 i1 √3
x yz ds = t · t · t 3 dt = 3 t dt = 3 = .
0 0 5 0 5
C
Z
Cálculo de xy 2 z ds :
C
Temos Z
2
√ Z 1
4
√ h t5 i1 √3
xy z ds = 3 t dt = 3 = .
0 5 0 5
C
Z
Cálculo de xyz 2 ds :
C
Temos Z √ Z 2
1
4
√ h t5 i1 √3
xyz ds = 3 t dt = 3 = .
0 5 0 5
C
x2 + y 2 + z 2 = 5 , z ≥ 0 e x + y = 1 ⇔ x2 + (1 − x)2 + z 2 = 5 , z ≥ 0 ⇔
⇔ x2 + 1 − 2x + x2 + z 2 = 5 , z ≥ 0 ⇔ 2x2 − 2x + z 2 = 4 , z ≥ 0
1 1
⇔ 2 (x2 − x) + z 2 = 4 , z ≥ 0 ⇔ 2 x2 − x + + z2 = 4 + , z ≥ 0 ⇔
4 2
2
1 2 9 (x − 1/2) z2
⇔ 2 x− + z2 = , z ≥ 0 ⇔ + = 1,z ≥ 0.
2 2 9/4 9/2
2
(x − 1/2) z2
Assim, a projeção de C sobre o plano xz é a semielipse + = 1, com z ≥ 0 de centro
√ 9/4 9/2 √
1 3 3 2 1 3 3 2
, 0 e semieixos a = e b = . Então x = + cos t e z = sen t. Como z ≥ 0
2 √ 2 2 2 2 2
3 2
então sen t ≥ 0 ou sen t ≥ 0 portanto 0 ≤ t ≤ π. Como x + y = 1 então y = 1 − x = 1 −
2
1 3
+ cos t =
2 2
1 3
= − cos t. Assim, uma parametrização de C é dada por
2 2
√
−
→ 1 3 1 3 3 2
r (t) = + cos t , − cos t , cos t , 0 ≤ t ≤ π .
2 2 2 2 2
√
−
→
3 3 3 2
Logo, r ′ (t) = − sen t , sen t , cos t e
2 2 2
−
r r r √
→′
9 9 9 9 9 9 3 2
r (t) = sen 2t+ sen 2t+ cos2t = sen 2t+ cos2t = = .
4 4 2 2 2 2 2
− √
→
3 2
Como ds =
r ′ (t)
dt então ds = dt. O momento de inércia em relação ao eixo z é dada por
2
Z
x2 + y 2 δ(x, y, z) ds
Iz =
C
9 cos3 t π 9
h i
= k − cos t − 9 = k(2 + 6) = 18k .
4 3 0 4
Exercı́cio 6: Calcule a massa de um arame fino com o formato da hélice x = 3 cos t, y = 3 sen t e
kx
z = 4t, com 0 ≤ t ≤ π/2, se a densidade for δ(x, y, z) = 2
, com k > 0.
1+y
→
−
Solução: Seja −
→
r (t) = (3 cos t, 3 sen t, 4t), com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo, r ′ (t) = (−3
sen t,
3 cos t, 4),
−
→
√ √ √
−
→
r ′ (t)
= 9 sen2 t + 9 cos2 t + 16 = 9 + 16 = 25 = 5. Como ds =
r ′ (t)
dt então
ds = 5 dt. A massa M é dada por
Z Z Z π/2 Z π/2
x 3 cos t 3 cos t
M = δ(x, y, z) ds = k 2
ds = k 2
5 dt = 5k 2
dt .
1+y 0 1 + 9 sen t 0 1 + (3 sen t)
C C
→
− →
−
Exercı́cio 7: Calcule div F e rot F sendo:
→
−
a) F (x, y, z) = (2z − 3y, 3x − z, y − 2x)
→
− →
− →
−
b) F (x, y, z) = (z + sen y) i − (z − x cos y) j
Solução:
→
−
a) Se F (x, y, z) = (2z − 3y, 3x − z, y − 2x) então:
→
− ∂ ∂ ∂
div F = (2z − 3y) + (3x − z) + (y − 2x) = 0 + 0 + 0 = 0
∂x ∂y ∂z
e →
− →
− →
−
i j k
→
− ∂ ∂ ∂
rot F = = (1 − (−1), 2 − (−2), 3 − (−3)) = (2, 4, 6) .
∂x ∂y ∂z
2z − 3y 3x − z y − 2x
→
− →
− →
−
b) Se F (x, y, z) = (z + sen y) i − (z − x cos y) j então temos que P = z + sen y,
Q = −(z − x cos y) = −z + x cos y, R = 0. Então,
→ ∂P
− ∂Q ∂R
div F = + + = 0 − x sen y + 0 = −x sen y
∂x ∂y ∂z
e →
− →
− −
→
i j k
→
− ∂ ∂ ∂
rot F = = (0 − (−1), 1 − 0, cos y − cos y) = (1, 1, 0) .
∂x ∂y ∂z
z + sen y −z + x cos y 0
Exercı́cio 8: Se −
→r = (x, y, z) e →
−
a é um vetor constante, demonstre que rot (−
→
a ×−
→
r ) = 2→
−
a e
→
− →
−
div( a × r ) = 0.
Solução: Se →
−
r = (x, y, z) e −→
a = (a1 , a2 , a3 ) então:
−
→ −→ − →
i j k
→
− →
−
a × r = a1 a2 a3 = (a2 z − a3 y, a3x − a1 z, a1 y − a2 x) .
x y z
Assim:
∂ ∂ ∂
div(−
→
a ×−
→
r)= (a2 z − a3 y) + (a3 x − a1 z) + (a1 y − a2 x) = 0 + 0 + 0 = 0
∂x ∂y ∂z
e →
− →
− →
−
i j k
rot(−
→
a ×−
→ ∂ ∂ ∂
r ) =
∂x ∂y ∂z
a2 z − a3 y a3 x − a1 z a1 y − a2 x
a) Esboce a região D.
b) Inverta a ordem de integração.
1
c) Calcule I para a função f (x, y) = √ .
x2 +y 2
Solução:
√
−1 ≤ x ≤ 1 √
a) A região de integração D é dada por D : 2 . Se y = 1 + 1 − x2 então
1≤y ≤1+ 1−x
√ 2 2
2
y − 1 = 1 − x , portanto x + (y − 1) = 1. Considerando que −1 ≤ x ≤ 1 e y ≥ 1, o esboço de
D está representado na figura que se segue.
y
2
D
(−1, 1) (1, 1)
1
y = −x y=x
−1 1 x
p
b) De x2 + (y − 1)2 = 1, temos x2 = 1 − (y − 1)2 , logo x = ± 1 − (y − 1)2 . Portanto, podemos
descrever D por:
1 ≤ y ≤ 2p
D: p .
− 1 − (y − 1)2 ≤ x ≤ 1 − (y − 1)2
Logo,
ZZ Z 2 Z √1−(y−1)2
f (x, y) dxdy = √ f (x, y) dxdy .
1 − 1−(y−1)2
D
Cálculo III-A Lista 7 98
1
ZZ
c) Calculemos p dxdy. Usando coordenadas polares, temos:
x + y2
2
D
x= r cos θ
y= r sen θ
dxdy = rdrdθ
2
x + y2 = r2
r = 2 sen θ
r = csc θ
y=x
y = −x
π/4
x
Logo:
ZZ Z 3π/4 Z 2 sen θ
I= √1 · r drdθ = drdθ =
r2
π/4 csc θ
Drθ
Z 3π/4 h i3π/4
= (2 sen θ − csc θ) dθ = − 2 cos θ − ln |csc θ − cotg θ| =
π/4 π/4
√ √
√ √
2 2
= 2 − ln( 2 + 1) − −2 − ln( 2 − 1) =
2 2
√
√ √ √ √ √ 2−1
= 2 − ln( 2 + 1) + 2 + ln( 2 − 1) = 2 2 + ln √ =
2+1
√
√ ( 2 − 1)2 √ √
= 2 2 + ln √ 2 = 2 2 + 2 ln( 2 − 1) .
( 2) − 1
p p
Observemos que a função f (x, y) = x x2 + y 2 éı́mpar na variável x pois
ZZ fp(−x, y) = −x x2 + y 2 =
−f (x, y). Além disso, D tem simetria em relação ao eixo y. Então x x2 + y 2 dA = 0. Logo,
D
x = 0.
Escreva a integral I como uma única integral iterada na ordem de integração invertida e calcule seu
valor.
Solução: Temos ZZ
3
I= ex dxdy
D
onde D = D1 ∪ D2 com
√
n
y √ o
D1 = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 , ≤x≤ y
2
e √
y
n o
2
D2 = (x, y) ∈ R ; 1 ≤ y ≤ 4 , ≤x≤1 .
2
Com as informações dadas acima, podemos ilustrar a nossa região D.
√ x=1
y
x= ⇒ y = 4x2
2
D2
1 √
D1 x= y ⇒ y = x2
1 x
D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 1 , x2 ≤ y ≤ 4x2 .
Então: Z 1Z 4x2 Z 1
x3 3
ex 4x2 − x2
I= e dydx = dx =
0 x2 0
Z 1
1
x3 2 x3
= e 3x dx = e = e − 1 .
0 0
como uma integral iterada em coordenadas retangulares nas duas ordens de integração.
Como 0 ≤ θ ≤ π/4, então a região de integração D se encontra no primeiro quadrante, entre o eixo
x e a reta y = x, limitada pela reta x = 1 e a circunferência x2 + y 2 = 2x. Assim,
ZZ p
x2 + y 2
dxdy .
1+y
D
y
y=x
x2 + y 2 = 2x
1 2 x
n √ o
D = (x, y) ∈ R2 ; 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2x − x2 .
Então √
Z 2 Z 2x−x2 p
x2 + y 2
I= dydx .
1 0 1+y
x2 + y 2 = 2x ⇒ (x − 1)2 + y 2 = 1 ⇒ x − 1 = ± 1 − y 2 ⇒
p
p
⇒ x = 1 ± 1 − y2 .
p
Como x ≥ 1 então x = 1 + 1 − y 2 . Assim,
n p o
D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 , 1 ≤ x ≤ 1 + 1 − y 2 .
Então √
Z 1 Z 1+ 1−y 2 p
x2 + y 2
I= dxdy .
0 1 1+y
Exercı́cio 4: Uma placa fina de densidade constante δ tem a forma de um setor circular de raio a e
ângulo central 2α.Mostre que o momento de inércia em relação à bissetriz do ângulo é dada por
1 sen 2α
Ma2 1 − , onde M é a massa da placa.
4 2α
Solução: Consideremos o setor circular D com vértice na origem e a bissetriz coincidindo com o
eixo x.
y
D
α
−α a x
Z α Z a Z α Z a
2 2
Ix = δ r sen θr drdθ = δ r 3 sen2 θ drdθ =
−α 0 −α 0
Z α h 4 ia Z α
r δa4 δa4 sen 2θ α
h i
=δ sen2 θ dθ = sen2 θ dθ = θ− =
−α 4 0 4 −α 8 2 −α
δa4 sen 2α
= 2α − 2 ,
8 2
isto é,
δa4 sen 2α
Ix = α− (2)
4 2
De (1) e (2), temos:
M a2 sen 2α
Ix = 1− ,
4 2α
como querı́amos demonstrar.
y 2 cos(xy) x2 y2
ZZ
Exercı́cio 5: Calcule dA, onde D é a região limitada pelas parábolas = 1, = 1,
x y x
D
x2 = 4y e y 2 = 4x.
onde
∂u ∂u x2
2x
− 2
∂x ∂y y y
∂(u, v) 2 2
= 4xy − x y = 4 − 1 = 3 .
= ∂v ∂v =
2
∂(x, y) − y2 2y x y2
xy 2
∂x ∂y
x x
Logo, J = 1/3.
Como dA = |J| dudv, então dA = 1/3 dudv. A região Duv está limitada pelas retas u = 1, v = 1,
u = 4 e v = 4.
v
4
Duv
1
1 4 u
Observe que u = x2 /y e v = y 2/x nos dão a relação uv = xy. Então, pelo Teorema da Mudança
de Variáveis, temos:
ZZ ZZ Z 4Z 4
y 2 cos(xy) 1 1
dA = v cos(uv) dudv = v cos(uv) dudv =
x 3 3 1 1
D Duv
Z 4 Z 4 Z 4 i4
1 1 v
h
= v cos(uv) dudv = sen(uv) dv =
3 1 1 3 1 v 1
Z 4 i4
1 1 1
h
= (sen 4v − sen v) dv = − cos 4v + cos v =
3 1 3 4 1
1 1 1 1
= − cos 16 + cos 4 + cos 4 − cos 1 = (5 cos 4 − 4 cos 1 − cos 16) .
3 4 4 12
Solução:
z z
4 4
W W
2 2
x 2 x 2
y y
z = 4 − x2 − y 2
⇔ 4 − x2 − y 2 = 4 − 2x ⇔ x2 + y 2 − 2x = 0 ⇔
z = 4 − 2x
⇒ (x − 1)2 + y 2 = 1.
Então, D é dada por D : (x − 1)2 + y 2 ≤ 1. Devido a simetria, temos que V (W ) = 2V (W1 ), onde
W1 = {(x, y, z); (x, y) ∈ D1 , 4 −2x ≤ z ≤ 4 −x2 −y 2 } onde D1 é dado por D1 : (x−1)2 + y 2 ≤ 1,
com y ≥ 0.
D1
1 2 x
Então,
ZZ Z 4−x2 −y 2 ZZ
2x − x2 − y 2 dxdy .
V (W ) = 2 dzdxdy = 2
4−2x
D1 D1
De x2 + y 2 = 2x temos r = 2 cos θ. Observe que em D1 o ângulo polar θ varia de 0 (no eixo polar)
a π/2 no ponto (0, 0). Fixado θ, tal que 0 ≤ θ ≤ π/2, o raio vetor r deve variar desde 0 até o valor
OP = 2 cos θ.
P r = 2 cos θ
D
θ
O 2 x
r=0
0 ≤ θ ≤ π/2
Então, D1rθ é dado por D1rθ : . Podemos, pois escrever:
0 ≤ r ≤ 2 cos θ
Z π/2Z 2 cos θ
2r cos θ − r 2 r drdθ =
V (W ) = 2
0 0
Z π/2Z 2 cos θ Z π/2 i2 cos θ
2r3 r4
h
2 3
=2 2r cos θ − r dr dθ = 2 cos θ − dθ =
0 0 0 3 4 0
Z π/2 Z π/2
16 8
4 4
=2 cos θ − 4 cos θ dθ = cos4 θ dθ .
0 3 3 0
Temos: 2
1 + cos 2θ 1
2
4 2
1 + 2 cos 2θ + cos2 2θ .
cos θ = cos θ = =
2 4
Fazendo
du
u = 2θ ⇒ du = 2 dθ ⇒ dθ =
2
θ=0 ⇒ u=0
π
θ= ⇒ u = π,
2
temos: Z π/2 Z π
4 1 du
cos θ dθ = 1 + 2 cos u + cos2 u =
0 4 0 2
1 1 sen 2u π 3π
h i
= u + 2 sen u + u+ = .
8 2 2 0 16
Logo,
8 3π π
V (W ) = · = u.v.
3 16 2
2
y
W D
1 2 x
x 2 1
As variações de r e θ são encontradas sobre a região D, projeção de W sobre o plano xy. Convertendo
a equação x2 + y 2 = 2x para coordenadas cilı́ndricas, temos r 2 = 2r cos θ o que implica r = 0 ou
r = 2 cos θ portanto 0 ≤ r ≤ 2 cos θ.
A variação de θ é obtida
p pela “varredura” em D, no sentido anti-horário, isto é, −π/2 ≤ θ ≤ π/2. A
superfı́cie cônica z = x2 + y 2 se converte em z = r. Logo 0 ≤ z ≤ r. Assim, Wrθz está limitada
por
0 ≤ z ≤ r
Wrθz : 0 ≤ r ≤ 2 cos θ .
−π/2 ≤ θ ≤ π/2
Observe que:
2 2
cos5 θ = cos2 θ cos θ = 1 − sen2 θ cos θ = 1 − 2 sen2 θ + sen4 θ cos θ .
Então: Z π/2
32
1 − 2 sen2 θ + sen4 θ cos θ dθ =
M=
5 −π/2
iπ/2
32 2 1 32 4 2 512
h
= sen θ − sen3 θ + sen5 θ = 2− + = u.m.
5 3 5 −π/2 5 3 5 75
ZZZ
Exercı́cio 8: Calcule (y − 1) dV , onde W é a região delimitada por x = 0, z = 0, x + z = 2 e
W
z = 1 − y 2.
Solução: O sólido W e sua a projeção D sobre o plano yz acham-se ilustrados nas figuras a seguir.
z z
2 2
1 1
−1 −1
1 1 1 1
x 2 x 2
y y
1 z = 1 − y2
−1 1 y
W = (x, y, z) ∈ R3 ; 0 ≤ x ≤ 2 − z , (y, z) ∈ D
onde
D = (y, z) ∈ R2 ; −1 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ z ≤ 1 − y 2 .
1
2 y
x
10: Calcule o momento de inércia em relação ao eixo z do sólido limitado inferiormente pelo
Exercı́ciop
cone z = x2 + y 2 e superiormente pelo plano z = 1, sendo a densidade dada por δ(x, y, z) = z 2 .
7 i1
2π r4 r 2π 1 1 π
h
= − = − = .
3 4 7 0 3 4 7 14
Exercı́cio 11: Um arame tem a forma da curva obtida como interseção da semi-esfera x2 + y 2 + z 2 =
16, com x ≥ 0 com o plano y + z = 4. Sabendo que a densidade em cada ponto (x, y, z) é dada
32
por δ(x, y, z) = x, mostre que o momento de inércia em relação ao eixo x é igual a M, onde M
3
é a massa do arame.
Logo, √
γ ′ (t) = −2 2 sen t, 2 cos t, −2 cos t ,
portanto √ √ √
kγ ′ (t)k = 8 sen2 t + 4 cos2 t + 4 cos2 t = 8 sen2 t + 8 cos2 t = 2 2 .
Assim, √
ds = kγ ′ (t)k dt = 2 2 dt .
Como Z Z
M= δ(x, y, z) ds = x ds
C C
então: Z π/2 √ √ h iπ/2
M= 2 2 cos t 2 2 dt = 8 sen t = 16 u.m.
−π/2 −π/2
π/2 √ √
Z
2 2
= (2 + 2 sen t) + (2 − 2 sen t) 2 2 cos t 2 2 dt =
−π/2
Z π/2
4 + 8 sen t + 4 sen2 t + 4 − 8 sen t + 4 sen2 t cos t dt =
=8
−π/2
Z π/2 iπ/2
sen3 t
h
1 + sen2 t cos t dt = 64 sen t +
= 64 =
−π/2 3 −π/2
2 512 32
= 64 2 + = = · 16 .
3 3 3
Logo:
32M
Iz = .
3
Exercı́cio 12: Um pintor deseja pintar ambos os lados de uma cerca cuja base está dada pela curva
C : x2/3 + y 2/3 = (20)2/3 , para x ≥ 0 e y ≥ 0. A altura está dada por f (x, y) = y. Se o pintor
cobra R reais por metro quadrado, quanto ele receberá?
S
f (x, y) = y
20 (x, y) 20
x y
C
x = a3 cos3 t = 20 cos3 t
.
y = a3 sen3 t = 20 sen3 t
Logo γ(t) = (20 cos3 t, 20 sen3 t), com 0 ≤ t ≤ π/2 é uma parametrização para C. Temos que
γ ′ (t) = (−60 cos2 t sen t, 60 sen2 t cos t), então:
′ √
γ (t) = 60 cos4 t sen2 t + sen4 t cos2 t =
p
= 60 cos2 t sen2 t (cos2 t + sen2 t) = 60 |cos t sen t| = 60 cos t sen t
pois 0 ≤ t ≤ π/2. Logo, ds = σ ′ (t) dt = 60 cos t sen t dt.