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CAMPO GRANDE-MS
BIOQUÍMICA – PRÁTICA
TRABALHO PRÁTICO
IDENTIFICAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a.Formação de sais com ácidos e bases devido à natureza de íon dipolar dos aminoácidos
OH- OH-
R-CH(+NH3)-COOH R-CH(+NH3) COO- R-CH(NH2)-COO-
+ +
H H
[ A-]
Sabendo-se que: pH = pK1 + log -------- onde HA é um ácido qualquer
[ HA]
PK, 1 + pK,2
pI = ----------------------
2
Procedimento experimental
• Suspender uma pitada de tirosina em 1 mL de água
• Acrescentar uma gota de indicador de cor (vermelho cresol), observar que a tirosina não se
dissolve.
• Adicionar, gota a gota, NaOH 2N e acompanhar a dissolução da tirosina precipitada.
• Adicionar, gota a gota, HCl 10% e notar a formação de precipitado. Prosseguir a adição de
HCl até dissolução da tirosina.
• Escrever as reações envolvidas nos diversos passos da experiência, usando a estrutura da
tirosina e explicar cada etapa do processo. +
NH3
-
HO CH2 C COO
H
TIROSINA
• Qual é o pI da tirosina?
• Se em lugar da tirosina tivesse sido empregada a glicina, os mesmos resultados seriam
observados? Por que?
+
H + 3 H2O + N
-
O O
* Aspartame (L-aspartil-fenilalanina metil éste ), adoçante 200 vezes mais potente do que o
açúcar. Dissolver o conteúdo de um envelope em 20 mL de água destilada.
hipoclorito de sódio (NaClO) passa a avermelhado. Identifique o (s) aminoácidos (s) contendo o
grupo guanidina.
Procedimento experimental
Específica para aminoácidos que apresentam anel aromático. O precipitado branco que
se forma é devido à ação do HNO3 (ácido mineral forte), e o desenvolvimento da cor amarela
ocorre por formação de nitrocompostos (anel aromático + NO 2 ). Relacione os aminoácidos
aromáticos e suas respectivas estruturas.
Procedimento experimental
*** OBSERVAÇÃO: Para que se garanta a segurança, os experimentos a seguir deverão ser
efetuados na capela.
Aminoácidos que contém enxofre, em meio alcalino e, à quente, liberam o enxofre que
aparece na forma de sulfeto de sódio (Na2S). Este reage com acetato de chumbo (CH3COO)2
Pb, formando o PbS, que escurece a reação:
H H
R S R C NH2 + NaOH Na2S + R C NH2
COOH COOH
Sulfeto de sódio
Aminoácido com enxofre Aminoácido sem enxofre
Cite os aminoácidos que contém enxofre, com suas respectivas fórmulas estruturais.
Procedimento experimental
I – INTRODUÇÃO
As proteínas, que são macromoléculas de peso molecular definido, são eletrólitos cujo
comportamento se ajusta aos mesmos princípios físicos de eletrólitos de massa molecular
menor. A natureza química dos radicais R (cadeias laterais) dos aminoácidos que compõe a
estrutura primária das proteínas determina a sua estrutura secundária e/ou terciária.
O comportamento físico-químico das proteínas está relacionado a vários fatores. A
solubilidade por exemplo, depende pH, força iônica do meio, constante dielétrica do solvente e
temperatura. Em geral as proteínas são menos solúveis no ponto isoelétrico. Neste pH as
proteínas não apresentam carga efetiva (as cargas positivas são iguais às negativas) e portanto
não atuam como forças eletrostáticas entre as outras moléculas presentes no meio. De ambos
os lados do pH isoelétrico todas as moléculas terão carga efetiva positiva ou negativa. Nestes
casos,pelo fato das moléculas de proteínas se repelirem, haverá menor tendência para
agregação e precipitação.
II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
No final deste trabalho prático o aluno estará familiarizado com as propriedades físico-
químicas das proteínas, bem como as técnicas e reações de identificação das mesmas.
HN NH
R CH HC R
Cu
O C C O
HN NH
Observar que em alguns tubos haverá formação de uma coloração violeta, característica de
reação positiva, enquanto que no tubo contendo apenas água e os reagentes verificar-se-á uma
cor azul escura característica do cobre em meio alcalino (formação de Cu (OH)2 e de óxidos de
Cu).
Procedimento
• Colocar em tubos de ensaio soluções contendo proteínas (ovo, soro, etc);
• Aquecer, e observar a coagulação.
Fundamento
Procedimento Experimental
Alguns sais de metais pesados precipitam as proteínas, por exemplo: HgCl2, AgNO3
CuSO4, FeCl3, (CH2COO)2Pb (acetato de chumbo), etc. Outros somente precipitam proteínas
em meio ácidos. Por exemplo: Na2WO4 (tungstato de sódio).
Procedimento A
Procedimento B
Os reagentes alcalóides (ácido pícrico, cítrico, tânico, etc...), agem pelo seu âniom e
reagem com as proteínas formando sais (proteinados) insolúveis. Esta reação só é possível se
a proteína apresentar carga positiva, portanto, no lado ácido do seu pI. Quando adicionamos
base, re-dissolve o precipitado formado.
Reação de Esbach
Procedimento Experimental
Objetivos Específicos
Procedimento Experimental
1. Atividade da Catalase
b. Note a formação de espuma abundante. Procure uma explicação para o fato. Esquematize a
reação ocorrida.
2. Atividade da Peroxidase
b. Note o aparecimento imediato de cor rosa, que se intensifica, lentamente, no tubo que contém sangue.
OBS.: O reativo de Kastle-Meuer é uma solução alcalina de fenolftaleína reduza (AH2), que
oxida diidroxifenóis na presença de H2O2, formando a quinona correspondente. Não sendo
oxidada pelo peróxido de hidrogênio (H2O2), nem pelo oxigênio molecular (O2). O sangue
contém peroxidase, que transfere dois átomos de hidrogênio do substrato (AH2) para H2O2, que
é convertido em H2O, oxidando assim a fenolftaleína, que adquire coloração rósea, em meio
alcalino.
Introdução
Os carboidratos podem ser identificados por meio de várias reações. Algumas dessas
reações envolvem a formação de complexos corados, e a especificidade da identificação
depende da estrutura dos carboidratos. Assim, há reações gerais e outras para estruturas mais
específicas, como aquelas, para aldoses, cetoses, mono e dissacarídeos redutores, etc.
Objetivos Específicos
1. Reação de Molich
O
O C
C5H10O5 + H2SO4
H α -naftol
Composto violeta
furfural
O
HOH2C O C
H
C6H12O6 + H2SO4 α -naftol
Composto violeta
hidroximetilfurfural
Procedimento experimental
O teste de Molisch serve para identificar carboidratos. Estes, pela ação desidratante do
ácido sulfúrico, transformam-se em furfural no caso de pentoses, ou hidroximetilfurfural no caso
de hexose. Estes, por sua vez, reagem com os fenóis (timol, natol), dando origem a um
composto de cor roxa. A coloração verde que às vezes se forma, deve ser desprezada. Para o
bom êxito desta reação é necessário que o tubo esteja seco, e que haja a menor agitação
possível.
2. Reação de Barfoed
Cu+2 (aq) + CH3COO- (aq) + carboidrato → Cu2O (prec.) + CH3COO- (aq) + carboidrato oxidado
3. Reação de Seliwanoff
O
Aquecimento
O C
Cetose + HCl H resorcinol
Composto violeta
furfural
Procedimento experimental
Preparar 5 tubos de ensaio:
4. Reação de Benedict
Utilizada para identificação de carboidratos redutores. Íons de metais como, cobre, prata,
ferro, mercúrio, etc, são reduzidos por grupos aldeídos ou cetônicos livres de vários
carboidratos. Colocando-se hidróxido de cobre II, Cu (OH)2, de cor azul, em meio alcalino,
forma-se uma suspensão que, sob aquecimento, se precipita como óxido de cobre II, CuO de
cor preta. Mas se compostos redutores forem acrescentados à suspensão, o Cu (OH)2 é
reduzido a Cu2O, que se precipita e cuja cor se situa entre o amarelo e o vermelho. As reações
abaixo mostram o que ocorre o Cu (OH)2 na presença e na ausência de agentes redutores, em
meio alcalino e a quente.
Meio alcalino
Cu(OH)2 CuO + H 2O
(azul) Aquecimento (preto)
Meio Alcalino
Cu (OH)2 Cu2O + H2O
(azul) Aquecimento (amarelo/vermelho)
Como não é prático utilizar uma suspensão de Cu 2+, e também para evitar que o CuO
(preto) mascare o resultado da reação, acrescenta-se ao meio da reação um composto
orgânico solubilizador que, em meio alcalino adequado, reage com os íons metálicos, formando
um complexo iônico solúvel. Este complexo se dissocia em grau suficiente para que haja,
nomeio da reação, íons metálicos disponíveis para se reduzirem. No caso do reagente de
Felihling, emprega-se CuSO4 à 2%, solubilizado por tartarato de Na+ e de K+ 10%, dissolvido em
NaOH 2 M; no caso de reagente de Benedict (qualitativo), emprega-se CuSO4 2% solubilizado
por citrato de Na+ 20%, dissolvidos em Na2CO3 2 M.
Os testes de carboidratos redutores são positivos para compostos com grupamento – OH
glicosídico livre, mas negativos para polímeros de cadeias longas. Assim, amido não dá reação
positiva, a não ser após a sua hidrólise, e a reação é tanto mais positiva quanto maior a
extensão da hidrólise.
Até alguns anos atrás, o teste de substâncias redutoras, sobretudo na urina, era
empregado no diagnóstico de pacientes diabéticos, ou suspeito de sê-lo, de modo rotineiro.
Atualmente, há testes mais sensíveis para dosagem rápida de glicose, baseadas em ensaio
enzimático (glicofita/glicose-oxidase) e que são muitos mais práticos, por não exigirem a
disponibilidade dos reagentes mencionados.
Procedimento experimental
O amido não pode ser detectado pelos testes de redução, porque dispõe de um número
muito reduzido de resíduos de glicose livre, para determinação da atividade redutora. Na
estrutura do amido, a cadeia linear é constituída por resíduos de glicose ligados entre si por
ligações α (1,4), enquanto na cadeia ramificada ocorrem ligações α (1,4) e α (1,6). A cadeia
linear (amilose) é solúvel e a cadeia ramificada (amilopectina), insolúvel. O amido da batata é
constituído por 98% de amilose e 2% de amilopectina.
Na presença de iodo, o amido forma um complexo de cor azulada, de composição
incerta. Esse complexo se desfaz sob aquecimento, perdendo a cor azul, mas é refeito quando
é resfriado. A celulose, também um polímero de glicose, mas constituído de ligações β (1,4)
não reage com iodo, enquanto o glicogênio, à semelhança do amido, reage formando um
complexo de cor avermelhada. Também, à semelhanç do amido, o glicogênio é formado por
ligações de tipo α (1,4) e α (1,6).
Procedimento experimental
A. Extração do amido
1. Raspar integralmente uma batata, com uma lâmina de vidro, transferindo as raspas para um
béquer de 250 mL
2. Adicionar aproximadamente 50 mL de água destilada e agitar com bastão de vidro
3. Filtrar em gaze, recolhendo o filtrado em um béquer de 500 mL. Espremer a gaze
4. Extrair novamente o amido da raspa com 50 mL de água, filtrando em gaze e recolhendo o
filtrado no béquer de 500 mL
5. Deixar o amido se depositar no béquer aproximadamente 20 minutos
6. Descartar, cuidadosamente, o líquido sobrenadante.
Aquecer em banho de água fervente, durante 1 a 2 minutos, os tubos que dissolveram cor com
Lugol. Observar. Resfriar. Observar novamente. Anotar os resultados, usando sempre o tubo 1 (controle)
como referência.
Procedimento experimental:
Transferir 25 mL de amido para um elenmyer e adicionar 1 mL de HCl concentrado,
aquecer em banho maria fervente por 30 minutos.
Sendo que deve retirar, logo que adiciona o HCl, 1 mL da solução e transferir 0,5 mL
para um tubo e 0,5 mL para outro tubo de ensaio. Adicionar em um dos tubos 3 gotas de lugol,
observar a coloração, e no outro adicionar 1 mL do reativo de Benedict e aquecer em banho
maria fervente, observar a coloração.
Repetir o processo em intervalos de 5 a 5 minutos.
Eritrodextrina + maltose
Acrodextrina + maltose
Maltose
Glicose
Procedimento experimental
a. Extração
• Em copo de 100 mL pesar 10 g de soja moída e seca
• Adicionar 25 mL de álcool
• Agitar por 5 minutos
• Filtrar através de papel de filtro, para um béquer
• Lavar o resíduo com 10 mL de álcool por duas vezes
• Evaporar o filtrado em banho de areia, com agitação constante até diminuição total do álcool
• Observar o resíduo amarelo e oleoso. Esse óleo será utilizado como material para as provas
seguintes.
b. Caracterização
1. Solubilidade
Em uma bateria de 9 tubos de ensaio numerados, colocar 3 gotas de óleo vegetal em
cada um e adicionar 3 mL de:
1º- Água
2º- HCl a 4%
3º- Na2CO3 a 2%
4º- NaOH a 10%
5º- Etanol
6º- Éter Sulfúrico
7º- Clorofórmio
8º- Benzeno
9º- Acetona
a) Insolubilidade no 1º e 2º tubos
b) Emulsão estável nº 3 e 4
c) Solubilidade parcial no tubo nº 5 que se torna total pelo aquecimento
d) Solubilidade total no demais tubos.
• Éter
• Clorofórmio
• Benzeno
• Acetona
Observar a grande solubilidade do óleo nesses solventes.
I – DOSAGEM DE GLICOSE
Vários métodos foram propostos para a determinação de glicose. No início, era utilizado
o seu poder redutor, várias técnicas neste sentido foram desenvolvidas. Os oxidantes mais
empregados foram os íons cobre e os íons ferricianeto; ambos, em meio alcalino. Naturalmente,
estes métodos sofrem interferências de outros agentes redutores, presentes na amostra, o que
determina a falta de especificidade para a análise em questão.
Outros métodos, aonde a glicose reage diretamente com certas substâncias orgânicas,
foram desenvolvidos. Destas substâncias, a ortotoluidina é a mais utilizada.
Posteriormente, os métodos enzimáticos foram surgindo e colocados em prática. Como
exemplo, podemos citar o método de glicose-oxidase e o método da hexoquinase.
1 – MÉTODO DA ORTOTOLUIDINA
AMOSTRA
Soro, plasma, urina, líquor e outras. O soro deve ser colhido em jejum e livre de
hemólise.
REATIVOS
A – Reativo cromogênico
Num frasco de 2.000 mL, colocar 1 g de tiouréia, acrescentar 940 mL de ácido acético
glacial e 60 mL de ortotoluidina. Misturar até completa dissolução e guardar em frasco escuro. A
temperatura ambiente, é estável por 12 meses e, em geladeira, por 24 meses.
Procedimento
a. Tomar 3 tubos, e proceder como a seguir:
Branco Amostra Padrão
Água destilada 0,05mL - -
Soro - 0,05 mL -
Padrão - - 0,05 mL
Reativo cromogênico 2,5 mL 2,5 mL 2,5 mL
Misturar e colocar os tubos, em banho fervente, durante 10 minutos. Esfriar em água
corrente por 2 a 3 minutos e ler as absorvâncias, em 630 nm.
CÁLCULO
VALORES DE REFERÊNCIA
Finalidade
Princípio
GOD
Glicose + O2 + H2O Ácido Glucônico + H2O2
H2O2 formado reage com 4-aminoantipirina e fenol, sob ação catalisadora da peroxidase,
através de uma reação oxidativa formando um antipirilquinonimina vermelha cuja intensidade de
cor é proporcional à concentração da glicose na amostra.
POD
2H2O2 + 4 – Aminoantipirina + fenol Antipirilquinonimina + 4H2O
REAGENTES
INFLUÊNCIAS PRÉ-ANALÍTICAS
AMOSTRA
A amostra de sangue deve ser obtida após jejum de no mínimo 8 horas ou de acordo
com recomendação médica.
Usar plasma ou soro tomando as precauções a seguir. Realizar a colheita do sangue
utilizando um anticoagulante contendo um inibidor da glicólise. As amostras de sangue não
contendo um antiglicolítico, devem ser centrifugadas imediatamente após a colheita e o plasma
ou soro, separados das células ou coágulo. O mesmo procedimento deve ser realizado na
colheita de líquor e líquidos ascítico, pleural e senovial.
Nas amostras com antiglicolítico, a concentração da glicose permanece estável por até
24 horas. No plasma, soro e outros líquidos separados das células, a glicose permanece estável
por 3 dias entre 2 – 8 ºC, quando não ocorre contaminação bacteriana.
INTERFERÊNCIAS
Bilirrubina até 16 mg/dL, Hemoglobina até 160 mg/dL e Triglicérides até 750 mg/dL não
produzem interferências significativas.
PROCEDIMENTO
Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir:
CÁLCULOS
LINEARIDADE
A reação é linear até 400 mg/dl. Diluir a amostra com NaCl mol/L (0,85%), dosar
novamente e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
VALORES DE REFERÊNCIA
SIGNIFICADO CLÍNICO
Valores elevados ocorrem nos vários tipos de diabetes primárias, nos estados de
intolerância à glicose e nas diabetes secundárias a várias doenças (hipertiroidismo,
hiperpituitarismo, hipoadrenocorticismo, etc).
Valores diminuídos ocorrem nas hipoglicemias que podem ser devidas a várias causas.
Quando a ocorrência de sintomas de hipoglicemia é relacionada à alimentação, duas formas de
hipoglicemia podem ser definidas: hipoglicemia do jejum e pós-prandial.
Causas mais comuns de hipoglicemia do jejum: hiperinsulinismo, tumores
extrapancreáticos, síndrome auto-imune (formação espontânea de anticorpos para receptores
da insulina), insuficiência supra-renal e/ou hipofisária, doença hepática grave e alcoolismo.
A hipoglicemia pós-prandial é classificada em hipoglicemia alimentar, hipoglicemia do
diabético tipo II e do paciente com intolerância à glicose.
A redução da concentração de glicose nos líquidos corporais encontra-se relacionada a
processos inflamatórios ou infecciosos. A concentração de glicose no líquor representa um dos
parâmetros para a distinção entre meningite bacteriana e virótica.
OBSERVAÇÕES
COLESTEROL
Principio
O colesterol no soro é quantificado através das seguintes reações enzimáticas:
Amostra
Soro ou plasma isentos de hemólise (anticoagulante - heparina).
Jejum de 12 a 16 h. Amostra quando refrigerada de 2 a 8ºC se conserva por 7 dias, se mantida
a 10ºC conserva-se por 3 meses.O uso de anticoagulantes como: citrato, EDTA e Oxalato,
provocam resultados ligeiramente diminuídos.
Procedimento
Identificar três tubos com B (branco), T (teste) e P (padrao)
B T P
Reagente de cor 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL
Solução padrão - - 20 µ L
Amostra - 20 µ L -
Misturar por agitação e incubar por 10 minutos em banho Maria a 37ºC. retirar do banho
Maria e efetuar as leituras das absorvancias de P e T em espectrofotômetro em 510 nm
zerando o aparelho com o branco.
Calculo
absorvancia do teste
Colesterol (mg/dL) = ---------------------------- x 200
absorvancia do padrao
Valores de referencia
Colesterol (mg/dL)
Desejável < 200
Risco moderado 200 – 239
Alto risco (DCI) > 240
TRIGLICERIDES
Principio
Os triglicérides são determinados de acordo com as seguintes reações:
Amostra
A amostra deve ser obtida após jejum de 12 a 14 h. Soro. O analito e estável por 2 - 8ºC.
O armazenamento prolongado da amostra não e recomendado porque varias substancias
podem ser hidrolisadas liberando glicerol, levando a obtenção de resultados falsamente
elevados.
Procedimento
Tomar três tubos de ensaio e proceder como a seguir
Branco Teste Padrão
Amostra - 0,01 mL -
Padrão - - 0,01 mL
Reagente de cor 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL
Misturar e incubar por 10 minutos em banho Maria a 37ºC. O nível da água do banho
deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Efetuar as leituras das
absorvancias do padrão e do teste em espectrofotômetro em 540 nm.
Calculo
absorvancia do teste
Triglicérides (mg/dL) = ---------------------------- x 200
absorvancia do padrao
Valores de referencia
Triglicérides
Desejável < 200
Limiar alto 200 – 400
Elevado 400 – 1000
Muito elevado > 1000
LDL - COLESTEROL
Fundamento
Amostra
Soro
a) Coleta: o paciente deve estar em jejum (de 12 a 16 h)
b) Aditivos: não são necessários
c) Substâncias interferentes conhecidas: os soros hipertrigliceridemicos (com quilomicrons)
produzem sobrenadantes turvos; a bilirrubina interfere nos níveis maiores de 50 mg/L
Procedimento
Amostra 200 µ L
Reagente precipitante 100 µ L
Homogeneizar agitando (sem inverter) durante 20 segundos e deixar 15 minutos no
banho Maria a 20-25ºC. Centrifugar 15 minutos a 3000 rpm. Separar rapidamente o
sobrenadante. Vide limitações do procedimento. Utilizar o sobrenadante como
amostra para o ensaio colorimetrico.
Em três tubos de fotocolorimetros marcados B (branco), P (padrão) e D
(desconhecido), colocar:
B P D
Sobrenadante - - 100 µ L
Padrão - 20 µ L -
Reagente de 2 mL 2 mL 2 mL
trabalho
Misturar e incubar 5 minutos a 37ºC quando seja utilizado o reagente de trabalho
de Colestat enzimático AA/liquida ou 15 minutos a 37ºC quando seja utilizado
aquele de Colestat enzimático. Tirar do banho Maria e esfriar. Ler em
espectofotometro a 505 nm.
Calculo do resultado
f = 0,624
P
(*) valor obtido com Colestat enzimático ou Colestat enzimático AA liquida.
Valores esperados
Principio
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e muita baixa densidade (VLDL), são
precipitadas seletivamente por polietilenoglicol tamponado. No sobrenadante, resta apenas a
fração de alta densidade HDL. O teor de colesterol da fração HDL e determinado pelo sistema
enzimático colesterol 250 Dolis/colesterol enzimático liquido Dolis.
Amostra
Soro. Estável por 4 dias, sob refrigeração de 2-8ºC. Após a precipitação, o sobrenadante,
permanece estável por 15 dias se mantido a - 20ºC. o paciente deve estar em jejum obrigatório
de 12 h.
Procedimento
Identificar três tubos com B (branco), T (teste) e P (padrao)
B T P
Reagente de cor 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL
Solução padrão - - 50 µ L
Sobrenadante - 50 µ L -
Misturar por agitação e incubar por 10 minutos em banho Maria a 37ºC. retirar do banho
Maria e efetuar as leituras das absorvancias de P e T em espectrofotômetro em 510 nm,
zerando o aparelho com o branco.
Calculo
Absorvancia do teste
Colesterol HDL (mg/dL) = ---------------------------- x 50 x 2
Absorvancia do padrao
Valores de referencia
desejável risco moderado Alto risco
Col. LDL(mg/dl) < 130 130 - 159 > 160
Col. HDL fem (mg/dl) > 65 45 - 65 < 45
Col. HDL masc (mg/dl) > 55 35 – 55 < 35
ÁCIDO ÚRICO
Principio
Amostra
Usar soro, úrina e líquidos (aminiotico e sinovial). O analto e estável por 3 dias entre 2 –
8ºC e por 6 meses a –10ºC.
Procedimento
Tomar três tubos de ensaio e proceder como a seguir :
Branco Teste Padrão
Amostra - 0,02 mL -
Padrão - - 0,02 mL
Reagente de trabalho 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL
Misturar e incubar por 10 minutos em banho Maria a 37ºC. O nível da água do banho
deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Efetuar as leituras das
absorvancias de padrão e do teste em espectrofotômetro em 520 nm.
Calculo
absorvancia do teste
Ácido úrico (mg/dL) = ---------------------------- x 6
absorvancia do padrao
Valores de referencia
Fundamento
As ligações peptídicas das proteínas (-HN-CO-) reagem com íons cúpricos em meio
alcalino (reagente do biureto), formando um complexo de coloração violeta, cuja absorbância
medida em 545 nm e diretamente proporcional a concentração de proteína na amostra.
Amostra
Soro ou plasma (heparinizados). O analito e estável por 8 dias entre 2-8ºC.
Procedimento
Pipetar em tubos de ensaio identificados:
Tubos Branco Teste Padrão
Água destilada 20 µ L - -
Amostra - 20 µ L -
Padrão - - 20 µ L
Biureto 1000 µ L 1000 µ L 1000 µ L
Calculo
Cp
Fc = -------
Ap
Ct = Fc x At, onde:
Cp = concentração do padrão
Ct = concentração do teste
Ap = absorbância do padrão
At = absorbância do teste
Valores de referencia
Proteínas totais
Soro 6,0 a 8,0 g/dL
Plasma 6,8 a 8,3 g/dL