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CE N T RO DE E NS I N O S U P E RI OR DO AMAPÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ


ARQUITETURA E URBANISMO

EDIELSON COSTA DE ALENCAR

ARQUITETURA ESCOLAR: PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM


CONSERVATÓRIO PARA A CIDADE DE SANTANA-AP

Macapá-Ap.
2015
EDIELSON COSTA DE ALENCAR

ARQUITETURA ESCOLAR: PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM


CONSERVATÓRIO PARA A CIDADE DE SANTANA-AP.

Trabalho apresentado à disciplina Trabalho de


Curso I, do Curso de Arquitetura e Urbanismo
do Centro de Ensino Superior do Amapá sob a
orientação da Profª. Adirleide Greice Carmo de
Souza.

MACAPÁ-AP.
2015
EDIELSON COSTA DE ALENCAR

ARQUITETURA ESCOLAR: PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM


CONSERVATÓRIO PARA A CIDADE DE SANTANA-AP

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de


Ensino Superior do Amapá como requisito parcial para a conclusão da disciplina
Trabalho de Curso I, sob orientação da professora Adirleide Greice Carmo de Souza
e do orientador Adailson Oliveira Bartolomeu.

Aprovado em: __/__/____

_______________________________________________

Coordenação do curso de Arquitetura e Urbanismo

Considerações_______________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

ARQUITETURA EDUCACIONAL: PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM


CONSERVATÓRIO PARA A CIDADE DE SANTANA-AP
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo geral Elaborar uma proposta arquitetônica de
implantação de uma escola de música na cidade de Macapá-AP. Sendo que
inicialmente enquanto referencial teórico apresentam-se os estudos para identificar e
explicar os aspectos iniciais a respeito do que é uma escola de música, bibliografia
relacionada, linha de atuação e conceitos que englobam este equipamento urbano,
além de diretrizes normativas para a acessibilidade do empreendimento. Tal tema
justificasse com o embasamento na inovação para o Estado, devido à falta de tal
equipamento para a cidade de Santana-AP. Com o objetivo de apresentar
posteriormente uma proposta mais detalhada que resultará em um projeto
arquitetônico seguindo todas as normas e adequações específicas para esta
arquitetura escolar.

Palavras-chave: Escola, Música, Santana-AP.

AUTORA: Edielson Costa de Alencar

ORIENTADOR: Adailson Oliveira Bartolomeu


SUMÁRIO

1. TEMA .............................................................................................................................................. 6
1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA .................................................................................................. 6
2. PROBLEMA .................................................................................................................................. 6
3. HIPÓTESE..................................................................................................................................... 6
4. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 6
4.1. OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 6
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................................... 6
5. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 7
6. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................................... 7
6.1. A EDUCAÇÃO ...................................................................................................................... 8
6.2. A ESCOLA ........................................................................................................................... 10
6.2.1. Escola de Música...................................................................................................... 11
6.2.2. Conforto Térmico ..................................................................................................... 11
6.2.3. Conforto Acústico .................................................................................................... 13
6.3. A CIDADE DE SANTANA ................................................................................................. 16
7. METODOLOGIA......................................................................................................................... 18
8. CRONOGRAMA ......................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 21
1. TEMA
Arquitetura Escolar.
1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA
Proposta de projeto arquitetônico de um conservatório para a cidade de
Santana-AP.

2. PROBLEMA
A falta de um centro formal de ensino da música na cidade de Santana-AP
dificulta ou até impossibilita que os que ali residem possam ter aulas teóricas e
práticas de música.
Neste contexto, qual seria a contribuição para a população, em especial
jovens em idade escolar, na edificação desse equipamento na cidade de
Santana?

3. HIPÓTESE
O projeto de um conservatório na cidade de Santana estará diretamente ligado
ao crescimento cultural e artístico de sua população, incentivando a musicalidade da
população, e, atraindo assim, os jovens de traiçoeiras promessas.

4. OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL
Desenvolver um projeto arquitetônico de um Conservatório para a cidade de
Santana.
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
 Apresentar aspectos bibliográficos e conceituais que englobam um
conservatório.
 Realizar estudos sobre o tema e desenvolvimento de projeto arquitetônico à
nível básico, com fundamentação na legislação vigente para a elaboração da
proposta.
 Apresentar e defender proposta de um Projeto arquitetônico para um
Conservatório na cidade de Santana-AP.
5. JUSTIFICATIVA
O tema da presente pesquisa é uma proposta de concepção arquitetônica de
um conservatório para a cidade de Santana-AP. É um centro voltado para que o
cidadão possa estudar e se aprofundar no estudo da musicalidade por instrumentos,
voz ou na pesquisa teórica.
O presente tema foi escolhido pois há uma ampla demanda do profissionais da
música no Estado e especialmente no município de Santana. No ano de 2008 o então
presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, assina a lei que obriga o ensino da
música em toda rede básica de ensino através da Lei Nº 11.769, de 18 de agosto de
2008. Todavia, muitas escolas hoje sentem dificuldade de contratar o profissional
qualificado para ministrar aulas de música em sua respectiva cidade pelo fato da falta
desse profissional e ainda a carência de escolas de música para sua formação.
O município de Santana sendo o segundo maior do Estado do Amapá em
número de habitantes e com uma população de aproximadamente 110.000
habitantes, dados segundo o IBGE 2015, ainda não possui um conservatório voltado
para o ensino da música em todas suas vertentes. Para o habitante de Santana de
baixa renda a busca pelo conhecimento e formação na música se torna mais difícil
pois o local mais próximo para a profissionalização em música fica na cidade de
Macapá-AP, na escola Walkíria Lima.
A contribuição para a Arquitetura será a criação de um ambiente escolar
levando em consideração os espaços adequados, conforto luminoso, térmico e
principalmente sonoro.
A contribuição para a academia será através do estudo de uma escola
específica para o estudo da música em suas vertentes, pois, no Estado, ainda não há
um estudo de um ambiente escolar voltado totalmente para a música.
A contribuição para a sociedade será de poder usufruir de um espaço
confortável e próximo para a profissionalização na área musical podendo assim,
atender à necessidade cada vez maior desse profissional.

6. REFERENCIAL TEÓRICO
Para contextualizar a proposta deste trabalho de conclusão, Arquitetura
Educacional: Proposta de criação de um conservatório para a cidade de Santana-AP,
será abordada algumas definições relevantes para o assunto em questão. Desta
forma, faz necessária abordar alguns assuntos sobre determinados temas que
subsidiarão a temática de trabalho: A educação no seu contexto histórico, escola e
sua gênese, música como meio de expressão artística e cultural, escola de música e
seu surgimento no Brasil, conforto térmico e conforto acústico e todos outros temas
subsequentes veiculados a proposta deste trabalho.
Este trabalho tem por intuito propor conservatório para atender a população
jovem, carente e em situação socioeconômica frágil. Através da educação e da cultura
esta proposta busca atingir seus objetivos com a utilização de uma ferramenta que,
neste curso estou me moldando, a Arquitetura.

6.1. A EDUCAÇÃO
A educação é a ferramenta singular pelo qual o homem perpassa o saber
através das gerações. Para Kowaltowski(2011, p. 16), “educação é vista como a
transmissão de valores e o acúmulo de conhecimento de uma sociedade”. Ou seja,
todo o conhecimento da humanidade é transmitida pela educação. Para se transmitir
o conhecimento ou perpetua-lo para futuras gerações surgiu a escrita. Em seu livro
Vicentino; Dorigo(2013, p. 25) afirma, “a história começa com a invenção da escrita,
por volta de 4 mil anos antes de Cristo, entre os povos mesopotâmicos e egípcios”. A
escrita era então de forma cuneiforme, desenhos em forma de cunha, ou hieróglifos,
sinais sagrados, desenhos com formas consideradas sagradas. Esse tipo de escrita
possibilitou o registro de informações que poderiam agora ser repassada e preservada
por gerações. É tanto verdade que hoje temos esses registros arqueológicos
guardados em museus e universidades do mundo.
A educação surgiu pela necessidade de repassar o conhecimento para outros
membros da comunidade, e assim, buscar a transmissão de técnicas ou da teorias.
No seu livro Brandão(2006, p. 27) afirma que, com a evolução das sociedades
primitivas surgiu a necessidade de divisão de tarefas, e, consequentemente, a divisão
do conhecimento com restrição de sua guarda à aquele grupo. Geralmente a elite
social que detinha o conhecimento que o repassava aos seus descendentes. Nos
primeiros agrupamentos da humanidade os que detinham certo conhecimento
dominavam os leigos e, com isso, perpetuavam seu poder através dos anos. Na
antiguidade egípcia Manacorda(1992) aborda que no Médio Império no texto clássico
do ensinamento sapiencial, fala de um escriba que educa um escriba, provavelmente
pai e filho, confirmando assim, que a instrução era um ato intrafamiliar. Ou seja, o
poder do conhecimento era repassado do líder para sua prole, limitando assim o saber
a uma faixa pequena da população.
Nos primórdios da sociedade a forma de educar era sem formalidades, não
havia regras ou normas que os mestres deveriam seguir para ensinar seu pupilos.
Para Kowaltowski(2011) as sociedades primitivas transmitiam o conhecimento apenas
entre uma pequena casta da população que se perpetuavam no poder. Os bem
nascidos tinham a educação e o conhecimento como fonte de poder, riqueza e até
adoração. As normas, regras ou protocolos de ensino não era evidente, pois a
educação era algo muito familiar e muitas das vezes com base na observação e
repetição. O jovem era convidado ou coagido para aprender uma técnica ou teoria, os
homens geralmente a caça e a liderança, as mulheres a agricultura e os cuidados do
lar.
Houve então a evolução da educação e suas formas de ensino aprendizagem
com a evolução das sociedades e a especialização do trabalho surge a necessidade
de um personagem qualificado para transmitir o conhecimento. Passar então a existir
a figura do tutor, mestre, sábio ou ancião, este era detentor do saber que o transmitia
para seu pupilo, aprendiz ou jovem. Agora, o jovem aprendiz, já não é
necessariamente filho ou aparentado de seu mestre, agora surge um profissional do
ensino que é o responsável pela educação do jovem.
Na Grécia, segundo Brandão(2006), surgiu a base da educação formal e a
formatação da palavra Pedagogo, que significa “Condutor de crianças”. Com a
evolução da sistema de ensino a necessidade de um ambiente apropriado para o
desempenho das tarefas pedagógicas se evidenciou.
Em qualquer sociedade a educação é, tão somente, o reflexo do seu próprio
modo de vida. Para Brandão(2006, p. 10) a educação é, “como outras, uma fração do
modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam”. Então em cada sociedade
há uma forma diferente de educar, em cada meio comunitário há necessidades que
devem ser saciadas para o bem comum, assim, a forma de educação na tribo indígena
no alto Xingú no Brasil é diferente na cidade de Estocolmo na Suécia. Como afirma
Brandão(2006, p. 44) sobre a Grécia antiga, “e nada poderia haver de mais precioso,
a um homem livre educado, do que o próprio saber e a identidade de sábio que ele
atribui ao homem”. Portanto, o saber era, segundo o autor, importante bem ao qual o
homem livre e educado deveria preservar e isso era seu reconhecimento social grego.
A sociedade egípcia possuía o escriba, figura que detinha o conhecimento, “o
repasse do conhecimento para a instrução na cultura egípcia é inerente ao sábio que
a adquiriu com a leitura dos escritos antigos”, segundo Manacorda(1992, p. 26). E
ainda, o mesmo autor afirma que a leitura dos textos antigos egípcios era feira em um
local especifico e voltado guardar a velhas escrituras como descreve, daí a
importância cada vez mais acentuada dos livros e, com eles, das bibliotecas ou “casas
dos escritos” e da escola ou “casa da vida”. Neste contexto aparece a figura da
biblioteca e escola que se tornam o local onde guarda o conhecimento e instrui os
homens, respectivamente.

6.2. A ESCOLA
O ambiente escolar, que congrega a dualidade ensino aprendizado, como
entidade física que abriga os membros participantes deste ofício pode ser considerado
o cerne da ideia de educação. Para Kowaltowski(2011, p. 15) “o ambiente físico
escolar é, por essência, o local do desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem”. A especialização do trabalho levou aos mestres do ensino a criar um
local para tal tarefa. E então, a importância de um ambiente adequado e confortável o
tal ministração é essencial para o pleno ato de ensino aprendizagem. Por conta da
importância que é o ambiente escolar e de sua integração com o processo de ensino
e aprendizagem que se faz necessário uma atenção inequívoca ao seu projeto
arquitetônico.
Em seu livro Manacorda(1992) relata um texto de um pai ao seu filho
descrevendo o período de estudo, falava que a mãe o enviava para a escola e o
aguardava a chegado com pão e cerveja da casa. Nesse texto temos a informação da
existência de um ambiente de ensino o qual o filho era enviado para ser instruído,
período este, de aproximadamente 1500 antes de Cristo. O ambiente escolar foi
constituído para reunir os mestres e jovem para que nele se promovesse o repasse
do conhecimento. O local de ensino dever servir como estímulo para os seus usuários,
sejam estes alunos ou mestres, assim Kowaltowski(2011) afirma que o planejamento
do local de aula deve ser compreendido com uma atmosfera fértil em estímulos e
procedimentos múltiplos.
Nos escritos de Brandão(2006) alega que, quando a democratização da cultura
e da participação na vida pública colocaram a necessidade da democratização do
saber, é que surge a escola aberta à qualquer menino livre da cidade-estado. Com o
surgimento do espaço físico público também surge a necessidade de organização do
espaço para tal propósito.
Na a sociedade moderna o ambiente escolar reflete suas características locais
onde o que é lecionado passa pelo prisma da cultura, política e filosofia local. Para
Kowaltowski(2011, p. 15) “o edifício escolar deve ser analisado como resultado da
expressão cultural de uma comunidade, por refletir e expressar aspectos que vão além
da sua materialidade”. Sendo assim, não só a educação deve refletir o legado de uma
comunidade mais também o seu prédio físico, também, deve ser o reflexo dessa
influência mútua.

6.2.1. Escola de Música


A escola de música é um ambiente voltado para o ensino e aprendizagem da
música e seus correspondentes. Em pouco se difere de uma escola convencional no
que concerne o espaço dedicado ao ensino aprendizagem. As diferenças entre um e
o outro é para Guedes(2015) que, difere de uma escola normal, são utilizado para o
estudo, instrumentos musicais que possuem frequência diferentes, logo alturas
diferentes. Ou seja as ferramentas utilizadas para o objeto de estudo, a música, são
os instrumentos musicais das mais variadas formas, composições e objetividades.
No Brasil o ensino da música é de longa data representativa nas salas de aula,

As primeiras informações musicais eruditas foram trazidas ao Brasil pelos


portugueses, por intermédio dos jesuítas. Esses missionários, dispostos
a conquistar novos servos para Deus, encontraram na arte um meio de
sensibilizar os indígenas. (AMATO, 2006, p. 146).

A igreja católica sempre se utilizou desta linguagem universal para catequisar


o povo. No Brasil foi trazida de Portugal a musicalidade reconhecida como na Europa,
não que, a partir de então a música passa a existir no Brasil, pois os índios também
já possuíam esta habilidade, mas foi o meio de universalização e divulgação em larga
escala da música no Brasil.

6.2.2. Conforto Térmico


Para toda edificação o conforto térmico traz aos seus ocupantes um bem estar
que lhes permite continuar no mesmo ambiente com bem estar. Para Frota e
Schiffer(2001, p. 15), “a Arquitetura, como uma de suas funções, deve oferecer
condições térmicas compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios,
sejam quais forem as condições climáticas externas”. Portanto, em cada região
climática, as características da edificação para tratamento térmico devem ser distintas
e bem planejadas. Para as principais variáveis climáticas de conforto térmico são
temperatura, umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. Guardam
estreitas relações com regime de chuvas, vegetação, permeabilidade do solo, águas
superficiais e subterrâneas, topografia, entre outras características locais que podem
ser alteradas pela presença humana.
Para se considerar um ambiente confortável deve-se levar em consideração
alguns fatores que são descritos pelos autores:

As principais variáveis climáticas de conforto térmico são temperatura,


umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. Guardam estreitas
relações com regime de chuvas, vegetação, permeabilidade do solo,
águas superficiais e subterrâneas, topografia, entre outras características
locais que podem ser alteradas pela presença humana. (FROTA E
SCHIFFER, 2001, p. 15)

Então, ao se planejar o conforto térmico de uma edificação deve-se considerar


não só características arquitetônicas mas fatores como temperatura, umidade,
velocidades do ar e radiação solar que incide sobre o prédio.
Pelo fato de o homem ter a temperatura corporal controlada pelo próprio
organismo, ou seja, o ser humano é homeotérmico, possui temperatura interna média
de 37ºC. Em seu livro Frota e Schiffer(2001) afirma que o homem é mantido em uma
temperatura interna sensível e constante que varia entre 36,1 e 37,2°C, sendo que,
32°C é o limite inferior e 42°C é o limite superior. Sendo estas as temperaturas normais
do ser humano então há um constante trabalho do corpo para manter a temperatura
ideal. Em climas frios o corpo tende a elevar a temperatura do corpo aumentando o
metabolismo para então permitir uma temperatura estável. Já em temperatura quentes
o corpo tende a diminuir o metabolismo e liberar o suor pelas glândulas sudoríparas,
afim de, com a evaporação do suor, diminuir a temperatura do corpo e mantê-lo em
um nível confortável
De forma geral o homem possui uma faixa de conforto ambiental a qual é mais
agradável e segundo Frota e Schiffer(2001) são, para climas com temperatura de
25°C podendo variar de 23° e 27°C com humidade relativa do ar entre 30 e 70%.
Nestes paramentos, são reconhecidos mundialmente como clima agradável para a
maioria das pessoas.
Em Macapá-AP, onde a temperatura é equatorial quente e úmida, deve-se
tomar algumas medidas para proporcionar conforto térmico aos ocupantes de
edificações locais. Então para os locais de clima quente úmido para Frota e Schiffer
(2001, p. 71) “devem-se, então, prever aberturas suficientemente grandes para
permitir a ventilação nas horas do dia em que a temperatura externa está mais baixa
que a interna”. Com isso há uma maior circulação de ar no ambiente, e, com isso, a
diminuição da humidade relativa do ar no recinto, melhorando assim o conforto
térmico.
Para Frota e Schiffer(2001), a renovação do ar do ambiente é feita pela
ventilação que é importante para a higiene do ambiente e para o conforto térmico para
regiões de clima temperado e tropical. Tendo como referência a região Norte do Brasil
e dentro da floresta amazônica o clima é quente e úmido, causando grande
desconforto aos que aqui vivem pois a o calor eleva a temperatura fazendo o corpo
suar, no entanto, a alta umidade do ar dificulta a evaporação do suor que diminuiria a
temperatura corporal. Nesse caso a ventilação natural ou mecânica ameniza a
sensação térmica na região Norte do Brasil.
Ainda quanto à incidência solar deve-se tomar alguns cuidados para regiões de
clima quente e úmido, Frota e Schiffer(2001) afirma que as aberturas na edificação
devem ser protegidas da incidência direta solar mas não fechadas para impedir a
circulação do ar, pois, com isso, causaria o aumento da temperatura e logo o
desconforto térmico. Sendo assim, é importante conter a incidência direta de luz solar
sem prejuízo a ventilação natural com benefícios de bem estar térmico.
Para o estudo dos aspectos climáticos foi consultada a norma NBR 15220 para
identificar qual a zona bioclimática está a cidade de Santana, e, estando localizada na
zona 8, e ainda, devido a distribuição das zonas ocorrerem em função das
características de temperatura, umidade e altitude das cidades. Devido isso, cidades
pertencentes ao mesmo zoneamento terão comportamentos climáticos semelhantes.
Macapá encontra-se na zona 8 juntamente com as demais cidades do Norte do Brasil.

6.2.3. Conforto Acústico


O som segundo Marco(1982, p. 9), “é a perturbação que se propaga nos meios
materiais e que é capaz de ser detectada pelo ouvido humano”. Pode-se afirmar que
o som é uma reação fisiológica as perturbações vibratórias do ambiente e que são
percebidas pelo ouvido humano. É tanta a importância do que as autoras concluem:
O som é um dos elementos qualificadores do espaço, uma vez que alguns
aspectos, quando cuidadosamente observados, podem garantir que o
espaço projetado não resulte em um ambiente de baixa qualidade
acústica Ao som temos a percepção de frequência, timbre e volume que
nos possibilita identificar a nota, a origem e a intensidade da fonte sonora.
(SOUZA, DE ALMEIDA e BRAGANÇA, 2012, p. 13)

O som por ser uma energia que se propaga em um meio físico, e comumente
é o próprio ar, aquele desempenha uma propagação tridimensional, ou seja, em todas
as direções. No seu livro Marco(1982, p. 25) afirma a respeito da propagação sonora,
“para cada duplicação da distância da fonte, a intensidade é dividida por quatro”.
Podemos concluir com isso que, a partir da fonte sonora, a intensidade do som é
decrescida ao cubo da distância da reta percorrida por se propagar em três
dimensões. Mesmo tendo grande decaimento por conta da distância o som ainda é
tido como grande vilão em ambientes ou lugares que não possuem um tratamento
acústico adequado. É comum a polícia atender casos de perturbação sonora por conta
de um bar, boate, ou vizinho que não considerou que fora de seu ambiente o som
pode ser considerado ruído.
Ao se propagar no meio o som pode encontrar um barreira a qual irá se chocar,
mas, que por suas qualidades, e dependendo do material, irá dar-se a reverberação.
Na reverberação, segundo Marco(1982, p. 26), “o choque que se segue ao nível
molecular faz com que parte da sua energia volte em forma de uma onda de pressões
refletida e que o resto produza uma vibração das moléculas do novo meio”. Para
Guedes(2015) além da percepção espaço, a acústica é de grande importância para o
ambiente. Um dos sentidos mais importantes para o aprendizado humano é a audição
e neste ponto a acústica influencia diretamente a compreensão do que é repassado
do Mestre ao Aprendiz, e ai reside o fator
Dentre o universo do estudo do som devemos dar grande atenção ao que
chamamos de ruído. Segundo Marco(1982, p. 51) “ruído é, todo som que não seja
desejado pelo receptor”. São vibrações captadas pelo ouvido humano que naquele
instante não são agradáveis e desejáveis de serem eliminadas. No entanto para
Souza; de Almeida e Bragança(2012) em princípio, como definição geral, todo som
indesejável à atividade de interesse é considerado ruído, mesmo que seja uma
música. No contexto de um ambiente de estudo é de grande importância que não haja
quaisquer ruídos, para isso, deve-se ter medidas diretas e eficientes para trata-los.
Para tratar dos ruídos indesejáveis são tomadas algumas atitudes para impedir
que o mesmo entre no ambiente ou que se propague ou reverbere. Para Marco, (1982,
p. 67) “uma absorção extra no local do ruído, reduzirá a intensidade do som
reverberante, ajudando assim o isolamento”. Já para Souza; de Almeida E
Bragança(2012, p. 23) “a preocupação acústica não é apenas uma questão de
condicionamento acústico do ambiente, mas também de controle de ruído e
preservação da qualidade ambiental”
A acústica é utilizada de forma inteligente desde os períodos das grandes
sociedades da antiguidade. No seu livro Souza, de Almeida e Bragança(2012, p. 16)
comenta, “a acústica vem mostrando seu valor projectual desde a antiguidade, com
os teatros ao ar livre do gregos e romanos”. Nos ambientes de teatro a voz o artistas
era facilmente ouvida pelos espectadores sentados em grande arquibancadas em
forma semicircular e ao redor do palco. A mesma técnica era utilizada nos teatros
romanos que se aproveitavam de fatores como a capacidade do som refletir em
superfícies e de ser propagado com o vento. Os palcos eram direcionados de tal forma
que o ator ficava de costas contra a direção do vento e a plateia de frente e contra a
direção do vento.
Decorrendo sobre o ruído Souza, de Almeida e Bragança(2012, p. 48)
comentam: “deixando de lado as questões subjetivas, algumas fontes sonoras,
decorrentes do crescimento urbano e da industrialização, são constantemente tidas
como geradoras de ruído”. De toda forma, o ambiente moderno e urbano dificulta o
projeto acústico apropriados para os ambientes, mas que, se tomada as devidas
providências quantos a sua subjugação é passível a edificação de grande conforto
sonoro. Deve-se pensar também que não são só as fontes externas que provocam
ruídos indesejáveis para o ambiente, há elementos do próprio edifício que pode
provoca ruídos, como é o caso de centrais de ar e ventiladores de teto.
Mas para se ter o mais eficiente projeto que tenho o ideal acústico deve-se
antes planejar, assim como os gregos e romanos em seus teatros, todos os detalhes
que influenciarão na acústica e a redução dos ruídos. O conhecimento da acústica
deve ser utilizada à favor da arquitetura e, neste caso, na arquitetura escolar.
Em relação ao projeto e a preocupação com a acústica Souza, de Almeida e
Bragança(2012, p. 45) diz, “o controle e a prevenção de ruídos estão divididos em dois
grupos: ruídos internos à edificação e ruídos externos à edificação”. Em se falando de
ruídos, todos não são desejáveis, e portanto devem ser suprimidos, tanto os de fora
quanto os de dentro da edificação.
Em um ambiente de estudo é de grande importância que não haja ruídos que
atrapalhem o desempenho das tarefas educacionais. Para Marco(1982) verifica que o
mais importante do que procurar isolamento sonoro entre as salas de aula é obter um
tempo de reverberação correto em cada uma delas. Ou seja, para que o som não se
torne um ruído em um ambiente próximo a adequação dos materiais a serem usados
na edificação deve proporcionar a inteligibilidade baixa nos ruídos externos.
Para (Souza, de Almeida e Bragança(2012) a escolha de materiais para as
salas devem ser correlatas ao seu uso, pois estas, influenciam aspectos com
intensidade do som refletido e absorvido. Portando para as salas de aula,
principalmente as que servirão para aulas de música, devem ser especialmente
tratadas acusticamente afim de se extrair delas a melhor performance dos alunos que
ali estudarem.

6.3. A CIDADE DE SANTANA


A cidade de Santana é o segundo maior município em número de habitantes
do estado do Amapá, que, segundo (IBGE, 2015) possui uma população estimada
para 2015 de 12.218 habitantes com uma área territorial de 1.569.404 Km². Santana
é um município próximo à Macapá, capital do estado do Amapá e teve início, segundo
o (IBGE, 2015) do agrupamento populacional da Ilha de Santana, localizada em frente
à margem esquerda do rio Amazonas em 1753. As primeiras pessoas que ali
constituíram residência eram de origem portuguesa e mestiços.
Por volta de 1946 Santana obteve grande crescimento populacional e
econômico e no site (IBGE, 2015) afirma, com a descoberta do manganês em Serra
do Navio por Mário Cruz, Santana experimentou um crescimento significativo, em
decorrência da instalação da ICOMI (Indústria e Comercio de Minérios). Esse fato fez
com que Santana se tornasse um grande polo econômico no Amapá e atraiu, com
isso, grande número de pessoas em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Hoje Santana ainda desempenha papel relevante na economia do Estado com
seu Porto por onde é a maior parte dos produtos e minérios do Amapá. E é pela
importância histórica que este município apresenta para o estado que se deve ter
maior atenção com todo o contexto de necessidades básicas que o município merece.
Nesse contexto, apresento a proposta de um Escola de Música para atender a
população Santanense. A proposta de escola de música para Santana tem por
objetivo básico dar formação técnica ao jovens de baixa rende e de situação
socioeconômica frágil.
7. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desta pesquisa monográfica foi utilizado o método
hipotético dedutivo, do qual parte de uma problemática onde a partir desta foi
levantada uma hipótese, os quais nortearão a pesquisa. A coleta de dados serão
através de pesquisas bibliográficas, teses, publicações avulsas, artigos, além de
pesquisas documentais, como leis e normas específicas.
As normativas empregadas para a elaboração do projeto arquitetônico são
baseados na Associação Brasileira de Normas Técnicas, em especifico a NBR 9050
(2015) sobre Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos
urbanos.
Em relação à metodologia para a elaboração da proposta de projeto
arquitetônico, será baseada em pesquisas sobre o local e seu entorno, normas
específicas, perfil dos usuários e sobre o que se pretende propor, neste caso uma
Proposta de criação de um conservatório para a cidade de Santana-AP.
A finalidade da pesquisa aplicada objetiva produzir conhecimento científico
para a aplicação prática voltada para solucionar hipoteticamente problemáticas
concretas, trazendo para a realidade da monográfica de arquitetura e urbanismo como
objeto conclusivo de desenvolvimento de projeto final.
8. CRONOGRAMA
9º Semestre – 2015.2 10º Semestre – 2016.1
Objetivos:
Ago Set Out Nov Dez Fev Mar Abr Mai Jun
Delimitação do tema X X
Exercícios para o pré-
X X X X
projeto
Orientações X X X X
Depósito do Projeto de
X
Pesquisa
Qualificação do Projeto
X
de Pesquisa
Elaboração do 1º
capítulo do Trabalho de X
Curso
Orientações X X
Pesquisa de campo X
Elaboração do 2º
capítulo do Trabalho de X
Curso
Orientações X X
Elaboração do Projeto
Arquitetônico (3º capítulo X X
do TC)
Orientações X X
Revisão X
Depósito X
Defesa X
9. PROPOSTA DE SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. ASPECTOS HISTÓRICOS, CONCEITUAIS E TEÓRICOS SOBRE EDUCAÇÃO
ESCOLAR
2.1. História da educação
2.2. Educação musical
2.3. A escola no contexto educacional
2.4. Conforto acústico na escola
2.5. Conforto térmico na escola
2.6. A cidade de Santana e a educação musical
3. PESQUISAS PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
3.1. Caracterização do local de implantação do projeto: Santana-AP
3.2. Metodologias de pesquisa
3.3. Implantação Geral
3.4. Memorial Descritivo
3.5. Programa de Necessidades
3.6. Organograma
3.7. Fluxograma (ABRANTES, 2015)
3.8. Plantas Baixas
4. PROJETO ARQUITETÔNICO
4.1. Maquete eletrônica
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
REFERÊNCIAS

ABRANTES, J. S. Guia para elaboração do projeto de pesquisa científica.


Macapá: Centro de Ensino Superior do Amapá, 2015. 25 p.

AMATO, R. D. C. F. Breve retrospectiva histórica e desafios do ensino de música na


educação básica brasileira. Opus, São Paulo, dez. 2006.

BRANDÃO, C. R. O que é Educação. 48ª. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 2006.

FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual de Conforto Térmico. 5ª. ed. São Paulo:
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GUEDES, S. S. Escola de Música Walkíria Lima: Proposta de um anteprojeto para


uma escola de música na cidade de Macapá. Macapá: Centro de Ensino Superior do
Amapá, 2015.

IBGE. IBGE Cidades. IBGE, 2015. Disponivel em:


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KOWALTOWSKI, D. C. C. K. Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino.


São Paulo: Oficina de Textos, 2011.

MANACORDA, M. A. História da Educação: da Antiguidade aos nossos dias. 3ª.


ed. São Paulo: Cortez; Autores Associados, 1992.

MARCO, C. S. D. Elementos de Acústica Arquitetônica. 2ª. ed. São Paulo: Nobel,


1982.

SOUZA, L. C. L. D.; DE ALMEIDA, M. G.; BRAGANÇA, L. Bê-á-bá da acústica


arquitetônica. São Paulo: Edufscar, 2012.

VICENTINO, C.; DORIGO, G. História geral e do Brasil. 2ª. ed. São Paulo:
Scipione, v. 1, 2013.

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