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Semana 8
William Gabriel
Renato Pellizzari
(Leonardo Machado)
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19/04 A construção do
Estado brasileiro: o
Período Joanino
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05
Brasil: ouro e abr
limites
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Expansão territorial brasileira
O século do Ouro
Atualmente, o Brasil é o quinto maior país do mundo
em extensão territorial. Toda essa extensão é resul- Desde sua chegada na América, os portugueses es-
tado de um longo processo de conquistas de terras, tavam em busca de metais preciosos. No entanto,
iniciado pelos portugueses em 1500. Inicialmente a isso só ocorreu quase duzentos anos depois. Con-
ocupação territorial brasileira se estabeleceu no li- vencionou-se que a primeira pepita de ouro foi en-
toral, limitada pelo Tratado de Tordesilhas (1494), contrada por Borba Gato, um bandeirante paulista,
que dividiu o novo continente entre portugueses e em 1698. Porém, o mais provável é que essa desco-
espanhóis. berta tenha sido feita em diversos lugares ao longo
do fim do século XVII e início do século XVIII. Por
No entanto, o território português na América ul- esse motivo, devido ao protagonismo dos metais
trapassou os limites de Tordesilhas. Diversos fato- preciosos encontrados, que o século XVIII foi deno-
res estimularam o processo de expansão territorial, minado o Século do Ouro.
como a pecuária, que não poderia ocupar o mesmo O ouro achado no Brasil, inicialmente, era o cha-
espaço que a produção a açucareira e, portanto, mado ouro de aluvião, encontrado nos leitos e nas
acabou se interiorizando. Por outro lado, as missões margens do rios. O achamento de ouro impulsionou
jesuíticas no sul do Brasil e no recôncavo baiano a vinda de inúmeros imigrantes portugueses para o
His. 68
também tiveram um papel expressivo no processo Brasil com o objetivo de explorar minas de ouro, o
de interiorização, juntamente com outra importante que gerou conflitos com os bandeirantes. Esses con-
atividade, o bandeirismo. flitos entre bandeirantes e forasteiros ficou conheci-
do como Guerra dos Emboabas.
O bandeirismo era o nome dado as expedições re-
alizadas por particulares que visavam a busca de
metais preciosos, o apresamento indígena e o serta-
nismo por contrato. A atividade bandeirante, as mis-
sões jesuíticas e a prática da pecuária contribuíram
para expansão do território cujos limites foram con-
solidados pelo Tratado de Madri, em 1750.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Como não se tratava de regiões aptas para a produção de gêneros tropicais
de grande valor comercial, como o açúcar ou outros, foi-se obrigado para
conseguir povoadores (...) a recorrer às camadas pobres ou médias da popu-
lação portuguesa e conceder grandes vantagens aos colonos que aceitavam
irem-se estabelecer lá. O custo do transporte será fornecido pelo Estado, a
instalação dos colonos é cercada de toda a sorte de providências destinadas
a facilitar e garantir a subsistência dos povoadores; as terras a serem ocu-
padas são previamente demarcadas em pequenas parcelas, (...) fornecem-
-se gratuitamente ou a longo prazo auxílios vários (instrumentos de trabalho,
His. 69
sementes, animais, etc).
2.
Entre 1750, quando assinaram o Tratado de Madrid, e 1777, quando assinaram o
Tratado de Santo Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites entre suas
colônias americanas. Neste contexto, ganhou importância, na política portugue-
sa, a ideia da necessidade de:
a) defender a colônia com forças locais, daí a organização dos corpos militares
do centro-sul e a abolição das diferenças entre índios e brancos.
b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e isolar o marquês de Pombal
por sua política nitidamente pró-bourbônica.
c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, para onde fluía a maior parte
da produção açucareira, ameaçada pela pirataria.
d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase todos espanhóis e, nesta quali-
dade, defenderem os interesses da Espanha.
e) aliar-se política e economicamente à França para enfrentar os vizinhos espa-
nhóis, impondo-lhes suas concepções geopolíticas na América.
3.
Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros,
para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil,
vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem.
A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e ve-
lhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de
diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa.
André João Antonil, “Cultura e opulência no Brasil por suas drogas e mi-
nas”.
Nesse retrato descrito pelo jesuíta Antonil, no início do século XVIII, o Brasil co-
lônia vivia o momento
His. 70
c) da descoberta de ouro e pedras preciosas no interior da Colônia. A Metrópo-
le, desde o início do século XVIII, buscou regularizar a distribuição das áreas a
serem exploradas; como forma de impedir o contrabando e recolher os impos-
tos, criou um aparelho administrativo e fiscal, deslocando soldados para a região
das minas.
d) da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes des-
cobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida
do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na
região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.
e) do esgotamento do ouro na região das minas. Sua difícil extração levou pes-
soas de diferentes condições sociais para as minas, em busca de trabalho, e seu
esgotamento dividiu a região em dois grupos - de um lado, os paulistas, e, de
outro, os forasteiros, culminando no conflito chamado de Guerra dos Emboabas.
4.
O desenvolvimento desigual entre os povos, na atualidade, tem suas origens em
limitações históricas, como:
ALVARÁ DE 1785
Eu, a Rainha, faço saber aos que este alvará virem que, sendo-me presente o
grande número de fábricas, manufaturas que de alguns anos a esta parte se têm
difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da
lavoura, e da exploração das terras minerais daquele vasto continente; [...] hei de
por bem ordenar que todas as fábricas, manufaturas, ou teares de galões, de te-
cidos - excetuando tão-somente aqueles dos ditos teares e manufaturas em que
se tecem ou manufaturam fazendas grossas de algodão, que servem para o uso e
vestuário dos negros, para enfardar e empacotar fazendas e para outros ministé-
rios semelhantes -, e todas as demais sejam extintas e abolidas em qualquer parte
onde se acharem nos meus domínIos do Brasil. [adaptado]
A intenção da rainha, expressa no texto, foi
5.
“(...) a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida
humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a
largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mer-
cadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de
outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se
vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as
partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não
His. 71
somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes
nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como
se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfor-
necidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem
os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos
aonde hão de dar maior lucro.”
Antonil, “Cultura e opulência do Brasil”, 1711
No texto, o autor refere-se a uma das conseqüências da descoberta e exploração
de ouro no Brasil colonial. Trata-se
2.
A partir de 1750, com os Tratados de Limites, fixou-se a área territorial brasileira,
com pequenas diferenças em relação a configuração atual. A expansão geográ-
fica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. No período
colonial, os fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram:
His. 72
e) incremento da cultura do algodão e penetração dos jesuítas no Maranhão.
3.
Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do
Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia
ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do
século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas.
O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a ex-
ploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de
pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para
as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos
e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por touci-
nho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de
vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam fei-
jão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era ser-
vido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da
Disponível em http://www. cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros
tribunadoplanalto.com.br.
Acesso em: 27 nov. 2008. das tropas que conduziam o gado.
His. 73
5. “E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e
em moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e
nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros
brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as
negras, muito mais que as senhoras”.
André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil (1711) APUD: Inácio, Inês
da C. e DE LUCA, Tânia R. Documentos do Brasil colonial. São Paulo: Ática,
1993. p. 124.
7.
Leia o trecho de documento.
His. 74
Senhor. Sendo como é a obrigação a primeira virtude, porque importa pouco
zelar cada um o seu patrimônio, e descuidar-se da utilidade alheia quando
lhe está recomendada, se nos faz preciso representar a Vossa Majestade a
opressão universal dos moradores destas Minas involuta no arbítrio atual de
se cobrarem os [impostos] de Vossa Majestade devidos, podendo ser pagos
com alguma suavidade de outra forma sem diminuição do que por direito
está Vossa Majestade recebendo, na consideração de que sejam lícitos os
fins se devem abraçar os meios mais toleráveis...
His. 75
9.
Em realidade, se o ouro criou condições favoráveis ao desenvolvimento interno
da colônia, não é menos verdade que o ouro também dificultou o aproveitamen-
to dessas condições ao entorpecer o desenvolvimento manufatureiro da metró-
pole.”
a) que grande parte do ouro brasileiro era levado para as manufaturas inglesas
em função do comércio deficitário entre o Brasil e a Inglaterra, que comprava o
algodão bruto e exportava tecidos.
b) O comércio deficitário entre a metrópole portuguesa e o reino inglês favore-
ceu o escoamento do ouro brasileiro para o setor manufatureiro têxtil da Ingla-
terra, sobretudo após o tratado de Methuen.
c) A Inglaterra apoderou-se da maior parte do ouro brasileiro através da pirataria
e das atividades corsárias.
d) As guerras ocorridas na Europa, nas quais Portugal sempre esteve do lado da
Inglaterra, procovaram a transferência de grande parte das riquezas auríferas
extraídas do Brasil.
e) A transferência de grande parte das riqueza minerais exercidas do Brasil para
a Inglaterra resultou, principalmente, da importação de máquinas e equipamen-
tos pelo reino português.
10.
A corrida do ouro em Minas Gerais no final do século XVII trouxe uma riqueza
muito grande para a Coroa portuguesa mas também exigiu muitos esforços no
sentido de fiscalizar a produção e punir o contrabando. Assinale a expressão
correta a respeito das medidas fiscais empreendidas por Portugal na área das
minas:
His. 76
QUESTÃO CONTEXTO
Chico Rei (1964)
His. 77
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. d A partir da letra do samba-enredo do Salgueiro so-
2. a bre a figura de Chico Rei, podemos perceber a utili-
3. c zação da mão de obra africana nas minas de ouro, as
4. e estratégias de contrabando e a questão da mobilida-
5. b de social, que, a despeito do que aborda a música,
ainda era bastante limitada.
02.
Exercício de casa
1. d
2. b
3. c
4. a
5. c
6. b
7. c
8. d
9. b
10. d
PARA Para ouvir o samba-enredo Chico Rei, acesse:
SABER
https://www.youtube.com/watch?v=7Ecfk5DO6d8
His. 78