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DA CIDADE
AÇÃO REVISIONAL
“COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA”
INTROITO
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( a ) Quanto à audiência de conciliação (CPC, art. 319, inc. VII)
I - CONSIDERAÇÕES FÁTICAS
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de 0,7592% a.m. (sete mil e quinhentos e noventa e dois décimos de milésimos
por cento ao mês).
II - NO MÉRITO
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último caso, nada impede que a discriminação cobrada por estes
parágrafos seja feita quando da liquidação da sentença (cf. Cassio
Scarpinella Bueno. Reflexões a partir do art. 285-B do CPC [RP 223/79]).
Vale lembrar ainda que o § 3º é mais um exemplo de norma constante do
CPC que disciplina questões não ligadas ao processo civil. Essa
desorganização, se levada adiante, pode fazer com que tais exemplos se
multipliquem, dificultando a sistematização e a lógica processuais.” (in,
Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 2015, p. 904)
(negritos e itálicos no texto original)
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AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULA CONTRATUAL COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA. PRETENSÃO DO AGRAVANTE À CONSIGNAÇÃO DAS
PARCELAS MENSAIS NO VALOR INCONTROVERSO. INDEFERIMENTO EM
PRIMEIRO GRAU. POSSIBILIDADE DOS DEPÓSITOS. INOVAÇÃO
INTRODUZIDA PELO ARTIGO 285-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
[CPC/2015, art. 330, § 2º]. Reflexos da conduta do recorrente,
entretanto, que correrão por sua conta e risco, inclusive no que toca aos
efeitos da mora. Recurso parcialmente provido. (TJSP; AI 2010316-
19.2015.8.26.0000; Ac. 8240939; Itapetininga; Vigésima Segunda Câmara
de Direito Privado; Rel. Des. Sérgio Rui; Julg. 26/02/2015; DJESP
05/03/2015)
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO.
ART. 285-B DO CPC [CPC/2015, art. 330, § 2º]. EMENDA INICIAL.
ATENDIMENTO. IMPUGNAÇÃO DOS ENCARGOS CONSIDERADOS
ABUSIVOS E QUANTIFICAÇÃO DO VALOR INCONTROVERSO.
INDEFERIMENTO DA INICIAL. DESCABIMENTO.
Constante da inicial a indicação das cláusulas abusivas, com a
quantificação do valor incontroverso, bem como anexada cópia do
contrato, incorreta a extinção do feito sem julgamento de mérito, por
atender os requisitos do art. 285-B do CPC[CPC/2015, art. 330, § 2º].
(TJMG; APCV 1.0024.13.343946-3/001; Relª Desª Aparecida Grossi; Julg.
01/07/2015; DJEMG 10/07/2015)
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executada em momento ulterior a diferença de valores porventura
existentes, o que impõe a manutenção da decisão ora adversada. 4
Recurso conhecido e desprovido. (TJCE; AG 0628400-
45.2014.8.06.0000/50000; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Clécio Aguiar
de Magalhães; DJCE 03/02/2015; Pág. 2)
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bancários. 5. Comissão de permanência. Somente é permitida a comissão
de permanência quando expressamente prevista e não cumulada com
encargos moratórios. Verificada a cobrança cumulativa, deve ser cobrada
unicamente a comissão de permanência, limitada à taxa contratada, se
for menor que a taxa média ou dela não discrepar significativamente.
Ausente demonstração de contratação da comissão de permanência,
inviável sua cobrança. 6. Repetição do indébito/compensação. Se houve
pagamento a maior, considerando a solução tomada no processo judicial,
são devidas a compensação e a repetição do indébito, nos termos dos
artigos 368 e 876 do CCB. 7. Inscrição em cadastros restritivos e mora.
Reconhecida a abusividade descaracterizada a mora do devedor, ficando
vedada a inscrição ou manutenção do seu nome em cadastros de
restrição ao crédito. 8. Depósito em juízo. Não há óbice à realização de
depósitos de parcelas incontroversas pelo autor, desde que por sua
conta e risco e sem efeito liberatório. Valores consignados que poderão
ser posteriormente compensados com o saldo a ser apurado em
liquidação. Apelações parcialmente conhecidas e, nessa extensão,
providas em parte. (TJRS; AC 0478544-39.2014.8.21.7000; Caxias do Sul;
Vigésima Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Carlos Eduardo Richinitti; Julg.
31/03/2015; DJERS 09/04/2015)
“Regra mais delicada é a inserida no § 3º, do art. 330, que prevê o dever
do autor em continuar pagando o valor incontroverso no tempo e modo
contratados. Sua interpretação deve ser restrita. Nenhuma
consequência advirá para o autor e sua ação revisional caso ele deixe de
pagar o valor incontroverso, especialmente porque eventuais
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dificuldades financeiras não podem obstar o acesso à via jurisdicional. O
que a norma em comento determina é que o simplesmente ajuizamento
da ação revisional não serve para justificativa para a suspensão da
exigibilidade do valor incontroverso.” (in, Comentários às alterações do
novo CPC. São Paulo: RT, 2015, p. 447)
(os destaques são nossos)
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É de toda conveniência ofertarmos considerações
acerca da impossibilidade de julgamento de improcedência liminar dos pedidos
aqui ofertados.
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1. O juízo a quo ao decidir a demanda não levou em consideração as
alegações fáticas apresentadas pela autora em sua petição inicial. 2. Não
se admite o julgamento antecipado de improcedência da ação, nos
termos do art. 285-a, do CPC [CPC/2015, art. 332], sem examinar as
alegações do autor e posteriormente confrontá-las com a prova pericial
requerida. Devendo ser apurado através de planilha de cálculos
necessária eventual aplicação de juros abusivos e capitalização mensal de
juros, resta inviabilizado, por este juízo ad quem, o exame das teses
levantadas por ambas as partes. 3. Sentença anulada, remessa dos autos
ao d juízo de origem com vistas à realização da regular instrução do feito
para o julgamento da ação revisional, em obediência ao devido processo
legal (art. 5º, LIV, cf). Jurisprudência do TJPI. Recurso conhecido e
provido. (TJPI; AC 2010.0001.005308-3; Segunda Câmara Especializada
Cível; Rel. Des. Brandão de Carvalho; DJPI 09/03/2015; Pág. 14)
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“Ou seja, antes de aplicar o art. 332 do CPC/2015, o juiz deve assegurar
ao autor a possibilidade de demonstrar porque sua petição inicial, v.g.,
não contraria súmula do STF ou súmula do STJ. Somente após essa
segunda manifestação do autor é que se poderia cogitar da aplicação da
referida técnica de forma constitucionalmente adequada. “ (ob. aut. cits.,
p. 860)
“De início, cumpre esclarecer que o efeito vinculante previsto para todos
os provimentos elencados nos incs. I a IV do art. 332 do CPC/2015 – com
exceção da SV do STF – é inconstitucional porque essa atribuição (=de
efeito vinculante) não pode ser instituída mediante legislação ordinária. “
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(Teresa Arruda Alvim Wambier ... [et tal], coordenadores. Breves
comentários ao Novo Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 2015, p.
859)
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Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP 1.963-17/00,
reeditada como MP 2.170-36/01), desde que expressamente pactuada.
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tendo em vista o afastamento da aplicabilidade do Código de Defesa do
Consumidor ao caso concreto determinado neste recurso, impossível a
inversão do ônus da prova fundada em seu artigo 6º, VIII. 6) as cédulas de
crédito rural, comercial e industrial são regidas por regramento próprio.
Lei nº 6.840/80 e Decreto-Lei nº 413/69. Que confere ao Conselho
Monetário Nacional o dever de fixar a taxa de juros remuneratórios a
serem praticados. 7) no caso em tela, vejo que o Conselho Monetário
Nacional, por meio da resolução 3086/2003 do BACEN. Vigente à época
da celebração da cédula de rural hipotecária. Estipulou o patamar dos
juros aplicável às operações referentes ao crédito rural no âmbito do
programa moderfrota. 8) considerando que a taxa de juros praticada na
cédula rural está de acordo com o patamar estipulado pela resolução
3086/2003 do BACEN e não se revela abusiva se comparada àquelas
praticadas em operações semelhantes, não vejo razão para se aplicar o
teto previsto na Lei da usura. 9) reconhecida a legalidade dos juros
remuneratórios para o período da normalidade contratual, tenho que
eles devem ser estendidos para o período do inadimplemento, posto ser
invariável a forma de remuneração do capital. 10) no caso dos créditos
incentivados, a legislação específica prevê a capitalização semestral, mas
permite acordo entre as partes para que ocorra em períodos menores.
Decreto-Lei n. 413/69 e Súmula n. 93 do STJ. 11) considerando que a
cédula rural hipotecária prevê expressamente tão somente a
capitalização de juros em periodicidade semestral, não merece reparos a
sentença. 12) nas cédulas de credito rural, industrial ou comercial,
conforme entendimento pacífico desta corte, a instituição financeira está
autorizada a cobrar, após a inadimplência, a taxa de juros remuneratórios
pactuada, elevada em 1% ao ano, a título de juros de mora. 13)
considerando que vigora no ordenamento brasileiro o princípio da
especialidade, havendo regramento especial que regula a matéria.
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Artigo 5º, parágrafo único do Decreto-Lei nº 167/67. Não há como acatar
os argumentos do apelante para que os juros moratórios sejam mantidos
em 1% ao mês. Por previsão do artigo 406 do Código Civil. 14) verificada
a cobrança de encargos abusivo no período da normalidade contratual.
Notadamente a capitalização de juros em periodicidade diversa da
semestral. Resta descaracterizada a mora do devedor 15) nas ações em
que se pretende a declaração de nulidade de cláusulas abusivas, a
estipulação da verba honorária segue a norma prevista no artigo 20, § 4º,
do CPC, não ficando o juiz adstrito aos percentuais fixados no § 3º. 16) no
que tange à distribuição dos ônus sucumbenciais, tendo em vista a
sucumbência recíproca e em proporções similares, imponho a divisão pro
rata. 17) é de ser reputado válido os pagamentos constantes dos
documentos de fls. 103/104, já que o apelante recebeu esses valores e
não demonstrou que se destinavam a quitar qualquer outra dívida
existente entre as partes. (TJMT; APL 93289/2013; Rel. Des. Adilson
Polegato de Freitas; Julg. 03/03/2015; DJMT 09/03/2015; Pág. 19)
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cobrança da comissão de permanência, conforme vedação constante no
artigo 5º, parágrafo único, do Decreto-Lei nº 167/67. Encargos
moratórios. Em face da abusividade na cobrança dos encargos de
normalidade, evidenciada está a descaracterização da mora, em
consonância com o entendimento do STJ. Pedido de vedação da inscrição
do nome do devedor nos cadastros restritivos de crédito. Questão que
somente não foi apreciada pelo julgador a quo porque o entendimento
naquele grau de jurisdição foi no sentido de que as alterações havidas
não descaracterizariam a mora, circunstância esta alterada pela decisão
de segundo grau. Pedido de vedação de inscrição em cadastros restritivos
de crédito que se impõe seja deferido. Apelação parcialmente provida.
(TJRS; AC 0468163-69.2014.8.21.7000; Vacaria; Décima Segunda Câmara
Cível; Rel. Des. Guinther Spode; Julg. 13/08/2015; DJERS 18/08/2015)
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capitalização mensal pretendida. Segundo o STJ: a previsão legal específca
autorizando a capitalização em periodicidade diversa da semestral nas
cédulas de crédito rural, industrial e comercial (art. 5º do Decreto-Lei nº
167/67 e art. 5º do Decreto-Lei nº 413/69). Assim, a MP 2.170-36/2001
não interfere na defnição da periodicidade do encargo nesses títulos,
regulando apenas os contratos bancários que não são regidos por Lei
específica. (TJMS; Rec. 0001236-70.2007.8.12.0021; Três Lagoas; Terceira
Câmara Cível; Rel. Des. Eduardo Machado Rocha; DJMS 11/02/2015; Pág.
14)
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STJ, Súmula 176 - É nula a cláusula que sujeita o devedor à taxa de juros
divulgada pela ANDIB/CETIP.
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apelação constitui afronta ao princípio da estabilidade objetiva da
demanda. Preliminar de inépcia da petição inicial. A petição inicial
preencheu os requisitos do art. 282 do CPC. Importa vencimento de
cédula de crédito rural independentemente de aviso ou interpelação
judicial ou extrajudicial, a inadimplência de qualquer obrigação
convencional ou legal do emitente do título ou, sendo o caso, do terceiro
prestante da garantia real (art. 11 do Decreto-Lei n. 167/1967). Preliminar
rejeitada cláusula abusiva. Certificados de depósito interbancário - CDI.
Vedada a incidência do CDI como indexador. Inteligência da Súmula nº
176 do STJ. Descaracterização da mora. O reconhecimento da abusividade
contratual implica descaracterização da mora. Excesso de execução. A
revisão de cláusulas abusivas da cédula de rural pignoratícia que embasa
a execução não acarreta iliquidez do título executado, porquanto possível
a adequação do valor da execução ao montante apurado nestes
embargos. Ônus da sucumbência. Se cada litigante for em parte vencedor
e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e
compensados entre eles os honorários e as despesas. Manutenção da
distribuição dos ônus da sucumbência definidos na sentença. Apelação
dos embargantes parcialmente provida. Apelação do embargado
desprovida. (TJRS; AC 0417426-62.2014.8.21.7000; Tapejara; Décima
Nona Câmara Cível; Rel. Des. Marco Antonio Angelo; Julg. 11/06/2015;
DJERS 16/06/2015)
Nesse sentido:
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CONTRATOS DE CÉDULA DE CRÉDITO. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.
SÚMULA Nº 472/STJ. JUROS REMUNERATÓRIOS SUPERIORES A 12%.
VEDAÇÃO.
Não é autorizada a cobrança da comissão de permanência no contrato de
cédula de crédito comercial, qualquer que seja o percentual, pois a
norma, em seu art. 5º, parágrafo único, do Decreto-Lei nº 413/1969,
prevê apenas a cobrança de juros remuneratórios, moratórios e multa
para o inadimplemento As cédulas de crédito rural, comercial e industrial
estão regidas por normas específicas que outorgam ao Conselho
Monetário Nacional (CMN) a função de estabelecer a taxa de juros a ser
praticada nestas espécies de crédito bancário, de modo que, não havendo
deliberação do CMN, incide a limitação de 12% ao ano, conforme
previsão do Decreto nº 22.626/33 Deve ser do requerido o ônus relativo a
custas e honorários advocatícios se a parte autora decaiu da parte
mínima do pedido. (TJMG; APCV 1.0686.12.011614-6/001; Rel. Des.
Cabral da Silva; Julg. 23/02/2016; DJEMG 04/03/2016)
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para fixar a taxa de juros e ante a sua inércia em fazê-lo, incide a limitação
de 12% ao ano prevista no artigo 1º do Decreto nº 22.626/33. No caso, os
juros são inferiores à referida taxa. Tratando-se de cédula de crédito rural,
comercial e industrial, pacífico o entendimento quanto à admissibilidade
da capitalização mensal dos juros, desde que haja prévia pactuação nesse
sentido, consoante a Súmula nº 93, do Superior Tribunal de Justiça.
Afastaram a preliminar e negaram provimento ao apelo. Unânime. (TJRS;
AC 0451207-41.2015.8.21.7000; Cachoeira do Sul; Vigésima Câmara Cível;
Relª Desª Walda Maria Melo Pierro; Julg. 24/02/2016; DJERS 03/03/2016)
“ENCARGOS DE INADIMPLEMENTO:
1 – Ocorrendo impontualidade no pagamento ( . . . ) passarão a incidir os
encargos pactuados na cláusula Encargos Financeiros, acrescidos de juros
de mora de 12% a.a.(doze por cento ao ano), calculados aditivamente.
( destacamos )
A propósito:
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JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA.
Inocorrência. Elementos dos autos que são suficientes para a análise de
todas as questões postas pelas partes. Instrução probatória que se
destina ao convencimento do juiz, cabendo-lhe decidir sobre a
pertinência e utilidade da sua produção. Possibilidade de o julgador
reconhecer a ilegalidade das cláusulas abusivas, sem se ater
necessariamente à perícia contábil. PRELIMINAR REJEITADA. CÉDULA DE
CRÉDITO INDUSTRIAL. JUROS REMUNERATÓRIOS. Revisão contratual.
Possibilidade. Nulidade de todo o contrato não demonstrada. Juros
remuneratórios. Aplicação do art. 5º, caput, do DL 413/69. Inexistência de
prévia fixação pelo Conselho Monetário Nacional dos juros a serem
praticados. Incidência da limitação de juros de 12% ao ano, aludida no
Decreto nº 22.626/33. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO NESTE
TÓPICO. CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE
JUROS. POSSIBILIDADE. As cédulas de crédito rural, comercial e industrial
admitem a capitalização dos juros em periodicidade mensal, desde que
pactuada nos contratos celebrados após 31/03/2000 (MP nº 2.170-
36/2001). Súmula nº 93 do STJ. Possibilidade de capitalização mensal no
caso em tela. RECURSO DESPROVIDO NESTE TÓPICO. CÉDULA DE CRÉDITO
INDUSTRIAL. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. INADMISSIBILIDADE.
Considerando que a Cédula de crédito industrial tem regramento próprio,
é inadmissível a comissão de permanência para o período de
inadimplemento, ainda que pactuada. Precedentes do c. STJ. Cálculo do
débito que deve ser refeito, incidindo, para o período da mora, somente
os juros moratórios no índice pactuado para os juros remuneratórios,
eleváveis de 1% ao ano e multa de 2%. RECURSO PROVIDO NESTE
TÓPICO. (TJSP; APL 0003435-93.2011.8.26.0002; Ac. 9182548; São Paulo;
Vigésima Terceira Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Sérgio Shimura;
Julg. 17/02/2016; DJESP 02/03/2016)
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL.
ESCRITURA PUBLICA DE COMPOSIÇÃO E CONFISSÃO DE DÍVIDA
DECORRENTE DA CÉDULA RURAL. NOTAS DE CRÉDITO INDUSTRIAL.
INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO PACTA SUNT SERVANDA.
LIMITAÇÃO DA TAXA DE JUROS REMUNERATÓRIOS A 12% AO ANO.
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA AFASTADA. JUROS MORATÓRIOS
PREVISTO NOS DECRETOS-LEI ESPECÍFICOS. 1% AO ANO. PEDIDO DE
DESCARACTERIZAÇÃO NEGADO.
Resp nº 1.061.530/rs, relatora ministra nancy andrighi, submetido ao
regime dos recursos repetitivos, firmou posicionamento no sentido de
que o reconhecimento da abusividade nos encargos exigidos no período
da normalidade contratual (juros remuneratórios e capitalização)
descaracteriza a mora. Caso dos autos que reconheceu a abusividade nos
juros remuneratórios. Sentença mantida. Recurso conhecido e improvido.
(TJSE; AC 201500713115; Ac. 11971/2015; Primeira Câmara Cível; Rel.
Des. Osório de Araujo Ramos Filho; Julg. 27/07/2015; DJSE 31/07/2015)
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destacando-se que essa é limitada a 2%(dois por cento) sobre a eventual
dívida em aberto.
Nesse sentido:
( g ) - DA AUSÊNCIA DE MORA
CÓDIGO CIVIL
Art. Art. 394 - Considera-se em mora o devedor que não efetuar o
pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma
que a lei ou a convenção estabelecer.
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Art. 396 - Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não
incorre este em mora
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APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO
REVISIONAL. CONTRATOS BANCÁRIOS. CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR.
Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos negócios jurídicos
firmados entre os agentes econômicos, as instituições financeiras e os
usuários de seus produtos e serviços (enunciado nº. 297 da Súmula do
STJ). Juros remuneratórios: Aos contratos de abertura de crédito pessoal
consignado e garantia de fiança vai mantida a taxa de juros contratada,
pois não demonstrada a abusividade. Sentença mantida, no ponto.
Capitalização: Possível a capitalização mensal dos juros, a partir da
vigência da medida provisória nº 1.963-17/00, reeditada pela medida
provisória nº 2.170-36/01. Possível a capitalização mensal. Comissão de
permanência e encargos moratórios: Permitida, quando contratada,
desde que não cumulada com correção monetária e demais encargos
moratórios e remuneratórios. O montante exigido como comissão de
permanência não poderá ser superior à soma dos encargos moratórios e
remuneratórios previstos na avença (RESP. Nº. 1.058.114/RS). Não
incidente a comissão de permanência, viável, no caso, a cobrança de juros
moratórios de 1% ao mês, multa de 2%, além de correção monetária.
Correção monetária. Juros de mora: Deve o juiz ficar atrelado aos pedidos
e causa de pedir formulados na inicial. O pedido de aplicação do INPC
como índice de correção, trata-se, portanto de inovação recursal, assim
como a fixação de juros de mora em 1% ao ano. Apelo da parte autora
não conhecido, no ponto. Tarifas da contratação: Nos termos do
assentado pelo Superior Tribunal de Justiça quando do julgamento do
RESP 1.251.331-RS, a cobrança de tais tarifas (tac e tec) é permitida
somente nos contratos celebrados até 30.04.2008. No caso em liça, resta
vedada a sua incidência, já que os contratos em discussão são posteriores
a tal data. Repetição do indébito/compensação: Na forma simples.
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Prescinde-se da prova do erro. Autorizada a compensação. Mora: A
caracterização da mora poderá ocorrer, pois não averbadas como
abusivas ou ilegais as cláusulas da normalidade (juros remuneratórios
e/ou capitalização), segundo orienta o Recurso Especial nº 1.061.530/RS.
Mora caracterizada. Tutela antecipada: A inscrição somente se dará desde
que tenha correspondência entre o mérito da lide com a
descaracterização da mora em cláusulas de normalidade (juros
remuneratórios e/ou capitalização), em observância ao RESP 1.061.530-
RS. Possível a inscrição. Quanto ao depósito judicial, inadmissível impor à
instituição bancária receber valor estipulado unilateralmente pela parte
autora. Quanto ao pedido de limitação de desconto em folha, improcede
o pedido da parte, já que não há elementos objetivos nos autos que
demonstrem ofensa a limitação de 30% sobre a renda bruta da parte
autora. Pedido improvido sucumbência: Ônus mantidos, em que pese a
parcial procedência do pedido, face maior decaimento da parte apelante.
Deram p (TJRS; AC 0377691-85.2015.8.21.7000; Tramandaí; Décima Nona
Câmara Cível; Rel. Des. Eduardo João Lima Costa; Julg. 25/02/2016; DJERS
03/03/2016)
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às orientações advindas do c. Superior Tribunal de Justiça, afasta a mora do
devedor.
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“. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é vista como
requisito, no sentido de que a parte deve demonstrar, no mínimo, que o
direito afirmado é provável (e mais se exigirá, no sentido de se
demonstrar que tal direito muito provavelmente existe, quanto menor for
o grau de periculum. “ (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo código de
processo civil comentado ... – São Paulo: RT, 2015, p. 472)
(itálicos do texto original)
POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Revisional, o Autor expressa o desejo que
Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
3.1. Requerimentos
43
( i ) O Autor opta pela realização de audiência conciliatória
(CPC, art. 319, inc. VII), razão qual requer a citação da
Promovida, por carta (CPC, art. 247, caput) para comparecer
à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334,
caput c/c § 5º), devendo, antes, ser analisado o pleito de tutela
de urgência;
3.2. Pedidos
43
( c ) que os juros remuneratórios sejam limitados a 12%
a.a.(doze por cento ao ano), excluindo, também, a CDI
como indexador, substituindo-a pelo INPC ou IGP-M;
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proveito econômico obtido pelo Autor ou, não sendo
possível mensurá-los, sobre o valor atualizado da
causa (CPC, art. 85, § 2º).
Fulano de Tal
Advogado – OAB/PR 112233
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