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Direito Constitucional | Material Complementar

Professor Cristiano Lopes

Nacionalidade – Parte II

Espécies de naturalização

Naturalização Ordinária
Tem-se, aqui, a naturalização ordinária, concedida aos estrangeiros que cumpram os requisitos descritos em
lei. No caso daqueles originários de países de língua portuguesa, o processo de naturalização é facilitado, sendo
apenas exigidos dois requisitos: residência no Brasil por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Nas hipóteses da
alínea “a” do inciso II, vale a pena destacar, o mero cumprimento dos requisitos não assegura ao estrangeiro a
nacionalidade brasileira. A concessão desta é ato discricionário do Chefe do Poder Executivo, ou seja, depende de
uma análise quanto à conveniência e à oportunidade por parte deste. Assim, cumpre destacar:
 Aos estrangeiros originários de países de língua portuguesa se exige apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;
 Portugueses que possuírem residência permanente no Brasil, havendo, ainda, reciprocidade, em
Portugal, em favor dos brasileiros;

Naturalização Extraordinária
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Observe-se, entretanto, que a simples satisfação dos requisitos não assegura a nacionalização do
estrangeiro, uma vez que a concessão da nacionalidade é ato discricionário do Poder Executivo. Mas, o STF já
decidiu que, preenchidos os requisitos constitucionais, o estrangeiro possui direito subjetivo à naturalização, não
podendo o Poder Executivo negar-se a conceder.
Não obstante, somente a Constituição Federal pode estabelecer distinções no tratamento dado aos
brasileiros natos e naturalizados, conforme prevê o art. 12, §2º, da CRFB/88.
Cargos privativos de brasileiros natos
art , , da , esta elece que lei não poder esta elecer distin ão entre rasileiros natos e
naturali ados, salvo nos casos previstos na pr pria onstitui ão este sentido, s a onstitui ão pode esta elecer
distin ão entre rasileiros natos e naturali ados, amais a lei ma dessas distin es di respeito ocupa ão de
alguns cargos, conforme veremos a seguir.
O art. 12, §3º, da CRFB/88 traz em suas linhas os cargos privativos de brasileiros natos, que são: Ministro do
Supremo Tribunal Federal; Presidente e Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; Ministro de Estado da Defesa.
Entretanto, não são apenas esses cargos que são privativos de brasileiros natos, como veremos a seguir.
Para ser senador ou deputado não precisa ser brasileiro nato, basta ser brasileiro (nato ou naturalizado), o
que não pode é ocupar a presidência das casas legislativas porque tais cargos substituem o Presidente da República
em alguns casos específicos previstos na Carta Magna.
Ministro do Supremo Tribunal Federal

Presidente e Vice-Presidente da República


CARGOS PRIVATIVOS DE
BRASILEIROS NATOS

Presidente da Câmara dos Deputados

Presidente do Senado Federal

Carreira diplomática

Oficial das Forças Armadas

Ministro de Estado da Defesa

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Ainda, para composição do conselho da república, somente brasileiros natos podem ser indicados como
representantes dos cidadãos, nos termos do art. 89, VII, da CRFB/88. É, também, assim, privativo de brasileiro nato o
cargo de Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), como previsto no art. 123, da CRFB/88. Da mesma forma, só
poderá ocupar o cargo de Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, aquele que for brasileiro nato, conforme o art.
119, parágrafo único, da CFRB/88.
Não sendo, portanto, diferente com o Presidente do Conselho Nacional de Justiça, cargo que será ocupado
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, consequentemente, brasileiro nato, de acordo com o art. 103-B, §1º,
da CRFB/88.

Perda da nacionalidade
e acordo com o art , ,da , ser declarada a perda da nacionalidade do rasileiro que tiver
cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional ou
adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
 de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
 de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
A perda da nacionalidade brasileira, somente pode ocorrer nas hipóteses taxativamente definidas na
Constituição Federal, não se revelando lícito, ao Estado brasileiro, seja mediante simples regramento legislativo, seja
mediante tratados ou convenções internacionais, inovar nesse tema, quer para ampliar, quer para restringir, quer,
ainda, para modificar os casos autorizadores da privação – sempre excepcional – da condição político-jurídica de
nacional do Brasil.
Embora o brasileiro nato nunca possa ser extraditado, ele pode perder a nacionalidade (deixar de ser
brasileiro nato) em algumas hipóteses, que podem ocorrer de maneira necessária ou voluntária.
O brasileiro nato perde a nacionalidade brasileira quando opta voluntariamente por adquirir outra
nacionalidade (art. 12, §4º, II, caput, da CRFB/88). Contudo, não perde a nacionalidade quando há o
reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou há imposição unilateral, como condição de
permanência ou para exercer direitos civis em Estado estrangeiro (art , , II, “a” e “ ”, da )
No que concerne ao brasileiro naturalizado este pode perder a nacionalidade brasileira quando esta for
cancelada por sentença judicial, transitada em julgado, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional (art.
12, §4º, I, da CRFB/88).

FIQUE LIGADO!!!
para co rirmos qualquer surpresa na prova, pe o que leia o art , transcrito a seguir
Art. 13. língua portuguesa o idioma o icial da ep lica ederativa do rasil
§ 1o – São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2o – Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

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