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ÍNDICE

ANÁLISE DA RETA ________________________________________________________ 3


DEBATES SOBRE CONJUNTURA BRASILEIRA ______________________________ 4
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA III ____________________________ 5
ECONOMIA COMPARTILHADA ____________________________________________ 7
ECONOMIA DA CORRUPÇÃO _____________________________________________ 10
ECONOMIA DA ENERGIA_________________________________________________ 12
ECONOMIA DA TECNOLOGIA ____________________________________________ 15
ECONOMIA DE EMPRESAS _______________________________________________ 17
ECONOMIA DO BEM-ESTAR SOCIAL ______________________________________ 19
ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL __________________ 25
ECONOMIA E FILOSOFIA _________________________________________________ 28
FINANÇAS E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ________________________________ 32
GLOBALIZAÇÃO, TECNOLOGIA E EMPREGO _____________________________ 35
INTRODUÇÃO À ECONOMIA DO SETOR ELÉTRICO _______________________ 41
INTRODUÇÃO A EXTENSÃO ______________________________________________ 48
MACRODINÂMICA _______________________________________________________ 51
MACROECONOMIA DE KEYNES E DOS PÓS-KEYNESIANOS _______________ 53
MATEMÁTICA FINANCEIRA COM HP 12C E O EXCEL ______________________ 54
MICROECONOMETRIA ___________________________________________________ 56
TEORIA DA POLÍTICA MONETÁRIA _______________________________________ 58
TÓPICOS EM ECONOMIA BRASILEIRA I: __________________________________ 61
CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL
NAS REFLEXÕES DE CELSO FURTADO E DA TEORIA DA DEPENDÊNCIA” _ 61
TÓPICOS ESPECIAIS EM FINANÇAS PÚBLICAS ____________________________ 66
TÓPICOS EM HISTÓRIA FINANCEIRA _____________________________________ 68
UMA HISTÓRIA DA ECONOMIA MUNDIAL PÓS-GUERRA FRIA: 1991 – 2016 _ 69
Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
HORÁRIO DAS ELETIVAS

NOME DA DISCIPLINA CÓDIGO HORÁRIO PROFESSOR


Análise da Reta IEE417 2ª - 7:30/11:00 Rolando Gárciga
Margarida Gutierrez &
Debates sobre Conjuntura Brasileira IEE527 3ª/5ª - 11:10/12:50 Francisco Eduardo
Pires
Economia Brasileira Contemporânea III IEE506 4ª/6ª - 11:10/12:50 Eduardo Bastian
Economia Compartilhada IEE504 2ª - 7:30/11:00 Dália Maimon
Economia da Corrupção IEE234 2ª/4ª - 20:20/22:00 Fábio Sá Earp
Economia da Energia IEE530 6ª - 18:30/22:00 Helder Queiroz
Maria da Graça
Economia da Tecnologia IEE415 2ª/4ª - 11:10/12:50
Fonseca
Economia de Empresas IEE365 6ª - 18:30/22:00 Júlia Paranhos
Economia do Bem Estar Social IEE610 3ª/5ª - 11:10/12:50 Lena Lavinas
Economia e Desenvolvimento Regional e
IEE411 2ª - 7:30/11:00 Marcelo Matos
Local
Economia e Filosofia IEE539 3ª/5ª - 11:10/12:50 Angela Ganen

Finanças e Estratégias Empresariais IEE540 2ª/4ª - 20:20/22:00 Luiz Martins


Globalização, Tecnologia e Emprego IEE366 2ª/4ª - 11:10/12:50 Marília Marcato
Introdução a Economia do Setor Elétrico IEE514 2ª/4ª - 11:10/12:50 Nivalde Castro
Introdução a Extensão IEEZ60 3ª - 16:40/18:20 Alexandre Freitas
Introdução a Extensão IEEZ60 4ª - 16:40/18:20 Alexandre Freitas
Maria Isabel Busato &
Macrodinâmica IEE602 6ª - 18:30/22:00
Esther Dweck
Macroeconomia de Keynes e dos Pós-
IEE537 2ª/4ª - 20:20/22:00 João Sicsú
Keynesianos
Matemática Financeira com Excel e HP IEE624 2ª/4ª - 11:10/12:50 Ary Vieiras Barradas
Microeconometria IEE423 6ª - 18:30/22:00 Romero Rocha
Teoria da Política Monetária IEE367 3ª/5ª - 11:10/12:50 Antonio Licha
Tópicos em Economia Brasileira I:
Construção da Nação e Desenvolvimento
IEE126 4ª/6ª - 11:10/12:50 Wilson Vieira
Econômico no Brasil nas reflexões de Celso
Furtado e da Teoria da Dependência
Tópicos Especiais em Finanças Públicas IEE605 2ª - 7:30/11:00 Fernando Lopes
Tópicos Especiais em História Financeira IEE525 2ª/4ª - 20:20/22:00 Fernando Carlos Lima
Uma História da Economia Mundial Pós-
IEE506 4ª/6ª - 11:10/12:50 Luiz Carlos Prado
Guerra Fria: 1991 - 2016

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ANÁLISE DA RETA
Código da disciplina: IEE417
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito(s): Não tem
Prof.: Rolando Gárciga (rgarciga@ie.ufrj.br)
2ª - 07:30/11:00
Nº da turma no SIGA: 9511

PROGRAMA
Indução matemática;
Propriedades básicas dos números reais;
Limite de uma sequência;
Séries de números reais;
Convergência absoluta e condicional;
Principais testes de convergência de séries;
Noções de topologia na reta;
Funções contínuas; operações;
Teorema do valor intermediário;
Teorema de Weierstrass sobre extremos de funções contínuas;
Continuidade uniforme;
Derivada num ponto;
Regra da cadeia;
Relação entre derivada e crescimento;
Teorema do valor médio;
Funções convexas;
Funções integráveis;
Teorema fundamental do cálculo;
Mudança de variável;
Integração por partes;
Teorema da média; e
Fórmula de Taylor.

REFERÊNCIAS
LIMA, E. L. - Análise Real, Vol. 1, Rio de Janeiro, IMPA. Coleção Matemática
Universitária, 1999.
LIMA, E. L. - Curso de Análise, Vol.1, Rio de Janeiro, IMPA, Projeto Euclides, 1989.
LANG, S. - Analysis I, Reading, Mass., Addison-Wesley, 1968.
RUDIN, W. - Principles of Mathematical Analysis. 2nd ed., New York, McGraw-Hill,
1964.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
DEBATES SOBRE CONJUNTURA BRASILEIRA
Código da disciplina: IEE527
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: não tem
Profs.: Francisco Eduardo Pires de Souza (fepsouza@ie.ufrj.br) & Margarida Gutierrez
(margarida@coppead.ufrj.br)
3ª/5ª - 11:00/12:50
Nº da turma no SIGA: 6742

PROGRAMA
1. Panorama Macro: Mundial e Brasil
2. Principais Fontes de Informação
3. Técnicas em Análise da Conjuntura
4. Noções Básicas de Políticas Macroeconômicas
5. Nível de atividade
6. Mercado de trabalho
7. Setor Público e Política Fiscal
8. Juros, Crédito e Política Monetária
9. Inflação
10. Setor Externo e Política Cambial

BIBLIOGRAFIA
Macroeconomia Executivos Teoria e Prática no Brasil, Giambiagi e Schmidt, Ed
Elsevier.
Guia de Análise da Economia Brasileira, Kopschitz, Estêvão, Ed. Fundamento.
Outros artigos serão indicados ao longo do curso.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA III
Código da disciplina: IEE508
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Formação Econômica do Brasil
Prof.: Eduardo Bastian (eduardobastian@yahoo.com.br)
4ª/6ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 8833

OBJETIVO
O curso tem por objetivo discutir os principais temas da economia brasileira
desde o Plano Real (1994) até os dias atuais. Neste contexto, serão analisados – a partir
de diferentes interpretações – temas como, por exemplo, política monetária, política
fiscal, setor externo, indústria e energia. O curso enfatizará o período mais recente que
compreende os dois governos Lula (2003-2010) e os dois governos de Dilma Rousseff
(2011-2016).

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1 – Antecedentes
2 – Plano Real e FHC I
3 – FHC II e mudança no regime macroeconômico
4 – Governo Lula
4.1 – Grandes números e visão geral do período 2003-2010
4.2 – Visão favorável
4.3 – Visões desfavoráveis
5 – Questões contemporâneas:
5.1 – Pq o Brasil cresce pouco?
5.2 – Política Monetária
5.3 – Política Fiscal e Setor Externo
5.4 –Desindustrialização
5.5 – Questão energética
5.6- Mercado de Trabalho

BIBLIOGRAFIA (PRELIMINAR)
Almeida, E. e Bicalho, R. (2014). A nova energia no Brasil, in Sá-Earp e outros.
Gentil, D. e Araújo, V.L. (2014). "Dívida pública e passivo externo: onde está a
ameaça?", in Sá-Earp e outros.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Giambiagi, F. ; Castro, L.B.; Herrman, J.; Villela, A. (2011). Economia brasileira
contemporânea. RJ: Campus. (capítulos 6,7 e 8)
Gonçalves, R. (2014). "Balanço crítico da economia brasileira nos governos do Partido
dos Trabalhadores", in Sá-Earp e outros.
Moceiro, P. c. (2012). Desindustrialização na economia brasileira no príodo 2000-
2011. SP:Cultura Acadêmica.
Modenesi, A. (2014). "Política monetária e combate à inflação", in Sá-Earp e outros.
Modenesi, A.; Modenesi, R.L. (2012). “Quinze Anos de Rigidez Monetária no Brasil
pós-Real; uma agenda de pesquisa”. Revista de Economia Política , vol. 32, n.3.
Modenesi, A. (2005). Regimes Monetários: teoria e a experiência do Real. Barueri:
Manole. (cap.5)
Pastore, A.C.; Pinotti, M.C.(2013). “A Armadilha do Baixo Crescimento”. In: Reis
Velloso, J.P.(coord.) “Transformando Crise em Oportunidade: como o Brasil fez na
Grande Depressão (anos 30) e na Crise do Petróleo (1973/83). Fórum Nacional, INAE,
Rio de Janeiro.
Reis, C.B.; Gomes de Almeida, J.S.(2014). A inserção do Brasil nas cadeias globais de
valor comparativamente aos BRICS. Texto para Discussão 233, Instituto de Economia,
Unicamp.
Sá-Earp, F., Bastian, E.F. e Modenesi, A. (orgs.) (2014). Como vai o Brasil? Imã/IE-
UFRJ.
Sabóia, J. e Halack Neto, J. (2014). "A distribuição funcional da renda e sua reversão a
partir de meados da década de 2000", in Sá-Earp e outros.
Serrano, F. e Summa, R. (2014). "Notas sobre a desaceleração rudimentar da economia
brasileira', in Sá-earp e outros.
Serrano, F. e Summa, R. (2012). “Macroeconomic Policy, Growth and Income
Distribution in the Brazilian Economy in the 2000s”. Investigación Económica, vol.
LXXI, 282.
Simonsen, M.H. (1995). 30 Anos de Indexação. Rio de Janeiro: Editora FGV. (cap. 10)

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA COMPARTILHADA
Código da disciplina: IEE504
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Não tem
Profa.: Dalia Maimon (dalia@ie.ufrj.br)
2ª- 07:30/11:00
Nº da turma no SIGA: 6744

PROGRAMA
1. Evolução do Conceito de Economia Compartilhada
1.1. Economia Colaborativa
1.2. Economia Compartilhada
2. Fatores de expansão da Economia Compartilhada
2.1 sociais
2.2 econômicos
2.3 tecnológicos
3. Sistemas de consumo compartilhado
3.1 crowdsourcing,
3.2 crowdfunding,
3.3 crowdlearning,
3.4 couchsurfing
3.5 coworking.
3.6 coliving
4.Economia Compartilhada enquanto modelo de Negócio
4.1 Peers to Peers,
4.2 business to Peers
4.3 Plataformas de compartilhamento
4.4 Estratégias de marketing em ambiente de compartilhamento
5. Economia Compartilhada e emprego
6. Economia Compartilhada nos PDs e PEDs
7. Estudos de Caso de Economia Compartilhada no Brasil

BIBLIOGRAFIA
BARDHI, F.; ECKHARDT, G.M. Access-based consumption: the case of car sharing.
Journal of Consumer Research, v. 39, n. 4, p. 818-98, 2012.
BELK, R. You are what you can access: Sharing and collaborative consumption online.
Journal of Business Research, v. 67, p. 1595-1600, 2014.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
BENBASAT, I; GOLDSTEIN D. A; MEAD, M. The case research strategy in studies
of information system. MIS Quartery, p. 369-386, 1987.
BENKLER, Y. The wealth of networks: How social production transforms markets and
freedom. New Haven: Yale University Press, 2006.
BLIIVE. Disponível em: http://bliive.com. Acesso em: 27 Fev. 2015.
BOTSMAN, R; ROGERS, R. O que é meu é seu: Como o consumo coletivo está
mudandoo nosso mundo. Porto Alegre: Bookman, 2011.
BOTSMAN; ROGERS, desenvolvimento da economia compartilhada deve-se à
conjunção de fatores,
2011).https://www.ted.com/talks/rachel_botsman_the_case_for_collaborative_consumption
BUCZYNSKI, B. Sharing is good: How to save money, time and resources through
collaborative consumption. Gabriola Island, Canada: New Society Publishers, 2013.
CASADESUS-MASANELL, R.; RICART, J. E. From strategy to business models and
ontotactics. Long range planning, v. 43, n. 2, p. 195-215, 2010.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2013.
CHASE, R.Economia Compartilhada. Como Pessoas e Plataformas da Peers Inc. Estão
Reinventando o Capitalismo.HSM; Edição: 1ª,2016.
CHASE, R.Peers Inc.Headline,2015.
CUSUMANO, M.A. Technology strategy and management: how traditional firms must
compete in the sharing economy. Communications of the ACM, v. 58, n.1, p. 32 - 34, 2015.
GANSKI, Lisa Mesh. Porque O Futuro Dos Negócios É Compartilhar, Alta Books,2012.
MAIMON, D. Consumo Colaborativo mimeo, 2016.
Vilanova, A. MODELOS DE NEGÓCIO NA ECONOMIACOMPARTILHADA: UMA
INVESTIGAÇÃO MULTI-CASO.

SITES
Lima, V. Dividir Ao Invés de Compartilhar. Ago/2016. Disponível em:
<http://negociosemmovimento.blogspot.com.br/2016/08/dividir-ao-inves-de-
acumular.html>. Acesso em 16 de novembro de 2016.
Krupinsk, C. Entendendo A Economia Colaborativa E Economia Compartilhada. 2014.
Disponível em <http://consumocolaborativo.cc/entendendo-a-economia-colaborativa-e-
economia-compartilhada/>. Acessado em 16 de novembro de 2016.
Basílio, A. Empreendedores Descobrem O Consumo Colaborativo, Jan/2013.
Disponível em:

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
<http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/noticia/2012/10/empreendedores-
descobrem-o-consumo-colaborativo.html>. Acessado em 20 de novembro de 2016.
Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre Consumo colaborativo ou
participativo: um modelo de desenvolvimento sustentável para o século XXI (parecer de
iniciativa). Jornal Oficial da União Europeia, 2014. Disponível em: <http://eur-
lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A52013IE2788>
Economia Comparada em U.E. Dados comparados. Consumo Colaborativo.
Disponível em: <http://www.consumocolaborativo.com/2016/08/23/economia-
colaborativa-en-ue-datos-comparados/>
Consumo colaborativo ganha força e combate o desperdício em Berlim. G1. Disponível
em: <http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2016/06/consumo-colaborativo-ganha-
forca-e-combate-o-desperdicio-em-berlim.html>
A cultura do consumo colaborativo na Alemanha. Mundo Sustentável. Disponível em:
<http://www.mundosustentavel.com.br/2016/06/a-cultura-do-consumo-colaborativo-na-
alemanha/>
Economia colaborativa revoluciona Amsterdã. Revista EXAME. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/economia/economia-colaborativa-revoluciona-amsterda/> 19
http://economiadocompartilhamento.com.br/os-10-melhores-livros-economia-
compartilhada/

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA DA CORRUPÇÃO
Código da disciplina: IEE234
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Não tem
Prof.: Fabio Sa Earp (fsaearp@gmail.com)
2ª/4ª - 20:20/22:00
Nº da turma no SIGA: 8537

OBJETIVO
O objetivo do curso é apresentar a microeconomia da corrupção, a partir da
proposta de Rose-Ackerman (1978) e aplicá-la a alguns casos históricos, com destaque
para os recentes escândalos ocorridos no Brasil.

EMENTA
1. O campo da economia da corrupção
. a definição do objeto
2. Casos de sucesso e fracasso no controle da corrupção
. um caso de sucesso: a Suécia
. dois casos opostos: Cingapura e Jamaica
3. Microeconomia da corrupção
. o paradigma do campo: a visão da escolha pública
. críticas contemporâneas
. corrupção dos setores público e privado
4. A mensuração da corrupção no mundo
. os índices da Transparência Internacional e sua crítica
5. A corrupção e seu combate no Brasil
. o problema do presidencialismo de coalizão
. constituição e fortalecimento das instituições de accountability
. o problema dos estados e municípios
. como se frauda uma licitação
. nem tudo acaba em pizza: casos de mudança ( Mensalão e Lava-jato)

BIBLIOGRAFIA
. Garcia, Wander e Flumian, Renan (2015). Dr. Corrupção. Como ser eleito, manter-se
no poder e ganhar muito dinheiro com a política. SP: ArtemVindem.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
. Graeff, Eduardo (2011). Corruption in Brazil: from Sarney to Lula. São Paulo: Edição
do autor.
. Heywood, Paul M. [ed.]. (2015) Routledhe handbook of political corruption. London:
Routledge.
. Lambsdorf, Johann G. (2005).The methodology of the 2005 Corruption Perception
Index.Transparency International e University of Passau.
. Loureiro, M.R., Abrucio, F.L. e Pacheco, R.S. [orgs.](2014). Burocracia e política no
Brasil. Rio de Janeiro: FGV Editora.
. Myint, U (2000). “Corruption: Causes, consequences and cures”. Asian-Pacific
Development Journal.Vol.7, nº 2.
. Olken, Benjamin A. (2005). Corruption perceptions vc. Corruption reality.The World
Bank.
. Power, T. J. e Taylor, M.M. [eds.] (2011).Corruption and democracy in Brazil. Notre
Dame: University of Indiana Press.
. Rose-Ackerman, Susan (1978). Corruption: a study in political economy. New York:
Academic Press.
. Rothstein, Bo (2011). The quality of government.Corruption, Social trust and
inequality in international perspective. Chicago, The University of Chicago Press.
. Teorell, J. eRothstein, B. (2012). Getting to Sweden.Malfeasance and bureaucratic
reforms, 1720-1850.The Quality of Governance Institute, Working paper 2012:18.
. Transparency International (2009).Global corruption report 2009 – Corruption and
the private sector.Transparency International.
.Transparency International (2014).Corruption Perception Index 2014.Transparency
International.
. Wallin, Claudia (2014). Um país sem excelências e mordomias. São Paulo: Geração
Editorial.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA DA ENERGIA
Código da disciplina: IEE530
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Teoria Microeconômica I
Prof.: Helder Queiroz (helder@ie.ufrj.br)
6ª- 18:30/22:00
Nº da turma no SIGA: 6745

OBJETIVO
A energia é essencial para a organização econômica e social de todos os países.
A produção e o consumo de energia reúnem características técnicas e econômicas
peculiares, com conseqüências para o processo de transformação dos recursos
energéticos e sobre o meio-ambiente. Por estas razões, os problemas energéticos
ocupam um papel de destaque no processo de definição das estratégias empresariais e
na agenda de políticas governamentais.
Esse curso visa apresentar de forma estruturada os principais instrumentos de
análise de Economia da Energia, sendo orientado para a apresentação de três tópicos
principais: i) os fundamentos econômicos que contribuem à compreensão da dinâmica
do setor energético; ii) a evolução histórica das principais indústrias de energia e iii) as
diferentes formas de organização industrial e institucional do setor de energia.
Assim, o curso pretende, por um lado, oferecer uma formação teórica e aplicada
das principais questões econômicas das indústrias energéticas. Nesse sentido, serão
destacados aspectos ligados à estrutura industrial e ao papel do Estado nos setores
elétrico, de petróleo e de gás. Serão privilegiados os problemas de formação de preços,
decisões de investimentos e princípios de regulação setorial.
Por outro lado, buscar-se-á capacitar o aluno para a compreensão das diferentes
dimensões econômica, política, social e institucional que envolvem as questões
energéticas, bem como entender as relações geopolíticas e as políticas energéticas de em
diferentes países.

ESTRUTURA DO CURSO
1. ENERGIA E ECONOMIA
1.1. ESTRUTURA DE PRODUÇÃO E DE CONSUMO DE ENERGIA: BALANÇO
ENERGÉTICO
1.2. ENERGIA E CRESCIMENTO ECONÔMICO: MODELOS DE PREVISÃO DA
DEMANDA E O CONCEITO DE INTENSIDADE ENERGÉTICA

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
2. INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E DERIVADOS:
2.1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICO-ECONÔMICAS E ESPECIFICIDADES
2.2. EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA
a) Conceito de Renda Petrolífera
b) A importância da Integração Vertical e Internacionalização das Atividades
c) A dimensão Geopolítica
d) A expansão da Indústria: Standard Oil, cartel das Sete Irmãs e Formação da OPEP
e) Choques de Petróleo e suas interpretações econômicas
f) Fatores determinantes do Comportamento de Preços
2.3. A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO E DE DERIVADOS
3. INDÚSTRIA ELÉTRICA
3.1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICO-ECONÔMICAS E ESPECIFICIDADES
3.2. EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA ELÉTRICA
a) Conceitos de Indústria de Rede e de Monopólio Natural
b) Modelo de Organização Tradicional: Integração Vertical, Monopólios Territoriais e
interdependência sistêmica
c) As experiências de reforma: formas de competição e novas estruturas de mercado
Papel da Regulação e seus principais instrumentos
d) A diversidade de modelos de organização industrial e institucional
3.3. A INDÚSTRIA ELÉTRICA BRASILEIRA
4. INDÚSTRIA DE GÁS NATURAL
4.1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICO-ECONÔMICAS E ESPECIFICIDADES
4.2. EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA DE GÁS NATURAL
a) o nascimento tardio da IGN
b) Integração Vertical e especificidade de ativos
c) O papel dos arranjos contratuais: take or pay e ship or pay
d) O modelo norte-americano de expansão da IGN
e) O modelo europeu
4.3. A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE GÁS NATURAL
5. INDÚSTRIA DE BIOCOMBUSTÍVEIS
5.1. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E BIOCOMBUSTÍVEIS
5.2. PAPEL DO ETANOL NA MATRIZ ENERGÉTICA
5.3. PROGRAMA DE BIODIESEL
6. AS PRINCIPAIS QUESTÕES DE ENERGIA NO LONGO PRAZO

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
6.1. RESTRIÇÕES AMBIENTAIS E AS NOVAS POLÍTICAS DE ENERGIA
6.2. O PAPEL DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS NA MATRIZ ENERGÉTICA
MUNDIAL
BIBLIOGRAFIA:
Helm, D. The New Energy Paradigm, Oxford University Press, 2007
Pinto Jr. e alli, Economia da Energia: fundamentos econômicos, evolução histórica e
organização industrial, Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2016
Yergin, D., A Busca: energia, segurança e a reconstrução do mundo moderno, Editora
Intrínseca, 2014.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA DA TECNOLOGIA
Código da disciplina: IEE415
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Economia Industrial
Profa.: Maria da Graça Fonseca (mderengowski@gmail.com)
2ª/4ª- 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6746

OBJETIVO
O objetivo principal do curso é o de oferecer uma base de conhecimento sobre
mudança tecnologia aos alunos de graduação do IE, de forma que estes possam
entender, refletir, questionar e analisar a importância econômica destas mudanças. Além
disso, pretende-se analisar e estudar os impactos profundos das inovações sobre a
sociedade contemporânea, em especial nos seus aspectos econômicos.
Entre as discussões a serem efetuadas, o Programa pretende seguir as seguintes
linhas:
(1) como as diferentes escolas de pensamento econômico abordam a mudança
tecnológica e quais são os principais conceitos introduzidos por seus principais autores;
(2) análise dos principais avanços no campo científico e tecnológico e de como estes
avanços afetam as atividades econômicas, 3) como ao longo do século XX e começo do
século XXI, a inovação tecnológica torna-se a principal “arma competitiva” à
disposição das empresas privadas tornando-as mais competitivas; (4) refletir sobre
aspectos de políticas públicas para inovação.

PROGRAMA
1. MUDANÇA TECNOLOGICA NA LITERATURA ECONÔMICA
1.1 Antecedentes- Inovações na Teoria Econômica ( A Influência de Schumpeter)
1.2 Inovações na Teoria da Firma e Implicações sobre Competição
1.3 Ciclos Econômicos e Inovações (Analise do Longo Prazo)
1.4 Teorias schumpeterianas após Schumpeter ( Economia Evolucionista)
2. O QUE INTERESSA AOS ECONOMISTAS ( Modelos e Taxonomias)
2.1 Geração, Difusão e Transferência de Tecnologia
2.2 Economia de Aprendizado Tecnológico e Sistemas de Inovação (taxonomia)
2.3 Inovação, Produtividade, Competitividade
2.4 Instituições e Inovação: Direitos de Propriedade Intelectual
3. IMPACTOS DA CIENCIA E TECNOLOGIA SOBRE SETORES E ATIVIDADES

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
3.1 Impactos das Inovações em TI sobre a Monopólios e Oligopólio
3.2 Impactos sobre Concentração Industrial e a “Desconstrução” Setorial
3.3 Reflexões sobre Políticas Publicas de C&T e Inovações.
4.INOVAÇÕES NO MUNDO E NO BRASIL (estudos de caso)

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Freeman,C.&Louça,F. Ciclos e Crise no Capitalismo Global. Das Revoluções
Industriais à Revolução na TI. Edições Afrontamento, 2004.
Kupfer,D. e Hasenclever,L. Economia Industrial”, Ed Campus, 3ª Ed.2002. (vários
capítulos)
Nelson, R. R. e Winter, S. G. Uma teoria Evolucionária da Mudança Econômica.
(1982). Campinas: Editora Unicamp, 2006.
Shumpeter,J.A.(1942) A Teoria do Desenvolvimento Econômico, 1942. Em português
em Coleção Os Economistas, Ed. Abril, 1988.
------------------ Capitalismo , Socialismo e Democracia (1942). Coleção Aliança para
o Progresso,Ed Zahar (1975).
Rosenberg,N.The Economics of Technological Change. Penguin Modern Economics
Readings.1978 (1a Ed.)
--------------- Dentro da Caixa Preta. Ed Unicamp.(vários capítulos)
Tigre, P. B. Gestão da Inovação: A Economia da Tecnologia no Brasil, 2014.

AVALIAÇÃO
- Presença e Participação em Aula e em Seminários
--Apresentação de Seminários e Trabalho Final (ou Prova)

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA DE EMPRESAS
Código da disciplina: IEE365
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Economia Industrial
Profa: Júlia Paranhos (juliaparanhos@ie.ufrj.br)
6ª - 18:30/22:00
Nº da turma no SIGA: 9504

OBJETIVO
Desenvolver e aprofundar conhecimentos relativos às características de
funcionamento interno da empresa e de seu posicionamento estratégico no mercado
onde atua, enfatizando a importância das variáveis organizacional e tecnológica no seu
desempenho. Capacitar o estudante de economia para atuar na esfera microeconômica
de tomada de decisão.

AVALIAÇÃO
Uma prova, ao final da segunda unidade, e um trabalho, ao final do curso, serão
os principais instrumentos de avaliação. Além disso, espera-se um forte envolvimento
dos estudantes nas dinâmicas realizadas em classe para fixação da aprendizagem. Estas
dinâmicas exigem a presença do aluno e um envolvimento com o estudo dos temas e
suas aplicações práticas, como, por exemplo, acompanhamento dos principais assuntos
relativos às empresas brasileiras na imprensa e em periódicos especializados.

PROGRAMA
Unidade I: A Empresa: modelos abstratos de estudo
1. Caracterização do objeto de estudo e sua evolução histórica
2. As diferentes abordagens teóricas da empresa

Unidade II: Empresas: estrutura, organização e interação


1. Perfil das empresas brasileiras
2. A problemática das micro, pequenas e médias empresas
3. A empresa organismo de aprendizagem e inovação
4. A relação universidade-empresa e a interação entre empresas.
5. Start-up e empreendedorismo: o processo de criação de novas empresas

Unidade III: Instrumentos de planejamento e criação de uma empresa

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
1. Plano de Negócios: as ideias e a criação de empresas
2. Análise de Mercado: concorrência e estimativa da demanda
3. Análise Financeira: investimento inicial; custo dos produtos; despesas operacionais;
análise do ponto de equilíbrio; análise da taxa de retorno; análise estratégica
4. Aspectos tributários e apoios institucionais
5. Viabilidade Econômico-Financeira: uso e interpretação da ferramenta plano de
negócios.

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
AMENDOLA, M.; BRUNO, S. (1990) The Behavior of Innovative Firm: Relations to
the Environment. Research Policy, vol. 19.
CHANDLER Jr., A. (1992) What is a Firm? A historical perspective. European
Economic Review, vol. 36, nos. 2/3, April, pp.483-94.
CHANDLER Jr., A. (1992) "Organizational Capabilities and the Economic History of
the Industrial Enterprise". Journal of Economic Perspectives, vol. 6, n.3, summer,
pp.79-100.
COASE, R. (1937) The Nature of the Firm. Econômica, vol. 4, pp. 386-405.
DOLABELA, F. (2011) O Segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores Associados,
1999.
FIANI, R. Cooperação e conflito: instituições e desenvolvimento econômico. Rio de
Janeiro: Campus/Elsevier.
INSTITUTO EVALDO LODI. (1998) Programa REUNE: O Empreendedor. Manual do
Aluno. Rio de Janeiro: Rede de Ensino Universitário de Empreendedorismo.
KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. (2013) Economia Industrial. Fundamentos
Teóricos e Práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus.
NELSON, R. (1991) Why Firms Differ and How Does it Matter. Strategic Management
Journal, n. 12, winter, pp. 61-74.
PORTER, M. (1989) Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho
superior. Rio de Janeiro: Ed. Campus.
RAPINI, M., SILVA, L., MOTA E ALBUQUERQUE, E. (Org) (2017) Economia da
ciência, tecnologia e inovação: fundamentos teóricos e a economia global. Curitiba:
Editora Prismas.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA DO BEM-ESTAR SOCIAL
Código da disciplina: IEE610
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Não tem
Profa: Lena Lavinas (lenalavinas@gmail.com)
3ª/5ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6749

OBJETIVO
Esta cadeira tem por finalidade apresentar os alunos da graduação ao debate
sobre proteção social e regimes de seguridade, tratando do desenho, financiamento e
efetividade das políticas sociais.
O primeiro bloco vai apresentar aspectos gerais acerca do que é a Economia do
Bem-Estar e sintetizar duas visões que se sucederam na segunda parte do século XX
acerca do desenho e cobertura dos sistemas de proteção social.: a do welfare state (ou
estados do bem-estar) e a da gestão social do risco. Nessa primeira seção, vamos
entender por que as economias de mercado necessitam de mecanismos que garantam a
segurança socioeconômica em períodos de inatividade temporária ou definitiva, em
situação de crise e queda da oferta de emprego bem como mecanismos que promovam a
equidade e padrões comuns de acessibilidade a serviços universais. O objetivo dessa
primeira seção é apreender um conjunto de conceitos que explicam a lógica e a
adequação dos sistemas de proteção social em sociedades de mercado. O livro-texto que
vamos usar é o de Nicholas Barr, Economics of the Welfare State, 2004 ou 2012,
Oxford University Press.
O segundo bloco vai discutir a Seguridade Social no Brasil, enfatizando os
desafios colocados ao longo da última década com vistas à consolidação de um sistema
de proteção social universal e sustentado (financiamento). Atenção especial será dada ao
caso brasileiro, a partir das mudanças decorrentes da adoção do Sistema de Seguridade
Social adotado pela Constituição de 1988. Descentralização da política social (modelo
federativo), transferências sociais (formatos), regimes de aposentadorias e pensões,
saúde pública (SUS), financiamento (gasto público), propostas em curso (reforma, etc)
serão temas igualmente abordados. Duas aulas serão dedicadas a uma breve análise do
sistema tributário e como ele impacta nas contas da Seguridade. Da mesma forma,
vamos ainda abordar os efeitos das políticas de desoneração tributária sobre o sistema
de proteção social vigente.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
O desenho institucional do sistema de seguridade – previdência, saúde e
assistência – será igualmente analisado. Sua estrutura, nível de gasto, etc...

AVALIAÇÃO
A avaliação se fará com base na presença obrigatória, na preparação das aulas e na
participação em classe, além das notas obtidas em uma prova, ao final do módulo 1, e
na entrega de um trabalho de 15-20 páginas, ao término do módulo 2. Esse trabalho
será de escolha individual. Durante o curso cada aluno vai começar a elaborar seu
trabalho.
Haverá uma prova final para quem não obtiver a média necessária nas duas avaliações.

BIBLIOGRAFIA
Com relação à bibliografia:
Artigos e demais referências serão disponibilizados num dropbox ao qual terão acesso
os alunos matriculados na disciplina.

PROGRAMA
BLOCO I: Economia do Bem-estar Social. Fundamentos
Aula 1: Apresentação do curso, da bibliografia e dinâmica das aulas.
O que é política social ? E proteção social?
Aula 2: O que é a Economia do Bem-Estar?
Barr, N. (2003). Economics of the Welfare State. Fourth Edition. Oxford University
Press. Cap. 2 e 3.
Aula 3 : Proteção Social por Razões de Eficiência e Justiça Social
Barr, Op. Cit, Cap. 4
Aula 4: Continuação do Cap. 4
Aula 5: Seguro Privado e Seguro Público
Barr, Op. Cit, Cap. 5
Aula 6: Aposentadorias e Pensões
Barr, Op. Cit, Cap. 9
Aula 7: Sistema Público de Saúde
Barr, Op. Cit, Cap. 12
Aula 8: Pobreza e Desigualdade: como medir
Barr, Op. Cit, Cap. 6

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Aula 9: Políticas de Combate à Pobreza e Formas de Identificação do Público-Alvo.
Barr, Op. Cit, Cap. 10
Aula 10: Como se Financia a Proteção Social
Barr, Op. Cit, Cap. 7
Glennester, H. (2003) Undestanding the Finance of Welfare. London: The Policy Press.
Cap. 3 – How to Pay for Social Programmes? The tax constraint. P. 35-53.
Aula 11: Os Diferentes Modelos de Proteção Social no Mundo Desenvolvido
Briggs A. (1969). The Welfare State in Historical Perspective. In Pierson C. and
Castles F. (2003). The Welfare State Reader. United States: Blackwell Publishing Inc.
Página 18-31.
Espíng-Andersen G. (1999). Three Worlds of Welfare Capitalism. In The Welfare State
Reader. United States: Blackwell Publishing Inc, p. 154-169.
Aula 12: Novas abordagens: a gestão social do risco e o piso de proteção social
Holzman R. & Jorgensen S. (2000). Social Risk Management: A new conceptual
framework for Social Protection, and beyond. World Bank, Social Protection
Discussion Paper 6.
ILO (2011). Relatório Bachelet. Social Protection Floor for a Fair and Inclusive
Globalisation, Geneva, 150 páginas.
Fagnani E. (2011) Seguridade Social: a experiência brasileira e o debate internacional.
Cadernos da Fundação Friedrich Ebert, Análise e Propostas, n. 42, dezembro de 2011,
p. 1-23.
Aula 13: Complementariedades entre política social e macroeconomia
Lo Vuolo R. (2015). Limits of Redistributive Policies in Latin America:
complementarities between economic and social protection systems. In Fritz B and
Lavinas L. A Moment of Equality for Latin America? Challenges for Redistribution.
London: Ashgate, 2015, pp. 31-51.
Boyer R. (2015). Crecimiento, Empleo y Equidad: el nuevo papel del Estado. In
Neoestructuralismo y corrientes heterodoxas em América Latina y el Caribe a inicios
del siglo XXI. Barbacena A. y Prado A, (editores). Santiago: CEPAL, pp. 299-324.
Aula 14: Palestra Convidado
A Interação entre Política Social e Política Econômica: o caso inglês
Palestra do Dr. André Simões, técnico da Área de Indicadores Sociais do IBGE. Título e
bibliografia a serem fornecidos posteriormente.
Aula 15:

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
PROVA 1
BLOCO II: Quadro Atual da Proteção Social no Brasil
Aula 16: Primórdios da Proteção Social no Brasil
Teixeira A. Do seguro à seguridade: a metamorfose inconclusa do sistema
previdenciário brasileiro. Rio de Janeiro: IEI - UFRJ, T.D. n. 249.
Fagnani E. (2005) Política Social no Brasil (1964-2002): Entre a Cidadania e a
Caridade. Tese de doutorado. Instituto de Economia da UNICAMP. Parte I - Cap. I e II,
pp. 2-85.
Aula 17: A Criação da Seguridade Social no Brasil e sua Evolução Recente
Fagnani E. (2005) Política Social no Brasil (1964-2002): Entre a Cidadania e a
Caridade. Tese de doutorado. Instituto de Economia da UNICAMP. Parte II, caps. I, II,
III. PP. 87-260.
IPEA (2009). Políticas Sociais: acompanhamento e análise. Vinte Anos da Constituição
Federal. Cap. 1. Abrahão Castro J. e Ribeiro J.A. As Políticas Sociais e a
Constituição de 1988: conquistas e desafios, p. 17 a 96.
IPEA (2009). Políticas Sociais: acompanhamento e análise. Vinte Anos da Constituição
Federal. Delgado G., Jaccoud L. e Nogueira R.P. Seguridade Social: redefinindo
o alcance da cidadania, p. 17 a 37.
Aula 18: O financiamento da Seguridade Social
Caderno Temático Financiamento da Seguridade na Plataforma Política Social (4
artigos: Gentil, Neto e Musse, Fagnani e Junqueira, Amir Khair)
http://www.politicasocial.net.br/index.php/caderno/caderno-tematico-2/150-
caderno-tematico2.html
Aula 19: Política Social e Crescimento Econômico
Castro J.A. (2013). Política Social, Distribuição de Renda e Crescimento Econômico. In
Fonseca A. e Fagnani E. Políticas Sociais, Desenvolvimento e Cidadania. Vol. I, p.
167-196.
Gentil D. L. e Araújo V.L. (2013). Macroeconomia, Indústria e Seguridade Social:
Perspectivas e Constrangimentos. In Fonseca A. e Fagnani E. Políticas Sociais,
Desenvolvimento e Cidadania. Vol. I, p.197-221.
Aula 20: A Saúde: diferencial do SUS
IPEA (2009). Políticas Sociais: acompanhamento e análise. Vinte Anos da Constituição
Federal. Piola, S. et alii. Vinte Anos da Constituição de 1988: O que significaram para a
saúde da população brasileira? Cap III pp. 98 – 171.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Caderno Temático Saúde - SUS entre Estado e Mercado. Plataforma Política Social – 4
artigos (n. 1, n. 2, n, 6, n. 10 e a entrevista com o Ministro Temporão).
http://www.politicasocial.net.br/index.php/caderno/caderno-saude.html
Viana, Lima, Silva, Machado (2013). O Sistema de Saúde Brasileiro: dilemas atuais. In
Fonseca A. e Fagnani E. Políticas Sociais, Desenvolvimento e Cidadania. Vol. II,
p.179-224.
Aula 21: Articulação Política Social e Política Econômica no Brasil
Caderno Política Social e Desenvolvimento: O Brasil entre dois projetos. Plataforma
Política Social. Ver artigos de Musse, Lavinas, Paulani, Khair, Bielschowsky.
http://www.politicasocial.net.br/index.php/caderno/caderno-tematico1/146-
caderno-1-musse.html
http://www.politicasocial.net.br/index.php/caderno/caderno-tematico1/144-
caderno-1-amir.html
http://www.politicasocial.net.br/index.php/caderno/caderno-tematico1/140-
caderno-1-biels.html
http://www.politicasocial.net.br/index.php/caderno/caderno-tematico1/138-
caderno-1-leda.html
Aula 22: O retrato das desigualdades e do bem-estar no Brasil de 2015.
Palestra da Dra. Barbara Cobo, gerente de indicadores sociais do IBGE.
Aula 23: Discussão em Sala das Propostas de Trabalho de Final de Curso
Aula 24: Sistema Tributário e Desigualdade
Lavinas L. e Cordilha Ana C. É possível enfrentar o déficit fiscal combatendo a
desigualdade? Recuperando o papel da política tributária. Carta Maior. São Paulo, May
9 2015. Special Issue on “A Utopia Neoliberal: o capitalismo contra a democracia”.
Carlos Ocké-Reis. Renúncia de Arrecadação Fiscal em Saúde no Brasil. A Reforma
Tributária Necessária, ANFIP-Fenafisco, 2017, p. 739-750.
Aula 25: A Assistência Social no Brasil / Combate à Pobreza, Bolsa Família e Mínimos
Sociais
Cobo, B. (2014). A Atual estratégia de combate à pobreza no Brasil no contexto das
conquistas sociais de 1988: desafios à inclusão de cidadãos e erradicação da miséria. In
Assistência Social. Desafios para a Universalização da Cidadania. Plataforma Política
Social, nùmero 2, 2014. Código ISSN: 2358-0690. Página 38-65.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Sposati A., Cortes L. Coelho R. (2013). Assistência Social, Seguridade e Cidadania. In
Fonseca A. e Fagnani E. Políticas Sociais, Desenvolvimento e Cidadania. Vol. II, p.
225-255.
Lavinas, Lena, 2014. América Latina: Mínimos monetários em lugar de proteção social.
Revista Política Social e Desenvolvimento. Vol. 8, ano 2, nov. 2014, p. 18-27
**Lavinas, Lena, 2014. La Asistencia Social en el Siglo XXI. New Left Review 84,
Spanish Edition (Segunda Época - IAEN). Enero-Febrero 2014, p. 7-48. OU **Lavinas,
Lena, 2013. 21st Century Welfare. New Left Review, n. 84, November-December 2013,
p. 5-40.
Aula 26: A Previdência
Rangel, Leonardo, Pasinato, M.I. et alii. (2009). Conquistas, Desafios e Perspectivas da
Previdência Social no Brasil 20 Anos após a Promulgação da Constituição Federal. In
IPEA. Políticas Sociais, Acompanhamento e Análise n. 17, Volume 1, p. 41 a 83.
Eduardo Fagnani (2010). Previdência Social e Constituição Federal: Qual É A Visão
Dos Juristas? IN Tributação em Revista – Sindifisco Nacional/setembro de 2010/ No
prelo

Berwanger, J. L. (2008). A previdência rural. In ANFIP. 20 Anos da Constituição


Cidadã. Brasília, pp. 185-195.
Aula 27: A Financeirização da Política Social
Lavinas, Lena, 2015. A Financeirização da Política Social: o caso brasileiro. Revista
Politika n. 2, julho de 2015, ISSN 2358-9841, Brasília, pp. 35-51.
Lavinas, Lena, 2015. New trends in inequality: the financialization of social policies.
Alexander Gallas, Hansjörg Herr, Frank Hoffer and Christoph Scherrer (eds.).
Combating Inequality: The Global North and South, London: Routledge.
Aula 28 : PROVA 2
Aula 29: Entrega das Notas
Aula 30: PROVA FINAL

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL
Código da disciplina: IEE411
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Economia Industrial
Prof: Marcelo Matos (marcelomatos@ie.ufrj.br)
2ª - 7:30/11:00
Nº da turma no SIGA: 9337

OBJETIVO
O objetivo do curso é prover uma visão ampla sobre as diversas abordagens que
tratam da relação entre o território e a atividade produtiva. O curso proverá um
panorama das teorias clássicas da localização e das abordagens que partem dos
determinantes e efeitos de aglomeração. Especial ênfase é dedicada às formulações
recentes que partem de uma perspectiva historicamente contextualizada da relação entre
território, produção e circulação, em face das transformações recentes nas esferas
econômica e geopolítica. Destaque é dado para a agenda de pesquisa desenvolvida no
Brasil em torno do referencial de arranjos produtivos locais. O curso conclui com uma
discussão das experiências recentes de políticas de desenvolvimento regional e local no
Brasil.

CONTEÚDO
1. Teorias da Localização Industrial
• Localização e custo de transporte
• Economias e deseconomias de aglomeração
2. Teorias do Desenvolvimento Regional
• Teoria da Base de Exportação
• Teoria do Desenvolvimento Desigual
 Pólos de Crescimento de Perroux
 Causação Circular e Cumulativa de Myrdal
 Efeitos para trás e para frente de Hirshman
3. O Global e o Local
• Fordismo, pós-fordismo e Reestruturações Produtivas
• Globalizado e as relações Global-Local
4. Novas teorias sobre o desenvolvimento regional e local
• A Perspectiva Neoinstitucionalista
• Os Distritos Industriais Marshallianos
• Clusters e eficiência coletiva

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
• Geografia econômica e territorialização
• O Meio Inovador (millieu innovateur)
• Da abordagem Neo-schumpeteriana aos Sistemas locais e regionais de inovação
5. Os Arranjos Produtivos Locais
• Processos interativos de construção de competências
• Metodologia de pesquisa
• Experiências de desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais no Brasil
6. Experiência de política de desenvolvimento regional e local
• Os ciclos da política de desenvolvimento regional
• Políticas para Arranjos Produtivos Locais

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
AMIN, Ash. Uma Perspectiva Institucionalista sobre o Desenvolvimento Econômico
Regional. Rio de Janeiro: Cadernos IPPUR, ano XIV, 2, p. 47 - 68, 2000.
BECATTINI, G. O distrito industrial “marshalliano”. In: BENKO, G; LIPIETZ, A. As
regiões ganhadoras. Oeiras/Celta, p.19-31, 1994
CASSIOLATO, J. E. e LASTRES, H. M. (2003): O foco em arranjos produtivos e
inovativos locais de micro e pequenas empresas. In: CASSIOLATO, J. E.; LASTRES,
H. M. e MACIEL, M. (2003) (orgs): Pequena Empresa: cooperação e desenvolvimento
local. Rio de Janeiro: Relume-Dumará (capítulo 1).
HARVEY, D. O trabalho, o capital e o conflito de classes em torno do ambiente
construído nas sociedades capitalistas avançadas. Revista Espaço e Debates, nº 6.
HIRSCHMAN, Albert. Transmissão Inter-Regional e Internacional do Crescimento
Econômico. In: Schwartzman, J. (org.) Economia Regional: textos escolhidos. Belo
Horizonte, Cedeplar-MINTER, 1977 (pp. 35-52).
LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J.; ARROIO, A. (2005). Sistemas de inovação e
desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ e Contraponto.
MATOS M. G. P., BORIN, E., CASSIOLATO, J. E. Uma década de evolução dos
arranjos produtivos locais / organização - 1. ed. - Rio de Janeiro : E-Papers, 2015.
MYRDAL, G. Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas. Editora Saga, p.11 - 83,
1972.
PUTNAM, R. (1993): Comunidade e Democracia: a experiência da Itália moderna. Rio
de Janeiro: Editora da FGV, 2000.
SANTOS, M. Técnica, Espaço e Tempo: Globalização e Meio Técnico Científico-
Informacional. Hucitec, São Paulo: 190p, 1994.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
SCHWARTZMAN, J. (org.) Economia Regional: textos escolhidos. Belo Horizonte,
Cedeplar-MINTER, 1977
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
COOKE, P.; DE LAURENTIS, C; TODTLING, F.; TRIPPL, M. (2007). Regional
Knowledge Economies – Markets, Clusters and Innovation. Cheltenham, U.K: Edward
Elgar. Cap.2.
HIRSCHMAN, Albert. The Strategy of Economic Development. New Haven: Yale
University, 1958. Tradução em português: Estratégia do Desenvolvimento Econômico.
Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961.
KRUGMAN, P. Development, geography, and economic theory. 4. ed. Massachusetts:
MIT Press, 1998. (The Ohlin Lectures, 6).
MYTELKA, L. K. (2000). Local systems of innovation in a globalized world economy.
Industry and Innovation, v.7, p. 15 - 32, june.
PORTER, M. E. (2000). Location, Competition, and Economic Development: Local
Clusters in a Global Economy. Economic Development Quarterly, vol. 14 no. 1,
February, p.15-34.
SCHMITZ. H.; NADVI, K. (1999). Clustering and Industrialization: Introduction.
World Development Vol. 27, No. 9, pp. 1503-1514.
STORPER, M. (1997). Territories, Flows and Hierarchies in the global economy. In:
Cox, . K. R. (ed.) Spaces of globalization: reasserting the power of the local. New York:
The Guilford Press..

27
Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
ECONOMIA E FILOSOFIA
Código da disciplina: IEE539
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Economia Política I
Profa.: Angela Ganem (angelaganem.rj@gmail.com)
3ª/5 - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6764

EMENTA
O objetivo do curso é explorar a interdisciplinaridade da Economia com a
Filosofia e a Cultura. O objeto a ser analisado a partir de uma perspectiva crítica é o
Mercado Capitalista como Ordem Social. Subjacente a esta perspectiva, o curso trata da
extensão e das consequências da lógica do mercado à sociedade, à política, à arte e às
subjetividades contemporâneas.

PROGRAMA
I. A lógica do Mercado Capitalista sob uma perspectiva histórico- crítica.
O Mercado como Ordem Social em Smith, Walras e Hayek. Ordem natural, Ordem
racional e Ordem espontânea. O argumento hayekiano do Mercado Capitalista como
Ordem espontânea: regras e evolução cultural. A ideia do Mercado como fim da
história: argumentos críticos. A crise da utopia comunista e a dimensão global do
capitalismo. Ideologia neoliberal. Problemas no Paraíso.
Bibliografia: (Hayek, F.A:1982, 1983); (Anderson, P :1992); (Ganem, A: 2009, 2012);
(Zizek, 2014)
II. A lógica do Mercado Capitalista sob o olhar crítico da filosofia e das ciências
sociais e humanas.
1. A Escola de Frankfurt e a Teoria Crítica
História do Instituto, seu caráter interdisciplinar e foco na superestrutura cultural do
capitalismo. A abertura para a política, para a psicologia e para a psicanálise. Indústria
Cultural e ideologia no capitalismo contemporâneo. Extensão do conceito às novas
mídias. Crise do pensamento e da filosofia: um mundo reduzido à calculabilidades.
Crítica à Razão Instrumental.
Bibliografia: (Jay,M.2008); (Adorno e Horkheimer, 1985); (Anderson,P., 1999)
(Ganem, 2012)
2. Lógica do Mercado e Política:

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
A perspectiva filosófico-política de Hannah Arendt: pensar, julgar, agir. O homem banal
de Arendt. Atualidade do pensamento da autora. A lógica do mercado e o aniquilamento
da política como capacidade de criar algo novo. Ação política e crise da cultura.
Privatização do espaço público.
Bibliografia:(Arendt.H. 1972); (Novaes, A. 2007); (Ganem, A. 2009)
3. Lógica do Mercado e Sociedade
Sociedade de Consumidores e Cultura Consumista. Individualização sem limites.
Homo Eligens como fetiche. Medo do desemprego e da inadequação.Sociedade do
Espetáculo e Cultura Narcísica
Bibliografia: (Bauman, Z. 1998; 2007); (Débord, G. 2005); (Lipovestky,G.1983);( Lash
C.1983)
4. Lógica do Mercado e Psicanálise.
O mal estar no capitalismo: ontem e hoje. A condição trágica do homem moderno.
Características da subjetividade contemporânea. Formas de desamparo. O homem como
empresário de si. Razão Cínica.O Mercado como grande narrativa e sujeito da história.
As pulsões egóicas dos pequenos sujeitos.
Bibliografia: (Freud, 1997); (Birman,J, 2000; 2012); (Freire Costa J, 2004);( Zizek,S.,
2006) ( Safatle,W., 2008); (Dufour, R. 2005, 2007, 2013)
5. Lógica do Mercado: Pensamento, Cultura e Arte.
Crise no Pensamento. Pós-verdade. Modernidade e Pós-modernidade. Lógica do
mercado capitalista e Lógica cultural: uma simbiose perversa. O Pós-modernismo como
a Lógica Cultural do Capitalismo Tardio.
Bibliografia: (Benjamim, W. 2012);( Adorno e Horkheimer, 1985);( Harvey, D. 2011);
(Jameson, F. 2006);
(Soares, J.C. 2010); (Ganem, 2016)

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Mudança Cultural, São Paulo, Edições Loyola.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
JACOBY, Russell (2001), O fim da Utopia: Política e Cultura na era da apatia, RJ,
Contraponto.
JAY, Martin (2008), A Imaginação Dialética: História da Escola de Frankfurt e do
Instituto de Pesquisas Sociais, 1923-1950. RJ, Contraponto.
JAMESON, Fredric (2006), A Virada Cultural: reflexões sobre o pós-moderno, RJ,
Civilização Brasileira.
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UNESP/ Boitempo Editorial.
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LASH, Cristopher (1983), Acultura do Narcisismo, Imago Editora
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SOARES, J. C.( 2010); (org) Escola de Frankfurt: inquietudes da Razão e da Emoção,
Rio, Ed UERJ.
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ZIZEK, Slavok (2006): Como ler Lacan, Zahar.
______________(2014), Problema No Paraiso: Do Fim Da História Ao Fim Do
Capitalismo, Zahar Editores.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
FINANÇAS E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Código da disciplina: IEE540
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Teoria Microeconômica II
Prof.: Luiz Martins (luizmelo@ie.ufrj.br)
3ª/5ª- 20:20/22:00
Nº da turma no SIGA: 11467

OBJETIVO DO CURSO
Em primeiro lugar, dotar os seus participantes dos instrumentos necessários para
a formulação e avaliação das estratégias empresariais voltadas para o crescimento da
firma. Em segundo lugar, avaliar o impacto dessas decisões estratégicas sobre as
finanças e a competitividade da firma.

MÉTODO PEDAGÓGICO
Aulas expositivas e seminários de avaliação sobre a absorção pelos alunos do
conteúdo da matéria lecionada e testes em sala de aula.

MÉTODO DE AVALIAÇÃO:
A avaliação dos alunos será feita através de uma prova em sala de aula que
constituirá metade da nota final.
A outra parte da avaliação constituirá dos seguintes itens:
- presença em aula e avaliação dos testes;
- apresentação de um seminário individual sobre um texto do programa do curso
escolhido em conjunto com o professor;
- trabalho final sobre um tema do programa do curso.

PROGRAMA
Os pontos principais do programa são os seguintes:
Economia de Empresas: definição de um marco conceitual para a análise da empresa
moderna; análise da relação entre a estrutura de capital da firma e o financiamento do
seu crescimento.
Estratégia Competitiva: análise da relação entre estratégia e estrutura da firma; a
integração entre produção, comercialização e inovação; a estratégia como fator de
vantagem competitiva, a “maximização do valor do acionista” e a financeirização da
estratégia das empresas

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Firma e Estrutura Industrial: análise dos impactos microeconômicos do crescimento
da firma em uma economia aberta; determinantes da competitividade e mudança
estrutural.
Finanças: a estrutura de capital da firma; a valorização dos ativos e o crescimento do
passivo; fluxo de caixa e finanças corporativas; o valor dos ativos intangíveis; a relação
entre controle e propriedade do capital; fontes de financiamento (finance e funding).

Bibliografia Básica ( outros textos serão distribuídos em sala de aula conforme o


andamento do curso)
Chandler Jr., A. (1992) "Organizational Capabilities and the Economic History of the
Industrial Enterprise". Journal of Economic Perspectivs, vol. 6, n.3, summer, pp.79-100.
Coutinho L. e Ferraz J. C. (orgs.) (1993) Estudo da Competitividadde da Indústria
Brasileira. Campinas: MCT/Finep/PADCT. Introdução.
Guimarães, E. A. (1982) Acumulação e Crescimento da Firma. Rio de Janeiro: Editora
Zahar.
Kalecki, M. A Teoria da Dinâmica Econômica, São Paulo, Abril Cultural: capítulo 8.
1983.
Lazonick, W. Business Organization and the Myth of the Market Economy. Cambridge:
Cambridge University Press, 1991. Introduction and Part 1.
Lazonick, W. ‘Innovative business models and varieties of capitalism: financialisation
of the US corporation’, Business History Review, vol. 84, no. 4, 2010, pp. 675– 702.
Minsky, Hyman P., 1992, The Financial Instability Hypothesis, Working Paper No. 7,
The Jerome Levy Economics Institute of Bard College, May, 1992.
Miranda, J. C. e Tavares, M. C. (1999) Brasil: estratégias da conglomeração (org.) Fiori,
J. L. Estados e Moedas no Desenvolvimento das Nações. Vozes, Petrópolis, 1999.
Morris, C. R. Os Magnatas. Porto Alegre: L&PM, 2007. Cap. 10.
Porter, M. E. O que é estratégia? In: Porter, M. E. (ed.) Competição: Estratégias
Competitivas Essenciais. Rio de Janeiro : Editora Campus, 1999.
Steindl, J. Maturidade e Estagnação do Capitalismo Americano. São Paulo, Abril
Cultural: Apresentação, caps. 5 e 9. 1983.
Teece, D. The Dynamics of Industrial Capitalism: Perspectives on Alfred Chandler's
Scale and Scope. Journal of Economic Literature, Vol. 31, No. 1, Mar., 1993, pp. 199-
225.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Winter, S. (2006) Toward a neo-Schumpeterian theory of the firm. Industrial and
Corporate Change, Volume 15, Number 1, pp. 125–141
Woomack, J. P., Jones, D. T. e Roos, D. (1992) A Máquina que Mudou o Mundo. Ed.
Campus: Rio de Janeiro. Cap. 2.
Bibliografia de Referência:
Nelson, R. R. e Winter, S. G. UMA TEORIA EVOLUCIONÁRIA DA MUDANÇA
ECONÔMICA. Campinas: Ed. da Unicamp, 2005. Parte I, II e V.
Penrose, E. A TEORIA DO CRESCIMENTO DA FIRMA. Campinas: Ed. da Unicamp,
2006.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
GLOBALIZAÇÃO, TECNOLOGIA E EMPREGO
Código da disciplina: IEE366
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito(s): Economia Internacional
Profa.: Marília Bassetti Marcato (marilia.marcato@ie.ufrj.br)
2ª/4ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 10267

OBJETIVO
O objetivo geral da disciplina é apresentar e aprofundar o debate sobre os
impactos das novas tecnologias disruptivas sobre a estrutura e dinâmica do sistema
produtivo e divisão internacional do trabalho. Mais especificamente, a disciplina
abordará os impactos potenciais das novas tecnologias sobre o emprego e
funcionamento dos mercados de trabalho no contexto da globalização. O curso
considera que tais efeitos são específicos do contexto (tempo-espaço), diferindo entre
países, setores e ocupações. Por fim, o curso busca refletir sobre a responsabilidade
social das corporações multinacionais e do Estado na mitigação dos impactos negativos
dessa onda de transformação tecnológica no emprego e na distribuição de renda. Ao
final do curso, o/a aluno/a deve ser capaz de discutir de forma crítica os fenômenos
analisados, bem como estabelecer conexões com a realidade socioeconômica do Brasil.

PROGRAMA
Introdução à disciplina. Conteúdo preliminar: a sobreposição de diferentes
fenômenos; possíveis encaminhamentos; Prêmio Mercosul;
Globalização: um fenômeno multifacetado; a segunda onda da globalização; offshoring
e emprego; crescentes tensões na globalização; a revolução digital adiciona incerteza;
vulnerabilidade externa; o deslocamento de empregos; movimentos anti-globalização;
1. As novas tecnologias disruptivas: as promessas das tecnologias de fronteira;
produtividade e as tecnologias da próxima revolução da produção; gap tecnológico:
catching-up ou leapfrogging; a concentração do poder de mercado nas tecnologias
disruptivas; as transformações associadas à introdução de sistemas cíberfísicos na
produção e suas repercussões potenciais sobre a estrutura e dinâmica do sistema
produtivo e a divisão internacional do trabalho; a próxima revolução de produção e
países em desenvolvimento;
2. Tecnologia e emprego: algumas considerações sobre um debate antigo; as mudanças
no panorama global do trabalho; reestruturação produtiva; a natureza mutante do

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
trabalho; automação e criação de empregos; flexibilização do trabalho; terceirização;
organização e gestão do trabalho;
3. Manufatura avançada e futuro do trabalho: impactos da Indústria 4.0 na sociedade e
nos modelos tradicionais de trabalho; como as novas tecnologias mudam o cenário de
trabalho e as competências e habilidades necessárias para o trabalho; trabalho 4.0 e
desigualdades;
4. Desafios políticos das novas tecnologias disruptivas: cooperação internacional para o
gerenciamento de tecnologias de fronteira; estabelecendo os padrões apropriados e os
limites éticos; formando uma ação coletiva global: o papel das instituições multilaterais;

BIBLIOGRAFIA1
ACEMOGLU, D.; RESTREPO, P. The race between machine and man: implications of
technology for growth, factor shares and employment. NBER Working paper, n. 22252,
2017.
ARBIX, G.; SALERNO, M.; ZANCUL, E.; AMARAL, G.; LINS, L. O Brasil e a nova
onda de manufatura avançada: o que aprender com Alemanha, China e Estados Unidos.
Novos Estudos, Cebrap, São Paulo, vol. 36, 3, p.29-49, 2017.
AUTOR D.H., DORN, D. The growth of low-skill service jobs and the polarization of
the US labor market. The American Economic Review, vol. 103, no 5, pp. 1553–1597,
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BACCHETTA, M.; JANSEN, M. (Ed.) Making Gobalization Socially Sustainable, ILO
and WTO, Geneva, 2011.
BALDWIN, Richard. Globalisation: the great unbundling (s). Globalisation Challenges
for Europe and Finland, p. 1–51, 2006.
BLYDE, Juan. Synchronized Factories: Latin America and the Caribbean in the Era of
Global Value Chains. Washington, D.C.: Springer, 2014.

1
Outras referências poderão ser incluídas no decorrer no curso.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
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Digital Revolution is Accelerating Innovation, Driving Productivity and Irreversibly
Transforming Employment and the Economy, Lexington, MA: Digital Frontier Press.
CARBONERO, F.; ERNST, E.; WEBER, E. Robots worldwide: the impact of
automation on employment and trade. Working paper n.36, International Labour Office
-ILO, 2018.
CEPAL. Globalização e desenvolvimento. Brasília, 2002.
CEPAL. A ineficiência da desigualdade. Síntese (LC/SES.37/4), Santiago, 2018.
Disponível em:
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4&isAllowed=y.
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Janeiro: Objetiva, 2011.
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insecurity: The role of labour market regimes. In: BACCHETTA, M.; JANSEN, M.
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MILBERG, W.; WINKLER, D. Outsourcing economics: global value chains in
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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
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PRICEWATERHOUSECOOPERS - PwC. Will Robots Really Steal Our Jobs? An
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REIJNDERS, L.; de VRIES, G. Job polarization in advanced and emerging countries:
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(GGDC Research memoranda; No. 167). GGDC, 2017.
RODRIK, D. A globalização foi longe demais? Editora Unesp, 2014.
RUBERY, J. A gender lens on the future of Work. The Journal of International Affairs,
The Fourth Industrial Revolution, vol. 72, n.1, Fall/Winter, 2019. Disponível em:
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RYDER, G. Correctly valuing the Work of the Future. The Journal of International
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SHINGAL. Anirudh. Labour market effects of integration into GVCs: review of
literature, R4D Working Paper, n. 10, 2015.
SKIDELSKY, R.; SKIDELSKY, E. Quanto é suficiente? O amor pelo dinheiro e a
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STIGLITZ, J. A globalização e seus malefícios. São Paulo: Futura, 2002.
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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
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Disponível em: https://www.kansascityfed.org/publicat/econrev/pdf/13q1tuzemen-
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https://hcss.nl/sites/default/files/files/reports/SC_The_European_labor_market_and_tec
hnology_employment%2C_inequality%2C_and_productivity.pdf.
WELLER, J. Os mercados de trabalho, a proteção dos trabalhadores e a aprendizagem
continuada em uma economia global: experiências e perspectivas da América Latina e o
Caribe. Santiago: Cepal, 2008. Disponível em:
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WORLD ECONOMIC FORUM. The future of jobs: employment, skills and workforce
strategy for the Forth Industrial Revolution. Global Challenge Insight Report, 2016.

PORTAIS DE NOTÍCIAS E SITES PARA PESQUISA


https://voxeu.org/ https://www.scmp.com/frontpage/international
https://www.project-syndicate.org/ https://www.nytimes.com/
https://unctad.org/en/Pages/Home.aspx https://brasil.elpais.com/
https://www.unido.org/ https://www.economist.com/
https://www.worldbank.org/ https://www.folha.uol.com.br/
http://www.oecd.org/ https://www.estadao.com.br/
www.ilo.org https://www.valor.com.br/
https://www.rieti.go.jp/en/ (Research Institute of https://oglobo.globo.com/
Economy, Trade and Industry – RIETI) http://premiomercosul.cnpq.br/web/pmct/inicial
https://www.mckinsey.com/mgi/overview https://www.sciencedirect.com/
(McKinsey Global Institute)

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
INTRODUÇÃO À ECONOMIA DO SETOR ELÉTRICO
Código da Disciplina: IEE514
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisitos: Introdução a Economia: Macroeconomia & Introdução a Economia:
Microeconomia
Prof.: Nivalde Castro(nivalde@ufrj.br)
2ª/4ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6751

OBJETIVOS
Dotar o aluno de conhecimentos que o tornem capaz de compreender o setor elétrico, a sua
evolução e os seus desafios atuais;
Qualificar o aluno à candidatura a vagas de estágio em empresas do setor elétrico, um dos
mais dinâmicos da economia brasileira; e
Servir como pré-requisito para cursar outras disciplinas na área de energia e,
Para aqueles que assim desejarem poderem desenvolver monografia sobre o setor.

PÚBLICO ALVO
Alunos do curso de economia e de relações internacionais que desejam adquirir base de
conhecimento geral economia da energia, tendo como foco analítico as origens, evolução,
características e dinâmica do setor elétrico brasileiro.

PROGRAMA
Unidade 1 - Características Tecnológicas do SE.
Nesta primeira unidade, serão definidos os principais conceitos técnicos do processo de produção de
energia elétrica. São eles:
Conceitos Básicos do Setor Elétrico;
Princípios básicos de geração de Energia Elétrica;
Principais básicos de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica;
Planejamento e Operação do Sistema Elétrico Interligado;
Conceitos básicos das principais tecnologias de geração de energia elétrica (Usinas Hidrelétricas,
Usinas Termelétricas, Energia Nuclear, Energia proveniente de Biomassa, Energia Solar, Energia
Eólica).
Unidade 2 – Evolução do Setor Elétrico no Brasil
Esta segunda unidade irá apresentar os principais aspectos históricos sobre o surgimento da
indústria de energia elétrica no final do século XIX e sobre a evolução histórica do setor elétrico ao
longo do século XX.
Unidade 3 - Características Econômicas do SE.
Esta terceira unidade, irá apresentar as características econômicas que tornam peculiar a indústria de
energia elétrica. Nesta parte do curso, será apresentado o modelo como o setor elétrico se
estruturou, as causas econômicas de sua crise no final do Século XX e as motivações para sua
reforma, além de tendências comerciais e a transição energética.
Unidade 4 – Desafios e Tendências tecnológicas do Setor Elétrico
As mudanças tecnológicas associadas ao atual paradigma tecno-econômico estão transformando o
setor elétrico. Três são as palavras de ordem da mudança de paradigma: digitalização,
descentralização e descarbonização (os 3D’s). Digitalização através da incorporação de novas
soluções e tecnologias. Descentralização através da incorporação do consumidor na cadeia
produtiva. Descarbonização através da adequação das matrizes elétricas às questões ambientais
contemporâneas. Esta quarta unidade visa apresentar as grandes forças de pressão do setor elétrico
no mundo, a partir dos 3D’s.

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IV - Metodologia
Exposição oral do conteúdo;
Indicação de bibliografia correspondente;
Exposição de conteúdo complementar através de slides;
Promoção de palestras com especialistas de reconhecida competência e experiência no Setor
Elétrico Brasileiro.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO
A avaliação do curso contará com dois trabalhos:
Trabalho 1: Sobre tema relacionado com a unidade 1, a ser entregue na metade do curso;
Trabalho 2: Sobre um tema relacionado com as unidades 2, 3 ou 4, a ser entregue até um mês após o
término das aulas.
Média:
A média será calculada a partir das notas dos dois trabalhos (T1 e T2, respectivamente) da seguinte
forma: Média = (T1+T2) / 2.
Média ≥ 6,0 - Aprovado
3,0 ≤ Média < 6,0 - Prova Final
Média < 3,0 - Reprovado
Prova Final:
Aos alunos que ficarem em situação de prova final será oferecida uma prova ao final do curso.
Média final:
O cálculo da média final (MF) será o seguinte: MF = (Média+PF) / 2
MF ≥ 5,0 - Aprovado
MF < 5,0 – Reprovado

PLANO DE AULAS
Unidade 1 - Características Tecnológicas do SE.
Nesta primeira unidade, serão definidos os principais conceitos técnicos do processo de produção de
energia elétrica, ao longo de dez aulas.
Aula 1 – Conceitos Básicos do Setor Elétrico
i. Tensão, corrente, potência e energia;
ii. Circuitos em corrente contínua
(CC) e alternada (CA);
iii. Potência e energia em circuitos
CA, potência reativa;
iv. Circuitos trifásicos;
v. Equipamentos de redes CA:
geradores, transformadores, etc
Aula 2 – Princípios básicos de geração de Energia Elétrica
i. Hidrelétrica;
ii. Termelétrica, incluindo
nucleares;
iii. Biomassa;
iv. Eólica;
v. Solar fotovoltaica e termosolar;
vi. Geração distribuída (GD).
Aula 3 – Principais básicos de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
i. Estrutura física dos sistemas de
transmissão e distribuição;

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ii. Transmissão em CA;
iii. Transmissão em CC;
iv. Redes de distribuição (AT, MT, BT);
v. Proteção de sistemas
vi. Fluxo de potência
vii. Impacto da GD nas redes de
distribuição.
Aula 4 – Planejamento e Operação do Sistema Elétrico Interligado
i. Estudos Energéticos;
ii. Estudos Elétricos;
Aula 5 - Hidrelétricas
Passado;
Cenário atual da fonte no Brasil e no mundo;
Tendências da fonte (futuro);
Principais características da fonte;
Aula 6 – Termelétricas
Passado;
Cenário atual da fonte no Brasil e no mundo;
Tendências da fonte (futuro);
Principais características da fonte;
Aula 7 – Energia Nuclear e Biomassa
Passado;
Cenário atual da fonte no Brasil e no mundo;
Tendências da fonte (futuro);
Principais características da fonte;
Aula 9 – Energia Solar
Passado;
Cenário atual da fonte no Brasil e no mundo;
Tendências da fonte (futuro);
Principais características da fonte;
Aula 10 – Energia Eólica
História;
Cenário atual da fonte no Brasil e no mundo;
Tendências da fonte;
Principais características da fonte;

Unidade 2 – Evolução do Setor Elétrico no Brasil


Esta segunda unidade irá apresentar os principais aspectos históricos sobre o surgimento da
indústria de energia elétrica no final do século XIX e sobre a evolução histórica do setor elétrico ao
longo do século XX.
Aula 11 – História do setor elétrico: do final do século XIX até os anos 1960
As Primeiras demandas por Energia - o nascimento do setor industrial: 1890-1900.
Os Primórdios do SE: A formação das Ilhas de Eletricidade - 1900-1940.
Crise e Pacto da Clivagem: Estado e iniciativa privada- 1950-1960.
Aula 12 – História do setor elétrico: de 1960 à década de 1990
A Intervenção do Estado e consolidação do Setor (1960-1980).
Crise financeira do setor (1980-1990).

Unidade 3 - Características Econômicas do SE.

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O setor elétrico é uma indústria de rede, caracterizada pela presença de monopólios naturais e de
custos irrecuperáveis. Caracteriza-se, também, por ser de capital intensivo com investimentos de
maturação em longo prazo. Como consequência dessas características econômicas, é notória a
necessidade de uma regulação ativa sobre as empresas do setor, a qual garanta o equilíbrio
econômico-financeiro destas empresas, mas sem permitir que exista a cobrança de preços abusivos
(DANTAS et al., 2015). Esta terceira unidade, irá apresentar as características econômicas que
tornam peculiar a indústria de energia elétrica. Nesta parte do curso, será apresentado o modelo
como o setor elétrico se estruturou, as causas econômicas de sua crise no final do Século XX e as
motivações para sua reforma, além de tendências comerciais e a transição energética.
Aula 13 – Transição para uma Nova República e reforma institucional e econômica
Mudança no quadro institucional do setor elétrico;
Deterioração e recuperação do Estado;
Nova política econômica e reformas administrativas;
Concepção do novo modelo.
Aula 14 – Tendências comerciais
No cenário para 2030, os mercados de energia devem seguir o processo de fortalecimento que vem
ocorrendo desde o início da desverticalização da indústria de energia elétrica iniciada nos anos 1980
(DANTAS et al., 2015).
Aula 15 – Transição energética no Brasil e no mundo
O crescimento das energias renováveis em países com mercado liberalizado ocorreu por meio da
criação de condições comerciais especiais e adequadas a esses empreendimentos, capazes de
assegurar a viabilidade econômico-financeira em longo prazo, tais como feed-in-tariffs ou
certificados de obrigações (DANTAS et al., 2015).

Unidade 4 – Desafios e Tendências tecnológicas do Setor Elétrico


As mudanças tecnológicas associadas ao atual paradigma tecno-econômico estão transformando o
setor elétrico. Esse paradigma supõe que a digitalização é o fator-chave para as atividades, as quais
serão crescentemente oferecidas por redes de empresas. Aliadas à tendência de digitalização do
atual paradigma tecno-econômico, mudanças tecnológicas específicas do setor elétrico configuram
um novo paradigma tecnológico, isto é, um novo conjunto de soluções tecnológicas e inovações
com as características que serão elencadas a seguir. Em primeiro lugar, a geração de energia, ainda
hoje concentrada, será cada vez mais distribuída. O consumidor será produtor de sua própria energia
e, futuramente, poderá armazená-la para consumí-la quando lhe interessar. Em segundo lugar, as
trocas de energia entre consumidores – transações peer-to-peer – se tornarão realidade, devido às
novas tecnologias, como blockchain. Assim, a rede elétrica terá acúmulo de funções, isto é, deixará
de apenas prestar serviços de transmissão de energia e permitirá interações entre prestadores e
tomadores de serviços de eletricidade. Em terceiro lugar, os impactos climáticos das emissões de
carbono vêm pressionando os países a apostarem em matrizes energéticas cada vez mais limpas,
estimulando a produção de energias renováveis. Esta quarta unidade visa apresentar as grandes
forças de pressão do setor elétrico no mundo, a partir dos 3D’s (digitalização, descentralização e
descarbonização).
Aula 16 – Geração distribuída (mini e micro)
A geração distribuída tem se desenvolvido rapidamente em alguns países centrais e traz consigo
uma radical mudança na relação entre cliente e distribuidora. Com a difusão da geração distribuída,
o cliente pode no limite deixar de ser somente um comprador passivo de energia, passando a atuar
como produtor de energia (DANTAS et al., 2015).
Aula 17 – Armazenamento e redes inteligentes
O processo de evolução para as redes inteligentes convocará simultaneamente:
Inovações tecnológicas;
Enquadramento regulatório;

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Alterações nas regras comerciais e de mercado;
Estabelecimento de padrões;
Desenvolvimento de soluções de ICT específicas;
Concepção de estratégias de migração;
Estudos sobre as implicações sociais.
Aula 18 – Mobilidade elétrica: veículos elétricos
A mobilidade de pessoas e mercadorias de forma eficiente é um dos grandes desafios do mundo
contemporâneo. A mudança do paradigma tecnológico e organizacional do setor de transportes é
urgente. No nível tecnológico, as alterações irão variar nos diferentes modais, dadas as distintas
especificidades técnicas (DANTAS et al., 2015). O relatório “The Future of Energy and Mobility”
do Fórum Econômico Mundial aponta que o futuro das redes elétricas reside na incorporação de
diversos setores da economia e da sociedade por meio da eletrificação, descentralização e
digitalização provocada pelas Redes Inteligentes e está relacionado ao futuro do setor de transporte,
composto por veículos elétricos, autônomos e compartilhados.
Aula 19 – Blockchain e setor elétrico
Esta aula pretende analisar as aplicações de blockchain em projetos piloto, desenvolvimento
experimental e testes no Setor Elétrico europeu, australiano e norte americano. De início, é
necessário definir e entender a forma operacional desta nova tecnologia. Em seguida serão
examinadas as possibilidades desta nova tecnologia no setor elétrico. Na terceira parte da aula,
serão apresentadas as aplicações concretas no SE das experiências internacionais indicadas. Ao fim,
serão sistematizadas as conclusões que, ao nível mais geral, indicam a necessidade de inovações
regulatórias para viabilizar e estruturar novos negócios derivados desta tecnologia.
Aula 20 – Aula de apresentação das diretrizes do trabalho final
Aula para apresentação da metodologia do artigo científico a ser feito para o curso, além de sessão
de dúvidas.
Aula extra – Palestra com especialista do setor elétrico

BIBLIOGRAFIA BÁSICA E COMPLEMENTAR


BORGES, Luis Ferreira Xavier; CASTRO, Nivalde J. A Convergência de um novo padrão de
financiamento para o setor elétrico brasileiro. Seminário Internacional de Regulação e
Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro. Rio de Janeiro, 30 -31 de agosto de 2006.
BUENO, Daniel; CASTRO, Nivalde J. Leilões de Linhas de Transmissão e o Modelo de Parceria
Estratégica Público-Privada. São Paulo. Revista GTD, agosto de 2006, p. 62-64.
CARVALHO, Ricardo Luiz de. "Programa Termoelétrico Brasileiro faz água e investidores
convivem com riscos elevados em seus projetos" Fitchratings, Julho de 2003.
CASTRO, Nivalde Jose; DANTAS, Guilherme de Azevedo; LEITE, André Luis da Silva;
GOODWARD, Jenna. Perspectivas para a Energia Eólica no Brasil. Texto de Discussão n. 18. Rio
de Janeiro: GESEL/IE/UFRJ, 2010.
CASTRO, Nivalde José; BRANDÃO, Roberto; DANTAS, Guilherme de A. Considerações sobre a
ampliação da geração complementar ao parque hídrico brasileiro. Texto de Discussão n. 15. Rio
de Janeiro: Gesel/IE/UFRJ, 2010a.
CASTRO, Nivalde José; BRANDÃO, Roberto; DANTAS, Guilherme de A. O risco financeiro de um
período seco prolongado para o setor elétrico brasileiro. Texto de Discussão n. 17. Rio de Janeiro:
Gesel/IE/UFRJ, 2010b.
CASTRO, Nivalde José. "Avanços na reestruturação do setor de energia elétrica". Rio de Janeiro:
IE-UFRJ, 31 de março de 2003.
CASTRO, Nivalde José. "As condições macroeconômicas do país e a ampliação do Setor Elétrico"
Rio de Janeiro, IFE nº 1.101. IE - UFRJ, 05 de maio de 2003

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Catálogo de Eletivas - 2019/1º
CASTRO, Nivalde José. "Problemas e perspectivas da crise financeira do setor elétrico Brasileiro"
Rio de Janeiro, IFE nº 1.097. IE - UFRJ, 28 de abril de 2003
CASTRO, Nivalde José. "As duas crises do setor elétrico brasileiro: a criação de energia nova" Rio
de Janeiro, IFE nº 1.091. IE - UFRJ, 14 de abril de 2003.
CASTRO, Nivalde José. "As duas crises do setor elétrico brasileiro: a vertente financeira" Rio de
Janeiro: IE-UFRJ, 07 de abril de 2003.
CASTRO, Nivalde José. "Avanços na reestruturação do Setor de Energia Elétrica" Rio de Janeiro:
IE-UFRJ, 31 de março de 2003.
CASTRO, Nivalde José. "Agências Reguladoras e estratégia das empresas do Setor de Energia
Elétrica" . Rio de Janeiro: Instituto de Economia-UFRJ, 24 de março de 2003.
CASTRO, Nivalde J.; Rosental, Rubens; Bruni, Pedro; Soares, Isabel. Concorrência do setor de
distribuição de energia elétrica no Brasil: uma abordagem teórica e empírica. Seminário
Internacional de Regulação e Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro. Rio de Janeiro, 30 -31 de
agosto de 2006.
CASTRO, Nivalde José de. O Brasil e o gás boliviano. Rio de Janeiro. IFE nº. 1.925, Rio de
Janeiro. 8 de novembro de 2006.
CASTRO, Nivalde José de; BUENO, Daniel. Análise e Perspectivas do Leilão de Linhas de
Transmissão de Energia Elétrica de Novembro de 2006. IFE nº. 1.931. Rio de Janeiro, 20 de
novembro de 2006
CASTRO, N.J.; FERNANDES, P. C. A Expansão da Fronteira Elétrica no Brasil. Revista Brasil
Energia, Rio de Janeiro, nº 312, p. 56-57, novembro de 2006.
CASTRO, Nivalde José de; BRANDÃO, Roberto. Os Leilões de linhas de transmissão e o Risco
Brasil. IFE n. 1.951. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2006.
CASTRO, Nivalde José de; BUENO, Daniel. Distribuição de renda e o consumo de energia
elétrica das classes sociais menos favorecidas. IFE n. 1.946. Rio de Janeiro, 11 de dezembro de
2006.
Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica. "Relatório: O desequilíbrio
entre oferta e demanda de energia elétrica"
Brasília: Agência Nacional de Águas/ANA, 21 de julho de 2001.
DANTAS, G.; ROSENTAL, R.; BRANDÃO, R. A energia na cidade do futuro: uma abordagem
didática sobre o setor elétrico. Rio de Janeiro: Babilonia Cultura Editorial, 2015.
DEPARTMENT OF ENERGY, DOE. International Energy Outlook 2009. Wasghinton, 2009.
EUROPEAN PHOTOVOLTAIC INDUSTRY ASSOCIATION, EPIA. Global Market Outlook for
Photovoltaic until 2015. Bruxelas, 2011.
FIESP - Departamento de Infra-estrutura. "Pontos fundamentais para a indústria na área de energia"
São Paulo: Janeiro de 2003. - 13 páginas
FIRJAN (Conselho de Energia). "Atualidade do setor elétrico nacional" Rio de Janeiro: Julho de
2003 - 12 páginas
FRANCESCUTTI, Fábio G. & CASTRO, Nivalde J. "Algumas considerações sobre as
transformações recentes do Setor de Energia Elétrica no Brasil" Macau: III Encontro dos
Economistas da Língua Portuguesa, Junho de 1998.
GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Editora da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007.
HOFFMANN, Bettina Susanne. O Ciclo Combinado com Gaesificação Integrada e a Captura de
CO2: uma solução para mitigar as emissões de CO2 em termoelétricas a carvão em larga escala
no curto prazo? Dissertação de Mestrado. PPE/COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro, 2010.
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Key World Energy Statistics 2010. IEA. Paris, 2010a.
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. World Energy Outlook 2010. IEA. Paris, 2010b.
GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL, GWEC. Global Wind Report: annual market update 2010.
Bruxelas, 2011.

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Catálogo de Eletivas - 2019/1º
LEITE, Antonio Dias. "O risco de novo desastre no sistema elétrico". São Paulo: Estado de São
Paulo, 23 de novembro de 2003.
LEITE, Antonio Dias. "A Reforma da energia (Brasil, década de noventa)" Rio de Janeiro:
IE/UFRJ. Agosto de 1998
MATSUDO, Eduardo. "A reestruturação setorial e os reflexos sobre o planejamento e os estudos de
mercado das distribuidoras de energia elétrica" Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa
Interunidades de Pós Graduação em Energia da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, Maio
de 2001.
McGANN, Frank; LEAL, Felipe. "Brasilian electric utilities" Merril Lynch. 5 de fevereiro de 2003.
MOTA, Raffaella. "The restructuring and privatisation of electricity distribution and supply
businesses in Brazil: a social cost-benefit analysis" Working Paper, University of Cambridge,
Cambridge, UK, 04 de junho de 2003.
SAUER, Ildo. "Nem os erros do passado nem o desastre presente: um modelo alternativo para o
Setor de Energia Elétrica" São Paulo: USP, Outubro de 2002.
SOARES, Isabel; Castro,- Nivalde J. Fusões e aquisições no mercado europeu de eletricidade:
onde falha a regulação? Seminário Internacional de Regulação e Reestruturação do Setor Elétrico
Brasileiro. Rio de Janeiro, 30 -31 de agosto de 2006.
SOUZA, Paulo Roberto Cavalcanti de. "Evolução da indústria de energia elétrica brasileira sob
mudanças no ambiente de negócios: um enfoque institucionalista" Florianópolis: Tese de
Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Junho de 2002.
TERRY, Leslie Afrânio. "Monopólio natural na geração e transmissão no sistema elétrico
brasileiro" Rio de Janeiro: ILUMINA, 23 de outubro de 2003.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
INTRODUÇÃO A EXTENSÃO
Código da disciplina: IEEZ60
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: não tem
Prof.: Alexandre Freitas (alexandre.freitas@ie.ufrj.br)
3ª - 16:40/18:20
4ª - 16:40/18:20
Nº da turma no SIGA: 6755 e 6756

PROGRAMA
Introdução
Conceitos e Diretrizes de Extensão
Política Nacional de Extensão
Plano Nacional de Extensão Universitária
Extensão Universitária na UFRJ
(Resolução 01/2015)/ Creditação/ Avaliação/editais de registro e bolsa/ PPC/ RCS e disciplinas
Modalidades
Projeto
Curso de extensão
Evento
Prestação de serviços
Programas Articulados de Extensão na UFRJ
Projetos de extensão no IE-UFRJ
Projetos de extensão na UFRJ – SIGA/ mapa de extensão

ALGUNS LINKS
Politica Nacional de Extensão Universitária: http://www.ufrgs.br/prorext-siteantigo/arquivos-
diversos/PNE_07.11.2012.pdf/view
Plano Nacional de Extensão Universitária:
https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Plano-nacional-de-extensao-universitaria-
editado.pdf
Conceitos e Diretrizes de Extensão:
http://pr5.ufrj.br/index.php/conceitos-e-diretrizes
Guia de Creditação UFRJ:
http://pr5.ufrj.br/index.php/guia-da-creditacao
Programas Articulados de Extensão na UFRJ

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http://pr5.ufrj.br/index.php/programas-articulados-e-programas-de-formacao/programas-articulados

REFERÊNCIAS indicadas pela Pro-Reitoria de Extensão da UFRJ


BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional. Diário Oficial da União, de 23 de dezembro de 1996, p. 27.833.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf> Acesso em:
março de 2012.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de
Educação (PNE) e dá outras providências. Diário Oficial da União, de 10 de janeiro de 2001, p.
128. Disponível em:
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.172-
2001?OpenDocument Acesso em: março de 2012.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano
Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em:
http://www.pr5.ufrj.br/images/stories/Anexos/PNE_2014.pdf
FÓRUM NACIONAL DE PRÓ-REITORES DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES
BRASILEIRAS. Concepções e implementação da flexibilização curricular Extensão Universitária.
XVI Encontro Nacional de Pró-Reitores de Graduação das Universidades Brasileiras/FORGRAD,
Campo Grande-MS, 2003.
FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE
EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRAS. Avaliação da Extensão Universitária: práticas e
discussões da Comissão Permanente de Avaliação da Extensão. Organização: Maria das Dores
Pimentel Nogueira. Belo Horizonte: FORPROEX/ CPAE; PROEX/UFMG, 2013 (Coleção
Extensão Universitária; v.8).
________. Política Nacional de Extensão Universitária. Gráfica da UFRGS. Porto Alegre, RS, 2012
(Coleção Extensão Universitária; v.7). 32 PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO DA UFRJ
________. Extensão Universitária: Organização e Sistematização. Belo Horizonte: COOPMED,
2007. 112 p. (Coleção Extensão Universitária; v.6).
________. Indissociabilidade Ensino–Pesquisa–Extensão e a Flexibilização Curricular: uma visão
da extensão. Porto Alegre: UFRGS; Brasília: MEC/SESU, 2006. (Coleção Extensão Universitária;
v.4)

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
________. Avaliação Nacional da Extensão Universitária. Brasília: MEC/SESu; Paraná: UFPR;
Ilhéus, BA: UESC, 2001. (Coleção Extensão Universitária; v.3).
________.Plano Nacional de Extensão Universitária. Ilhéus: Editus, 2001. (Coleção Extensão
Universitária; v.1).
FREIRE, P. Extensão ou Comunicação? 10 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
NOGUEIRA, M. D. P. Políticas de Extensão Universitária Brasileira. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2005.
NOGUEIRA, M. D. P. (Org.) Extensão Universitária: diretrizes conceituais e políticas. Belo
Horizonte: PROEX/UFMG; o Fórum, 2000.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. 18ª edição. São Paulo: Cortez, 2011.

OUTRAS REFERÊNCIAS
ROCHA, J. C. A reinvenção solidária e participativa da universidade - Um estudo de caso múltiplo
sobre rede de extensão universitária no Brasil. Tese de D.Sc., FACED/Universidade Federal da
Bahia. Salvador, BA, Brasil, 2006. Disponível em: <
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10189/1/Rocha,%20Jose%20Claudio.pdf>. Acesso em 17
de dezembro de 2016.
SANTOS, Boaventura S. A Universidade no século XXI: para uma reforma democrática e
emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2004.
FORPROEX (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras).
Extensão Universitária: organização e sistematização. Edison José Corrêa (Org.). Belo Horizonte:
Coopmed, 2007.
NOGUEIRA, M. D. P. (Org.). Extensão Universitária: diretrizes conceituais e políticas. Belo
Horizonte: PROEX/UFMG, 2000.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
MACRODINÂMICA
Código da disciplina: IEE602
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Teoria da Dinâmica Capitalista
Profas.: Esther Dweck (esther.dweck@gmail.com) & Maria Isabel Busato (maria.busato@ie.ufrj.br)
2ª - 18:30/22:00
Nº da turma no SIGA: 6762

PROGRAMA PRELIMINAR

OBJETIVO
A disciplina Macrodinâmica pretende abordar as principais contribuições teóricas de
inspiração neoclássica e de inspiração hetorodoxas para a compreensão da dinâmica
macroeconômica dos processos crescimento, acumulação, distribuição de renda e ciclo econômico.
Mais especificamente, a disciplina abordará as seguintes formulações neoclássicas: Solow básico e
com progresso técnico; e as Teorias neoclássicas do crescimento endógeno. Já pelo lado
heterodoxo, se apresentarão o modelo seminado de Harrod-Domar, Joan Robinson, Nickolas Kaldor
e Luigi Pasinetti - baseadas nas formulações seminais de Keynes e Kalecki - bem como as
formulações mais recentes de autores neokaleckianos. Por fim, a disciplina abordará os modelos de
crescimento liderado pela demanda, inspirados em Kaldor-Thilwall.

PROGRAMA
1. Crescimento e Instabilidade: Modelo Harrod-Domar
2. Modelos neoclássicos de crescimento: Modelo de Solow e suas extensões
3. Crescimento e Distribuição de Renda: Modelos Kaldor-Pasinetti e Bhaduri-Marglin
4. Crescimento e Restrição Externa: Modelos Thirlwall e variantes
5. Modelos de crescimento aplicados à economia brasileira: social-desenvolvimentista,
Serrano/Sraffiano, Novo-Desenvolvimentista
6. Modelos heterodoxos com progresso técnico: Possas-Dweck-Busato-Reif

BIBLIOGRAFIA2
BARBOSA-FILHO, N., TAYLOR, L. (2006). “Distributive and demand cycles in the US economy:
a structuralist Goodwin model.” Metroeconomica, Vol. 57 (3), pp. 389-411.
BARRO, R. & SALA-I-MARTIN, X. (1995). Economic Growth, N. York.: McGraw-Hill.
BHADURI, A; MARGLIN, S. (1990). Unemployment and the Real Wage: the economic basis for
contesting political ideologies. Cambridge Journal of Economics, 14(4).
BLECKER, R. A. (2002) “Distribution, Demand and Growth in Neo-Kaleckian Macro-Models” In:
Setterfield, M. (ed.) The Economics of Demand-Led Growth Challenging the Supply-side
Vision of the Long Run. Northampton: Edward Elgar, pp. 129-152.
CARVALHO, L., REZAI, A. (2016). “Personal income inequality and aggregate demand.”
Cambridge Journal of Economics, Vol. 40 (2), pp. 491-505.

2
Outras referências poderão ser incluídas no decorrer no curso.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
GONÇALVES, J. B. (2016). “Distribuição de renda e demanda agregada no Brasil (1995-2015):
uma análise de extensões ao modelo neo-Kaleckiano pelo método VAR.” artigo apresentado
np 44º Encontro da ANPEC.
HARROD, R. (1939). An Essay in Dynamic Theory. The Economic Journal, Vol. 49.
JONES, H. G. Modernas Teorias do Crescimento Econômico: Uma Introdução. São Paulo:
Atlas,1979.
KALDOR, N. (1956). Alternative Theories of Distribution. Review of Economic Studies, 23, pp.
83-100.
KALDOR, N. (1957). A Model of Economic Growth. Economic Journal, 67.
KALDOR, N. (1958). Capital Accumulation and Economic Growth. Further Essays on Economic
Theory. Holmes & Meier Publishers: Nova Iorque.
KALECKI, M. Teoria da Dinâmica Econômica: ensaio sobre as Mudanças Cíclicas e a Longo Prazo
da Economia Capitalista. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
LAVOIE, M.; STOCKHAMMER, E. (2013) “Wage-led Growth: Concept,Theories and Policies”.
In: Lavoie, M.; Stockhammer, E. (ed.) Wage-led Growth An Equitable Strategy for
Economic Recovery. Londres: Palgrave Macmillan.
MANKIW, N. G. Macroeconomia. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1998.
MARGLIN, S. A. & BHADURI, A. (1990) “Profit Squeeze and Keynesian Theory”, em
MARGLIN, S. A.& SCHOR, J. B. (eds.) The Golden Age of Capitalism, Oxford University
Press.
MORENO-BRID, J.C. (1998-1999). On Capital Flows and the Balance of Payments Constrained
Growth Model. Journal of Post Keynesian Economics, Vol. 21, N. 2.
NELSON, R., WINTER, S. (1982). An Evolutionary Theory of Economic Change. Cambridge,
Mass.: Harvard University Press.
NIKIFOROS, M. (2016). “Distribution-led growth through methodological lenses.” Levy
Economics Institute Working Paper, n. 879.
OREIRO, J. L. C. Macroeconomia do Desenvolvimento - Uma Perspectiva Keynesiana. LTC,
05/2016. VitalBook file.
PASINETTI, L. (1961-1962). The rate of profit and income distribution in relation toe the rate of
economic growth. Review of Economic Studies, Vol. 29, nº.4.
ROMER, D. (2006) Advanced macroeconomics. McGraw-Hill, 4a Ed.
SCHUMPETER, J. (1982). Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril Cultural.
SOLOW, R. M. (1956) A Contribution to the Theory of Economic Growth, Quartely Journal of
Economics, vol. 70, n. 1, pp. 65–94.
THIRLWALL, A. P. (2005). A natureza do crescimento econômico: um referencial alternativo para
compreender o desempenho das nações. Brasilia: IPEA.

AVISO
É proibida a gravação de áudio ou vídeo das aulas, a não ser que haja autorização prévia por parte
do professor. Os registros que forem autorizados deverão servir exclusivamente para uso pessoal,
sendo vedada a sua divulgação em qualquer meio de comunicação se não previamente autorizada.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
MACROECONOMIA DE KEYNES E DOS PÓS-KEYNESIANOS
Código da disciplina: IEE537
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Introdução a Macroeconomia
Prof.: João Sicsú (joaosicsu@gmail.com)
2ª/4ª - 20:20/22:00
Nº da turma no SIGA: 6757

PROGRAMA
1. A vida e a obra de Keynes
2. A economia dos Clássicos e dos (velhos e novos) Keynesianos
3. As bases de uma economia monetária
4. A centralidade da incerteza e das expectativas
5. A demanda por moeda
6. A propensão a consumir e o multiplicador
7. A decisão de investir e a eficiência marginal do capital
8. As decisões de portfolio
9. O conceito de demanda efetiva e o emprego
10. Alguns tópicos de políticas econômicas

BIBLOGRAFIA
Será apresentada no 1º dia de aula.

AVALIAÇÃO
P1 e P2 serão trabalhos dissertativos.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
MATEMÁTICA FINANCEIRA COM HP 12C E O EXCEL
Código da disciplina: IEE624
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Matemática I
Prof.: Ary Barradas (ary@ie.ufrj.br)
2ª/4ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6759

PROGRAMA
1 – Equações de Diferenças Finitas de Primeira ordem
2 - Capitalização Simples e Capitalização composta
3 – Taxas de juros
Taxa nominal - Taxa proporcional - Taxa efetiva - Taxa equivalente
4 - Desconto Simples e Composto
Desconto comercial, bancário composto ou por fora
Desconto racional composto ou por dentro
5 - Inflação, Deflação e correção monetária
Índices : TR - VRF - UFIR - Variação cambial
6 - Anuidades ou séries de pagamentos
Classificação : Prazo –Valor – Forma - Período
7 - Série em Gradiente
8 - Depreciacão
Método da taxa constante - Método de Cole -Método de capitalização - Método de anuidades
9 - Amortizações e empréstimos
Sistema francês de amortização ou sistema Price (SFA)
Sistema de amortização constante - SAC
Sistema de amortização misto (SAM)
10 - Sistema de amortização com correção monetária
11 – Valuation

BIBLIOGRAFIA
DAMODARAN, Aswath. Valuation – Como avaliar empresas. LTC - 1957
FONSECA, Manuel Alcino. Caderno de estudo no 6/94.IE-UFRJ
FRANCISCO, Walter . Matemática financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1977
HAZZAN, Samuel, POMPEO, Inácio. Matemática financeira. São Paulo: ed. Saraiva , 2001
KUHNEN, Osmar L., KUHNEN, Udibert Reinoldo Bauer. Matemática financeira aplicada e
análise de

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
investimentos - São Paulo: atlas, 1998
LAPPONI, J. C. Matemática Financeira Usando o Excel. Editora Ebras.
MATHIAS, Washington Franco, Gomes, José Maria. Matemática financeira. São Paulo: Atlas,
1979
MISHKIN, Frederic S., Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Rio de Janeiro - LTC – 2000.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira objetiva e aplicada. Rio de janeiro:Livros
Técnicos e científico, 1984
SAMANEZ, Carlos P., Matemática Financeira – aplicação e análise de investimentos - São Paulo:
Prentice Hall, 2002.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
MICROECONOMETRIA
Código da disciplina: IEE423
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Econometria I
Prof.: Romero Rocha (romero.rocha@ie.ufrj.br)
6ª - 18:30/22:00
Nº da turma no SIGA: 6743

OBJETIVO
O curso tem como objetivo apresentar aos alunos/as técnicas em microeconometria e tópicos
avançados em pesquisa aplicada em economia, de modo a capacitá-los/as em todas as etapas do
ciclo de pesquisa.

AVALIAÇÃO
A avaliação será composta por uma prova presencial, e dois trabalhos.

PROGRAMA
1. Introdução
1.1 Análise descritiva e inferência causal: discussão conceitual
1.2 Econometria e Avaliação de Políticas Públicas
2. Técnicas em Microeconometria
2.1 O Modelo de inferência Causal
2.2 RCT - Aleatorização
2.3 Variáveis Instrumentais (VI)
2.3 Painel
2.4 Regressão Descontínua
2.5 Modelos de escolha discreta, modelos de Seleção
2.6 Escore de Propensão (PSM)
3. Programação e Análise de Dados – Programação em Stata
3.1 Introdução à programação em Stata
3.2 RCT em Stata
3.3 VI em Stata
3.4 Painel em Stata
3.5 Regressão descontínua em Stata
3.6 PSM em Stata

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Angrist, JD; Pischke, JS (2008). Mostly harmless econometrics: An empiricist’s companion.
Princeton Uni. Press. (Sigla: AP)
Gertler Paul J., Sebastian Martinez, Patrick Premand, Laura B. Rawlings, e Christel M. J.
Vermeersch. 2015. Impact Evaluation in Practice -2nd Edition. Banco Mundial, Washington, D.C.
Kander, S. R.; Koolwal, G. B.; and Samad, H. A. (2010). Handbook on Impact Evaluation:
Quantitative Methods and Practices. The World Bank, Washington, DC. (Sigla: KKS)
Wooldridge, J. M. (2006). Introdução à econometria: uma abordagem moderna. Ed. Cengage
Learning. (Sigla: WD)

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
TEORIA DA POLÍTICA MONETÁRIA
Código da disciplina: IEE367
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito(s): Economia Monetária I
Prof.: Antonio Luis Licha (licha@ie.ufrj.br)
3ª/5ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6748

OBJETIVO DO CURSO
Discutir os fundamentos teóricos, elaborados pelo Novo Consenso, em relação à teoria da
política monetária, assim como os debates realizados a partir da crise financeira de 2008/9.

AVALIAÇÃO
Serão realizadas duas provas com ponderação desigual. A primeira prova (com a seção I do
Programa) terá ponderação de 40% e a segunda de 60% (seções II e III).

PROGRAMA
A bibliografia básica do curso é o livro Licha (2015). A bibliografia optativa estará disponível na
homepage do professor.
I: Antecedentes do Novo Consenso
Está primeira parte discute os principais conceitos teóricos a serem utilizados no curso. Os temas a
serem abordados são:
1- O esquema de Tinbergen
2- Generalização do problema de política
3- Incerteza
4- Escolha do instrumento de política monetária
5- Expectativas racionais e a crítica de Lucas
6- Regra, discrição e viés inflacionário.
Bibliografia
Obrigatória: Licha (2015, caps. 1 a 4).
Optativa: Sachs e Larrain (2000, cap. 19, seções 1 a 5), Blinder (1998, Ensaio I e II).
II: Novo Consenso
Discutimos o modelo básico de política monetária e extensões, como a relação da política monetária
e fiscal e economia aberta. Os temas a serem abordados são:
1- Surgimento do Novo Consenso
2- Modelo básico e regra monetária ótima

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
3- Regra de Taylor
4- Compromisso
5- Implementação da política monetária
6- Canais de transmissão da política monetária
7- Política monetária e fiscal
8- Política monetária em economias abertas
Bibliografia
Obrigatória: Licha (2015, caps. 5 a 12).
Optativa: Goodfriend (2007), Bofinger et al. (2006), Woodford (2010), Bofinger e Mayer (2003),
Bofinger et al. (2009).
III: Repensando o Novo Consenso
Apresentamos o debate sobre reformulações da política monetária, enfatizando polêmicas
principais. Os temas a serem abordados são:
1- Críticas ao Novo Consenso
2- Política monetária e armadilha deflacionária
3- Política monetária e estabilidade financeira
4- Política monetária e intervenção cambial
Bibliografia
Obrigatória: Licha (2015, caps. 15 a 18).
Optativa: Blanchard et al. (2010).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Blanchard, O., Dell’Ariccia, Mauro, P. (2010), Rethinking Macroeconomic Policy, Journal of
Money, Credit and Banking, Supplement to Vol. 42, N° 6, September: 199-215.
Blinder, A.S. (1998), Bancos Centrais: Teoria e Prática, Editora 34, São Paulo.
Bofinger, P. e Mayer, E. (2003), BMW-Model - A New Framework for Teaching Macroeconomics:
Monetary and Fiscal Policy Interaction in a Closed Economy, mimeo, October.
Bofinger, P., Mayer, E. e Wollmershäuser, T. (2006), The BMW Model: A New Framework for
Teaching Monetary Economics, Journal of Economic Education, 37, 1, winter: 98-117.
Bofinger, P., Mayer, E. e Wollmershäuser, T. (2009), Teaching New Keynesian Open Economy
Macroeconomics at the Intermediate Level, Journal of Economic Education, 40,1, Winter, 80-101.
Goodfriend, M. (2007), How the World Achieved Consensus on Monetary Policy, NBER Working
Paper N° 13.580, November, Cambridge.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Licha, A.L. (2015), Teoria da Política Monetária: Uma Abordagem a Nível Intermediário, Alta
Books, Rio de Janeiro.
Sachs, J. e Larrain, F. (2000), Macroeconomia – Edição Revisada e Atualizada, Makron Books, São
Paulo.
Woodford, M. (2010), Financial Intermediation and Macroeconomic Analysis, Journal of Economic
Perspectives, Vol. 24, N° 4, Fall: 21-44.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
TÓPICOS EM ECONOMIA BRASILEIRA I:
CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO BRASIL NAS
REFLEXÕES DE CELSO FURTADO E DA TEORIA DA DEPENDÊNCIA”
Código da disciplina: IEE126
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Formação Econômica do Brasil
Prof.: Wilson Vieira (wilson.vieira@ie.ufrj.br)
4ª/6ª- 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 9191

EMENTA
Reflexões sobre a nação a partir de seus principais teóricos no Brasil e no mundo. Relação
entre a construção da nação brasileira e o seu desenvolvimento econômico a partir das reflexões de
Celso Furtado e da teoria da dependência.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E BIBLIOGRAFIA BÁSICA


1. Reflexões sobre a nação a partir de seus principais teóricos no Brasil e no mundo.
VIEIRA, Wilson. A construção da nação no pensamento de Celso Furtado. Campinas: IFCH-
UNICAMP, 2010 (Tese de Doutorado em Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
da UNICAMP), cap. 1 (p. 22-40).
ZERNATTO, Guido. Nation: The History of a Word. In: HUTCHINSON, John & SMITH,
Anthony D. (organizadores). Nationalism: Critical Concepts in Political Science. Londres e Nova
York: Routledge, 2000 (1944), p. 13-25.
2. Breve panorama geral sobre o debate construção da nação-desenvolvimento econômico no
Brasil.
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do
desenvolvimentismo. 5ª edição. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000, cap. 9 (p. 247-259), cap. 10 (p.
261-269, 315-325, 363-368), cap. 11 (p. 401-429).
CEPÊDA, Vera Alves. Inclusão, democracia e novo-desenvolvimentismo – um balanço histórico.
Estudos Avançados, 26 (75), 2012, p. 77-90.
___________. A construção da industrialização no Brasil: políticas econômicas, mudança social e a
crise do liberalismo na Primeira República. Desigualdade & Diversidade – Revista de Ciências
Sociais da PUC-Rio, n. 7, jul/dez 2010, p. 115-136.
FONSECA, Pedro Cézar Dutra. Gênese e precursores do desenvolvimentismo no Brasil. Pesquisa e
Debate – Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política, São Paulo:
Departamento de Economia da PUC-SP, vol. 15, n. 2 (26), 2004, p. 225-256.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
FONSECA, Pedro Cézar Dutra; SALOMÃO, Ivan Colangelo. O Sentido histórico do
desenvolvimentismo e sua atualidade. Revista de Economia Contemporânea, número especial,
2017, p. 1-20.
VIEIRA, Wilson. A construção da nação no pensamento de Celso Furtado. Campinas: IFCH-
UNICAMP, 2010 (Tese de Doutorado em Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
da UNICAMP), cap. 2 (p. 57-64).
3. A construção da nação brasileira e o desenvolvimento econômico entre 1950 e 1964: a
reflexão de Celso Furtado.
FURTADO, Celso. Aventuras de um economista brasileiro. In: Celso Furtado: Obra
Autobiográfica (vol. 2). São Paulo: Paz e Terra, 1997, p. 9-26.
____________. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Contraponto: Centro
Internacional Celso Furtado, 2009 (1961), cap. 4 (p. 147-172), cap. 5 (p. 173-203), cap. 6 (p. 205-
234).
____________. Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1964, 1ª parte
(cap. 6, p. 79-90) e 2ª parte (cap. 2, p. 113-142).
4. A construção da nação brasileira e o desenvolvimento econômico entre 1964 e 1980: as
reflexões de Celso Furtado, da teoria da dependência na vertente do desenvolvimento
dependente e associado (Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto) e na vertente marxista
(Ruy Mauro Marini, Theotonio dos Santos e Vânia Bambirra).
CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América
Latina. 7ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1984 (1970), cap. 5 (p. 91-113), cap. 6 (p. 114-143).
FURTADO, Celso. Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1968 (1966), cap. 2 (p. 19-47).
____________. Brasil: da República oligárquica ao Estado militar. In: FURTADO, Celso (org.).
Brasil: tempos modernos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968, p. 1-23.
____________. Análise do “modelo” brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982
(1972), p. 5-79.
MARINI, Ruy Mauro. Dialética do desenvolvimento capitalista no Brasil. In: _______.
Subdesenvolvimento e revolução. 5. ed. Florianópolis: Insular, 2014 (1969), p. 73-161.
____________. Dialética da dependência. In: ____________. Dialética da dependência.
Petrópolis: Vozes; Buenos Aires: CLACSO, 2000 (1973), p. 105-165.
5. Desdobramentos das reflexões de Celso Furtado e da teoria da dependência a partir de
1980: breve análise.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
VIEIRA, Wilson. O desafio do subdesenvolvimento: uma análise comparativa do pensamento de
Celso Furtado e da Teoria da Dependência. In: Anais do 39º Encontro Anual da ANPOCS, 2015,
Caxambu, p. 1-31.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA E COMPLEMENTAR


BAUER, Otto. A Nação. In: BALAKRISHNAN, Gopal (organizador). Um Mapa da Questão
Nacional. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do
desenvolvimentismo. 5ª edição. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000, cap. 9 (p. 247-259), cap. 10 (p.
261-269, 315-325, 363-368), cap. 11 (p. 401-429).
CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América
Latina. 7ª edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1984 (1970), cap. 5 (p. 91-113), cap. 6 (p. 114-143).
CARDOSO, Fernando Henrique. As ideias e seu lugar. Petrópolis: Vozes, 1993.
CEPÊDA, Vera Alves. Inclusão, democracia e novo-desenvolvimentismo – um balanço histórico.
Estudos Avançados, 26 (75), 2012, p. 77-90.
___________. A construção da industrialização no Brasil: políticas econômicas, mudança social e a
crise do liberalismo na Primeira República. Desigualdade & Diversidade – Revista de Ciências
Sociais da PUC-Rio, n. 7, jul/dez 2010, p. 115-136.
DOS SANTOS, Theotonio. A teoria da dependência: balanço e perspectivas. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2000.
FONSECA, Pedro Cézar Dutra. Gênese e precursores do desenvolvimentismo no Brasil. Pesquisa e
Debate – Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política, São Paulo:
Departamento de Economia da PUC-SP, vol. 15, n. 2 (26), 2004, p. 225-256.
FONSECA, Pedro Cézar Dutra; SALOMÃO, Ivan Colangelo. O Sentido histórico do
desenvolvimentismo e sua atualidade. Revista de Economia Contemporânea, número especial,
2017, p. 1-20.
FURTADO, Celso. Características gerais da economia brasileira. Revista Brasileira de Economia,
ano 4, nº 1, 1950, p. 7-36.
___________. Formação de capital e desenvolvimento econômico. Memórias do
Desenvolvimento. Ano 1, nº 1, jun. (2007). Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de
Políticas para o Desenvolvimento, p. 193-229 (publicado pela primeira vez na Revista Brasileira de
Economia, nº 3, ano 6, setembro de 1952).
___________. A programação do desenvolvimento econômico II. Revista do Conselho Nacional
de Economia. Rio de Janeiro, v. 2, nº 19-20, novembro-dezembro 1953, p. 11-15.

63
Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
___________. A economia brasileira. Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1954a.
___________. A técnica do planejamento econômico. Revista de Ciências Econômicas da Ordem
dos Economistas de São Paulo, ano XI, 70, 1954b, p. 3-13.
___________. Uma economia dependente. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura,
1956a.
____________. Setor privado e poupança. Econômica Brasileira. Rio de Janeiro, v. II, 2, abril-
junho 1956b, p. 100-2.
___________. Perspectivas da economia brasileira. Rio de Janeiro: ISEB, 1958a.
___________. Fundamentos da programação econômica. Econômica Brasileira. Rio de Janeiro, v.
IV, 1-2, janeiro-junho 1958b, p. 39-44.
____________. Formação econômica do Brasil. 34ª edição. São Paulo: Companhia das Letras,
2007 (1ª edição: 1959).
____________. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Contraponto: Centro
Internacional Celso Furtado, 2009 (1961), cap. 4 (p. 147-172), cap. 5 (p. 173-203), cap. 6 (p. 205-
234).
____________. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.
____________. Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1964, 1ª parte
(cap. 6, p. 79-90) e 2ª parte (cap. 2, p. 113-142).
____________. Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1968 (1966), cap. 2 (p. 19-47).
____________. Brasil: da República oligárquica ao Estado militar. In: FURTADO, Celso (org.).
Brasil: tempos modernos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968, p. 1-23.
____________. Análise do “modelo” brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982
(1972), p. 5-79.
____________. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
____________. Criatividade e dependência na civilização industrial. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1978.
____________. O Brasil pós-“milagre”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
____________. Brasil: A construção interrompida. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
____________. Aventuras de um economista brasileiro. In: Celso Furtado: Obra Autobiográfica
(vol. 2). São Paulo: Paz e Terra, 1997, p. 9-26.
____________. O capitalismo global. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
GELLNER, Ernest. Thought and Change. Chicago: University of Chicago Press, 1965.
____________. Nações e Nacionalismo. Lisboa: Gradiva, 1993 (1983).

64
Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
____________. O Advento do Nacionalismo e sua Interpretação: Os Mitos da Nação e da Classe.
In: BALAKRISHNAN, Gopal (organizador). Um Mapa da Questão Nacional. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2000 (1993).
HOBSBAWM, Eric. Nações e Nacionalismos desde 1780: Programa, Mito e Realidade. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1991 (1990).
HUTCHINSON, John & SMITH, Anthony D. General Introduction. In: HUTCHINSON, John &
SMITH, Anthony D. (organizadores). Nationalism: Critical Concepts in Political Science.
Londres e Nova York: Routledge, 2000.
MALLORQUIN, Carlos. Lucha, Poder y Desencanto: Los Primeros Tiempos de Celso Furtado in
MARINI, Ruy Mauro e MILLÁN, Márgara (organizadores). La Teoría Social Latinoamericana:
Subdesarrollo y Dependencia. México: Ediciones El Caballito, 1994, três volumes, volume II, p.
41-72.
____________. Celso Furtado: Um Retrato Intelectual. São Paulo: Xamã; Rio de Janeiro:
Contraponto, 2005.
MANTEGA, Guido. A economia política brasileira. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Polis, 1984.
MARINI, Ruy Mauro. Dialética do desenvolvimento capitalista no Brasil. In: _______.
Subdesenvolvimento e revolução. 5. ed. Florianópolis: Insular, 2014 (1969), p. 73-161.
____________. Dialética da dependência. In: ____________. Dialética da dependência.
Petrópolis: Vozes; Buenos Aires: CLACSO, 2000 (1973), p. 105-165.
____________. Processo e tendências da globalização capitalista. In: ____________. Dialética da
dependência. Petrópolis: Vozes; Buenos Aires: CLACSO, 2000 (1997), p. 269-295.
MATOSSIAN, Mary. Ideologies of Delayed Industrialization: Some Tensions and Ambiguities. In:
HUTCHINSON, John & SMITH, Anthony D. (organizadores). Nationalism: Critical Concepts in
Political Science. Londres e Nova York: Routledge, 2000 (1958).
VIEIRA, Wilson. A construção da nação no pensamento de Celso Furtado. Campinas: IFCH-
UNICAMP, 2010 (Tese de Doutorado em Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
da UNICAMP), cap. 1 (p. 22-40) e cap. 2 (p. 57-64).
____________. O desafio do subdesenvolvimento: uma análise comparativa do pensamento de
Celso Furtado e da Teoria da Dependência. In: Anais do 39º Encontro Anual da ANPOCS, 2015,
Caxambu, p. 1-31.
ZERNATTO, Guido. Nation: The History of a Word. In: HUTCHINSON, John & SMITH,
Anthony D. (organizadores). Nationalism: Critical Concepts in Political Science. Londres e Nova
York: Routledge, 2000 (1944), p. 13-25.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
TÓPICOS ESPECIAIS EM FINANÇAS PÚBLICAS
Código da disciplina: IEE605
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito(s): Economia Monetária I
Prof.: Fernando Lopes (fernandolopes31246@gmail.com)
2ª - 07:30/11:00
Nº da turma no SIGA: 6770

PROGRAMA
1. Recuperação e Detalhamento dos Conceitos Referidos como Pré-requisitos.
2. Gênese do Estado e as Finanças Públicas; Mudanças no Papel do Estado e os Correspondentes
Impactos na forma e Modalidades do Financiamento Público.
3. O Estado Capitalista, ampliação de seus papéis e a complexificação das Finanças Públicas.
4. O Estado na América Latina; Do Estado Colonial ao Estado Nacional; papel do Estado no
processo de industrialização retardatária, a concepção desenvolvimentista.
5. O Estado Nacional Brasileiro e suas especificidades; Organização do Estado Brasileiro e suas
peculiaridades no tocante às Finanças Públicas.
6. Estados Nacionais e Corporações Multinacionais - O Impacto da divisão mundial da produção e
seus efeitos sobre a capacidade decisória dos Estados Nacionais.
7. Visões sobre o papel do Estado no século XX e início do século XXI; Estado mínimo, Estado do
Bem Estar Social e Estado nacional-desenvolvimentista.
8. A Financeirização da Economia Mundial, multiplicação do capital fictício e seus efeitos sobre o
papel do Estado como amortecedor de crises.
9. O Entrelaçamento entre Política Fiscal e Política Monetária e o risco da perda de eficácia das
políticas públicas em seu conjunto.
10. A Especificidade do Modelo Chinês de “Socialismo de Mercado”.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Celso Furtado - Formação Econômica da América Latina. Lia Editor, Rio, 1970.
Celso Furtado - Não à Recessão e ao Desemprego, esp. Parte 2, Editora Paz e Terra, 1983.
Giovanni Arrighi - O Longo Século XX, esp. Parte 4, Contraponto Editora Unesp, 1996.
João Manuel Cardoso de Mello - O Capitalismo Tardio, Ed.Brasiliense, 1982.
Jorge Gustavo da Costa - Planejamento Governamental – A Experiência Brasileira, esp. Parte II,
FGV, 1971.
José Matias Pereira - Finanças Públicas – Ed. Atlas, 2017.
Luciano Martins - Nação e Corporação Multinacional, esp. Primeira Parte, Ed. Paz e Terra, 1975.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Serão utilizados ainda pequenos artigos relativos aos temas mais recentes, a serem disponibilizados
oportunamente.

PRÉ – REQUISITOS
1 - Noções Básicas sobre Planejamento Governamental e Orçamento Público em suas diversas
Modalidades
2 - Características principais dos tipos de receita pública e da despesa pública
3 - Organização Estatal e suas modificações ao longo da história

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
TÓPICOS EM HISTÓRIA FINANCEIRA
Código da disciplina: IEE525
Nº de Créditos: 04 créditos (60 horas)
Pré-requisito: Economia Monetária I
Prof.: Fernando Carlos Cerqueira (fcgclima@terra.com.br)
2ª/4ª - 20:20/22:00
Nº da turma no SIGA: 8539

OBJETIVO
Apresentar algumas das principais visões sobre a origem e transformações da moeda, dos
sistemas monetários e dos bancos desde a Idade Média. O curso é centrado na experiência de países
europeus e americanos, incluindo a do Brasil desde o período colonial.

EMENTA
A moeda na Idade Média: origem das unidades de conta e a circulação de moeda metálica.
Meios de troca e de pagamentos alternativos: moedas-mercadorias e letras de câmbio. Bancos de
compensação e de emissão: alguns exemplos. O sistema bimetálico: teoria e prática. Padrão-ouro:
teoria e prática. Surgimento dos bancos centrais. Crises financeiras: teoria e os exemplos históricos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Cipolla, Carlo. Money, prices and civilization in the Mediterranean world. Princeton: Princeton UP,
1956.
Galbraith, J.K. Moeda: de onde veio, para onde foi. São Paulo: Pioneira, 1993.
Friedman, Milton. Episódios da história monetária. São Paulo: Record, 1992
Schulz, John. A crise financeira da abolição: 1875-1901. São Paulo: Ed. USP, 1996.
Kindleberger, Charles P. Pânico, manias e crashes: um histórico das crises financeiras. São Paulo:
Nova Fronteira, 2000.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
UMA HISTÓRIA DA ECONOMIA MUNDIAL PÓS-GUERRA FRIA: 1991 – 2016
Código da disciplina: IEE506
Pré-requisito: História Econômica Geral II
Prof.: Luiz Carlos Prado (lcdprado@gmail.com)
4ª/6ª - 11:10/12:50
Nº da turma no SIGA: 6763

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este curso tem por objetivo apresentar uma história econômica do mundo pós-Guerra Fria, ou seja,
entre 1991 – 2018. Hobsbawm considerou o século XX, como um século curto, que se estendeu da Primeira
Guerra Mundial ao fim do Socialismo Real, no início da década de 1990. Nessa linha, o século XXI teria
começado com o fim da União Soviética em dezembro de 1991. Esse período não é normalmente tratado em
detalhe no curso de História Econômica Geral II. Como o programa dessa disciplina é muito extenso,
devendo discutir todo o século XX, os últimos anos desse século (e o século XXI) são, normalmente, pouco
estudados. Portanto, este curso pode ser, também, considerado como uma introdução à história econômica
do século XXI.

REQUISITOS
Como o curso pretende ser uma continuação da HEG II, considera-se pré-requisito a conclusão
daquela disciplina. Observa-se que o curso exigirá disponibilidade para uma carga extensa de leitura e, ainda,
que muitos dos textos recomendados são em inglês.

OUTRAS INFORMAÇÕES
A presença em sala de aula será verificada por uma lista que deverá ser assinada pelos alunos e
periodicamente conferida pelo professor. Este é um curso eletivo, onde a participação dos alunos na
discussão é fundamental, portanto, a presença será exigida, nos termos do regulamento em vigor - o
aluno será reprovado se ultrapassar 7 (sete) faltas ao longo do semestre.
Estarei disponível para atender os alunos na sala 112, sem marcação prévia, às segundas e quartas-
feiras entre 15:00 e 17:00 hrs. No entanto, estarei disponível, com marcação prévia através de meu e-mail,
em outros dias e horários.
Nos casos de cancelamentos de aulas, em razão de eventuais ausências do professor, que
serão sempre previamente comunicadas, devido a compromissos de participação em seminários
ou conferências, haverá sempre reposição, em datas e horas que serão divulgadas com
antecedência.

AVALIAÇÃO
A Avaliação será realizada da seguinte forma:

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Catálogo de Eletivas - 2019/1º
a) Um trabalho no seguinte formato: os alunos deverão se organizar em grupos de até cinco pessoas.
Esses grupos deverão apresentar 2 trabalhos com as respostas das questões levantadas no programa. A
primeira avaliação será feita pela resposta às questões 1 a 5. A segunda avaliação será composta da resposta
às questões 6 a 10.
b) Uma prova baseada nas questões apontadas no programa.
Prova Final: Para os alunos que não obtiverem Média Mínima 6 (seis) nas duas avaliações, haverá
Prova Final, que incluirá toda a matéria do curso.
Segunda Chamada: Será concedida nas condições previstas pelas Normas Gerais da Graduação
(Aprovadas pelo Conselho de Graduação em 14/06/2000), que recomendamos os alunos a ler.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A programação das aulas, com o detalhamento dos temas e das leituras de cada aula, é apresentada no Plano
de Aulas, que deve ser consultado em conjunto com o Programa do Curso. Toda a bibliografia estará
disponível para os alunos no primeiro dia de aula, sempre que possível o material de leitura será
disponibilizado em formato digital.

PROGRAMA DO CURSO
I- Introdução
1.1 - Um Panorama do Século XX e as Raízes do Século XXI;
1.2 - A vitória Norte-Americana na Guerra Fria: As Implicações Econômicas e Políticas;
1.3 - Liberalismo e neoliberalismo no Fim do Século XX: Um “Conceito Essencialmente Contestado”.
Questão 1: Como estava o mundo e quais foram as consequências econômicas do fim da Guerra Fria?

II - A Ordem Econômica Internacional Pós-Guerra Fria: A Ascensão do Neoliberalismo.


2.1 - Políticas Econômicas Neoliberais: o debate teórico e a vitória ideológica;
2.2 - O Neoliberalismo no Centro: Os governos de Thatcher (1971-1990) e Reagan (1981-1989)
2.3 - O Neoliberalismo na Periferia: A Crítica ao Desenvolvimentismo, o Consenso de Washington
e as Políticas de Reforma e Ajuste Estrutural.
Questão 2: O que é o neoliberalismo? Como as ideias neoliberais foram vitoriosas no Centro e na
Periferia?
III - O Fim da História? O Desaparecimento do Socialismo Real
3.1 - Problemas Econômicos da Economia Socialista: O Debate sobre a Economia da Escassez e a
Crise Econômica da URSS;
3.2 - O Fim da União Soviética;
3.3 - A Rússia e as Economias em Transição;

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Catálogo de Eletivas - 2019/1º
3.4 - O Fim do Maoísmo e o início da Transição na China
Questão 3: Por que a Economia Socialista Fracassou? Por que o Partido Comunista desapareceu na
Rússia e no Leste Europeu e liderou a transição na China?
IV- A Exuberante Década de 1990 nos EUA e na Europa: A Segunda Onda do
Neoliberalismo.
4.1 - A Segunda Onda Neoliberal nos EUA: Os Exuberantes Anos 1990 e o Governo Clinton ;
4.2 - A Segunda Onda Neoliberal na Europa: Terceira Via e o New Labour
4.3 - Duas Versões de Integração: A União Europeia e o Nafta;
4.4 - Globalização e a formação das Cadeias Produtivas Globais
Questão 4: Quais foram as razões para o boom econômico nos EUA e na União Europeia na década
de 1990?
V- Mas, a Década de 1990 não foi Exuberante? Instabilidade e Crise Financeira na Ásia,
Rússia e Américas.
5.1- Japão: do Crescimento Acelerado à Estagnação;
5.2 - Leste Asiático: do Milagre Econômico à Crise Financeira;
5.3 - O Retorno das Crises de Dívida Soberana: México, Rússia, Brasil e Argentina.
Questão 5: Por que entre 1994 e 2000 ocorreram tantas crises cambiais? Qual a relação dessas crises
com a Globalização Financeira?
VI - A Ascensão da China
6.1 - A via chinesa: Um socialismo com características chinesas ou um modelo de capitalismo regulado?
6.2 - O impacto da China na Ásia: relações econômicas, comércio e investimento com os países asiáticos;
6.3 - O comércio exterior chinês e as relações econômicas com a União Europeia e os EUA;
6.4 - O boom das commodities e os países em desenvolvimento: os casos da América Latina e da África.

Questão 6: Porquê a China teve um desempenho econômico superior a outros países em


desenvolvimento? Quais são as razões da rápida industrialização chinesa e quais são as estratégias
do país para ampliação de sua integração com a economia internacional

VII: Um Desafio à Nova Ordem Econômica? As Políticas Pós-Neoliberais na Periferia


7.1 - Os BRICS e o boom das Commodities
7.2 - Pós-Neoliberalismo nas Américas: O Caso Sul-americano;
Questão 7: O Pós-Neoliberalismo foi uma reação ao Liberalismo dos anos 1990 ou foi possível
apenas pelo aumento do preço das commodities? O que tem de “pós”, no Pós-Neoliberalismo?
VIII - O Retorno à Economia da Depressão: A Crise da Globalização Financeira.
8.1 - A Crise do Subprime nos EUA;
8.2 - A Crise chega à Europa;

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8.3 - O Euro e a Crise nos Países da Europa Meridional;
8.4 - Brexit e além....
Questão 8: A Crise de 2008 é o início de uma Grande Recessão?
IX – Fatores de Instabilidade na Economia Mundial
9.1 - Concentração de Renda e Riqueza: As consequências políticas da nova ordem mundial nos
EUA e Europa
9.2 - A Nova Classe Média Mundial: As Consequências políticas da nova ordem mundial na Ásia;
9.3 - Concentração de Renda, Instabilidade Política, Migrações: os casos do Oriente Médio e da
África subsaariana
9.4 - O Fim do Boom das Commodities: O Ressurgimento da Crise na Periferia, o Fim do Pós-
Liberalismo e a ascensão da “Far-Right”.;
Questão 9: Qual o impacto político da concentração de renda nos países ricos e do crescimento de
uma classe média na China?
X - Conclusão: Relações Econômicas Internacionais e a Crise da Globalização
10.1 - A economia internacional e a nova direita anti-globalista: as consequências econômicas da
far-right nos EUA e na Europa.
10.2 - As Consequências Econômicas da ascensão do populismo de direita: casos da Turquia,
Filipinas, Hungria e Brasil.
10.3 - O debate sobre o risco de Uma Nova Crise Econômica Global.
Questão 10: Qual a relação entre o fim do Boom das Commodities e a Crise do Pós-Liberalismo?
Estamos no início de um novo ciclo de políticas neoliberais?

BIBLIOGRAFIA(*):
Parte I:
*Arrigui, Giovanni – “The World Economy and the Cold War – 1970-1990” em Leffer, Melvyn &
Westad, Odd Arne (org), The Cambridge History of Cold War, Cambridge University Press, 2010,
pp.23-45
*Gamble, Andrew – “Two Faces of Neoliberalism” em Robison, Richard (org) The Neoliberal
Revolution: Forging the Market State, Palgrave, 2006, pp.20-35.
Judt, Tony – O Mal Ronda a Terra: Um Tratado sobre as Insatisfações do Presente, Objetiva, Rio
de Janeiro, 2010 – cap.2, pp.49-82;
Melquior, José Guilherme – O Liberalismo, Antigo e Moderno; É Realizações Editora, São Paulo,
2014, cap. 1 e 2, pp.40-93

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Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Parte II:
*Ocampo, José Antonio. 2004. “Latin America’s Growth and Equity Frustrations During Structural
Reforms”. Journal of Economic Perspectives, Spring, 18(2), pp. 67-88.
Fonseca, Pedro Cezar Dutra – “Desenvolvimentismo: A Construção do Conceito”, IPEA, Texto
para Discussão, TD 2103, Julho de 2015.
Philip, George – “The New Economic Liberalism and Democracy in Latin America: Friends or
Enemies?” em Third World Quarterly, Vol 14, No 3, 1993, pp.555-570;
*Prasad, Monica – The Politics of Free Markets: The Rise of Neoliberal Economic Policies in
Britain, France, Germany and the United States, the University of Chicago Press, 2006 ,
Introduction, pp.1-41;
*Schmidt, Ingo - “There Were Alternatives: Lessons from Efforts to Advance Beyond Keynesian
and Neoliberal Economic Policies in the 1970s”, em WorkingUSA: The Journal of Labor and
Society · 1089-7011 · Volume 14 · December 2011 · pp. 473–498;
Williamson, John - A Short History of the Washington Consensus, Paper commissioned by
Fundación CIDOB for a conference “From the Washington Consensus towards a new Global
Governance,” Barcelona, September 24–25, 2004;
Parte III:
*Hanson, Philip, The Rise and Fall of the Soviet Economy: A Economic History of the Soviet Union
from 1945, Routledge, 2014, cap.9, pp.241-255 ;
*Kornai, J – “Resource-Constrained versus Demand-Constrained Systems”, Econometrica, Vol.
47, No. 4 (Jul., 1979), pp. 801-819;
Van Brabant, Jozef, M – “The Disequilibrium School and the Shortage Economy”, em The
Journal of Economic Perspectives, Vol. 4, No. 2 (Spring, 1990), pp. 157-175;
Zubok, Vladislau M. – “Unwrapping an Enigma: Soviet Elites, Gorbachev and the End of Cold
War” em Pons, Silvio & Romero, Federico, Reinterpeting the End of the Cold War: Issues,
Interpretation, Periodization, Frank Cass London & Routledge, New York, 2005.
Zheng, Yongnian – Contemporary China: A History since 1978, John Willey & Sons, 2014, Cap 3
: Economic Reforms, pp.43-62.
Parte IV:
Bradburry, Jonnathan – “The European Union and the Contest Politics of “Ever Closer Union”:
Approaches to Integration, State Interests and Treaty Reform since Maastricht”, em Perspectives on
European Politics and Society, Vol. 10, No. 1, 17–33, April 2009;
Feinberg, Richard E- “The Political Economy of United States` Free Trade Arrangements”, The
World Economy, Vol 26, Issue 7, 2003, pp.1019-1040.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
*Stiglitz, Joseph E- Os Exuberantes Anos 90: Uma Nova Interpretação da Década mais Próspera
da História, Cia das Letras, 2003, cap.1, pp.33-58 e capt. 9, pp.220-254.
Rozelle, Scott & Swinnen, Johan – “Why did the communist party reform in China, but not in the
Soviet Union?”, China Economic Review, No 20 pp. 275–287, 2009.
Parte V
Desai, Padma – “Why Did the Ruble Collapse in August 1998?”, The American Economic Review, ,
Papers and Proceedings of the One Hundred Twelfth Annual Meeting of the American Economic
Association Vol. 90, No. 2 (May, 2000), pp. 48- 52
*Iyoda, Mitsuhiko – Poswar Japanese Economy: Lessons of Economic Growth and the Bubble
Economy, Springer, 2010, cap.7 e 8, pp.69-94.
*McLeod, Ross H & Garnault, Ross- East Asia In Crisis: From Being a Miracle to needing One?
Roultedge, London and New York, 1998, Cap. Pp.3-30;
World Bank, “Lessons and Controversies of Financial Crisis in the 1990s”, em World Bank,
Economic Growth in the 1990s, Learning from a Decade of Reform, Washington, 2005, Country
Note F, pp.242-251.
Parte VI:
Huang, Yasheg – “How does China Take off” - Journal of Economic Perspectives—Volume 26,
Number 4— Fall 2012—Pages 147–170
Medeiros, Carlos Aguiar de – Economia Política do Desenvolvimento Recente na China, Vol 19,
n.13 (75), julho/setembro 1999.
*Medeiros, Carlos Aguiar de - “A China como um duplo polo na economia mundial e a
recentralização da economia asiática”, Revista de Economia Política., Set 2006, vol.26, no.3, p.381-
400
Hale, David & Hale, Lyric – “China Takes Off”, Foreign Affairs, November, December, 2003.
Parte VII
*IBRD-World Bank, “The Commodity Boom Longer-Term Prospect”, em IBRD-Word Bank,
Global Economic Prospect: Commodities at the Crossroads, Washington, 2009, cap.2, pp.51-94;
*O’Neill, Jim – “Building Better Global Economic BRICs”, Global Economics Paper, N.66,
Goldman Sachs, 30th November, 2001.
Acuña, Roger Merino - “What is “post” in post-neoliberal economic policy? Extractive industry
dependence and indigenous land rights in Bolivia and Ecuador” (October 4, 2011). Disponível em
SSRN:http://ssrn.com/abstract=1938677 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.1938677,
Kaltwasser, Cristóbal Rovira - “Toward Post-Neoliberalism in Latin America?”, Latin American
Research Review, Vol. 46, No. 2, 2011.

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Instituto de Economia da UFRJ
Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Ocampo, J.A & Parra, M., M. “The terms of trade for commodities in the twentieth century”.
Cepal Review, v. 79, p. 7–35, 2003;
*Ocampo, José Antonio – “The Macroeconomics of Latin American Economic Boom”, Cepal
Review 93, December 2007, pp7-28;
*Shleifer, Andrei & Treisman, Daniel – “A Normal Country: Russia after the Comunism”, The
Journal of Economic Perspectives, Vol. 19, No. 1 (Winter, 2005), pp. 151-174;
Vilas, Carlos M. – “The Left in South America and the Resurgence of National-Popular Regimes”
em Hersberg, Eric & Rose, Fred, (org) Latin America After Liberalism, The New Press, 2006,
pp.232-251;
Parte VIII:
*Bonnati, Luigi & Fracasso, Andrea – “The German Model and the European Crisis”, Journal of
Common Market Studies, 2013 Volume 51. Number 6. pp. 1023–1039;
Bibow, Jörg – “The Euro Debt Crisis and Germany’s Euro Trilemma” – Levy Economic Institute of
Bard College, Working Paper No 721, May 2012.
*Galbraith, James – “The Great Crisis and the American Response”, Levy Economic Institute of
Bard College, Public Policy Brief, No 112, 2010.
Guillén, Arturo – La Tercera Fase de la Crisis Global: A Europa en el Centro del torbellino,2011,
Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, disponível em
http://www.ieim.uqam.ca/IMG/pdf/la_tercera_fase_de_la_crisis_global_11.pdf.;
*Prado, Luiz Carlos Delorme – A Grande Depressão e a Grande Recessão: Uma Comparação das
Crises de 1929 e 2008 nos EUA, Econômica, v.13, N.2, Dezembro 2011, pp.11-44;
Schäfer, Hans-Bernd - The Sovereign Debt Crisis in Europe, Save Banks Not States, Lecture at the
Italian Association for Law and Economics in Torino, December 2012, Electronic copy available at:
http://ssrn.com/abstract=2049299
USA – Financial Crisis Inquiry Report – Final Report of the National Commission on the Causes
of the Financial and Economic Crisis in the United States, Public Affairs, 2011
Parte VIII:
*Akyüz, Yilmaz – “Waving or Drowning: Developing Countries After the Financial Crisis”,
Research Paper No 48, South Center, Geneva, Switzerland, June 2013.
*Alvaredo, Fecundo; Chancel,Lucas; Piketty, Thomas; Saez, Emmanuel & Zucman, Gabriel –
World Inequality Report, 2018, The Belknap Press, Cambridge, Mass, 2018.
*Piketty, Thomas – Capital in the Twenty-First Century, The Bellknap Press, Cambridge, Mass,
2014, Introduction.

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Curso de Graduação em Ciências Econômicas
Catálogo de Eletivas - 2019/1º
Wei, Hao & Zao, Chuniming – “The Structure of China´s Imports: A New Framework”, China &
World Economy / 85–103, Vol. 23, No. 5, 2015;
Parte IX
Alvaredo, F.; Chancel, L., Pikety, T., Saez, E; Zucan, G. – World Inequality Report, 2018 – The
Belknap Press of Harvard University Press, 2018, Part I & II.
Ghosh, Javati et alli, Project Syndicate : the Cartelization of the world , September 20, 2018,, ver
https://www.project-syndicate.org/bigpicture/the-cartelization-of-the-world?barrier=accesspaylog
Brako, Milanovic – Global Inequality , The Belknap Press of Harvard University Press,
Cambridge, Mass, London, England, 2016.– Cap.1 e 2.
Parte X –
Cristóbal & Kaltwasser, Populism: A very Short Introduction, Oxford University Press, 2017.
Tooze, Adam, Crashed: How a Decade of Financial Crises Changed the World, Peguin, 2018.
Skidelky, Robert – Money and Government, The Past and Future of Economics, Yale University
Press, 2018
Tucker, Jeffrey, Right-Wing Collectivism, FEE, Foundation for Economic Education, Atlanta,
Georgia, 2017.

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