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Aula 5

Contribuições Especiais
Dividem-se em 3 tipos de contribuições: sociais, corporativas e de intervenção no
domínio econômico.
As contribuições sociais podem ser específicas ou gerais. As contribuições sociais
específicas custeiam a seguridade social, ou seja, saúde, assistência e previdência social. Em
regra, a competência para instituir as contribuições especiais é exclusiva da União, conforme o
art. 149 da CF. Há, contudo, exceção com relação à contribuição social da previdência. O art.
149, § 1º, CF permite que os Estados, Municípios e o DF instituam contribuição da previdência
pro seus próprios servidores. “Estados, DF e municípios instituirão a cobrança para o custeio do
regime previdenciário de seus próprios servidores”. A diferença para o imposto é que a
contribuição especial tem destinação específica.
Há também contribuição especial geral, para atender a qualquer direito social do art.
6º da CF.
Há, ainda, dentro das contribuições sociais, espécie de contribuição residual. São novas
contribuições sociais, que não podem ser confundidas com as contribuições sociais gerais. É
competência exclusiva da União. É preciso que sejam preenchidos 3 pressupostos para sua
criação: i) criação por lei complementar, ii) não podem ser cumulativas e iii) não podem ter fato
gerador ou base de cálculo próprios de outras contribuições sociais.

Contribuições Corporativas
Também chamadas profissionais, vêm custear as categorias profissionais. A União tem
competência exclusiva para instituir as contribuições corporativas. Cria-se espécie de autarquias
especial, que vai fiscalizar, regular e fomentar aquela determinada categoria. É o caso do
CREMERJ, CREA, CAU, CRM, entre outras. Os funcionários dessas autarquias são concursados.
A OAB é considerada autarquia sui generis. STF entendeu que ela não se submete ao
regime da administração direta ou indireta, por ser órgão constitucional, regulado pelo art. 133
da CF. Nesse sentido, a anuidade da OAB não é tributo. No caso da inadimplência, não há
execução fiscal.

CIDE (contribuição interventiva sobre o domínio econômico)


São tributos instituídos para custear a ordem econômica. Ou seja, situações que
demandam a intervenção da União na economia do país. As CIDEs têm caráter extrafiscal por
conta dessa intervenção na economia. Competência exclusiva da União.
Art. 149-A CF estabelece a contribuição de iluminação pública. Foi inserida pela EC nº
39, após a declaração de inconstitucionalidade da taxa de iluminação pública, porque não
atendia a característica da divisibilidade, própria das taxas. A COSIP é de competência dos
Municípios, que a instituíram. É considerada pelo STF como contribuição sui generis.

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