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Tributo

Tributo é gênero que comporta outras espécies. Quantas são as espécies tributárias?
Sempre houve discussão. A CF e o CTN entendem que são 3: impostos, taxas e contribuições de
melhoria. Hoje, isso está ultrapassado. O STF hoje adota a teoria da pentapartição: imposto,
taxa, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. STF
entendeu que, em que pese a lei trabalhar com 3 espécies, nunca o legislador constituinte e do
CTN deixou de considerar espécie tributária. É que, na cabeça do legislador, empréstimo
compulsório era o mesmo que taxa e a contribuição especial tava dentro da contribuição de
melhoria. O STF disse que têm naturezas distintas, com fatos peculiares, dividindo-as.
Art. 4º CTN a natureza jurídica do tributo vai ser aferida pelo fato gerador, pouco
importando o destino do dinheiro e o nome que se dá aquela cobrança. A 1ª pergunta é: quando
eu pago, o Estado tem que prestar um serviço específico pra mim? Se for negativo, é tributo não
vinculado. Se for positivo, é tributo vinculado. Isso é importante. O art. 16 do CTN diz que
impostos são tributos não vinculados. O tributo não vinculado custeia serviços gerais e não
especificamente pro pagador. O tributo é a grana que se paga ao Estado e que vai pro cofre. De
lá, vai ser distribuido pro administrador, que vai gastar conforme a necessidade, não tendo
vinculação prévia.
Quando o tributo é vinculado, o Estado, ao receber o pagamento deste, está obrigado a
prestar um serviço público específico e divisível para o contribuinte. O exemplo é a Taxa de
passaporte, ou do DETRAN. Os tributos vinculados têm especificidade e divisibilidade. Os
vinculados são contraprestacionais.

Impostos
São espécies tributárias que custeiam serviços públicos gerais, correspondendo a uma
prestação não vinculada, conforme o art. 16 do CTN. Ou seja, ao se pagar um imposto, o Estado
não está obrigado a prestar um serviço específico para quem paga, não havendo divisibilidade
ou especialidade. Impostos são tributos que têm natureza contributiva e não retributiva.

Competência para instituir os impostos


A CF não cria imposto, mas confere atribuição aos entes, para que estes os criem.
Municipais: IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), ISSQN (Imposto sobre os Serviços
de Qualquer Natureza) e ITBI (Imposto de transmissão de bens imóveis).
Estaduais: IPVA (Imposto sobre propriedade de veículo automotor); ITCMD (Imposto
sobre a transmissão causa mortis e doação); ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e
serviços).
OBS: Os impostos municipais e estaduais são agrupados na competência distrital.

Federais: II ( imposto dei mportação); IE (imposto de exportação); IPI (imposto sobre


produtos industrializados) e IOF (imposto sobre operações financeiras). São os impostos
extrafiscais. São os impostos que comportam exceção ao princípio da legalidade, podendo ser
majorados ou diminuídos por decreto. IGF (imposto sobre grandes fortunas); IR (imposto de
renda); ITR (imposto territorial rural); IEG (imposto extraordinário de guerra); impostos
residuais.

Princípio da capacidade contributiva: o art. 145, § 1º da CF menciona que os impostos


serão graduados de acordo com a “capacidade econômica”. Isso era controverso porque se
separam a capacidade econômica da capacidade contributiva. O milionário pode ter capacidade
econômica, mas, se não tiver carro, não tem capacidade contributiva para o IPVA. Capacidade
contributiva tem que pratica fato gerador. A “capacidade econômica do contribuinte” também
não resolve. Porque muitas vezes ele tem situação economica boa, mas financeira ruim, como
o cara que tem 20 imóveis e não aluga nenhum. Hoje se entende que o termo mais adequado é
a capacidade contributiva.
Assim, a doutrina classifica os impostos entre reais e pessoais. Os impostos pessoais têm
de observar a capacidade contributiva, diferente dos impostos reais, que observam o objeto da
arrecadação.

Contribuições de melhoria
O fato gerador da contribuição é a valorização imobiliária decorrente de obra pública de
grande vulto.
Tem competência para instituir e cobra a contribuição de melhoria o ente federado
responsável pela obra.

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