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Este trabalho pretende identificar as principais ideias apresentadas por Hobbes no capítulo XIII
do Livro Leviatã.
Hobbes inicia o capitulo XIII afirmando a igualdade por natureza entre os homens
quanto as faculdades do corpo e do espirito. Não se trata de igualdade absoluta entre os
homens, mas somente para um certo propósito, como nos afirma José Oscar de Almeida
Marques:
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procurando aumentar ao máximo nosso poder de resistir a um
ataque, cuja possibilidade não é insensato supor.”
Neste sentido Hobbes claramente afirma: “a natureza da guerra não consiste na luta
atual, mas na conhecida disposição para tanto, durante todo o tempo em que não houver
segurança do contrário”. Fica desta forma criado um campo de batalha entre os homens, não
com uma luta constante, mas com uma disposição permanente para a luta visando a auto
conservação.
Para aqueles que ainda tem dúvida sobre este estado de guerra e desconfiança mutua,
Hobbes dá o exemplo, mesmo com a existência de leis e a autoridade do Estado, da opinião
que temos sobre os outros homens se ao viajarmos trancamos nossas portas; ou sobre nossos
familiares e empregados aos trancarmos as gavetas e cofres. Não seriam estas atitudes
também um reconhecimento do estado natural dos homens? Com isso Hobbes que dizer que
se fazemos isso com a existência do Estado, mais estaríamos justificados a proceder de tal
forma em estado natural.
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São consequência deste estado natural:
Que todo homem tem direito a todas as coisas que puder manter, mesmo ao
corpo de outros;
Não é sem razão que diante destas consequências Hobbes possa afirmar: “E a vida do
homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”.
Hobbes termina o capitulo XIII afirmando que a condição que se encontra o ser
humano, é perfeitamente justificável e razoável diante das condições naturais da existência
humana, mas segundo Hobbes também é possível escapar desta situação, motivado em parte
pelas paixões e em parte pela razão humana. As paixões que fazem os homens tender a paz
são: o medo da morte, o desejo das coisas que são necessárias à uma vida confortável e a
esperança de consegui-las através do trabalho. E a razão por outro lado sugere as normas mais
adequadas para o convívio social.
Bibliografia: