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Portugal sempre foi uma opção.

O brasil tava muito bem. Eu estava muito bem financeiramente há dez anos atrás. Tava
acontecendo muita coisa no ramo imobiliário no país. Eu recém-formada já tinha uma
base forte em Natal. Mal sai da faculdade e já tinha cliente, trabalho.
Mai spela influencia da família, mas já trabalhava nessa área de decoração. Minha
família tinha uma casa de eventos e meio que comecei na casa, fazendo mais a
montagem dos eventos. Projetos para noivos, festas...
Assim que eu formei tive um super cliente, pois na época tinham muitos estrangeiros
investindo em Nartal – esse foi o projeto que mais me marcou, talvez por ter sido de
fato o primeiro. Uma cobertura duplex de um Norueguês, 350 metros.
Depois disso sempre aliei o escritório de arquitetura com a empresa da família na parte
de decoração, que hoje meu irmão Luciano continua brilhantemente – ele é um artista.
Mas depois de um tempo eu me voltei pra arquitetura porque eu sempre quis.

A paixão surgiu – papai é engenheiro. RESPIRA PROFUNDO/ CONTEMPLA O HORIZONTE/


Eu pequena, por volta dos dez, ia pra obra – me lembro de estar no meio disso. Via as
plantas baixas dos projetos e depois reproduzia, mas não como uma criança faz uma
casa, mas um pequeno projeto de planta, identificando a funcionalidade de uma casa.
RISOS
Acho que a gente nasce com essas coisas. Eu amo isso. A capacidade que você tem de
influenciar uma família. Fazer com que a casa funciona pra aquela família, que ela se
sinta confortável e feliz dentro da sua casa. A função do arquiteto é essa: criar espaço
que se sinta o aconchego e o conforto. Não adianta fazer uma coisa copiada, ou que tá
na capa da revista, mas que não funcione. Tem que ter a emoção de quem vive no
espaço, e o sonho de cada um. O arquiteto é meio isso, um psicólogo também, de
perceber a emoção da família e traduzir isso para o espaço.

Lado empresária – artefacto – resolvi investir pq tem tudo a ver com a decoração. Acho
que o mercado natalense estava pronto para receber uma loja desse nível, uma vez que
a artefacto é uma inspiração para todo arquiteto. Eu continuo dentro da decoração,
nunca sai. Mas eu parei um pouco de projetar (2012). Conheci o Paulo Bachi e
começamos como mini franquia, e em paralelo tinha a HOME D, a Urban arts veio no
meio.
Tive nesse meio termo os meus dois filhos – Filipe nasceu 30 dias antes da inauguração.
Me lembro demais eu com o barrigão na obra. Ficamos dois anos abertos, e conversei
com o meu esposo, Hugo, para vir a Lisboa – que sempre foi uma opção. A segurança já
estava ruim, e começou a nos assustar e pra mim não era saudável criar uma família
com esse medo e essa insegurança.

Projetos – george no Midway


Tinha parceria com Bruna Gosson

Casei cedo, não tive aquilo de estudar e intercambio... quando chegar em Lisboa já que
não fiz nd disso, vou começar uma especialização.

Não sou conhecida em Lisboa – arquitetura é muito identificação; é o boca a boca , e


pensei que de momento eu não ia fazer nada.
A adaptação também não é fácil, a família tem que funcionar pra tudo estar feliz. A
mulher é a base da família.

9 meses depois que eu cheguei o corretor que vendeu meu apartamento me apresentou
o meu primeiro cliente. 520 metros – eu não acreditava que ia acontecer.
6 obras já. Hotem em Luanda – em dois anos tomou uma proporção que eu não
esperava. A coisa vai acontecendo e eu vou deixar seguir.
Não tem nada melhor do que a prática, a vivência, o dia a dia, a obra, o contato com o
cliente. Tem que sair do papel, tem que realizar.

Acho que você tem que seguir o fluxo. Não se pode soltar as oportunidades por medo
de não estar pronta. Se você nasceu pra isso, vai e faz.

Mercado portugues não é como o brasileiro. O brasileiro em 60 metros contrata um


arquiteto para tornar a casa arrumada, por menor que seja, investe na casa pra ter um
certo charme, procurando um profissional. O portugues não.
Os meus clientes são brasileiros que estão vindo para cá. O portugues anteriormente
descobriu o Brasil, mas é o brasileiro que tá descobrindo hoje Portugal. RISOS o mundo
ta descobrindo Portugal. E os projetos estão acontecendo para essas pessoas.
O portugues é mais tradicional, não tem cultura de ter o arquiteto ajudando ele na
criação da casa. Já herdam as casa com os moveis antigos, mas acho que isso vai mudar,
jajá eles começam a ter uma atenção maior.

Me direciono ao público fora Portugal, os estrangeuros, até porque quem tá gastando


são eles. O poder de compra é mais deles do que dos próprios portugueses
.
Voltar? RISOS nunca diga nunca
Nunca é muito forte, até pq meu marido ama o Brasil. Eu amo a qualidade de vida aqui. Lá em
natal talvez eu tivesse até mais luxo, mas hoje, a qualidade de vida para mim e para minha
família é prioridade. Clara e felipe

Eu vinha pra Lisboa antes dela ser um destino de fato da Europa, já que meu marido é daqui.
Sempre achei que minha adaptação fosse ser muito fácil. Aqui eu me sinto em casa.

Parece que todo mundo percebeu isso aqui agora. O douro sempre foi maravilhosos, o porto
também. Sempre existiu.

Não tem como estragar Portugal. Há a adaptação ao pais, a cultura do pais. O legal de morar
noutros lugares é isso.

Não faço mais brasil pq não tem como acompanhar. A base ta aqui. A europa é mais globalizada,
o que eu vendo ta em Florença, na Itália, na Espanha... é dificil fazer um projeto

O meu toque – arquiteto é de fase – é entender o cliente. A coisa tem que funcionar para ele,
não posso fazer um molde.
Aqui em Lisboa nosso design já tem um nível muito bom. Eu sempre tento pegar a cultura mais
sift, limpa, clean, e mesclar com a coisa contemporânea italiana com algo do Brasil, obra de
arte...

Jader almeida – inspiração


Irmaõs campana

Futuro
Expandir meu limite fictício, desde que as crianças esteja mais independentes. Minha prioridade,
deixando que o trabalho flua em conjunto. Meus clientes tem que ter uma quantidade que não
interfira na minha família.
Já vou ter um histórico melhor aqui, profissional e de confiança, e estar pronta para uma coisa
maior.

Quando você se disponibiliza a fazer uma coisa. Tem que fazer o melhor que você pode.

Eu tenho apoio total da minha família. Meus pais vem sempre aqui, minha irmã mora aqui do
lado, o casamento vai ser aqui inclusive.

Quando você tem uma família, marido e dois filho, não dá pra ficar sozinha. Não tem tempo
livre. As crianças exigem muita atenção, mas já estão muito adaptadas. Nós fizemos a transição
no momento certo.

Todo mundo consegue se destacar aonde quer estar. Se você tem um objetivo e faz da melhor
maneira possível você consegue. O brasileiro tem muita disposição de trabalhar.

Nossa arquitetura de interiores tem muito o que ensinar. Nós temos uma maneira de ver o
interior que consegue agregar muito a vida deles.

O brasileiro tem um lado mais empreendedor. O brasil é um estágio. Ensina muito ao


empresário. É um povo que o que se propõe a fazer, faz bem.

Acho que sempre tem o que acontecer. Agora estou super feliz. Plena. Realizada, mas sem
acomodação.
Almejando sempre coisas novas e melhores. Sempre tem o que agregar, e estou sempre
inovando de uma maneira e outra.

O momento do agora tem que ser vivido agora. Tem que estar entregue no momento do agora.
Essa busca por algo maior é a mente querendo sempre mais.

Não sou religiosa. Minha religião é o amor.


Meu próximo passo é fazer coisa fora de Portugal. Mais projetos pela europa, quem sabe
desenhar alguma coisa.

Academia não – deixo isso para minha irmã RISOS eu sou mesmo da prática, da realização.

Quero ser reconhecida como uma super arquiteta de interiores. Essa composição é o que me
apoixono. A composição esta em tudo, marketing, na maneira de se vestir. Eu quero ser
reconhecida por isos. Tudo é arquitetura.

Meu toque é minha entrega.

Todo momento é momento para mim.

Acho minha trajetória pequena ainda. Mas a paixão pelo que eu faço, a minha entrega de corpo
e alma, é o que me faz ser realizada.

A compositora da

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