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O brasil tava muito bem. Eu estava muito bem financeiramente há dez anos atrás. Tava
acontecendo muita coisa no ramo imobiliário no país. Eu recém-formada já tinha uma
base forte em Natal. Mal sai da faculdade e já tinha cliente, trabalho.
Mai spela influencia da família, mas já trabalhava nessa área de decoração. Minha
família tinha uma casa de eventos e meio que comecei na casa, fazendo mais a
montagem dos eventos. Projetos para noivos, festas...
Assim que eu formei tive um super cliente, pois na época tinham muitos estrangeiros
investindo em Nartal – esse foi o projeto que mais me marcou, talvez por ter sido de
fato o primeiro. Uma cobertura duplex de um Norueguês, 350 metros.
Depois disso sempre aliei o escritório de arquitetura com a empresa da família na parte
de decoração, que hoje meu irmão Luciano continua brilhantemente – ele é um artista.
Mas depois de um tempo eu me voltei pra arquitetura porque eu sempre quis.
Lado empresária – artefacto – resolvi investir pq tem tudo a ver com a decoração. Acho
que o mercado natalense estava pronto para receber uma loja desse nível, uma vez que
a artefacto é uma inspiração para todo arquiteto. Eu continuo dentro da decoração,
nunca sai. Mas eu parei um pouco de projetar (2012). Conheci o Paulo Bachi e
começamos como mini franquia, e em paralelo tinha a HOME D, a Urban arts veio no
meio.
Tive nesse meio termo os meus dois filhos – Filipe nasceu 30 dias antes da inauguração.
Me lembro demais eu com o barrigão na obra. Ficamos dois anos abertos, e conversei
com o meu esposo, Hugo, para vir a Lisboa – que sempre foi uma opção. A segurança já
estava ruim, e começou a nos assustar e pra mim não era saudável criar uma família
com esse medo e essa insegurança.
Casei cedo, não tive aquilo de estudar e intercambio... quando chegar em Lisboa já que
não fiz nd disso, vou começar uma especialização.
9 meses depois que eu cheguei o corretor que vendeu meu apartamento me apresentou
o meu primeiro cliente. 520 metros – eu não acreditava que ia acontecer.
6 obras já. Hotem em Luanda – em dois anos tomou uma proporção que eu não
esperava. A coisa vai acontecendo e eu vou deixar seguir.
Não tem nada melhor do que a prática, a vivência, o dia a dia, a obra, o contato com o
cliente. Tem que sair do papel, tem que realizar.
Acho que você tem que seguir o fluxo. Não se pode soltar as oportunidades por medo
de não estar pronta. Se você nasceu pra isso, vai e faz.
Eu vinha pra Lisboa antes dela ser um destino de fato da Europa, já que meu marido é daqui.
Sempre achei que minha adaptação fosse ser muito fácil. Aqui eu me sinto em casa.
Parece que todo mundo percebeu isso aqui agora. O douro sempre foi maravilhosos, o porto
também. Sempre existiu.
Não tem como estragar Portugal. Há a adaptação ao pais, a cultura do pais. O legal de morar
noutros lugares é isso.
Não faço mais brasil pq não tem como acompanhar. A base ta aqui. A europa é mais globalizada,
o que eu vendo ta em Florença, na Itália, na Espanha... é dificil fazer um projeto
O meu toque – arquiteto é de fase – é entender o cliente. A coisa tem que funcionar para ele,
não posso fazer um molde.
Aqui em Lisboa nosso design já tem um nível muito bom. Eu sempre tento pegar a cultura mais
sift, limpa, clean, e mesclar com a coisa contemporânea italiana com algo do Brasil, obra de
arte...
Futuro
Expandir meu limite fictício, desde que as crianças esteja mais independentes. Minha prioridade,
deixando que o trabalho flua em conjunto. Meus clientes tem que ter uma quantidade que não
interfira na minha família.
Já vou ter um histórico melhor aqui, profissional e de confiança, e estar pronta para uma coisa
maior.
Quando você se disponibiliza a fazer uma coisa. Tem que fazer o melhor que você pode.
Eu tenho apoio total da minha família. Meus pais vem sempre aqui, minha irmã mora aqui do
lado, o casamento vai ser aqui inclusive.
Quando você tem uma família, marido e dois filho, não dá pra ficar sozinha. Não tem tempo
livre. As crianças exigem muita atenção, mas já estão muito adaptadas. Nós fizemos a transição
no momento certo.
Todo mundo consegue se destacar aonde quer estar. Se você tem um objetivo e faz da melhor
maneira possível você consegue. O brasileiro tem muita disposição de trabalhar.
Nossa arquitetura de interiores tem muito o que ensinar. Nós temos uma maneira de ver o
interior que consegue agregar muito a vida deles.
Acho que sempre tem o que acontecer. Agora estou super feliz. Plena. Realizada, mas sem
acomodação.
Almejando sempre coisas novas e melhores. Sempre tem o que agregar, e estou sempre
inovando de uma maneira e outra.
O momento do agora tem que ser vivido agora. Tem que estar entregue no momento do agora.
Essa busca por algo maior é a mente querendo sempre mais.
Academia não – deixo isso para minha irmã RISOS eu sou mesmo da prática, da realização.
Quero ser reconhecida como uma super arquiteta de interiores. Essa composição é o que me
apoixono. A composição esta em tudo, marketing, na maneira de se vestir. Eu quero ser
reconhecida por isos. Tudo é arquitetura.
Acho minha trajetória pequena ainda. Mas a paixão pelo que eu faço, a minha entrega de corpo
e alma, é o que me faz ser realizada.
A compositora da