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Devir-jovem ou devir–revolucionário
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Século XXI. Entre essas e outras conversas experimentamos nas interações produzidas
quando do nosso trabalho de campo (SILVA, 2014; SILVA, 2016).
É ultrapassando esse quadro (ou involuindo por ele) que propomos um devir-jovem,
uma juventude que se posiciona de modo revolucionário experimentando formas artísticas
também revolucionárias, na poesia, na literatura, nas artes plásticas, no cinema ou no teatro,
etc. Ao contrário dela, temos aquela juventude como estratégia mercadológica, vendida como
estilo ideal de vida, símbolo da beleza e do consumo (SILVA, 2016, p. 37). A essa dimensão
majoritária de juventude opomos a que nos parece potente, e que poderá, ao ser quebrada para
além dela mesma, produzir nossos devires-jovens e devires-revolucionários. Os devires
atravessados por um jovem talvez sejam alguns dos quais Deleuze fabricou quando na
abordagem dos devires dos escritores, no que o filósofo francês chama de uma “literatura
menor”, que nos remete às minorias. “O minoritário é um devir potencial que se desvia do
modelo. E Deleuze salienta que devir jamais é devir majoritário [do homem, adulto, branco,
europeu ou americano], que ser majoritário nunca resulta de um devir”. (MACHADO, 2009,
p. 215).
Prosseguindo, temos o exemplo de pensar as literaturas e os devires que ela produz.
Haveria para a língua um devir minoritário, um uso menor da língua, línguas menores que
fazem a língua maior, isto é, a língua majoritária, entrar em devires. Língua maior para
Deleuze seria o seu uso no sistema dominante, “do regime vigente” (MACHADO, 2009, p.
11), a língua como sistema em equilíbrio, segundo as estruturas da norma culta, por exemplo.
Mas o que fazem os escritores, os grandes escritores, com essa língua majoritária? O exemplo
de Kafka é bastante relevante: tcheco, judeu e escrevendo em alemão, o autor de Praga dá a
língua tradicional alemã um tratamento novo, cria uma língua estrangeira na própria língua
maior, produz assim uma língua menor. Mas não se trata de criar outro dialeto, ou sotaque. É
a introdução de linhas de fuga que arrastam a linguagem maior para uma zona indeterminada
– nem vespa, nem orquídea –, dos usos os mais diversos, o devir-inseto e seu piar, o
devir-cão e suas memórias de animal desterritorializado. Pois se trata justamente disso, de
desterritorializar a língua maior, promover usos heterogêneos, singularidades. Melhor
exemplo não há: o devir-inseto da literatura em Franz Kafka (1999) na novela A
Metamorfose. O escritor não devém escritor, devém outra coisa – inseto, cão, toupeira, rato.
Da mesma forma, o jovem na pesquisa não devém jovem, mas sim outros devires, outras
linhas de fuga, desequilíbrios no modelo, desterritorializações. Múltiplos são os devires como
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múltiplas são as formas de se viver. “Escrever é um caso de devir, sempre inacabado, sempre
em via de fazer-se, e que extravasa qualquer matéria vivível ou vivida” (DELEUZE, 1997, p.
11).
A linha de fuga promove um desequilíbrio no modelo majoritário da língua. Kafka e os
ruídos do devir-barata ou devir-inseto de Gregor Sansa. Mandelstam e a gagueira.
Hoffmannansthal e os dentes do rato. A gagueira seria um outro modo de, na língua maior,
promover um desequilíbrio e traçar linhas de fuga, devires.
Os devires de uma literatura menor ou de uma língua menor são agenciamentos de um
povo menor, agenciamentos de um estrangeiro. Ser estrangeiro no próprio país, na própria
língua. Cada jovem é um estrangeiro, está sempre traçando linhas de fuga para seus devires.
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Trajeto: seriam os deslocamentos no espaço urbano para territórios não contíguos,
desde o interior das manchas, uma vez que guarda com essas uma relação ampliada para além
do bairro.
Circuito: espaços, equipamentos e serviços que não guardam entre si uma proximidade
territorial. No circuito, ao contrário da mancha ou pedaço, não há contigüidade. Ainda assim,
regularidades podem ser observadas em “sociabilidades por meio de encontros, comunicação,
manejo de códigos” (MAGNANI, 2007, p. 21) sem se ater tanto aos espaços circuncidantes.
Parece mais fluido sem perder a estrutura.
Com base nessas quatro categorias, Magnani observou as variadas formas de uso dos
ambientes urbanos da cidade de São Paulo. Não se perdeu em fragmentações, não restringiu
sua pesquisa a dimensão do consumo. Buscou regularidades nos fenômenos culturais dos
jovens em suas inter-relações com os espaços. Por conseguinte,essa “escolha, ademais,
implicou abrir mão do campo da ‘juventude’ e das discussões sobre os atuais limites dessa
faixa etária (...) em favor da opção de vê-los em sua interação com a cidade, seus espaços,
equipamentos e trajetos”. (MAGNANI, 2007, p. 19). Portanto, as práticas culturais e as
sociabilidades é que orientaram sua pesquisa.
Acrescentamos a isso o seguinte aspecto para melhor articular o que compreendemos
sobre a pesquisa do autor de Jovens na Metrópole: o que diz o sujeito sobre si e sobre suas
vivências é algo de extrema relevância. Isso articulado com as práticas no circuito
potencializa todo o contexto pesquisado, e contribui para se pensar sobre os jovens urbanos.
Em outras palavras: não perder de vista que quem melhor fala de si, de sua condição juvenil,
é aquele quem nos fala. E esses dados foram obtidos por meio de entrevistas abertas nas quais
o foco primordial foi observar quais sentidos são atribuídos por cada ator a suas práticas
culturais urbanas.
Queremos ainda destacar que há sempre o risco de se usar teorias e não buscar dados
empíricos para contextualizá-las. Ao invés disso, pensar em um caminho inverso, fazendo
com que os dados empíricos reposicionem nossas teorias de modo a agenciar novas
categorias. Não apenas usá-las, mas, sobretudo, observar como elas se configuram com os
dados empíricos. Nesse sentido, a escolha de uma metodologia se faz fundamental para
alcançar os objetivos. E avaliar até que ponto certas categorias podem ou não contribuir para
a análise.
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Ao deslocar o olhar para os espaços e suas múltiplas dinâmicas culturais, abre-se o
leque de sentidos e experiências. Abre-se a possibilidade para, trabalhando com categorias
“dinâmicas”, ampliar-se a discussão da juventude, vista para além da faixa etária. Partindo da
pesquisa de Magnani, propomos a seguinte direção: ser jovem seria muito mais da ordem do
pertencimento, da ordem das práticas culturais observadas. Em resumo, isso nos permitiria
ousar pensar na condição juvenil como algo que se afirma, algo engendrado por cada ator e
contextualizado em práticas. Observar essa práticas seria, então, uma estratégia para
compreender porque os jovens em um contexto específico agem de tal maneira.
Ao expor essas questões pretendo com elas dialogar e, ao mesmo tempo, propor outras
conexões. Partir de uma pergunta talvez seja uma boa forma de começar:
Por conseguinte, até que ponto esse devir-jovem seria categorizável? Não me parece
que ele poderia ser facilmente capturado, justamente pela sua condição de devir. Ele pode ser
experimentado mas sua intensidade se abre sempre a novas codificações e elaborações. São
signos em constante movimento. O que posso esboçar é uma dimensão em um devir-jovem,
como um fluxo, uma qualidade de experimentar a juventude, a qual não precisa ser vivida em
sua totalidade.
Suponhamos, por exemplo, alguém que durante o dia, em seu trabalho1, assume
vivências e práticas que possamos classificar como pertencentes ao domínio dos “adultos”.
Entretanto, ele participa de atividades em grupos, fora do horário do trabalho, cujas práticas
são nomeadas, correntemente, como pertencentes aos “jovens” ou nas quais há presença de
ações e significados que possam assim ser associados. Será possível pensar nesses termos?
Seria possível pensar, então, na juventude como um devir-jovem e não como uma categoria
rigorosa? Esse é o principal desafio deste trabalho. A noção de devir traça linhas de fuga e
multiplicidades de conexões transversais.
Pensando nessas questões, a juventude seria, entre outras formas, uma possibilidade,
um fluxo, uma virtualidade cuja potência poderia ser atualizada a qualquer momento. Nessa
perspectiva, não haveria uma identidade jovem, uma vez que um devir não produz
Pode-se questionar que uma vez inserido no mercado de trabalho, não estaríamos mais tratando de
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jovens? Por outro lado, isso decretaria, para aqueles que vivenciaram, por exemplo, o trabalho infantil,
como excluídos de vivências juvenis, o que nos parece estranho uma vez que há todo um imaginário
disseminado pela mídia sobre as práticas culturais da juventude.
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identidades, mas diferenças. Essas diferenças são provisórias, inacabadas, estão sempre
crescendo pelo meio, estão sempre “entre”. Escapam das estruturas e produzem diferenças
nos modelos dominantes, nas identidades. Um devir é uma linha de fuga sempre aberta para
as possibilidades. Como tal também representa um perigo, uma vez que nessas
experimentações há um risco iminente de não retornar das linhas de fuga, toda linha de fuga
tem sua contingência de poder destrutivo. Nem sempre se retorna dela, é só lembrar-se do
caso do pintor Van Gogh e como a potência da cor o afetou de modo perturbador em seu
transtorno, levando-o ao suicído.
Um dos desafios dessa ementa, vivido por mim como docente, foi qual estratégia
escolher usar para praticar com os acadêmicos passagens das formas bidimensionais para as
tridimensionais. Nesse ponto, Hélio Oiticica foi fundamental em nosso auxílio.
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Podemos definir o campo visível da imagem como um virtual (LEVY, 1996). Ele se
apresenta aos nossos sentidos como um universo de possibilidades de significados. Por
mais que tentemos explorá-lo, ele sempre permanece a nossa frente como que inalcançável.
Isto é, assim como naquela alegoria da cenoura a frente do animal que puxa a carroça,
parece que a imagem se coloca um passo a diante de nossas capacidades de apanhá-la em
sua totalidade. É a distância entre o leitor (o animal) e a imagem (a cenoura). Na relação
virtual e atual, o primeiro é pura multiplicidade, já o segundo seria tão somente
atualizações provisórias do primeiro.
As interações entre o virtual e o atual nos fazem refletir sobre como a imagem pode
ser lida, praticada, pensada e repensada (BARBOSA, 1998, 2005). As potencialidades da
imagem sempre nos indagam a nossa frente. Nossas atualizações devem assim ser
compreendidas, porém, esses processos de atualizações podem ser cada vez mais
enriquecedores conforme nos educamos para refletir sobre a natureza das imagens.
Por outro lado, desconhecer tais processos denuncia como a leitura das imagens
seria limitada. O curioso é que nas sociedades contemporâneas, ou pelo menos em parte
delas, as imagens quase nos sufocam com suas presenças invasoras, sedutoras, abusivas. Se
pensarmos na circulação de imagens em dispositivos móveis e o acesso a redes de dados
sem fio, então constatamos que nos últimos anos toda essa revolução tecnológica nos
encaminhou para uma imersão ainda maior. É preocupante dar-se conta que a educação
básica ignora quase que por completo a pedagogia dos ícones, uma vez que os currículos
que observamos em nossas trajetórias docentes configuram certo descaso com tais
reflexões. Estamos falando das poucas horas dedicadas ao ensino de artes visuais nos
currículos, nos quais predominam conhecimentos das chamadas ciências naturais e exatas.
É nesse contexto que esta experiência cumpre um papel relevante ao buscar
estratégias para movimentar os alunos. Para incentivar nossos estudantes, desde a educação
básica, a serem mais críticos diante do poder das imagens, só mesmo valorizando o ensino
da arte, que deve ser ofertado em todos os anos da formação de crianças e adolescentes.
Nas aulas de artes visuais, essas habilidades de produzir, ler e contextualizar imagens são
refinadas, na direção de armar nossos jovens a perceberem com maior reflexividade os
conteúdos que os cercam. No entanto, a realidade que chega até nós, arteducadores, é que
infelizmente a arte sofre com a incompreensão e a falta de informação de muitos gestores e
professores de outras áreas. Nessa perspectiva, não é incomum encontrar escolas de
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educação básica que não ofertam a disciplina de artes, ou quando a oferecem ela não é
lecionada por um professor habilitado. Se esse quadro não for alterado infelizmente a arte e
seu ensino seguirá com seus mesmos obstáculos. Somente com fiscalização e denúncia de
irregularidades poderemos evitar aquelas práticas abusivas contra a arteducação.
O que incomoda também é ver como a arte é usada para dar visibilidade a certas
mostras espetaculares que só visam um resultado, como números musicais, dança, teatro
etc., mas não se vê nenhuma reflexão sobre o ensino da arte. Fica parecendo que qualquer
um pode dar aula de teatro, dança, música e artes visuais. Isso é um problema sério, afinal
agir dessa forma reforça a ideia de amadorismo ou de autodidatismo, como se nas
instituições escolares a área de arte não fosse um campo de conhecimento disciplinar. E
pior: aos alunos é reforçada essa imagem da arte como um saber menor, que não exigiria
pessoas habilitadas e devidamente capacitadas como nas “verdadeiras” disciplinas.
Ao contrário disso, a arte precisa ser vista como conhecimento e não apenas como
lazer ou espetáculo. Afinal, para que licenciaturas em artes visuais, dança, música e teatro
se, em termos práticos, elas não são valorizadas?
Então, deparamo-nos com eventos culturais em escolas nas quais não há um
professor de arte. Ocorre que, em determinadas ocasiões, a arte é usada para mostrar algo,
para dar visibilidade e fazer o espetáculo acontecer. A arte passa a servir de trampolim para
o que realmente interessa: reforçar a convicção de que “arte” é “talento” nato, e que o
verdadeiro talento não precisa ser trabalhado, é “dom” naturalizado. É nesse ponto que,
junto a outros arteducadores, sigo nessa militância pela arteducação.
Toda esse debate encontra ressonância com a recente aprovação da Lei Federal
número 13.278/16, segundo a qual as artes visuais, a dança, a música e o teatro, enquanto
linguagens da componente curricular Artes, tornaram-se obrigatórios na educação básica
nacional Trata-se de uma vitória dos arteducadores, entretanto, o desafio se renova agora
em fazer com que essa lei seja de fato uma realidade nas escolas brasileiras.
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Com essa ênfase na formação humana sensível é que acreditamos na relevância dos
processos artísticos e educativos como ampliação dos saberes, também, para o mundo do
trabalho. Tais processos não podem ser conduzidos senão por professores devidamente
formados e capacitados para tal desafio.
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Em segundo lugar, o “como aconteceu”, relaciona-se com a postura do espectador
diante do dispositivo, ocupando a mesma posição do artista, no mesmo local onde a obra
foi fabricada. Esse paralelismo é ainda mais excitante por que, como já dito, expõe apenas
sucessivas imagens fora de foco, uma vez que a sequência de imagens não apenas apagou o
reflexo do espelho, mas apagou toda a possibilidade de ver o que se espera de um
autorretrato fotográfico (ou mesmo a condição de ver qualquer imagem).
E, finalmente, o “como é percebida” segue na direção dessas recapitulações, porém,
outras tantas manchas, reflexos, fragmentos de imagens podem ser percebidos nesse
dispositivo um tanto cruel construído por Michel Snow.
Na imagem da obra de Michael Snow, podemos dizer que esse dispositivo de
produzir fotografias nos induz ao erro. Ao contrário do que faz supor certo senso comum, a
imagem da fotografia muito antes de apresentar uma perspectiva convincente da natureza e
da cultura, menos revela do que deixa vislumbrar. O que está em jogo nesse dispositivo de
Snow é a exibição contraditória daquilo que a imagem da fotografia apaga e não nos deixa
ver. O frustrado autorretrato do artista consiste em uma sequência de cinco polaroides fora
de foco. É preciso lembrar que o foco na fotografia é condição para um instantâneo com
nitidez, condição essa que qualificaria a imagem da fotografia como uma representação
bastante plausível do “real”. Mas é justo o contrário disso tudo o que o dispositivo de Snow
nos mostra: quanto mais o artista tenta se revelar na imagem do espelho, mais a imagem da
fotografia se mostra avessa a qualquer apreensão daquele “real”. O que fica gravado no
papel fotográfico é uma sequência de instantâneos mecanicamente reproduzidos, nos quais
a presença humana é deliberadamente manchada, fraturada, extinta. A vida que poderia
ressurgir na luz da fotografia se transforma em uma sombra, mera anulação de qualquer
possibilidade de se ver.
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citados. Assim, cabe ao professor usar estratégias para conseguir desenvolver os objetivos
da disciplina, caminhando junto com os acadêmicas.
A proposta colocada em prática permitiu experiências com os conceitos e materiais,
como síntese expressiva, isto é, a busca por procedimentos que aliassem questões formais e
conceituais. Esse equilíbrio é demonstrado por Hélio Oiticica em seu texto. Diante desse
desafio, debate com os acadêmicos sobre as dificuldades em conseguir a forma capaz de
dialogar com a categorização. Forma e conteúdo precisam se articular na direção de uma
expressão capaz de resumir as proposições inicialmente pensadas. É um processo longo, de
modo que as 90 horas previstas para a disciplina possibilitam uma caminhada
enriquecedora.
Discutimos, sobretudo, a importância de criar ações coletivas segundo o que
chamamos de práticas colaborativas. Essas experimentações também são levadas adiante
nas interações entre os acadêmicos. As práticas de coletivos com atuação artivista, à
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exemplo do que podemos ver em diversos grupos atuantes na cidade de Belo Horizonte ,
inspiraram essa proposição na disciplina Plástica. Aos acadêmicos julgamos relevante
prepará-los, desde o começo, a se familiarizarem com o desafio das práticas em coletivos,
até mesmo porque em cursos como Arquitetura e Design de Interiores não é possível
desconsiderar os contextos sociológicos e antropológicos, nas práticas de projetos.
Educação em devir
Para maiores informações sobre essas atividades artisticas, consultar a pesquisa “Territórios
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ganharia força, pois acumularia formas variadas de abordar o mesmo tema, mas por
processos completamente diversos e interações ainda não experimentadas. Resumindo, o
que Deleuze nos sinaliza com tais pressupostos é a produção do conhecimento
interdisciplinar, ou ainda transdisciplinar, no movimento de romper com conhecimentos
estanques.
Considerações Finais
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linhas abstratas, é traçar linhas da vida e nelas experimentar-se pelo meio dos blocos de
sensações.
Referências
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. Lisboa, Relógio D’Água Editores. 2004.
DUBOIS, 2009
GEERTZ, 2009
KANDINSKY, Wassily. Ponto e linha sobre plano. São Paulo: Martins Fontes. 2012.
MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed. 2009.
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MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos – O declínio do individualismo nas sociedades
de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1987.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Introdução – circuito de jovens. In: MAGNANI, José
Guilherme Cantor; SOUZA, Bruna Mantese. (Org.) Jovens na metrópole: etnografias de
circuitos de lazer, encontro e sociabilidade. São Paulo: Editora Terceiro Nome. 2007.
p.15-22.
SILVA, Gilbert Daniel da. Piolho Nababo: anti-galeria de arte e diálogos na interface
educação/antropologia. Anais da 29º Reunião Brasileira de Antropólogos. Natal/RN.
2014.
SILVA, Gilbert Daniel da. Piolho Nababo: uma etnografia da antigaleria de arte. Curitiba:
CRV. 2016.
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