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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

- FAVENI

A SIGNIFICATIVA CONTRIBUIÇÃO DO
MEDIADOR DE CONFLITOS NAS ESCOLAS
ESTADUAIS PAULISTAS

JHONATAS GARCIA CASAGRANDE DOS SANTOS

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, 2018.


FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
- FAVENI

A SIGNIFICATIVA CONTRIBUIÇÃO DO
MEDIADOR DE CONFLITOS NAS ESCOLAS
ESTADUAIS PAULISTAS

Artigo Cientifico apresentado a banca


examinadora da Faculdade Venda Nova
do Imigrante – FAVENI, como exigência
para obtenção do título de Pós-graduação

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, 2018.


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A SIGNIFICATIVA CONTRIBUIÇÃO DO MEDIADOR DE CONFLITOS NAS


ESCOLAS ESTADUAIS PAULISTAS
Jhonatas G. C. dos Santos1

RESUMO

Atualmente, a mediação de conflitos surge como alternativa à resolução de muitos


problemas que acontecem nas escolas. A mediação é aquela ferramenta que
introduz a abertura do diálogo no processo conflituoso. Dessa maneira, é preciso ter
alguém dentro da instituição de ensino que faça essa função a fim de abrir os
caminhos e de minimizar os conflitos que acontecem. Assim, pode-se problematizar
qual é a significativa contribuição desse profissional para a educação do estado de
São Paulo? Isto posto, os objetivos específicos deste trabalho visam compreender
mais sobre a Educação, explicar sobre a indisciplina e constatar se a presença do
mediador pode mudar os acontecimentos, criando oportunidades e minimizando os
conflitos através da comunicação. Para tanto, foi utilizado como método à coleta de
dados através das pesquisas bibliográficas e exploratórias, realizadas por diversos
autores. O resultado desse estudo detectou que a falta de diálogo (comunicação)
gera problemas nas unidades escolares. No segundo objetivo específico, em análise
das literaturas, foi possível perceber que a indisciplina atrapalha o cotidiano dos
trabalhos pedagógicos e o terceiro e último objetivo específico foi constatar se a
presença da mediação contribuía para resolver problemas. Portanto, este estudo
objetivou que o mediador, utilizando-se da comunicação, como ferramenta de
trabalho, traz sim a sua contribuição positiva para o ambiente educacional.

PALAVRAS-CHAVE: Educação; Indisciplina; Mediação de Conflitos; Comunicação;

1. INTRODUÇÃO

A mediação de conflitos na gestão escolar surge em 2010 na Secretaria da


Educação do Estado de São Paulo, ela combate à indisciplina nas escolas,
buscando aculturar a paz. Nesse quesito, o governo estadual, no ano de 2017,
reduziu consideravelmente o número de profissionais que trabalham frente à
mediação escolar, mesmo tendo a atuação exitosa e frutífera no campo escolar.

Em sua totalidade, a mediação visa minimizar os conflitos nas escolas,


fazendo com que os alunos não percam tempo com questões fúteis e os desviem
dos estudos. Dessa maneira, vê-se, nesse ponto, que a estratégia da comunicação,
através do mediador, vem a calhar, pois diretores e coordenadores estão sempre
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ocupados em outras atividades. Então, essa função de mediador escolar faz com
que a escola fique mais dialética, pois está buscando evitar problemas de
relacionamento em seu cotidiano.

Portanto, buscou-se reunir informações com o propósito de responder o


seguinte problema de pesquisa: o trabalho do mediador de conflitos contribui às
escolas paulistas?

Com este propósito, o objetivo geral é identificar como o trabalho do mediador


de conflitos traz contribuições às escolas paulistas. Então, os objetivos específicos
são: buscar compreender o papel da Educação Estatal, refletir sobre indisciplina e
constatar sobre as ações do mediador de conflitos.

A metodologia adotada fundamentou-se por revisões bibliográficas, partindo


de Meier & Garcia (2011), Villamarín (2002), Pirozzi (2013), Aquino (1996), Magaldi
& Gondra (2003) e outros estudiosos, assim, com o intento de coligir o processo
investigatório e as perspectivas deste estudo.

Esse trabalho de conclusão de curso estrutura-se em três capítulos, além da


introdução e da conclusão. O primeiro capitulo traz um enfoque sobre a Educação, o
segundo trata da indisciplina nas escolas e o terceiro discorre sob o agir do
professor mediador.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Em coesão com Gerhardt & Silveira (2009, p. 103) a pesquisa possibilita unir
a prática com a realidade a ser investigada e ampliar o conhecimento,
consequentemente, levando a uma reflexão. A pesquisa não tem uma conclusão
definitiva, ela nos fornece meios para mudar, intervir, descobrir e interpretar os
problemas propostos pela realidade. Examinar minuciosamente é buscar resolver o
problema, recorrendo a métodos.

Segundo Goldenberg (2003, p. 137) afirma que a abordagem qualitativa


reforça os fenômenos, ela não se restringe a limites, mas busca a reflexão
profunda. Seus estudos são mais abertos e um caráter mais analítico.
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Conforme citado acima, fazer uma revisão de literatura com base em outros
estudos para que a abordagem qualitativa a fim de obter interpretações favorecidas
sobre o problema de pesquisa. Merecidamente, a base da pesquisa deve ser um
problema, tem-se o tipo de raciocínio hipotético-dedutivo para que a partir de um
pressuposto possamos surgir uma base de resolução viável para o problema.

"Pesquisa básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da


ciência se aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais;"
(SOUZA, SANTOS e DIAS, 2013, p. 64). Assim, aumentando a área de
conhecimento, essa pesquisa equivale-se na natureza básica.

Como bem nos assegura Ciribelli (2003, p. 54) "A Pesquisa Exploratória é o
primeiro passo de qualquer Trabalho Científico", podendo-se dizer que a busca é
profundamente analítica, isto é, investiga conteúdos relevantes dentro de um tema.
A pesquisa está classificada em exploratória, pois há um mérito investigativo e
aprofundado em literaturas, pois ela se funda, por exemplo, em livros.

A pesquisa foi elaborada através de fichamentos de livros que foram os


instrumentos de coletas de dados, utilizando-se como base os livros de autores
importantes, a fim de resultar numa melhor apreciação dos conteúdos.

Dessa maneira, foi realizado um esboço para nortear a pesquisa, assim,


estabelecendo os tópicos. Os autores citados nessa pesquisa foram Meier & Garcia
(2011), Villamarin (2002), Aguiar (2015) Thums (2003), Pirozzi (2013) e outros.

3. VISÃO SOBRE EDUCAÇÃO DADA PELO ESTADO.

Pode-se dizer que a Educação desenvolve virtudes, ensinando o ser humano


a sobreviver onde ele estiver, claro que na medida em que ele a buscar cada vez
mais. Nérici (1991, p. 17) afirma que desenvolver virtudes no contexto onde a
pessoa está inserida, pode-se fazer com que a pessoa consiga atingir seus objetivos
de uma forma mais humanizada. Neste sentido, o mais preocupante, contudo, é
constatar que ficar sem ela é correr um risco absoluto de ser excluído dos rumos em
que a sociedade caminha.
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Como bem nos assegura Villamarín (2002, p. 95), pode-se dizer que as
atitudes dos pais, enquanto, educadores devem ser os melhores possíveis, a fim de
lhe inspirar confiança. Neste contexto, fica claro que os pais são atores coadjuvantes
nesse processo tão importante.

Conforme explicado acima, o autor deixa claro que a educação deve ser
acompanhada de modo responsável. Dessa maneira, em consonância, o autor diz
que não havendo falhas nesse processo, resultarão em atitudes promissoras para o
futuro de qualquer pessoa.

A Educação é processo gradativo e as pessoas precisam de ajuda para


esclarecer suas dúvidas a fim de buscar a libertação de seus problemas. Como bem
nos assegura Pirozzi (2013, p. 9) "[...] esse professor mediador: aquele que fará
florescer o espírito investigativo e aventureiro, pois é justamente disso que
precisamos: da aventura do saber, que deve começar de dentro para fora [...]".

Ora, conforme citado acima, os autor expressa que a atitude mediadora dos
professores deixará marcas em seu inconsciente e os instigará a buscar
conhecimentos, caso contrário, teríamos uma regressão na atitude do educando.
Assim, apesar de anos terem se passado, em relação às literaturas, a ideia dos
autores supracitados permanece a mesma, pois eles deixam claro que a
responsabilidade dos educadores não pode faltar. "Educação democrática é aquela
que, fundada no princípio da liberdade e no respeito à pessoa humana, assegura a
expansão e a expressão da personalidade [...]" (MAGALDI e GONDRA, 2003, p.
147).
Assim considerar que a Educação norteia as pessoas para resolver os
problemas sociais, econômicos, culturais e ambientais é dizer que ela é liberatadora.
A educação sempre estará pautada nas constituições de qualquer país democrático,
pois ela é um direito fundamental e universal. A sua importância vai mais além de
conseguir renda para sobreviver, pode-se dizer que a profundeza aonde ela vai são
para combater a pobreza, cuidar da saúde, fazer a economia crescer, diminuir a
violência, proteger o meio ambiente e muito mais.

A educação consiste essencialmente em sua forma de compreender o


mundo e, se possível, transformá-lo. [...]. A educação é um processo
(conforme já definimos anteriormente) ou soma de atos educativos
encadeados, perfectivos [...] (THUMS, 2003, p. 74).
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Na citação acima, o autor deixa claro que a educação leva o individuo a


entender e responder as suas próprias perguntas, mas é importante ressaltar que o
individuo tem que estar envolvido nos sistemas educacionais. Nessa ótica,
concatenar os atos no decurso pedagógico, facilitará os fins.

Sendo assim, a educação visa obter evoluções na vida individual e coletiva


das pessoas. Pode-se presumir que ela serve para nortear os rumos a se atingir. Por
fim, a importância da Educação diferencia pessoas, faz com que elas participem da
vida com total liberdade, tendo pleno saber de seus direitos, deveres e de como
usufruí-los.

4. A INDISCIPLINA.

A indisciplina é a desobediência a qualquer regra ou acordo, ela é um tema


que pais, professores, coordenadores e diretores das escolas se debruçam sobre
ela para saber o que fazer em cada caso, pois acontece todo dia e a todo o
momento. Segundo Oliveira (2015, p. 50) a indisciplina escolar é resumida como a
falta de limites por parte dos alunos. É importante, introduzir esse assunto, pois há
um trabalho, constante, a ser feito nas escolas, pois ela prejudica a vida particular e
social de cada pessoa. Assim, pode-se identificar que essa tal prática dos alunos
atrapalha o processo de ensino-aprendizagem e deve ser restringida pelo Estado a
fim de coibir problemas irreversíveis.

Do ponto de vista de Aquino (1996, p. 87) o aluno indisciplinado pensa que


pode tudo e não quer saber dos conteúdos ali passados. Neste contexto, o
educador, mesmo sabendo que isso é rotineiro nas escolas, ele dribla esse
obstáculo e continua sua atuação como protagonista da educação, pois a fronteira
do certo e errado parece não estar na mente dos jovens. Trata-se inegavelmente
que a indisciplina atrapalha não só aquele que a comete, mas toda a coletividade.

Conforme explicado acima, é proveitoso, aliás, confirmar que a indisciplina


escolar faz com que os professores percam muito tempo em relação ao conteúdo
programático, assim, deixando tudo atrasado. Dessa forma, a escola se torna palco
do que está acontecendo fora dela. É sinal de que ela existe e esse problema
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precisa ser continuamente resolvido, pois acumular travessuras, violências, bullyings


e outras traquinagens, em breve o sistema educacional virará uma anarquia.

Dessa maneira, conforme Archangelo et al. (2008, p. 167), a indisciplina tem


trazido muitos sofrimentos aos professores e inviabilizado seus trabalhos. É fato de
que muitos professores estão sempre com o conteúdo atrasado por causa de tanta
indisciplina, seria um erro, porém, atribuir ao professor que ele trate somente da
indisciplina e se esqueça da disciplina que ele leciona. Assim, o autor deixa claro e
se reveste de muita propriedade dizendo que essa prática tem tomado o âmbito das
instituições de ensino. Sob essa ótica, ganha particular relevância compreender que
a indisciplina está inviabilizando todo o trabalho e ainda colocando o
nível educacional em risco.

Ora, em tese, a indisciplina gera um caos e não é ensinada nas instituições


de ensino superior aos futuros professores como lidar com ela. O professor é
obrigado a aprender na prática esse tema tão doloroso, sendo assim, a indisciplina
leva os professores ao declínio profissional, pois os deixa com muita estafa, fazendo
com que eles no percam o encanto pela profissão. Não se trata de uma má
formação do professor, lamentavelmente, é preciso dizer que na melhor das
hipóteses o professor está ali para repassar o conhecimento especifico. É importante
considerar que o docente com forte estresse só trará malefícios para si, pois ele não
irá conseguir atender a demanda.

Relevante é ter um capítulo que fala sobre a indisciplina nas escolas, pois
está aí o motivo dos profissionais da educação estarem sofrendo muito em seu
trabalho, pois aquilo que se espera dos alunos é a disciplina.

[...] A indisciplina torna-se então um sintoma do comportamento individual,


um desvio. Ao se trabalhar com um ideal de aluno, ou melhor, o aluno
idealizado, em detrimento do aluno real, reduz-se o aluno a um modelo de
conduta que abrange todas as dimensões de existência [...] (COSTA, 2002,
p. 45)

"Nas condições atuais é impossível obter-se bons resultados. Uma parcela


significativa de alunos vai à escola para brincar, comer, provocar brigar, praticar atos
de vandalismo, namorar, se drogar e etc." (AGUIAR, 2015, p. 88). Podemos
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perceber conforme citado acima que os desgastes físicos e emocionais são


cotidianos e os ideais dos alunos são subversivos ao meio escolar.

Contudo, pode-se dizer que a indisciplina é o ato de atrapalhar sem medir as


consequências vindouras para si. Ela tem servido para que os índices educacionais
do não progridam. A relevância de colocar esse tema neste trabalho é compreender
que ela não tem contribuído em nada, mas sim, atrapalhado todo o sistema.

5. O AGIR DO MEDIADOR DE CONFLITOS

Podemos conceituar a mediação como sendo a forma de encarar o conflito,


sendo uma terceira pessoa, de modo imparcial na resolução do problema. Então, os
conflitantes precisam assumir que ele é a pessoa responsável por facilitar o diálogo
entre as partes a fim de acharem um acordo e muitas vezes de forma atípica.
Certamente, a importância de ter esse profissional nas escolas estaduais paulistas é
de equilibrar o ambiente, tendo uma justiça mais suave.

De acordo com Braga Neto (2017, p. 10) a justiça doce é capaz de resolver o
conflito muitas vezes até de forma inesperada, surpreendendo as partes com formas
que todos aceitariam a sentença. Dessa maneira, o mediador como uma terceira
pessoa no diálogo, ajudará a manter os ânimos de forma calma e ainda buscará
através da sua imparcialidade resolver o conflito, podendo até criar oportunidades.

Na opinião de Janotti Junior et al. (2012, p. 277) “É justamente pela via da


mediação que produz uma diferença entre aquilo que estava previsto no meio ou na
mensagem e aquilo que acontece de fato [...]”. Uma vez que houve a promoção do
diálogo, muitos problemas começam a ser resolvidos entre as partes, pois elas
começam a ver as possibilidades da resolução.

Coerentemente como anunciado por Meier & Garcia (2011) o mediador leva o
indivíduo a perceber motivos da resolução do problema. Verdadeiramente gera-se
mudanças no escutar de cada informação recebida, seria um erro não aceitar que a
presença do mediador não faria a diferença. Dessa maneira, é importante ressaltar
que a mediação de conflitos serve para resolver os problemas com prontidão dentro
do ambiente escolar.
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Isto posto, deixar as partes expor os fatos e tentar propor soluções, levará o
conflito a um consenso. Assim, é suma importância dizer que todos, mesmo estando
em conflitos, estão aprendendo formas positivas de relacionamentos. Com esse
foco, os autores citados acima ganham magnitude a fim de promover a mediação na
prevenção e nos conflitos.

Assim, pode-se dizer quanto o mediador de conflitos é importante para as


escolas, que é o foco desse trabalho. A sua sensibilidade, neutralidade,
equidistâncias das partes envolvidas asseguram um diálogo mais promissor à
resolução dos conflitos, não provocando brigas e confrontos.

É na conjunção entre clima de convivência pacífica e formação humana


onde adquirem sentido os programas de mediação escolar. Por um lado, a
ação mediadora incide sobre a violência como fator que se perturba
claramente o êxito da instituição escolar: [...] (ZUIN e BRASILEIRO, 2015, p.
191).

Agora, nessa asserção, é importante dizer que a comunicação está presente


na mediação escolar. Caso contrário, o clima da instituição de ensino estaria sempre
ameaçado por conflitos. Não é satisfatório afirmar que o programa vem apenas para
uma convivência pacífica, mas para adquirem um sentido prospero. É
importante crer que, por exemplo, o mediador escolar vem para promover ações que
faça a remediação dos conflitos, mas também prevenir os problemas. Acredita-se
ser pertinente trazer à tona que mediação abre portas para novas oportunidades
dentro da escola, como por exemplo, o encaminhamento de jovens ao mercado de
trabalho.

Por todas essas razões, verifica-se, portanto que a comunicação deve estar
presente, mas para que haja essa promoção da comunicação na escola, por causa
de conflitos, é preciso que tenha um profissional voltado a essa tão onerosa
atividade. Dessa maneira, havendo o mediador para acompanhar bem de perto os
conflitos a instituição de ensino tende a melhorar seus relacionamentos.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esse estudo teve como propósito verificar se o mediador de conflitos faria


uma contribuição significativa para as escolas, bem como identificar a indisciplina e
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qual a posição correta por parte desse profissional. Assim, a suposição feita a partir
do problema foi que o trabalho do mediador escolar poderia contribuir com os
professores em suas atividades. De acordo com Meier & Garcia (2011) o ato de
mediar e servir de intermediário entre pessoas e grupos faz com as divergências
diminuam.

Dessa forma, o primeiro resultado de objetivo específico é compreender mais


sobre Educação, pois é ela quem muda a vida das pessoas transformando desde o
local até o global. De acordo com Zitkoski (2010, p. 80) a educação é que dá
esperança e emancipa socialmente.

Deste modo, outro resultado é explicar sobre indisciplina, que de fato, ela é
um obstáculo ao trabalho pedagógico. Os professores estão gradativamente mais
desanimados, pois na sala de aula não é possível o mínimo de concentração para
que os alunos sejam libertados através da Educação. Coeso com Luengo (2010, p.
57) o ambiente educacional deve ser utilizado para refletir sobre temas afastados do
cotidiano.

Outro fator é o resultado do terceiro objetivo específico que apresenta o agir


do mediador de conflitos, pois abrir a comunicação entre as partes faz com que as
pessoas achem caminhos seguros. De acordo com Muszkat (2003, p. 158) diz que a
mediação esta vinculada ao diálogo.

Para alcançar o objetivo geral desse trabalho discorremos pela


contextualização de Educação, indisciplina e ação de comunicação do mediador de
conflitos em diversas literaturas, que, de fato, este último é o mais importante.
Assim, interpretando e explorando os autores citados nesse artigo, percebe-se, por
exemplo, que os conflitos sempre estão à tona e deve parar, porque, tudo isso, põe
em risco o futuro dos indivíduos. Dessa forma, é preciso dizer que a presença do
mediador vem para inibir a indisciplina e gerar oportunidades. "[...] só há
comunicação possível se houver o diálogo. O diálogo não pode ser uma série de
monólogos consecutivos em que um não é transformado pelo outro. No diálogo há a
incorporação da fala do outro." (MEIER e GARCIA, 2011, p. 150).

Diante do exposto, é possível afirmar que após tanto estudar sobre educação,
indisciplina e sobre a ação de mediar, pode-se dizer que a contribuição desse
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profissional sendo pura e efetiva é o que fará mudanças significativas nas unidades
escolares. Um mediador de conflitos ativo em suas atividades tem grandes chances
de propor, mesmo que aos poucos uma cultura de paz e harmonia, caso contrário,
os conflitos podem até acabar no judiciário.

7. CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou fazer uma análise


pormenorizada de como a função de mediador de conflitos tem contribuído com os
docentes e aumentando a qualidade do sistema educacional. Esse estudo
contemplou uma breve explanação sobre Educação, também se falou da indisciplina
e, por fim, do agir do mediador nas escolas. Além disso, permitiu-se utilizar diversas
fontes bibliográficas para entrelaçamento das ideias propostas.

De um modo geral, o mediador de conflitos consegue demonstrar que sua


atuação possibilita à resolução de conflitos que aparecem no dia a dia das unidades
escolares. Diante do exposto pelas literaturas ficou evidente que o mediador
contribui e muito para a Educação e os objetivos dessa pesquisa foram alcançados
mostrando sua eficácia.

Este trabalho utilizou-se de bibliografias para dar suporte teórico ao


autor. Essas obras nos possibilitou realizar um estudo sobre o tema, citando o autor
Meier & Garcia (2011) como o mais importante.

Dada à importância do tema, torna-se necessário expandir a quantidade de


mediadores e de cursos de formação continuada para eles. Assim, podendo
continuar o trabalho, que vem sendo feito nas escolas paulistas.

Nesse sentido, a função de mediador de conflitos permite contribuir com


eficiência na rede estadual de ensino, isto posto, além de enriquecer o ambiente
escolar deixando-o mais agradável e oportunista.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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13

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