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Otimização Energética AAEXP | Avaliação Ambiental

e Meio Ambiente Estratégica para o Planejamento da


Expansão da Geração

O planejamento da expansão de sistemas de ge-


ração, transmissão e distribuição de energia
elétrica demandam avaliações ambientais de caráter
bientais, e sua complexidade, causadas por conjuntos
de projetos em determinadas regiões ou ecossiste-
mas, assim como das implicações com outros planos
estratégico, com a incorporação da dimensão ambien- setoriais e com convenções e acordos internacionais.
tal como variável no processo decisório. Neste sentido, Foi desenvolvida uma ferramenta computacional
destaca-se o desenvolvimento de metodologias para (Figura 1) de suporte às avaliações, sistematizando a
incorporação da dimensão socioambiental no planeja- coleta de dados e agilizando a atribuição de graus de
mento de sistemas elétricos. complexidade. A ferramenta armazena as informações
No caso brasileiro, o planejamento governamental levantadas para a avaliação de cada projeto, facilitando
tem sido realizado por meio de uma sequência de es- as análises do plano como um todo e as revisões anu-
tudos, coordenada pelo Ministério de Minas de Energia ais de cada ciclo.
(MME), nos Planos de Expansão. Tal sequência está
estruturada em estudos de longo prazo (Matriz Ener-
gética e Plano Nacional de Energia) e de curto prazo
(Plano Decenal de Expansão e Monitoramento da Ex-
pansão).
O AAEXP é um projeto voltado para o desenvolvi-
mento de ferramentas visando à avaliação ambiental
de planos de expansão de geração, tendo como refe-
rencial metodológico os pressupostos da Avaliação
Ambiental Estratégica (AAE), adequados na avaliação
de impacto como suporte à decisão no nível de polí-
ticas, planos e programas. Dessa forma, os impactos
sinérgicos e cumulativos, inter-setoriais, regionais e Recentemente, foi desenvolvida, dentro das ativi-
globais são analisados de modo mais adequado e in- dades do projeto, uma metodologia para definição de
tegrado. índice de impacto socioambiental de referência para a
A metodologia proposta para o Plano Decenal é expansão da capacidade de geração do Sistema Inter-
composta por critérios e indicadores de avaliação dos ligado Nacional (SIN), visando à sua aplicação à ener-
projetos de geração em termos de sua complexidade gia de complementação das alternativas de divisão de
socioambiental e do atendimento às exigências legais, quedas em estudos de inventário hidroelétrico. Foi es-
de acordo com parametrização estabelecida para atri- tabelecida uma metodologia para definição de conjun-
buição de graus de impacto. As avaliações auxiliam na to sintético de indicadores de impacto socioambiental
formulação das alternativas do Plano, concepção dos de fontes para geração de energia elétrica, incluindo
projetos e cronologia de implantação, além de apontar fontes térmicas, hídricas e eólicas, para aplicação a
ações ambientais ex-ante para sua viabilização. Forne- expansões do SIN previstas em planos de longo de
cem, ainda, informações das interferências socioam- prazo.

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Otimização Energética ANAFIN | Programa
e Meio Ambiente para Análise Financeira de
Projetos Elétricos

A o longo dos últimos 13 anos, o projeto


MODAF tem sido mantido pelo Cepel, em
parceria com o grupo Eletrobras, com o objetivo
flutuações nas taxas de juros, de câmbio e de
inflação, decisões de investimento tomadas por
outros agentes, entre outros. Adicionalmente,
de desenvolver ferramentas e metodologias o modelo ANAFIN também permite a utilização
capazes de apoiar as decisões de investimento da simulação de Monte Carlo para lidar com
das empresas, lidando de forma adequada determinadas variáveis de risco.
com as incertezas existentes no setor elétrico Em geral, pode-se dizer que a análise da
brasileiro. O principal produto deste projeto é o viabilidade econômico-financeira de projetos
modelo ANAFIN, cuja finalidade é determinar é baseada nas estimativas dos seus fluxos de
a viabilidade econômico-financeira de novos caixa, obtidas a partir de previsões das diversas
empreendimentos de transmissão e geração de variáveis que o compõem. Neste contexto, o
energia elétrica, em particular empreendimentos modelo ANAFIN possui dois módulos de análise
de geração hidráulica, eólica e termoelétrica a de viabilidade: o determinístico e o probabilístico.
gás natural, carvão, óleo e biomassa. Utilizando o módulo determinístico do modelo
ANAFIN, a análise do fluxo de caixa é feita a
partir de valores representativos das variáveis
envolvidas no estudo, o que leva à determinação
de um conjunto de indicadores de viabilidade
associados ao projeto, entre eles:

• Valor Presente Líquido (VPL).


• Taxa Interna de Retorno (TIR).
• Preço de Equilíbrio (PEQ) – valor mínimo do
preço que remunera o capital dos acionistas do
projeto com base nos seus respectivos custos de
capital.
• Investimento de Equilíbrio (INVEQ) – valor
Figura 1 – Tela de abertura da interface gráfica do sistema ANAFIN máximo de investimento que o projeto pode
suportar, de modo que o capital dos seus
Ao lidar com as incertezas pertinentes ao setor acionistas seja remunerado aos seus respectivos
elétrico brasileiro, o modelo ANAFIN considera a custos de capital.
exposição ao risco hidrológico e eólico a que os • Taxa de Juros de Equilíbrio (TJEQ) – valor
projetos estão sujeitos, permitindo a realização máximo da taxa de juros negociado com as
de uma análise da competitividade do projeto instituições financiadoras do projeto que permite
ante a construção de diferentes cenários, como que o capital dos seus acionistas seja remunerado
aqueles que consideram atrasos na construção aos seus respectivos custos de capital.
do empreendimento, alterações tecnológicas,
Considerando que a maior parte das variáveis a cadeia de modelos energéticos, desenvolvida
usadas nas análises econômico-financeiras pelo Cepel, ou através da utilização de técnicas
não pode ser estimada com 100% de precisão, estatísticas de simulação, em particular a
o módulo determinístico do modelo ANAFIN Simulação de Monte Carlo. Nesse caso, são
trabalha com as incertezas associadas ao projeto obtidos indicadores probabilísticos a respeito
de duas diferentes maneiras: através de análises da viabilidade econômica-financeira do projeto.
de sensibilidade e de análises de cenário destas Entre eles, pode-se destacar a Probabilidade de
variáveis. Pelo uso de algum desses métodos, Não-Remuneração do Investimento e a Média da
é possível separar intervalos de valores que Distribuição de VPLs encontrada.
definem a rejeição ou aceitação do projeto. Finalmente, é importante observar que, entre
Por outro lado, utilizando o módulo as atividades do projeto MODAF, faz parte o
probabilístico do modelo ANAFIN, determinadas constante apoio às empresas do grupo Eletrobras
incertezas do projeto podem ser consideradas e ao Ministério de Minas e Energia (MME) na
de forma explícita, seja através da iteração com realização de estudos na área financeira e de
comercialização de energia elétrica.

Figura 2 - Resultados gráficos das análises de viabilidade realizadas pelo ANAFIN

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Otimização Energética BALCAR | Emissões de Gases
e Meio Ambiente de Efeito Estufa em Reservatórios
de Centrais Hidrelétricas

R azoável incerteza envolve a quantificação de


emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)
de lagos artificiais, sendo necessário o aumento do
está sendo finalizado, com lançamento previsto para
2014.
O projeto envolve a realização de campanhas de
conhecimento sobre os processos que medeiam os campo para efetuar medições e análises num conjunto
fluxos de gases nesses ambientes aquáticos. de 11 usinas hidrelétricas (existentes e planejadas)
O projeto BALCAR tem como um de seus objetivos representativas dos diversos biomas brasileiros. No
produzir documentos de referência em avaliação biênio 2011/2012, foram realizadas quatro campanhas
quantitativa de emissões de GEE em reservatórios de em cada sítio. A análise dos dados coletados já foi
hidrelétricas, incluindo uma revisão bibliográfica do processada, estando prevista a publicação de um
estado da arte do conhecimento existente sobre o ciclo relatório para o primeiro semestre de 2014.
do carbono em reservatórios e um documento contendo O projeto envolve também o desenvolvimento,
diretrizes para elaboração de análise quantitativa calibração e validação, a partir dos dados coletados
de emissões líquidas de GEE em reservatórios de em campanhas, de modelos numéricos baseados em
hidrelétricas, sendo este último documento projetado descrições matemáticas dos principais processos
para ser editado em dois volumes: envolvidos no balanço de carbono de reservatórios.
As simulações destes modelos permitem a avaliação
quantitativa de emissões de GEE em reservatórios de
hidrelétricas em estudos de longo prazo. A primeira
versão do modelo está prevista para ser lançada em
2014.
Indicadores são calculados dividindo as emissões
em toneladas de CO2 equivalente obtidas pela geração
de energia elétrica e comparadas com os valores
equivalentes para usinas a combustíveis fósseis.

1) referente a campanhas de medições e análise de


dados; 2) focando modelagem. A revisão bibliográfica e
o primeiro volume das diretrizes foram publicados em
dezembro de 2012. O segundo volume das diretrizes

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Otimização Energética CONFINT | Modelo de
e Meio Ambiente Confiabilidade de Subsistemas
Hidrotérmicos Interligados

U m dos principais objetivos do planejamento de


um sistema de potência é estabelecer quando
e onde deverão ser instalados os equipamentos neces-
• frequência esperada de eventos de falha - LOLF
(ocorrências/h);
• valor esperado de duração de perda de carga -
sários para um atendimento econômico e confiável da LOLD (horas);
demanda prevista. A confiabilidade está associada à • índice de severidade do sistema (minutos);
capacidade de o sistema atender aos requisitos dessa • índice de sensibilidade das interligações (%).
demanda dentro de determinados padrões técnicos.
Os índices de confiabilidade podem ser computa-
Nos estudos de planejamento, a avaliação da con-
dos por meio de um método analítico (Integração Dire-
fiabilidade multi-area é necessária para:
ta) ou por Simulação Monte Carlo. O sistema elétrico é
• definir margens de reserva de potência;
representado por meio de um gráfico, e o conceito de
• definir requisitos para atendimento à demanda
fluxo máximo/corte mínimo é utilizado na análise de
prevista, considerando um determinado nível de risco;
desempenho dos estados do sistema.
• identificar áreas com necessidade de potência
adicional; Representação do Sistema
• identificar interligações com necessidade de re-
forço. Um sistema multi-area pode ser representado
No caso do Sistema Interligado Nacional (SIN), através de um modelo linear de fluxos em redes, no
predominantemente hidroelétrico, a capacidade de qual os nós representam as áreas, e os arcos, as in-
geração é dependente da política de operação que, por terligações entre as áreas. A geração de cada área é
sua vez, está sujeita à disponibilidade de água nos re- modelada como um arco chegando ao nó, proveniente
servatórios. Portanto, além das indisponibilidades das do nó “fonte”, S. Por sua vez, a demanda de cada área é
unidades geradoras e das interligações entre subsis- representada como um arco que deixa o nó e entra no
temas (ou áreas), as incertezas quanto à disponibilida- nó “sumidouro”, T. A Figura 1 ilustra a representação
de de água nos reservatórios e à política de operação multi-area para um sistema com quatro áreas.
do sistema também afetam os seus índices de confia-
bilidade.
O programa CONFINT é um modelo computacio-
nal, desenvolvido pelo Cepel, para avaliação da confia-
bilidade de sistemas hidrotérmicos interligados.
O CONFINT calcula índices de confiabilidade para
todo sistema, por patamar de carga, área e sistema
barra única, para cada mês ou semana de estudo. Os
índices de confiabilidade calculados são:

• probabilidade de perda de carga – LOLP (%);


• número esperado de horas de déficit de potência
- LOLE (horas);
• valor esperado de potência não suprida - EPNS
Figura 1: Modelo de fluxo em redes
(MW); A capacidade de cada arco de geração é uma va-
• valor esperado de energia não suprida - EENS riável aleatória, representando a disponibilidade de
(MWh); potência na área correspondente. Sua distribuição de
probabilidade é calculada a partir da convolução das Interface Gráfica
distribuições de probabilidade das potências disponí-
veis das unidades geradoras pertencentes à área. A O programa CONFINT é parte integrante do EN-
tabela de frequência de capacidade disponível é cal- CAD (Sistema de Encadeamento de Modelos Energé-
culada por meio da convolução dos diagramas de Ma- ticos), desenvolvido pelo Cepel. Sua interface gráfica
rkov das unidades geradoras. A capacidade de cada permite:
arco de interligação também é uma variável aleatória,
• importação e exportação dos dados de entrada
em virtude das limitações nas capacidades máximas
de um caso já existente;
de transferência entre as áreas, cuja distribuição é
• edição dos dados de forma mais amigável;
normalmente fornecida por estudos do sistema de
• execução automática do programa CONFINT;
transmissão. Finalmente, as capacidades dos arcos de
• visualização de gráficos e relatórios de saída em
demanda são variáveis aleatórias, representando flu-
formatos texto.
tuações na carga.
Ao lado, são apresentadas duas janelas da inter-
Dados Principais face gráfica, uma de edição de dados de entrada do
programa CONFINT (Figura 2) e outra de visualização
Os dados necessários para o cálculo dos índices de gráfica dos resultados (Figura 3).
confiabilidade são:
• configuração do parque gerador termelétrico;
• configuração do parque gerador hidrelétrico.
Esta configuração considera a variabilidade hidrológi-
ca, por meio de séries de potências disponíveis forne-
cidas pelo modelo SUISHI-O (Modelo de Simulação a
Usinas Individualizadas de Subsistemas Hidrotérmicos
Interligados);
• capacidade das interligações entre as áreas;
• dados de indisponibilidade programada das uni-
dades geradoras;
Figura 2: Janelas para edição de dados
• dados de falha das unidades geradoras e inter-
ligações;
• demanda de cada área;
• recebimentos e fornecimentos de cada área;
• diagrama de transição de carga (para estudos
onde a carga é representada por um modelo de Ma-
rkov, a saber, aqueles que utilizam a Integração Direta
ou a Simulação Monte Carlo não sequencial);
• curvas de carga cronológicas (para estudos que
requerem o conhecimento da evolução temporal da
carga, a saber, aqueles que utilizam a Simulação Mon-
te Carlo sequencial). Figura 3: Gráfico do índice LOLP

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Otimização Energética DECOMP | Modelo de
e Meio Ambiente Planejamento da Operação de Sistemas
Hidrotérmicos Interligados de Curto Prazo

O objetivo básico da operação de um sistema


hidrotérmico é determinar, para cada estágio,
as metas de geração para cada usina, de forma a
O modelo DECOMP foi desenvolvido pelo Cepel,
no Departamento de Otimização Energética e Meio
minimizar o valor esperado do custo de operação Ambiente (DEA), para aplicação no planejamento da
ao longo do período de planejamento. Este custo é operação de sistemas hidrotérmicos de curto prazo
composto de gastos com combustível das usinas e está adaptado ao ambiente de elaboração dos
térmicas, compra de energia de outros subsistemas e programas mensais de operação do sistema brasileiro
penalidades pelo não atendimento à demanda. (PMO). Seu objetivo é, portanto, determinar as metas
Sistemas com elevada capacidade de geração de geração de cada usina de um sistema hidrotérmico
hidrelétrica podem utilizar a energia “grátis” sujeito às afluências estocásticas, de forma a atender
armazenada nos reservatórios, evitando, assim, gastos à demanda e minimizar o valor esperado do custo
com combustível nas unidades térmicas. Entretanto, a de operação ao longo do período de planejamento. É
disponibilidade de energia hidroelétrica está limitada formulado como um problema de programação linear,
pela capacidade de armazenamento dos reservatórios. representando as características físicas e as restrições
Isso cria uma ligação entre as decisões de operação operativas das usinas hidroelétricas de forma
atuais e suas consequências futuras. individualizada. A estocasticidade das afluências é
Como é impossível prever com exatidão as vazões considerada através de cenários de afluências às usinas
afluentes, o problema é essencialmente estocástico. A do sistema, produzidos pelo modelo GEVAZP (Geração
existência de múltiplos reservatórios interconectados, de Séries Sintéticas de Energias e Vazões Periódicas)
de restrições de transmissão e a necessidade de se e representados por uma árvore de afluências, com
fazer uma otimização multiperíodo caracterizam esse probabilidades de ocorrência associadas a cada ramo
problema como de grande porte. Por isso, a solução (Figura 1).
é obtida em etapas, quando são utilizados modelos
com diferentes graus de detalhe para representação
do sistema, abrangendo períodos de estudos com
horizontes distintos, denominados de médio prazo,
curto prazo e programação diária.
No médio prazo, o horizonte é de até cinco anos à
frente, discretizados em etapas mensais, e o objetivo é
definir quais serão as parcelas de geração hidráulica,
geração térmica e intercâmbio que minimizam o valor
esperado do custo de operação, empregando uma
representação agregada do sistema hidrelétrico,
denominada de subsistemas equivalentes.
No curto prazo, com horizonte de até 12 meses
discretizados em etapas semanais e mensais,
determinam-se as metas individuais de geração
das usinas hidráulicas e térmicas do sistema, bem
como os intercâmbios de energia entre subsistemas,
considerando o custo esperado de operação até o
final do horizonte, obtidas na etapa de médio prazo.
Na etapa da programação diária, define-se a geração
horária que atenda às metas estabelecidas na etapa
anterior, sujeita às condições operacionais da rede
elétrica.
A estrutura do problema permite sua reservatórios.
decomposição em subproblemas de um único • Restrições para operação dos reservatórios,
estágio. A integração desses subproblemas, baseada como deplecionamento mínimo/máximo, limites
de armazenamento, vazão afluente/defluentes
na técnica de decomposição de Benders aplicada a
mínima/máximas e retiradas / retornos de água
problemas estocásticos, resulta na solução iterativa devido a outros usos.
de uma sucessão de subproblemas de operação de um • Volume de espera para amortecimento de cheias.
único estágio, onde é possível estimar, com precisão • Configuração dinâmica, para representar a entrada
crescente, por meio de uma função de custo futuro, as em operação de novas unidades geradoras no
consequências futuras das decisões operativas de um sistema durante o período em estudo levando em
conta o enchimento de volume morto.
estágio nos seguintes. Essa função representa o valor
esperado do custo de operação da etapa seguinte até Geração hidrelétrica
o fim do horizonte considerado e permite comparar o • Representação dos cronogramas de manutenção
custo de utilizar os reservatórios em uma etapa, por programada dos grupos turbina-gerador, através
meio da energia turbinada (função de custo imediato), de taxas de indisponibilidade
ou “guardar” a água para uma utilização futura. Ao • Produtividade das usinas hidroelétricas variável
final do seu horizonte, o modelo DECOMP considera com a queda, representada através das funções de
produção energética pré-estabelecidas para cada
a função de custo futuro produzida pelo modelo de
usina hidroelétrica.
planejamento da operação de longo e médio prazo • Alteração de dados de cadastro de usinas
NEWAVE (Modelo de Planejamento da Operação de hidráulicas.
Sistemas Hidrotérmicos Interligados de Longo e Médio
Geração térmica e outras fontes
Prazo).
Visando proporcionar flexibilidade em termos de • Inflexibilidade de geração térmica, considerando-
se um valor mínimo de geração, restrições de
formulação do problema, o modelo DECOMP incorpora
despacho antecipado para usinas a GNL e gerações
as seguintes características: provenientes de outras fontes de energia.
Horizonte e discretização temporal • Contratos de importação/exportação de energia.

• Estágios semanais, com a representação da curva Sistema de transmissão


de carga em patamares. • Restrições especiais que traduzem limitações de
• Estágios mensais a partir do segundo mês, com geração em conjuntos de usinas, para considerar
representação das incertezas nas afluências, por pontos no sistema elétrico que merecem especial
meio de uma árvore de cenários, com horizonte de atenção.
até 1 ano. • Representação da capacidade de transporte
• Integração com modelos de planejamento da de energia entre subsistemas, considerando o
operação de médio prazo (NEWAVE), através de intercâmbio entre os mesmos como uma variável
sua função custo futuro. de decisão.
• Revisão da política ótima do mês inicial, a partir de
qualquer semana.
A versão atual do programa DECOMP pode ser
Operação dos reservatórios processada em ambiente Windows e Linux, este último
• Balanço hídrico nos reservatórios para cada utilizando processamento paralelo, o que leva a uma
estágio e cenário, considerando o tempo de viagem grande redução de tempo de processamento.
da água entre aproveitamentos e evaporação nos

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Otimização Energética DESSEM | Modelo de
e Meio Ambiente Despacho Hidrotérmico de
Curto Prazo

O projeto DESSEM realiza pesquisas e desenvolve


modelos computacionais relacionados à
Programação Diária da Operação (PDO) de sistemas
• DESSEM - Programação da operação de
sistemas hidrotérmicos com horizonte de até dois dias,
incluindo restrições de unit commitment termoelétrico
de energia elétrica. Busca implementar técnicas e e hidroelétrico. Resolve-se o problema com restrições
ferramentas que permitam, do ponto de vista teórico e não lineares e variáveis inteiras por meio de Relaxação
prático, modelar e resolver o problema de otimização Lagrangeana.
da operação diária de sistemas hidrotérmicos,
Os programas DESSEM-PAT e DESSEM se integram
considerando, da forma mais acurada possível, tanto
à cadeia de modelos matemáticos desenvolvidos pelo
aspectos relacionados à rede elétrica quanto aspectos
Cepel e utilizados pelo Operador Nacional do Sistema
relacionados à operação das usinas hidrelétricas,
Elétrico (ONS) para o planejamento e a programação
termoelétricas e demais componentes do sistema.
da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN)
brasileiro, com ênfase na minimização de custos. O
Modelos Computacionais
princípio básico dos modelos dessa cadeia é coordenar
Neste projeto, desenvolvem-se os seguintes a operação das usinas hidroelétricas do sistema,
programas: visando diminuir o uso de geração térmica e operar
• DECODESS – Conversor de dados DECOMP- o sistema de maneira mais eficiente, de forma a
DESSEM. contribuir para a redução dos custos operativos e dos
• SIMHIDR – Simulador hidroelétrico, que calcula o riscos de déficit.
balanço hídrico das usinas hidroelétricas do sistema a
partir de metas horárias de geração estabelecidas para Funcionalidades dos modelos
as mesmas. O problema é resolvido por programação
As principais funcionalidades dos modelos
linear.
DESSEM e DESSEM-PAT são:
• DESSEM-PAT – Programação da operação de
• Modelagem DC da rede elétrica, incluindo
sistemas hidrotérmicos em patamares cronológicos,
restrições de limites de fluxos nos circuitos, perdas
com horizonte de até duas semanas. A resolução
e restrições adicionais de segurança do sistema.
do problema, modelado de forma linear, é feita por
• Representação individualizada dos reservatórios,
programação dinâmica dual (PDD).
modelando-se aspectos diversos, tais como o Aplicações
remanso e o tempo de viagem da água entre usinas Além de seu objetivo principal, de determinar a
consecutivas em cascata. operação de mínimo custo do sistema, os modelos do
• Modelagem da função de produção das usinas projeto DESSEM podem ser empregados em uma série
hidroelétricas, considerando a produtividade de estudos, tais como:
variável com a altura de queda, por meio da
representação da geração como uma função linear • cálculo de um despacho ótimo, fixando metas para
por partes do armazenamento, turbinamento e os reservatórios ao final do horizonte;
vertimento na usina. • cálculo da operação dos reservatórios, e/ou
• Modelagem do unit commitment das unidades validação DC da rede elétrica, a partir de um
geradoras hidroelétricas, com a representação despacho energético pré-fixado;
de suas curvas colinas de rendimento e zonas • análises de sensibilidade em relação a mudanças
proibidas de operação. na configuração ou a fatores externos, tais como
• Modelagem do unit commitment das unidades incrementos de demanda ou afluências aos
geradoras térmicas, com tempos mínimos e reservatórios.
rampas máximas para tomada/alívio de carga,
custo de partida e custo não linear de geração. Linhas de Pesquisa
• Restrições de defluência mínima para os
reservatórios, e volumes de espera para controle As linhas de pesquisa atuais relacionadas ao projeto
de cheias. DESSEM são:
• Representação de usinas elevatórias, gerações
em pequenas usinas (não despachadas de forma • Integração do unit commitment hidrelétrico ao unit
centralizada) e importação/exportação de energia commitment térmico e à representação da rede
com subsistemas vizinhos. elétrica.
• Modelagem do canal Pereira Barreto (entre Ilha • Incorporação da modelagem AC da rede elétrica.
Solteira e Três Irmãos) e da restrição de variação • Representação da geração eólica.
máxima horária/diária no nível na Régua 11 de
Itaipu (acordo Tripartite).
• Acoplamento com o modelo DECOMP através de
função de custo futuro ou pelo estabelecimento
de metas de geração térmica e/ou intercâmbio
semanal entre subsistemas.

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Otimização Energética ENCAD | Sistema de
e Meio Ambiente Encadeamento de Modelos
Energéticos

V isando ao planejamento e à programação da


operação eletroenergética, o Cepel desenvolve
modelos computacionais que são extensamente
utilizados em diversas atividades no setor de energia
elétrica.
Atualmente, os modelos energéticos recebem
a maior parte da informação que utiliza por meio de
arquivos do tipo texto. Para facilitar a confecção dos
dados dos casos energéticos, o Cepel desenvolveu o
ENCAD, sistema que tem o objetivo de, por meio de
interfaces gráficas, configurar os casos de estudos
a serem executados pelos modelos. Dessa forma,
os arquivos tipo texto que servem de entrada para
Figura 1
os modelos são gerados de forma transparente. O
ENCAD possui rotinas para assegurar que os casos
têm dados em comum com o modelo mais acima.
mantenham coerência entre si.
Nas interfaces dos modelos estão embutidas
De forma geral, as funcionalidades atualmente
validações nos dados de entrada, minimizando a
presentes no ENCAD são:
possibilidade de erros nos dados. Nelas, também
• criação, cópia, edição de propriedades e eliminação existem facilidades de edição, como a cópia e replicação
de casos; de valores, além de validações de consistência com os
• importação e exportação de casos, a partir dos outros dados do caso que se está editando.
arquivos dos modelos; A última inovação do ENCAD é a execução remota
• conversão de dados de um modelo para outro de um determinado caso. Para isso, o sistema se
modelo; conecta no servidor onde o caso será executado via
• configuração de dados do caso; rede (intranet/internet), submete o caso para ser
• compactação e descompactação de casos; executado, monitora sua execução (conforme pode
• execução de casos de forma individualizada e de ser visualizado na Figura 2) e recebe os resultados
forma programada; da saída, deixando transparente para o usuário que a
• execução remota; execução está sendo feita remotamente. Permitindo,
• visualização dos relatórios de saída dos modelos; inclusive, que a máquina remota opere em diferente
• visualização das informações de saída através de sistema operacional da máquina local (Figura 3; Figura
gráficos ou de forma tabular; 4).
• ferramenta de backup de casos.
A tela principal do ENCAD (Figura 1) é formada
por duas janelas, além das áreas comuns a aplicativos
gráficos (menus, barra de ferramentas, barra de
rodapé, etc.). A janela da esquerda possui a árvore de
grupos e casos, que podem ser acessados facilmente.
A janela da direita mostra telas de interface do modelo,
relacionadas à operação em curso.
Ao fazer o encadeamento, o ENCAD permite que Figura 2
o conjunto de informações produzidas pelos modelos
de nível hierárquico superior seja compartilhado com
os modelos de nível hierárquico inferior. Quando é Os modelos para o planejamento e programação
programado um encadeamento, o ENCAD executa, de da operação energética, desenvolvidos pelo Cepel e
forma transparente ao usuário, as tarefas de gerar os atualmente incorporados ao software ENCAD, são:
arquivos de entrada do modelo seguinte na cadeia que NEWAVE (Newdesp, NwListOp, NwListCF), Suishi,
ENCAD 5

A plataforma de modelos energéticos ENCAD 5 foi


totalmente remodelada, utilizando a linguagem Java,
que acompanha a evolução tecnológica e possibilita
sua utilização em diversos sistemas operacionais.
Possui componentes avançados, planilhas e gráficos,
de interface amigável que facilitam a usabilidade,
Figura 3
simplificando a manipulação de dados complexos
(Figura 6).

Figura 6

Atualmente, o ENCAD está sendo distribuído com


o modelo MATRIZ (Modelo de Projeção de Matriz
Figura 4
Energética), capaz de determinar projeções futuras da
MELP, CONFINT, GEVAZP, DECOMP, DESSEM, matriz energética brasileira (Figura 7).
Sistema PREVIVAZ (PrevivazM, PREVIVAZ, PrevivazH).
Além destes, foi incorporado o modelo SINV (Figura 5).

Figura 7

Figura 5

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Otimização Energética GEVAZP | Geração de
e Meio Ambiente Séries Sintéticas de Energias
e Vazões Periódicas

A adoção de critérios probabilísticos em


diversas atividades do planejamento e
da operação de sistemas hidrotérmicos criou
O programa GEVAZP gera cenários sintéticos
de vazões e energias empregando o modelo
PAR(p), que modela a afluência de um mês como
a necessidade da modelagem probabilística uma combinação linear das afluências dos p
de afluências a locais de aproveitamentos meses anteriores e de uma componente aleatória.
hidrelétricos ou a subsistemas equivalente de
energia. Em estudos energéticos, critérios de
suprimento são baseados em índices de risco, Geração de Séries Sintéticas para os Modelos de
estimados a partir da simulação da operação Planejamento e Operação
energética do sistema para diversos cenários
(sequências) de afluências aos aproveitamentos/ O sistema de geração brasileiro é
subsistemas. predominantemente hidráulico e possui
O único cenário disponível na prática‚ o registro acoplamento temporal e espacial. Estas
de afluências observado no passado (chamado de características tornam o planejamento da
série histórica), é insuficiente para compor uma operação energética um problema de grande
amostra de tamanho necessário para estimar porte e de difícil solução. Em virtude disso, é
índices de risco com incertezas aceitáveis. necessária a sua divisão em diversas etapas. Em
Entretanto, as características básicas da série cada etapa são utilizados modelos com diferentes
histórica podem ser capturadas por modelos graus de detalhamento para a representação do
estocásticos capazes de produzir séries sintéticas sistema e da incerteza hidrológica, abrangendo
de afluências, diferentes da série histórica, mas períodos de estudos com horizontes distintos
igualmente prováveis. Dessa forma, a informação (médio prazo, curto prazo e programação diária).
contida na série histórica pode ser mais A aleatoriedade das vazões também é uma
completamente extraída, permitindo a avaliação característica marcante de sistemas com
de riscos e incertezas pertinentes a um sistema predominância hidráulica. Essa incerteza é
hidrelétrico. tratada de diferentes formas, dependendo da
Séries hidrológicas de intervalo de tempo representação utilizada no modelo do sistema
menor que um ano, tais como séries mensais, gerador, e a representação dos possíveis cenários
têm como característica o comportamento de vazões é diferenciada para cada etapa do
periódico das suas propriedades probabilísticas, processo de planejamento da operação.
como a média, a variância, a assimetria e a Os modelos NEWAVE (Modelo de Planejamento
estrutura de autocorrelação. A análise deste tipo da Operação de Sistemas Hidrotérmicos
de séries pode ser feita pelo uso de formulações Interligados de Longo e Médio-Prazo) e SUISHI
autorregressivas cujos parâmetros apresentam (Modelo de Simulação a Usinas Individualizadas
um comportamento periódico. Costuma-se de Subsistemas Hidrotérmicos Interligados),
denominar tal classe de modelos autorregressivos desenvolvidos para o planejamento da operação
periódicos. Esses modelos são referenciados por de médio prazo, simulam um grande número de
modelos PAR(p), nos quais p é a ordem do modelo, séries hidrológicas, calculando, assim, índices
ou seja, o número de termos autorregressivos do probabilísticos de desempenho do sistema
modelo. Em geral, p é um vetor, p = (p1, p2, ..., para cada estágio da simulação. Esses diversos
p12), onde cada elemento fornece a ordem de cenários de afluências estão em uma estrutura
cada período. paralela (pente), Figura 1.
Em virtude de restrições de tempo
computacional, é interessante trabalhar com o
menor número possível de cenários hidrológicos, o
que pode não ser suficiente para caracterizar bem
o processo estocástico em questão. Desta forma,
o modelo GEVAZP utiliza o método de Amostragem
Seletiva (AS), que possibilita representar, de forma
adequada, o processo estocástico de vazões/
energias com um reduzido número de cenários.
Figura 1 – Séries em paralelo (Pente) O método AS consiste em aplicar técnicas
de agregação a um grande número de cenários
No modelo DECOMP (Modelo de Planejamento hidrológicos gerados, de forma a escolher
da Operação de Sistemas Hidrotérmicos um conjunto representativo a partir da
Interligados de Curto Prazo), desenvolvido para amostra original de cenários. Esse conjunto
o planejamento da operação de curto prazo, a representativo de cenários hidrológicos conterá
incerteza acerca das vazões afluentes aos diversos toda a informação necessária para representar o
aproveitamentos do sistema é apresentada por processo estocástico de vazões/energias, uma vez
cenários hidrológicos, representados através que são obtidos por um agrupamento de cenários
de uma árvore de afluências (Figura 2), com semelhantes e possuem características similares
probabilidades de ocorrência associadas a cada aos demais componentes do grupo em que estão
ramo. localizados.

Interface Gráfica

O programa GEVAZP é parte integrante do


ENCAD (Sistema de Encadeamento de Modelos
Energéticos). Dessa forma, é disponibilizado com
uma interface gráfica que permite: importação/
conversão dos dados de entrada; edição dos dados
de forma mais amigável; visualização gráfica dos
resultados e dos relatórios de saída em formatos
texto etc., Figura 3.

Figura 2 – Séries em árvore

Os cenários hidrológicos utilizados nos modelos


de planejamento da operação de médio e curto
prazos são gerados a partir do modelo GEVAZP,
levando-se em consideração a preservação das
correlações temporais e espaciais do processo
estocástico original.

Figura 3 – Telas interface gráfica GEVAZP

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Otimização Energética PROJETO IGS | Indicadores
e Meio Ambiente Socioambientais para Gestão da
Sustentabilidade Empresarial do
Grupo Eletrobras

A Gestão da Sustentabilidade Empresarial é


estratégica para atender ao compromisso
com o Desenvolvimento Sustentável e tem
Conceber e implementar um sistema
computacional (Sistema IGS) para armazenamento,
orientado a atuação das empresas nos últimos edição, tratamento, consulta e gestão das questões
anos. O meio empresarial começa a perceber relacionadas aos indicadores de sustentabilidade
que a otimização do uso dos recursos na empresarial estabelecidos no âmbito do projeto.
produção pode representar não apenas melhorias Atualmente, os indicadores e o Sistema IGS
ambientais e sociais, mas também ganhos estão funcionando como suporte para a gestão
econômicos para as companhias, com uma maior da sustentabilidade nas empresas Eletrobras no
facilidade na captação de recursos, aumentando contexto da dimensão ambiental. Para as outras
a competitividade no mercado internacional e dimensões da sustentabilidade empresarial, ou
criando mais valor para os acionistas. seja, dimensões social, econômico-financeira e
Na Eletrobras, este movimento tem se eficiência energética, serão desenvolvidos novos
intensificado a cada ano, e se materializado indicadores e funcionalidades específicas para
com a manutenção da empresa no Índice de futura implementação no Sistema.
Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE) A evolução constante e a implementação
e entrada no Dow Jones Sustainability Emerging de novas funcionalidades no Sistema IGS, bem
Markets Index em 2013. Porém, estar listada nos como a revisão e definição de outros indicadores
índices das bolsas de valores é apenas um ponto de importantes para ações de controle e para
um longo caminho na direção da melhoria contínua o planejamento de melhorias nas questões
da Gestão da Sustentabilidade Empresarial. Por relevantes do desempenho das dimensões que
isso, um conjunto de ações vem sendo conduzido compõem a sustentabilidade, deverá garantir
nas empresas do Sistema Eletrobras. Dentre que, cada vez mais, a produção, transmissão e
elas, destaca-se o projeto intitulado “Indicadores distribuição de energia nas empresas Eletrobras
para Gestão da Sustentabilidade Empresarial seja realizada de forma a maximizar a geração de
das Empresas Eletrobras (Projeto IGS)”, em benefícios econômicos e sociais e minimizar os
desenvolvimento pelo Cepel desde 2007. impactos e riscos ao meio ambiente, contribuindo,
assim, para o desenvolvimento sustentável.
O Projeto IGS tem como objetivos centrais:

Estabelecer um conjunto de indicadores que


apoie o processo de Gestão de Sustentabilidade
Empresarial da Eletrobras, subsidiando a
avaliação e comunicação da melhoria de seu
desempenho, facilitando, assim, a captação de
recursos e aumentando a competitividade no
mercado internacional.
Figura 1: Exemplo de tela do Sistema IGS.

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Otimização Energética ISELF | Previsão de Carga
e Meio Ambiente

U ma informação fundamental em todas as


etapas da operação de um sistema elétrico
é a previsão de curto prazo da demanda por energia
Os modelos e programas computacionais
desenvolvidos visam atender às seguintes
finalidades:
elétrica. Ciente desta necessidade, o Cepel, no
âmbito do Departamento de Otimização Energética • Tratamento automático dos registros de
e Meio Ambiente (DEA), vem desenvolvendo o carga, como a remoção de dados aberrantes e
ISELF, um sistema computacional para previsão o preenchimento de lacunas de dados.
de carga a curto prazo. O sistema foi concebido • Projeção da carga até 48 horas à frente, com
para funcionar em tempo real e fornecer resolução temporal de 10, 15, 30 e 60 minutos
previsões até 48 horas à frente, com resolução atualizada.
temporal de 10, 15, 30 e 60 minutos, atualizada • Sistema computacional concebido para
a cada 10 minutos. Para alcançar este resultado, funcionar em tempo real.
a metodologia de previsão adotada envolve o
emprego de três métodos distintos: lógica fuzzy,
rede neural polinomial (GMDH) e interpolação
por partes com funções splines. O sistema de
previsão ainda conta com um módulo para o
tratamento automático dos registros históricos da
carga (filtro), cuja finalidade consiste em preparar
os dados para o ajuste dos modelos de previsão,
preenchendo as lacunas de dados ou corrigindo
as observações discrepantes e descontinuidades
presentes nos registros da carga.

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Otimização Energética MATRIZ | Modelo de
e Meio Ambiente Projeção de Matriz Energética

O modelo MATRIZ representa uma ferramenta


de apoio para estudos de planejamento da
expansão de longo prazo do sistema energético
representação é importante pela predominância
de usinas hidroelétricas do sistema elétrico
brasileiro.
brasileiro (usualmente horizontes superiores a De modo geral, as tecnologias são
25 anos), como os Planos Nacionais de Energia representadas de forma agregada, visto que
elaborados pelo Ministério de Minas e Energia a representação individualizada aumentaria
(MME) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). significativamente a complexidade da análise
O programa faz uso de um modelo de otimização integrada das cadeias energéticas.
linear, que tem como função objetivo a minimização Vale ressaltar que, para o sistema energético
dos custos de investimentos e de operação em brasileiro, a análise integrada torna-se cada vez
tecnologias necessários para atender à demanda mais importante em função da perspectiva de
futura de energia. O sistema energético brasileiro expansão da produção de cana-de-açúcar para
inclui as cadeias de petróleo e gás natural, carvão produção de etanol e da oferta de gás natural com
mineral e vegetal, biomassa, eletricidade e urânio. a exploração das reservas do Pré-Sal. A expansão
Neste modelo, as tecnologias são destas cadeias impacta a cadeia de petróleo,
representadas como consumidoras de uma ou pela competição entre o etanol e derivados de
mais formas de energia e produtoras de uma ou petróleo nos meios de transporte, e a cadeia de
mais formas de energia, a coeficientes constantes. eletricidade, através das plantas de cogeração de
As cadeias energéticas podem ser bagaço de cana e termelétricas a gás natural.
representadas com diferentes níveis de Estudos de longo prazo utilizando o programa
detalhamento através de um maior ou menor MATRIZ permitem definir uma estratégia de
número de tecnologias. Estas, por sua vez, podem expansão das cadeias energéticas considerando
apresentar um ou mais modos de operação, o as suas interdependências, restrições ambientais
que permite representar tecnologias flexifuel, e políticas de governo. Esta estratégia pode,
como é o caso de carros movidos a gasolina ou então, ser levada aos planejamentos setoriais de
etanol, e tecnologias de transporte com fluxos expansão, para se obter um planejamento mais
energéticos bidirecionais, como é o caso de detalhado, levando-se em conta as características
linhas de transmissão. Esta modelagem permite técnicas, econômicas e de impactos ambientais
representar a competição entre os diversos dos projetos individuais das tecnologias.
combustíveis e entre os diversos modais de A diferença de representação individualizada
transporte, o que é particularmente importante de tecnologias em modelos setoriais e agregada
para um país com as dimensões territoriais do em modelos de sistemas energéticos indica um
Brasil, com recursos naturais espalhados por procedimento iterativo entre os modelos setoriais
diversas regiões geográficas distantes entre si. e o modelo MATRIZ nos estudos de planejamento.
As características sazonais e horossazonais No caso da cadeia da eletricidade, o procedimento
das fontes de energia renováveis e das demandas iterativo pode ser feito através do modelo MELP,
de energia podem ser representadas através que representa as tecnologias de geração e
de curvas típicas sazonais (quadrimestrais) e transporte de energia elétrica (intercâmbios) de
horossazonais (ponta e fora de ponta). As incertezas forma individualizada.
hidrológicas são representadas de forma análoga O programa MATRIZ encontra-se em contínuo
ao modelo MELP (Modelo de Expansão de Longo desenvolvimento, oferecendo facilidades para
Prazo), através da análise da operação para incluir as mais diversas restrições de investimento
os cenários de hidrologia média e crítica. Esta e de operação, além de penalidades e restrições
ambientais. Interface Gráfica
O modelo foi desenvolvido em FORTRAN,
utilizando o pacote computacional de otimização O programa MATRIZ é parte integrante do
CPLEX/IBM 12.2. ENCAD, sistema de encadeamento de modelos
energéticos, desenvolvido pelo Cepel. Sua
Dados Principais interface gráfica permite:
• importação dos dados de entrada de um caso
Os principais dados necessários para execução já existente;
do programa MATRIZ são: • edição dos dados de forma mais amigável;
• execução automática do programa MATRIZ;
• configuração do sistema energético; • visualização de gráficos e relatórios de saída
• capacidades históricas, vidas úteis, coeficientes em formatos texto.
técnicos de transformação, fatores de Ao lado, são apresentadas duas janelas da
capacidade máxima e mínima das tecnologias interface gráfica do ENCAD, uma de visualização
(extração, processamento e transporte); da configuração das cadeias energéticas (Figura
• demandas das diversas formas de energia, 1) e outra para visualização gráfica dos resultados
para cada subsistema de cada cadeia (Figura 2).
energética e para cada período do horizonte de
planejamento;
• capacidade máxima para expansão das
diversas tecnologias, modos de operação,
custos de investimento e de operação;
• fatores de capacidade crítico e médio das
usinas de geração de energia elétrica;
• penalidades para os impactos ambientais;
• curvas sazonais e horossazonais para as
tecnologias relacionadas às fontes de energia Figura 1: Diagrama esquemático de uma tecnologia
renováveis e para as demandas de energia;
• dados de reservas de petróleo, gás natural,
carvão, urânio, etc.
• taxa de desconto.

Figura 2: Gráfico da evolução da cadeia da eletricidade

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Otimização Energética MELP | Modelo de Expansão
e Meio Ambiente de Longo Prazo

O modelo MELP foi desenvolvido como uma


ferramenta computacional auxiliar
estudos de planejamento da expansão da geração de
para
parque gerador predominantemente hidrelétrico, a
confiabilidade de atendimento à demanda deve ser
analisada considerando as incertezas hidrológicas.
longo prazo (usualmente para horizontes superiores a A representação destas incertezas é modelada no
25 anos) do sistema elétrico brasileiro. Trata-se de um modelo MELP através da análise da operação para os
modelo de otimização, que tem como função objetivo cenários de hidrologia crítica e média. Esta modelagem
a minimização dos custos de investimentos e de apresenta-se adequada para o horizonte de longo
operação em usinas geradoras e troncos de interligação prazo, pois os custos operacionais das termelétricas
necessários para atender à demanda futura de energia. são definidos pelo cenário de hidrologia média
Com a perspectiva de crescente utilização do gás (condição operativa que ocorre na maior parte dos anos
natural para geração de energia elétrica, foi incorporado de um longo horizonte) e sua capacidade definida de
ao modelo MELP a representação do sistema de gás forma a atender plenamente à demanda de energia em
natural, de forma a obter uma solução integrada de cenário de hidrologia crítica. A análise operativa é feita
expansão dos dois sistemas energéticos. O sistema com base nos conceitos de energia firme e média das
de gás natural é representado de forma análoga ao usinas geradoras.
sistema elétrico, com a divisão do sistema nacional em O problema de otimização assim formulado é
subsistemas regionais interligados por gasodutos. O resolvido através de um algoritmo Branch-and-
acoplamento entre os dois sistemas é feito através de Cut, utilizando o pacote computacional CPLEX/IBM
termelétricas a gás natural. 11. Heurísticas desenvolvidas para determinar uma
A natureza discreta das variáveis que modelam solução inteira viável de boa qualidade permitem
os investimentos (0-não se constrói; 1-constrói-se) reduzir de forma substancial o tempo computacional
faz com que a minimização dos custos resulte em um e, viabilizaram a aplicação do programa MELP para
problema de programação linear inteira mista. Para o planejamento de longo prazo do sistema elétrico
um sistema elétrico com as dimensões do sistema brasileiro. O modelo foi utilizado na elaboração do
brasileiro, trata-se de um problema de grande porte Plano Nacional de Energia 2030.
que requer elevado esforço computacional para sua A representação da característica sazonal de
solução. Este problema torna-se ainda mais complexo geração de usinas geradoras, notadamente as usinas
quando se inclui a representação do sistema de gás hidrelétricas situadas na Amazônia, é importante para
natural, com seus inúmeros projetos de gasodutos, o cálculo mais preciso da capacidade dos troncos de
plantas de processamento de gás natural, unidades de interligação. No MELP, esta representação se faz
regasificação para importação de gás natural liquefeito através de curvas de geração sazonais típicas. Estas
etc. curvas podem ser também aplicadas à geração dos
Para viabilizar a resolução do problema do ponto parques eólicos e cogeração a bagaço de cana-de-
de vista computacional, a modelagem matemática açúcar.
da operação requer um compromisso entre Recentemente, foi incorporada ao modelo MELP
simplicidade e precisão adequada ao horizonte de uma restrição de nível máximo de emissões acumuladas
planejamento. Para o sistema elétrico brasileiro, com de gases de efeito estufa. Através de simulações com
o MELP com diferentes limites de restrição ambiental, Interface Gráfica
pode-se construir a curva de eficiência, com base na
O programa MELP é parte integrante do ENCAD,
qual o decisor poderá escolher a solução mais próxima
sistema de encadeamento de modelos energéticos,
de suas preferências. Do ponto de vista matemático e
desenvolvido pelo Cepel. Sua interface gráfica permite:
computacional, a inclusão desta restrição ambiental
gera acoplamento temporal da geração, aumentando • importação dos dados de entrada de um caso já
a complexidade do problema. Para resolvê-lo existente;
foi necessário o desenvolvimento de uma nova • edição dos dados de forma mais amigável;
metodologia com base na técnica de decomposição de • execução automática do programa MELP;
Dantzig-Wolfe. Para casos de maior complexidade, foi • exportação dos dados de saída, no formato do
desenvolvido um algoritmo do tipo Branch-and-Price. programa NEWAVE, o que permite a execução
Um processo iterativo entre os programas MELP sequencial dos programas MELP e NEWAVE;
e NEWAVE (Modelo de Planejamento da Operação de • visualização de gráficos e relatórios de saída em
Sistemas Hidrotérmicos Interligados de Longo e Médio formatos texto.
Prazo) também foi recentemente proposto, tendo por
Abaixo, são apresentadas duas janelas da interface
objetivo oferecer uma ferramenta auxiliar para os
gráfica do ENCAD, uma de edição de dados de entrada
estudos decenais e quinzenais de planejamento da
do programa MELP (Figura 1) e uma para visualização
expansão da geração.
gráfica dos resultados (Figura 2).

Dados Principais

Os principais dados necessários para execução do


programa MELP são:

• configuração do parque gerador;


• capacidade das interligações entre subsistemas;
• mercado de energia, para cada subsistema e
período do horizonte de planejamento;
• dados técnicos e econômicos de projetos de usinas
geradoras e troncos de interligação;
Figura 1: Entrada de dados pela interface
• custos de combustíveis das usinas termelétricas;
• custos fixos e variáveis de O&M das usinas
geradoras;
• taxa de desconto.

Figura 2: Gráfico da evolução da expansão da


capacidade instalada hidráulica
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Otimização Energética METPE | Metodologias para
e Meio Ambiente o Planejamento Energético

O projeto METPE tem como objetivo principal


desenvolver estudos relacionados às diversas
áreas do planejamento de sistemas de geração de
Energia Garantida do SIN). Este programa gerencia,
de forma automática e iterativa, execuções sucessivas
do programa NEWAVE (Modelo de Planejamento da
energia elétrica. Entre outros, destacam-se estudos Operação de Sistemas Hidrotérmicos Interligados de
que abordam: Longo e Médio Prazo), de modo a se obter o maior
mercado de energia (carga crítica) que uma determinada
• cálculo e recálculo da garantia física de energia e
configuração do parque gerador consiga atender sem
de potência do Sistema Interligado Nacional (SIN) e
que o critério de garantia de suprimento seja violado. A
de usinas geradoras de energia elétrica;
Figura 1 ilustra o processo de convergência do FACEG,
• avaliação da capacidade do atendimento à ponta de
considerando o critério de garantia de suprimento de
carga do SIN;
igualdade entre os custos marginais de operação e o
• avaliação de critérios para o planejamento da
custo marginal de expansão (critério econômico). A
expansão do sistema de geração;
Figura 2 demonstra o processo associado ao critério de
• desenvolvimento de ferramentas auxiliares para os
garantia de suprimento de risco explícito de déficit de
estudos de planejamento da expansão da geração.
energia. Em ambos os casos, as variáveis de controle do
Um exemplo de ferramenta desenvolvida no âmbito processo são os mercados de energia dos subsistemas
do projeto METPE, associada ao cálculo de garantia que são alterados a cada iteração a partir de uma
física de energia do SIN, é o programa computacional heurística desenvolvida.
FACEG (Ferramenta Automática para o Cálculo da

Figura 1: Processo de convergência do FACEG com critério econômico.

Figura 2: Processo de convergência do FACEG com critério de risco explícito de déficit de energia.

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Otimização Energética NEWAVE | Modelo de
e Meio Ambiente Planejamento da Operação de
Sistemas Hidrotérmicos Interligados
de Longo e Médio Prazo

O objetivo básico do planejamento da operação


de um sistema hidrotérmico é determinar,
a cada mês, metas de geração para cada usina do
Sistemas com uma porcentagem substancial
de geração hidrelétrica podem utilizar a energia
armazenada “grátis” nos reservatórios do sistema para
sistema que atendam à demanda e minimizem o valor atender à demanda, substituindo a geração dispendiosa
esperado do custo de operação ao longo do período das unidades termelétricas. Entretanto, o volume
de planejamento. Esse custo é composto pelo custo de água afluente aos reservatórios é desconhecido,
variável de combustível das usinas termelétricas e pelo pois depende das chuvas que ocorrerão no futuro.
custo atribuído às interrupções de fornecimento de Além disso, a disponibilidade de energia hidrelétrica
energia, representado por uma função de penalização é limitada pela capacidade de armazenamento nos
dos déficits de energia. reservatórios. Introduz-se, assim, uma relação entre a
A decisão sobre quando utilizar os estoques de decisão de operação em um determinado estágio e as
energia, representados pela água armazenada nos conseqüências futuras de tal decisão.
reservatórios, está intrinsecamente ligada à incerteza
quanto às afluências futuras, devendo resultar de uma
análise probabilística de seu comportamento. Além
disso, a decisão operativa mais adequada dependerá
das condições do sistema. Assim, é preciso determinar
uma decisão operativa em função dos possíveis estados
do sistema. Em sistemas com forte participação de
hidrelétricas, dois tipos de informação compõem
o estado do sistema: os níveis de armazenamento
dos reservatórios e a tendência hidrológica futura do
sistema, a qual pode ser representada pelas afluências
aos reservatórios nos meses anteriores.
Como a estratégia de operação deve ser calculada A existência de interligações entre submercados
para todas as combinações de níveis de armazenamento permite uma redução dos custos de operação, por
e tendência hidrológica, o problema da operação ótima meio do intercâmbio de energia, e um aumento da
do sistema torna-se rapidamente intratável do ponto confiabilidade de fornecimento, através da repartição
de vista computacional. No caso do sistema brasileiro, das reservas. Em sistemas hidrotérmicos, é necessário
com mais de 100 reservatórios, torna-se necessário determinar o valor da geração hidrelétrica, dado pelo
reduzir o número de variáveis de estado através da valor da geração térmica que se poderia substituir hoje
agregação dos diversos reservatórios de uma mesma ou no futuro.
região em um reservatório equivalente de energia, Este valor não se mede de maneira isolada em
definindo, assim, um subsistema equivalente. cada usina, pois depende da operação conjunta do
sistema. Para se obterem ganhos operativos máximos
de um sistema hidrotérmico interligado, é necessário
operar o sistema de maneira integrada, otimizando
conjuntamente a operação de todos os subsistemas
e submercados, com o objetivo de minimizar o custo
total de operação e caracterizando este problema como
de grande porte. No Brasil, e em diversos países, a
solução do problema é obtida em etapas. Nestas, são 2. Módulo de cálculo do modelo estocástico de
utilizados modelos com diferentes graus de detalhe energias afluentes – modelo GEVAZP
para representação do sistema, abrangendo períodos
Estima os parâmetros do modelo estocástico de
de estudos com horizontes distintos, denominados
energias afluentes aos subsistemas que é utilizado no
de longo e médio prazo – modelo NEWAVE, curto módulo do cálculo da política de operação hidrotérmica.
prazo – modelo DECOMP (Modelo de Planejamento Este modelo estocástico também é empregado na
da Operação de Sistemas Hidrotérmicos Interligados geração de séries sintéticas de energias afluentes para
de Curto Prazo) e programação da operação diária – análise de desempenho no módulo de simulação da
modelo DESSEM (Modelo de Despacho Hidrotérmico operação.
de Curto Prazo).
3. Módulo de cálculo da política de operação
O programa NEWAVE foi desenvolvido pelo Cepel hidrotérmica
no âmbito do Departamento de Otimização Energética e
Meio Ambiente (DEA), para aplicação no planejamento Determina a política de operação mais econômica
da operação de sistemas hidrotérmicos interligados para os subsistemas equivalentes, com base no
de longo e médio prazo, com representação agregada algoritmo de programação dinâmica dual estocástica
(PDDE), considerando as incertezas nas afluências
do parque hidrelétrico e cálculo da política de
futuras, os patamares de demanda e a indisponibilidade
operação baseado em Programação Dinâmica Dual dos equipamentos. Considera também a representação
Estocástica (PDDE). É composto por quatro módulos de restrições de despacho antecipado para usinas a
computacionais: GNL.

1. Módulo de cálculo dos sistemas equivalentes e 4. Módulo de simulação da operação


energias afluentes
Simula a operação do sistema ao longo do período
Para cada subsistema, os reservatórios são de planejamento, para distintos cenários de sequências
agregados em um único reservatório equivalente hidrológicas, falhas dos componentes e variação da
de energia. A capacidade de armazenamento de demanda, com base na política de operação obtida no
cada reservatório equivalente é estimada pela módulo anterior. Calcula índices de desempenho, tais
energia produzida pelo esvaziamento completo dos como a média dos custos de operação, o risco de déficit
reservatórios do subsistema, adotando-se a hipótese e os valores esperados de energia não suprida.
de operação em paralelo. Também agrega as vazões A versão executável do programa NEWAVE está
afluentes a cada subsistema em afluências energéticas disponível em ambiente de alto desempenho. Ele foi o
equivalentes. primeiro programa da Cadeia de Modelos Energéticos
do Cepel a utilizar técnicas de processamento
distribuído.
Recentemente, o mecanismo de aversão a
risco CVaR (Valor Condicionado a um dado Risco)
foi internalizado no modelo, adicionando à função
objetivo uma parcela referente ao custo dos cenários
hidrológicos mais caros, com o objetivo de propiciar
uma maior segurança no suprimento.
O Programa NEWAVE é utilizado nas seguintes
atividades do Setor Elétrico Brasileiro:
• Planejamento da Expansão.
• Planejamento da Operação.
• Comercialização – Cálculo do Preço de Liquidação
de Diferenças.
• Definição e Cálculo da Garantia Física e da Energia
Assegurada de Empreendimentos de Geração.
• Elaboração de Diretrizes para os Leilões de Energia.

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Otimização Energética PREVIVAZH / PREVIVAZ
e Meio Ambiente / PREVIVAZM | Modelos
computacionais para previsão
de afluências diárias, semanais
e mensais

O plano de operação de um sistema hidrotérmico


deve definir, para cada instante, a geração de
cada unidade, de tal forma que a demanda seja atendida
Vazões Semanais foi desenvolvido visando à obtenção
das previsões de afluências semanais, até seis
semanas à frente. O modelo analisa a série histórica
a um custo mínimo. A capacidade de geração futura de afluências semanais de cada aproveitamento
do Sistema Interligado Nacional (SIN) é fortemente hidrelétrico e seleciona, para cada semana, um modelo
influenciada pelas afluências hidrológicas futuras, dentre diversas alternativas de modelagem estocástica.
cuja natureza intrinsecamente aleatória deve ser Essas alternativas baseiam-se nos modelos de
considerada no planejamento da operação do Sistema. séries temporais propostos por Box e Jenkins, mais
O Cepel, no âmbito do Projeto PREVIVAZ, especificamente, em modelos autorregressivos com
desenvolveu um conjunto de modelos e programas ou sem componente de média móvel (AR e ARMA,
computacionais para elaboração de previsões de respectivamente). Estes modelos são construídos como
afluências diárias, semanais e mensais. função da informação passada em diferentes passos
O Modelo PREVIVAZH – Modelo de Previsão de de tempo (lags), podendo ou não apresentar estrutura
Vazões Diárias foi desenvolvido visando à obtenção de correlação periódica. A estrutura de correlação
das previsões de vazões diárias, até 13 dias à frente. temporal da série de vazões semanal é definida em
As previsões são baseadas na desagregação, em intervalos de diferentes durações (semanal, mensal,
intervalos diários, das previsões de afluências semanais trimestral e semestral). Além disso, os parâmetros
obtidas pelo modelo PREVIVAZ. A metodologia de desses modelos são estimados segundo diferentes
desagregação não paramétrica das afluências semanais metodologias (método dos momentos, regressão). A
faz uso das últimas afluências diárias e de séries definição das alternativas de modelagem pode ser feita
sintéticas de vazões diárias. Por meio da metodologia a partir de uma transformação prévia (Box-Cox e/ou
adotada para geração das sequências de afluências logarítmica) da série de vazões semanais.
diárias, utilizadas no processo de desagregação das No modelo PREVIVAZ, as alternativas de
vazões semanais, garante-se a preservação das modelagem são testadas segundo um procedimento
características da série diária que apresenta estruturas no qual a série histórica é dividida em duas metades.
complexas de dependência temporal, com diferenças Inicialmente, apenas a primeira metade é utilizada para
marcantes entre os períodos de ascensão e recessão, a estimação dos parâmetros, e a segunda é usada para
além de distribuições marginais significativamente o cálculo de erros de previsão (etapa de verificação).
assimétricas. A versão mais atual do PREVIVAZH Em seguida, a estimação dos parâmetros passa a ser
permite considerar a previsão de precipitação. Essa feita com a segunda metade da série histórica, ficando
informação é utilizada para condicionar a distribuição a primeira parte apenas para cálculo dos erros de
dos incrementos de vazão à ocorrência de classes previsão. Para cada parte da série, computa-se o erro
de precipitação (Figura 1), por exemplo, precipitação médio quadrático de previsão, obtendo-se, a seguir,
baixa, média e alta. a média dos valores de erro calculados segundo
O Modelo PREVIVAZ – Modelo de Previsão de cada metade da série. Adotar-se-á para previsão a
alternativa de modelagem que apresentar o menor erro
médio quadrático.
O Modelo PREVIVAZM – Modelo de Previsão de A escolha entre as alternativas de modelagem
Vazões Mensais foi desenvolvido com o objetivo de estocástica também segue o mesmo procedimento
obter previsões de vazões mensais, até doze meses adotado pelo modelo PREVIVAZ.
à frente. O modelo segue a mesma abordagem do Para facilitar a troca de informação entre os três
modelo semanal PREVIVAZ. Portanto, para cada programas, foi criado um sistema de previsão com
aproveitamento hidrelétrico, analisa a sua série interface gráfica (Figura 2). Nas Figuras 3 e 4, são
histórica de afluências mensais e seleciona, para cada apresentados os gráficos de previsões semanais e
mês, um modelo estocástico entre diversas alternativas mensais para as usinas de Furnas e Tucuruí, utilizando
de modelagem. As alternativas de modelagem os modelos PREVIVAZ e PREVIVAZM, respectivamente.
estocástica são as mesmas adotadas no modelo
semanal PREVIVAZ, excluindo-se os modelos do tipo
Periódico Autorregressivo Média Móvel de Ordem 1
(PARMA(p,1)), cuja estimação dos parâmetros é feita
por regressão linear à origem.

Figura 2 Figura 3

Figura 4

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Otimização Energética PREVMERCADO
e Meio Ambiente | Previsão de Mercado

O s estudos para o planejamento da expansão


da geração e da transmissão de eletricidade
iniciam-se com a formulação de projeções de médio
e longo prazo (horizontes de cinco e dez anos) do
mercado de energia elétrica nas diversas classes de
consumo. Para atender esta finalidade, o Cepel, no
âmbito do Departamento de Otimização Energética e
Meio Ambiente (DEA), e o Departamento de Estudos
Energéticos da Eletrobras, desenvolveram, no
projeto PREVMERCADO, uma metodologia capaz de
projetar o consumo de energia elétrica como uma
variável determinada por cenários macroeconômicos
e previsões demográficas para um horizonte de
planejamento decenal.
Os modelos desenvolvidos visam a atender às
seguintes finalidades:

• Projetar o nº de domicílios urbanos e rurais e nº de


clientes residenciais para um horizonte de médio e
longo prazo.
• Repartir a projeção do PIB por grande região nos 16
setores de atividade econômica.
• Projetar o mercado futuro de energia elétrica para
o Brasil, grandes regiões e unidades da Federação
em um horizonte decenal, para as classes
residencial, comercial & serviços, rural, poderes
públicos, iluminação pública e serviços públicos &
consumo próprio.
• Consolidação do mercado e a previsão de carga
para o horizonte decenal.
• Subsidiar os estudos para definição do montante de
energia contratada nos leilões.
• Subsidiar a revisão tarifária das distribuidoras.
• Fornecer informações para a formulação de
políticas públicas do setor elétrico.
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Otimização Energética PRODIS | Aplicação de
e Meio Ambiente Técnicas de Processamento
Distribuído nos Programas
do DEA

A utilização de computação paralela e distribuída


em aplicações computacionais de grande
porte em engenharia e ciências é largamente adotada
o valor esperado do custo total de operação ao longo do
horizonte de planejamento.
Essa estratégia, representada pela função de custo
nos ambientes de pesquisa. A relação custo/benefício futuro (FCF), é aproximada através de uma função linear
dessa forma de computação é pequena quando por partes, construída iterativamente pelos cortes de
comparada com opções convencionais. A utilização Benders. A cada estágio e para cada estado do sistema
de sistemas de clusters de estações de trabalho (nível de armazenamento e afluências nos meses
ou computadores pessoais vem recebendo grande anteriores), o problema de operação hidrotérmica é
aceitação recentemente devido ao custo relativamente modelado como um problema de programação linear
baixo e à facilidade de atualizações. Por conta deste (PL) e as variáveis duais associadas à solução desse
custo relativamente baixo, o Cepel, no âmbito do problema são utilizadas para a construção dos cortes
Departamaento de Otimização Energética e Meio de Benders (processo backward).
Ambiente (DEA), procurou adotar uma solução que Para se obter uma estimativa do valor esperado
permitisse baixar os tempos finais de execução dos do custo de operação ao longo do horizonte de
seus principais programas através de processamento planejamento, considerando-se a FCF construída,
distribuído. O objetivo do projeto PRODIS é implementar processa-se a simulação da operação do sistema para
técnicas de processamento distribuído nos programas os diversos cenários de afluências (processo forward).
do DEA e, atualmente, os programas NEWAVE e Dado que este método é constituído por processos
DECOMP já possuem versões executáveis em ambiente que são independentes entre si, aproveitou-se essa
de alto desempenho. O programa NEWAVE foi o característica para distribuir os vários problemas
primeiro a ser modificado e esta escolha se baseou nos de PL envolvidos nos processos backward e forward
seguintes aspectos: entre vários processadores. No processo backward,
• o programa é largamente utilizado no Setor Elétrico em cada estágio do horizonte de planejamento, cada
Brasileiro, com destaque para o Planejamento da processador recebe um conjunto de problemas de
Operação Energética de Médio Prazo e nos Estudos despacho de operação associados a diferentes cenários
de Planejamento da Expansão; de energias afluentes. De posse das soluções de cada
• os casos possuem uma grande demanda de tempo um dos problemas, cada processador gera um corte
de CPU (algumas horas); de Benders que é enviado para um dos processadores.
• o programa possui tarefas claramente independente Esse processador, de posse de todos os cortes de
entre si. Benders recebidos, constrói a FCF que será utilizada
O programa NEWAVE é utilizado para resolver no estágio (t-1) e a transmite para todos os demais
problema de planejamento da operação de longo e processadores participantes do cálculo (Figura 1).
médio prazo (5 a 15 anos de horizonte de planejamento) De forma semelhante, no processo forward, em
e emprega como técnica de solução a programação cada estágio, os processadores recebem um conjunto
dinâmica dual estocástica (PDDE). O processo de de problemas de PL, cujas soluções são transferidas
solução consiste em determinar uma estratégia para um processador para verificação da convergência
de operação em que a cada estágio do período de (Figura 2). Caso esta convergência não tenha sido
planejamento, dado um estado inicial, sejam fornecidas alcançada, uma nova iteração é executada, de forma
metas de geração para cada subsistema que minimizam distribuída, até a convergência final. As comunicações

Figura 1 - Distribuição dos cortes de Benders no processo backward Figura 2 - Distribuição dos cortes de Benders no processo forward
entre os processadores são feitos através de instruções O segundo programa modificado foi o DECOMP,
MPI (Message Passing Interface). que é utilizado no planejamento de curto prazo,
A versão atual do programa conta com uma com horizonte de planejamento de até 1 ano. Nessa
estratégia de paralelização com as seguintes etapa, obtêm-se metas semanais de geração para
características: (1) permite a distribuição dinâmica da cada usina térmica e hidroelétrica, armazenamentos
solução dos PLs, otimizando o balanceamento de carga nos reservatórios e intercâmbios de energia entre
entre os núcleos de processamentos; (2) minimização subsistemas para o primeiro mês de estudo. As
da comunicação entre os núcleos de processamento; vazões afluentes do mês inicial são determinísticas e
(3) introdução de assincronismo na comunicação de discretizadas semanalmente, sendo que, a partir do
mensagens no agrupamento dos cortes de Benders; segundo mês, a discretização é mensal e as afluências
(4) adequação das mensagens à nova estrutura de são representadas por cenários estocásticos. Utiliza-
hardware com processadores com multiplos núcleos se no acoplamento com o médio prazo a política
de processamento. Com estas novas características, os definida pelo programa NEWAVE, representada pela
fatores de aceleração e as eficiências do processamento FCF. Consideram-se diversas restrições elétricas do
paralelo do programa NEWAVE foram melhorados sistema, limites de intercâmbio entre subsistemas,
de forma significativa (Figura 3). Na Figura 4 estão restrições referentes aos usos múltiplos da água e
apresentados os fatores de aceleração e as eficiências ambientais. Obtêm-se ainda novas FCF para cada
da versão atual do programa NEWAVE. estágio (semanal e mensal) do estudo, agora como
função do armazenamento em cada reservatório, que
serão utilizadas para a etapa de Programação Diária.
Durante o processo de descida da árvore de cenários, as
soluções dos diversos PLs no segundo mês, resultantes
da utilização dos cenários de vazões, podem ser
resolvidos de forma simultânea, uma vez que a solução
de um não depende de nenhum dos outros problemas.
Esta característica não existe nos problemas semanais
do primeiro mês, uma vez que as condições iniciais do
problema de uma semana depende do estado final do
problema da semana anterior. Aplicando-se técnicas
Figura 3 – Diferenças das eficiências das estratégias de paralelização de processamento distribuído nos subproblemas do
do programa NEWAVE
segundo mês, conseguiu-se reduzir o tempo total de
Fator de Aceleração (Speedup) execução da ordem de horas para a ordem de minutos.
Para a execução dos programas com
t1 - tempo de execução da versão com 1 processador processamento distribuído, o Cepel conta com a
infraestrutura computacional do Laboratório de
Computação Intensiva (LABCIN), que possui um
conjunto de servidores e dois clusters, um com 32
processadores Intel Xeon de 3,2GHz e outro com 42
placas blade com 2 processadores Intel Xeon Quad-
core de 2,66GHz (336 núcleos de processamento).
Atualmente está em fase de montagem e configuração
um terceiro cluster composto de 48 placas blade com
2 processadores AMD Opteron Six-core de 2,6GHz (576
núcleos de processamento). Em breve, a capacidade
total disponível do laboratório será de cerca de
1.000 núcleos de processamento. Esta capacidade
Figura 4 – Eficiências da versão 18 do programa NEWAVE computacional permite ao CEPEL executar uma série
de estudos, além de continuar o desenvolvimento de
Eficiência
melhorias na modelagem matemática e na estratégia
de paralelização dos programas computacionais.
tp - tempo de execução da versão com “p” processadores

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Otimização Energética SINV | Sistema de
e Meio Ambiente Inventário Hidrelétrico
de Bacias Hidrográficas

O s Estudos de Inventário Hidroelétrico


constituem uma das fases iniciais do processo
de Planejamento da Expansão da Geração. A localização
• Introdução de uma nova abordagem multiobjetivo
para a seleção final da melhor alternativa de divisão
de quedas: “Maximização da eficiência econômico-
dos estudos de Inventário no início do processo energética, em conjunto com a minimização dos
decisório do planejamento faz com que estes estudos impactos socioambientais negativos, levando-
tenham caráter estratégico, pois, neste momento, se em conta os impactos positivos oriundos da
ainda não foram comprometidos recursos com a implantação dos aproveitamentos hidroelétricos
implantação de nenhum dos futuros aproveitamentos na bacia”.
hidroelétricos que irão compor a divisão de quedas
da bacia. É, portanto, neste momento que todas as Para auxiliar a elaboração dos estudos de
alternativas de divisão de quedas da bacia devem inventário foi desenvolvido o Sistema SINV, ferramenta
ser levantadas e estudadas de forma a se selecionar oficial, utilizada pela Empresa de Pesquisa Energética
aquela que apresenta a melhor eficiência do ponto de (EPE), Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência
vista energético e socioambiental. Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e agentes, para a
As metodologias utilizadas nos Estudos de execução dos estudos energéticos, socioambientais e
Inventários estão consolidadas no Manual de Inventário de comparação e seleção de alternativas de divisão de
Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas, cuja última quedas de acordo com a metodologia descrita no Manual
edição é fruto da revisão de 2007. Em 2010, foi lançada de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas. O
a versão em inglês do Manual de Inventário. SINV, na sua versão atual, permite: dimensionamento
Esta revisão teve como principais aprimoramentos: energético e análise de viabilidade econômico-
• A compatibilização da metodologia para avaliação energética de projetos; avaliação econômico-energética
socioambiental dos estudos de inventário com a de alternativas de divisão de quedas; priorização
metodologia da avaliação ambiental integrada, uma econômico-energética dos projetos de uma alternativa
vez que ambas buscam a análise/avaliação das de divisão de quedas para programação de estudos de
implicações socioambientas da implementação dos viabilidade; consideração de cenários de usos múltiplos
aproveitamentos hidroelétricos na bacia. d’água; cálculo de índices de impacto socioambiental
• Desenvolvimento de metodologia para avaliação negativo e positivo de alternativas de divisão de quedas;
dos impactos socioambientais positivos oriundos da comparação e seleção de alternativas de divisão de
implementação dos aproveitamentos hidrográficos. quedas segundo enfoque multiobjetivo.
• Melhor caracterização dos cenários de usos O SINV possui sete funções para os estudos
múltiplos da água sobre o qual deverá ser feita a energéticos, que podem ser calculadas por meio de
avaliação energética das alternativas e a avaliação procedimento simplificado, quando se está na fase de
dos impactos socioambientais positivos. Estudos Preliminares do Inventário, ou por meio de
• Atualização das planilhas/gráficos para simulação da operação, na fase de Estudos Finais do
dimensionamento e custo das usinas hidroelétricas. Inventário:

EnerFirme: Dada uma alternativa de divisão


de quedas, calcula sua energia firme e de seus
aproveitamentos.
Otimização do Volume Útil: Dada uma alternativa
de divisão de quedas, determina o volume útil dos
aproveitamentos que compõe a alternativa.
Dimensionamento Energético: Dado um conjunto
de alternativas de divisão de quedas, determina o
volume útil, a altura de referência e a potência instalada
dos aproveitamentos.
Verificação do Reenchimento do Volume Útil: Dada
uma alternativa de divisão de quedas, verifica se o tempo
para enchimento dos volumes dos seus reservatórios
é menor ou igual a 36 meses consecutivos ao final do O SINV possui uma interface gráfica para sistema
período crítico do sistema de referência. Windows, que parte de uma tela principal contendo
Elimina: Dada uma alternativa de divisão de uma área de desenho que permite aos usuários
quedas, calcula o índice custo benefício energético representar num diagrama topológico os locais
(ICB) dos aproveitamentos que compõem a alternativa barráveis e segmentos de rios da bacia estudada.
e informa quais aproveitamentos têm ICB superior ao Através de telas específicas, é possível inserir e editar
custo unitário de referência, para que o usuário possa dados referentes aos aproveitamentos, sistema de
eliminá-los da alternativa. referência, recursos hídricos e demais informações
necessárias. A escolha das alternativas que passarão
Avaliação Econômico-Energético: Dado um
para os Estudos Finais, através da análise multiobjetivo
conjunto de alternativas de divisão de quedas, calcula
preliminar, é realizada em tela específica para auxiliar
o ICB das alternativas e ordena as alternativas segundo
o decisor nesta escolha. Nos Estudos Finais, a análise
os seus ICB.
multiobjetivo permite a visualização de alterações na
Ordena: Após a seleção final da melhor alternativa hierarquia das alternativas em relação a variações nos
de divisão de quedas, ordena os aproveitamentos desta pesos relativos de cada objetivo. Entre os benefícios
alternativa de acordo com os ICB dos projetos. oriundos da utilização do sistema SINV, destacam-se:
• Melhor planejamento do desenvolvimento do
Para os estudos socioambientais, o SINV dispõe potencial hidroelétrico brasileiro.
de duas funções: Cálculo do índice de Impacto • Automatização dos estudos energéticos,
Socioambiental Negativo e Cálculo do Índice de Impacto socioambientais e de seleção de alternativas nos
Socioambiental Positivo. Estudos de Inventário.
Existem ainda duas funções para a seleção da • Facilidade de realização de análises de
melhor alternativa de divisão de quedas. A função sensibilidade, buscando a seleção de alternativas
Análise Multiobjetivo Preliminar está associada a mais robustas em relação ao atendimento das
etapa dos Estudos Preliminares e permite selecionar dimensões energéticas e socioambientais.
as alternativas que passarão para os Estudos Finais, • Facilidade e padronização do armazenamento das
onde estas serão analisadas com maiores detalhes. A informações utilizadas, auxiliando a análise dos
função Análise Multiobjetivo Final permite selecionar, Estudos de Inventário pela instituição responsável
segundo o critério do Manual de Inventário – Edição por sua aprovação e revisões futuras de Estudos de
2007, a alternativa que passará para as próximas Inventário.
etapas do Planejamento da Expansão da Geração. As
duas funções seguem uma análise multiobjetivo.

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Otimização Energética SPEC | Sistema para
e Meio Ambiente Estudos de Prevenção
de Cheias

U m dos objetivos do planejamento da operação


do setor elétrico é a coordenação da operação
do sistema hidráulico de reservatórios, minimizando os
EEN estimam os parâmetros do modelo, o GEP realiza
a geração das séries sintéticas de vazões diárias, o
COMPARA analisa estatisticamente as sequências de
riscos de geração térmica ou de déficits de suprimentos vazões diárias geradas pelo GEP, e o SIMRESC permite
nos sistemas interligados. Esta coordenação inclui considerar reservatórios que não possuem controle de
a utilização, durante a estação chuvosa, de parte defluências.
da capacidade dos reservatórios como volumes de CAEV: O sistema de reservatórios é decomposto
espera para a redução de danos causados por cheias em sistemas parciais representados, cada um, por um
de grande porte em áreas a jusante dos reservatórios. reservatório equivalente, para o qual se calcula uma
A manutenção desses volumes implica uma redução curva-guia superior para toda a estação chuvosa (curva
das disponibilidades energéticas e o aumento do risco de volume de espera), tomada como a envoltória de
de geração térmica futura e déficits de suprimento. trajetórias do volume armazenado, críticas sob o ponto
Portanto, a contribuição dada pelo setor elétrico para o de vista do controle de cheias. Para o cálculo destas
controle de cheias tem uma característica conjuntural. envoltórias, adota-se a metodologia das condições
A cada ano, a alocação de volumes de espera a ser de controlabilidade e utilizam-se apenas séries
utilizada tem como base Estudos de Prevenção de afluências previamente escolhidas para serem
de Cheias, nos quais os riscos de geração térmica protegidas dentre as séries geradas pelo DIANA.
futura e de déficit de suprimento são calculados por
VESPOT: desagregação espacial de curvas de
simulações da operação dos sistemas interligados sob
volumes de espera de reservatórios equivalentes em
diferentes hipóteses de alocação de volume de espera
curvas individuais para cada reservatório utilizando
correspondentes a selecionados períodos de retorno de
uma formulação linear estocástica. Estruturado para
cheias.
evitar alocações de volumes de espera desequilibradas
SPEC - Sistema para Estudos de Prevenção de Cheias: onde deplecionamentos exagerados de reservatórios
DIANA, CAEV e VESPOT comprometam a capacidade de geração do sistema.
Como técnicas de solução, faz-se uso da decomposição
Com o objetivo de apoiar os Estudos de Prevenção de Benders e de algoritmos de fluxo em redes.
de Cheias realizados no âmbito dos Planos Anuais de
Operação dos Sistemas Interligados do Setor Elétrico
Brasileiro, o Cepel vem desenvolvendo diversos
programas computacionais englobados no Sistema
SPEC. Este sistema, que tem como foco a análise de
Sistemas Multirreservatório/Múltipontos-de-Controle-
de-Cheias e cuja hidrologia apresenta variações intra-
anuais, agrega os seguintes módulos:
DIANA: modelo estocástico de geração multivariada
de séries sintéticas de vazões diárias, constituído
por seis funções: ENSOCLAS, AUXAJUS, EPN, EEN,
GEP, COMPARA e SIMRESC. O ENSOCLAS permite
considerar a influência da oscilação plurianual da O número de séries a serem protegidas é
circulação geral da atmosfera no Pacífico conhecida proporcional ao tempo de retorno fornecido (risco de
como ENSO (El Niño-Oscilação Sul) na geração de cheias), ao passo que a escolha das séries que serão
séries sintéticas. O AUXAJUS realiza o ajuste automático protegidas é feita de forma a otimizar uma função de
da taxa de recessão característica da bacia, o EPN e o interesse energético escolhida pelo usuário.
Programas para Operação de Controle de Cheias: nos Estudos de Prevenção de Cheias. Estes estudos
OPCHEN, OPCHEND e OPCHENS são realizados através de simulações da operação
semanal de controle de cheias durante toda a estação
Durante a ocorrência de uma cheia, pode chuvosa utilizando cenários de afluências históricas ou
ser necessária a flexibilização dos volumes. No sintéticas.
Planejamento do Curto Prazo, o programa OPCHEN é O programa OPCHEND, de forma similar ao
uma ferramenta para auxiliar a planejar como se dará, modelo OPCHEN no planejamento de curto prazo,
na semana em análise, a ocupação/esvaziamento dos tem como objetivo a revisão, durante a ocorrência de
volumes de espera definidos nos Estudos de Prevenção cheias, dos limites dinâmicos de armazenamento dos
de Cheias. A metodologia baseia-se na solução de um reservatórios. O OPCHEND programa para o próximo
problema de programação linear, sujeito à situação dia a ocupação/esvaziamento dos volumes de espera
hidrológica atual e ao atendimento ao fim da semana do sistema por meio da solução de um problema de
em análise de um conjunto de envoltórias, ordenado programação linear similar ao adotado no OPCHEN.
de forma crescente pelo risco de cheias. Nesse O seu horizonte de operação é de até 15 dias. Tendo
modelo, a programação de defluência oriunda da em vista o intervalo de tempo diário, e que, em
programação energética é utilizada como defluência alguns trechos do sistema, o tempo de translação
mínima. O horizonte temporal é de até cinco semanas. dos transientes hidráulicos nos canais fluviais que
O programa OPCHEN é também uma ferramenta interligam aproveitamentos pode suplantar 24 horas,
utilizada nos estudos para verificação da possibilidade o OPCHEND considera tempo de viagem da água.
de relaxamento das restrições de volumes de espera Outra diferença é o fato de que, na programação diária,
durante os meses finais da estação chuvosa, visando também se torna necessário verificar a possibilidade
aumentar a probabilidade de terminar a estação de uma situação de emergência. Nesses casos,
chuvosa com os reservatórios cheios. devem-se programar as defluências necessárias para
O programa OPCHENS é baseado no modelo a proteção do aproveitamento através dos Diagramas
OPCHEN, entretanto, sua finalidade é realizar estudos de Emergência. A metodologia destes Diagramas está
para avaliar estatisticamente as regras de operação implementada no programa OPCHEND.
de controle de cheias e o grau de proteção (risco) Conjunto de envoltórias ordenado de forma
fornecido pelas curvas de volume de espera calculadas crescente pelo risco de cheias, considerado como
restrição no PPL resolvido no OPCHEN.

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Otimização Energética SUISHI | Modelo
e Meio Ambiente de Simulação a Usinas
Individualizadas de Subsistemas
Hidrotérmicos Interligados

O SUISHI é um modelo de simulação mensal


a usinas individualizadas, da operação
energética de sistemas hidrotérmicos interligados com
limitações de intercâmbio de energia entre as regiões
ou subsistemas. O mercado consumidor de energia
de um subsistema é representado por uma curva de
as seguintes características: permanência da carga com até três patamares.
• Simula até dez subsistemas hidrotérmicos
eletricamente interligados, mas hidraulicamente
independentes, levando em conta limites nas
capacidades de intercâmbio de energia.
• Pode ser acoplado ao modelo de decisão
estratégica NEWAVE (Modelo de Planejamento da
Operação de Sistemas Hidrotérmicos Interligados
de Longo e Médio Prazo), que fornece uma função
valor esperado do custo futuro de operação para
cada estágio da simulação.
• Considera restrições operativas locais decorrentes
do uso múltiplo da água: vazão máxima para
controle de cheias, vazão mínima para saneamento
ou navegação, e desvio de vazão do rio para
irrigação, além de operar bacias especiais como as
dos rios Paraíba do Sul e Tietê.
• Simula múltiplas séries hidrológicas em
paralelo, permitindo a fácil obtenção de índices
probabilísticos de desempenho do sistema para
cada estágio da simulação.
• Considera quatro modos de simulação: estática,
dinâmica, estática com cálculo da energia firme,
e estática com cálculo da energia garantida a um
certo risco desejado.
Séries Hidrológicas: Históricas, Sintéticas e de Usos
Alternativos
Subsistemas de Geração Hidrotérmica Interligados

O modelo SUISHI reconhece três diferentes tipos


No modelo SUISHI, as usinas hidroelétricas
de sequência hidrológica, definidas a seguir.
podem ser de dois tipos: a fio d’água, quando seu
A série histórica de vazões afluentes a uma
volume armazenado não varia, ou com reservatório,
usina hidroelétrica: sequência de valores mensais
quando apresenta uma significativa capacidade de
de vazão natural afluente, correspondente à média
regularização. Denominam-se usinas termoelétricas
dos valores instantâneos observados durante o mês
todas as demais usinas geradoras (nuclear, carvão,
correspondente.
gás, óleo, diesel, biomassa, etc.) que possam ser
A série sintética de vazões afluentes produzida
representadas por capacidades mínima e máxima e
por um Modelo Estocástico de Vazões Afluentes, como
um custo unitário de geração constantes. O déficit de
por exemplo, o modelo GEVAZP (Geração de Séries
energia pode ser representado em patamares.
Sintéticas de Energias e Vazões Periódicas).
O sistema de transmissão é representado de forma
A série de vazões de usos alternativos com valores
simplificada, levando-se em conta apenas as grandes
mensais que deve ser subtraída ou adicionada da sua valores ótimos de geração hidráulica controlável, estes
correspondente série de vazões incrementais de forma serão utilizados para se calcularem as metas mensais
a representar um outro uso da água no local. para a simulação independente da operação de cada
subsistema hidráulico, em cada série hidrológica,
Módulos de Simulação: Estática, Dinâmica, Cálculo de usando-se uma metodologia de simulação a usinas
Energia Firme e Energia Garantida individualizadas. A função Custo Futuro de Operação
deve ser calculada para cada mês com auxílio de um
No módulo de simulação estática, considera- modelo estratégico de otimização a longo prazo da
se uma configuração hidrotérmica fixa procurando operação de subsistemas hidrotérmicos interligados,
atender a um mercado de energia constante ao longo como, por exemplo, o modelo NEWAVE.
de uma série hidrológica. Com exceção das vazões
afluentes aos reservatórios, todos os demais dados do Solução Iterativa do Problema de Balanço Hidrotérmico
problema permanecem estáticos ao longo do tempo.
Uma simulação é dinâmica quando todos os dados Uma vez que a solução do problema de balanço
do problema podem variar dinamicamente ao longo hidrotérmico não leva em conta as limitações de
do tempo, constituindo séries temporais análogas às turbinamento nas usinas do subsistema s, o valor da
hidrológicas. solução ótima pode representar uma meta inatingível
A energia firme de um sistema é o maior mercado para o subsistema na etapa de simulação. Neste caso,
de energia que o sistema pode atender de modo a não o problema de balanço hidrotérmico mensal precisa
ocorrerem déficits de energia, supondo-se a ocorrência ser reformulado. Caso ocorra um déficit de geração
da série histórica de afluências. no subsistema s na etapa de simulação, resolve-
A energia garantida de um sistema hidrotérmico se novamente o problema de balanço hidrotérmico,
interligado, a um dado nivel de risco, é o maior mercado fazendo-se o valor da Geração Hidráulica Máxima igual
global de energia que esta configuração pode atender, ao valor da geração hidráulica obtida no simulador
tal que a probabilidade anual de déficit não exceda, por a usinas individualizadas no subsistema s. Por
exemplo, a 0.05 em nenhum subsistema, variando-se outro lado, caso as vazões afluentes se achem mal
proporcionalmente os mercados de cada subsistema. distribuídas com relação ao estado de armazenamento
dos reservatórios, pode ser impossível guardar toda a
Modelo de Otimização do Balanço Hidrotérmico entre água excedente, ocorrendo os chamados vertimentos
Subsistemas turbináveis. Neste caso, resolve-se novamente o
problema de balanço hidrotérmico, fazendo-se o limite
O processo de solução do modelo SUISHI é de armazenamento igual ao armazenamento obtido no
dividido em duas etapas: a de otimização do balanço problema do balanço hidrotérmico mensal, subtraído
hidrotérmico entre subsistemas, e a de simulação do excesso de geração obtido no simulador a usinas
a usinas hidrelétricas individualizadas. O problema individualizadas.
de cálculo do balanço hidrotérmico mensal entre os
subsistemas pode ser formulado como um problema Modelo de Simulação a Usinas Individualizadas
de otimização, que consiste em se determinar, a
cada mês, quais os valores de geração hidráulica O modelo de simulação a usinas individualizadas
controlável, geração térmica e intercâmbios de designa um conjunto de subrotinas que simula a
energia de cada subsistema que minimizam a soma operação mensal de cada subsistema. Este modelo
dos custos atuais mais o valor presente esperado dos procura reproduzir o processo de decisão adotado na
custos futuros de operação. Uma vez determinados os prática para se estabelecer quais os turbinamentos e
armazenamentos finais de cada usina hidrelétrica, de
forma a atender à meta de geração do subsistema,
respeitando as restrições físicas e critérios operativos.
Contato
Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Área de Otimização Energética e Meio Ambiente
Telefone (21) 2598-6471
Fax (21) 2260-6482
suishi@cepel.br
www.cepel.br
Otimização Energética VENTOS | Previsão e
e Meio Ambiente Geração de Cenários de Ventos

A integração segura e econômica dos


aproveitamentos eólicos ao sistema elétrico
requer previsões confiáveis da disponibilidade dos
Outro objetivo deste projeto é gerar cenários de
ventos mensais, a partir de modelos estocásticos, a
serem utilizados nos modelos de planejamento da
recursos eólicos desde alguns minutos à frente até operação de sistemas hidrotérmicos interligados
previsões horárias com horizontes que variam de uma de longo, médio e curto prazo, NEWAVE (Modelo de
hora até uma semana à frente. Na formulação de tais Planejamento da Operação de Sistemas Hidrotérmicos
previsões, pode-se contar com uma ampla variedade de Interligados de Longo e Médio Prazo), DECOMP
métodos, entre os quais se destacam os de inteligência (Modelo de Planejamento da Operação de Sistemas
computacional, em especial, os de redes neurais Hidrotérmicos Interligados de Curto Prazo) e SUISHI
artificiais e o de lógica fuzzy. (Modelo de Simulação a Usinas Individualizadas de
Para atender a este objetivo, o Cepel, no âmbito Subsistemas Hidrotérmicos Interligados).
do Departamento de Otimização Energética e Meio
Ambiente (DEA), vem desenvolvendo metodologias
baseadas em inteligência computacional e sofware para
a previsão de curto prazo dos recursos disponibilizados
em um parque eólico, mais precisamente previsões da
velocidade do vento e da potência gerada.
Em geral, os registros anemométricos e de potência
apresentam lacunas e dados aberrantes (outliers)
decorrentes de falhas nos sistemas de medição. As
lacunas de dados e outliers comprometem o ajuste
e o desempenho dos modelos de previsão. Atento ao
problema, o Cepel vem desenvolvendo metodologias,
baseadas em métodos estatísticos, para o tratamento
de dados. Tal metodologia é empregada no módulo
de tratamento automático de dados que precede a
execução do previsor de recursos eólicos.
Os modelos e programas computacionais
desenvolvidos visam atender às seguintes finalidades:
• tratamento automático dos registros
anemométricos e de potência, como a remoção de
dados aberrantes e o preenchimento de lacunas de
dados;
• projeção da média horária da velocidade do vento
até 24 horas;
• projeção da média horária da potência elétrica
gerada até 24 horas à frente.

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