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ALPHA- INSTITUTO EDUCACIONAL

“SÍNTESE DA AULA SOBRE AUTISMO”

Aluna: Regiane Neves


Professor:
Curso: Educação Especial
Disciplina:

ANDIRÁ
2018
SUMÁRIO

TEXTO: “SÍNTESE DA AULA SOBRE AUTISMO”........................................03

REFERENCIAS................................................................................................05
“SÍNTESE DA AULA SOBRE AUTISMO

Esta aula propôs-se a fazer um estudo sobre o autismo infantil, uma desordem
tão devastadora que até atualmente existem dúvidas sobre o diagnóstico dessa
síndrome. Mostrando que as crianças que são portadoras de autismo podem e devem
se adaptar ao meio social e comunicativo, promovendo a busca pela sociabilidade e
independência. No decorrer da aula, foi abordado o conceito, características e critérios
de diagnóstico do autista; demonstrando a possibilidade do autista poder se relacionar
com a sociedade e potencial para aprender; com isso, nos levou ao conhecimento sobre
o autismo e permitiu o conhecimento de estratégias usadas na alfabetização da criança
autista.

Sabe-se, que o Autismo é uma síndrome comportamental com etiologias


diferentes, na qual o processo de desenvolvimento infantil encontra-se distorcido. A
criança já carrega consigo uma dificuldade por conta do transtorno, é na fase escolar
que as complicações ficam visíveis, pois será exigido dela, atenção, compreensão,
entrosamento, desenvolvimento, socialização, situações que para uma criança com
autismo torna-se algo completamente dificultoso, causando em determinados casos,
ainda mais isolamento deste, se o profissional que trabalhar com esta criança não
estiver apto para educar uma criança autista.

Observa-se que a escola tem importante papel na investigação diagnóstica,


pois é o primeiro lugar de interação social da criança separadas de seus familiares, é
onde a criança vai ter maior dificuldade em se adaptar às regras sociais, tarefa muito
difícil para o autista. O diagnóstico é apenas o primeiro desafio que o Brasil precisa
enfrentar. Em seguida, vem o mais complicado, o tratamento. Ele tem de ser
individualizado e envolve uma série de profissionais. Realizar um trabalho voltado para
as dificuldades que envolvem o tema já justificaria a abordagem do mesmo.

Tem-se conhecimento, que as causas do autismo ainda são desconhecidas,


mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa. Provavelmente, há uma combinação
de fatores que levam ao autismo. Sabe-se que ela tem um caráter biológico e ambiental.
As causas biológicas exatas do autismo e das desordens do espectro autista são
desconhecidas e que desafiam a sociedade. Embora não haja uma má formação
cerebral, estudos recentes têm observado mudanças graves em algumas áreas do
cérebro de pacientes autistas, incluindo um aumento moderado, que parece acontecer
durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou na primeira infância.
Atualmente, sabe-se que causas ambientais, como a contaminação por metais
pesados, por exemplo, o mercúrio e o Chumbo, têm sido apontados como fortes
candidatos, assim como problemas na gestação, como uso de drogas na gravidez ou
infecções nesse período, também devem ser considerados.

Não há cura para o autismo, mas com tratamento, os autistas podem levar uma
vida melhor. A terapia comportamental (também chamada de intervenção
comportamental) é o tratamento mais usado. Professores, pais e conselheiros
trabalham juntos para ajudar a criança a melhorar a comunicação e as habilidades
físicas e sociais.

Uma das terapias comportamentais mais populares é chamada de TEACCH


(Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children -
Tratamento e Educação das Crianças Autistas e com Deficiência em Comunicação),
desenvolvida na década de 70. Com esse método, os pais e profissionais (professores,
terapeutas etc.) trabalham juntos para melhorar as capacidades de adaptação das
crianças por meio de terapia cognitivo-comportamental estruturada. O programa é
individualizado para a criança e acontece em vários ambientes - desde clínicas até salas
de aula. Outros programas educacionais incluem o Higashi School, que ensina
comportamentos positivos através da educação física, artística e acadêmica, e o Bright
Start, que ajuda a melhorar a comunicação, a atenção e as habilidades cognitivas das
crianças.

Ao término deste trabalho a conclusão obtida é a seguinte: a vida do autista é


sozinha e sem chance de pôr sua própria vontade impossível de se livrar deste
isolamento.

É preciso a ajuda dos pais, pois são eles que convivem com a criança desde
de que nascem, são os que cuidam e ensinam os primeiros contados de relacionamento,
partindo daí a observação de que esse contato de carinho e retribuído.

Amigos estão sempre por perto da família da criança, tem o papel do apoio do
ajudar esses pais por se tratar de um problema que necessita muito de cuidado e amor.
Profissionais especializados tem o papel de fazer aquilo que os pais não sabem ou não
conseguem fazer sozinhos, ajudam na educação, na melhoria do convívio social tanto
dos pais como das crianças, são eles os mestres para o tratamento e melhoria de vida.

Já a sociedade que convive, tem com papel não ter preconceitos formados, de
olhar feio, ou até mesmo usar de termos pejorativos, deve ajudar emocionalmente. É
muito o sofrimento para se levar só ajudar e necessário e para todo. Os métodos a
acessibilidade este aí basta correr atrás apesar de pouco conhecida.

Os autistas não possuem linguagem organizada, às vezes, conseguem se


comunicar, mas com poucas palavras ou com repetições da fala de outras pessoas, ou
seja, dispõe de uma comunicação muito limitada.

Portanto, compreendemos o autismo como uma disfunção global do


desenvolvimento, na qual suas capacidades de obter um contato com o meio são
praticamente nulas, não interagindo com as pessoas, vivendo o seu isolamento. Para
estimular seu desenvolvimento, as suas limitações devem ser trabalhadas, fazendo com
que, dentro do possível consigam fazer uma interação social e assim ter algum nível de
afetividade com as pessoas.

Foram abordados conteúdos e informações necessárias para que os


profissionais da área da educação tenham condições de reconhecer uma criança autista
e encaminhar aos profissionais responsáveis para diagnosticar o autismo.

Após toda esta explanação, fica claro para o profissional que trabalha numa
escola e que recebe uma criança já diagnosticada com autismo, o desafio grande a ser
superado. Mesmo com uma bibliografia escassa e, muitas vezes, a ansiedade da
família, o profissional pode a cada dia desenvolver um trabalho em sala de aula, a fim
de não privar a criança da escola e do convívio social. Simples práticas diárias podem
fazer a diferença.

Como se viu ao longo do que foi abordado no texto, a parceria entre família –
escola – profissional competente é de fundamental importância para o progresso de
uma criança autista.

REFERENCIAS

MATERIAL CEDIDO PELO INSTITUTO ALPHA


Um dos métodos de ensino mais utilizados no Brasil para
atender o autista é o TEACCH. O TEACCH não é uma abordagem única, é um
projeto que tenta responder às necessidades do autista usando as melhores
abordagens e métodos disponíveis. Os serviços oferecem desde o diagnóstico
e aconselhamento dos pais e profissionais, até centros comunitários para adultos
com todas as etapas intermediárias: avaliação psicológica, salas de aulas e
programas para professores.
O TEACCH é um trabalho de intervenção terapeuta baseado na
determinação de objetivos bem definidos e direcionados aos comportamentos
que se pretender mudar, com o propósito de extinguir ou amenizar
comportamentos indesejáveis, reforçando positivamente.
Por meio da utilização do Método TEACCH é possível a
organização e sistematização de tarefas a serem realizadas, de modo que o
aprendizado das crianças seja mais eficaz e fácil, ajudando a criança modificar
seus comportamentos de distração, resistência a mudança e na falta de
motivação. Destacando a importância de todas as instruções serem faladas em
alto e bom tom, fazendo com que elas entendam o porquê de se fazer certas
atividades, onde elas devem ficar, como fazer e o que fazer, independente de
seus pais.
O método ajuda ainda a programar atividades, nos quesitos
tempo, duração e material, na previsibilidade e nas rotinas organizadas em
quadros, painéis ou agendas, enaltecendo as características dos princípios
metodológicos dirigidos ao aprendizado do aluno autista. Ele pode ser utilizado
em casa, na escola e no ambiente terapêutico, abordando todas as
características do indivíduo no seu dia a dia, onde cada espaço tem a sua
demanda específica. Os estímulos áudio cinestésico-visuais, sons e movimentos
são associados às fotografias. Assim, o apoio visual de cartões com figuras,
desenhos, símbolos, palavras escritas, matérias concretas sequenciadas
favorecem o trabalho em nível de nome, objeto e ação, ensinando-os que toda
comunicação tenha significado.
Os sistemas de trabalho são programados individualmente e
ensinados um a um pelo professor. As crianças autistas são mais responsivas
às situações dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente
aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos. Quando a criança apresenta
plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta
passa a fazer parte da rotina de forma sistemática. Mas o trabalho não se limita
apenas aos aspectos cognitivos, ensinando-lhes também noções básicas de
Atividades de Vida Diária (AVD) e Atividades de Vida Prática (AVP),
possibilitando-lhes a maior independência possível. Na maioria das vezes a
utilização deste método traz tranquilidade à criança já que possibilita melhor
compreensão e comunicação. Em regra, a classe é composta no máximo por
seis alunos; há um professor e um assistente.
As pesquisas têm demonstrando que o autismo é uma patologia
que não dispõem de cura, contudo, determinadas abordagens possibilitam a
minimização dos sintomas. Assim, indicamos o Método TEACCH funcionando
como uma poderosa ferramenta que auxilia no desenvolvimento da capacidade
cognitiva e na interação com pessoas e objetos por pessoas autistas.
O Programa TEACCH procura entender como a pessoa com
autismo pensa, vive, aprende e responde ao ambiente, a fim de promover
aprendizagem com independência, autonomia e funcionalidade. O TEACCH não
é um “método” que se compra em um pacote fechado e que tem regras
numeradas a serem obedecidas.
O Programa TEACCH é, nesse caminho, um sistema de
orientação de base visual com apoio na estrutura e na combinação de vários
recursos para aprimorar a linguagem, aprendizagem de conceitos e mudança de
comportamento. A filosofia do programa TEACCH tem como objetivo principal
ajudar a pessoa com autismo a se desenvolver da melhor maneira, de modo a
atingir o máximo de autonomia na idade adulta. Aliás, independência é uma das
principais preocupações do modelo TEACCH na ideia de que quanto menos a
pessoa ficar monitorada por alguém, melhor para sua autonomia e qualidade de
vida. É desta forma que os princípios norteadores organizam-se na prática,
dando ao ambiente a força que precisa ter para formar conceitos, informar, dar
instruções e organizar a vida dessa pessoa desde a primeira infância.
A vida escolar é especial e todos tem o direito de vivenciar essa
experiência. Afinal, é na instituição de ensino que se aprende a conviver em
grupo, a se socializar, trabalhar em equipe e conviver com as diferenças.
No âmbito escolar, a criança autista não poderá fazer tudo o que
fazia em casa; ela será solicitada a brincar em grupo e manter atividades com
objetivos específicos, de acordo com a orientação dos professores.
O desempenho escolar das crianças com autismo depende
muito do nível de acometimento do transtorno. Para crianças com autismo
clássico, isto é, aquelas crianças que têm maiores dificuldades de socialização,
comprometimento na linguagem e comportamentos repetitivos, fica clara a
necessidade de atenção individualizada.
O papel do professor de pessoas com autismo equivale ao de
um intérprete, fazendo a conexão entre duas culturas diferentes. Portanto, esse
professor deve compreender seu aluno, localizar seus pontos fortes, identificar
seus déficits e encontrar os meios facilitadores para ajudá-lo no processo de
adaptação e aprendizado. De acordo com as pesquisas realizadas pelo
TEACCH e a experiência adquirida ao longo dos anos, o ensino estruturado é o
meio facilitador mais eficiente para a cultura do autismo.
O método TEACCH não utiliza o ensino estruturado como uma
técnica para organizar o ensino da criança, mas sim para encontrar a forma de
estrutura e organização que melhor se adapte à criança e pela qual ela possa
compreender melhor o seu ambiente e, assim, aprender de forma mais eficiente.
O Programa TEACCH é de baixo custo; as tarefas são
confeccionadas com recursos do dia a dia a partir do que cada aluno necessita.
Recomenda-se que nesta abordagem haja um envolvimento real de todos que
estarão em contato com a criança, para planejar o que será feito com base em
um currículo, para selecionar os materiais e até mesmo para confeccionar as
adaptações.
Os sistemas de trabalho utilizados pelo TEACCH são assim
denominados, por envolverem um processo de construção de tarefas que inclui
como selecionar os materiais, como localizar a atividade, como proceder ao que
está sendo solicitada, a orientação guiada pelo educador, a execução
visualmente mediada e o conceito de fim, dentre outras.
O método TEACCH deve ser utilizado tanto na escola quanto no
ambiente familiar, lembrando que a forma de aplicação deve ser a mesma, a fim
de estabelecer o reforço na educação. O ensino estruturado centra-se nas áreas
onde o autista melhor se expressa, processamento visual, memorização de
rotinas funcionais e interesses especiais, com adaptação às necessidades
individuais e aos níveis de funcionamento. A educação cognitiva envolve a
capacidade de aprender a aprender e a capacidade de resolver problemas. São
nesses aspectos que a educação voltada para portadores de autismo foca. A
criança aprenderá que pode adquirir conhecimentos com a ajuda dos pais e
profissionais e pode adquiri-los também sozinha.
Currículo Funcional Natural é educar conhecimento e aptidões,
que possam ser utilizadas pelo estudante, serem vantajosos em vários espaços
e consequentemente úteis em sua vida, para que sejam mais autônomos,
produtivos e felizes.
A palavra Funcional expressa eleger objetivos educacionais com
ênfase no que é útil para o estudante na ocasião, num futuro não muito longínquo
e que possa continuar sendo útil em sua vida. A palavra “Natural” com o
significado de ensinar no espaço em que, normalmente, o episódio ocorre ou em
circunstância semelhante ao que advém no mundo real. “Aprender fazendo”
produz a manutenção do que se estuda. Quando se estuda com os
conhecimentos do mundo, dificilmente esquece-se e o que se aprende é o que
se pratica, quando se depara uma mesma situação.
O CFN é um currículo diferente dos outros, daqueles
tradicionais, é um currículo focado naquilo que está acontecendo, no que é
natural para o alunado. Esse currículo é programado de forma individualizada,
de acordo com a realidade e necessidades de cada aluno, essa individualização.
Além disso, cada programa educacional deve incluir os mais eficazes planos e
procedimentos de ensino para cada aluno e também uma avaliação contínua do
êxito e do fracasso desses procedimentos e dos objetivos elencados para cada
aluno.
Currículo Funcional Natural pode ser definido como um
instrumento orientador de uma educação para a vida; tem por base uma filosofia
centrada no aluno, que assenta na crença de que o potencial de aprendizagem
é igual em todos. É constituída por alguns pontos-chave que promovem a
autoestima, a socialização e os afetos tendo sempre em vista a autonomia.
Dentre os principais pontos chaves podemos enfatizar o
“enfoque amigo” que contempla a visão integral e o enfoque inclusivo. Não se
prende ao diagnóstico, está centrada no sujeito, visto como uma Pessoa que
possui desejos e é capaz de comunicar e fazer suas escolhas. O Currículo
Funcional Natural busca ensinar habilidades úteis que possam ser usadas pelo
aluno, no momento, ao longo de sua vida, em diversos ambientes que
contribuam com a sua independência, produtividade e felicidade.
É um currículo que não é concebido de maneira a ser o aluno
quem se adapte aos moldes que oferece, mas como um campo aberto à
diversidade, entendida no sentido de que cada aluno pode aprender de
diferentes maneiras a partir de uma aprendizagem prazerosa, divertida,
viabilizando o trabalho em grupo, que ocasione poucos erros, baseado no Plano
Educacional Individualizado e que tenha significado para a vida do aluno.
Em relação aos princípios, objetivos e técnicas educacionais do
programa TEACCH, eles se baseiam em: habilidades e interesses, avaliação
contínua e cuidadosa, compreensão dos significados, colaboração dos pais,
ensino das relações de causa e efeito, ensino de comunicação e independência.
Tudo isso é ensinado por meio de: informações visuais, rotinas e previsibilidade,
ensino individualizado e ensino de habilidades, em ambientes naturais e com
materiais variados. Já o Currículo Funcional Natural visa desenvolver
habilidades que levem as crianças e os adolescentes a atuar da melhor forma
possível dentro de seu ambiente, tornando-os assim independentes e criativos.
Em relação aos princípios norteadores e à metodologia
empregada pelo Currículo Funcional Natural, sabemos que: a pessoa com
autismo deve ser tratada como qualquer outra pessoa, que todos podem
aprender e que a família deve participar do processo de aprendizagem.
O educador deve ensinar com entusiasmo, o tom de voz e a
linguagem usada com o aluno devem ser o mais natural possível, as habilidades
do aluno devem ser mais enfatizadas que suas fraquezas, a atenção do aluno
deve ser garantida antes de ser dada uma ordem ou fazer um pedido, as ordens
dadas devem ser claras e indispensáveis, as ordens não devem ser repetidas
mais de duas vezes antes que o aluno processe a informação recebida, deve ser
dado tempo suficiente para a resposta do aluno, o educador deve manter-se
calmo e interagir como um amigo com seu aluno, elogios devem ser descritivos,
ajudas físicas devem ser evitadas de forma a dar ao aluno a oportunidade de
fazer sozinho, os interesses do aluno devem ser aproveitados para ensino de
novas habilidades.
Este método, portanto, tem como proposta tornar o indivíduo
funcional no meio ambiente em que está inserido, proporcionando-lhe rápida
adaptação. Seus pressupostos assentam-se no controle comportamental, no
estabelecimento de metas, que exerçam uma função para o indivíduo e favoreça
seu bom desenvolvimento, além de promover o processo de aprendizagem de
novas habilidade. As medidas educativas tomadas devem estar sob a avaliação
constante de profissionais capacitados. O objetivo de ensinar capacidades que
podem ser naturalmente aprendidas e que sejam funcionais ao indivíduo,
permite que ele desenvolva o autoconceito e adquira autonomia. Esta aquisição
permite que se tenha qualidade de vida.
Conclui-se que o TEACHH é o melhor método, pois a sintonia
do professor com a criança, por vezes, está presente na sua atuação, o que
possibilita compreendê-la. A manifestação de afeto do educador para a criança
permite que ocorra um relacionamento mais humanizado, que volta sua atuação
para o desenvolvimento social da criança.
Percebe-se que o educador possui o conhecimento teórico
sobre o transtorno e os déficits decorrentes de sua sintomatologia. Contudo, a
práxis é revestida por uma distonia entre a teoria que ele possui da prática que
ele pode desenvolver. Isto acontece devido às condições institucionais que
tangem sua atuação, que o restringe a uma cadência regida pelo senso comum,
generalização do embasamento teórico que possui, e pela mistura de técnicas
interventivas. Este bioma restringe o processo ensino-aprendizagem
Portanto, o TEACCH não visa eliminar o padrão autístico, mas
aproveitar o que o autismo provoca na pessoa. Ao mesmo tempo em que o
TEACCH estrutura atividades em sistemas de trabalho que organizam o
pensamento e evidenciam o conceito que está sendo ensinado, o oferecimento
das tarefas em vários contextos (ambientes, pessoas, situações, material)
favorece a generalização do conteúdo, gerando a aprendizagem.
O programa TEACCH deve ser trabalhado usando as formas
adequadas e o uso correto dos procedimentos de ensino, guiando o aluno para
o foco a ser trabalhado. Eliminando estímulos desnecessários e concorrentes,
garantimos a atenção e, por conseguinte, sucesso no trabalho. Tal engajamento,
sendo mais produtivo faz com que o aluno obtenha sucesso e passe a emitir
condutas mais adequadas. Sabendo o que tem que ser feito, por quanto tempo
terá que trabalhar, visualizando a instrução e reconhecendo o que se espera
dele, o aluno com autismo sai de um estado ansioso e passa a contribuir
funcionalmente para a sua aprendizagem. Talvez seja esta a maior contribuição
do TEACCH para estas pessoas.

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