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Escola Pinheiros

Aluna: Maria Letícia Teixeira Maciel


4° Ano - Manhã

CAATINGA

A Caatinga é o bioma brasileiro que ocupa cerca de 844 mil quilômetros quadrados, o
equivalente a 11% do território do país, e engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas
Gerais. O clima semi-árido caracteriza a paisagem de uma vegetação sem folhas e os
troncos de árvores esbranquiçados e secos. Os tupi, deparados com esta paisagem que se
estende por quilômetros e mais quilômetros, denominaram aquilo "mata branca", que na
sua língua era a caa (mata) + tinga (branca), a caatinga.
É um bioma exclusivamente brasileiro, o que torna seu patrimônio biológico único no
planeta. Apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, a Caatinga apresenta
grande variedade de paisagens e de biodiversidade. Muitas das suas espécies são
exclusivas.
Abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios,
241 de peixes, 221 de abelhas e 932 espécies de plantas. É dominada por tipos de
vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma
paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores
de porte baixo ou médio, caducifólias (árvores que perdem suas folhas durante parte do
ano) e uma farta variedade de plantas espinhosas, entremeadas de outras espécies como
as cactáceas e as bromeliáceas.
A diversidade de sua paisagem é tamanha, que permite uma distinção de ecossistemas,
baseada nas diferenças de pluviometria, fertilidade e tipo de solos e relevo. Uma primeira
divisão que pode ser feita é entre o agreste e o sertão. Enquanto o sertão apresenta
vegetação mais rústica, o agreste é uma faixa de transição entre o interior seco e a Mata
Atlântica, característica da Zona da Mata.
Hoje, segundo dados do IBGE, cerca de 27 milhões de pessoas vivem na área original da
Caatinga, grande parte dependente dos recursos da biodiversidade local para a sua
sobrevivência. A extração de madeira, a agricultura de sequeiro, a monocultura da cana-
de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades são atividades econômicas tradicionais.
Com isso, 80% de seus ecossistemas originais já foram alterados por processos humanos,
principalmente por meio de desmatamentos e queimadas, práticas ainda comuns no
preparo da terra para a agropecuária. Além de destrutivas à cobertura vegetal, prejudicam
a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do
clima e do solo.
Estes mesmos recursos, se conservados e explorados de forma sustentável, podem
impulsionar o desenvolvimento da região. A biodiversidade da caatinga ampara diversas
atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente
nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar disso, a Caatinga é alvo do desmatamento desenfreado causado, principalmente,
prlo consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins
domésticos e indústrias. Sofre também com o sobrepastoreio e a conversão de terras para
pastagens e agricultura. O desmatamento já chega a 46% da área do bioma, tendência que
o governo pretende conter através da criação de unidades de conservação federais e
estaduais.
Outra forma de combater a destruição da Caatinga são estudos da flora e fauna que,
segundo os pesquisadores, é o menos conhecido e estudado dos biomas brasileiros. Em
2010, no primeiro monitoramento já realizado sobre ele, constatou-se que o bioma
Caatinga perde por ano e de forma pulverizada uma área de sua vegetação nativa
equivalente a 2 vezes a cidade de São Paulo. A área já desmatada equivale aos territórios
dos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro somados. Uma taxa de desmatamento
equivalente à da Amazônia, embora a área total da Amazônia seja cinco vezes maior.
Como consequência desta degradação, espécies animais e vegetais já figuram na lista das
espécies ameaçadas de extinção do IBAMA e do ICMBio. Por exemplo, felinos (onças e
gatos selvagens), herbívoros de porte médio (veado-catingueiro e capivara), aves
(ararinha azul, avoante) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela destruição
do seu habitat natural e por atividades predatórias, como a caça.
CAATINGA A FAUNA E FLORA

Muitas pessoas acreditam que a caatinga é um bioma pobre, pois o clima é árido e com
pouca presença de vegetação. Porém, a caatinga é rica em espécies animais e vegetais,
muitas delas endêmicas. Este bioma brasileiro possui importante biodiversidade e deve
ser preservado e valorizado. São cerca de 148 espécies de mamíferos, 510 espécies de
aves, 45 de anfíbios, 235 de peixes e 153 de répteis.
A catinga está presente na interior do Nordeste brasileiro, principalmente na região do
semiárido.
Assim como outros biomas brasileiros, a caatinga vem sofrendo com o desmatamento e
outras ações predatórias (caça e ocupação humana desordenada). A criação de gado
extensivo, por exemplo, é um dos principais problemas da atualidade. Se não houver
preservação da caatinga, poderemos ter a extinção de diversas espécies animais e vegetais
típicas deste bioma. Outro problema ambiental, que já está ocorrendo em função do
desmatamento, é o aumento da desertificação na caatinga.
Exemplos de espécies da fauna da Caatinga:
veado-catingueiro, preá, gambá, sapo-cururu, cutia, tatu-peba, ararinha-azul, asa-branca,
sagui-de-tufos-brancos, arara-azul-de-lear, peba, perereca-de-capacete, beija-flor, urubu-
rei, jacu verdadeiro, teju, macaco-prego-amarelo, camaleão, jacaré do papo amarelo,
mocó, jaguatirica, tatu-bola, perereca-verde-pequena, onça-parda, soldadinho-do-araripe.
Exemplos de espécies da flora da Caatinga:
Aroeira, angico, juazeiro, caroá, xique-xique, mandacaru, palma, cacto, catingueira,
sabiá, jurume branca, jurema preta, ipê roxo, cumaru, carnaúba, malícia, malva branca,
jitirana, coroa-de-frade, facheiro e palminha.
Animais da caatinga ameaçados de extinção
Infelizmente, existem vinte espécies de animais da caatinga que estão ameaçados de
extinção. Entre eles, podemos citar: jacu verdadeiro, urubu-rei, tatu-bola e onça-parda.
A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro., ocupando cerca de 10% do território
brasileiro. Está presente, principalmente, no interior da região Nordeste do Brasil e norte
do estado de Minas Gerais.
- Não é uniforme em todo território que está presente. Embora apresente certas
características comuns, ela muda de acordo com a pluviosidade, fertilidade e tipo de solo.
- É uma vegetação formada basicamente por plantas xerófilas, ou seja, adaptadas às
condições de aridez (encontrado no semiárido nordestino).
- Já foram registradas cerca de mil espécies vegetais na caatinga. De acordo com
especialistas, pode haver o dobro desta quantidade.
- Uma das principais características da vegetação da caatinga é que grande parte das
espécies perdem suas folhas durante a estação seca. É um recurso para diminuir a perda
de água durante o período seco.
- Em grande parte da caatinga as árvores são de pequeno porte e encontram-se espaçadas.
- Grande parte dos vegetais possuem raízes profundas (para encontrar água em
profundidades mais altas) e espinhos.
- Muitas espécies vegetais estocam água no caule e nas folhas, para enfrentar o período
seco.

Principais espécies vegetais da Caatinga:


- Palma
- Xiquexique
- Aroeira
- Umbuzeiro
- Caroá
- Juazeiro
- Mandacaru
- Cacto

O clima da caatinga é o tropical semiárido, com médias de temperaturas anuais elevadas,


geralmente superiores a 25°C, em alguns lugares superior a 32°C, e por chuvas escassas
e irregulares com longos períodos de seca.

Cactus na Caatinga
O bioma da caatinga brasileira se estende no Sertão Nordestino, prolongando-se pelo
norte de Minas Gerais.
Apresenta uma vegetação xenófila, correspondente aos vegetais adaptados ao clima
tropical semiárido, como o umbuzeiro, o xique-xique, o juazeiro, a carnaubeira, algumas
palmeiras, o mandacaru etc.
Da área total original da caatinga, de 1,1 milhão de km², cerca de 800 mil km² sofreram
processo de desertificação e salinização do solo. Estima-se que 40 mil km² da caatinga já
foram transformados em deserto.
A região foi bastante explorada pelo corte da vegetação para servir como lenha, pelo
pastoreio desde o século XVI e pela prática de uma agricultura inadequada ao
ecossistema.
A salinização é fruto do manejo indevido do solo, agravada pela evaporação resultado das
altas temperaturas.

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