INTRODUÇÃO
Sabemos que o mundo atual em que vivemos encontra-se com uma imensa
variedade de organismos infecciosos, como por exemplo: vírus, bactérias, fungos e
protozoários. Logo, podemos identificar o agravante caso estes organismos
infectarem o hospedeiro e não houver um efetivo controle sobre sua ação e
multiplicação, poderão claramente produzir sintomas clínicos e inclusive levar o
indivíduo à óbito.
Neste sentido, as células e moléculas são notadamente responsáveis pela
nossa defesa contra as infecções. Assim, a função central do sistema imune é
evidentemente distinguir antígenos estranhos tais como agentes infecciosos e/ou
substâncias deles derivadas – de antígenos próprios dos tecidos corporais, a fim
evidentemente de proporcionar a defesa contra organismos infecciosos.
Deve-se ter em consideração que mesmo as substâncias estranhas não
infecciosas podem despertar respostas imunes no nosso organismo. Tal como fala-
nos Miranda-Vilela (2007, p. 9):
MHC 1
Figura 1 – MHC.
Fonte: http://www.usp.br/gmab/discip/zab1304/aula13.pdf.
Acedido em 30 Agosto de 2018.
Ainda vale a pena resssaltar que no MHC há 6 genes que codificam
moléculas de classe I, como: HLA-A, HLA –B, HLA-C, HLA-E, HLA-F e HLA-G. E
entre estas HLA-A, HLA-B e HLA-C são as que mais se destacam e são as mais
polimórficas.
Por fim, as características gerais dos genes de MHC são 2 tipos: Classe I e
Classe II, no qual codificam dois grupos de proteínas estruturalmente distintos.
Sendo propriamente os genes de MHC os mais polimórficos 1 presentes no genoma
de todas as espécies analisadas.
1
Numa única região genética, no local gênico, por exemplo, eu vou ter varias opções de posições de
moléculas diferentes.
4
3
Idem.
4
Fonte: de la Salle, H., Zimmer, J., Fricker, D., Angenieux, C., Cazenave, J.P., Okubo, M. et al. HLA
class I deficiencies due to mutations in subunit I of the peptide transporter TAP I. J Clin Invest. 1999;
103: R9–R13.
5
Fonte: de la Salle, H., Hanau, D., Fricker, D., Urlacher, A., Kelly, A., Salamero, J. et al. Homozygous
human TAP peptide transporter mutation in HLA class I deficiency. Science. 1994; 265: 237–241.
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CONCLUSÃO
Em vista do que foi exposto ao longo deste trabalho, concluo elencando que
a deficiência da molécula MHC 1 é de fato extremamente rara. Por outro lado, difere
enormemente em suas manifestações clínicas. A deficiência de MHC 1 é
caracterizada principalmente por doença pulmonar crônica, juntamente com a
doença granulomatosa da pele. Embora em pacientes com deficiência do MHC 1, a
apresentação clínica possa variar amplamente em relação ao defeito genético, já em
pacientes com deficiência de MHC 2, as características fenotípicas são amplamente
uniformes, embora o background genético seja heterogêneo. Assim, tal discrepância
foi esclarecida revelando a natureza reguladora dos genes envolvidos. A elucidação
da deficiência de MHC 1 fez contribuições notáveis para o que conhecemos
atualmente sobre os mecanismos moleculares que controlam os genes do MHC
sendo considerado um modelo didático para a regulação da expressão gênica em
geral.
Desta feita, vários mecanismos que envolvem responsividade imune
inapropriada são importantes na associação de HLA com doença. Pois, há exemplos
experimentais envolvendo variação genética na determinação da responsividade
imune individual têm sido documentados.
Por fim, as informações acima mencionadas, nos permite concluir que um
maior entendimento da relação entre MHC e interação moléculas HLA/resposta
imune pode ser essencial no tratamento diferenciado de pacientes portadores de
alelos específicos de susceptibilidade, seja via farmacogenômica ou via
imunoterapia. Por isso, há inúmeros estudos envolvendo sequenciamento de MHC
de susceptibilidade com subsequente análise da estrutura das moléculas HLA
relacionadas e das características bioquímicas envolvidas na especificidade de
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS