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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E
URBANISMO

LEGAULT, Réjean. La trajectoire tectonique. In: CHUPIN, Jean-Pierre;


SIMONET, Cyrille. Le projet tectonique. Infolio, 2006.
RESUMO

De maneira geral, conforme explícito no próprio título, o texto busca mapear a


trajetória do debate acerca da tectônica no campo arquitetônico. Para tanto,
após uma breve introdução, Légault (2006), divide o capítulo em seis tópicos,
no qual o primeiro reflete acerca dos antecedentes que originaram o livro
Studies in a tectonic culture, de Kenneth Frampton (1995), e o segundo fornece
um resumo do mesmo. Deste modo, o autor procura embasar o debate que irá
se desdobrar nos quatro tópicos seguintes, a saber:

A recepção crítica da tectônica segundo Frampton

Neste tópico, Légault (2006, p.5), sinaliza que “a publicação do livro [de
Frampton], não passará despercebida e numerosas resenhas serão
publicadas nas revistas especializadas”. Neste sentido, o autor destaca o
número especial da Revista ANY. Intitulado Tectonics Unbound, este número
não apenas irá expor o interesse pelo tema por outros investigadores, como
também questionará os “fundamentos do projeto tectônico”, bem como a
proliferação de vários sentidos do termo.

Tectônica e virtualidade

Aqui, Légault (2006, p.9) destaca a oposição feita por William Mitchell, decano
do departamento de arquitetura e urbanismo do MIT. De acordo com Mitchell,
a tectônica “pertence a uma visão do passado do objeto arquitetural’, e assim
“a revolução digital anuncia o desaparecimento programado da tradição
artesanal”. Num tal contexto, questiona Légault (2006, p.10) “a abordagem
tectônica não estaria vocacionada a ser apenas um olhar retrospectivo ou ela
poderia ser a base de um verdadeiro projeto crítico ou pedagógico?” Para
responder essa questão, nos tópicos seguintes Légault propõe entender a
tectônica como categoria analítica e como projeto crítico.

Tectônica – UN 1
Discente: Emanoel Victor Patrício de Lucena – matrícula nº 20181025302
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E
URBANISMO

Tectônica como categoria analítica

O foco deste tópico é reforçar a evolução do pensamento de Frampton no que


concerne seu olhar acerca da tectônica. Em 1983, num artigo que trata sobre
o regionalismo crítico, Frampton apresenta inicialmente a tectônica como
resistência à cenografia da prática pós moderna na arquitetura. Em 1995, no
seu livro Studies in a tectonic culture, ele sugere um paralelo com a noção de
espacialidade. “Neste novo quadro, a tectônica torna-se uma verdadeira
categoria analítica : um sistema conceitual permitindo ler, ou reler o corpus
histórico e as realizações contemporâneas.” (LEGAULT, 2006, p. 12).

Tectônica como projeto crítico

Légault (2006, p. 14) aponta que, após 1998 a preocupação principal de


Frampton “não é mais tanto a questão da cenografia ou da representação, mas
a da relação entre o elo físico e fenomenológico do edifício ao lugar, ao sitio,
à paisagem.” Essa relação é tratada por meio da díade product form e place
form. Product-form, segundo Frampton citado por Légault (2006, p.14),
“designa uma arquitetura cujas formas são amplamente determinadas pelos
métodos modernos de produção.” Por outro lado, “place-form designa ‘o
elemento topográfico pesado ancorado ao solo e que aparenta oferecer cima
uma resistência à superestrutura leve disposta por cima’”. Mais adiante,
Légault (2006, p. 15) adiciona que “é somente em 1999 que estes dois termos
são finalmente associados, ligados em um par conceitual que permite traduzir
o estado das relações entre civilização universal e culturas locais.”

Tectônica – UN 1
Discente: Emanoel Victor Patrício de Lucena – matrícula nº 20181025302

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