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1. O que é obnubilação?
Trata-se do rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. Diminuição do grau de clareza com lentidão da
compreensão e dificuldade de concentração. Pensamento ligeiramente confuso. Não consegue reter informações
novas. Pode indicar inicio de um quadro de confusão mental, quadros depressivos, intoxicação medicamentosa ou
por substância psicoativa.
2. O que é sopor/torpor?
É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente só pode ser despertado por um estimulo
enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Mostra-se evidentemente sonolento. Psicomotricidade mais inibida que nos
estados de obnubilação. Pode ocorrer em casos de: depressão grave, intoxicação medicamentosa e traumatismo
craniano.
É o grau mais profundo de rebaixamento da consciência, não é possível qualquer atividade voluntaria consciente.
Já o delírio é um sintoma presente em várias situações patológicas caracterizado por uma crença falsa, baseada em
inferência incorreta sobre a realidade externa (alteração do juízo de realidade).
No estado onírico o sujeito entra em um estado semelhante a um sonho muito vivido, geralmente com atividade
alucinatória visual intensa.
Já o estado crepuscular é um estado patológico transitório no qual existe uma obnulação da consciência, mas
acompanhado de conservação da atividade motora. Ocorrem atos explosivos violentos e episódios de descontrole
emocional.
Fragmentação do campo da consciência. Ocorre com certa frequência nos quadros histéricos, em quadros de ansiedade
intensa. É uma estratégia defensiva inconsciente. O sujeito desliga da realidade para cessar o sofrimento. Ex. Sibyl
É caracterizado por uma atividade psicomotora coordenada, mas que parece estranha a personalidade do sujeito.
8. Qual a diferença entre transe, estado hipnótico e experiência de quase morte (EQM)?
Estado hipnótico é o estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada podendo ser induzido por
outra pessoa.
A EQM é um estado especial de consciência verificado em situações de grave ameaça a vida. Seria uma invasão maciça
de atividade cerebral do tipo sono REM.
A atenção externa é aquela projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior. A atenção
interna é aquela que se volta para os processos mentais do próprio individuo, é uma atenção mais introspectiva,
reflexiva e meditativa.
Perda básica da capacidade de concentração, cansaço que dificulta a percepção dos estímulos e a compreensão,
lembranças mais difíceis e imprecisas, dificuldade em pensar, raciocinar e integrar informações.
Distração é um sinal de superconcentração sobre determinado conteúdo ou objeto, inibindo o resto. A distraibilidade
é o oposto da distração é um estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade acentuada da
atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço
produtivo. A atenção é muito facilmente desviada para outro objeto.
É a total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os estímulos.
É a desorientação por turvação da consciência, impede que o sujeito apreenda a realidade de forma clara e precisa e
integra a cronologia dos fatos
Ocorre por apatia ou desinteresse profundos, desorientado por marcante alteração do humor e da vontade, não se
atém aos estímulos ambientais e, portanto, torna-se desorientado.
Dupla orientação, imersos em profundo estado delirante, vivenciando idéias delirantes muito intensas. Crendo que
estão habitando o lugar de seus delírios.
Ocorre em indivíduos com deficiência ou atraso mental grave ou moderado, ocorre pela dificuldade, ou incapacidade,
de compreender o ambiente e reconhecer e interpretar horários, calendários, etc.
A desorientação por dissociação ocorre em geral em casos histérico graves, normalmente acompanhado de alterações
da identidade pessoal e de alterações da consciência secundária à dissociação histérica.
É a desorientação do individuo em relação a si mesmo: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil, etc.
Agnosia é uma perda ou diminuição da capacidade de reconhecer objetos, resultante de um transtorno perceptivo que
afeta a interpretação de estímulos sensoriais.
É observada em alguns pacientes depressivos, nos quais o mundo circundante é percebido como mais escuro; as
cores tornam-se mais pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor; e os odores perdem sua intensidade.
A alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz,ruído,imagem) sem a presença do objeto estimulante
real.
Alucinose é o fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como estranha a sua pessoa, embora o doente
veja a imagem ou ouça a voz ou o ruído, falta a crença que comumente o alucinado tem em sua alucinação.
A pseudo- alucinação é um fenômeno que, embora se pareça com a alucinação, dela se afasta por não apresentar
aspectos vivos e corpóreos de uma imagem perceptiva real, não apresenta aspectos vivos e claros de uma imagem
percebida como real.
29. Qual a diferença entre memória imediata, de curto prazo e de longo prazo?
A memória imediata tem duração de no Maximo 3 minutos é a capacidade de reter o material imediatamente após ser
percebido.
A memória de curto prazo tem duração de no Maximo 6 horas e refere-se à capacidade de reter a informação por curto
período.
Na amnésia anterógrada a pessoa não consegue fixar elementos de memória (mnêmicos) a partir do evento traumático
(ou seja, ela se lembra do que ocorreu antes do trauma, mas, depois do trauma, tem dificuldade em conservar/fixar
conteúdos novos).
Na amnésia retrograda é o contrário, a pessoa não consegue evocar elementos mnêmicos conservados/ fixados antes
do trauma (ou da doença).
Na memória lacunar há esquecimento entre um período, uma lacuna. A amnésia retroanterógrada são déficits de
fixação para o que ocorreram dias, semanas ou meses antes e depois do evento patógeno.
Há um acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória, a lembrança adquire um caráter fictício.
Trata-se de um falseamento da memória, em que as lembranças aparecem como fatos novos ao paciente, que não as
reconhece como lembranças, vivendo-as como uma descoberta.
A distimia é o termo que designa a alteração básica do humor, tanto no sentido de inibição como no sentido da
exaltação.
A disforia, por sua vez, diz respeito à distimia acompanhada de tonalidade afetiva desagradável, mal – humorada.
Define o humor morbidamente exagerado, no qual predomina um estado de alegria intensa e desproporcional às
circunstâncias.
Incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez na
sua relação com o mundo.
Expressão de humor incontrolável, instável, anormalmente flutuante encontrada mais comumente em síndromes
cerebrais orgânicas, estágios iniciais da esquizofrenia, e em algumas formas de transtornos neuróticos e de
personalidade.
O individuo não consegue conter de forma alguma suas reações afetivas, sempre muito desproporcionais.
O pensamento mágico segue os desígnios dos desejos, das fantasias e dos temores, conscientes ou inconscientes,
do sujeito, adequando a realidade ao pensamento, e não o contrário.
No pensamento concreto não ocorre a distinção entre dimensão abstrata e simbólica e dimensão concreta e imediata
dos fatos. O individuo não consegue entender ou utilizar metáforas. O pensamento é muito aderido ao nível sensorial
da experiência.
No pensamento prolixo o paciente dá longas voltas ao redor do mesmo tema, e mescla de forma imprecisa, o essencial
com o supérfluo.
No pensamento obsessivo, predominam idéias ou representações que, apesar de terem conteúdo absurdo ou
repulsivo para o individuo, se impõem a consciência de modo persistente e incontrolável.
O pensamento flui de forma muito acelerada, uma idéia se sucedendo à outra rapidamente.
Verifica-se o bloqueio do pensamento quando o paciente, ao relatar algo, no meio de uma conversa, brusca e
repentinamente interrompe seu pensamento, sem qualquer motivo aparente.
É uma vivencia, frequentemente associada ao bloqueio do pensamento, na qual o individuo tem nítida sensação de
que seu pensamento foi roubado de sua mente, por uma força ou ente estranho, por uma maquina, uma antena, etc.
Associações mais livres, não tão bem articuladas, sem aceleração, “idéias soltas”.
O pensamento passa a extraviar-se de seu curso normal, toma atalhos colaterais, desvios, pensamentos supérfluos,
retornando aqui e acolá ao seu curso original.” Viaja e volta”
São pedaços de pensamento. Uma palavra aqui e outra ali que não fazem conexão. “salada de palavras”.
Delírio
A percepção delirante é um tipo especialmente importante de delírio. O delírio surge a partir de uma percepção normal
que recebe, imediatamente ao ato perceptivo, significação delirante. Ex: ao entrar na sala, o individuo vê um lenço
amarelo sobre a mesa (percepção real); ao vê-lo logo entende que se trata de uma conspiração contra ele, que querem
matá-lo (atribuição de um significado delirante à percepção normal).
O individuo acredita que é vitima de um complô e esta sendo perseguido por pessoas conhecidas ou desconhecidas,
tais como máfia, vizinhos, policia, pais, esposa ou marido, chefe ou colegas de trabalho (ou do ambiente estudantil)
O individuo afirma ser um novo messias, um deus, Jesus, um santo poderoso ou, até, um demônio.
O indivíduo percebe-se traído pelo conjugue de forma vil e cruel; afirma que ela(e) tem centenas de amantes, que o (a)
trai com parentes, etc.
O individuo afirma que uma pessoa, geralmente de destaque social ou de grande importância para o paciente, esta
totalmente apaixonada por ele e ira abandonar tudo para que possam se casar.
O individuo vive em um mundo repleto de desgraças, que está condenado à miséria, ele e sua família irão passar fome,
o futuro lhe reserva apenas sofrimentos e fracassos.
O indivíduo crê com convicção extrema que tem uma doença grave, incurável, que esta com o vírus da AIDS, que ira
morrer brevemente em decorrência do câncer, etc.
O individuo afirma, sem base real para isso, ser culpado por tudo de ruim que acontece no mundo e na vida das
pessoas que o cercam.
68. O que é delírio de invenção/ descoberta?
O individuo mesmo completamente leigo na ciência ou na área tecnológica em questão, revela ter descoberto a cura
de uma doença grave, ou ter desenvolvido um aparelho moderno fantástico; enfim, descobertas ou invenções que irão
mudar o mundo.
O indivíduo experimenta profundas alterações corporais. Relata que seu corpo está destruído ou morto, que não tem
mais um ou vários órgãos.
Perda da linguagem falada e escrita. Incapacidade de compreender e utilizar símbolos verbais. Geralmente associada
a lesão neuronal. Distúrbio orgânico da linguagem.
A disartria é a incapacidade de articulação das palavras corretamente, dando a impressão de que a pessoa está
embriagada (fala pastosa).
A dislalia é uma alteração na linguagem que resulta na deformação, omissão ou substituição dos fonemas, sendo esta
aprendida ou reforçada.
Atitudes Globais
• Desconfiada ou suspicaz (suspeito): pelo olhar, pela postura, pelo modo de ouvir e responder, revela desconfiança e
medo;
• Desinibido: contato extremamente fácil, próximo fisicamente, trata como se conhecesse o entrevistador há anos,
fala e pergunta sobre intimidades, sem inibição.
• Indiferente: não parece estar na entrevista;
• Inibida ou contida: não encara o examinador, demonstra estar pouco à contade, se segura para não falar.
• Irônica: faz comentários críticos a toda hora, mas não revela superioridade;
• Lamuriosa (chorosa) ou queixosa: queixa-se o tempo todo de seus problemas, demonstra autopiedade.
• Manipuladora: tenta obrigar o entrevistador a fazer o que ele quer, com chantagens, indiretas, ameaças.
• Perplexa: assustado, parece não entender nada do que está acontecendo na entrevista.
• Dissimuladora: tenta ocultar sintomas ou fatos de vida com algum intuito. Por ex: está alucinando, mas nega para
não ser internado.
• Hostil ou beligerante (que faz ou está em guerra): provoca, irrita, parece querer confronto;
• Reivindicativa: exige, de forma insistente, aquilo que julga ser seus direitos, mesmo se inadequado;
• Simuladora: tenta parecer que tem um sintoma ou problema que realmente não tem.
Anamnese
1) Informações básicas: nome, idade, estado civil, sexo, ocupação, religião, endereço, data de nascimento.
2) Queixa principal: deve ser escrita exatamente como o paciente apresentou, por mais estranha ou bizarra que
pareça, entre aspas.
3) História da doença atual (HDA): fundamental para se estabelecer futuramente um diagnóstico, ou hipótese. Deve
conter uma descrição completa e cronológica das circunstâncias que levaram a busca de ajuda.
4) História psiquiátrica: se houve atendimento anterior listar do mais recente ao mais antigo, se houve hospitalizações
psiquiátricas, tratamento recebido e permanência. Farmacologia, com dosagem, resposta e duração do tratamento.
5) História Clínica: todas as doenças clínicas devem ser listadas junto com a data do diagnóstico. As hospitalizações ou
cirurgias também. Episódios de trauma cerebral, convulsões, doenças neurológicas, tumores, HIV.
6) Medicamentos: todos os fármacos atuais, incluindo doses e duração de uso, mesmo sem prescrição médica ou
fitoterápico.
9) História social: pré-natal, história da infância e adolescência, histórico profissional, história de relacionamentos
conjugais, história da educação, amizades, interesses, uso de álcool ou outra substância, situação atual.
Transtornos da aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem: Termo genérico; Abrange múltiplos problemas que dificultam o processo de
aprendizagem, independente de suas condições neurológicas; Resulta de falhas internas e externas.
Transtornos da aprendizagem: Deve ser um termo utilizado quando as dificuldades estiverem relacionadas às
alterações no SNC.
Caracteristicas
• Inabilidade específica (leitura, escrita ou matemática) em indivíduos que apresentam resultados abaixo do esperado
para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.
O déficit diz respeito ao domínio de habilidades básicas de adição, subtração, multiplicação e divisão.
TDAH
F90: Transtornos hipercinéticos (transtornos de déficit de atenção e hiperatividade)
Comportamento hiperativo;
Desatenção marcante;
Inquietação excessiva;
Podem envolver correr e pular ou levantar do lugar quando é esperado que fiquem sentadas;
Loquacidade;
Algazarra excessiva;
Desatenção:
Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos seis meses
a. Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho
ou durante outras atividades
b. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas (p. ex., dificuldade de
manter o foco durante aulas, conversas ou leituras prolongadas).
c. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente (p. ex., parece estar com a
cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia).
d. Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres
no local de trabalho (p. ex., começa as tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo).
e. Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (p. ex., dificuldade em gerenciar tarefas
seqüenciais; dificuldade em manter materiais e objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado;
mau gerenciamento do tempo; dificuldade em cumprir prazos).
f. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (p.
ex., trabalhos escolares ou lições de casa; para adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios,
preenchimento de formulários, revisão de trabalhos longos).
g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., materiais escolares, lápis, livros,
instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular).
h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos, pode
incluir pensamentos não relacionados).
i. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas (p. ex., realizar tarefas, obrigações; para
adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, pagar contas, manter horários agenda
2. Hiperatividade e impulsividade:
Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos seis meses
Nota: Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são necessários.
Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira;
Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado (p. ex., sai do seu lugar
em sala de aula, no escritório ou em outro local de trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça
em um mesmo lugar).
Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado. (Nota: Em adolescentes ou
adultos, pode se limitar a sensações de inquietude.);
Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.
Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado" (p. ex., não consegue ou se sente
desconfortável em ficar parado por muito tempo, como em restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo
como inquieto ou difícil de acompanhar).
Frequentemente fala demais.
Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída (p. ex., termina frases dos
outros, não consegue aguardar a vez de falar).
Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (p.ex., aguardar em uma fila).
Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas, jogos ou atividades; pode começar a
usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se
em ou assumir o controle sobre o que outros estão fazendo).
B. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de idade.
C. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em dois ou mais ambientes (p.
ex., em casa, na escola, no trabalho; com amigos ou parentes; em outras atividades).
D. Há evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou profissional ou de que
reduzem sua qualidade.
E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não
são mais bem explicados por outro transtorno mental
(p. ex., transtorno do humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno da personalidade,
intoxicação ou abstinência de substância).
Determinar o subtipo
Transtornos de conduta
F91 – CID-10
Padrão repetitivo e persistente de conduta antissocial, agressiva ou desafiadora.
Atos antissociais ou criminosos isolados não são, em si mesmos, base para o diagnóstico.
Permanência de 6 meses ou mais.
Diretrizes diagnósticas
Níveis excessivos de brigas ou intimidação
Crueldade com animais ou outras pessoas
Destruição grave de propriedades
Comportamento incendiário
Roubo
Mentiras repetidas
Cabular aulas ou fugir de casa
Ataques de birra frequentes e graves
Comportamento provocativo desafiador
Desobediência grave e persistente
DSM IV
Necessidade da presença de três ou mais critérios nos últimos 12 meses, com presença de pelo menos um
deles nos últimos 6 meses.
Especificar:
Leve: poucos problemas de conduta, além dos exigidos para o diagnóstico, causando pequenos danos.
Moderado: número de problemas de conduta e efeito sobre os outros são intermediários.
Grave: causam danos consideráveis.
Para indivíduos acima de 18 anos esse diagnóstico somente se aplicará se não forem satisfeitos os critérios
para o T. P. Antissocial.
313.81 - DSM-V
Presença, por pelo menos 6 meses, de quatro ou mais características:
1. Frequentemente perde a calma
2. Frequentemente discute com adultos
3. Frequentemente desacata ou se recusa a obedecer
4. Frequentemente adota comportamento deliberadamente incomodativo
5. Frequentemente responsabiliza os outros por seus erros ou mau comportamento
6. Frequentemente se irrita com facilidade
7. Frequentemente enraivecido e ressentido
8. Frequentemente rancoroso ou vingativo
Gravidade atual
1. Leve: sintomas limitam-se a um ambiente
2. Moderada: alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes.
3. Grave: alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes
Comportamento restritivo, estereotipado e repetitivo F 91.3:
Interação social Comunicação
Transtorno de Asperger
• Difere do autismo no sentido de não haver nenhum atraso global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem.
• A maioria dos indivíduos é de inteligência global normal, mas é comum que seja marcantemente desajeitada.
• Predominantemente em meninos.
• Deficiências qualitativas na interação social recíproca e padrões de comportamento, interesses e atividades restritos,
repetitivos e estereotipados.
• Pode haver ou não problemas relacionados à comunicação.
Síndrome de Rett
• Relatada, somente, em meninas.
• Há um desenvolvimento inicial normal.
• Em seguida, há perda total ou parcial das habilidades manuais adquiridas e da fala, junto com uma
desaceleração do crescimento do crânio, usualmente com início entre 7 a 24 meses.
• Há perda de movimentos intencionais das mãos, que são substituídos por movimentos estereotipados,
como torcer as mãos, morder ou lamber os dedos, pancadinhas e palmadas.
• Convulsões são frequentes.
• Problemas respiratórios.
• A deterioração ocorre muito mais cedo do que no transtorno desintegrativo.
•
Transtorno Desintegrativo Transtorno de Rett
Convulsões
Problemas respiratórios
TRANSTORNOS DO HUMOR
Episódio maníaco
Episódio depressivo
Transtorno depressivo recorrente
TAB
HIPOMANÍACO (F 30.0)
Grau mais leve da mania;
NÃO são acompanhadas por alucinações ou delírios;
Anormalidades do humor e do comportamento são persistentes (vários dias continuamente) e marcantes, mas não
levam a uma perturbação grave do trabalho ou resultam em rejeição social;
Aumento de energia e atividade;
Sentimentos marcantes de bem-estar e de eficiência física e mental;
Sociabilidade aumentada;
Loquacidade;
Familiaridade excessiva;
Aumento da energia sexual;
Diminuição da necessidade de sono;
Diminuição da atenção, mas isto não evita o aparecimento de interesses em aventuras e atividades completamente
novas ou gastos excessivos leves.
DSM-4/DSM-5
TAB, Tipo I: um ou mais episódios maníacos ou mistos, geralmente acompanhados por episódios depressivos
maiores;
TAB, Tipo II: caracteriza-se por um ou mais episódios depressivos maiores, acompanhado por pelo menos um
episódio hipomaníaco (não pode existir episódios maníacos).
DIRETRIZES DIAGNÓSTICA:
Múltiplos tiques motores e, no mínimo, um tique vocal.
Podem ocorrer simultaneamente ou em diferentes momentos.
Ocorrem muitas vezes ao dia, de forma recorrente, ao longe de um período superior a um ano.
Nesse período, jamais houve uma fase sem tiques superior a 3 meses consecutivos.
Início ocorre antes dos 18 anos.
Não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a uma condição médica geral.
Tiques motores: podem ir desde piscar os olhos até agachar-se, refazer os passos, girar o tronco durante a
marcha.
Tiques vocais: incluem estalos, fungadas, tosse até verbalização de obscenidades (menos 10%).
Pode iniciar aos 2 anos.
A duração do transtorno é vitalícia, embora haja casos em que, na vida adulta, há a remissão dos sintomas
e, em outros, pode haver piora. Desconhece-se a causa desta variação.
Etiologia
Distúrbio genético autossômico dominante;
Investigação genética da etiologia da ST: atualmente, não há um marcador genético para a ST.
Gene A da monoamina-oxidase e regiões cromossômicas como a 18q22, 17q25 e 7q31.
Infecção estreptocócicas;
Fisiopatologia
Estudos in vivo através de ressonância nuclear magnética (a ressonância magnética nuclear (RMN) é uma
técnica de diagnóstico que utiliza um campo magnético para produzir imagens das estruturas localizadas
no interior do corpo. Durante uma RMN, o corpo encontra-se envolvido por um campo magnético muito
potente e sujeito a pulsos de ondas) ;
Circuitos córtico-estriato-tálamo-corticais (CETC);
Inibição do CETC;
Anormalidades nos volumes dos gânglios de base no corpo caloso;
Hipometabolismo e hipoperfusão em regiões do córtex frontal e temporal, no cíngulo, estriado e tálamo;
Sistema dopaminérgico = Superativação do circuito CETC;
Os principais sintomas da Tourette são os tiques motores e/ou verbais, que ainda podem ser simples e/ou
complexos. “A forma de manifestação dos sintomas irá variar de indivíduo para indivíduo, e deverá surgir
antes dos 18 anos” (Loureiro et al., 2005).
Os primeiros sintomas, geralmente, são os tiques motores simples (balançar a cabeça, piscar os olhos), que
por muitas vezes podem passar despercebidos. Porém em momentos de cansaço e estresse eles são
intensificados.
Os tiques verbais, geralmente, surgem após os tiques motores. Estes podem ser despercebidos por quem
faz. Os tiques fônicos simples incluem, comumente, coçar a garganta e fungar (Loureiro et al.,2005) Os
tiques fônicos complexos envolvem a emissão da fala, de palavras obscenas, de frases que não possuam
ligação com o momento. Fazem parte desta a ecolalia (repetição de palavras ou frases emitidas por outra
pessoa), palilalia (repetição de palavras) e cropolalia (palavras obscenas).
TRATAMENTO:
Até o presente momento a ciência não encontrou cura para a síndrome de Tourette. O tratamento é feito a
partir da associação das terapias psicossocial e farmacológica, porém é necessária uma avaliação específica
dos tiques quanto a sua localização, frequência, intensidade, complexidade e interferência, presente como
sintomas na vida do paciente.
A terapia realizada aos pais refere-se à nível de esclarecimento, de aceitação, de proporcionar um olhar
com perspectiva para aquele que até o momento representava um filho “perfeito”, os pais são as pessoas
mais próximas do paciente, com a descoberta do diagnóstico eles vivenciam questionamentos como –
“porque com meu filho”-” qual foi minha culpa” é preciso uma acompanhamento psicoterápico para
auxiliar a família enfrentar , entender a doença e o estigma que a acompanha. A psicoterapia vai ajudar
os pais, professores a melhorar maneira de lidar com o paciente evitando atitudes de estigmatização e
superprotetoras, que podem causar na criança falta de limites e consequentemente um prejuízo na
sua educação.
A psicoterapia psicanalítica atuará nesse contexto ouvindo do paciente e ou de sua família as queixas,
angústias, desejos, a fim de proporcionar através da fala a associação de ideias e pensamentos.
A psicoterapia comportamental tem se mostrado muito adequada no tratamento da ST, utiliza-se a técnica
de reversão de hábito onde ensina o paciente a perceber quando os tiques vão ocorrer para então tentar
suprimi-los, modificá-los ou substituí-los por outro, menos incômodo.
O prognóstico da ST refere-se a uma grande melhora no início da idade adulta por volta dos 20 anos onde
corre uma redução dos sintomas. Grandes partes dos pacientes apresentam uma boa adaptação devido às
abordagens psicossocial e educacional visto que é imprescindível o tratamento do paciente juntamente
com a sua família.
O QUE É PERSONALIDADE?
1- Segundo dicionário:
“Define-se a personalidade como tudo aquilo que distingue um indivíduo de outros indivíduos, ou seja, o conjunto
de características psicológicas que determinam a sua individualidade pessoal e social.”
É o conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em sua relação com o
meio, incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, conjugando
tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência.
“ É a organização dinâmica, no indivíduo, dos sistemas psicofísicos que determinam seu comportamento e
pensamento característicos”
Temperamento: é a tendência herdada do indivíduo para reagir ao meio de maneira peculiar. Assim, desde o
nascimento, entre os indivíduos verificam-se diferentes limiares de sensibilidade frente aos estímulos internos ou
externos, diferenças no tom afetivo predominante, variações no ritmo, intensidade e periodicidade dos fenômenos
neurovegetativos (que funciona involuntariamente ou inconscientemente).
Caráter: é o conjunto de formas comportamentais mais elaboradas e determinadas pelas influências ambientais,
sociais e culturais, que o indivíduo usa para adaptar-se ao meio. Ao contrário do temperamento, o caráter é
predominante volitivo ( depende da vontade) e intencional. Entretanto, de modo geral, temperamento e caráter
estão intimamente associados, podendo estar tão imbricados que se torna difícil sua distinção.
Portanto Personalidade é a interação dos aspectos físicos, temperamentais e caracterológicos.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
“Os transtornos da personalidade, embora de modo geral produzam consequências muito penosas para o indivíduo,
familiares e pessoas próximas, não são facilmente modificáveis por meio das experiências da vida; tendem, antes, a
permanecer estáveis ao longo de toda a vida.” DALGALARONDO, 2006
Segundo DSM-V é “um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente
das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo/difuso e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da
idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo”(pg. 593)
1- Geralmente surgem na infância ou adolescência e tendem a permanecer relativamente estáveis ao longo da vida
do indivíduo.
3- O padrão anormal de comportamento e de respostas afetivas e volitivas é permanente, de longa duração e não
limitado ao episódio de doença mental associada (como uma fase maníaca ou depressiva, um surto esquizofrênico,
etc.).
4- O padrão anormal de comportamento inclui muitos aspectos do psiquismo e da vida social do indivíduo, não
sendo restrito a apenas um tipo de reação ou uma área do psiquismo.
5. O padrão comportamental é, mal adaptativo, produz uma série de dificuldades para o indivíduo e/ ou para as
pessoas que com ele convivem.
6. São condições não relacionadas diretamente à lesão cerebral evidente ou a outro transtorno psiquiátrico (embora
haja alterações de personalidade secundárias à lesão cerebral).
7. O transtorno da personalidade leva a algum grau de sofrimento (angústia, solidão, sensação de fracasso pessoal,
dificuldades no relacionamento vividas com amargura, etc.); entretanto, salienta a CID-10, tal sofrimento pode se
tornar aparente para o indivíduo apenas tardiamente em sua vida.
8. Em geral, o transtorno da personalidade contribui para o mau desempenho ocupacional (no trabalho, estudos,
etc.) e social (com familiares, amigos, colegas de trabalho ou estudo). Entretanto, tal desempenho precário não é
condição obrigatória.
COMORBIDADES
DEFINIÇÃO
Epidemiologia
Dependentes de Drogas apresentam 7x mais chance de ter uma doença psiquiátrica associada, quando
comparada a população geral;
Dependência de álcool: 37% apresentam transtorno Comórbido;
Dependência de multiplas drogas: 53% apresentam um trasntono mental;
Na população prisional as principais comorbidades encontradas foram: anti-social, esquizofrenia
e distúrbios bipolares, 8,4 milhões de adultos nos Estados Unidos apresentam um transtorno comorbido com
Dependência.
Principais Transtornos associados:
Ansiedade
Depressão
Transtorno Bipolar
Trasnstornos Psicóticos
Transtorno de Personalidade
AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA
Através da entrevista o profissional poderá obter informações valiosas sobre o “jeito de funcionar” do paciente que
auxiliará nas intervenções e planejamento terapêutico do mesmo.
1. A anamnese, ou seja, o histórico dos sinais e sintomas que o paciente tem apresentado ao longo de sua vida, seus
antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social,
GRUPO A
Características comuns: estranheza, excentricidade e distanciamento afetivo e / ou social.
• Obstinado senso de direitos pessoais e sensação de estar sendo injustiçado em relação a esses direitos, em
desacordo com a situação real;
• Tendência a experimentar autovalorização excessiva, manifesta por meio de atitude persistente de auto-
referência,
2. Capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos, ternos ou raiva para com os outros;
O sistema norte-americano de classificação dos transtornos mentais, DSM-IV, acrescenta outro transtorno
da personalidade a este subgrupo:
8. Comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta) estranhos, os pacientes parecem excêntricos
ou muito peculiares;
10. Ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a familiaridade em relação a tal situação ou
é colorida com ideação paranóide.
GRUPO B
Os sociopatas são pessoas incapazes de uma interação afetiva verdadeira e amorosa. Não têm
consideração ou compaixão pelas outras pessoas, mentem, enganam, trapaceiam, prejudicam os outros,
mesmo a quem nunca lhes fez nada. São popularmente conhecidos como “mau caráter”, “tranqueira”,
“canalha”, etc. Eis aqui como a CID-10 os descreve:
4. Muito baixa tolerância a frustrações e baixo limiar para descarga de agressão, inclusive violência;
6. Propensão marcante para culpar os outros ou para oferecer racionalizações plausíveis para o
comportamento que gerou seu conflito com a sociedade,
3. Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em curtos períodos de uma grande
“paixão” ou “amizade” para “ódio” e “rancor” profundos;
6. Atos repetitivos de autolesão, envolvendo-se em atuações; perigosas (como guiar muito embriaga- do e
velozmente, intoxicar-se com substâncias, etc.),
4. Explosões comportamentais.
4. Busca contínua de atenção e apreciação pelos outros, quer ser o centro das atenções;
6. Erotização de situações não estritamente eróticas (consulta ao dentista, audiência com o juiz, etc.),
Também em relação a CID-10, o sistema norte-americano de classificação dos transtornos mentais, DSM-
IV, acrescenta, nesse subgrupo, mais um transtorno da personalidade:
1. O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) da importância de sua pessoa. Julga ter talentos especiais,
espera ser reconhecido como superior, sem que tenha feito algo concreto para isso;
2. Muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal;
5. Tende a ser “explorador” nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir o seu
fim ou sucesso pessoal;
7. Freqüentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio; acha sempre que os outros têm inveja dele,
8. Freqüentemente arrogante.
GRUPO C
4. Cautela demasiada;
5. Rigidez e teimosia;
6. Insistência incomum para que os outros submetam-se exatamente à sua maneira de fazer as coisas;
1. Subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos outros dos quais é dependente;
2. Solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões importantes em sua vida
pessoal;
3. Sentimento de desamparo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar;
4. Preocupação e/ou medo exagerado de ser abandonado pela(s) pessoa(s) da(s) qual(is) depende;
5. Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem excesso de conselhos e reasseguramento pelos
outros,
6. Relutância em fazer exigências ainda que razoáveis à(s) pessoa(s) da(s) qual(is) depende.
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II
+ Episódio Depressivo
Paranoide (F 20.0):
Delírios tipicamente persecutórios ou grandiosos, ou ambos.
Hebefrênica(F 20.1):
Pensamento desorganizado
Discurso incoerente