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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE

ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

Relatório Final de Estágio

Estágio Supervisionado em Medicamentos

Jackson Pereira Alagoas

Manaus-AM
2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

Jackson Pereira Alagoas

Estágio Supervisionado em Medicamentos

Relatório Final de Estágio


Supervisionado, apresentado para a
disciplina de Estágio Curricular
Obrigatório à Coordenação do Curso
de Farmácia do Centro Universitário
do Norte - UNINORTE.

Supervisora de Estágio: Camila Fabbri.


Preceptor de Estágio: Carlos Rogério S. Rocha.
Coordenador do Curso de Farmácia: Marcio Luis Lombardi Martinez.
Instituição/Local de Estágio: Drogaria Manaus.
Período do Estágio: 17/02/2015 a 30/05/2014.

Manaus-AM
2014
SUMÁRIO

SUMÁRIO ................................................................................................................................................. 5
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 5
3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................... 6
4. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO ......................................................................................................... 7
4.1. Local do Estágio .......................................................................................................................... 7
4.2. Estrutura do estágio ................................................................................................................... 8
5. ATIVIDADES REALIZADAS ................................................................................................................. 10
5.1. Resolução - RDC ANVISA nº 44, de 17 de agosto de 2009. ...................................................... 10
5.2. Portaria n° 344 de 12 de maio de 1998. ................................................................................... 15
5.2.1. Denominação das Listas de substâncias sujeitas a controle especial. ............................. 19
5.2.2. Resumo do Receituário, Prescrição e Balanços de Medicamentos Sujeitos a Controle
Especial. ......................................................................................................................................... 20
5.2.3. Modelos de Notificação de Receita. ................................................................................. 21
5.2.4. Listas da Portaria 344/1998. ............................................................................................. 23
5.3. Resolução - RDC nº 58, de 5 de setembro de 2007.................................................................. 47
5.4. Resolução - RDC nº 25, de 30 de junho de 2010. ..................................................................... 47
5.5. Resolução - RDC Nº 52, de 6 de outubro de 2011.................................................................... 48
5.6. Resolução - RDC n° 20, de 17 de agosto de 2009..................................................................... 48
5.6.1. Lista de Antimicrobianos Registrados na ANVISA (Não se aplica aos antimicrobianos de
uso exclusivo hospitalar) ............................................................................................................... 50
5.7. Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC ................................ 52
5.8. Responsabilidade Técnica ........................................................................................................ 54
5.9. Farmácia Popular ...................................................................................................................... 55
5.9.1. Relação dos medicamentos e correlatos disponibilizados pela rede própria do Programa
Farmácia Popular do Brasil. ........................................................................................................... 57
5.10. Atenção Farmacêutica .............................................................................................................. 59
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 61
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 62
8. ANEXOS ............................................................................................................................................ 64
9. APÊNDICES ....................................................................................................................................... 66
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1. INTRODUÇÃO

Por definição legal, Drogaria é estabelecimento de dispensação e comércio


de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens
originais (BRASIL, 1973).

A assistência farmacêutica é o conjunto de ações e serviços com vistas


a assegurar a assistência terapêutica integral, a promoção e a recuperação da
saúde em estabelecimentos públicos ou privados que desempenham atividades de
projeto, pesquisa, manipulação, produção, conservação, dispensação, distribuição,
garantia e controle de qualidade, vigilância sanitária e epidemiológica de
medicamentos, cabendo ao farmacêutico responsável técnico, responsabilizar-se
pelos princípios de administração e gestão (CFF, 1997).

É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal


beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção é o conjunto das atitudes, dos
comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das
funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do
farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados
terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente (OPAS/OMS,
1993).

Quem afirmou que os farmacêuticos deveriam ser responsáveis pelo controle


do uso dos medicamentos foram Brodie e Benson no ano de 1960, e foi a partir daí
que surgiu o conceito e o modelo de prática farmacêutica, que seria aplicado
especialmente em hospitais, denominado, na época, farmácia clínica. A prática da
Atenção Farmacêutica viria então após a introdução definitiva de que o farmacêutico
seria sim capaz de responder pelas responsabilidades do conceito de saúde
(AGONESI & SEVALHO, 2010).

Segundo a OPAS (OPAS, 2002), a Atenção Farmacêutica refere-se às


atividades específicas do farmacêutico no cuidado do paciente ou usuário do
medicamento: “É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da
Assistência Farmacêutica”. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos,
habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças,
promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a
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interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia


racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a
melhoria da qualidade de vida. “Esta interação também deve envolver as
concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais,
sob a ótica da integralidade das ações de saúde”.

Hoje em dia, no Brasil, o farmacêutico não tem sua atuação muito destacada
no meio comercial e no acompanhamento de utilização de medicamentos, seu
trabalho é pouco reconhecido tanto pela própria equipe de saúde quanto pela
sociedade (OPAS, 2002). Destacando também que aqui no Brasil, a Atenção
Farmacêutica é vista como uma atividade ainda incipiente e alguns fatores dificultam
sua implantação, dentre os quais pode-se destacar a dificuldade de acesso ao
medicamento por parte dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) (PEREIRA
& FREITAS, 2008).

O estágio supervisionado em medicamentos é um ato educativo


curricular consolidado por processos de ensino-aprendizagem que oferecem ao
estudante situações práticas vivenciadas em ambientes reais de atuação
profissional, com foco na aplicação de conhecimentos teóricos na prática em
serviços, com aproximação integral ao mercado de trabalho. A realização do estágio
permite a consolidação de competências, habilidades e valores, mobiliza o saber.
Compreende um momento ímpar no qual o acadêmico aprimora sua formação, e é
atividade fundamental, não só para a formação técnica, mas também para a social e
pessoal (MARINI, 2012).

A formação do farmacêutico deve garantir o desenvolvimento de


estágios curriculares sob supervisão docente. Este estágio deverá ser desenvolvido
de forma articulada e com complexidade crescente ao longo do processo de
formação. A carga horária mínima do estágio curricular supervisionado deverá atingir
20% da carga horária total do Curso de Graduação em Farmácia proposto, com
base no Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação Superior do
Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2003).

O estágio curricular poderá ser realizado na Instituição de Ensino Superior


e/ou fora dela, em instituição/empresa credenciada, com orientação docente e
supervisão local, devendo apresentar programação previamente definida em razão
do processo de formação (BRASIL, 2003).
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2. OBJETIVOS

O objetivo do Estágio Supervisionado em Medicamentos foi inserir o


acadêmico na rotina de um estabelecimento dispensador (comércio varejista de
medicamentos - drogaria) de medicamentos, de forma a desenvolver a compreensão
e a prática de atenção e assistência farmacêutica, compreendendo a aquisição de
medicamentos, monitoramento da movimentação de todos os medicamentos
compreendendo a aquisição, inclusão em sistema de controle, disponibilização na
prateleira, venda; conhecer o Manual de Boas Práticas e os procedimentos padrão
das atividades, inclusive o de descarte de resíduos (medicamentos e outros).

Conhecer os medicamentos em todos os seus aspectos, incluindo os grupos


aos quais pertencem, medicamentos classificados como de referência, similares,
genéricos, fitoterápicos, ervas medicinais e produtos para saúde.

Compreender a aplicação prática das legislações e regulamentos a que estão


sujeitas as atividades de comércio varejista de medicamentos (drogarias), a saber:
Lei Federal nº. 5.991 de 17/09/1973, que dispõe sobre o comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências; Lei
Federal nº. 6.360 de 23/09/1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos,
cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências; Portaria nº. 344
de 12/05/1998 que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial; RDC/ANVISA nº. 44 de 17/08/2009 que
dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Farmacêuticas em
Farmácias e Drogarias e as Instruções Normativas a ela relacionadas (nº9 e nº10);
RDC nº 44 de 26/10/2010 que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de
substâncias classificadas como antimicrobianas, de uso sob prescrição médica,
isoladas ou em associação e dá outras providências; RDC n° 20 de 05/05/2011 que
dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como
antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação; RDC nº. 22 de
22/04/2014 que dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
Controlados - SNGP, revoga a RDC nº. 27 de 30/03/2007 e outros os dispositivos,
incluindo os relacionados ao exercício do profissional farmacêutico em farmácias e
drogarias.
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3. JUSTIFICATIVA

O Estágio Supervisionado em Medicamentos, como parte grade curricular do


Curso de Farmácia do UNINORTE, é fundamental no processo de formação
profissional do acadêmico. É justamente durante o estágio que o acadêmico é
inserido no contexto real do profissional farmacêutico que pretende se tornar,
inclusive, é nessa fase que cada aluno suprime suas dúvidas sobre a área do vasto
campo de atuação deseja seguir. Ou seja, o estágio em medicamentos permite ao
aluno o contato necessário tanto para o aprendizado das atividades que o
profissional farmacêutico desenvolve em uma drogaria, como para nortear a tomada
de decisão do caminho profissional a seguir.

É no estágio supervisionado em medicamentos que o acadêmico iniciará sua


vida na prática da atenção farmacêutica, atividade esta, a base da profissão, onde o
profissional fica frente a frente com o principal beneficiário que é justamente o
paciente, o cliente. E desenvolver essa prática durante a fase de formação tornará o
futuro farmacêutico preparado para iniciar sua carreira profissional e o entendimento
do futuro que o aguarda no mercado de trabalho.

Além da atenção farmacêutica, o estágio supervisionado em medicamentos


iniciará o acadêmico em outra prática fundamental no processo de formação que é a
assistência farmacêutica, atribuição base que faz toda a diferença na vida
profissional e no mercado de trabalho. Todo farmacêutico deve ter o mínimo de
compreensão do funcionamento de uma drogaria ou de uma farmácia, das suas
atribuições nesse contexto e das praticas comerciais e de dispensação dos produtos
sob sua responsabilidade; deve sempre ter em mente que os estabelecimentos
dispensadores de medicamentos, sejam eles públicos ou privados, só podem
funcionar sob sua responsabilidade técnica. Esse entendimento configura mais que
a simples responsabilidade técnica por um estabelecimento, mas a responsabilidade
social de destaque que possui num contexto comunitário.

Sendo assim, o acadêmico de farmácia deve ter a compreensão de que os


medicamentos e os produtos farmacêuticos estão na essência de sua formação,
ainda que opte por atuar em outras áreas.
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4. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO

4.1. Local do Estágio

O estágio supervisionado em medicamentos ocorreu na Droga Manaus (Nilton


Santos de Oliveira ME – 05.524.224/0001-16), localizada na Rua Alexandre Amorim
s/n – Aparecida, CEP 69.010-300 Manaus-AM. A drogaria possui 60m2 (figura 1), e
é propriedade do Sr. Nilton Santos de Oliveira desde a sua fundação em 2003. O
funcionamento ocorre todos os dias de 07h00minh as 22h00minh, sendo que o
serviço de entrega ocorre até as 20h00minh. Todo o horário de funcionamento é
coberto por dois responsáveis técnicos, um pela manhã até as 14h00minh e outro
até as 22h00minh.

A Droga Manaus comercializa produtos para saúde, artigos de higiene


pessoal, cosméticos e alguns alimentos permitidos pela legislação vigente.
Comercializa medicamentos, excetos os controlados constantes das listas da
Portaria SVS/MS nº 344/98.

Figura 1: Lay-out com disposição das principais estruturas.


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4.2. Estrutura do estágio

O estágio ocorreu no período de 17/02 a 30/05/2014, no horário de


17h00minh as 22h00minh diariamente, totalizando 320 horas de carga horária.

O estágio se deu por meio de Cooperação Técnica onde o Farmacêutico


Carlos Rogério S. Rocha (CRF/AM nº 02967) foi o preceptor responsável por
conduzir todo o estágio que, inclusive, ocorreu durante o seu horário de trabalho no
estabelecimento. O referido preceptor conduziu toda a sequência do estágio,
definindo atividades, estudos, pesquisas, controlando frequência e conduzindo as
ações e o comportamento de cada estagiário frente aos clientes.

De maneira geral uma sequência de estágio foi estabelecida de forma a


maximizar o aproveitamento e garantir que pontos importantes sejam observados e
outros não esquecidos, conforme segue.

a) Atenção farmacêutica: contato direto com os clientes através da audição


das dúvidas e as suas respectivas orientações acerca dos medicamentos
envolvidos, atendimento telefônico; prática de balcão para desenvolver a capacidade
de vendas e ter o contato necessário com o cliente.

b) Assistência farmacêutica: organização e conservação dos medicamentos


e do estabelecimento, contemplando suas gôndolas, prateleiras, estoques, produção
de lista de compra, processo de aquisição de medicamentos, avaliação de novos
medicamentos, avaliação dos medicamentos em suas demandas, rótulos,
integridade de produtos, monitoramento dos prazos de validade.

c) Administração, economia farmacêutica: balanço, consolidação das


vendas, metas, tendência de mercado, monitoramento dos medicamentos mais
vendidos; sistema de controle acompanhamento e gestão.

d) Deontologia e legislação farmacêutica: leitura, estudos, conversas e


debates sobre as legislações relacionadas com a atividade de comércio varejista de
medicamentos; legislação relacionada com a responsabilidade técnica,
licenciamento sanitário, autorização de funcionamento junto à ANVISA, sistemas de
controle, acompanhamento e gestão.
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e) Farmacologia: levantamento e estudo das classes de medicamentos,


leitura de bula, observação dos medicamentos vendidos com a doença do (cliente),
riscos, erros de prescrição, estudo dos riscos.

OBSERVAÇÃO: A Drogaria Manaus não comercializa medicamentos controlados


pela Portaria SVS/MS nº 344/98, mas comercializa medicamentos antimicrobianos
dispostos no anexo da RDC nº 20, de 17 de agosto de 2009.
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5. ATIVIDADES REALIZADAS

5.1. Resolução - RDC ANVISA nº 44, de 17 de agosto de 2009.

Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do


funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.

Esta resolução estabelece critérios e condições mínimas para o cumprimento


das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços
farmacêuticos em farmácias e drogarias. Nesse contexto BPF (Boas Práticas
Farmacêuticas) é o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a
manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços
prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional
desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários.

Segundo a RDC as drogarias devem possuir Autorização de Funcionamento


de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA, de forma eletrônica; licença sanitária
local; certidão de regularidade técnica, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia
(CFR) que deverão permanecer exposto em local visível ao público e deve possuir,
ainda, um Manual de Boas Práticas Farmacêuticas.

As farmácias e drogarias devem ter, obrigatoriamente, a assistência de um


farmacêutico durante todo o horário de funcionamento.

A estrutura deve ser compatível com a sua proposta de trabalho, ou seja,


deve possuir ambientes para atividades administrativas, recebimento e
armazenamento dos produtos, dispensação, exposição adequada e área de
circulação de funcionários e clientes compatível. Esses locais devem possuir boas
condições estruturais, de higiene e segurança para os funcionários e usuários. As
instalações elétricas, hidráulicas e iluminação devem ser compatíveis com a
demanda e dimensões dos ambientes, que inclusive, devem estar devidamente
incluídos no programa de sanitização, desratização e desinsetização.

O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos deve ser diverso das


demais áreas, deve ser limpo e dotado de lavatório contendo água corrente; deve
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dispor de estrutura para tolhas de papel, sabonete líquido, gel bactericida e lixeira
com acionamento por pedal.

Os funcionários devem fazer uso de uniforme e identificação funcional. O


uniforme do farmacêutico deve distingui-lo dos demais funcionários para facilitar sua
identificação pelos usuários.

As atribuições do farmacêutico devem estar bem descritas no Manual de


Boas Práticas Farmacêuticas e devem estar em acordo com as definições dos
conselhos regionais e federal de farmácia e observada à legislação sanitária vigente.
Algumas dessas atribuições podem ser delegadas a outro farmacêutico,
observando-se as responsabilidades indelegáveis, conforme legislação específica.
Os demais trabalhadores e auxiliares devem realizar apenas as atividades não
privativas do farmacêutico. Por isso todos devem ter a total compreensão das
atribuições do farmacêutico responsável técnico, que são: prover os recursos
financeiros, humanos e materiais necessários ao funcionamento do estabelecimento;
prover as condições necessárias para o cumprimento das legislações pertinentes;
assegurar as condições necessárias à promoção do uso racional de medicamentos
no estabelecimento; prover as condições necessárias para capacitação e
treinamento de todos os profissionais envolvidos nas atividades do estabelecimento.

Os funcionários devem ser capacitados quanto ao cumprimento das


legislações pertinentes e vigentes, aplicáveis às farmácias e drogarias, bem como
dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) do estabelecimento. Deve haver
treinamento inicial e contínuo quanto ao uso de EPIs, de acordo com o Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS.

Além de medicamentos, o comércio e dispensação de determinados


correlatos poderão ser extensivas às farmácias e drogarias em todo território
nacional, conforme relação, requisitos e condições estabelecidas em legislação
sanitária específica. Somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto à
ANVISA, seja por meio de registro, notificação ou cadastro, conforme exigência
determinada em legislação para cada categoria de produto. Deve-se estabelecer
critérios para garantir a origem e qualidade dos produtos que, inclusive, só poderão
ser adquiridos de distribuidores legalmente autorizados e licenciados pela vigilância
sanitária. Todos os medicamentos e produtos adquiridos para comercialização
devem ser criteriosamente analisados quanto a sua integridade, informações,
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transporte utilizado e prazos de validade, afim de que produtos falsificados,


corrompidos, adulterados, impróprios não sejam adquiridos.

Os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as


especificações do fabricante e sob condições que garantam a manutenção de sua
identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e rastreabilidade. Os locais
de armazenamento devem ter capacidade suficiente para assegurar o adequado
armazenamento e devem estar limpos, protegido da ação direta da luz solar,
umidade e calor e em temperatura adequada às especificações do fabricante. Todas
as condições de armazenamento devem estar descritas em POP específico. Os
medicamentos sujeitos a controle especial devem estar armazenados em local
separado (armário resistente ou sala própria) com chave, sob a guarda do
farmacêutico e acesso restrito.

Os produtos de dispensação e comercialização permitida às farmácias e


drogarias, nos termos da legislação vigente, devem ser organizados em área de
circulação comum ou em área de circulação restrita aos funcionários, conforme o
tipo e categoria do produto. Os medicamentos deverão permanecer em área de
circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida sua exposição direta ao
alcance dos usuários do estabelecimento. A drogaria deve instalar inscrições em
locais de fácil visualização com orientações aos consumidores informando que
“MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A
AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO”. Os medicamentos
sujeitos à prescrição somente podem ser dispensados medicante a apresentação da
respectiva receita e o farmacêutico deverá avaliar a legibilidade, existência de
rasuras e emendas, correta identificação do paciente, identificação do medicamento,
concentração, dosagem, forma farmacêutica, quantidade, modo de usar ou
posologia, duração do tratamento, local, data e assinatura do prescritor. A
dispensação de medicamentos genéricos no que tange à intercambialidade,
fracionamento, medicamentos sujeitos ao controle especial devem ser realizada
observando-se as legislações relacionadas.

Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico


responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a
dispensação de medicamentos por telefone, fax e internet. Esse tipo de venda não
suprime a necessidade de apresentação de receita médica. É proibida a venda de
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medicamentos sujeitos a controle especial por meio remoto. O serviço de venda


remota deve pertencer a estabelecimento físico e não poderá funcionar de forma
desvinculada. É proibida a veiculação de imagens e propaganda de medicamentos
em sites. A entrega dos medicamentos adquiridos pelos canais remotos é de
responsabilidade do estabelecimento, que deve garantir a sua integridade e
segurança até a entrega ao cliente.

A resolução permite às farmácias e drogarias a prestação de alguns serviços


farmacêuticos como a perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos,
aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos e a administração de
medicamentos. Os serviços farmacêuticos deverão estar escritos na licença
sanitária.

A atenção farmacêutica deve ter como objetivos a prevenção, detecção e


resolução de problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional dos
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários. Para a
prática de serviços farmacêuticos devem ser elaborados protocolos relacionados à
atenção farmacêutica, incluídas as referências bibliográficas. O farmacêutico deve
sempre orientar os usuários a buscarem assistência de outros profissionais de
saúde e deve contribuir para a farmacovigilância, notificando a ocorrência ou
suspeita de evento adverso ou queixa técnica às autoridades sanitárias. A aferição
dos parâmetros fisiológicos ou bioquímicos oferecidos na farmácia e drogaria dever
ter como finalidade fornecer subsídios para a atenção farmacêutica e o
monitoramento da terapia medicamentosa, visando à melhoria as sua qualidade de
vida, não possuindo, em nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico. A aferição de
glicemia capilar em farmácias e drogarias realizadas por meio de equipamentos de
autoteste no contexto da atenção farmacêutica não é considerado teste laboratorial
remoto, devendo-se ter os registros das manutenções e calibrações periódicas dos
aparelhos, segundo instruções do fabricante.

É permitida a perfuração do lóbulo auricular e deverá ser feita com aparelho


específico para esse fim e jamais utilizar agulhas de aplicação de injeção para esse
fim. Os brincos e a pistola a serem usadas devem estar regularizados junto à
ANVISA.

Deve ser elaborado o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, específico


para o estabelecimento, ainda que faça parte de uma rede de drogarias. Devem ser
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elaborados Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) conforme previsto no


Manual de Boas Práticas. Esses POP’s devem ser atualizados e contemplar as
ações de manutenção das condições higiênicas; aquisição, recebimento e
armazenamento dos produtos de comercialização permitida; exposição e
organização dos produtos para comercialização; dispensação de medicamentos;
destino dos produtos com prazos de validade vencidos; destinação dos produtos
próximos ao vencimento; prestação de serviços permitidos; utilização de materiais
descartáveis e sua destinação após o uso.

O estabelecimento deve manter registro, no mínimo, referentes ao


treinamento de pessoal; serviços farmacêuticos prestados; divulgação do conteúdo
dos POP’s aos funcionários, de acordo com as atividades por eles realizadas;
execução do programa de combate a insetos e roedores; manutenção e calibração
de aparelhos ou equipamentos, quando exigidos. Toda documentação deve ser
mantida no estabelecimento por no mínimo cinco anos, permanecendo, nesse
período, à disposição do órgão sanitário competente para fiscalização.

É vedado utilizar qualquer dependência da farmácia ou da drogaria como


consultório ou outro fim diverso do licenciamento. É vedada, também, a oferta de
outros serviços que não estejam relacionados com a dispensação de medicamentos,
a atenção farmacêutica e a perfuração do lóbulo auricular, nos termos da RDC. A
promoção e a propaganda de produtos sujeitos às normas da vigilância sanitária
realizadas em farmácias e drogarias devem obedecer às disposições normativas
descritas em legislação específica. O mesmo regulamento deverá ser observado
quanto às regras para programas de fidelização realizados em farmácias e
drogarias, dirigidos ao consumidor, e anúncios de descontos para medicamentos. É
permitido às farmácias e drogarias participar de programa de coleta de
medicamentos a serem descartados pela comunidade, com vistas a preservar a
saúde pública e a qualidade do meio ambiente, considerando os princípios da
biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para
prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente. As farmácias e
drogarias que realizem a manipulação ou a dispensação de produtos sujeitos ao
controle especial devem atender, complementarmente, as disposições de legislação
específica vigente sobre o tema. A dispensação de medicamentos, na forma
fracionada, a partir de suas embalagens originais, além dos requisitos estabelecidos,
15

devem a tender às Boas Práticas para Fracionamento de Medicamentos, conforme


legislação específica. Todas as farmácias e drogarias devem possuir Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, conforme a RDC
306/2004.

5.2. Portaria n° 344 de 12 de maio de 1998.

Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a


controle especial.

Esta Portaria da então Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da


Saúde (SVS/MS) foi um marco na regulação e regulamentação para os
medicamentos e substâncias farmacológicas, e que está em vigor antes mesmo da
criação da ANVISA (1999). Na década de 90 o Brasil passava por grandes
mudanças e avanços comerciais, dentre eles, a instalação e crescimento das
indústrias e laboratórios farmacêuticos, que trouxeram um brusco crescimento e
disponibilização de diversos medicamentos no mercado interno.

Com a Portaria, os estabelecimentos que desejassem extrair, produzir,


fabricar, beneficiar, distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar, importar,
exportar, transformar, embalar, reembalar, para qualquer fim, as substâncias
constantes das listas do seu Anexo I, deveriam obrigatoriamente, obter a
autorização especial que, na época, era concedida pela SVS/MS. Para isso, os
estabelecimentos passaram a requerer a autorização a SVS/MS e esta solicitava ao
órgão de Vigilância Sanitária competente no estado sede da empresa, a devida
inspeção para verificação das condições sanitárias, o que gerava um relatório
técnico com parecer que era encaminhado àquela Secretaria Federal que, com base
nas informações, concedia ou não a Autorização Especial. Atualmente esse trâmite
ainda existe, só que no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS),
coordenado pela ANVISA.

Ficou definido que empresas importadoras deverão solicitar a SVS/MS


fixação de cota para importação das substâncias constantes das listas “A1” e “A2”
(entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (psicotrópicas), “C3” (imunossupressoras) e “D1”
(precursoras) até 30 de novembro de cada ano, para uso no ano seguinte. A cota
autorizada poderá ser importada de uma só vez ou parcelada. Em caráter
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excepcional e com a devida justificativa, a empresa poderá solicitar cota


suplementar.

Para importar e exportar substâncias constantes das listas da Portaria e das


suas atualizações (RDC´s), bem como os medicamentos que a contenham, a
empresa dependerá de anuência prévia da SVS/MS, na Licença de Importação (LI)
ou Registro de Operações de Exportação (ROE). E as substâncias entorpecentes
(A1 e A2) e psicotrópicas (A3, B1 e B2) terão sua importação dependentes de
Autorização de Importação. As substâncias das listas “C1”, “C2”, “C4” e “C5”
independem de autorização de importação.

Toda movimentação de compra e venda deve ser controlada por meio de nota
fiscal e as trocas por meio de transferência de substâncias, de modo que se tenha o
registro e o controle das movimentações.

As empresas que realizam o transporte devem obter a licença sanitária do


órgão local de vigilância sanitária e a licença especial junto a SVS/MS e deverá
obter e manter em arquivo a cópia das autorizações das empresas para as quais
prestam serviços. É totalmente proibido transporte das substâncias constantes das
listas por pessoas físicas em viagens nacionais e internacionais, salvo em casos de
medicamentos de uso pessoal, para o qual é obrigatória a apresentação da
prescrição médica.

A dispensação dos medicamentos à base de substâncias constantes das


listas entorpecentes (Listas A1 e A2), psicotrópicas (A3, B1 e B2), retinóicas para
uso sistêmico (C2) e imunossupressoras (C3) só poderá ocorrer na presença de
Notificação de Receita que acompanha a receita médica. As notificações eram
fornecidas em bloco pela autoridade sanitária responsável, mas atualmente, esta
autoridade emite a sequência numérica conforma as listas ao profissional ou
estabelecimento de saúde devidamente licenciado para que encomende a
fabricação de talonário juntamente a uma empresa gráfica devidamente cadastrada.
As folhas dos talonários devem ser numeradas pela gráfica, conforme numeração
concedida. Os talonários devem ser confeccionados conforme as listas, ou seja,
cada lista terá seu talonário específico com inscrição no dome da lista cujos
medicamentos serão receitados. Cada talonário poderá ter no máximo 50
numerações.
17

Toda vez que um paciente receber a prescrição de talidomida (lista C3), o


paciente deverá receber um termo de esclarecimento e assinar um termo de
responsabilidade, pelo médico que receitou o medicamento. Os estabelecimentos
dispensadores dos medicamentos cujos princípios ativos esteja nas Listas da
Portaria 344/98 deverão analisar a correta prescrição, ou seja, verificar se o
medicamento escrito pertence a lista indicada na notificação de receita apresentada.
Caso haja divergência a receita não poderá ser atendida.

A Portaria traz nos seus anexos os modelos de cada tipo de receita e


notificação de recita para cada Lista que deverão ser seguidos na íntegra.

Em caso de perda ou roubo de talonários de treta a Portaria, o responsável


deverá comparecer a um órgão de polícia e registrar em Boletim de Ocorrência e
informar ao órgão de vigilância sanitária que emitiu a sequência.

Deve-se ter a máxima atenção quanto a disponibilização das receitas e ao


seu preenchimento, evitando a prescrição de quantidades excessivas e proibidas de
medicamentos bem como a prescrição em local inapropriado a substância prescrita.

Todo estabelecimento, entidade ou órgão oficial que produzir, comercializar,


distribuir, beneficiar, preparar, fracionar, dispensar, utilizar, extrair, fabricar,
transformar, embalar, reembalar, vender, comprar, armazenar ou manipular
substância ou medicamento de que trata este Regulamento Técnico e de suas
atualizações, com qualquer finalidade deverá escriturar e manter no estabelecimento
para efeito de fiscalização e controle, livros de escrituração. Atualmente apenas
alguns estabelecimentos utilizam livros. As farmácias, drogarias, distribuidores e
indústrias, utilizam o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados
(SNGPC). Estabelecimentos ambulatoriais ainda continuam a escrituração dos
registros de entrada e saída de medicamentos controlados em livros específicos.

Todas as substâncias constantes das listas e os medicamentos que as


contenham deverão ser armazenados em local com chave ou dispositivo que
ofereça segurança, em local específico para este fim, sob a responsabilidade do
farmacêutico.

Trimestralmente os estabelecimentos de que trata a Portaria 344/98 deverão


apresentar o balanço das movimentações dos estoques das substâncias de que
tratam as Listas do Anexo I e entregar ao órgão de Vigilância Sanitária local até o
18

dia 15 do mês subsequente ao fechamento do trimestre e deverá, também,


apresentar um balanço anual que deverá ser entregue até o dia 31 de janeiro do ano
seguinte. Os balanços trimestrais e o anual deverão estar em acordo com os
registros realizados em livros. As farmácias de unidades hospitalares, clínicas
médicas e veterinárias ficam dispensadas da apresentação do balanço de
Medicamentos Psicoativos e de Outros Sujeitos a Controle Especial (BMPO).

A padronização de bulas e embalagens dos medicamentos que contenham


substâncias constantes das listas da Portaria é de responsabilidade da SVS/MS.
Portanto, é proibida abertura das embalagens e o fracionamento do medicamento
conteúdo. Os rótulos dos medicamentos a base de substâncias das listas “B1” e “B2”
(psicotrópicas) deverão ter faixa horizontal de cor preta abrangendo todos os seus
lados, na altura do terço médio e com largura não inferior a um terço da largura do
maior lado da face maior, contendo os dizeres: “Venda sob prescrição médica”, “O
abuso deste medicamento pode causar dependência”. No caso dos medicamentos
contendo Anfepramona (B2 psicotrópicos-anorexígenos) deverá constar a frase:
“Atenção, este medicamento pode causar hipertensão pulmonar.” Já as embalagens
dos medicamentos a base de outras substâncias sujeitas a controle especial (C1),
retinóides de uso tópico (C2), antirretrovirais (C4), anabolizantes (C5) deverão ter
uma faixa horizontal de cor vermelha abrangendo todos os seus lados na altura do
terço médio e com largura não inferior a um terço da largura do maior lado da face
maior. A faixa vermelha deve possuir a inscrição: “Venda sob prescrição médica” e
só pode ser vendido com a retenção da receita.

A bula dos medicamentos antirretrovirais (C4) devem possuir,


obrigatoriamente e em destaque inscrição que informe que o medicamento só pode
ser vendido sob prescrição médica que o uso incorreto pode causar resistência do
vírus da AIDS e falha no tratamento.

Os medicamentos a base de substância da lista “C2” (retinóicas) para uso


tópico devem possuir em suas embalagens e bulas a expressão: “Venda sob
prescrição médica”, “Atenção, não use este medicamento sem antes consultar o seu
médico, caso esteja grávida. Ele pode causar problemas ao feto.” Medicamentos a
base de misoprostol (lista C1) devem ter nas suas embalagens o desenho de uma
mulher grávida dentro do circulo cortado ao meio e as seguintes expressões
inscritas na tarja vermelha: “Atenção: uso sob prescrição médica” – “Só pode ser
19

utilizado com retenção de receita” – “Atenção: risco para mulheres grávidas” –


“Venda e uso restrito em hospital”.

A Portaria proíbe à distribuição de amostras grátis de medicamentos a base


de substâncias das suas listas, exceto para os das listas C1 e C4, exclusivamente
por profissionais médicos, que assinam o comprovante de distribuição emitido pelo
fabricante. É proibida a distribuição de amostras grátis de medicamentos a base de
misoprostol.

5.2.1. Denominação das Listas de substâncias sujeitas a controle especial.

Lista Denominação
A1 Lista das substâncias entorpecentes
Lista das substâncias entorpecentes de uso permitido somente em concentrações
A2
especiais
A3 Lista das substâncias psicotrópicas
B1 Lista das substâncias psicotrópicas
B2 Lista das substâncias psicotrópicas anorexígenas
C1 Lista das outras substâncias sujeitas a controle especial
C2 Lista das substâncias retinóicas
C3 Lista das substâncias imunossupressoras
C4 Lista das substâncias antirretrovirais
C5 Lista das substâncias anabolizantes
D1 Lista das substâncias precursoras de entorpecentes e/ou psicotrópicos
Lista de insumos químicos utilizados para fabricação e síntese de entorpecentes
D2
e/ou psicotrópicos
Lista de plantas proscritas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou
E
psicotrópicas
Lista F - Lista das substâncias de uso proscrito no Brasil
F1 Substâncias entorpecentes
F2 Substâncias Psicotrópicas
F3 Substâncias Precursoras
F4 Outras substâncias
Tabela 1: Listas das substâncias de controle especial do anexo I da Portaria 344/98.
20

5.2.2. Resumo do Receituário, Prescrição e Balanços de Medicamentos


Sujeitos a Controle Especial.

Figura 2: Resumo das Listas com os tipos de substâncias, receituários e notificações, limites de prescrição,
quantidades por receita e tipo de escrituração.
Legenda: NR=Notificação de Receita; Inj: apresentação injetável; BSPO=Balanço de Substâncias
Psicoativas e outras Sujeitas a Controle Especial; BMPO = Balanço de Medicamentos Psicoativos e
outros Sujeitos a Controle Especial; RMNRA = Relação Mensal de Notificações de Receita A;
RMNRB2 = Relação Mensal de Notificações de Receita B2; MCPM = Mapa do Consolidado das
Prescrições de Medicamentos. (CRF-PR, 2012).
21

5.2.3. Modelos de Notificação de Receita.

Notificação de Receita “A”.

Figura 3: Notificação de Receita da Lista A em cor amarela.

Notificação de Receita “B”.

Figura 4: Notificação de Receita da Lista B em cor azul.

Notificação de Receita “B2”.

Figura 5: Notificação de Receita da Lista B2 em cor azul.


22

Receituário de Controle Especial.

Figura 6: Receituário de Controle Especial.

Notificação de Receita Especial para Retinóides Sistêmicos.

Figura 7: Notificação de Receita Especial par Retinóides Sistêmicos. Detalha da proibição para mulheres
grávidas.
23

5.2.4. Listas da Portaria 344/1998.

Lista A1: Lista das substâncias entorpecentes - Sujeitas a Notificação de


Receita “A”.

1. ACETILMETADOL
2. ALFACETILMETADOL
3. ALFAMEPRODINA
4. ALFAMETADOL
5. ALFAPRODINA
6. ALFENTANILA
7. ALILPRODINA
8. ANILERIDINA
9. BEZITRAMIDA
10. BENZETIDINA
11. BENZILMORFINA
12. BENZOILMORFINA
13. BETACETILMETADOL
14. BETAMEPRODINA
15. BETAMETADOL
16. BETAPRODINA
17. BUPRENORFINA
18. BUTORFANOL
19. CLONITAZENO
20. CODOXIMA
21. CONCENTRADO DE PALHA DE DORMIDEIRA
22. DEXTROMORAMIDA
23. DIAMPROMIDA
24. DIETILTIAMBUTENO
25. DIFENOXILATO
26. DIFENOXINA
27. DIIDROMORFINA
28. DIMEFEPTANOL (METADOL)
29. DIMENOXADOL
30. DIMETILTIAMBUTENO
31. DIOXAFETILA
24

32. DIPIPANONA
33. DROTEBANOL
34. ETILMETILTIAMBUTENO
35. ETONITAZENO
36. ETOXERIDINA
37. FENADOXONA
38. FENAMPROMIDA
39. FENAZOCINA
40. FENOMORFANO
41. FENOPERIDINA
42. FENTANILA
43. FURETIDINA
44. HIDROCODONA
45. HIDROMORFINOL
46. HIDROMORFONA
47. HIDROXIPETIDINA
48. INTERMEDIÁRIO DA METADONA (4-CIANO-2-DIMETILAMINA-4,4-
DIFENILBUTANO)
49. INTERMEDIÁRIO DA MORAMIDA (ÁCIDO 2-METIL-3-MORFOLINA-1,1-
DIFENILPROPANO CARBOXÍLICO)
50. INTERMEDIÁRIO "A" DA PETIDINA (4 CIANO-1-METIL-4-FENILPIPERIDINA)
51. INTERMEDIÁRIO "B" DA PETIDINA (ÉSTER ETÍLICO DO ÁCIDO 4-
FENILPIPERIDINA-4-CARBOXILÍCO)
52. INTERMEDIÁRIO "C" DA PETIDINA (ÁCIDO-1-METIL-4-FENILPIPERIDINA-4-
CARBOXÍLICO)
53. ISOMETADONA
54. LEVOFENACILMORFANO
55. LEVOMETORFANO
56. LEVOMORAMIDA
57. LEVORFANOL
58. METADONA
59. METAZOCINA
60. METILDESORFINA
61. METILDIIDROMORFINA
62. METOPONA
63. MIROFINA
64. MORFERIDINA
25

65. MORFINA
66. MORINAMIDA
67. NICOMORFINA
68. NORACIMETADOL
69. NORLEVORFANOL
70. NORMETADONA
71. NORMORFINA
72. NORPIPANONA
73. N-OXICODEÍNA
74. N-OXIMORFINA
75. ÓPIO
76. ORIPAVINA
77. OXICODONA
78. OXIMORFONA
79. PETIDINA
80. PIMINODINA
81. PIRITRAMIDA
82. PROEPTAZINA
83. PROPERIDINA
84. RACEMETORFANO
85. RACEMORAMIDA
86. RACEMORFANO
87. REMIFENTANILA
88. SUFENTANILA
89. TAPENTADOL
90. TEBACONA
91. TEBAÍNA
92. TILIDINA
93. TRIMEPERIDINA
26

Adendo:

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros (exceto os isômeros dextrometorfano,


(+)3-metoxi-N-metilmorfinan, e o Dextrorfano, (+) 3-hidroxi-N-metilmorfinan), das
substâncias enumeradas acima, sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros (exceto os isômeros dextrometorfano,


(+)3-metoxi-N-metilmorfinan, e o Dextrorfano, (+) 3-hidroxi-N-metilmorfinan), das
substâncias enumeradas acima, sempre que seja possível a sua existência.

Preparações à base de DIFENOXILATO, contendo por unidade posológica,


não mais que 2,5 miligramas de DIFENOXILATO calculado como base, e uma
quantidade de Sulfato de Atropina equivalente a, pelo menos, 1,0% da quantidade
de DIFENOXILATO, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em
2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase:
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM
RETENÇÃO DA RECEITA".

Preparações à base de ÓPIO, contendo até 5 miligramas de morfina anidra


por mililitros, ou seja, até 50 miligramas de ÓPIO, ficam sujeitas a prescrição da
RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e
bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ
PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".

Fica proibida a comercialização e manipulação de todos os medicamentos


que contenham ÓPIO e seus derivados sintéticos e CLORIDRATO DE
DIFENOXILATO e suas associações, nas formas farmacêuticas líquidas ou em
xarope para uso pediátrico (Portaria SVS/MS n.º 106 de 14 de setembro de 1994).

Preparações medicamentosas na forma farmacêutica de comprimidos de


liberação controlada à base de OXICODONA, contendo não mais que 40mg dessa
substância, por unidade posológica, ficam sujeitas a prescrição da RECEITA DE
CONTROLE ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem
apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".
27

Lista A2: Lista das substâncias entorpecentes de uso permitido somente em


concentrações especiais - Sujeitas a Notificação de Receita “A”.

1. ACETILDIIDROCODEINA
2. CODEÍNA
3. DEXTROPROPOXIFENO
4. DIIDROCODEÍNA
5. ETILMORFINA
6. FOLCODINA
7. NALBUFINA
8. NALORFINA
9. NICOCODINA
10. NICODICODINA
11. NORCODEÍNA
12. PROPIRAM
13. TRAMADOL

Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Preparações à base de ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA,


DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, FOLCODINA,NICODICODINA, NORCODEÍNA,
inclusive as misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade de
entorpecentes não exceda 100 miligramas por unidade posológica, e em que a
concentração não ultrapasse a 2,5% nas preparações de formas indivisíveis ficam
sujeitas prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres
de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO
MÉDICA SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA ".

Preparações à base de TRAMADOL, inclusive as misturadas a um ou mais


componentes, em que a quantidade não exceda 100 miligramas de TRAMADOL por
28

unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em


2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase:
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM
RETENÇÃO DA RECEITA ".

Preparações à base de DEXTROPROPOXIFENO, inclusive as misturadas a


um ou mais componentes, em que a quantidade de entorpecente não exceda 100
miligramas por unidade posológica e em que a concentração não ultrapasse 2,5%
nas preparações indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle
Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a
seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO
COM RETENÇÃO DA RECEITA ".

Preparações à base de NALBUFINA, inclusive as misturadas a um ou mais


componentes, em que a quantidade não exceda 10 miligramas de CLORIDRATO
DE NALBUFINA por unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da Receita de
Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem
apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA ".

Preparações à base de PROPIRAM, inclusive as misturadas a um ou mais


componentes, contendo não mais que 100 miligramas de PROPIRAM por unidade
posológica e associados, no mínimo, a igual quantidade de metilcelulose, ficam
sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres
de rotulagem e bula deverão apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB
PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
RECEITA ".
29

Lista A3: Lista das substâncias psicotrópicas - Sujeitas a Notificação de


Receita “A”.

1. ANFETAMINA
2. ATOMOXETINA
3. CATINA
4. CLOBENZOREX
5. CLORFENTERMINA
6. DEXANFETAMINA
7. DRONABINOL
8. FENCICLIDINA
9. FENETILINA
10. FEMETRAZINA
11. LEVANFETAMINA
12. LEVOMETANFETAMINA
13. LISDEXANFETAMINA
14. METILFENIDATO
15. MODAFINILA
16. TANFETAMINA

Adendo:

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Lista B1: Lista das substâncias psicotrópicas - Sujeitas a Notificação de


Receita “B”.

1. ALOBARBITAL
2. ALPRAZOLAM
3. AMINEPTINA
4. AMOBARBITAL
5. APROBARBITAL
30

6. BARBEXACLONA
7. BARBITAL
8. BROMAZEPAM
9. BROTIZOLAM
10. BUTALBITAL
11. BUTABARBITAL
12. CAMAZEPAM
13. CETAZOLAM
14. CICLOBARBITAL
15. CLOBAZAM
16. CLONAZEPAM
17. CLORAZEPAM
18. CLORAZEPATO
19. CLORDIAZEPÓXIDO
20. CLORETO DE ETILA
21. CLOTIAZEPAM
22. CLOXAZOLAM
23. DELORAZEPAM
24. DIAZEPAM
25. ESTAZOLAM
26. ETCLORVINOL
27. ETILANFETAMINA (N-ETILANFETAMINA)
28. ETINAMATO
29. FENOBARBITAL
30. FLUDIAZEPAM
31. FLUNITRAZEPAM
32. FLURAZEPAM
33. GHB - (ÁCIDO GAMA - HIDROXIBUTÍRICO)
34. GLUTETIMIDA
35. HALAZEPAM
36. HALOXAZOLAM
37. LEFETAMINA
38. LOFLAZEPATO DE ETILA
39. LOPRAZOLAM
40. LORAZEPAM
31

41. LORMETAZEPAM
42. MEDAZEPAM
43. MEPROBAMATO
44. MESOCARBO
45. METILFENOBARBITAL (PROMINAL)
46. METIPRILONA
47. MIDAZOLAM
48. NIMETAZEPAM
49. NITRAZEPAM
50. NORCANFANO (FENCANFAMINA)
51. NORDAZEPAM
52. OXAZEPAM
53. OXAZOLAM
54. PEMOLINA
55. PENTAZOCINA
56. PENTOBARBITAL
57. PINAZEPAM
58. PIPRADROL
59. PIROVARELONA
60. PRAZEPAM
61. PROLINTANO
62. PROPILEXEDRINA
63. SECBUTABARBITAL
64. SECOBARBITAL
65. TEMAZEPAM
66. TETRAZEPAM
67. TIAMILAL
68. TIOPENTAL
69. TRIAZOLAM
70. TRIEXIFENIDIL
71. VINILBITAL
72. ZALEPLONA
73. ZOLPIDEM
74. ZOPICLONA
32

Adendo:

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Os medicamentos que contenham FENOBARBITAL, METILFENOBARBITAL


(PROMINAL), BARBITAL e BARBEXACLONA, ficam sujeitos a prescrição da
Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula
devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ
PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".

Em conformidade com a Resolução RDC n.º 104, de 6 de dezembro de 2000:


fica proibido o uso do CLORETO DE ETILA para fins médicos, bem como a sua
utilização sob a forma de aerosol, aromatizador de ambiente ou de qualquer outra
forma que possibilite o seu uso indevido; o controle e a fiscalização da substância
CLORETO DE ETILA, ficam submetidos ao Órgão competente do Ministério da
Justiça, de acordo com a Lei nº 10.357, de 27 de dezembro de 2001, Lei n.º 9.017,
de 30 de março de 1995, Decreton.º 1.646, de 26 de setembro de 1995 e Decreto n.º
2.036, de 14 de outubro de 1996.

Preparações a base de ZOLPIDEM e de ZALEPLONA, em que a quantidade


dos princípios ativos ZOLPIDEM e ZALEPLONA respectivamente, não excedam 10
miligramas por unidade posológica, ficam sujeitas a prescrição da Receita de
Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem
apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".

Preparações a base de ZOPICLONA em que a quantidade do princípio ativo


ZOPICLONA não exceda 7,5 miligramas por unidade posológica, ficam sujeitas a
prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de
rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO
MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA".
33

Lista B2: Lista das substâncias psicotrópicas anorexígenas - Sujeitas a


Notificação de Receita “B2”.

1. AMINOREX
2. ANFEPRAMONA
3. FEMPROPOREX
4. FENDIMETRAZINA
5. FENTERMINA
6. MAZINDOL
7. MEFENOREX
8. SIBUTRAMINA

Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Excetua-se dos controles referentes a esta Lista, o isômero proscrito


metanfetamina que está relacionado na Lista "F2" do regulamento.

Lista C1: Lista das outras substâncias sujeitas a controle especial - Sujeitas a
receita de controle especial em duas vias.

1. ACEPROMAZINA 13. BENFLUOREX


2. ÁCIDO VALPRÓICO 14. BENZOCTAMINA
3. AGOMELATINA 15. BENZOQUINAMIDA
4. AMANTADINA 16. BIPERIDENO
5. AMISSULPRIDA 17. BUPROPIONA
6. AMITRIPTILINA 18. BUSPIRONA
7. AMOXAPINA 19. BUTAPERAZINA
8. ARIPIPRAZOL 20. BUTRIPTILINA
9. ASENAPINA 21. CAPTODIAMO
10. AZACICLONOL 22. CARBAMAZEPINA
11. BECLAMIDA 23. CAROXAZONA
12. BENACTIZINA 24. CELECOXIBE
34

25. CETAMINA 75. GALANTAMINA


26. CICLARBAMATO 76. HALOPERIDOL
27. CICLEXEDRINA 77. HALOTANO
28. CICLOPENTOLATO 78. HIDRATO DE CLORAL
29. CISAPRIDA 79. HIDROCLORBEZETILAMINA
30. CITALOPRAM 80. HIDROXIDIONA
31. CLOMACRANO 81. HOMOFENAZINA
32. CLOMETIAZOL 82. IMICLOPRAZINA
33. CLOMIPRAMINA 83. IMIPRAMINA
34. CLOREXADOL 84. IMIPRAMINÓXIDO
35. CLORPROMAZINA 85. IPROCLOZIDA
36. CLORPROTIXENO 86. ISOCARBOXAZIDA
37. CLOTIAPINA 87. ISOFLURANO
38. CLOZAPINA 88. ISOPROPIL-CROTONIL-URÉIA
39. DAPOXETINA 89. LAMOTRIGINA
40. DESFLURANO 90. LEFLUNOMIDA
41. DESIPRAMINA 91. LEVOMEPROMAZINA
42. DESVENLAFAXINA 92. LISURIDA
43. DEXETIMIDA 93. LITIO
44. DEXMEDETOMIDINA 94. LOPERAMIDA
45. DIBENZEPINA 95. LOXAPINA
46. DIMETRACRINA 96. LUMIRACOXIBE
47. DISOPIRAMIDA 97. MAPROTILINA
48. DISSULFIRAM 98. MECLOFENOXATO
49. DIVALPROATO DE SÓDIO 99. MEFENOXALONA
50. DIXIRAZINA 100. MEFEXAMIDA
51. DONEPEZILA 101. MEMANTINA
52. DOXEPINA 102. MEPAZINA
53. DROPERIDOL 103. MESORIDAZINA
54. DULOXETINA 104. METILNALTREXONA
55. ECTILURÉIA 105. METILPENTINOL
56. EMILCAMATO 106. METISERGIDA
57. ENFLURANO 107. METIXENO
58. ENTACAPONA 108. METOPROMAZINA
59. ESCITALOPRAM 109. METOXIFLURANO
60. ETOMIDATO 110. MIANSERINA
61. ETORICOXIBE 111. MILNACIPRANO
62. ETOSSUXIMIDA 112. MINAPRINA
63. FACETOPERANO 113. MIRTAZAPINA
64. FEMPROBAMATO 114. MISOPROSTOL
65. FENAGLICODOL 115. MOCLOBEMIDA
66. FENELZINA 116. MOPERONA
67. FENIPRAZINA 117. NALOXONA
68. FENITOINA 118. NALTREXONA
69. FLUFENAZINA 119. NEFAZODONA
70. FLUMAZENIL 120. NIALAMIDA
71. FLUOXETINA 121. NOMIFENSINA
72. FLUPENTIXOL 122. NORTRIPTILINA
73. FLUVOXAMINA 123. NOXIPTILINA
74. GABAPENTINA 124. OLANZAPINA
35

125. OPIPRAMOL 158. ROFECOXIBE


126. OXCARBAZEPINA 159. ROPINIROL
127. OXIBUPROCAÍNA 160. SELEGILINA
(BENOXINATO) 161. SERTRALINA
128. OXIFENAMATO 162. SEVOFLURANO
129. OXIPERTINA 163. SULPIRIDA
130. PALIPERIDONA 164. SULTOPRIDA
131. PARECOXIBE 165. TACRINA
132. PAROXETINA 166. TERIFLUNOMIDA
133. PENFLURIDOL 167. TETRABENAZINA
134. PERFENAZINA 168. TETRACAÍNA
135. PERGOLIDA 169. TIAGABINA
136. PERICIAZINA 170. TIANEPTINA
(PROPERICIAZINA) 171. TIAPRIDA
137. PIMOZIDA 172. TIOPROPERAZINA
138. PIPAMPERONA 173. TIORIDAZINA
139. PIPOTIAZINA 174. TIOTIXENO
140. PRAMIPEXOL 175. TOLCAPONA
141. PREGABALINA 176. TOPIRAMATO
142. PRIMIDONA 177. TRANILCIPROMINA
143. PROCLORPERAZINA 178. TRAZODONA
144. PROMAZINA 179. TRICLOFÓS
145. PROPANIDINA 180. TRICLOROETILENO
146. PROPIOMAZINA 181. TRIFLUOPERAZINA
147. PROPOFOL 182. TRIFLUPERIDOL
148. PROTIPENDIL 183. TRIMIPRAMINA
149. PROTRIPTILINA 184. TROGLITAZONA
150. PROXIMETACAINA 185. VALDECOXIBE
151. QUETIAPINA 186. VALPROATO SÓDICO
152. RASAGILINA 187. VENLAFAXINA
153. REBOXETINA 188. VERALIPRIDA
154. RIBAVIRINA 189. VIGABATRINA
155. RIMONABANTO 190. ZIPRAZIDONA
156. RISPERIDONA 191. ZOTEPINA
157. RIVASTIGMINA 192. ZUCLOPENTIXOL

Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Os medicamentos à base da substância LOPERAMIDA ficam sujeitos a


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE RECEITA.
36

Fica proibido a comercialização e manipulação de todos os medicamentos


que contenham LOPERAMIDA ou em associações, nas formas farmacêuticas
líquidas ou em xarope para uso pediátrico (Portaria SVS/MS n.º 106 de 14 de
setembro de 1994).

Só será permitida a compra e uso do medicamento contendo a substância


MISOPROSTOL em estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados junto a
Autoridade Sanitária para este fim;

Os medicamentos à base da substância TETRACAÍNA ficam sujeitos a:


VENDA SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA – quando tratar-se de preparações
farmacêuticas de uso tópico odontológico, não associadas a qualquer outro princípio
ativo; VENDA COM PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM A RETENÇÃO DE RECEITA -
quando tratar-se de preparações farmacêuticas de uso tópico otorrinolaringológico,
especificamente para Colutórios e Soluções utilizadas no tratamento de Otite
Externa e VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA COM RETENÇÃO DE RECEITA -
quando tratar-se de preparações farmacêuticas de uso tópico oftalmológico.

Excetuam-se das disposições legais do Regulamento Técnico as substâncias


TRICLOROETILENO, DISSULFIRAM, LÍTIO (metálico e seus sais) e HIDRATO DE
CLORAL, quando, comprovadamente, forem utilizadas para outros fins, que não as
formulações medicamentosas, e, portanto não estão sujeitos ao controle e
fiscalização previstos nas Portarias SVS/MS n.º 344/98 e 6/99.

Lista C2: Lista das substâncias retinóicas - Sujeitas a Notificação de Receita


Especial.

1. ACITRETINA
2. ADAPALENO
3. BEXAROTENO
4. ISOTRETINOÍNA
5. TRETINOÍNA
Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;
37

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Os medicamentos de uso tópico contendo as substâncias desta lista ficam


sujeitos a VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE RECEITA.

Lista C3: Lista de substâncias imunossupressoras - Sujeitas a Notificação de


Receita Especial.

1. FTALIMIDOGLUTARIMIDA (TALIDOMIDA)

Adendo:

Ficam também sob controle, todos os sais e isômeros das substâncias


enumeradas acima, sempre que seja possível a sua existência.

Lista C4: Lista das substâncias antirretrovirais - Sujeitas a Receituário do


Programa da DST/AIDS ou Sujeitas a receita de Controle Especial em duas vias.

1. ABACAVIR
2. AMPRENAVIR
3. ATAZANAVIR
4. DARUNAVIR
5. DELAVIRDINA
6. DIDANOSINA (ddI)
7. EFAVIRENZ
8. ENFUVIRTIDA
9. ESTAVUDINA (d4T)
10. ETRAVIRINA
11. FOSAMPRENAVIR
12. INDINAVIR
13. LAMIVUDINA (3TC)
14. LOPINAVIR
15. MARAVIROQUE
16. NELFINAVIR
17. NEVIRAPINA
18. RALTEGRAVIR
19. RITONAVIR
20. SAQUINAVIR
21. TENOFOVIR
22. TIPRANAVIR
23. ZALCITABINA (ddc)
38

24. ZIDOVUDINA (AZT)


Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Os medicamentos à base de substâncias anti-retrovirais acima elencadas,


devem ser prescritos em receituário próprio estabelecido pelo Programa de
DST/AIDS do Ministério da Saúde, para dispensação nas farmácias
hospitalares/ambulatoriais do Sistema Público de Saúde.

Os medicamentos à base de substâncias anti-retrovirais acima elencadas,


quando dispensados em farmácias e drogarias, ficam sujeitos a venda sob Receita
de Controle Especial em 2 (duas) vias.

Lista C5: Lista das substâncias anabolizantes - Sujeitas a Receita de Controle


Especial em duas vias.

1. ANDROSTANOLONA
2. BOLASTERONA
3. BOLDENONA
4. CLOROXOMESTERONA
5. CLOSTEBOL
6. DEIDROCLORMETILTESTOSTERONA
7. DROSTANOLONA
8. ESTANOLONA
9. ESTANOZOLOL
10. ETILESTRENOL
11. FLUOXIMESTERONA OU FLUOXIMETILTESTOSTERONA
12. FORMEBOLONA
13. MESTEROLONA
14. METANDIENONA
15. METANDRANONA
16. METANDRIOL
17. METENOLONA
18. METILTESTOSTERONA
19. MIBOLERONA
39

20. NANDROLONA
21. NORETANDROLONA
22. OXANDROLONA
23. OXIMESTERONA
24. OXIMETOLONA
25. PRASTERONA (DEIDROEPIANDROSTERONA - DHEA)
26. SOMATROPINA (HORMÔNIO DO CRESCIMENTO HUMANO)
27. TESTOSTERONA
28. TREMBOLONA

Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência;

Os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas acima,


sempre que seja possível a sua existência.

Os medicamentos de uso tópico contendo as substâncias desta lista ficam


sujeitos a VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE RECEITA.

Lista D1: Lista de Substâncias precursoras de entorpecentes e/ou


psicotrópicas – Sujeitas a Receita Médica sem Retenção.

1. 1-FENIL-2-PROPANONA
2. 3,4 - METILENDIOXIFENIL-2-PROPANONA
3. ACIDO ANTRANÍLICO
4. ÁCIDO FENILACETICO
5. ÁCIDO LISÉRGICO
6. ÁCIDO N-ACETILANTRANÍLICO
7. DIIDROERGOTAMINA
8. DIIDROERGOMETRINA
9. EFEDRINA
10. ERGOMETRINA
11. ERGOTAMINA
12. ETAFEDRINA
13. ISOSAFROL
14. ÓLEO DE SASSAFRÁS
15. ÓLEO DA PIMENTA LONGA
16. PIPERIDINA
17. PIPERONAL
40

18. PSEUDOEFEDRINA
19. SAFROL

Adendo

Ficam também sob controle, todos os sais das substâncias enumeradas


acima, sempre que seja possível a sua existência;

Ficam também sob controle as substâncias: mesilato de diidroergotamina,


tartarato de diidroergotamina, maleato de ergometrina, tartarato de ergometrina e
tartarato de ergotamina.

Excetua-se do controle estabelecido nas Portarias SVS/MS n.º344/98 e 6/99,


as formulações não medicamentosas, que contém as substâncias desta lista quando
se destinarem a outros seguimentos industriais.

Óleo de pimenta longa é obtido da extração das folhas e dos talos finos da
Piper hispidinervum C.DC., planta nativa da Região Norte do Brasil.

Lista D2: Lista de Insumos Químicos Utilizados para a Fabricação e Síntese


de Entorpecentes e/ou Psicotrópicos – Sujeitos a Controle do Ministério da Justiça.

1. ACETONA
2. ÁCIDO CLORÍDRICO
3. ÁCIDO SULFÚRICO
4. ANIDRIDO ACÉTICO
5. CLORETO DE ETILA
6. CLORETO DE METILENO
7. CLOROFÓRMIO
8. ÉTER ETÍLICO
9. METIL ETIL CETONA
10. PERMANGANATO DE POTÁSSIO
11. SULFATO DE SÓDIO
12. TOLUENO

Adendo

Produtos e insumos químicos, sujeitos a controle da Polícia Federal, de


acordo com a Lei nº 10.357 de 27/12/2001, Lei n.º 9.017 de 30/03/1995, Decreto n.º
41

1.646 de 26/09/1995, Decreto n.º 2.036 de 14/10/1996, Resolução n.º 01/95 de


07/11/1995 e Instrução Normativa n.º 06 de 25/09/1997;

O insumo químico ou substância CLOROFÓRMIO está proibido para uso em


medicamentos.

O CLORETO DE ETILA, por meio da Resolução n.º 1, de 5 de fevereiro de


2001, foi incluido na relação de substâncias constatntes do artigo 1º da Resolução
n.º 1-MJ, de 7 de novembro de 1995.

Quando os insumos desta lista, forem utilizados para fins de fabricação de


produtos sujeitos a vigilância sanitária, as empresas devem atender a legislação
sanitária específica.

Lista E: Lista de Plantas Proscritas que podem originar substâncias


entorpecentes e/ou psicotrópicas.

1. CANNABIS SATIVA L..


2. CLAVICEPS PASPALI STEVENS & HALL.
3. DATURA SUAVEOLENS WILLD.
4. ERYTHROXYLUM COCA LAM.
5. LOPHOPHORA WILLIAMSII COULT.
6. PAPAVER SOMNIFERUM L..
7. PRESTONIA AMAZONICA J. F. MACBR.
8. SALVIA DIVINORUM

Adendo

Ficam proibidas a importação, a exportação, o comércio, a manipulação e o


uso das plantas enumeradas acima.

Ficam também sob controle, todas as substâncias obtidas a partir das plantas
elencadas acima, bem como os sais, isômeros, ésteres e éteres destas substâncias.

A planta Lophophora williamsii Coult. é comumente conhecida como cacto


peyote.

Excetua-se do controle estabelecido nas Portarias SVS/MS n.º 344/98 e 6/99,


a importação de semente de dormideira (Papaver Somniferum L.) quando,
comprovadamente, for utilizada com finalidade alimentícia, devendo, portanto,
atender legislação sanitária específica.
42

Lista F: Lista das substâncias de uso proscrito no Brasil

Lista F1: Substâncias entorpecentes

1. 3-METILFENTANILA (N-(3-METIL 1-(FENETIL-4-


PIPERIDIL)PROPIONANILIDA)
2. 3-METILTIOFENTANILA (N-[3-METIL-1-[2-(2-TIENIL)ETIL]-4-
PIPERIDIL]PROPIONANILIDA)
3. ACETIL-ALFA-METILFENTANILA (N-[1-∝-METILFENETIL)-4-
PIPERIDIL]ACETANILIDA)
4. ALFA-METILFENTANILA (N-[1-∝-METILFENETIL)-4-
PIPERIDIL]PROPIONANILIDA)
5. ALFAMETILTIOFENTANIL (N-[1-[1-METIL-2-(2-TIENIl)ETIL]-4-
PIPERIDIL]PROPIONANILIDA)
6. BETA-HIDROXI-3-METILFENTANILA
7. BETA-HIDROXIFENTANILA
8. COCAÍNA
9. DESOMORFINA (DIIDRODEOXIMORFINA)
10. ECGONINA
11. HEROÍNA (DIACETILMORFINA)
12. MPPP (1-METIL-4-FENIL-4-PROPIONATO DE PIPERIDINA (ESTER))
13. PARA-FLUOROFENTANILA (4-FLUORO-N-(1-FENETIL-4-
PIPERIDIL)PROPIONANILIDA)
14. PEPAP (1-FENETIL-4-FENIL-4-ACETATO DE PIPERIDINA (ESTER))
15. TIOFENTANILA (N-[1-[2-TIENIL)ETIL]-4-PIPERIDIL]PROPIONANILIDA)

Adendo

Ficam também sob controle:

Todos os sais e isômeros das substâncias enumeradas acima, sempre que


seja possível a sua existência.

Todos os ésteres e derivados da substância ECGONINA que sejam


transformáveis em ECGONINA E COCAÍNA.

Lista F2 – Substâncias Psicotrópicas

1. (+)-LISÉRGIDA ou LSD; LSD-25; 9,10-DIDEHIDRO-N,N-DIETIL-6-


METILERGOLINA-8BETA -CARBOXAMIDA
2. 2C-B ou 4-BROMO-2,5 - DIMETOXIFENILETILAMINA
43

3. 2C-C ou 4-CLORO-2,5 - DIMETOXIFENILETILAMINA


4. 2C-D ou 4-METIL-2,5 - DIMETOXIFENILETILAMINA
5. 2C-E ou 4 - ETIL- 2,5 - DIMETOXIFENILETILAMINA
6. 2C-F ou 4 - FLUOR - 2,5 - DIMETOXFENILETILAMINA
7. 2C-I ou 4 - IODO - 2,5 - DIMETOXIFENILETILAMINA
8. 2C-T-2 ou 4 - ETIL - TIO - 2,5 - DIMETOXIFENILETILAMINA
9. 2C-T-7 ou 2,5-DIMETOXI-4-PROPILTIOFENILETILAMINA (2C-T-7)
10. 4 - METILAMINOREX ou (±) - CIS - 2 - AMINO - 4 - METIL - 5 - FENIL - 2
- OXAZOLINA
11. 4 - MTA ou 4-METILTIOANFETA MINA
12. 5-IAI ou 2,3-DIHIDRO-5-IODO-1H-INDENO-2-AMINA
13. 25B-NBOMe ou 2-(4-BROMO-2,5-DIMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFE-
NIL)METIL]ETANOAMINA
14. 25C-NBOMe ou 2-(4-CLORO-2,5-DMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFE-
NIL)METIL]ETANOAMINA
15. 25D-NBOMe ou 2 - (4-METIL-2,5 - DIMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFE-
NIL)METIL]ETANOAMINA
16. 25E-NBOMe ou 2-(4-ETIL-2,5-DIMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFE-
NIL)METIL]ETANOAMINA
17. 25H-NBOMe ou 2 - (2,5-DIMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFENIL)ME-
TIL]ETANOAMINA
18. 18 25I-NBOMe ou 2 - (4-IODO-2,5-DIMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFE-
NIL)METIL]ETANOAMINA
19. 25N-NBOMe ou 2 - (4-NITRO-2,5-DIMETOXI-FENIL)-N-[(2-METOXIFE-
NIL)METIL]ETANOAMINA
20. 25P - NBOMe ou 2 - (4 – PROPIL - 2,5 – DIMETOXI - FENIL) - N - [(2-
METOXIFENIL)
21. METILETANOAMINA
22. 25T2-NBOMe ou 2 - (4 - TIOETIL - 2,5 - DIMETOXI - FENIL) - N - [(2-
METOXIFENIL)
23. METILETANOAMINA
24. 25T4-NBOMe ou 2-[4-(1-METIL-TIOETIL)-2,5-DIMETOXI-FENIL ]-N-[ (2-
METO XIFENIL)METIL ]ETANOAMINA
25. 25T7-NBOMe ou 2 - ( 4 - TIOPROPIL - 2,5 - DIMETOXI - FENIL) - N - [(2-
METOXIFENIL)
26. METILETANOAMINA
27. BENZOFETAMINA ou N-BENZIL-N,ALFA –DIMETILFENETILAMINA
28. BBROLANFETAMINA ou DOB; (±)-4-BROMO-2,5-DIMETOXI- ALFA –
METILFENETILAMINA
44

29. BZP ou 1-BENZILPIPERAZINA


30. CATINONA 0u (-)-(S)-2-AMINOPROPIOFENONA
31. DET ou 3-[2-(DIETILAMINO)ETIL]INDOL
32. DMA ou (±)-2,5-DIMETOXI- ALFA -METILFENETILAMINA
33. DMAA ou 4-METILHEXAN-2-AMINA
34. DMHP ou 3 - (1,2 - DIMETILHEPTIL) - 7,8,9,10 – TETRAHIDRO - 6,6,9 -
TRIMETIL-6H-DIBENZO[B,D]PIRANO-1-OL
35. DMT ou 3-[2-(DIMETILAMINO)ETIL] INDOL ; N,N-DIMETILTRIP-TAMINA
36. DOC ou 4-CLORO-2,5-DIMETOXIANFETA MINA
37. DOET ou (±)-4-ETIL-2,5-DIMETOXI- ALFA -METILFENETILAMINA
38. DOI ou 4-IODO-2,5-DIMETOXIANFETA MINA
39. ERGINA ou LSA (AMIDA DO ÁCIDO D-LISÉRGICO)
40. ETICICLIDINA ou PCE ; N-ETIL-1-FENILCICLOHEXILAMINA
41. ETRIPTAMINA ou 3-(2-AMINOBUTIL)INDOL
42. JWH 018 ou 1-NAFTALENIL-(1-PENTIL-1H-INDOL-3-IL)-ME TANONA
43. mCPP ou 1-(3-CLOROFENIL)PIPERAZINA
44. MDE ou N-ETIL MDA; (±)-N-ETIL-ALFA-METIL-3,4-(METILENEDIOXI)
FENETILAMINA
45. MDMA ou (±)-N,ALFA -DIMETIL-3,4-(METILENODIOXI)FENETILAMINA;
46. 3,4 METILENODIOXIMETANFETAMINA
47. MECLOQUALONA ou 3 - (O - CLOROFENIL) - 2 - METIL - 4(3H) -
QUINAZOLINONA
48. MEFEDRONA ou 2 - METILAMINO-1-(4-METILFENIL)-PROPAN-1-ONA
49. MESCALINA ou 3,4,5-TRIMETOXIFENETILAMINA
50. METANFETAMINA
51. METQUALONA ou 2-METIL-3-O-TOLIL-4(3 H)-QUINAZOLINONA
52. METCATINONA ou 2 -(METILAMINO)-1-FENILPROPAN-1-ONA
53. 49 METILONA ou 1-(1,3-BENZODIOXOL-5-IL)-2-(METILAMINO)-1-
PROPANONA
54. MMDA ou 5-METOXI–ALFA–METIL-3,4-(METILENODIOXI)
FENETILAMINA
55. MXE ou METOXETAMINA; 2-(ETILAMINO)-2-(3-METOXIFENIL)-
CICLOHEXANONA
56. PARAHEXILA ou 3-HEXIL-7,8,9,10-TETRAHIDRO-6,6,9-TRIMETIL-6H-
DIBENZO[B,D]PIRANO-1-OL
57. PMA ou P-METOXI- ALFA -METILFENETILAMINA
58. PSILOCIBINA ou FOSFATO DIIDROGENADO DE 3-[2-
(DIMETILAMINOETIL)]INDOL-4-ILO
45

59. PSILOCINA ou PSILOTSINA ; 3-[2-(DIMETILAMINO)ETIL]INDOL-4-OL


60. ROLICICLIDINA ou PHP; PCPY ; 1-(1-FENILCICLOHEXIL)PIRROLIDINA
61. SALVINORINA A ou METIL (2S,4AR,6AR,7R,9S,10AS,10BR)-9-
ACETOXI-2-(3-FURIL)-6A,10B-DIMETIL-4,10-
62. DIOXODODECAHIDRO-2HBENZO[F]ISOCROMENO-7-CARBOXILATO
63. STP ou DOM ; 2,5-DIMETOXI-ALFA ,4-DIMETILFENETILAMINA
64. TENAMFETAMINA ou MDA; ALFA-METIL-3,4-
(METILENODIOXI)FENETILAMINA
65. TENOCICLIDINA ou TCP ; 1-[1-(2-TIENIL)CICLOHEXIL]PIPERIDINA
66. TETRAHIDROCANNABINOL ou THC
67. TMA ou (±)-3,4,5-TRIMETOXI- ALFA -METILFENETILAMINA
68. TFMPP ou 1-(3-TRIFLUORMETILFENIL)PIPERAZINA
69. ZIPEPROL ou ALFA-(ALFA-METOXIBENZIL)-4-(BETA-METOXIFENETIL)
-1-PIPERAZINAETANOL

Adendo

Ficam também sob controle:

Os sais e isômeros das substâncias enumeradas acima, sempre que seja


possível a sua existência.

Os seguintes isômeros e suas variantes estereoquímicas da substância


TETRAHIDROCANNABINOL:

7,8,9,10-tetrahidro-6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]pirano-1-ol(9R,10aR)-
8,9,10,10a-tetrahidro-6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]pirano-1-
ol(6aR,9R,10aR)-6a,9,10,10a-tetrahidro-6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]pirano-
1-ol(6aR,10aR)-6a,7,10,10a-tetrahidro-6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]pirano-
1-ol6a,7,8,9-tetrahidro-6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]pirano-1-ol(6aR,10aR)-
6a,7,8,9,10,10a-hexahidro-6,6-dimetil-9-metileno-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]pirano-1-ol
Excetua-se dos controles referentes a esta Lista, o isômero fentermina que
está relacionado na Lista "B2".
46

LISTA F3: Substância Precursoras

1. FENILPROPANOLAMINA

ADENDO:

1) ficam também sob controle todos os sais e isômeros das substâncias


enumeradas acima, sempre que seja possível a sua existência.

Lista F4: Outras Substâncias

1. ESTRICNINA
2. ETRETINATO
3. DEXFENFLURAMINA
4. FENFLURAMINA
5. LINDANO
6. TERFENADINA

Adendo

Ficam também sob controle todos os sais e isômeros das substâncias


enumeradas acima, sempre que seja possível a sua existência.

Fica autorizado o uso de LINDANO como padrão analítico para fins


laboratoriais ou monitoramento de resíduos ambientais, conforme legislação
específica.
47

5.3. Resolução - RDC nº 58, de 5 de setembro de 2007.

Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias


psicotrópicas anorexígenas e dá outras providências.

A resolução determina que a prescrição, o aviamento e a dispensação de


medicamentos ou fórmulas que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas
ficam sujeitas à Notificação de Receita “B2”. Essa Notificação deve ser concedida
conforme a Portaria 344/98, inclusive as demais regras existentes para a Lista, e
será válida somente no território onde está localizada a Unidade Federativa que
concedeu a numeração e com validade de trinta dias.

Fica vedada a prescrição, a dispensação e o aviamento de medicamentos ou


fórmulas medicamentosas que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas
com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade acima das Doses Diárias
Recomendadas (DDR),conforme a seguir especificado: Femproporex (50,0mg/dia);
Fentermina (60,0mg/dia); Anfepramona (120,0mg/dia); Mazindol (3,0mg/dia).

Fica vedada a prescrição, a dispensação e o aviamento de fórmulas de dois


ou mais medicamentos, seja em preparações separadas ou em uma mesma
preparação, com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade, que contenham
substâncias psicotrópicas associadas entre si ou com substâncias ansiolíticas,
antidepressivas, diuréticas, hormônio ou extratos hormonais e laxantes;
simpatolíticas ou parassimpatolíticas. A não observância desses preceitos configura
infração aos termos éticos e sanitários.

5.4. Resolução - RDC nº 25, de 30 de junho de 2010.

Altera a RDC Nº 58, de 5 de setembro de 2007, que dispõe sobre o


aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas
anorexígenas e dá outras providências.

Os parágrafos 1º e 2º passam a vigorar no Art. 2.

§ 1º A Notificação de Receita B2 contendo medicamento à base da


substância sibutramina deve ser utilizada para tratamento igual ou inferior a 60
(sessenta) dias.
48

§ 2º Fica vedada a prescrição, a dispensação e o aviamento de


medicamentos ou fórmulas medicamentosas que contenham substâncias
psicotrópicas anorexígenas com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade
acima das Doses Diárias Recomendadas (DDR), conforme a seguir especificado:

I - Femproporex: 50,0 mg/dia;

II - Fentermina: 60,0 mg/ dia;

III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;

IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e

V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)

5.5. Resolução - RDC Nº 52, de 6 de outubro de 2011.

Dispõe sobre a proibição do uso das substâncias anfepramona, femproporex


e mazindol, seus sais e isômeros, bem como intermediários e medidas de controle
da prescrição e dispensação de medicamentos que contenham a substância
sibutramina, seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras
providências.

5.6. Resolução - RDC n° 20, de 17 de agosto de 2009.

Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias


classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em
associação. Esta Resolução revogou a RDC nº 44/2010 (antimicrobianos).

A resolução estabelece os critérios para a prescrição, dispensação, controle,


embalagem e rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, conforme
seu anexo I. As normas abrangem também se aplica a sais, éteres, ésteres e
isômeros das substâncias antimicrobianas.

As farmácias e drogarias privadas, assim como as unidades públicas de


dispensação municipais, estaduais e federais que disponibilizam medicamentos
mediante ressarcimento, a exemplo das unidades do Programa Farmácia Popular do
Brasil, devem dispensar os medicamentos contendo as substâncias antimicrobianas,
49

isoladas ou em associação, mediante retenção de receita e escrituração nos termos


da RDC.

As unidades de dispensação municipais, estaduais e federais, bem como as


farmácias de unidades hospitalares ou de quaisquer outras unidades equivalentes
de assistência médica, públicas ou privadas, que não comercializam medicamentos
devem manter os procedimentos de controle específico de prescrição e dispensação
já existentes para os medicamentos que contenham substâncias antimicrobianas,
observando que as prescrições deverão ser feitas por profissional legalmente
habilitado.

A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em


receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não havendo,
portanto modelo de receita específico. A receita deve ser prescrita de forma legível,
sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo a identificação do paciente (nome
completo, idade e sexo); nome do medicamento ou da substância prescrita sob a
forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma
farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos); identificação do
emitente (nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da
instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica - carimbo); e
data da emissão.

A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10


(dez) dias a contar da data de sua emissão, podendo contar vários medicamentos
antimicrobianos. Pode conter, ainda, a prescrição de outras categorias de
medicamentos desde que não sujeitas a controle especial. Em caso de tratamentos
prolongados a receita poderá ser utilizada para aquisições posteriores, desde que
contenha a indicação de uso contínuo, com a especificação da quantidade para
cada trinta dias, dentro de um período de noventa dias.

A dispensação em farmácias e drogarias ocorrerá mediante apresentação de


receita, em duas vias, sendo que a primeira é do paciente e a segunda a de
retenção, sendo proibida a aviação da receita fora do prazo de validade. Estas
receitas deverão ser legíveis e compreensíveis e só poderão ser dispensadas pelo
Farmacêutico. No ato da dispensação devem ser registrados nas duas vias da
receita a data da dispensação, quantidade aviada, número do lote do medicamento
e a rubrica do farmacêutico.
50

As bulas e rótulos dos medicamentos contendo substâncias antimicrobianas


devem conter, em caixa alta, a frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ
PODE SER VENDIDO COM A RETENÇÃO DA RECEITA”.

Figura 8 Prescrição médica de um antimicrobiano.

5.6.1. Lista de Antimicrobianos Registrados na ANVISA (Não se aplica aos


antimicrobianos de uso exclusivo hospitalar)

1. Ácido clavulânico 20. Cefazolina


2. Ácido fusídico 21. Cefepima
3. Ácido nalidíxico 22. Cefodizima
4. Ácido oxolínico 23. Cefoperazona
5. Ácido pipemídico 24. Cefotaxima
6. Amicacina 25. Cefoxitina
7. Amoxicilina 26. Cefpodoxima
8. Ampicilina 27. Cefpiroma
9. Axetilcefuroxima 28. Cefprozil
10. Azitromicina 29. Ceftadizima
11. Aztreonam 30. Ceftriaxona
12. Bacitracina 31. Cefuroxima
13. Brodimoprima 32. Ciprofloxacina
14. Capreomicina 33. Claritromicina
15. Carbenicilina 34. Clindamicina
16. Cefaclor 35. Clofazimina
17. Cefadroxil 36. Cloranfenicol
18. Cefalexina 37. Cloxacilina
19. Cefalotina 38. Daptomicina
51

39. Dapsona 80. Oxacilina


40. Dicloxacilina 81. Oxitetraciclina
41. Difenilsulfona 82. Pefloxacina
42. Diidroestreptomicina 83. Penicilina G
43. Diritromicina 84. Penicilina V
44. Doripenem 85. Piperacilina
45. Doxiciclina 86. Pirazinamida
46. Eritromicina 87. Polimixina B
47. Ertapenem 88. Pristinamicina
48. Espectinomicina 89. Protionamida
49. Espiramicina 90. Retapamulina
50. Estreptomicina 91. Rifamicina
51. Etambutol 92. Rifampicina
52. Etionamida 93. Rifapentina
53. Fosfomicina 94. Rosoxacina
54. Ftalilsulfatiazol 95. Roxitromicina
55. Gatifloxacina 96. Sulbactam
56. Gemifloxacino 97. Sulfadiazina
57. Gentamicina 98. Sulfadoxina
58. Imipenem 99. Sulfaguanidina
59. Isoniazida 100. Sulfamerazina
60. Levofloxacina 101. Sulfanilamida
61. Linezolida 102. Sulfametizol
62. Limeciclina 103. Sulfametoxazol
63. Lincomicina 104. Sulfametoxipiridazina
64. Lomefloxacina 105. Sulfametoxipirimidina
65. Loracarbef 106. Sulfatiazol
66. Mandelamina 107. Sultamicilina
67. Meropenem 108. Tazobactam
68. Metampicilina 109. Teicoplanina
69. Metronidazol 110. Telitromicina
70. Minociclina 111. Tetraciclina
71. Miocamicina 112. Tianfenicol
72. Moxifloxacino 113. Ticarcilina
73. Mupirocina 114. Tigeciclina
74. Neomicina 115. Tirotricina
75. Netilmicina 116. Tobramicina
76. Nitrofurantoína 117. Trimetoprima
77. Nitroxolina 118. Trovafloxacina
78. Norfloxacina 119. Vancomicin
79. Ofloxacina
52

5.7. Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC

As ações de controle e fiscalização do uso lícito de substâncias que compõem


medicamentos sujeitos ao controle especial, inclusive as entorpecentes,
psicotrópicas e precursoras, historicamente foram atribuídas com exclusividade ao
Ministério da Saúde. Hoje estas atividades são desenvolvidas pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, órgão vinculado ao Ministério, e tem como objetivo,
sobretudo, coibir o uso abusivo e indevido, proteger e promover a saúde e o bem-
estar da população brasileira.

Ao longo dos anos, o consumo de medicamentos, de forma geral, e em


particular os psicotrópicos, se tornou um problema de saúde pública no Brasil. E
para diminuir o consumo abusivo e indiscriminado dessas substâncias, medidas de
controle e fiscalização vem sendo adotadas pelos órgãos sanitários. A Portaria
SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998, continua sendo o instrumento legal
sanitário que define as diretrizes de uso das substâncias e medicamentos sujeitos
ao controle especial no País. De acordo com o relatório anual de 2005 Da Junta
Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) o Brasil é maior consumidor
mundial per capita de anfetaminas com finalidade emagrecedora: 9,1 doses
diárias/1000 habitantes (2002 e 2004).

O modelo de controle de substâncias sujeitas a controle especial era baseado


apenas em portaria e regulamentos técnicos, sem a implementação de uma
estrutura técnico-operacional capaz de acompanhar os avanços tecnológicos,
dificultava o cumprimento de metas e acordos internacionais de monitoramento e
controle de consumo desses produtos. Foi necessário, portanto, fazer frente ao uso
abusivo e indiscriminado dos medicamentos entorpecentes, psicotrópicos e seus
precursores, fortalecimento da ação fiscalizatória dos órgãos competentes.

Para fazer frente a esta crescente demanda por informação confiável e


consistente que permitisse ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS
(órgãos sanitários das esferas federal, estadual e municipal) realizar suas ações
fundamentadas no gerenciamento do risco da utilização indevida dos medicamentos
controlados, a Anvisa iniciou o desenvolvimento do “Sistema Nacional para
Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC”. Em sua fase inicial o
sistema possibilitaria um controle efetivo da movimentação da dispensação
53

(entradas e saídas) dos medicamentos sujeitos ao controle especial conforme o


regime da Portaria nº SVS/MS 344/98 e Portaria SVS/MS nº 6/99 e suas
atualizações, nas drogarias e farmácias comerciais do país.

O SNGPC para farmácias e drogarias foi a primeira etapa de um projeto maior


integrante da Política da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que, mais tarde,
englobaria toda a cadeia de produção (indústrias e distribuidoras), bem como
promoveria o uso racional dos medicamentos que podem causar dependência física
e/ou psíquica. A primeira versão do SNGPC se deu com a publicação da RDC n° 27,
de 30 de março de 2007. Essa resolução estabeleceu a implantação do módulo para
drogarias e farmácias. O padrão para transmissão de dados para farmácias e
drogarias foi aprovado pela Instrução Normativa n° 7 de 24 de abril de 2007.

Sendo assim o SNGPC é um conjunto de instrumentos informatizados


utilizados para realizar o monitoramento da movimentação de medicamentos e
substâncias sujeitos a controle especial. O SNGPC não é um sistema fornecido pela
ANVISA, mas um ambiente de recebimentos de dados no formato “*.xml”. Então, os
estabelecimentos desenvolveriam seus próprios sistemas de computador que fosse
capaz de realizar o controle de toda a movimentação dos produtos controlados pela
legislação vigente e gerar um arquivo com a extensão XML para posterior envio.
Somente farmácias e drogarias detentoras de Autorização de Funcionamento (AFE)
junto a ANVISA podem proceder ao envio dos arquivos ao SNGPC. O Sistema a ser
utilizado pelas farmácias e drogarias pode ser desenvolvido por qualquer profissional
de informática ou empresa que deverá verificar as regras de transmissão e realizar
os testes necessários.

O SNGPC tem como principais objetivos:

Monitorar a dispensação de medicamentos e substâncias entorpecentes e


psicotrópicas e seus precursores;

Aperfeiçoar o processo de escrituração;

Permitir o monitoramento de hábitos de prescrição e consumo de substâncias


controladas em determinada região para propor políticas de controle;

Captar dados que permitam a geração de informação atualizada e fidedigna


para o SNVS para a tomada de decisão;
54

Dinamizar as ações da vigilância sanitária.

Nesse aspecto, o desenho informático do SNGPC adotado nesta versão


privilegia a adoção de padrões na transmissão de dados proporcionando meios de
realizar a escrituração das movimentações de forma totalmente digital e buscando a
integração com os sistemas de gerenciamento já existentes nas farmácias.

Para garantir esta característica, foi estabelecido um padrão de transmissão


de dados, com o qual os sistemas das farmácias e drogarias deverão ser
compatíveis para permitir a transmissão eletrônica à ANVISA, cujo detalhamento
consta em outra seção nesse site.

As regras de escrituração dos medicamentos sujeitos a controle especial da


Portaria SVS/MS nº 344/98 no SNGPC estão, atualmente, dispostas na Resolução -
RDC nº 22 de 29 de abril de 2014 que, além de revogar a RDC n° 27/2007, passou a
contemplar o disposto na RDC 20/2011, ou seja, passou a incluir os medicamentos
antimicrobianos na obrigatoriedade de escrituração em farmácias e drogarias.

5.8. Responsabilidade Técnica

Farmacêutico Diretor Técnico ou Farmacêutico Responsável Técnico é o


Farmacêutico titular que assume a direção técnica ou responsabilidade técnica da
empresa ou estabelecimento perante o respectivo Conselho Regional de Farmácia
(CRF) e os órgãos de vigilância sanitária, nos termos da legislação vigente, ficando
sob sua responsabilidade a realização, supervisão e coordenação de todos os
serviços técnico-científicos da empresa ou estabelecimento, respeitado ainda, o
preconizado pela legislação laboral ou acordo trabalhista (CFF, 2013).

A farmácia e a drogaria devem ter, obrigatoriamente, a assistência de técnico


responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, e sua presença é
obrigatória durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, podendo
este, manter outro profissional substituto, em casos de ausência ou impedimento. A
responsabilidade técnica deve ser comprovada por meio de contrato de trabalho
profissional ou por declaração de firma, caso o responsável seja sócio ou
proprietário (BRASIL, 1973).
55

Na prática, o estabelecimento e o farmacêutico responsável técnico celebram


um contrato convencional de trabalho, na forma da lei trabalhista vigente e
observando a legislação do conselho de classe profissional, e solicitam o
reconhecimento desse contrato ao Conselho Regional de Farmácia, através de
formulário de “Solicitação de Responsabilidade Técnica”, (ANEXO) informando a
categoria da responsabilidade a ser averbada, se diretor técnico, assistente técnico
ou substituto. Após o reconhecimento cartorial do CRF-AM o farmacêutico requererá
à Vigilância Sanitária de Manaus (DVISA) a averbação desse contrato, para que o
órgão sanitário tenha conhecimento legal do exercício de atividade técnica pelo
profissional farmacêutico no estabelecimento.

5.9. Farmácia Popular

O Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil


para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os
cidadãos. O Programa possui uma rede própria de Farmácias Populares e a parceria
com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de "Aqui tem Farmácia
Popular".

O Programa Farmácia Popular do Brasil é uma iniciativa do Governo Federal


que tem objetivo de ampliar o acesso de toda população aos medicamentos
cumprindo uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência
Farmacêutica. Foi implantado por meio da Lei nº 10.858, de 13 de abril de 2004, que
autoriza a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar medicamentos
mediante ressarcimento, e pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004, que
regulamenta a Lei 10.858 e institui o Programa Farmácia Popular do Brasil.

As unidades próprias contam com um elenco de 112 medicamentos, mais os


preservativos masculinos, os quais são dispensados pelo seu valor de custo
representando uma redução de até 90% do valor de mercado. A condição para a
aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades, neste caso, é a
apresentação do CPF juntamente com uma receita médica ou odontológica.

Em 09 de março de 2006, por meio da Portaria n° 491, o Ministério da Saúde


expandiu o Programa Farmácia Popular do Brasil, chamado “Aqui Tem Farmácia
Popular”, mediante o credenciamento da rede privada de farmácias e drogarias com
56

o objetivo de levar o benefício da aquisição de medicamentos essenciais a baixo


custo a mais lugares e mais pessoas, aproveitando a dinâmica da cadeia
farmacêutica (produção - distribuição - varejo), por meio de parceria do Governo
Federal com o setor privado varejista farmacêutico.

No Brasil, a hipertensão arterial é diagnosticada em cerca de 33 milhões de


brasileiros. Destes, 80% (ou aproximadamente 22,6 milhões de hipertensos) são
atendidos na rede pública de saúde. Entre os 7,5 milhões de diabéticos
diagnosticados no país, seis milhões (o equivalente a 80% do total) recebem
assistência no SUS. Dessa maneira, em fevereiro de 2011 foi lançada a campanha
Saúde Não Tem Preço (SNTP), após um intenso trabalho de articulação do
Ministério da Saúde com produtores e distribuidores da Indústria Farmacêutica, com
o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes
disponíveis no Programa Farmácia Popular do Brasil, beneficiando os brasileiros
hipertensos e diabéticos, além de ajudar no orçamento das famílias mais humildes
que comprometem 12% de suas rendas com medicações.

A partir de 4 de junho de 2011, o Ministério da Saúde também passou a


disponibilizar para a população, por meio do SNTP, três medicamentos para o
tratamento da asma, disponíveis em oito apresentações de forma totalmente
gratuita. Os medicamentos disponíveis para asma são: brometo de ipratrópio,
diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol. Nas unidades da Rede
Própria está disponível somente o medicamento sulfato de salbutamol em três
apresentações.

Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o


Programa oferece sociedade mais 13 tipos de medicamentos com preços até 90 %
mais baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson,
osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para
incontinência.

Atualmente, o Programa Farmácia Popular é regulamentado pela Portaria nº


971, de 17 de maio de 2012 (BRASIL, 2014).
57

5.9.1. Relação dos medicamentos e correlatos disponibilizados pela rede


própria do Programa Farmácia Popular do Brasil.
UNIDADE DE PREÇO
MEDICAMENTO / CORRELATO APRESENTAÇÃO
CADASTRO R$
Acetato de medroxiprogesterona 150 mg/mL Ampola 1,24
Aciclovir 200mg/comp. Comprimido 0,28
Ácido Acetilsalicílico 500mg/comp. Comprimido 0,035
Ácido Acetilsalicílico 100mg/comp. Comprimido 0,03
Ácido Fólico 5mg/comp. Comprimido 0,054
Albendazol 400mg/comp. mastigável Comprimido 0,56
Alendronato de Sódio 70 mg/comp. Comprimido 0,37
Alopurinol 100mg/comp. Comprimido 0,08
Amiodarona 200mg/comp. Comprimido 0,2
Amitriptilina(Cloridrato) 25mg/comp. Comprimido 0,22
Amoxicilina 500mg/cáps. Cápsula 0,19
Amoxicilina 250mg/5mL/pó p/susp. Oral Frasco 60 mL 1,96
Amoxicilina 250mg/5mL/pó p/susp. oral Frasco 150 mL 4,9
Atenolol 25mg/comp. Comprimido 0
Azatioprina 50mg/comp. Comprimido 1,4
Azitromicina 500mg/comp. Comprimido 2,64
Benzilpenicilina Benzatina 1.200.000ui/pó p/sus. inj. Frasco-ampola 1,5
Benzilpenicilina Procaína+Potássica 300.000+100.000ui/pó/sus. inj. Frasco-ampola 1,5
Benzoato de Benzila 200mg/mL/emulsão Frasco 100 mL 1,4
Benzoato de Benzila 200mg/mL/emulsão Frasco 60 mL 1,1
Biperideno 2mg/comp. Comprimido 0,073
Brometo de n-butilescopolamina 10 mg/frasco frasco de 20 mL 3,9
Carbamazepina 200mg/comp. Comprimido 0,13
Carbidopa + Levodopa 25mg + 250mg/comp. Comprimido 0,48
Cefalexina(Cloridrato ou Sal Sódico) 500mg/cáps. Cápsula 0,4
Cefalexina(Cloridrato ou Sal Sódico) 250mg/5mL/susp. oral Frasco 60 mL 4,96
Cefalexina(Cloridrato ou Sal Sódico) 250mg/5mL/susp. oral Frasco 125 mL 10
Cetoconazol 200mg/comp. Comprimido 0,23
Captopril 25mg/comp. Sulcado Comprimido 0
Ciprofloxacino 500mg/comp. Comprimido 0,38
Clonazepam 2mg/comp Comprimido 0,06
Cloreto de Potássio 60mg/mL/xpe. Frasco 100 mL 1,88
Cloreto de Sódio 0,9% 9mg/mL/sol. nasal Frasco 0,95
Clorpromazina 25mg/comp. Comprimido 0,1
Clorpromazina 100mg/comp. Comprimido 0,125
Dexametazona Crem.0,1% Tubo 1
Dexclorfeniramina(Maleato) 2mg/comp. Comprimido 0,06
Dexclorfeniramina(Maleato) 0,4mg/sol. Oral Frasco 120 mL 2,07
Diazepam 5mg/comp.sulcado Comprimido 0,04
Diazepam 10mg/comp.sulcado Comprimido 0,08
Digoxina 0,25mg/comp. Comprimido 0,06
Dipirona 500mg/mL gts Frasco 10 mL 0,7
Doxiciclina 100mg/comp. Comprimido 0,38
Enalapril 10mg/comp. Comprimido 0
Enalapril 20mg/comp. Comprimido 0
Enantato de Noretisterona+Valerato
50mg+5mg/injetável Seringa 1 mL 1,13
de Estradiol
Eritromicina(Estearato ou 125mg/5mL/susp. oral Frasco 60 mL 2,3
58

Etilsuccinato)
Eritromicina(Estearato ou
500mg/comp./cáps. Comprimido 0,54
Etilsuccinato)
Etinilestradiol+Levonorgestrel 0,03mg+0,15mg/comp Cart. c/ 21 cáp. 0,42
Fenitoína 100mg/comp. compimido 0,1
Fenobarbital 100mg/comp. Comprimido 0,06
Fluconazol 100mg/rev. Cápsula 0,95
Fluconazol 150mg/rev. Cápsula 0,95
Fluoxetina 20mg/comp. Comprimido 0,06
Fosfato de Oseltamivir 75mg/comp comprimido 0
Furosemida 40mg/comp. Comprimido 0
Glibenclamida 5mg/comp. Comprimido 0
Haloperidol 1mg/comp. Comprimido 0,08
Haloperidol 5mg/comp. Comprimido 0,12
Haloperidol 2mg/mL/sol. oral Frasco 20 mL 1,94
Hidroclorotiazida 25mg/comp. Comprimido 0
Ibuprofeno 300mg/comp. Comprimido 0,16
Levonorgestrel 0,75mg/comp. Comprimido 3,47
Loratadina 10mg/comp. Comprimido 0,05
Losartana 50mg/comp. Comprimido 0
Mebendazol 100mg/comp. Comprimido 0,05
Mebendazol 100mg/5mL/sup. Oral Frasco 30 mL 1,1
Metformina 500mg/comp. Comprimido 0
Metformina 850mg/comp. Comprimido 0
Metildopa 250mg/comp.rev Comprimido 0
Metildopa 500mg/comp.rev Comprimido 0
Metoclopramida (Cloridrato) 10mg/comp. Comprimido 0,04
Metoclopramida (Cloridrato) 4mg/mL/sol.oral Frasco 10 mL 0,75
Metronidazol 250mg/comp. Comprimido 0,1
Metronidazol 5% creme vaginal Tubo 50 gramas 2,15
Metronidazol (Benzoato) 200mg/5mL/susp. oral Frasco 100 mL 2,4
Miconazol (Nitrato) 2%/locão Frasco 30 mL 1,86
Miconazol (Nitrato) 2%/pó Frasco 30 mL 4,95
Monitrato de Isossorbida 20mg/comp. Comprimido 0,1
Neomicina (Sulfato) + Bacitracina
5mg + 250ui/g/pom. Tubo 10 gramas 1,35
(Zíncica)
Neomicina (Sulfato) + Bacitracina
5mg + 250ui/g/pom. Tubo 15 gramas 2,02
(Zíncica)
N|ifedipina 20mg/cop.lib.cont. Comprimido 0
Nistatina 25.000 UI/crem. Vaginal Tubo 60 gramas 2,28
Nistatina 25.000 UI/crem. Vaginal Tubo 50 gramas 1,9
Nistatina 100.000 UI/mL/ susp. Oral Frasco 30 mL 3,62
Noretisterona 0,35mg/comp. Cart. c/ 35 comp. 0,5
Omeprazol 20mg/cáps. Cápsula 0,23
Paracetamol 500mg/comp. Comprimido 0,09
Paracetamol 200mg/mL/sol. Oral gts Frasco 10 mL 0,85
Paracetamol 200mg/mL/sol. Oral gts Frasco 15 mL 1,27
Paracetamol 100mg/mL/sol. oral gts. Frasco 10 mL 0,7
Paracetamol 100mg/mL/sol. oral gts. Frasco 15 mL 1
Prednisona 20mg/comp. Comprimido 0,18
Prednisona 5mg/comp. Comprimido 0,08
Prometazina (Cloridrato) 25mg/comp. Comprimido 0,12
Propranolol (Cloridrato) 40mg/comp. Comprimido 0
59

Ranitidina 150mg/comp. Comprimido 0,12


Sais p/ Reidratação Oral pó p/sol. Oral Env. 27,9 g 0,6
Salbutamol (Sulfato) 2mg/comp. Sulcado Comprimido 0,04
Salbutamol (Sulfato) 2mg/5mL/xpe. Frasco 120 mL 1,15
Salbutamol (Sulfato) 2mg/5mL/xpe. Frasco 125 mL 1,2
Sinvastatina 20mg/comp. Comprimido 0,38
Sulfametoxazol + Trimetoprima 400mg + 80mg/comp. Comprimido 0,08
Sulfametoxazol + Trimetoprima 200mg + 40mg/5mL/susp. Oral Frasco 50 mL 1,45
Sulfametoxazol + Trimetoprima 200mg + 40mg/5mL/susp. Oral Frasco 60 mL 1,74
Sulfametoxazol + Trimetoprima 200mg + 40mg/5mL/susp. Oral Frasco 100 mL 2,9
Sulfasalazina 500mg/comp. Comprimido 0,4
Sulfato Ferroso 40mg Fe(II)/comp. rev. Comprimido 0,04
Sulfato Ferroso 25mg/mL Fe(II)/sol. Oral Frasco 30 mL 0,75
Tiabendazol 5%/pom. Tubo 20 gramas 2,89
Valproato de Sódio 50mg/mL/xpe. Frasco 100 mL 4,05
Verapamila (Cloridrato) 80mg/comp. Comprimido 0
Preservativo Masculino - Unidade 0,3
Fonte: (BRASIL, 2014)

5.10. Atenção Farmacêutica

Atenção Farmacêutica refere-se às atividades específicas do farmacêutico no


cuidado do paciente ou usuário do medicamento: “É um modelo de prática
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica”. Compreende
atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e
corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde,
de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o
usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e
mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. “Esta interação
também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas
especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde”
(OPAS, 2002).

Sendo assim, percebe-se a importância da figura do farmacêutico, não como


um profissional isolado da comunidade por um balcão de drogaria, mas como um
profissional dotado de conhecimentos e habilidades que o permitem orientar,
aconselhar, acompanhar e até influenciar no melhor tratamento de um paciente.
Toda pessoa que faz uso de um medicamento, seja ele para tratamento de doença
temporária ou crônica, possui dúvidas sobre algum aspecto do medicamento e da
terapia. Por isso a comunicação com o paciente sobre o uso correto do
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medicamento é extremamente importante porque facilita a identificação de


problemas relacionados ao uso do medicamento e promove a adesão ao tratamento.
Muitas pessoas abandonam um determinado tratamento por sentirem alguma
reação que pode ser esperada ou ainda por pura idiossincrasia.

O bom relacionamento e a boa comunicação do Farmacêutico para com a


comunidade ao seu redor promove um crescimento da qualidade de vida naquela
região, pois laços de confiança são estabelecidos e o profissional torna-se referência
em saúde. Nesse contexto, um usuário entende que ao escolher um
estabelecimento onde haja a prática de uma atenção farmacêutica de qualidade, ele
estará adquirindo mais do que um simples medicamento, estará adquirindo um
tratamento completo, pois um medicamento se não administrado de forma correta
pode não causar os efeitos desejados ou ainda, piorar um quadro de saúde.

Por mais que grande parte dos Farmacêuticos prefira áreas de diagnósticos,
todos são os profissionais dos fármacos, das drogas, dos medicamentos. Ou seja,
são e devem ser sempre a referência quando o assunto for medicamentos, pois é o
profissional que, tecnicamente, compreende as estruturas dos medicamentos, ações
esperadas em organismos vivos e todas as demais fases que ocorre com uma
substância a partir de sua administração em um organismo.

Fica claro, então, que o profissional farmacêutico constitui prejuízo a uma


comunidade que não o possui inserido em seu contexto de saúde, e essa população
poderá estar utilizando medicamentos e produtos farmacêuticos às cegas.
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6. CONCLUSÃO

Durante o Estágio Supervisionado em Medicamentos foi possível a inserção


do acadêmico em rotina de um estabelecimento dispensador, onde foi possível
visualizar e compreender as prerrogativas do profissional farmacêutico no que diz
respeito a atenção e assistência farmacêutica.

Foi possível aprender o funcionamento da estrutura para atender a


comunidade de forma que cada cliente adquira mais do que um simples
medicamento ou produto, mas uma terapia, onde o medicamento vem acompanhado
da orientação necessária ao sucesso da farmacoterapia receitada.

O Estágio foi um mergulho e o contato inicial nas atividades de um


farmacêutico atuante em farmácias e drogarias. Por mais que tenha um caráter
acadêmico, proporcionou vivências reais em atenção e assistência farmacêutica.
Além de questões relacionadas ao profissional farmacêutico, foi possível praticar as
técnicas empresariais de gestão do negócio, gerenciamento de estoque, compras e
análises de produtos, viabilidade de produtos, tendências do mercado farmacêutico,
qualificação de fornecedores e fabricantes, dentre outras atividades.

Foi possível ver em rotina real a organização dos medicamentos, sua posição
dentro de um grupo farmacológico, conhecer a organização e hierarquia dos
medicamentos de referência, éticos, similares e os medicamentos genéricos.

Foi possível entender que as atividades de farmácias e drogarias estão


sujeitas a diversas legislações, tanto no âmbito sanitário como de conselho de
classe profissional e compreender que os medicamentos são em sua síntese,
drogas, e como tais, estão sob o controle do poder público.
62

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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um modelo brasileiro. Ciência e Saúde Coletiva, 3603-3614.

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BRASIL. (17 de Dezembro de 1973). Lei Federal. Lei Federal nº 5.991. Brasília, Brasil: Diário Oficial da
União - DOU, 17/12/1973.

BRASIL. (12 de maio de 1998). Portaria SVS/MS. Portaria n° 344. Brasília, DF, BRASIL: D.O.U.

BRASIL. (13 de 02 de 2003). Ministério da Educação. Acesso em 14 de jun de 2014, disponível em


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D.O.U.

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CRF-PR. (Nov/Dez de 2012). www.crf-pr.org.br. Acesso em 21 de Jun de 2014, disponível em


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2014, disponível em www.cff.org.br: http://www.cff.org.br/userfiles/Est%C3%A1gio.pdf

OPAS. (2002). Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: proposta. Brasília: OPAS.


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Pereira, L. R. (2004). Avaliação da utilização de medicamentos em pacientes idosos por meio de


conceitos de famrcoepidemiologia e farmacovigilância. Ciência e Saúde Coletiva, 479-481.

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para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 44(4), 601-611.
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8. ANEXOS
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66

9. APÊNDICES

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