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CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
Relatório da Prática 12
CIRCUITOS TRIFÁSICOS DESEQUILIBRADOS
Fortaleza
Junho 2018
Sumário
1 OBJETIVOS 3
2 MATERIAL UTILIZADO 3
3 INTRODUÇÃO TEÓRICA 4
4 PROCEDIMENTO 4
5 CONCLUSÃO 19
REFERÊNCIAS 20
2
1 OBJETIVOS
Esta pratica tem como objetivo verificar os valores de linha e de fase das
tensões e correntes em circuitos trifásicos desequilibrados determinar fator de potência
equivalente de um circuito trifásico desequilibrado e medir a potência ativa trifásica.
2 MATERIAL UTILIZADO
Variac 0-240VCA
Banco de Resistores Mod. 111A432 (120 10%, 80 V)
Banco de Indutores Mod. 111A434 (1,47 H 10%, 220 V)
Banco de Capacitores Mod. 111A433 (9,22 F 10%, 220 V)
Voltímetro CA: 0-250V
Amperímetro CA: 0-3A
Ohmímetro
Wattímetro Mod. MS 300
3
3 INTRODUÇÃO TEÓRICA
Existem três condições para que um circuito trifásico seja dito estar
desequilibrado (ou desbalanceado): se pelo menos uma das impedâncias de uma fase
difere das demais, ou se pelo menos uma das tensões de fase disponibilizada pelo gerador
difere das demais (quer seja em magnitude, quer seja por ter um ângulo de fase diferente
de 120º), ou ainda, se as duas condições anteriormente citadas ocorrerem
concomitantemente.
Um circuito trifásico com carga que apresenta configuração em estrela (em
Y) pode ser conectada a 3 fios (três fases, com neutro flutuante) ou a 4 fios (três fases e
um neutro ligado). No desequilíbrio, o ponto “o” (neutro do centro estrela) não coincide
com o neutro “n” da fonte, havendo uma diferença de potencial entre o ponto comum do
gerador e o ponto comum da carga. Esta situação caracteriza o chamado deslocamento do
neutro. A tensão de fase da carga, por tanto, não será a mesma tensão de fase
disponibilizado pelo gerador, mas sim a diferença de tensão entre uma fase e o centro
estrela “o”. Devido ao deslocamento do neutro, a corrente resultante no Y, resultado da
soma fasorial das correntes de linha (que são iguais as correntes de fase), terá valor nulo
ou desprezível.
4
neutro do centro estrela devido ou a ligação física entre “n” e “o” pelo fio do neutro, ou
por “n” e “o” estarem solidamente aterrados. Assim, o deslocamento de neutro só ocorrerá
no sistema trifásico desequilibrado em configuração estrela ligado a 3 fios.
2 2
|𝑆𝑇 | = √(∑ 𝑃𝑇 ) + (∑ 𝑄𝑇 )
6
4 PROCEDIMENTO
Tensão Corrente
de Condição de Tensão de Fase Corrente de Tensão de de
Linha Carga (Ω) (V) Linha (A) deslocamento neutro
(V) (V) (A)
a) Medir as tensões de linha 𝑉𝑎𝑏, 𝑉𝑏𝑐, 𝑉𝑐𝑎, as tensões de fase 𝑉𝑎𝑜, 𝑉𝑏𝑜, 𝑉𝑐𝑜 e a
tensão entre o centro-estrela da carga “𝑜” e o neutro da fonte “𝑛”, 𝑉𝑛𝑜; medir as
correntes 𝐼𝑎, 𝐼𝑏 e 𝐼𝑐. Anotar na Tabela 1.
Carga: 50Ω-50Ω-50Ω
𝑉𝑜𝑐 = 𝑉𝑎𝑛 − 𝑉𝑎𝑜
A tensão vinda da fase foi de 50V, e o neutro da fonte tem tensão nula, logo
Van = 0V. Mas a tensão Fase-neutro da carga é igual à tensão Fase-neutro da fonte, já
que o circuito está equilibrado, assim:
𝑉𝑜𝑐 = 0
Carga: 50Ω-75Ω-150Ω
(Za=50Ω, Zb=75Ω e Zc=150Ω)
Como não sabemos qual o valor das tensões de fase, faremos uma
transformação Δ-Y para encontrarmos a corrente de linha em Δ:
8
Figura 5. Carga em Y e carga em Δ.
𝑍𝑎 ∗ 𝑍𝑏 + 𝑍𝑏 ∗ 𝑍𝑐 + 𝑍𝑐 ∗ 𝑍𝑎
𝑍𝑎𝑏 =
𝑍𝑐
22500
𝑍𝑎𝑏 = = 150
150
𝑍𝑎 ∗ 𝑍𝑏 + 𝑍𝑏 ∗ 𝑍𝑐 + 𝑍𝑐 ∗ 𝑍𝑎
𝑍𝑐𝑎 =
𝑍𝑏
22500
𝑍𝑐𝑎 = = 300
75
𝑍𝑎 ∗ 𝑍𝑏 + 𝑍𝑏 ∗ 𝑍𝑐 + 𝑍𝑐 ∗ 𝑍𝑎
𝑍𝑏𝑐 = = 450
50
Assim, temos:
Assim:
𝑉𝑎𝑏
𝐼𝑎𝑏 =
𝑍𝑎𝑏
50 < 30°
𝐼𝑎𝑏 =
150
𝑰𝒂𝒃 = 𝟎, 𝟑𝟑𝟑 < 𝟑𝟎°
𝑰𝒂𝒃 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟖 + 𝒋𝟎, 𝟏𝟔𝟔
𝑉𝑏𝑐
𝐼𝑏𝑐 =
𝑍𝑏𝑐
50 < −90°
𝐼𝑏𝑐 =
450
𝑰𝒃𝒄 = 𝟎, 𝟏𝟏𝟏 < −𝟗𝟎°
𝑰𝒃𝒄 = −𝒋𝟎, 𝟏𝟏𝟏
𝑉𝑐𝑎
𝐼𝑐𝑎 =
𝑍𝑐𝑎
50 < 150°
𝐼𝑐𝑎 =
300
𝑰𝒄𝒂 = 𝟎, 𝟏𝟔𝟔 < 𝟏𝟓𝟎°
𝑰𝒄𝒂 = −𝟎, 𝟏𝟒𝟒 + 𝒋𝟎, 𝟎𝟖𝟑
10
𝐼𝑎 = 𝐼𝑏𝑐 − 𝐼𝑎𝑏
𝐼𝑏 = −0,288 − 𝑗0,277
𝐼𝑏 = 0,399 < 43,88°
𝑉𝑎𝑜 = 𝑅𝑎 ∗ 𝐼𝑎
𝑉𝑎𝑜 = 50 ∗ 0,439 < 10,87°
𝑉𝑎𝑜 = 21,95 < 10,87°
𝑉𝑏𝑜 = 𝑅𝑏 ∗ 𝐼𝑏
𝑉𝑏𝑜 = 75 ∗ 0,399 < 43,88°
𝑉𝑏𝑜 = 29,92 < 43,88°
𝑉𝑐𝑜 = 𝑅𝑐 ∗ 𝐼𝑐
𝑉𝑐𝑜 = 150 ∗ 0,241 < −53,4°
𝑉𝑐𝑜 = 36,15 < −53,4°
11
Lembrando que VAN é:
|𝑉𝑙| 50
𝑉𝑎𝑛 = < 0° = < 0°
√3 √3
𝑉𝑎𝑛 = 28,86 < 0°
Assim:
. Carga: 50Ω-50Ω-50Ω
Tensão de Linha:
𝑉𝑎𝑏 = 50 < 30°
𝑉𝑏𝑐 = 50 < −90°
𝑉𝑐𝑎 = 50 < 150°
Tensões de Fase:
𝑉𝑙
𝑉𝑓 = < −30°
√3
𝑉𝑎𝑛 = 29 < 0°
𝑉𝑏𝑛 = 29 < −120°
𝑉𝑐𝑛 = 29 < 120°
.Carga: 50Ω-75Ω-150Ω
(Za=50Ω, Zb=75Ω e Zc=150Ω)
𝑰𝒏 = 𝟎, 𝟑𝟑 < −𝟑𝟎, 𝟐°
Carga 3R
Potência Ativa:
𝑃 = 𝑅 ∗ 𝐼²
𝑃 = 50 ∗ 1,62²
𝑷 = 𝟏𝟑𝟏, 𝟐𝑾
14
Potência Reativa:
𝑸=𝟎
É nula pois só temos resistores na carga.
Potência Aparente:
𝑆 = √𝑃² + 𝑄²
𝑆 = √131,2² + 0²
𝑺 = 𝟏𝟑𝟏, 𝟐𝑽𝑨
Potência Complexa:
𝑆 = 𝑃 + 𝑗𝑄
𝑺 = 𝟏𝟑𝟏, 𝟐
Fator de Potência
𝑃
𝐹𝑃 =
𝑆
131,2
𝐹𝑃 =
131,2
𝑭𝑷 = 𝟏, 𝟎
Carga 3R+9L
L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7 L8 L9
(H) (H) (H) (H) (H) (H) (H) (H) (H)
1,93 1,66 1,93 2,00 1,43 1,96 1,83 1,71 1,66
FONTE: O próprio autor.
Potência Ativa:
𝑃 = 𝑅 ∗ 𝐼²
𝑃 = 50 ∗ 0,75²
𝑷 = 𝟐𝟖, 𝟏𝟐𝑾
15
Reatância Indutiva:
𝑋𝑙 = 𝑤𝐿
𝑋𝑙 = 377 ∗ 0,196
𝑿𝒍 = 𝟕𝟒, 𝟏𝟖
Potência Reativa:
𝑄 = 𝑋𝑙 ∗ 𝐼²
𝑄 = 74,18° ∗ 0,75²
𝑸 = 𝟒𝟏, 𝟕𝟐𝒗𝒂𝒓
Potência Aparente:
𝑆 = √𝑃² + 𝑄²
𝑆 = √28,12² + 41,72²
𝑺 = 𝟓𝟎, 𝟑𝟏𝑽𝑨
Potência Complexa:
𝑆 = 𝑃 + 𝑗𝑄
𝑺 = 𝟐𝟖, 𝟏𝟐 + 𝒋𝟒𝟏, 𝟕𝟐
Fator de Potência
𝑃
𝐹𝑃 =
𝑆
28,12
𝐹𝑃 =
50,31
𝑭𝑷 = 𝟎, 𝟓𝟓𝟗
Carga 3C
Potência Ativa:
𝑷 = 𝟎𝑾
A potência ativa é nula, pois não temos resistores na carga.
16
Reatância Capacitiva:
1
𝑋𝑐 =
𝑤𝐶
1
𝑋𝑐 =
377 ∗ 30𝑢
𝑿𝒄 = 𝟖𝟖, 𝟒𝟏
Potência Reativa:
𝑄 = 𝑋𝑐 ∗ 𝐼²
𝑄 = 88,41 ∗ 12
𝑸 = 𝟖𝟖, 𝟒𝟏𝒗𝒂𝒓
Potência Aparente:
𝑆 = √𝑃² + 𝑄²
𝑆 = √0² + 88,41²
𝑺 = 𝟖𝟖, 𝟒𝟏𝑽𝑨
Potência Complexa:
𝑆 = 𝑃 + 𝑗𝑄
𝑺 = −𝒋𝟖𝟖, 𝟒𝟏
Fator de Potência
𝑃
𝐹𝑃 =
𝑆
0
𝐹𝑃 =
88,41
𝑭𝑷 = 𝟎
17
a) Comparar a potência medida pelo método dos dois wattímetros com a soma das
componentes reais das potências complexas individuais da Tabela 2. Analisar o resultado.
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 159,32𝑊
Potência Aparente:
𝑆 = √159,32² + 47,69²
𝑆 = 166,02
Fator de potência:
𝑃 159,32
𝐹𝑃 = =
𝑆 166,02
𝑭𝑷 = 𝟎, 𝟗𝟓𝟗
18
5 CONCLUSÃO
19
REFERÊNCIAS
20