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CURSO DE TEORIA E QUESTÕES – ANALISTA TJ/PE


DIREITO CIVIL
PROF. MÁRIO GODOY

1. (FCC/SEFAZ-PE/15) José propôs, contra João, ação de indenização, alegando danos morais por
este tê-lo caluniado. José e João morreram no curso do processo. Nesse caso,
a) o processo terá de ser extinto, porque o direito e a obrigação que se discutem são intransmissíveis.
b) o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
c) extingue-se o direito à indenização se o autor morrer primeiro, porque a ação é personalíssima.
d) extingue-se o direito à indenização se o réu morreu primeiro, porque a pena não pode passar da
pessoa do ofensor.
e) o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la não se transmitem com as respectivas
heranças, exceto se ocorrer comoriência.

2. (FCC/SEFAZ-PE/15) O titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites


impostos pelo seu fim econômico ou social
a) comete ato ilícito, consubstanciado em abuso do direito, sujeitando-se à responsabilidade civil.
b) não comete ato ilícito, mas, apenas, viola regra moral, sem consequências jurídicas.
c) não comete ato ilícito, mas se sujeita à responsabilidade civil de natureza objetiva.
d) comete ato ilícito, sujeitando-se a sanções administrativas, mas não à responsabilidade civil.
e) comete abuso do direito, que a lei não reputa ato ilícito para fins indenizatórios.

3. (FCC/TJ-AL/JUIZ/15) A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito


a) determina indenização material, independentemente de comprovação de prejuízo.
b) não acarreta consequência pecuniária, se não houver dano moral.
c) rege-se pelo critério subjetivo, só sendo indispensável o dano.
d) rege-se pelo critério subjetivo, sendo indispensável o dano apenas quando configurado dolo.
e) independe de comprovação de culpa.

4. (FCC/DPE-PB/14) Sônia é proprietária de uma pousada. Marina, sua, vizinha, cria codornas.
Segundo Sônia, o forte cheiro das codornas atrapalharia seu negócio. Por tal razão, com a intenção
de afugentar as codornas, mas também imaginando que poderia entreter seus clientes, passou, com
autorização do órgão ambiental, a criar corujas, as quais acabaram por dizimar as codornas. Sônia
cometeu ato
a) ilícito, pois agiu com dolo direto de matar as codornas, podendo Marina, em razão de tal fato,
postular indenização.
b) lícito, pois não é obrigada a tolerar atividade danosa a seus negócios.
c) lícito, pois a criação das corujas foi autorizada pelo órgão ambiental, podendo Marina, entretanto,
em razão dos prejuízos que experimentou, postular indenização.
d) ilícito, pois excedeu abusivamente os limites impostos pela boa-fé objetiva e pela finalidade social
do negócio, podendo Marina, em razão de tal fato, postular indenização.
e) imoral, porém lícito, uma vez que fundado em exercício regular do direito.

5. (FCC/TRT-15/13) Fábio é proprietário de um sítio no qual planta hortaliças. Roberto, seu vizinho,
cria abelhas para a produção de mel. Segundo Fábio, porém, as abelhas de Roberto atrapalham a
venda das hortaliças, afugentando seus clientes. Por tal razão, Fábio passou a utilizar agrotóxicos
que, embora de venda permitida, sabidamente, além de protegerem a lavoura, matam as abelhas do
vizinho. Depois de dizimadas as abelhas, Fábio voltou a utilizar os agrotóxicos que utilizava
anteriormente e que não eram nocivos às abelhas de Roberto. Fábio cometeu ato
a) lícito, pois os agrotóxicos eram de venda permitida.
b) lícito, pois não é obrigado a tolerar atividade de vizinho que lhe traz prejuízos.
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c) ilícito, pois, ao utilizar agrotóxico que dizimou as abelhas, quando poderia utilizar outro, seu ato
excedeu manifestamente os limites impostos pela boa- fé, podendo Roberto postular indenização.
d) lícito, pois o ordenamento jurídico protege a livre iniciativa.
e) ilícito, pois agiu com dolo de prejudicar Roberto. Este, no entanto, não poderá postular
indenização, pois Fábio agiu em legítima defesa de sua propriedade.

6. (FCC/TRT-19/14) A fim de justificar o alto preço de imóvel, João afirma a José que o terreno
possui linda vista para o mar. Convencido por tal argumento, José compra o imóvel, pagando o preço
pedido por João. Cerca de ano e meio depois, embora sem o objetivo de prejudicar José, e não
obstante não tivesse tal intenção quando realizou a venda, João adquire o terreno da frente e edifica
prédio que retira de José a vista para o mar. João cometeu ato
a) lícito, pois não teve o objetivo de prejudicar José.
b) ilícito, pois, ao quebrar a expectativa que havia incutido em José, ofendeu os limites impostos pela
boa-fé objetiva.
c) ilícito, pois a lei proíbe que o vendedor construa nas proximidades do imóvel alienado pelo prazo de
5 anos.
d) lícito, pois está amparado pelo direito de propriedade.
e) lícito, pois não tinha intenção de comprar o terreno da frente quando da realização da venda.

7. (FCC/TJ-PI/JUIZ/2015) O incapaz
a) responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
b) não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, se a incapacidade
for absoluta.
c) não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los somente seus
responsáveis.
d) apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem
obrigação de fazê-lo.
e) apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se a incapacidade cessar, ficando até
esse momento suspenso o prazo prescricional.

8. (CESPE/PC-PE/16) João, menor impúbere, de sete anos de idade, jogou voluntariamente um


carrinho de brinquedo do alto do 14.º andar do prédio onde mora com a mãe Joana. Ao cair, o
carrinho danificou o veículo de Arthur, que estava estacionado em local apropriado.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando as disposições
vigentes a respeito de responsabilidade civil no Código Civil.
a) O dever de reparar o dano provocado por João não alcança Joana, já que não há como provar sua
culpa em relação à atitude do filho.
b) Embora a responsabilidade de Joana seja objetiva, seu patrimônio somente será atingido se João
não tiver patrimônio próprio ou se este for insuficiente para reparar o prejuízo causado a Arthur.
c) Caso seja provada a culpa de João, a mãe, Joana, responderá objetivamente pelos danos causados
pelo filho.
d) A responsabilidade civil de João é objetiva.
e) A mãe de João tem responsabilidade subjetiva em relação ao dano causado no veículo de Arthur.

9. (CESPE/TJ-AL/12) A respeito de responsabilidade civil, assinale a opção correta.


a) O menor de dezoito anos de idade responde pelo prejuízo a que der causa, mesmo que, para isso,
tenha de entregar a totalidade de seus bens.
b) Considere que Pedro tenha sido emancipado por seus pais logo após ter atropelado Joana, que
faleceu em decorrência do atropelamento. Nessa situação, os pais de Pedro não respondem
solidariamente pelos atos por ele praticados.
c) A indenização mede-se sempre pela extensão do dano causado.
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d) Considere que Miguel, menor emancipado voluntariamente pelos pais, dirigia o carro de João
quando colidiu com o portão da casa de Maria. Nessa situação, são solidariamente obrigados a
reparar os danos causados a Maria o menor, seus pais e o proprietário do veículo.
e) Para que aquele que praticou ato ilícito esteja obrigado a reparar o dano, basta que seja
demonstrado o dolo.

10. (CESPE/TJ-RN/JUIZ/13) Joana, com dezesseis anos de idade, órfã de mãe, pegou, sem o
conhecimento do pai, com o qual vive e sob cuja autoridade se encontra, as chaves do veículo de
propriedade dele e saiu dirigindo pela cidade. Em determinado trecho, para não atropelar uma
criança, que indevidamente caminhava pela pista, Joana desviou o veículo e atingiu o automóvel de
Pedro, que estava parado em um estacionamento. Desesperada, tentando fugir do local, atingiu o
veículo de Paulo.
Considerando a situação hipotética apresentada e as regras acerca da responsabilidade civil, assinale
a opção correta.
a) A responsabilidade do pai de Joana pelo ato praticado pela filha incapaz é objetiva, sendo
desnecessária a comprovação da culpa de Joana para que ele seja responsabilizado.
b) Por ter agido em estado de necessidade ao desviar o veículo para não atingir a criança que
caminhava pela pista Joana não tem o dever de indenizar Pedro, nem o teria se fosse maior e capaz.
c) Caso Paulo tome conhecimento de que o pai de Joana não dispõe de meios suficientes para reparar
os danos causados pela filha e de que a menor seja proprietária de vasto patrimônio deixado por
herança pela genitora, Joana, mesmo sendo menor relativamente incapaz, poderá responder pelos
prejuízos causados a Paulo.
d) Se Joana fosse órfã de pai e mãe, somente se demonstrada culpa da parte do tutor nomeado, este
responderia civilmente pelos atos praticados pela menor.
e) Na responsabilidade civil subjetiva, a comprovação de ausência de comportamento doloso de Joana
é suficiente para afastar o dever jurídico de indenizar.

11. (FCC/TRT-3/15) Saulo foi condenado criminalmente, por decisão transitada em julgado, em
razão de lesões corporais causadas em Anderson, tendo sido reconhecidos, dentre outros elementos,
a existência do fato e seu autor. Se Anderson ajuizar ação na esfera civil, Saulo
a) poderá questionar a existência do fato e sua autoria independentemente de qualquer requisito,
tendo em vista que a responsabilidade civil é independente da criminal.
b) poderá questionar a existência do fato e sua autoria desde que, no juízo cível, apresente provas
novas.
c) não poderá questionar a existência do fato nem sua autoria.
d) poderá questionar apenas a autoria do fato e desde que, no juízo cível, apresente provas novas.
e) poderá questionar apenas a existência do fato e desde que, no juízo cível, apresente provas
novas.

12. (FCC/TRT-15/JUIZ/15) O motorista de um supermercado, dirigindo veículo da empresa e no


horário de trabalho, envolveu-se em acidente, do qual resultou a morte de ocupante de outro veículo,
mas foi absolvido na ação penal por insuficiência de prova. Sua culpa, entretanto, assim como os
demais requisitos para a responsabilização civil, foram provados em ação indenizatória movida pelo
cônjuge e filhos da vítima contra aquele motorista e seu empregador. Neste caso,
a) o motorista e seu empregador serão solidariamente responsáveis pela indenização.
b) somente o empregador será responsável pela indenização, porque o empregado foi absolvido no
juízo criminal.
c) somente o motorista será responsável pela indenização, se o seu empregador provar que
diligenciou na escolha do preposto e o vigiou, mas ambos serão solidariamente responsáveis se essa
prova não for realizada.
d) o motorista e seu empregador serão conjuntamente responsáveis pela indenização, sendo
subsidiária a responsabilidade do empregador.
e) não haverá obrigação de indenizar, porque a sentença penal absolutória eliminou a
responsabilidade civil.
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GABARITO:

1. B
2. A
3. E
4. D
5. C
6. B
7. A
8. C
9. D
10. C
11. C
12. A

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