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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
DISCIPLINA: TRATAMENTO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO
DOCENTE: LUIZA GIRARD
BELÉM
2017
SUMÁRIO
1. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA SILMPLIFICADA .............................................1
2. ESTIMATIVA POPULACIONAL ...............................................................................................1
2.1. VAZÃO DE PROJETO ...........................................................................................................2
3. AERADOR DE TABULEIRO ......................................................................................................3
3.1. TAXA DE APLICAÇÃO.........................................................................................................4
3.2. ÁREA DO TABULEIRO.........................................................................................................4
3.2.1. Número De Aeradores ......................................................................................................4
3.3. DIÂMETROS ..........................................................................................................................4
3.4. NÚMEROS DE FUROS ..........................................................................................................5
3.5. ESPAÇAMENTOS ..................................................................................................................6
4. FILTRO RÁPIDO DESCENDENTE DE CAMADA SIMPLES ...............................................6
4.1. ÁREA TOTAL DE FILTRO....................................................................................................6
4.2. NÚMEROS DE FILTROS .......................................................................................................7
4.3. ÁREAS DO FILTRO ...............................................................................................................7
4.4. TUBULAÇÃO DE ENTRADA DA ÁGUA............................................................................8
4.5. TUBULAÇÃO DE SAÍDA DA ÁGUA ..................................................................................8
4.6. DIÂMETRO DE ENTRADA NO TANQUE DE DESINFECÇÂO. ......................................9
4.7. TUBULAÇÃO DE LAVAGEM ............................................................................................10
4.8. TUBULAÇÃO DE ESGOTAMENTO E LAVAGEM..........................................................11
4.9. TUBULAÇÃO DE DRENAGEM .........................................................................................13
4.10. FUNDO FALSO ................................................................................................................15
4.11. CALHA DE LAVAGEM ...................................................................................................16
5. DESINFECÇÃO COM CLORO GASOSO ...............................................................................17
5.1 VAZÃO DE DOSAGEM .......................................................................................................17
5.2 TEMPO DE CONTATO ..............................................................................................................17
5.3 DIMENSÕES DO TANQUE .......................................................................................................18
5.4 CHICANAS .................................................................................................................................19
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................20
1. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA SILMPLIFICADA
Estações de tratamento de água simplificadas são escolhidas de acordo com o
tratamento necessário que o corpo hídrico necessita para que se torne potável. Visto que o tipo
de processo escolhido, com aerador, filtro e desinfecção se enquadra para águas do tipo B -
águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias não protegidas, com características
básicas definidas, e que possam enquadrar-se nos padrões de potabilidade, mediante processo
de tratamento que não exija coagulação- de acordo com A NBR 12216, este processo é o mais
simples e o mais indicado para o tratamento de águas que contêm ferro. Abaixo segue a
Figura 1, demonstrando o fluxograma da ETA simplificada.
Figura 1: Fluxograma da ETA simplificada.
Aerador
Filtros
2. ESTIMATIVA POPULACIONAL
Para o projeto foi necessário estimar uma população para 20 anos de funcionamento
da ETA, para isto é necessário adotar uma taxa de crescimento populacional ao ano. A taxa
adotada foi baseada no crescimento populacional do município de Santa Barbara do Pará que,
de acordo com o IBGE, possuía em 2016 uma população de 20.007 habitantes, valor
aproximado da população inicial deste projeto. Para o cálculo da taxa de crescimento foi
utilizado o método geométrico por meio da fórmula a seguir.
Ano1 −Ano0 P1
q0 = √ (Fórmula 1)
P0
Onde:
q0 = Taxa de crescimento populacional;
1
P1 = População final (hab.);
P0 = População inicial (hab.);
Ano1 = Ano final;
Ano0 = Ano inicial.
q 0 = 1,03
Uma vez calculada a taxa de crescimento populacional de Santa Barbara do Pará,
podemos aplica-la novamente na fórmula 1 junto as informações do projeto para calcularmos
a população de projeto.
Ano1 −Ano0 P1
q0 = √
P0
P1 = 𝑃0 × (q 0 )Ano1 −Ano0
143,76𝑙/𝑠 × 86400𝑠/𝑑𝑖𝑎 3
𝑄16ℎ = = 12421 𝑚 ⁄𝑑𝑖𝑎
1000𝑙/𝑚³
3. AERADOR DE TABULEIRO
São os mais indicados para a adição de oxigênio e oxidação de compostos ferrosos e
manganosos. Segundo Di Bernardo, são constituídos de 3 a 9 tabuleiros iguais e superpostos,
distanciados de 0,3 a 0,75 m, mais o coletor, como ilustra a figura 2 a seguir. O primeiro
tabuleiro tem a função de distribuir uniformemente a água, possuindo perfurações. Os demais
são construídos com uma treliça, sobre a qual são dispostos cascalho, pedra britada, seixo ou
coque, de ½” a 6”. A função dessa camada é aumentar a superfície de contato e acelerar as
reações de oxidação (Di Bernardo, 1993).
Figura 2: Aerador Tipo Tabuleiro
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
3
3.1. TAXA DE APLICAÇÃO
Para dimensionar aeradores que suportem vazões dentro da faixa de 1.000 m³/dia a
10.000 m³/dia, que são de estações de médio porte, podemos adotar taxas de aplicação de 300
m³/m².dia a 1.000 m³/m².dia, segundo ensaios em instalações piloto. Como no projeto não foi
possível realizar os ensaios, assim para o dimensionamento iremos adotar uma taxa de 700
m³/m².dia.
3.2. ÁREA DO TABULEIRO
Com a taxa já escolhida podemos calcular a área dos tabuleiros e suas dimensões, base
e largura, que serão iguais, por meio das seguintes expressões 3 e 4. Nestes casos onde se
escolhe um valor de taxa de aplicação dentro de uma faixa, podemos arredondar alguns
valores sem prejudicar o funcionamento da ETA.
𝑄𝑇 12421
Á𝑟𝑒𝑎 = = = 17,74 𝑚2 (Fórmula 3)
𝑇𝑋 700
3.2.1. Número De Aeradores
Como a área encontrada para o aerador é grande, nos dando um tabuleiro quadrado de
aproximadamente 4,2m de lado, foi decidido utilizar 3 aeradores com a mesma taxa de
aplicação superficial, visto que a vazão de cada aerador ainda estaria dentro da faixa de
1.000m³/dia a 10.000m³/dia, obtendo-se a seguinte área para cada aerador (Af):
𝐴𝑇 17,74𝑚²
𝐴𝑓 = = = 5,91 𝑚2
𝑛º 𝑑𝑒 𝑎𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 3
Assim as dimensões dos tabuleiros quadrados de cada aerador serão calculadas pela
fórmula 4:
𝐴 = 𝑙2 (Fórmula 4)
𝑙 = √5,91 = 2,43 → 𝑙 = 2,5 𝑚
3.3. DIÂMETROS
Para o cálculo das dimensões dos furos nos tabuleiros iremos adotar seixos de 1”, esse
material foi escolhido pois é mais facilmente encontrado e possui menor preço.
𝑆𝑒𝑖𝑥𝑜 → 1" = 2,54 𝑐𝑚
Como o material não pode passar pelos furos o diâmetro escolhido para cada furo é de
2cm. Tendo isto podemos calcular a área de cada furo bem como o número de furos dispostos
no tabuleiro.
π × 𝐷2
𝐴= (Fórmula 5)
4
π × 𝐷𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑟𝑜 2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑢𝑟𝑜 =
4
4
π × 0,022
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑢𝑟𝑜 = = 3,14 × 10−4 𝑚2
4
Onde:
Q= vazão (m³/s);
A= Área do orifício (m²);
C= coeficiente de descarga dos orifícios, em média 0,61, segundo Azevedo Netto;
g= aceleração da gravidade;
h= altura da lâmina d’água (m).
Adaptando a fórmula 6 para cada aerador e considerando que a altura da
lâmina d’água adotada para cada tabuleiro seja de 0,05m, temos:
𝑄𝑓 = 𝐴𝑇 × 𝐶 × √2 × 𝑔 × ℎ1
𝑄𝑓 0,048
𝐴𝑇 = =
𝐶√2 × 𝑔 × ℎ1 0,61 × √2 × 9,81 × 0,05
𝐴𝑇 = 0,08 𝑚2
O número de furos é dado a parir da razão da área total de orifício pela área de cada
furo, como indica o calculo a seguir.
𝐴𝑇
𝑁º 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 = (Fórmula 7)
𝐴𝐹
0,08
𝑁º 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 = ≅ 255 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠
0,000314
5
3.5. ESPAÇAMENTOS
Com posse das dimensões dos lados dos tabuleiros podemos obter o espaçamento
entre furos pela seguinte expressão.
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑙⁄(𝑁º 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 + 1) (Fórmula 8)
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 2,5⁄(16 + 1)
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,147 ≅ 0,15 𝑚
𝐴2 × 4 0,05 × 4
𝐷2 = √ =√
π π
𝐷2 = 0,250 𝑚 = 250 𝑚𝑚
Segundo a NBR 12216, a taxa de aplicação para ser adotada deve ser determinada por
meio de filtro-piloto operado com a água a ser filtrada, com camada filtrante igual à dos filtros
a serem construídos, porém caso não seja possível proceder a experiências em um filtro-
piloto, a taxa máxima para filtro de camada simples é de 180 m³/m² x dia.
4.1. ÁREA TOTAL DE FILTRO
Para o dimensionamento dos filtros iremos utilizar a taxa de 180 m³/m² x dia.
Aplicando esta taxa na fórmula 3, obtemos a área total de filtro.
6
𝑄𝑇
Á𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑇𝑋
12421
Á𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = 69 𝑚2
180
𝑁 = 6 𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜𝑠 (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜)
Como pode ser observado no calculo acima, mesmo que os cálculos nos dê um
numero aproximado de 5 filtros é mais apropriado adotar um número par de filtros para que
possamos distribui-los de forma simétrica na estação de tratamento.
4.3. ÁREAS DO FILTRO
A área de cada filtro é dada pelo quociente da vazão de água que chegará a cada filtro
pela taxa de aplicação superficial adotada (fórmula 3).
𝑄𝑓
𝐴𝑓 =
𝑇𝑥
Tendo o número de filtros a serem construídos, determina-se a vazão de cada um dos
filtros, pela divisão da vazão total pelo número de filtros.
𝑄𝑡 12421 3
𝑄𝑓 = = = 2070 𝑚 ⁄𝑑𝑖𝑎 (Fórmula 10)
𝑁 6
Aplicando na fórmula 3 temos:
3
2070 𝑚 ⁄𝑑𝑖𝑎
𝐴𝑓 = 3 = 11,5 𝑚²
180 𝑚 ⁄
𝑚² × 𝑑𝑖𝑎
A área de cada filtro teve seu valor aumentado para que os filtros possam ser mais
facilmente construídos, comportando dimensões de 4 m x 3 m, assim tem-se uma área de
12m². Como a taxa já está no limite é mais prudente adotar um valor de área acima do
encontrado.
7
Para calcularmos as dimensões das tubulações precisamos levar em consideração a
velocidade que a água passará por elas de acordo com sua função. A relação do diâmetro com
a velocidade é dada pela seguinte expressão.
𝑄=𝑣 × 𝐴 (Fórmula 11.1)
𝜋 × 𝐷2
𝑄=𝑣 ×
4
𝑄 × 4
𝐷=√ (Fórmula 11.2)
𝑣 × 𝜋
𝑄𝑓 × 4
𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = √
𝑣𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 × 𝜋
0,02396 × 4
𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = √ = 0,247 𝑚
0,5 × 𝜋
𝑄𝑓 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎 = √
𝑣𝑠𝑎í𝑑𝑎 × 𝜋
0,02396 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎 = √ = 0,175 𝑚
1 × 𝜋
8
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 200 𝑚𝑚(diâmetro comercial)
A água que vem do tubo de saída do filtro vai direto para o tanque de desinfecção,
porém como são seis filtros, ou seja, seis tubulações, e para este projeto só entrará um tubo no
tanque, precisamos calcular o diâmetro da tubulação de entrada no tanque que suporte a vazão
total dos seis filtros, vazão para 16 horas de funcionamento (Q16h=144 m³/s), assim
poderemos unir os tubos de forma que chegue apenas um no tanque.
Figura 3: Esquema das tubulações de saída dos filtros.
Tanque de
desinfecção
Filtro Filtro Filtro
DSaída4
DSaída3
DSaída2
DSaída
𝑄𝑓 × 2 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎2 = √
𝑣𝑠𝑎í𝑑𝑎 × 𝜋
0,02396 × 2 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎2 = √ = 0,247𝑚
1 × 𝜋
𝑄𝑓 × 3 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎3 = √
𝑣𝑠𝑎í𝑑𝑎 × 𝜋
9
0,02396 × 3 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎3 = √ = 0,303𝑚
1 × 𝜋
𝑄16ℎ × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎4 = √
𝑣𝑠𝑎í𝑑𝑎 × 𝜋
0,144 × 4
𝐷𝑠𝑎í𝑑𝑎4 = √ = 0,428𝑚
1 × 𝜋
0,180 × 4
𝐷𝑙𝑎𝑣 = √ = 0,303 𝑚
2,5 × 𝜋
11
Figura 4: Representação do filtro e suas dimensões.
Tubulação de Entrada.
Borda.
N.A.MÁX.
Cf H
Cs
Tubulação de Esgotamento
hFF
de Lavagem.
Tubulação de Drenagem.
Tubulação de Lavagem.
Tubulação de Saída.
Fonte: Autores, 2017.
Para adotarmos um valor para H precisamos antes calcular a altura da base inferior da
camada suporte até a base inferior da calha coletora, que é dado pela somatória da altura da
camada suporte (Cs), da altura do leito filtrante (Cf) e da distância P, como ilustra o esquema
acima.
Segundo a norma para filtros de camada simples pode-se usar espessura de camada
filtrante de no mínimo 0,45 m e a camada suporte deve ser constituída de seixos rolados, sua
espessura mínima igual ou superior a duas vezes a distância entre os bocais do fundo do filtro,
porém não inferior a 0,25 m.
O valor de P pode ser adotado aplicando a seguinte fórmula:
𝑃 ≥ 2 × 𝑋 × 𝐶𝑓 (Fórmula 13)
Onde:
X = expansão da camada filtrante no momento da lavagem;
Cf = Altura do leito filtrante.
Adotando os valores de 0,6 m para Cf e 0,4 m para Cs, temos:
𝑃 ≥ 2 × 0,25 × 0,6
12
𝑃 ≥ 0,3 𝑚
𝑃 = 0,5 𝑚 (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜)
Com os valores de Cs, Cf e P podemos adotar um valor para H, pois como foi dito
anteriormente, o valor de H deve ser menor do que o somatório dessas três dimensões:
𝐻 < 𝐶𝑠 + 𝐶𝑓 + 𝑃 (Fórmula 14)
𝐻 < 0,4 + 0,6 + 0,5
𝐻 < 1,5 𝑚
𝐻 = 1 𝑚 (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜)
Agora com o valor de H já adotado e considerando o valor do coeficiente de bocais
igual a 0,61(Azevedo Netto, 1998), podemos aplicar a fórmula 6 e encontrar o valor da área
da seção transversal da tubulação.
𝑄𝑙𝑎𝑣 = 𝐶𝑑 × 𝐴𝑒𝑙 √2 × 𝑔 × 𝐻
𝑄𝑙𝑎𝑣
𝐴𝑒𝑙 =
𝐶𝑑 √2 × 𝑔 × 𝐻
0,180
𝐴𝑒𝑙 = = 0,067 𝑚²
0,61√2 × 9,81 × 1
Aplicando na fórmula 5 podemos encontrar o diâmetro da tubulação:
𝜋 × 𝐷𝑒𝑙 2
𝐴𝑒𝑙 =
4
𝐴𝑒𝑙 × 4
𝐷𝑒𝑙 = √
𝜋
0,067 × 4
𝐷𝑒𝑙 = √ = 0,292 𝑚
𝜋
Para dimensionar a tubulação de drenagem, antes devemos adotar uma altura máxima
para o nível d’água, que é recomendado que esteja na faixa de 1,8m a 2,5m da camada
filtrante. Para este dimensionamento iremos adotar uma altura máxima de 2m.
13
Assim como o diâmetro de esgotamento e lavagem, para acharmos o diâmetro de
drenagem iremos primeiramente encontrar a área da seção transversal, que é obtida a partir da
fórmula 6, que trata de bocais.
𝑄𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑑 × 𝐴𝑑√2 × 𝑔 × ℎ𝑚é𝑑𝑖𝑜
Porém, para aplicarmos esta fórmula precisamos antes encontrar os valores de vazão e
de hmédio. A vazão de drenagem é determinada pelo quociente do volume de escoamento e
pelo tempo determinado para este escoamento, que segundo NBR 12216 não pode ultrapassar
10 min.
𝑉𝑜𝑙𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐴𝑓[ℎ𝑛𝑖𝑣𝑒𝑙 + ℎ𝐹𝐹 + 0,5(𝐶𝑠 + 𝐶𝑓)] (Fórmula 15)
Onde:
𝑉𝑜𝑙𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 36 𝑚³
14
𝐶𝑠 + 𝐶𝑓 + ℎ 𝑛í𝑣𝑒𝑙 + ℎ 𝑓𝑓
ℎ 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = (Fórmula 17)
2
0,4 + 0,60 + 2 + 0,5
ℎ 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 1,75 𝑚
2
Com todos os dados necessários para encontramos a área do bocal de drenagem
plicamos a fórmula 6:
𝑄𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑑 × 𝐴𝑑√2 × 𝑔 × ℎ 𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝑄𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝐴𝑑 =
𝐶𝑑√2 × 𝑔 × ℎ 𝑚é𝑑𝑖𝑜
0,06
𝐴𝑑 = = 0,0168 𝑚²
0,61√2 × 9,81 × 1,75
Aplicando a área a fórmula 5 para encontrarmos o diâmetro de drenagem:
0,0168 × 4
𝐷𝑑 = √
𝜋
𝐷𝑑 = 0,146 𝑚
𝐷𝑑 = 150 𝑚𝑚(𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙)
Fonte: www.hidrotechsp.com
16
𝑞𝑐 = 1,3 × 𝑏 × 𝐻𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎 3/2 (Fórmula 21)
𝐻𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎 = (𝑞𝑐/1,3 × 𝑏)2/3
𝐻𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎 = (0,09/1,3 × 0,3)2/3
𝐻 = 0,376 ≅ 0,38𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
5. DESINFECÇÃO COM CLORO GASOSO
Obteve-se através da tabela um tempo de contato de 2 minutos, porém para ter uma
margem de segurança multiplica-se por 2:
𝑇𝑐 = 2 × 2 = 4 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
5.3 DIMENSÕES DO TANQUE
Deve-se calcular o volume do tanque, através da fórmula 16, para o dimensionamento
das chicanas para cumprir com o tempo de contato estabelecido anteriormente:
𝑉𝑡 = 𝑄16ℎ × 𝑡
Onde:
𝑉𝑡= volume do tanque (m³)
Q16h= vazão para 16h de funcionamento (m³/s).
18
t = segundos
𝑉𝑡 = 0,144 × 4 × 60 = 34,56𝑚³
Como se recomenda que a altura do tanque é de no máximo 2 metros, foi adotado essa
altura para a determinação da área do tanque e então estabelecer as dimensões do tanque.
𝑉
𝐴= (𝐹ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎 23)
ℎ
34,56𝑚³
𝐴= = 17,28𝑚²
2𝑚
Com o intuito de cobrir esta área foi calculado um tanque de formato retangular com
comprimento de 6 metros e largura de 3 metros, formando uma área de 18m².
𝐴 = 18 𝑚² (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜)
5.4 CHICANAS
Serão dimensionadas chicanas de fluxo horizontal, e para as dimensões e números de
chicanas recomenta-se:
Espaçamento entre chicanas = 0,4 ≤ e ≤ 1,0 m
Espaçamento livre deixado pelas chicanas = 1,5 × e.
Saída
Entrada
19
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12216: Projeto de estação
de tratamento de água para abastecimento público. Rio de Janeiro, 1998.
AZEVEDO NETTO José M. Manual de Hidráulica. São Paulo, SP. 8ª edição. Editora
Edgard Blücher LTDA, 1998. 66 p. -.
DI BERNARDO, L. – Métodos e Técnicas de Tratamento de Água – volume I. Rio de
Janeiro. ABES. 1993.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Índices do Censo de Santa Bárbara do
Pará, 2016.
RICHTER, Carlos A; AZEVEDO NETTO José M. Tratamento de água. Tecnologia
atualizada. São Paulo,SP: Editora Edgard Blücher LTDA, 1991.
TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de Água. São Paulo: Departamento de
Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.
643p. -.
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