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básicos da oração
O primeiro par que conseguimos separar dentro de uma oração é: o sujeito e o
predicado.
Tomemos a oração abaixo.
As chuvas provocaram inundações.
Podemos dividi-la em duas partes fundamentais:
TIPOS DE SUJEITO
Nossa gramática classifica o sujeito em: determinado; indeterminado; inexistente.
Vejamos cada um desses tipos. Observe as seguintes orações.
I)
As alunas chegaram tarde.
sujeito predicado
II)
? Chegou-se tarde.
sujeito indeterminado predicado
III)
Choveu ontem.
sujeito inexistente predicado
Quando usamos de forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado:
Observação
Numa oração como “Chegaste tarde”, por exemplo, o sujeito é determinado, mas
não aparece explicitamente na oração. Tal sujeito costuma ser classificado como sujeito
oculto, elíptico ou como sujeito determinado implícito na desinência verbal
((desinencial) ou seja, que pode ser identificado pela conjugação do verbo).
Essa diferença de comportamento das duas frases tem como pressuposto o dado
de que, na variante culta escrita, ainda se tem noção de que, em II, professores está
funcionando como sujeito da oração, caso contrário não se faria a concordância do
verbo com essa palavra.
Ainda se preserva a noção de que a oração “Elogiou-se o professor” é uma
estrutura equivalente a “O professor foi elogiado”. Como essa percepção não é mais
intuitiva para a grande maioria dos falantes, vamos então comentar enunciados como
esses e observá-los com outro olhar.
É preciso saber distinguir duas funções típicas do pronome se:
• partícula apassivadora;
• índice de indeterminação do sujeito.
Em outros termos, o pronome se pode agregar-se ao verbo:
• ou para apassivá-lo, caso em que ele funciona como partícula apassivadora;
• ou para impedir que se determine o sujeito do verbo, caso em que funciona como
índice de indeterminação do sujeito.
Partícula Apassivadora = pronome apassivador "se" + verbo transitivo direto ou
verbo transitivo direto e indireto.
Como distinguir um desses dois papéis do outro?
Seguramente não vamos conseguir distingui-los por intuição, já que, como
vimos, na variante popular, a tendência é igualar duas funções que, na variante culta
escrita, não se igualam.
Procede-se então por meio de uma análise monitorada por certos princípios:
• quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, sempre haverá na
frase um sujeito com o qual o verbo deve concordar;
• quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, o
sujeito – obviamente – é indeterminado e o verbo ficará sempre no singular.
Vejamos isso mais detidamente.
Duas formas de se indeterminar o sujeito
Do que ficou exposto, podemos concluir que há duas formas de se indeterminar
o sujeito em português:
a. por meio do pronome se índice de indeterminação do sujeito (no caso,
associado a verbos intransitivos ou transitivos seguidos de preposição);
Exemplos:
Vive-se bem na praia.
Discordou-se do projeto apresentado.
b. por meio de um verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum
antecedente que possa estar elíptico antes do verbo.
Exemplo:
Falam muito pouco do Brasil na Europa.
Mas é preciso notar que, havendo um antecedente a quem o predicado se refira,
o sujeito será determinado elíptico.
Exemplo:
Os conferencistas convidados para falar sobre política
internacional decepcionaram a plateia brasileira. Falaram muito pouco do Brasil.
Nesse caso, o contexto permite depreender que o sujeito de falaram está
elíptico, ou seja, foi omitido, mas existe (eles, os conferencistas).