Você está na página 1de 4

RP 07 075/02.

03
Substitui: 07.98

Fluidos hidráulicos à base de óleo mineral para bombas


de palhetas, bombas de pistões radiais, bombas de
engrenagem e motores MCR, MR e MKM/MRM
(para máquinas de pistões axiais, veja RP 90 220)

Qualidade, limpeza e viscosidade de trabalho do fluido hidráuli- 1.1.2 Bombas PVV e PVQ:
co são fundamentais para a segurança operacional, viabilidade Faixa de viscosidade admissível: 13 a 860 mm2/s
econômica e vida útil do equipamento. Os catálogos dos diversos
(Recomendados: 13 a 54 mm2/s)
componentes hidráulicos já contêm instruções sobre faixa de vis-
cosidade e fluidos apropriados. Contêm também os dados de (Fluidos admissíveis, veja item 2.2)
pedido de versões especiais e respectivos fluidos. As condições a 1.2 Faixa de viscosidade nas bombas de pistões radiais R4:
seguir devem ser observadas juntamente às instruções contidas Faixa de viscosidade admissível: 10 a 200 mm2/s
nos catálogos.
(Fluidos admissíveis, veja item 2.2)
1. Viscosidade
1.3 Faixa de viscosidade nas bombas de engrenamento
A faixa de viscosidade admissível, tanto de equipamentos com- externo e motores de engrenamento:
pletos como também de bombas combinadas, sempre é
bombas AZPF e motores AZMF:
determinada pelo componente com a faixa mais estreita. (Nas
combinações de bomba V7/R4, por exemplo, os limites são a Viscosidade de operação admissível: 12 a 800 mm2/s
viscosidade máxima admissível da bomba R4 e a viscosidade Viscosidade de partida admissível: 2000 mm2/s
mínima da bomba V7). A faixa de viscosidade deve ser manti- bombas AZPG3 e motores AZMG3:
da em todas as condições de operação. Viscosidade de operação admissível: 10 a 300 mm2/s
A viscosidade dos óleos HV durante a operação diminui até Viscosidade de partida admissível: 1000 mm2/s
30% devido ao cisalhamento. Isto deve ser levado em consi-
deração no dimensionamento. A viscosidade depende da tem- (Fluidos admissíveis, veja item 2.1 e 2.2)
peratura. Por essa razão é necessário observar, na escolha da 1.4 Faixa de viscosidade nas bombas de engrenamento
classe de viscosidade, as temperaturas máximas e mínimas do interno
fluido no tanque. Normalmente é necessário um sistema de 1.4.1 Bombas PGF:
refrigeração ou de aquecimento, ou ambos. Se ainda assim
Viscosidade de operação admissível: 10 a 300 mm2/s
houver problemas, será preciso utilizar um fluido hidráulico
com outra classe de viscosidade (classe ISO VG). Havendo dú- Viscosidade máx. de partida: 2000 mm2/s
vidas, consultar a Bosch Rexroth. (Fluidos admissíveis, veja item 2.1 e 2.2)
1.1 Faixa de viscosidade nas bombas de palheta 1.4.2 Bombas PGH:
1.1.1 Bombas PV7: Viscosidade de operação admissível: 10 a 300 mm2/s
Máx. 800 mm2/s para funcionamento com deslocamento Viscosidade máx. de partida: 2000 mm2/s
Máx. 200 mm2/s para funcionamento com curso zero (Fluidos admissíveis, veja item 2.1 e 2.2)
Mín. 16 mm2/s com a máxima temperatura de operação ad- 1.5 Faixa de viscosidade nos motores MCR:
missível Viscosidade de operação admissível: 10 a 2000 mm2/s
Viscosidade de operação admissível: 16 a 160 mm2/s (Fluidos admissíveis, veja item 2.1 e 2.2)
(Fluidos admissíveis: veja item 2.1 e 2.2) 1.6 Faixa de viscosidade nos motores MR(E), MRD(E),
MRT(E):
Viscosidade de operação admissível: 18 a 1000 mm2/s
Viscosidade de operação recomendada: 30 a 50 mm2/s
(Fluidos admissíveis, veja item 2.2)

© 2003
by Bosch Rexroth AG, Industrial Hydraulics, D-97813 Lohr am Main
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste documento poderá ser reproduzida ou, utilizando sistemas eletrônicos,
ser arquivada, editorada, copiada ou distribuída de alguma forma, sem a autorização escrita da Bosch Rexroth AG, Industri-
al Hydraulics. Transgressões implicam em indenizações.

1/4 RP 07 075/02.03
1.7 Faixa de viscosidade nos motores MKM/MRM: caso de dúvida, solicitamos contatar o fabricante do óleo.
Viscosidade de operação admissível: 20 a 150 mm2/s Também recomendamos aos usuários, observarem na escolha
Viscosidade máx. de partida:1000 mm2/s do fornecedor do óleo hidráulico, que este ofereça a possibili-
dade de examinar as condições dos óleos usados em relação a
(Viscosidade de operação recomendada: 30 a 50 mm2/s
contaminação, envelhecimento e reserva de aditivo, podendo
Fluidos admissíveis, veja item 2.2) fornecer um parecer sobre a continuidade da aplicação.
2. Fluidos hidráulicos 2.2.2 Óleos HVLP conforme DIN 51 524, parte 3:
A especificação do fluido de operação sempre depende do (Óleos com índice de viscosidade aumentado, para uso em
componente mais exigente do equipamento. Todos os compo- equipamentos expostos a uma ampla faixa de temperatura)
nentes do equipamento devem ser adequados para o fluido
Aqui valem as mesmas observações e restrições mencionadas
empregado.
no item 2.2.1 para óleos HLP. Na escolha do óleo HV deve-se
2.1 Óleos HL conforme DIN 51 524, parte 1: levar em conta que existe uma perda de 30% da viscosidade
Estes fluidos não contêm aditivos de proteção contra desgas- do óleo por cisalhamento. Isto significa que, por exemplo, na
te por atrito misto e podem ser utilizados apenas nas seguin- bomba V7 com óleos HV a viscosidade mínima de 25 mm2/s
tes bombas e motores: deve ser aumentada para 36 mm2/s, para que mesmo com as
PGH, PGF, AZPF, AZPG3, AZMF, AZMG3 e V71), (TN 10, 16, 25 perdas de cisalhamento no modo de operação, a viscosidade
e 40), assim como motores MCR. não fique abaixo do valor mínimo admissível. Produtos de
melhoria VI podem agir negativamente sobre o comportamento
Fluidos para a aviação conf. MIL-H-5606 (ex.: Aero Shell Fluid
de demulsificação e a capacidade de separação de ar, portan-
4) correspondem a óleos HL em relação à proteção contra des-
to os óleos HV só devem ser empregados quando as condi-
gaste, e podem ser usados nas bombas e motores acima men-
ções de temperatura o exigirem.
cionados, nas classes de viscosidade admissíveis. Fluidos hi-
dráulicos que atacam chumbo ou materiais de mancais con- O resultado do teste de queda de viscosidade conf. DIN 51
tendo chumbo, não podem ser empregados, mesmo que aten- 382 não representa uma conclusão sobre o comportamento
dam à especificação HL de DIN 51 524, parte 1. Tratam-se na prática. Para avaliação pode-se porém utilizar o resultado
principalmente de óleos de uso múltiplo (ex.: óleos para lei- do teste conf. E-DIN 51 350, parte 6 para 20 h. (Óleos para a
tos/barramentos), que contêm ácidos graxos ou ésteres de aviação conf. MIL-H-5606, veja item 2.1, óleos HL).
ácidos graxos. Nas normas CETOP RP 75 H e ISO 11 158 os 2.2.3 Utilização de óleos HLP-D:
óleos equivalentes também são designados com HL. (Óleos HLP com aditivos detergentes e dispersantes)
2.2 Óleos com características HLP Estes óleos podem em parte absorver consideráveis quantida-
2.2.1 Óleo HLP conforme DIN 51 524, parte 2: des de água. Isto pode ter influência na proteção contra o
(Óleos com aditivos anti-corrosão, anti-oxidantes e anti-des- desgaste, sobretudo quando se formam gotas grandes de água.
gastes) Portanto não devem ser utilizados em equipamentos, onde
possa entrar água. Nas operações de usinagem, em que são
Estes fluidos são utilizados na hidráulica de um modo geral.
utilizados lubrificantes refrigerantes e sintéticos, o equipamento
São apropriados para todos os componentes, desde que obser-
só trabalha bem quando se empregam óleos HLP-D. Outros
vadas as normas de viscosidade.
óleos produzem aderência. Estes fluidos também deram bom
Nas classes de viscosidade VG10, VG15 e VG22, a norma DIN resultado na área móbil. Recomendamos a utilização de óleos
51 524 parte 2 não estabelece exigências suficientes de prote- HLP-D somente nos casos citados.
ção contra desgaste. Os óleos destas classes de viscosidade
A capacidade umidificante destes óleos é muito diversa, de-
portanto só são admissíveis, se alcançarem no mínimo a força
pendendo do fabricante. Portanto a afirmação de que sejam
de avaria 10 no teste FZG conf. DIN 51 354 parte 2.
especialmente indicados contra os efeitos de emperramento
Fluidos hidráulicos agressivos ao chumbo ou a materiais de nas baixas velocidades dos êmbolo não pode ser generaliza-
mancais que contenham chumbo não podem ser utilizados, da.
mesmo que atendam à especificação HLP conf. DIN 51524
Em determinados casos, onde se deve contar com maior inci-
parte 2. Tratam-se principalmente de óleos de uso múltiplo
dência de água (ex.: aciarias ou ambientes úmidos), não é
(ex.: óleos para leitos/ barramentos) e em parte também óleos
permitido o uso de óleos HLP-D, pois a água absorvida, ao
HLP-D. Óleos de uso múltiplo tipo CG conf. DIN 51 502 ou HG
invés de decantar-se no recipiente, é evaporada aos locais sub-
conf. ISO 11 158 somente podem ser empregados mediante
metidos a altos esforços.
autorização por escrito da Bosch Rexroth.
Nestes casos recomenda-se o uso de óleos hidráulicos HLP
Nós autorizamos o uso de todos os fluidos HLP que atendam à
com características demulsificantes excepcionalmente boas. A
norma DIN 51 524 parte 2, com as restrições acima mencio-
água decantada no fundo do recipiente deve ser drenada re-
nadas, mas também alertamos que esta norma só estabelece
gularmente. A capacidade de filtração dos óleos que não con-
exigências mínimas.
têm zinco também é melhor, sobretudo na filtração fina. Ao
Como se pode ver nas tabelas, existem óleos, que superam de escolher um óleo, também é preciso observar que a capacida-
longe estas exigências no que se refere a envelhecimento, pro- de de filtração do fluido não seja muito afetada se ocorrer
teção contra desgaste, tolerância a metais de mancais, carga inclusão de água.
térmica e capacidade de filtração.
Os óleos HLP-D não produzem decantação de contaminantes.
O tempo de envelhecimento fornece conclusões sobre o tempo Estes flutuam e precisam ser extraídos por filtração. Por isso é
de uso do fluido. Um baixo teor de lama leva à baixa decantação necessária uma maior área do filtro (dimensionamento do
no sistema. Uma boa capacidade de filtração evita falhas. Em

RP 07 075/02.03 2/4
filtro em Δp = 0,2 bar). Também a malha do filtro deve ser Os óleos empregados precisam apresentar uma boa capaci-
reduzida em um estágio. dade de filtração não só quando novos, mas também duran-
O teor de água deve estar abaixo de 0,1%, pois a água ace- te o período de uso. Dependendo dos aditivos empregados,
lera o processo de envelhecimento do óleo, piora as caracte- há consideráveis diferenças.
rísticas lubrificantes, produz corrosão e cavitação, reduz a É preciso garantir, através de monitoramento elétrico, que o
vida útil das vedações e prejudica a capacidade de filtração. equipamento não possa ser operado com filtros entupidos.
Diversos óleos HLP-D contêm ácidos graxos ou ésteres de A observação das classes de pureza necessárias exige cuida-
ácidos graxos. Estes fluidos não podem ser empregados, pois dosa filtração no sistema de desaeração do tanque. Em am-
agridem o chumbo. Em caso de dúvida, pedimos contatar o bientes úmidos é necessária uma proteção com silicagel.
fabricante do óleo. Em linhas gerais vale, com exceção do 4. Mistura de diversos óleos hidráulicos
comportamento demulsificante dos óleos HLP-D, o mesmo Se forem misturados óleos hidráulicos de diferentes fabri-
do item 2.2. cantes ou de diversos tipos provenientes de um mesmo fa-
3. Filtração bricante, podem ocorrer aderências, formação de lamas e
De um modo geral, é necessário observar a classe de pureza deposições. Estes podem levar a defeitos e avarias no siste-
mínima de 20/18/15 da norma ISO 4406. Recomendamos fil- ma hidráulico. Por essa razão não assumimos nenhuma ga-
tros com uma capacidade mínima de retenção de ß10 > 100. rantia para o uso de óleos misturados. De um modo geral é
É necessário observar também os dados contidos nos catálo- necessário observar que os óleos correspondentes a uma
gos de cada componente hidráulico. Se o equipamento pos- mesma norma nem sempre são compatíveis entre si. A ques-
suir componentes mais sensíveis ainda (ex.: servo-válvulas), tão da aderência em caso de avaria com a mistura de óleos de
a capacidade de filtração deve ser adequada ao componente diversos fabricantes ou com o uso de aditivos normalmente
mais sensível. Óleos novos muitas vezes não atendem a es- não pode mais ser esclarecida. O fornecedor do óleo pode,
tes requisitos de pureza no seu estado de fornecimento. Por- porém, eventualmente examinar a viabilidade de mistura de
tanto é necessária uma cuidadosa filtração no preenchimen- diferentes óleos e fornecer ao operador uma garantia.
to. Seu fabricante de óleo pode dar informações sobre a classe
de pureza dos óleos nas condições de fornecimento.

10000
Diagrama Viscosidade - 7000 VG100
5000
Temperatura 4000
3000 VG68
2000 VG46
1000
VG32
500
400 VG22
300
200
VG10

100 100 mm2/s


80 80
60 60
50 50
40 40
30 30

20
Viscosidade em mm2/s

20
18 18
16 16
14 14
12 12
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5

4 4

3 3

2,6
-40 -35 -30 -25-20 -15-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140

Temperatura em °C

3/4 RP 07075/02.03
Fórmulas e normas mais frequentes

Fórmulas da física Processos de medição e normas


a) Velocidade do som no óleo mineral c = 1320 m/s 1 Viscosidade cinemática em mm2/s
b) Fator de compressibilidade b (módulo de compressão) Medição por exemplo, com viscosímetro de Ubbelohde
conf. DIN 51 562
ΔV 1 2 Densidade a 15oC em g/cm3 com areômetro
β = = 3 a 8 • 10 –5
V • Δp bar conf. DIN 51 757
c) Função viscosidade-temperatura 3 Índice de viscosidade (VI )
conf. DIN/ISO 2909
Pendor n = U1 – U2 sendo U = asenh ln ν 4 Para fluidos HL DIN 51 524 parte 1
2,303 (10g T2 – 10g T1) Para fluidos HLP DIN 51 524 parte 2
Para fluidos HV DIN 51 524 parte 3
Índice de viscosidade VI (cálculo conf. DIN/ISO 2909)
5 Classificação de viscosidade (conf. ISO)
d) Comportamento viscosidade-pressão (viscosidade dinâmica η) conf. DIN 51 519
η p = η0 • eα • p (p em bar) [mPa•s] 6 Ponto de fluidez
(O ponto de fluidez é alcançado a 3 ºC acima do ponto de
α 20 °C = 0,00240 bar–1 solidificação.)
α 50 °C = 0,00205 bar–1 7 Teste normal FZG A/8, 3/90
α 100 °C = 0,00247 bar–1 (Operação de carga de deformação de roda dentada em
(conf. manual "Fluídos Hidráulicos" 12 estágios com temperatura inicial de 90º C e velocidade
do Eng. Horst Dietterle, da empresa Shell) de circulação de 8,3 m/s)
conf. DIN 51 354 parte 2
e) Capacidade térmica específica 8 Pressões - conceitos - faixas de pressão
kJ
c = 1,84 • kg • K conf. DIN 24 312
f) Dilatação térmica 9 Capacidade de separação de ar
conf. DIN 51 381
Δv = v • 0,0007• ΔT [cm3] (T em K )
10 Características de proteção anti-corrosão
g) Coeficiente de Bunsen para ar em óleo mineral = 0,09
em relação ao aço (processo A) DIN 51 585
p
VL ≈ 0,09 • 2 • VÓleo Efeito corrosão no cobre DIN 51 759
p1 11 Capacidade de demulsificação DIN 51 599
VL = Ar dissolvido no óleo, em cm3 Teor de água DIN/ISO 3733
VÓleo = Volume de óleo em cm3 12 Comportamento em relação ao material vedante
p1 = Pressão inicial em bar conf. DIN 53 538 parte 1
juntamente com DIN 53 521 e DIN 53 505
p2 = Pressão final em bar
h) Relação de circulação (veloc. circulação) 13 Índice de neutralização em mg KOH DIN 51 558 parte 1
qv g
14 Determinação do resíduo de coque segundo Conradson
i = VEquipamento min –1
conf. DIN 51 551
recíproco em relação ao tempo de permanência 15 Teste mecânico na bomba de palhetas
qv em l/min (vazão da bomba) (desgaste em mg) conf. DIN 51 389 parte 2
V em l (volume de óleo do equipamento) 16 Envelhecimento
Aumento do índice de neutralização (NZ)
após 1000 h (mg KOH/g) conf. DIN 51 587

Bosch Rexroth Ltda. Os dados indicados servem somente como descrição


Av. Tégula, 888 do produto. Uma declaração sobre determinadas características
12952-820 Atibaia SP ou a sua aptidão para determinado uso, não podem ser
Tel.: +55 11 4414 5826 concluídos através dos dados. Os dados não eximem o
Fax: +55 11 4414 5791 usuário de suas próprias análises e testes. Deve ser observado,
industrialhydraulics@boschrexroth.com.br que os nossos produtos estão sujeitos a um processo natural de
www.boschrexroth.com.br desgaste e envelhecimento.

RP 07075/02.03 4/4

Você também pode gostar