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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CCET

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

ANÁLISE DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS – ENGENHARIA MECÂNICA


5o PERÍODO (1o SEM / 2015) – PROF. MICHEL HOSPITAL

EXPERIÊNCIA NR. 01

DATA PREVISTA PARA ENTREGA: 19 / 03 / 2015


DATA EFETIVA DA ENTREGA: 19 / 03 / 2015

INTEGRANTES DO GRUPO:

Introdução
A energia disponível nas redes de eletricidade doméstica são fontes de
tensão alternada senoidal, que variam entre 110 e 220 V e com frequências entre
50 a 60Hz, este tipo de corrente só pode ser utilizada em alguns tipos de
aparelhos eletroeletrônicos, como motores elétricos, lâmpadas entre outros,
infelizmente alguns aparelhos são projetados para trabalharem com correntes
contínuas como computadores e celulares e, para isso, é necessário converter a
corrente alternada disponível nas tomadas em corrente contínua e um método
para tal aplicação é usar sistemas retificadores.

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Um método muito utilizado para se realizar a retificação das correntes é a


utilização de diodos, pois os mesmos são componentes não lineares que
permitem a passagem da corrente em um único sentido (polarização direta) e
inibem a passagem da corrente no sentido reverso (polarização reversa). Esses
diodos são associados a capacitores em paralelo para que estes possam reduzir
a súbita queda de tensão diminuindo o caráter senoidal da semi-onda.

Objetivo
Estudar e analisar circuitos retificadores a diodo com e sem o filtro
capacitivo, e assim verificar as teorias vislumbradas em sala.

Procedimento Experimental
Primeiramente montamos o circuito da Figura 1, com a chave CH1 aberta
(sem filtro) e com o osciloscópio ligado a saída mediu-se as frequências, tensão
máxima, tensão de Ripple, tensão contínua, tensão RMS e com o multímetro as
tensões contínuas e RMS. Após isso, fechamos a chave CH1 (inserindo o filtro) e
então realizou-se novamente o procedimento de medição anterior.

Montamos o circuito da Figura 2 realizando os mesmos procedimentos do


circuito anterior.

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No esquema elétrico da Figura 3, montamos o circuito descrito abaixo e


repetimos o procedimento, anotando os valores com a chave aberta e depois com
a chave fechada.

Abaixo seguem as fotos da simulação dos resultados dos cirquitos a serem


estudados nesta prática:

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Figura 4 – Circuito retificador de meia onda

Figura 5 – Circuito retificador onda completa

Figura 6 – Circuito retificador onda completa em ponte

Resultados e discussão
Neste experimento, foi utilizado o diodo 1N4007, cujas principais
características são:
PARÂMETRO SÍMBOLO, UNIDADE CONDIÇÃO
Máxima corrente média
Io = 1.0A 60Hz, carga resistiva ou
no sentido direto
indutiva.
Máxima tensão no
VR = 1000V TA = 25ºC
sentido reverso

As características do transformador utilizado são:


PARÂMETRO SÍMBOLO, UNIDADE
Tensão nominal do primário VIN = 127V

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Tensão nominal do secundário VOUT = 14,7V


Relação de transformação 8,6

Para se obter os valores médio e eficaz (RMS) na saída dos retificadores


de meia onda e onda completa, bem como as frequências de entrada e saída,
foram usadas as seguintes fórmulas:
 Meia onda:
𝑉𝑝
𝑉𝐷𝐶 =
𝜋
𝑉𝑝
𝑉𝑅𝑀𝑆 =
√2
𝑓𝑂𝑈𝑇 = 𝑓𝐼𝑁
 Onda completa:
2𝑉𝑝
𝑉𝐷𝐶 =
𝜋
2𝑉𝑝
𝑉𝑅𝑀𝑆 =
√2
𝑓𝑂𝑈𝑇 = 2𝑓𝐼𝑁

Para os cálculos foi considerada uma queda de tensão de 0,7V sobre os


diodos quando polarizados diretamente.
Deduzindo, a partir da fórmula do valor médio as formulas do valor de
nível DC do retificador de meia onda e onda completa:
O nível DC corresponde ao valor médio do sinal f(t) em um intervalo de
tempo:
𝑇

𝑉𝐷𝐶 = ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡
0

Considere o sinal a ser retificado em meia onda como 𝑓(𝑡) =


𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡)com 𝑤 = 2𝜋/𝑇.

1 𝑇
𝑉𝑑𝑐 = ∫ 𝐹(𝑡)𝑑𝑡
𝑇 0
𝜋
𝜔 𝜔
𝑉𝑑𝑐 = {∫ 𝑉𝑚 𝑆𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝑡}
2𝜋 0

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𝜔 𝜋⁄
𝑉𝑑𝑐 = {[−cos(𝜔𝑡)]0 𝜔
2𝜋
1
𝑉𝑑𝑐 = 𝑉
𝜋 𝑚

Considere o sinal a ser retificado em meia onda como 𝑓(𝑡) = 𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡)


com 𝑤 = 2𝜋/𝑇.

1 𝑇
𝑉𝑑𝑐 = ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡
𝑇 0

𝜋 2𝜋
𝜔 𝜔 𝜔
𝑉𝑑𝑐 = {∫ 𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝑡 − ∫ 𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑑𝑡 }
2𝜋 0 𝜋
𝜔

𝜔 𝜋⁄ 2𝜋⁄
𝑉𝑚 = {[−cos(𝜔𝑡)]0 𝜔 − [−cos(𝜔𝑡)]𝜋⁄ 𝜔 }
2𝜋 𝜔

2
𝑉𝑚 = 𝑉
𝜋 𝑚

Os valores obtidos e esperados para os circuitos são:


Freq.IN (Hz) VP (V) VDC OSC. (V) VDC MULT (V)
Retificador Config.
Freq.OUT (Hz) VPP RIPPLE (V) VRMS OSC. (V) VRMS MULT (V)
Med. Teor. Med. Teor. Med. Teor. Med. Teor.
Sem 60,00 60,00 13,80 13,70 4,20 4,18 4,21 4,25
filtro 60,00 60,00 13,70 13,72 6,70 6,72 8,80 8,83
Meia onda
Com 60,00 60,00 13,50 13,53 4,50 4,50 4,24 4,21
filtro 58,61 60,00 0,29 0,30 6,82 6,82 6,85 6,82
Sem 60,00 60,00 13,80 13,81 8,39 8,40 8,40 8,41
Onda
filtro 119,00 120,00 0,00 0,00 10,20 10,23 17,22 17,19
completa
Com 60,00 60,00 13,80 13,82 8,17 8,20 8,42 8,40

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filtro 120,58 120,00 0,008 0,006 10,46 10,48 17,41 17,40


Sem 60,00 60,00 27,60 27,58 17,44 17,43 17,87 17,85
Onda
filtro 119,45 120,00 0,00 0,00 38,14 38,02 38,50 38,48
completa
Com 60,00 60,00 28,10 28,00 17,50 17,46 17,50 17,46
em ponte
filtro 120,00 120,00 1,86 1,76 39,20 39,18 39,55 39,46

Os valores teóricos foram encontrados por meio de cálculos e simulação


computacional.
As formas de onda obtidas podem ser vistas nas figuras a seguir, sendo
sem filtro e com filtro, respectivamente:

 Retificador de meia onda:

 Retificador de onda completa

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 Retificador de onda completa em ponte:

Conclusões
Pudemos analisar o comportamento e diferenças entre retificadores a
diodo em onda completa e meia onda, bem como as diferenças entre a utilização
de filtros ou não. Para uma fonte de corrente contínua, deseja-se obter uma
tensão de saída DC com baixo Ripple (Vripple) e, seguindo este raciocínio, o que
fornece os melhores resultados são os circuitos que possuem filtro. Outra
observação importante é a de que a tensão DC disponível aumenta na seguinte
ordem: Retificador Meia Onda, Retificador Onda Completa e Retificador Onda
Completa Em Ponte.
Finalmente, é notório ressaltar que as tensões RMS medidas na saída do
circuito com um multímetro não correspondem aos valores reais, uma vez que
este calcula o valor com base em um circuito de corrente alternada, distorcendo
os valores no caso de uma tensão contínua.

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