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1
Mestre em Engenharia de Infra-estrutura Aeronáutica, Tecnóloga em Pavimentação, INFRAERO, Rod. Hélio Smidht
s/nº, Guarulhos, SP, Brasil e mabad.cnsp@infraero.gov.br.
2
Pós-Doutorado em Engenharia Civil, Engenheiro de Infra Estrutura Aeronáutica, ITA, Instituto Tecnológico de
Aeronáutica – ITA,Vila das Acácias, Sao Jose dos Campos, SP - Brasil e regis@ita.br.
RESUMO
Os equipamentos usados nas pistas de pouso e decolagem foram Mumeter, Skiddometer e ASFT.
Os resultados gerados pelo equipamento são valores de coeficiente de atrito pneu-pavimento
espaçados de 100 em 100m. Especialistas em Pavimentação devem analisar estes dados
considerando as variáveis existentes em um ensaio de campo.
Este trabalho concentra resultados de 52 (cinqüenta e dois) aeroportos brasileiros que tiveram suas
pistas de pouso e decolagem avaliados quanto ao atrito pneu-pavimento. Associou-se aos valores
numéricos dos ensaios de atrito à variação sazonal (precipitação e temperatura) para compreender a
variação de atrito de uma mesma pista em dias diferentes.
Deve-se analisar sob que condições climáticas o ensaio foi realizado, se a pista estava limpa ou com
excesso de agentes contaminantes como poeira e borracha dos pneus. A realização do ensaio
deveria ser programada em função da ocorrência de precipitação, que foi a informação que
provocou de forma mais significativa melhoria dos resultados de medição de atrito.
ABSTRACT
Administrators of airports routinely promote runway assessments to check the status of the
pavement in wet conditions. Tests are made for measuring friction following the normative
instruction IAC4302 and specification ASTM E670-94.
The equipment used in runways were Mumeter, Skiddometer and ASFT. The results generated by
the equipment are values of friction coefficient of tire-pavement spaced 100m in 100m. Paving
Expert should analyze the data considering the variables that exist in a field test.
This work concentrates results of 52 (fifty two) Brazilian airports that had their runways evaluated
regarding the tire-pavement friction contdition. It was also examined how seasonal variation
(precipitation and temperature) affects the numerical values obtained from the friction tests in
order to understand the variation of friction along the year.
The conditions under which the test is performed should be analyzed, particularly the weather
conditions, the cleanliness of the runway surface or if there is contaminants such as dust and tire
rubber. The test should be scheduled taking into account , especially, the probability of rainfall,
which was the information that led to a more significant improvement of the results of friction
measurements.
04-305
ISSN 1983-3903
CONINFRA 2010 – 4º CONGRESSO DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (CONINFRA 2010 -
4º TRANSPORTATION INFRASTRUCTURE CONFERENCE)
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INTRODUÇÃO
O pouso e a decolagem são as operações mais críticas de um vôo. Um pavimento de pista de pouso
deve cumprir três funções básicas, fornecendo: adequada resistência de suporte, boa qualidade ao
rolamento e boa característica de atrito superficial. Este trabalho concentra dados de características
de atrito na superfície (resistência à derrapagem), dados que traduzem a situação da superfície de
pistas quanto a segurança das operações de pouso e decolagem.
Um dos fatores contribuintes para ocorrência de acidentes durante essas operações é a ineficácia de
frenagem ocasionada pela deficiência de atrito entre o pneu e o pavimento quando as pistas se
apresentam molhadas, denominada hidroplanagem ou aquaplanagem. As pistas, quando secas, em
geral apresentam níveis de atrito satisfatórios, porém quando a pista é afetada pela água tornando-se
úmida ou inundada os valores de atrito caem e variam conforme o tipo de pavimento, a textura de
sua superfície, a forma do pavimento e a velocidade da aeronave.
Junto com a análise das medições de atrito o sistema de drenagem de uma pista deve ser atendido
satisfatoriamente, para conseguir atrito adequado em todas as condições possíveis de pista úmida a
uma pista totalmente alagada. Outro ponto são as possíveis irregularidades longitudinais existentes,
em pistas antigas e com deformações ou em pistas novas mal construídas. Estas irregularidades
(ondulações) podem chegar a formar poças d`agua, criando um ponto de risco de hidroplanagem,
portanto o atrito isoladamente não é o único fator ocasionador de hidroplanagem.
A drenagem superficial pode ser explicada como a superfície geometricamente adequada para
diminuir o percurso da água na pista e impedir que se formem lâminas d’agua principalmente na
área de trilha de roda, ou seja, na região em que os pneus das aeronaves costumam tocar o
pavimento em operações rotineiras. Conforme recomenda a ICAO no Anexo 14 (1999, v.1, p.16-
17) as declividades longitudinais e transversais devem variar de 1 a 2%, conforme o código
numérico do Aeroporto. Em conjunto com as declividades, a irregularidade da superfície do
pavimento é outro fator importante para se avaliar se a pista de pouso está nivelada e, desta forma,
impedir a formação de lâminas d’água. Este parâmetro, expresso pelo QI (quociente de
irregularidade), pode ser obtido com a realização de ensaios de campo com equipamento manual, o
Merlin ou tipo resposta Bump Integrator ou mesmo por meio de levantamentos topográficos. A
irregularidade superficial deve ser monitorada frequentemente, pois refletirá em acumulo de água
na pista e conseqüente perda de atrito pneu-pavimento.
Shahin (1994) aponta que o comprimento de onda superior a 30 metros nas rodovias tem pouco
efeito no veículo, mas nas pistas de pouso e decolagem comprimentos de onda acima de 120 metros
são significativos.
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O sistema de drenagem adequado, de forma a expulsar a água da pista rapidamente e pelo caminho
mais curto é a melhor forma de se evitar a hidroplanagem em pistas de pouso e decolagem. O
Grooving, que são ranhuras (estrias), de profundidade, largura e espaçamento uniformes realizadas
na superfície do pavimento com a função de aumentar o seu atrito com o pneu. Por meio de canais
criados na superfície, evita-se a formação de lâmina d’água conduzindo a água para as laterais da
pista mais rapidamente.
Como cita Shain (1994), a maior razão para coletar dados de resistência à derrapagem é prevenir ou
reduzir acidentes. Os dados são usados para identificar seções dos pavimentos com deficiência ou
identificar níveis de deterioração de resistência à derrapagem.
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Uma mistura do tipo CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) pode propiciar diferentes
texturas de acordo com o tamanho e a quantidade de agregados utilizados na mistura.
Para melhorar o nível de atrito das superfícies de pistas quando molhadas e eliminar as superfícies
abaixo do padrão, a ICAO e o FAA “Federal Aviation Administration” definem o nível de atrito
mínimo para pavimentos novos e para existentes. Conforme o tipo de equipamento utilizado para
medição de atrito o limite do valor de atrito varia,sua superfície além da composição do concreto
empregado.
Tabela 1- Classificação do nível de atrito para superfície de pista de pouso (FAA –AC150/5320-
12C).
Velocidade 65 km/h Velocidade 95 km/h
Equipamento Mínimo Manutenção Projeto Novo/ Mínimo Manutenção Projeto Novo/
Planejamento Construção Planejamento Construção
Mu meter 0.42 0.52 0.72 0.26 0.38 0.66
Dynateste Consulting,
Inc. 0.50 0.60 0.82 0.41 0.54 0.72
Runway Friction Tester
Airport Equipament Co.
0.50 0.60 0.82 0.34 0.47 0.74
Skiddometer
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Valores de coeficiente de atrito recomendados para ensaios realizados com diversos equipamentos,
nada mais são do que valores mínimos aceitáveis para operações, valores a partir dos quais o
pavimento necessita de manutenção e valores recomendados para pavimentos novos.
A ICAO (1999, p.193) estabeleceu estes valores limites apresentados na Tabela 2 através da
realização de um estudo de pesquisa concluído em um País e a recomendação é que cada País
estabeleça seus critérios para as características de atrito de superfícies de pista de pouso e
decolagens novas ou recapeadas.
Existem diferenças nos procedimentos de teste, analisando uma mesma superfície sob as mesmas
condições, não são numericamente iguais. Conforme o tipo de equipamento utilizado para medição
de atrito o limite do valor de atrito varia, porque no processo BFC o equipamento mede o atrito na
frenagem quando a derrapagem ocorre, ou seja, quando as rodas travam com o veículo ainda em
movimento; já no processo SFC a roda teste é inclinada em relação a direção do deslocamento,
simulando a mobilização de atrito quando o veículo faz uma curva.O BFC é aproximadamente
80% do SFC, segundo Croney e Croney (1998). Esta correlação também foi verificada nas pistas
recém recapeada de Congonhas e em Campo de Marte.
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Há trechos de uma pista de pouso que merecem atenção especial quanto ao requisito atrito e textura.
É o caso das áreas de toque que retém acúmulo de borracha nos pavimentos rapidamente com o
efeito do tráfego, em poucos dias dois terços da pista (o início e o fim) ficam completamente
emborrachados numa largura comum de 20 (vinte) metros centrais da pista, conforme levantamento
realizado no Aeroporto de Congonhas por Rodrigues Filho (2006) e observado nos demais
aeroportos de São Paulo. A manutenção nestes trechos é constante, sempre se faz o processo de
desemborrachamento e assim se mantém o coeficiente de atrito adequado. A retirada de borracha do
pavimento é um processo difícil pela própria natureza química do asfalto e da borracha. São usados
jatos de alta pressão ou detergentes específicos para lavagem da pista. Esse processo causa desgaste
superficial na pista.
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Classifica-se qualitativamente a micro-textura superficial de uma pista como áspera ou lisa, através
do tato e de ensaio com o equipamento denominado Pêndulo Britânico conforme especificação do
método ASTM E-303-93. O Pêndulo Britânico é um equipamento portátil que permite uma medida
pontual de atrito.
A macro-textura é caracterizada pela profundidade média da textura obtida por ensaios pelo método
da mancha de areia, ou da mancha de graxa que se baseia no processo volumétrico. O mais utilizado
para pavimentos aeroportuários é o método da mancha de areia.
A INFRAERO realiza o ensaio mancha de areia de acordo com a Instrução Normativa IAC 4302 e
ASTM E965-96.
Procura-se na medida do possível adotar uma massa asfáltica que garanta uma textura aberta e
áspera. Misturas do tipo Camada Porosa de Atrito (CPA) têm esta característica, porém existem
desvantagens de se ter uma mistura assim. Os pavimentos desta classe retêm maior quantidade de
borracha pela aspereza da face do pavimento e pelo grande número de vazios que acabam sendo
preenchidos pela borracha. Este é um ponto negativo nos pavimentos da classe textura aberta e
áspera, a durabilidade do pavimento nesta condição deve ser considerada.
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Figura 5 - Corpos de prova de camada porosa, vista lateral e superior (grande número de vazios).
A Profundidade Média da macrotextura para pavimentos flexíveis convencionais não deverá ser
inferior a 0,50 milímetros. Para o caso de Pavimentos Flexíveis, com plano especial de manutenção,
outro valor específico deverá ser definido como limite e uma ação corretiva deverá ser aplicada
quando esse valor não for alcançado. Em se tratando de um pavimento novo ou recuperado, a
profundidade média a ser admitida é de 1,00 mm porém dificilmente as misturas asfálticas
tradicionais aplicadas em aeroportos alcançam este valor, é um ponto a ser revisado na norma
brasileira em função da diferença climatica entre este país e os países onde se desenvolveu a norma
originalmente. A macro-textura influencia fortemente a ocorrência de hidroplanagem. Para
profundidades abaixo de 0,40 mm a eficácia de frenagem pode ser considerada deficiente.
A textura superficial do pavimento classifica-se em função dos valores de profundidade adquiridos
com os ensaios conforme demonstra a tabela a seguir apresentada:
É sempre recomendado que quando realizadas as medições de atrito sejam utilizados ensaios de
verificação da macro-textura.
METODOLOGIA
A INFRAERO forneceu os valores de coeficiente de atrito obtidos por meio de ensaios periódicos
em pistas de pouso e decolagem dos aeroportos por ela administrados.
Foram realizadas as seguintes etapas de pesquisas:
a) Acompanhamento da realização do ensaio com equipamento mumeter no Aeroporto
Internacional de São Paulo – Guarulhos /SP;
b) Coleta de informações sobre o histórico dos revestimentos existentes nas pistas dos
Aeroportos;
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ANÁLISE DE DADOS
Os ensaios de campo foram realizados com equipamento mumeter e o equivalente ASFT, quando
usado skiddometer aplicou-se o fator de equivalência entre os equipamentos, apontados por Croney
e Croney (1998), para unificar os resultados.
0,60
Coeficiente de atrito
0,55
18°C sem
0,50
precipitação
BFC
0,45
18,3°C com
0,40
precipitação
0,35
0,30
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
distâncias da cabeceira
Figura 6 – Gráfico dos valores pontuais do coeficiente de atrito x distâncias a partir da cabeceira da
pista de pouso – leituras do lado direito do eixo da pista Aeroporto Campo de Marte.
0,55
Coeficiente de atrito
0,5 Comportamento do
atrito sem ocorrência
0,45 de Precipitação
0,4 Comportamento do
atrito com ocorrência
0,35 de Precipitação no
1998 2000 2002 2004 2006 2008 dia e/ou anterior
Datas
Figura 7 – Gráfico dos valores médios anuais do coeficiente de atrito x data, separados por
ocorrência ou não de precipitação no dia e/ou no dia anterior - Aeroporto Campo de Marte.
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Coeficiente de Atrito
0,70
0,65 22,8°C Sem
0,60 precipitação no dia
e/ou dia anterior
BFC
0,55
18,3°C sem
0,50
precipitação
0,45
0,40
0
00
00
00
00
00
10
40
70
10
13
16
19
22
Distâncias m
Figura 8 – Gráfico dos valores pontuais do coeficiente de atrito x distâncias a partir da cabeceira da
pista de pouso – leituras do lado esquerdo do eixo da pista - Aeroporto São José dos Campos –
situações de tempo seco apenas variando a temperatura.
0,75
0,70
Comportamento
0,65 atrito com idade do
pavimento
0,60
0,55 Linear
0,50 (Comportamento
atrito com idade do
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 pavimento)
Data do ensaio
1,00
Coeficiente de Atrito BFC x SFC
Skiddometer 3m eixo
esquerdo 01/08/2007
0,90
Skiddometer 3m eixo
direito 01/08/2007
0,80
MK-4 3m eixo
esquerdo 29/07/07
0,70
MK-4 3m eixo direito
29/07/2007
0,60
100
400
700
1000
1300
1600
1900
2200
2500
2800
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0,8
0,75
0,65
0,6
0,55
atrito médio
0,5
lado esquerdo
jun-06
jul-06
nov-06
jan-07
out-06
dez-06
fev-07
set-06
ago-06
mar-07
abr-07
mai-07
3m eixo
data ensaio
0,74
coeficiente médio do atrito
0,72
0,70
média do atrito lado
esquerdo
0,68
0,66
0,64
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
/0 07
07
01 /2 0
08 /2 0
15 /2 0
22 /2 0
29 /2 0
06 2 0
13 /2 0
20 /2 0
27 /2 0
03 /2 0
10 /2 0
17 /2 0
24 /2 0
20
6/
8/
5
6
6
6
8
8
8
/0
25
Figura 12 – Gráfico do comportamento do atrito pós recapeamento – média do lado esquerdo – dias
secos - Aeroporto de Congonhas – Pista auxiliar.
0,78
coeficiente médio do atrito
0,76
0,74
0,72
0,70
média do atrito lado direito
0,68
0,66
0,64
0,62
0,60
25/05/2007
01/06/2007
08/06/2007
15/06/2007
22/06/2007
29/06/2007
06/07/2007
13/07/2007
20/07/2007
27/07/2007
03/08/2007
10/08/2007
17/08/2007
24/08/2007
Figura 13 – Gráfico do comportamento do atrito pós recapeamento – média do lado direito – dias
secos - Aeroporto de Congonhas – Pista auxiliar.
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0,65
Comportamento
Coeficiente de Atrito do atrito sem
precipitação
0,55
Comportamento
do atrito com
precipitação no
dia
0,45
12 14 16 18 20 22
Tem peratura °C
0,68
Coeficiente de atrito BFC
0,66
0,64
0,62
2004 2006
datas
0,75
0,70
21,2°C sem
0,65 precipitação no
dia e/ou dia
0,60 anterior
0,55 Sem registro de
0,50 dados de chuva
e temperatura
0
0
00
00
00
00
10
40
70
10
13
16
19
Figura 16 – Gráfico dos valores pontuais do coeficiente de atrito x distâncias a partir da cabeceira da pista de pouso –
leituras do lado esquerdo do eixo da pista – Aeroporto de Corumbá
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0,70
0,60
Sem registro de
0,55 dados de chuva e
temperatura
0,50
0
0
00
00
00
00
10
40
70
10
13
16
19
Distância das cabeceiras m
Figura 17 – Gráfico dos valores pontuais do coeficiente de atrito x distâncias a partir da cabeceira
da pista de pouso – leituras do lado direito do eixo da pista – Aeroporto de Corumbá.
Para completar os pontos de análise de uma pista de pouso visando a segurança ainda é preciso
avaliar a irregularidade longitudinal e transversal. A irregularidade (QI) destas pistas devem ser
acompanhadas em toda a sua vida útil, quando da execução de recapeamento deve ser
rigorosamente exigidos que sejam as menores possíveis, algo em torno de 10 cont/Km. Menor que a
exigida para rodovia quando a construção é nova de 15 cont/Km.
CONCLUSÕES
a) A realização dos ensaios deveria ser programada em função da precipitação que foi a
informação que provocou de forma mais significativa a melhoria dos resultados de medição
de atrito.
b) Verificado simetria entre os valores de coeficiente de atrito pontuais medidos do lado
esquerdo e direito de um eixo de pavimento.
c) No Aeroporto de Marte verificado relação quando utilizado o equipamento Skiddometer e
Mumeter : mumeter = 0,80 x skiddometer. As diferenças nos procedimentos de teste,
analisando uma mesma superfície sob as mesmas condições, não são numericamente iguais.
O BFC é aproximadamente 80% do SFC, segundo Croney e Croney (1998).
d) Sem o registro de dados de temperatura no momento do ensaio e de ocorrência de chuva
imediatamente antes do ensaio não pode-se chegar a conclusões válidas quanto aos valores
de medição de atrito.
e) O fato de um valor pontual de coeficiente de atrito ser abaixo de 0,50 não significa que a
pista de pouso não é segura, deve-se analisar em que condições este valor foi obtido. Repetir
o ensaio após a ocorrência de chuva intensa capaz de lavar a pista, ou após a lavagem da
pista de modo a simular uma chuva.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, E.L.Análise histórica de medição de atrito nas pistas do aeroporto Santos Dumont –
RJ, 2004.
SHAIN, M.Y. Pavement Management for Airports, Roads and Parking. Lots, Chapman & Hall,
1994.
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