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NORMALIZAÇÃO TÉCNICA

PARA LÂMPADA
INCANDESCENTE NUM
MERCADO DE PAÍS EM
DESENVOLVIMENTO:
uma análise comparativa do caso

Elvo Calixto Burini Junior – IEE_USP (elvo@iee.usp.br),


Adnei Melges de Andrade – EPUSP (adnei@lme.usp.br).
Universidade de São Paulo
Instituto de Eletrotécnica e Energia
Avenida Prof. Luciano Gualberto, 1289
CEP 05508 – 010 - Cidade Universitária - São Paulo – Brasil
Resumo

Este trabalho analisa aspectos da lâmpada incandescente de uso geral no


mercado brasileiro, onde a norma técnica existente, alinhada a documento
normativo internacional (IEC 64) foi recusada por alguns segmentos da socie-
dade. Este fato motivou a primeira revisão da norma brasileira em vigor, a
NBR IEC 64, cujo projeto de modificações foi aprovado, no âmbito do COBEI
– Comitê Brasileiro de Eletricidade (tornando-se a NBR 14671, desde abril
último). Este novo documento normativo estabelece tensão nominal para o
projeto da lâmpada igual ao valor de tensão pelo qual o sistema elétrico de
potência padronizado, em mais baixa tensão, está designado pela legisla-
ção vigente no país, 127 V, e fixa uma expectativa de vida média em 750
horas, independentemente da potência nominal da lâmpada. Um segundo
tipo de lâmpada, com tensão nominal de projeto centrada em 220 V e ex-
pectativa de vida média em 1000 horas também está incluído na referida
atualização normativa. No Brasil, o sistema elétrico pulverizado, em termos
de tensão elétrica nominal, é considerado como barreira ao estabelecimento
de norma técnica que oriente a eficiência energética em uso final. A aborda-
gem técnica utilizada está centrada na busca pela minimização do custo da
luz ao usuário final. Um referencial atualizado para o custo da luz foi produ-
zido com dados de seis países. No Brasil temos o custo de luz, no caso de
lâmpada para vida de 1500 horas e o preço da energia sendo os mais
elevados de todos. Para o preço de lâmpada, tomando a potência nominal
de 60 W, temos mais que o dobro do valor praticado nos EUA ou Lituânia.

A especificação de lâmpada (127 V e 750 h), contida na NBR 14671, e com


base nos cálculos apresentados, indica ser o custo de luz resultante, o menor
dentre as lâmpadas brasileiras com especificação similar.

1 Introdução

O custo inicial reduzido para o estabelecimento de um ponto de luz


incandescente, sob o prisma do consumidor do setor residencial brasileiro,
agregado a excelente capacidade para reproduzir cores desta fonte de luz
artificial, têm mantido estável a popularidade deste tipo de lâmpada ao
longo do tempo. Neste século, a tecnologia da lâmpada incandescente pode-
rá dar algum do seu espaço global a outra tecnologia, agora emergente
(acusticamente e eletricamente, algumas vezes, não tão ruidosa quanto os
sistemas fluorescentes). O dispositivo emissor de luz (Light-Emitting Device –
LED) branca se tornou realidade em 1997, com a combinação individual de

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LED vermelho, verde e o recente azul (comercialmente disponível para funcio-
namento à temperatura ambiente, segundo Nakamura [1]).

Também já está desenvolvido o LED que emite luz branca sem a utilização do
elemento químico fósforo. Este dispositivo tem potencial para substituir a lâm-
pada incandescente, basicamente por razões de uso final da energia e possível
preferência do usuário. Katayama [2] descreve a lâmpada (LED) de luz bran-
ca1, baseada no “ZnSe” e com 10,4 lm/W. Acreditamos ser esta eficiência da
ordem do valor mais provável que pode estar ocorrendo no Brasil durante o
uso das lâmpadas incandescentes de uso geral (quando é verificada vida mais
longa que o seu valor nominal listado). Numa situação hipotética, de mudança
de tecnologia, na qual exista a possibilidade de podermos, instantaneamente,
passar da tradicional e bem aceita tecnologia das lâmpadas incandescentes
de uso geral para o LED (ZnSe), do ponto de vista do suprimento energético,
isto pode significar ausência de impacto (nenhuma mudança significativa deve
ser esperada) além da necessidade normal de suprir o crescimento vegetativo
da população de usuários e (sinalizar) a necessidade de mudanças na capaci-
dade industrial instalada. Estas expectativas estão lastreadas na esperada ele-
vação, ao longo do tempo, da eficiência do LED, mercados em situação normal
(em regime) e existência de superação das dificuldades para difusão de uma
inovação, conforme aquelas apontadas por Menanteau [27] para o caso das
lâmpadas fluorescentes de base única (compactas).

A norma técnica internacional IEC 64 [3] tem sido tradicionalmente utilizada


como documento-base à norma brasileira para lâmpada incandescente para
uso geral. Este documento internacional recebeu modificações em sua edição
de 1993. Algumas das quais foram incorporadas na última revisão da nor-
ma brasileira para lâmpadas incandescentes, o que permitiu gerar a NBR
IEC 64 [4] para utilização em lugar da EB-8 [11]. Como a IEC (600)64:1993,
utilizada para a referida revisão normativa, não contempla características
para lâmpadas com tensão nominal de 127 V e com base na especificação
aprovada em 1996, no país passou a ser produzida lâmpada com tensão
nominal (de projeto) de 120 V em lugar de 127 V. Antes disto houve indica-
ções de que havendo ajuste no ponto de operação da lâmpada o seu custo
para produção de luz poderia ser reduzido (não era mínimo), com possibili-
dades de ganhos a todos os envolvidos [5]. Porém, aparentemente, do ponto
de vista de hábito do consumidor e eficiência energética não houve grandes
mudanças até 1996. Além de ter sido observada a introdução (por um único
fabricante) de bulbo com dimensões reduzidas, inovação inicialmente
publicada na literatura, a mais de 40 anos, em lâmpada de filamento com
disposição axial [12]; o desaparecimento do mercado local das lâmpadas

3
com tensão nominal 115 V (justificado com argumento de existir rejeição,
por parte do consumidor, quando este produto era oferecido ao lado de
outro com tensão nominal mais elevada), também das lâmpadas com faixa
de tensão, como (120-130) V ou (220-230) V.

A lâmpada incandescente teve presença marcante, nos principais agentes da


mídea brasileira, durante o ano de 1999, quando um tema polêmico polarizou
os que se manifestavam a respeito: a VIDA DA LÂMPADA disponível no merca-
do, projetada e produzida com expectativa de vida de 1000 horas e tensão
elétrica de filamento para 120 volts. No início do ano 2000 as discussões sobre o
assunto arrefeceram. O curioso do fato é que o pensamento que fica é que a
expectativa de vida da lâmpada é sua característica mais relevante.

A revisão da NBR IEC 64 [4] poderia ter possibilitado ganhos importantes à


sociedade caso a maioria de seus atores tivesse colocando no foco principal
a eficiência do uso da energia elétrica e a minimização do custo da luz ao
usuário [5], porém o primeiro projeto de revisão não foi aceito, aparente-
mente, porque certos segmentos da sociedade não concordaram com o esta-
belecimento da tensão de projeto para o filamento de 124 V, diferente da
tensão pela qual o sistema é designado, 127 V.

No Brasil, disparidades regionais e históricas implicam na existência de re-


des com diferentes valores nominais para designação das suas faixas de
tensões elétricas e que deverão ser unificados. A norma internacional IEC
60038 [6] preconiza a necessidade de se levar em consideração (sinalizan-
do a padronização global das tensões elétricas regionais) a quedas de ten-
são entre o ponto de entrega até o ponto de utilização da energia elétrica,
quando da definição da tensão de projeto para os equipamentos, enfatizando
a diferença (física e necessária) que existe entre o valor de designação da
faixa de tensão permissível para funcionamento da rede e a tensão de traba-
lho (ou projeto) dos aparelhos elétricos a serem ligados a esta mesma rede.

2 Requisitos e custo da iluminação artificial


Nesta parte são estabelecidos referenciais para as necessidades de luz em
interiores e os custos associados, quando a tecnologia da lâmpada
incandescente para uso geral (não a halogênio) é utilizada. Dependendo
das condições de mercado, a minimização do custo pode significar a neces-
sidade de alteração do ponto de trabalho da lâmpada. Caso o tipo de lâm-
pada (ou o pacote de lúmen na tensão de utilização) de interesse não esteja

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disponível, restará ao consumidor a possibilidade de alterar a tensão elétri-
ca fornecida à lâmpada para ter, por exemplo, mínimo o custo da luz produ-
zida. Em certas condições este método pode ser representado (ou substituí-
do) pela migração a uma potência nominal maior.

2.1 Requisitos para iluminação em interiores


Fato importante e que deve estar presente é que certas atividades humanas
devem ser executadas sob condição de iluminação compatível com necessi-
dades previamente estabelecidas e conhecidas. Cada tarefa requer determi-
nada quantidade de luz (iluminância), considerada como aceitável para certo
nível de desempenho. Ao usuário, porém, deve ser dada a possibilidade de
se manifestar em relação ao conforto visual satisfatório e para que ajustes
possam ser feitos.

No Brasil, em torno de 1932, Homero Barbosa [7] registrou as necessidades


humanas de luz em interiores de ambientes, utilizando o conceito de
iluminância*, considerando duas categorias para balizar os níveis de luz
artificial, o aconselhável e o mínimo. Como ilustração, foram transcritos aqui
os limites extremos e dois valores intermediários para diversos ambientes de
trabalho:

– mesa de cirurgia, 1000 lx (aconselhável) e 750 lx (mínimo);


– gabinetes e salões com trabalhos de precisão, como cadeira de dentista e
mesa de exames, 500 lx e 250 lx;
– bibliotecas, salas de leitura, salas de desenho e quadro negro, 120 lx e 80
lx; - enfermarias, à noite e salas de cinema durante as projeções, 2 lx e 1 lx.

Homero Barbosa [7] acreditava adequados aqueles valores, pela compa-


ração com os que ocorrem devido à luz do dia, no centro de um aposento
típico da época, com paredes escuras, medindo 5 m por 6 m e com duas
janelas apenas; 150 lx devidos ao sol da tarde, 75 lx com céu nublado e
25 lx em dia chuvoso e escuro. Níveis que são bastante modestos se com-
parados àqueles atualmente estabelecidos em norma técnica brasileira,
NB-57 [8] ou aqueles observados para a China [9]. Mills e Borg [10],
considerando prescrições normativas de vários outros países, enfatizaram
a não concordância ao valor de iluminância mais adequado para a rea-
lização de uma determinada tarefa.

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2.2 O custo da luz ao consumidor
O custo da produção da luz é a soma do custo inicial de aquisição da lâm-
pada com o custo da energia elétrica gasta durante sua vida útil. Demons-
tra-se para condições do mercado brasileiro que a parte correspondente ao
custo da lâmpada é cerca de 10 % do custo total, ficando o gasto de energia
com a maior parte. Destarte há que se atentar para a produção econômica
da luz, o que significa que a expectativa de vida não deva ser o único aspec-
to, ou o mais importante a se considerar. Hoje a lâmpada custa ao consumi-
dor brasileiro cerca de US$ 0,52 a unidade (na porta da fábrica este valor é
perto de um terço do valor nas gôndolas). O resultado de cálculos que pos-
sibilita comparação da posição nossa posição atual com amostra de situa-
ção é apresentado abaixo.

Para o estabelecimento de referencial a conceito pouco utilizado é importan-


te informar que na década de 30, do século XX, no mercado norte-america-
no, o custo para se produzir luz elétrica já havia abaixo de US$ 10/Mlmh
(cerca do ano 1915), permanecendo em queda, com taxa praticamente cons-
tante, até os anos 50.

Cálculos de custo para produção de luz, feitos para as condições brasileiras


no início dos anos 90 (US$ 0,12/kWh; US$ 0,65/lâmpada. de 60 W, ten-
são nominal de projeto do filamento de 127 V, vida nominal de 1000 h,
sendo a eficiência luminosa das lâmpadas disponíveis entre 14 lm/W e 12
lm/W), mostraram valores entre US$ 9,5/Mlmh e US$ 14 /Mlmh. Curvas
relacionando custos com a tensão elétrica foram construídas, revelando nes-
tas condições, comportamento do custo decrescente com o aumento da ten-
são elétrica no ponto de utilização, considerada população de tensão elétri-
ca imaginada “normalmente distribuída” entre 110 V e 134 V [5]. Naqueles
cálculos utilizamos para comparação, um tipo de lâmpada do mercado nor-
te-americano com características nominais matematicamente ajustadas (54
W, 122,5 V, 750 horas, 16 lm/W, suposta custar os mesmos US$ 0,65/
lâmpada). A faixa de custo obtida foi de US$ 9,1/Mlmh a US$ 10,4/Mlmh,
para o mesmo intervalo e distribuição imaginada da faixa de tensão elétrica
supra citada. Nota-se aqui a ocorrência do valor de custo mínimo próximo
da condição onde a tensão elétrica no ponto de utilização é algebricamente
igual ao valor de tensão pelo qual a rede é designada, 127 V (valor este que
na realidade apenas representa uma faixa de tensão). O valor de tensão
pelo qual a rede é designada (127 V) foi assumido como moda, ou valor
mais freqüente de “distribuição normal” então imaginada para representar
o comportamento da tensão elétrica no ponto de utilização. Fundamental-
mente, em virtude de não existirem conjuntos de dados de medições sistemá-

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ticas naquele momento (1993). Posteriormente, em 1994 e 1999 foram rea-
lizadas medições extensivas no Estado de São Paulo e em quatro capitais
brasileiras, que geraram coleções de registros da tensão na “tomada” do
consumidor do setor residencial [13 a 17].

O resultado dos cálculos do custo de luz possibilitou identificar a necessidade


de ajuste no ponto de operação da lâmpada incandescente de uso geral
caso uma redução no custo da luz para o usuário fosse de interesse.

Com a finalidade de estabelecer um referencial comparativo atualizado, fo-


ram realizados cálculos do custo de luz que estão apresentados em forma de
uma tabela. Nesta tabela estão ordenados os custos de luz obtidos para seis
países diferentes. Para permitir intercomparação, cada lâmpada foi consi-
derada energizada exatamente na sua tensão elétrica nominal durante todo
seu período de vida nominal. Ainda que existam limitações, inerentes a uma
análise deste tipo, algumas observações interessantes podem ser verificadas a
partir da tabela. Nas duas primeiras linhas (Lituânia e Polônia) foram utiliza-
das lâmpadas com características semelhantes, existe diferença de 27 % para
os custos de energia (o mesmo para a penúltima coluna, vida da lâmpada
calculada para a condição de custo mínimo da luz produzida [5]), tendo sido
calculada uma diferença de 25 % entre os custos da luz. Nos EUA, para lâm-
padas de 60 W e 75 W, apesar de existir uma diferença relativamente grande
entre os preços e vidas nominais destas lâmpadas, verificamos pelo calculo
diferença no custo da luz, centrado em (9,075±0,245) U$/Mlmh, de apenas
5,4 %. A presença de lâmpadas a halogênio (da França, custando U$ 12) é
para enfatizar ser esta parte do custo da luz pouco significativo, em relação à
parcela relativa a energia. Itália e França possuem a relação preço da lâmpa-
da pelo custo da energia bastante elevado, da ordem de dez vezes superior
aos demais países, isto justifica a diferença que ocorre na vida calculada para
o ponto de custo mínimo (penúltima coluna da tabela). No Brasil encontramos
o maior custo de luz (para lâmpada com vida nominal 1500 horas, especificada
para ser utilizada em iluminação pública) e o preço de energia elétrica mais
elevado. Tomando o caso da lâmpada de potência nominal 60 W, também
temos o preço de lâmpada, superior ao dobro do que ocorre nos EUA e na
Lituânia. A especificação de lâmpada (127 V e 750 h) contida na norma
revista, a NBR 14671, a partir dos cálculos apresentados possui o menor custo
de luz dentre as lâmpadas brasileiras com especificação similar, quando
energizada exclusivamente sob tensão elétrica nominal.

7
2.3 Outras considerações relevantes
Os termos vida e vida útil da lâmpada incandescente geralmente trazem
idéias distintas. Procuramos utilizar o termo vida para expressar o interva-
lo de tempo em que o dispositivo físico lâmpada ainda pode produzir luz,
não se encontra inoperante. E o termo vida útil para expressar o intervalo
de tempo em que a lâmpada pode produzir luz de modo aceitável (tecnica-
mente e economicamente). Em tese, um projeto de lâmpada incandescente
estará adequado se buscar aproximar estes dois valores de vida ao valor
da vida nominal, só assim o parâmetro vida estará otimizado. Numa apro-
ximação, o valor final deste tipo de otimização depende diretamente do
preço da lâmpada e é inversamente proporcional ao preço da energia
elétrica e da potência inicial da lâmpada [14]. Isto conduz a diferentes
valores de vida nominal otimizada [5].

Ao longo do período de funcionamento o material do filamento sublima e


conseqüentemente ocorre redução de seu diâmetro. Isto faz aumentar a sua
resistência elétrica. Em circuitos paralelos, utilizados em interiores, o aumen-
to da resistência impõe redução na corrente, potência e fluxo luminoso. Re-
dução adicional do fluxo luminoso tem origem na absorção de luz pelo mate-
rial depositado nas paredes do bulbo. A NBR 14671 prescreve as mudanças
aceitas, ao longo da vida, para a potência elétrica, o fluxo luminoso e a
eficiência luminosa de lâmpadas incandescentes para circuito paralelo. Quan-
do nos referimos à vida de lâmpada devemos pensar em valor médio de uma
distribuição obtido para um grupo com diversas unidades. Para condição
ordinária de ensaio de vida, em laboratório, feito à tensão constante, tem-se
que a sublimação normal do material do filamento é que controla a vida das
lâmpadas incandescentes. Quando a sublimação normal do filamento é o
mecanismo de falha dominante as lâmpadas apresentam ou alcançam a
respectiva vida prevista ou nominal. A literatura identifica um outro fator,
conhecido como “filament notching” que são certas irregularidades que sur-
gem na superfície do filamento (estrangulamentos que reduzem o diâmetro
do filamento em pontos aleatórios) depois de certo tempo de funcionamento
da lâmpada e induzem redução anormal da vida útil [14].

A investigação de causa possível para a grande variabilidade observada


entre o que é previsão e a efetiva ocorrência da vida de lâmpadas
incandescentes de uso geral, em condições de campo, permitiu a Raj [25], a
partir de modelo considerando a influência mutua de apenas quatro variá-
veis, observar a grande variabilidade que pode ser induzida à expectativa
de vida de sistemas que funcionam sob temperaturas elevadas (e onde
freqüentemente são os fenômenos termicamente ativados que controlam os

8
mecanismos de falha) por pequenas mudanças na temperatura de operação
(ou tensão de trabalho, cuja variação de 5 %, associada a 2 % de variação
no raio do fio, conduzem a 116 % na expectativa de vida do filamento de
lâmpada incandescente).

3 Atualização da NBR IEC 64 (NBR 14671)


Historicamente os trabalhos de normalização técnica no Brasil eram condu-
zidos por consumidores independentes, representantes de concessionárias
de energia, da universidade e de fabricantes de lâmpadas, que procuravam
estabelecer acordos, basicamente, que não incrementassem custos e para
estabelecer conjunto mínimo de características de desempenho dos produtos,
sempre que possível a partir de recomendação ou norma internacionalmente
aceita, preferencialmente a IEC. A menção “consumidores independentes” é
feita para enfatizar a ausência bastante freqüente de representantes de or-
ganizações de consumidores. Ocorria uma atividade de normalização técni-
ca entre o setor produtivo e o Estado, a quem coube custear e fomentar este
importante setor de normalização técnica no país. No cenário pós-
privatização, as concessionárias (novas) começam a se fazer representar,
embora ainda sem a intensidade anterior.

Em 1996 a norma brasileira para lâmpadas incandescentes em vigor, a EB-8 [11]


foi substituída pela NBR IEC 64 [4], documento este baseado na norma inter-
nacional correspondente, a qual em seu âmbito não mais considera 127 V
como tensão para projeto de lâmpada incandescente. Participamos da ela-
boração de dois projetos para revisar a norma em vigor. O primeiro projeto
foi rejeitado, basicamente, em função de visão unilateral relativa ao espera-
do tamanho de vida.

As discussões, no âmbito da revisão normativa concluída, conduziram à de-


finição, no primeiro projeto de revisão a NBR IEC 64 [4], do valor 124 V
para a tensão de projeto do filamento das lâmpadas incandescentes de uso
geral (vida nominal 1000 horas e eficiência luminosa de 13,7 lm/W e 15,0 lm/W,
no caso das potências nominais 60 W e 100 W, respectivamente). Tendo em
conta que os resultados as medidas, no ponto de utilização, nas linhas de-
signadas por 127 V, ficou próximo de 124 V, no projeto de norma que subs-
tituiria a NBR IEC 64 [4], foi escolhida a tensão de 124 V para o projeto do
filamento das lâmpadas incandescentes. Um grande retrocesso foi à rejeição
do projeto de norma na fase de consulta nacional devido à escolha da tensão
de 124 V para a produção dos filamentos das lâmpadas. Na elaboração do

9
projeto não houve priorização do parâmetro eficiência luminosa, o que, em
si, já constituiu um prejuízo para o consumidor.

Numa comparação em relação à EB-8 [11], de 1982, se considerarmos carac-


terísticas na tensão nominal de 120 V (condição que possibilita, por condição
de projeto, eficiência intrínseca superior), verifica-se aumento de eficiência lu-
minosa, em condições nominais, maior que + 10 % (as eficiências luminosas
preconizadas eram 12,7 lm/W e 14,0 lm/W, para lâmpada de igual potên-
cia). Esta diferença é obtida a partir de especificações normativas e diferentes
condições nominais de funcionamento (120 V e 124 V) e traz como resultado a
redução do custo da produção de luz ao usuário. A redução de custo indivi-
dual ou por lâmpada, dada a razão da ordem das grandezas envolvidas, só
poderá ser percebida quando a avaliação for realizada em intervalo de tem-
po relativamente longo (da ordem da vida nominal das lâmpadas, 1000 ho-
ras, funcionando em média cerca de 3 horas por dia) ou quando uma grande
população de lâmpadas em funcionamento simultâneo é considerada.

Um segundo projeto foi elaborado, discutido, aprovado e publicado (NBR


14671). A lâmpada (com projeto 124 V) passou a ter tensão de projeto
igual a 127 V (ponto considerado como diferença), e vida nominal 750 h
(em lugar de 1000 h), para alguns, grosseiramente é a mesma lâmpada. No
caso da revisão da norma que trata das lâmpadas incandescentes para uso
geral, há dois momentos que se destacam. Os dois ligados ao fato de que no
Brasil há uma diversidade de valores nominais de tensão elétrica que são
disponibilizados aos consumidores. Em outras palavras, não há uniformida-
de na distribuição nos níveis de baixa tensão, como há em outros países.
Exemplificando, enquanto no Japão, a tensão nominal de distribuição é 100
volts, nos Estados Unidos é 120 volts, na Comunidade Européia é 230 volts,
no Brasil temos 127 volts e 220 volts, conforme a cidade e em alguns casos os
dois valores em uma mesma cidade. Mais que isso, em algumas regiões há a
coexistência, até mesmo em uma mesma cidade, de redes com 115 V, 120 V
e 127 V. Tendo em conta que há também uma queda de tensão até o ponto
efetivo de consumo, houve um primeiro momento em que a Comissão de
Estudo CE-03:34.01 do COBEI - Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB
– 03) propôs uma norma, a norma em vigência NBR IEC 64 – “Lâmpadas
com Filamento de Tungstênio para Uso Doméstico e Iluminação Geral Simi-
lar” [4], que preconiza a fabricação de lâmpadas para diversos tipos de
bases e tensões nominais, dentre elas encontra-se o valor nominal de 120 V.

Ocorreu, como sobejamente conhecido, o fato de muitas reclamações sobre


a vida curta das lâmpadas produzidas entre o início de 1997 e o fim do ano

10
de 1999, particularmente advindas de consumidores servidos por redes de
distribuição designadas com 127 volts, ou valores próximos. Não se discutia
nenhuma outra característica de desempenho da lâmpada que não fosse
sua vida e a “tensão nominal”. O crescimento no volume de reclamações nos
órgãos de defesa de consumidor, de imprensa, artigos técnicos vindos da
área acadêmica, associações de consumidores e de profissionais da enge-
nharia motivaram o COBEI a abrir uma discussão sobre a norma em vigor
para estudá-la e tomar medidas de mudança. Um pouco antes desse movi-
mento, veio também do segmento acadêmico um estudo sistemático sobre os
valores de tensão medidos nos pontos de consumo de quatro capitais brasi-
leiras; Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Embora não
sendo um trabalho completo em termos da diversidade das condições brasi-
leiras, este estudo mostrou de maneira inequívoca que o dispositivo físico que
consideramos, a lâmpada, funciona com variados valores de tensão neste
país. Seu desempenho varia, em decorrência, enormemente, se destacando
a vida útil e a produção de luz. Os valores da tensão elétrica nos pontos de
consumo variam muito. Em todas as cidades em que as medições foram fei-
tas, os valores médios de tensão medidos ficaram abaixo do valor de 127 V
no período mais provável de uso das lâmpadas, 18 h às 22 h. Em Belo Hori-
zonte o valor médio de tensão foi de 124,5 volts, no Rio de Janeiro, a tensão
média foi 123,1 volts em Salvador, 122,2 volts e na região da grande São
Paulo a média foi de 115,6 volts.

A NBR IEC 64 [4] refletia aceitação de norma internacional, já que é “tradu-


ção equivalente da IEC 64, 6ª edição” [3]. Sua existência permitiria inserção
dos produtos produzidos no Brasil no mercado internacional, o que traria
ganhos de escala. Da mesma forma, ela permitiria a fabricação de lâmpa-
das incandescentes com diferentes características de desempenho, para ope-
rar em diferentes tensões elétricas, dando, em princípio, opções para o con-
sumidor. A não existência, na IEC 64 [3], do valor 127 V não é motivo para
que não reconheçamos um consenso internacional. Por estas razões, é um
documento que não deveria ter sido cancelado.

É fato existir consumidores que, sem ter escolha, recebem da rede elétrica,
120 V, 115 V, ou outros valores. Pelo menos enquanto não houver uniformi-
dade da distribuição da energia elétrica, que seja em 127 V, o consumidor
deveria ter direito de escolher lâmpadas produzidas para outras tensões que
existem no país. Urge uniformizar os valores da tensão elétrica distribuída
no Brasil. Com a publicação da NBR 14671 e a imposição do valor de 127 V,
temos agora uma norma técnica para atender apenas dois patamares de
tensões (incluso os 220 V), enquanto que a realidade hoje existente não é

11
esta. É preciso que uma norma brasileira considere as diferentes realidades
existentes e permita opções aos consumidores. Isto sempre ocorreu em norma
técnicas brasileiras, segundo os registros disponíveis, desde a migração, em
iluminação, dos circuitos em série para os circuitos em paralelo, uma lista de
tensões estava prevista. A decisão de fabricar, ou não, outras lâmpadas,
além das produzidas para 127 V, não nos compete, cabendo aos produtores
ou importadores, a sua colocação, ou não no mercado.

Uma diferença básica entre a NBR 14671 e os textos normativos anteriores é


justamente a atual falta de opção em relação às diversas tensões possíveis
(para características em 127 V ver anexo D da norma BS 161 [26]). O que é
aqui chamado de falta de opção, foi confundido com padronização e pode-
rá vir a ser entendido, por alguns, como instrumento de controle do mercado
ou puro protecionismo, devido a outras tensões não terem sido especificadas.

Sendo a NBR 14671 exclusiva para lâmpadas incandescentes de 127 V e


220 V, a parcela da população que recebe energia elétrica em outros valo-
res, fica sem a possibilidade de escolha adequada no que diz respeito à
iluminação de seus ambientes. Cidadãos não devem ser tolhidos, pelo menos
no que diz respeito à existência de documentos normativos, em sua escolha
de produtos procurando maior eficiência no uso da energia e redução de
custo da produção de luz.

4 Conclusões

• A discussão dos aspectos importantes que devem pautar a preparação de


um projeto de norma deve ter em conta as questões técnicas, aí se desta-
cando o desempenho e a segurança do produto, e principalmente, o inte-
resse do consumidor ou usuário. Nem sempre ocorrem discussões canônicas
em que se respeitam os preceitos acima. Em muitos casos, aspectos de inte-
resses diversos, supostamente defendendo o interesse da população são
invocados. Os aspectos técnicos são colocados em plano inferior.

• No Brasil, à diferença de outros países em que a tensão elétrica disponível


em todo seu território tem uma distribuição uniforme, temos uma grande
diversidade de valores de tensão “oficiais”, (115V, 120V, 127V, 220V, 230 V,
240V, 254V e 380 V). Este fato representa barreira ao estabelecimento de
normas técnicas orientadas para incrementar a eficiência no uso final de
energia. Não existe um entendimento claro, por parte de muitos, que dis-
cutem o assunto de que “o valor pelo qual o sistema é designado” represen-

12
ta uma faixa de tensões de funcionamento, onde segundo medições valores
inferiores a 127 V são os de ocorrência mais freqüentes.

• A lâmpada incandescente é um dispositivo físico que tem seu funcionamen-


to ligado à temperatura em que seu filamento opera. Em decorrência, seu
desempenho, ou seja, a produção de luz, a eficiência com que a luz é
produzida, e a vida útil da lâmpada, são diretamente afetadas pela ten-
são no ponto de uso. O custo da produção da luz é a soma do custo inicial
da aquisição da lâmpada com a energia elétrica gasta durante sua vida
útil. Demonstra-se que a parte correspondente ao investimento inicial é cer-
ca de 10 % do custo total, ficando o gasto de energia com a maior parte.
Destarte há que se atentar para a produção econômica da luz, o que signi-
fica que a expectativa de vida não deva ser o único aspecto, ou o mais
importante a se considerar.

• Dada a atual maior facilidade de acesso ao mercado internacional (com


tecnologias diferenciadas e diversificadas), cremos haver necessidade de
reorganização e mudanças na normalização técnica local, para evitar que
sejam produzidos documentos normativos sem qualquer consideração ao
processo em curso da globalização econômica.

• O custo da energia elétrica praticado no Brasil é elevado, qual o preço da


lâmpada (quando comparado aos EUA e Lituânia). A especificação de
lâmpada (127 V e 750 h) contida na NBR 14671, segundo os resultados
de cálculos apresentados, indica ser a mesma capaz de conduzir ao menor
custo de luz, dentre as lâmpadas brasileiras com especificação similar, na
condição de energização exclusivamente à tensão nominal.

Notas:
(1) Temperatura de cor correlata - Tcp pode ser tão baixa quanto 3400 K e o índice de reprodução de
cor é 68. Outras características significantes da lâmpada a LED são: tempo de meia-vida de 800 h a
20 mA (2,7 V; 25°C) e emissão na banda óptica de 2,0 mW.

(*) Nota: Ainda que reconheçamos não ser este conceito o mais indicado, considerada as necessida-
des visuais melhor seria luminância, ele é utilizado por existir relativa cultura local a respeito.

Nota: Este trabalho tem versão (não atualizada) na lingua inglesa, sob título: STANDARDS FOR
INCANDESCENT LAMPS IN A DEVELOPING COUNTRY MARKET: a comparative
analysis of the Brazilian case, aprovado para apresentação no “International Conference on
Lighting Efficiency: Higher performance at Lower Costs, October, 2001, Dhaka, Bangladesh.

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Tabela – O custo da luz produzida por lâmpadas incandescentes, sob condi-
ções locais do país, cada qual funcionando na sua tensão nominal e o perío-
do de vida calculado para minimizar o custo da luz. Notas: 1) Dois períodos
de vida não foram apresentados (lâmpadas da França) porque a metodologia
desenvolvida e utilizada neste cálculo [5] não se aplica à tecnologia de lâm-
padas a halogênio. Lâmpadas brasileiras com vida nominal de 1000 horas
e tensão elétrica nominal diferente de 220V (que aqui estão apresentadas
com tipo itálico e não em negrito), foram listadas apenas para finalidade de
comparação, pois elas não estão incluídas na NBR 14671 (norma, em vigor
desde 30/abr. /2001, em substituição a NBR IEC 64 [4]).

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Lista de Referências Bibliográficas e Dados
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Communications, v. 102, n. 2-3, p. 237-248, 1997.
2- Katayama, K.; Matsubara, H.; at. all ZnSe-based LEDs, Jornal of Crystal Growth,
v.214/215, p.1064-1070, 2000.
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purpose – Performance Requirements, 1993.
4- NBR IEC 64 - Lâmpadas com filamento de tungstênio para uso doméstico e iluminação
geral similar - Requisitos de desempenho, 1996.
5- Burini, Elvo Calixto, Junior “Racionalização no uso de energia elétrica: a lâmpada
incandescente” Dissertação apresentada ao Programa Interunidades de Pós-graduação
em Energia da Universidade de São Paulo e Instituto de Eletrotécnica e Energia, 106p.,
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Symposium on Electromagnetic Compatibility, São Paulo, Brasil, December, 05-09/ 1994.
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NBR IEC 64 – “LÂMPADAS INCANDESCENTES” presented at the V Conferência Pan-
Americana de Iluminação – Lux América 2000 – abril, São Paulo, Brasil/.
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tensão causada por sistemas de iluminação” Revista Eletricidade Moderna, Andara Edito-
ra Técnica e Cultural Ltda, Ano 23, nº 254, p.84, maio, 1995.
16- Burini, E. C. Jr., COBEI na Iluminação, /Apresentado no Workshop que precedeu a
instalação da Comissão de Estudo para revisão da NBR IEC 64, Auditório do Comitê
Brasileiro de Eletricidade -COBEI, São Paulo, em 03 de maio de 1999/.
17- Augusto C. Pavão, Octávio F. Affonso, Adnei Melges. de Andrade, Nádia Dini “Le-
vantamento do Nível de Tensão Domiciliar em Quatro Capitais Brasileiras” III SEMINARIO

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21- Standard Project 03:034.01-35 (COBEI - Brazilian Committee of Electricity) proposed
to NBR IEC 64 – Tungsten filament lamps for domestic and similar general lighting purpose,
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22- Dados de lâmpadas e energia, dos EUA, mensagem pessoal do Prof. Lloyd Hawes.
23- EB-211 (NBR 5362) Lâmpada com filamento de tungstênio para iluminação pública -
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27- Menanteau, Philippe; Lefevre, Hervé Competing technologies and the diffusion of
innovations: the emergence of energy-efficient lamps in residential sector, Research Policy,
v.29, p.375-389, 2000.

Elvo Calixto Burini Junior, (elvo@iee.usp.br), é pesquisador na Seção Técnica de Qualidade de Energia,
Instituto de Eletrotécnica e Energia, IEE da Universidade de São Paulo, USP. Colabora com o setor de
normalização técnica brasileira e internacional. Atualmente desenvolve trabalho que foca a iluminação
no setor de transporte brasileiro.

Adnei Melges de Andrade, (adnei@lme.usp.br), é Prof. na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
EPUSP, tem interesse por pesquisas na área dos materiais. Atualmente também desenvolve trabalhos junto a
centro de cooperação internacional da USP.

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