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PROJETO RADAM
Presidente - Acyr Avila da Luz
Secretário Executivo- Antônio Luiz Sampaio de Almeida
Superintendente Técnico Operacional- Otto Bittencourt Netto
59 DISTRITO- DNPM
Chefe - Manoel da Redenção e Silva
MINISTeRIO DAS MINAS E ENERGIA
DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇAO MINERAL
PROJETO RADAM
GEOLOGIA
GEOMORFOLOGIA
SOLOS
VEGETAÇÃO
USO POTENCIAL DA TI;RRA
RIO DE JANEIRO
1974
Brasil. Departamento Nacional de Produção Mineral.
Projeto Radam
Folha SA.22 Belém; geologia, geomorfologia, so·
los, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Ja·
neiro, 1974.
27,5 em (Levantamento de recursos naturais, 5)
Localização da Area
Apresentação
Prefácio
GEOLOGIA
GEOMORFOLOGIA
SOLOS
VEGETAÇAO
USO POTENCIAL DA TERRA
Deste modo, a quietude dos imensos vazios que reclamavam ocupação de sentido
econômico, começa a ser rompida através de um esforço conjunto e arrojado.
O Projeto RADAM, no cumprimento da missão que lhe foi atribuída, dentro do contexto
do Programa de Integração Nacional, sente-se orgulhoso em participar da iniciativa
gigantesca em que se empenha o Governo Federal no desenvolvimento da Amazônia
Brasileira.
Com este 5~volume dá-se prosseguimento à divulgação dos estudos efetuados pelo Projeto
RADAM na Amazônia Oriental, ou mais precisamente, no domínio das desembocaduras
dos rios Amazonas e Tocantins.
A metodologia seguida nos estudos dos diferentes temas foi, em linhas gerais, a mesma
que vem sendo aplicada nos trabalhos do RADAM, ou seja, interpretação das imagens de
radar auxiliada, quando necessário e possível, pelas fotos infravermelho e multiespectrais,
complementada por sobrevôos a baixa altura, verificação no terreno, pesquisa
bibliográfica e outras informações úteis à reinterpretação final.
Após descreverem cada uma destas unidades os autores discutem, no capítulo da evolução
do relevo, os efeitos estruturais na esculturação do relevo, as depressões periféricas à Bacia
Paleozóica, os níveis de aplainÇJmentos e, finalmente, de um modo magistral, são
discutidos os complexos problemas da foz do Rio Amazonas, quer sob o prisma de sua
natureza e classificação, quer sob os aspectos da origem, idade e evolução do grande rio.
O estudo da VEGETAÇÃO segue a mesma metodologia que vem sendo adotada nos
trabalhos anteriores, tendo sido dada ênfase especial, como aconteceu na área relativa ao
4~volume, ao inventário madeireiro da região.
Como síntese de suas conclusões os autores ressaltam o elevado potencial econômico dos
recursos naturais renováveis, principalmente o grande acervo madeireiro das vastas
florestas existentes e as ~xtensas pastagens naturais nas áreas das Formações Pioneiras,
especialmente na parte leste da ilha de Marajá.
A parte final do presente volume é dedicada ao USO POTENCIAL DA TERRA, com uma
interessante discussão sobre as modificações, que, certamente, adVirão nas condições
sócio-econômicas da área, como decorrência da vigorosa ação governamental que está
tendo lugar na Amazônia. Uma delas será a descentralização da atividade comercial hoje
quase que exclusiva de Belém devendo participar como um dos grandes centros
econômicos da área a cidade de Altamira, situada em posição privilegiada que juntamente
com Marabá a sudeste e ltaituba a sudoeste formará o triângulo propulsor da economia do
Centro-Su I do Pará.
AUTORES:
ROBERTO SILVA ISSLER
ALUIZIO ROBERTO FERREIRA DE ANDRADRE
RAIMUNDO MONTENEGRO GARCIA DE MONTALVAO
GEROBAL GUIMARÃES
GUILHERME GALEAO DA SILVA
MARIO IVAN CARDOSO DE LIMA
PARTICIPANTES:
JOSE WATERLOO LOPES LEAL
CEZAR NEGREIROS DE BARROS FILHO
ABELARDO DA SILVA OLIVEIRA
FERNANDO PEREIRA DE CARVALHO
JAIME FRANKLIN VI DAL ARAÚJO
ROBERTO DALL' AGNOL
MIGUEL ANGELO STIPP BASEI
FRANCISCO MOTA BEZERRA DA CUNHA
ANDERSON CAIO RODRIGUES SOARES
ARMINIO GONÇALVES VALE
SUMARIO
ABSTRACT 1/7
1. INTRODUÇÃO 1/9
1.1. Localização 1/9
1.2. Objetivos do trabalho 1/9
1.3. Método de Trabalho 1/11
2. ESTRATIGRAFIA 1/13
2.1. Províncias Geológicas 1/14
2.1.1. Área Cratônica do Guaporé 1/14
2.1.2. Área Cratônica das Guianas 1/14
2.1.3. Faixa Orogênica Araguaia-Tocantins 1/15
2.1.4. Sinécl ise do Amazonas 1/15
2.1.5. Sinéclise do Maranhão-Piauí 1/15
2.1.6. Coberturas Cenozóicas 1/16
2.2. Descrição das Unidades 1/16
2.2.1. Complexo Xingu 1/16
2.2.1.1. Generalidades 1/16
2.2.1.2. Posição Estratigráfica 1/17
2.2.1.3. Distribuição na Área 1/17
2.2.1.4. Geocronologia 1/17
2.2.1.5. Petrografia 1/17
2.2.2. Complexo Guianense 1/20
2.2.2.1. Generalidades 1/20
2.2.2.2. Posição estratigráfica 1/22
2.2.2.3. Distribuição na Área 1/22
2.2.2.4. Geocronologia 1/22
2.2.2.5. Petrografia 1/22
2.2.3. Grupo Vila Nova 1/25
2.2.3.1. Generalidades 1/25
2.2.3.2. Posição Estratigráfica 1/26
2.2.3.3. Distribuição na Área 1/26
2.2.3.4. Geocronologia 1/26
2.2.3.5. Petrografia 1/26
2.2.4. Alcalinas de Maraconai 1/27
2.2.4.1. Generalidades 1/27
2.2.4.2. Posição Estratigráfica 1/27
2.2.4.3. Distribuição na Área 1/27
2.2.4.4. Análises químicas 1/28
2.2.5. Grupo Tocantins 1/28
2.2.5.1. Generalidades 1/28
2.2.5.2. Posição Estratigráfica 1/28
2.2.5.3. Distribuição na Área 1/28
2.2.5.4. Geocronologia 1/29
2.2.5.5. Litologias 1/29
1/3
2.2.6. Formação Trombetas 1/29
2.2.6.1. Generalidades 1/29
2.2.6.2. Posição Estratigráfica 1/30
2.2.6.3. Distribuição na Area 1/30
2.2.6.4. Litologias 1/30
2.2.7. Formação Curuá 1/31
2.2.7.1. Generalidades 1/31
2.2.7.2. Posição Estratigráfica 1/31
2.2.7.3. Distribuição na Area 1/31
2.2.7.4. Litologias 1/32
2.2.8. Formação Monte Alegre 1/32
2.2.8.1. Generalidades 1/32
2.2.8.2. Posição Estratigráfica 1/33
2.2.8.3. Distribuição na Area 1/33
2.2.8.4. Litologias 1/33
2.2.9. Formação ltaituba 1/33
2.2.9.1. Generalidades 1/33
2.2.9.2. Posição Estratigráfica 1/33
2.2.9.3. Distribuição na Area 1/34
2.2.9.4. Litologias 1/34
2.2.10. Diabásio Penatecaua 1/34
2.2.10.1. Generalidades 1/34
2.2.10.2. Posição Estratigráfica 1/34
2.2.10.3. Distribuição na Area 1/34
2.2.10.4. Geocronologia 1/35
2.2.10.5. Petrografia 1/35
2.2.11. Formação ltapicuru 1/36
2.2.11.1. Generalidades 1/36
2.2.11.2. Posição Estratigráfica 1/36
2.2.11.3. Distribuição na Area 1/37
2.2.11.4. Litologias 1/37
2.2.12. Formação Barreiras 1/37
2.2.12.1. Generalidades 1/37
2.2.12.2. Posição Estratigráfica 1/37
2.2.12.3. Distribuição na Area 1/37
2.2.12.4. Litologias 1/37
2.2.13. Aluviões 1/38
3. ESTRUTURAS 1/39
3.1. Estruturas Regionais 1/39
3.2. Estruturas Locais 1/40
3.2.1. Alto do Capim-Surubim 1/40
3.2.2. Arco de Gurupá 1/40
3.2.3. Estrutura do Pedreir'o 1/40
3.2.4. Sinclinal de Trucará 1/40
3.2.5. Falhas de Volta Grande 1/41
1/4
3.2.6. Fossa do Marajó 1/41
3.2.7. Intrusivas Alcalinas de Maraconai 1/41
3.2.8. Faixa de Serpentinitos Araguaia-Tocantins 1/41
3.2.9. Lineamento I ri ri-Martírios 1/41
3.2.10. Lineamento do Rio das Velhas ou Tocantins-Araguaia 1/42
3.2.11. Discordâncias 1/42
5. CONCLUSOES 1/54
6. RECOMENDAÇOES 1/55
7. RESUMO 1/56
8. BIBLIOGRAFIA 1/57
1/5
TÁBUA DE ILUSTRAÇOES
MAPA
Geológico (em envelope anexo)
FIGURAS
1. Folha SA.22 Belém 1/10
2. Coluna estratigráfica 1/12
ESTAMPAS
1. Contato do Complexo Xingu com a Formação Barreiras 1/61
2. Complexo Xingu (Lineamento lriri-Martírios) 1/61
FOTOS
1. Rochas graníticas à foz do rio Bacajá
2. Slicken-side em granitos porfiríticos cataclásticos
3. Granulito- fotomicrografia
4. Diorito - fotomicrografia
5. Hornfelse - fotomicrografia
6. Tremolita-actinolita-xisto- fotomicrografia
7. ltabirito da seqüência ferrífera Novo Mundo-Caripé
8. Metarcósio do Grupo Tocantins
9. Filito do Grupo Tocantins
1O. Metagrauvaca do Grupo Tocantins
11. Caverna nos arenitos da Formação Trombetas
12. Folhelhos da Formação Curuá
13. Folhelhos com intercalação de arenito, Formação Curuá
14. Estratificação cruzada no arenito da Formação Monte Alegre
15. Calcário da Formação ltaituba
16. Discordância entre as Formações ltaituba e Barreiras
17. Afloramento de Diabásio Penatecaua
18. Diabásio Penatecaua- fotomicrografia
19. Diabásio Penatecaua- fotomicrografia
20. Diabásio Penatecaua - fotom'icrografia
1/6
ABSTRACT
The objectives were to study the differente large units, checking the
geographic distribution by ground observations, and investigating the
geological characteristics in arder to furnish, in short time, the most
important stratigraphic and economic aspects of regions of north Brazi I.
The origin, evolution and location of six geologic provinces are emphasized.
In addition to the description of the units, the potential mineral occurrences
and most important ore deposits are also presented.
Cenozoic sedimentary covers are widespread from west to east over the
mapped area.
1/7
1. INTRODUÇÃO
Em termos de ocupação urbana, aí está a cidade Em escala de reconhecimento com base, princi-
de Belém do Pará, maior adensamento popula- palmente, em imagens de radar, os estudos
1/9
FIGURA 1
4°00'L-~~--_J~:Z~=-~------~L---__ JL__JL~_:~__L___L_~~JL_l_____1_________j4°0~
54°00' !12°30' 51°00' 49°30' 48°001
1/10
levados a efeito delinearam os traços gerais mais adquirido pelo RADAM através do subsistema
característicos da geologia da área da folha sensor {mosáicos semicontrolados de radar e
Belém, porção da área total sob encargo do faixas de visada lateral em 1 :250.000, fotos in-
Projeto RADAM. fravermelho de 1 :130.000). A interpretação pre-
liminar foi verificada através de percursos rodo-
o objetivo de mostrar a distribuição dos prin- viários, por via férrea, fluviais, aéreos {sobrevôo
cipais grupos de rochas, sempre que possível com tomada de fotos convencionais, oblíquas, a
agrupando-as em formações e estabelecendo uma baixa altura) e controle no terreno em helipon-
ordem cronológica, de plotar as ocorrências tos nas zonas de acessibilidade restrita, com
minerais conhecidas e de sugerir áreas que a apoio de um serviço logístico ímpar na Ama-
nosso ver mereçam mais estudos para sua precisa zônia em vista dos objetivos a atingir.
definição geológica, e até mesmo, por conse-
qüência, a descoberta de jazidas minerais, foi A disponibilidade dos dados tomados no campo
atingido no mapeamento que este relatório e os obtidos em laboratório {petrografia micros-
técnico apresenta. cópica e datação geocronológica), permitiu for-
tes subsídios à reinterpretação que deu origem
ao mapa final agora apresentado na escala de
1.3. Método de Trabalho 1 :1.000.000.
1/11
FIGURA 2
·.,;;,·.;··
.-~~ .;~·.;
------
~:~ ~>· . .?'o..:..?~-~:
Arenitos finos, silti tos e orgili-
tos cool(nicos com lentes de con-
- - - ___ -;;_
g/omerado e arenito grosse1-
~.-.-:·.::·..
Arentto grosseiro, moi selecionado,
com estratificação horizontal, co-
SILURIANO TROMBETAS St
modas de folhelho e conglomera-
do intercalados, branco e amarelo
1/12
2. ESTRATIGRAFIA
Na Folha SA.22 Belém, foram mapeadas rochas definida entre as duas unidades para reconhecer
cristalinas pré-cambrianas do Complexo Guia- a superposição.
nense- Singh (55) (1972), do Complexo Xingu
e Faixa Orogênica Araguaia-Tocantins -·Silva As rochas sedimentares da sinéclise do Amazo-
et alii (54) (1974), rochas paleozóicas da siné- nas estão representadas pelas formações Trombe-
clise do Amazonas e coberturas sedimentares tas, Curuá, Monte Alegre ê ltaituba. Essas rochas
mesozóicas e cenozóicas. que documentam a sedimentação do Siluriano
ao Carbonífero afloram em faixas de direção
As rochas do Complexo Xingu afloram ao sul, WSW-ENE de um e outro lado do vale do rio
no baixo Xingu e baixo Tocantins. Predominam Amazonas, estando na parte S e N em n (tida
migmatitos, gnaisses, granitos e metamorfitos do discordância sobre rochas do Complexo Xingue
fácies granulito. Alg'uns xistos, paragnaisses e Complexo Guianense, respectivamente.
quartzitos pertencentes a esse complexo foram
destacados no mapeamento, i.e. Xisto Três Em algumas partes do flanco sul da sinéclise do
Palmeiras, na Folha SA.22-Y-D Altamira. Amazonas, a sedimentação Curuá (Devoniano)
transgrediu a unidade Trombetas (Siluriano),
Ao norte da área foram identificados gnaisses assentando diretamente sobre rochas do Com-
graníticos, anfibolitos e granitos do Complexo plexo Xingu. A frente da cuesta formada pelos
Guianense. Na Folha SA.22-V-A Monte Dou- arenitos Trombetas no noroeste da área marca o
rado, a parte desse conjunto co.nstitu ída predo- bordo setentrional atual da sedimentação na
minantemente de rochas gnáissicas com encraves sinéclise do Amazonas. A atividade magmática
ocasionais de xistos, quartzitos e granulitos, foi que afetou as rochas paleozóicas, bem represen-
litologicamente individualizada como Gnaissse tada em seu flanco meridional, é definida como
Tumucumaque. Sobre o Complexo está uma Diabásio Penatecaua, e foi tentativamente colo-
seqüência metassedimentar denominada Grupo cado no Jurássico-Cretáceo.
Vila Nova, aqui constituído principalmente de
paragnaisses, quartzitos com lentes de itabiritos, Como vem sendo feito nas folhas vizinhas, de
anfibolitos e xistos. leste a sul, a cobertura tabular póNriássica da
Plataforma Brasileira foi mepeada a SE, folha
Na parte sudeste da área, Folha SA.22-Z-D SA.22-Z-D Alto Capim, sendo aí identificada
Tucuruí, xistos, filitos, metagrauvacas e quartzi- como Formação ltapicuru (Cretáceo), em ocor-
tos do Grupo Tocantins foram mapeados em rência restrita.
discordância sobre as rochas do Complexo Xin-
gu. O termo Grupo Tocantins foi utilizado em Com apoio nas observações de campo e na
substituição à "Série do Tocantins" - Moraes visualização regional obtida nas imagens de radar
Rego (42) (1933), de acordo com ·-a disposto a cobertura sedimentar terciária foi mapeada sob
pelo Código de Nomenclatura Estratigráfica. a denominação única de Formação Barreiras,
nome conserva9o pela maior tradição em relação
A posição estratigráfica relativa das rochas dos a Alter do Chão e Solimões usados em trabalhos
grupos Vila Nova e Tocantins foi deduzida anteriores.
tentativamente, a partir da relação de contato
inferior, grau de metamorfismo, intensidade de Os sedimentos quaternários designados generica-
dobramentos, estruturação e dados geocrono- mente por "Aluviões" ocupam ponderável ex-
lógicos tomados em conjunto, visto não haver tensão superficial principalmente nas folhas de
contato estratigráfico e proximidade geográfica nordeste (SA.22-X-A, X-B e X-C).
1/13
2.1. Províncias Geológicas com profunda erosão; sua característica lito-
lógica predominante são rochas pré-cambrianas
Na área há no m l'nimo três grupos de rochas do Complexo Xingu.
metamórficas separadas por discordâncias princi-
pais. Bordejando setentrional e orientalmente o Acreditamos ser provável que esta porção do
Cráton do Guaporé, houve a implantação da Cráton tenha, em boa parte, completado sua
sinéclise do Amazonas (N) e da sinéclise do evolução e consolidação através dos ciclos geo-
Maranhão-Piauí (E). A margem meridional da tectônicos muito antigos (Guriense mais de
Area Cratônica das Guianas constitui também 2.600 M.A; Transamazônico 2.600-1.800 M.A.),
base de sedimentação da sinéclise do Amazonas. bem como sido afetada pelos eventos de outros
ciclos mais jovens, Ferreira (22) (1972).
Os metamorfitos da área apresentam-se dobrados
em estilo diferentes, falhados e metamorfizados
em graus variáveis. As demais unidades litoestra- 2.1.2. ÁREA CRATONICA DAS GUIANAS
tigráficas, paleozóicas, mesozóicas e cenozóicas
foram afetadas por uma intensa e extensa fase de o extremo NW da Folha pertence a porção
fraturamentos. A vasta cobertura aluvionar qua- sudeste do Cráton Guianês, correspondendo ao
ternária oblitera normalmente qualquer reflexo Núcleo Cratônico Guianês, Suszczynski (56)
das feições litológicas e estruturais das unidades (1970). Esta pequena parte do Cráton Guianês é
subjacentes. formada por rochas pré-cambrianas constituindo
o Complexo Guianense e outras unidades.
Existe indícios de uma fase epirogênica atuante
no Cenozóico. Nas Guianas, Singh (55) (1972), reconhece
quatro episódios tectônicos:
Para efeito de apresentação a área foi dividida
em seis Províncias Geológicas: - Um primeiro, ocorre no Arqueano e represen-
ta um período de dobramento e metamorfismo
- Area Cratônica do Guaporé regional datado entre 3.000-2.700 M.A. Este
-Área Cratônica das Guianas episódio é denominado de Guriense.
-Faixa Orogênica Araguaia-Tocantins
- Sinéclise do Amazonas -Outro significante e amplo exemplo de dobra-
- Si nécl ise do Maranhão-Piauí mento e metamorfismo regional no Pré-Cam-
-Coberturas Cenozóicas briano Inferior é datado entre 2.000-1.800 M.A.
É denominado Episódio Transamazônico (Episó-
dio Guianense ou Akawaiiano).
2.1.1. AREA CRATONICA DO GUAPORÉ
-O terceiro episódio é marcado por cataclase
Esta área pertence à Plataforma Brasileira defi- em escala regional; é tido no Pré-Cambriano
nida por Almeida (5) (1967), ou seja, está em Médio e foi datado como tendo ocorrido a
parte na porção setentrional do Cráton do aproximadamente 1.200 M.A.; nas Guianas é
Guaporé. Pode ser tomada também como Plata- chamado de Episódio K'Mudku.
forma Amazônica, Suszczynski (56) ( 1969),
Ferreira (23) (1969). -O quarto evento tectônico significante é mar-
cado pelos falhamentos em bloco e foi deno-
Foi submetida a eventos orogenéticos e episó- minado Episódio Takutu; este episódio de afun-
dios de "rejuvenescimento" devido a processos damento ocorreu no Mesozóico, no Jurás-
de plataformas ativadas, seguida de epirogênese, sico-Cretáceo.
1/14
Estes todos poderão ser correlacionáveis aos que (su bfác ies quartzo-albita-ep ídoto-almandina),
se sucederam na porção do Cráton Guianês na respectivamente.
Folha Belém.
A faixa orogênica Araguaia-Tocantins é marca
da presença de importante evento ligado a
2.1.3. FAIXA OROGENICA ARAGUAIA- evolução de geossinclinal. Suas rochas básicas-
-TOCANTINS ultrabásicas podem corresponder ao cinturão
ultramáfico de Goiás.
A faixa Araguaia-Tocantins, é constituída pelos
Grupos Tocantins e Araxá (este último, dado a Os dados geocronológicos obtidos desta faixa
escala do mapa e das características homogêneas muitos deles difíceis de encaixar na estratigrafia
com que aqui se apresentam nas imagens, não foi proposta, variam de 400-3000 M.A.
representado), com rochas básicas e u ltrabásicas.
1/15
cobertos por depósitos cretácicos da Formação se estende para sul até Uruará, Vitória, Juta( e
ltapicuru e da Formação Barreiras, do Terciário. Surubim.
2.1.6. COBERTURA CENOZÚICA Oliveira (45) (1928) descreve pela primeira vez,
com lançamento em mapa, as rochas aflorantes
A cobertura cenozóica se distribui amplamente ao longo do rio Xingu. No mesmo trabalho este
em ambos os lados do rio Amazonas, depositada autor ainda se refere sobre a geologia do rio
sobre o bordo NE do Cráton do Guaporé e SE Bacajá e enumera várias rochas descritas petro-
do Cráton Guianês, em inconformidade sobre as graficamente por Ojalma Guimarães.
rochas dos Complexos Xingu e Guianense. Na
margem direita do rio Tocantins até o limite Barbosa et alii (8) (1966) sob a denominação de
leste da Folha ela é bastante conspícua, jazendo Pré-Cambriano lndiferenciado descrevem dia-
a SE sobre as rochas da Formação ltapicuru. ritos, anfibolitos, granito róseo, migmatitos com
paleossoma de metabasitos e quartzitos cortados
E caracterizada pela Formação Barreiras - que por vênulos, veios e lentes de quartzo-pegma-
apresenta uma grande diversidade de tipos litoló- titos, mencionando ainda gabros e anortositos.
gicos (variando de argilito a conglomerado, as
camadas ora exibem estratificação perfeita ora Mantendo essa denominação, Puty e equipe (16)
são maciços) - e por Aluviões (argilas, areias e (1972) apresentam quatro categorias de rochas
cascalhos). De maneira geral, predominam no baseados em estudos de campo e laboratório.
Terciário os arenitos finos e siltitos bem estra-
tificados de cores vermelho, amarelo, branco e - gnaisses, augen-gnaisses migmatíticos, lepti-
roxo, com camadas de arenito grosseiro e de tos, granulitos, charnockitos e anfibolitos;
conglomerado, geralmente com estratificação
cruzada intercaladas. Ocorrem também com - granitos, granodioritos e quartzo dioritos;
essas rochas bauxito e caulim.
dioritos e noritos;
Morfologicamente a Formação Barreiras, forma
platôs e mesas isoladas como na serra de cataclasitos e milonitos.
Paranaquara, Jutaí, Almerim, Areião eAcapuzal,
cujas cotas máximas situam-se em torno de 350 Kirwan (34) (1972) assinala na área do Bacajá a
metros. presença de rochas metamórficas, ígneas e mig-
máticas e registra que nas imagens de radar os
A sul do rio Amazonas, a Formação Barreiras vários horizontes são extremamente persistente
forma um vasto e contrnuo platô dissecado que formando dorsais alongadas, orientadas em EW.
1/16
2 .2.1.2. Posição Estratigráfica SA.22. Todavia várias datações foram efetuadas
em amostras de pouco a sul, da Folha $8.22
Silva et alii (54) (1974) propõem o termo Araguaia.
Complexo Xingu às ro~has q~e eram. chamadas
de Pré-Cambriano I nd 1ferenc1ado. D1zem tam- Almaraz (3) ( 1967) encontrou pelo método
bém que muito embora a composição litológica K/Ar idade média de 2.000 M.A. para granitos,
não possa ser individualizada em formações, migmatitos e anfibolitos da região dos rios
nesta área, por falta de elementos estratigráficos ltacaiúnas, Parauapebas e Tocantins.
marcantes, características petrográficas e estru-
turais obedecem o seguinte padrão: Amaral (6) ( 1969) em gnaisses, anfibol i tos e
muscovita-xisto da área do ltacaiúnas, chegou a
o interdigitamento de migmatitos com grani- resultados que o levaram a fixar o último evento
tos, granodioritos, gnaisses e anfibolitos; metamórfico em torno de 2.000 M.A. Em um
anfibolito da parte oeste da serra Tapirapé,
A ocorrência de catamorfitos na seqüência Amaral (op. cit) encontrou em K/ Ar 3280 ±
migmática; 113 M.A., resultado quase idêntico ao de um
gnaisse do baixo ltacaiúnas.
Os alinhamentos concordantes com os
"trends" de rumo WNW-ESE, ao norte da serra Gomes et ai i i (27) ( 1972) em amostras prove-
dos Carajás; nientes da serras Misteriosa, Cinzento, Buriti-
rama e Carajás, bem como das margens do
As isógradas metamórficas muito próximas; ltacaiúnas e afluentes, chegaram pelo método
K/Ar a idades em torno de 2.000 M.A., sendo
Possibilidades de dobras isoclinais (cujos que um anfibolito do ltacaiúnas indicou em
eixos teriam a direção WNW-ESE). K/Ar 2540 ± 75 M.A.
Felds-
Quartzo pato- Plagio- 8io- Musco- Anfi- Piro- Apa- Cio- Epi- Carbo- Argi- Seri- Ala-
Alcal. clásio ti ta vi ta bólio xênio Opacos ti ta ri ta Zircão Esfeno Rutilo doto natos losos cita nita
AG-12 35 15 35 10 - 3 - X X X X X - - - X X
AG-11 30 30 30 5 X - - X X X X X - - X X X
PT 1118
CN 579 25 20 50 5 - - - X X X X X - X - X X
PT 1118}
CN 520 25 25 45 X - 2 1 X X - - 1 - - - X X
PT 107 }
AA 146 X X X X - X - X - - - - - - - X X
PT 107 }
AA 147 X X X X - x? - X - - X
-
PT 107 }
_. AA 148 X X X X - X - X
co PT 1078}
CN 525 X X X X
PT 109
CN 522} X X X X - X - X X - - X - - - - - x?
PT 110 }
JW 14 35 18 40 5 - X - X X - - X - X - X
AG-13 30 40 20 5 - X - X X X X X - X
AG-15 X X X X - X X X - X - - - X - - X
AG-151 X X X X - X X X X X - X X
AG-152 35 30 30 3 X - - X X X X X - - X - X
PT-105 X - X X ·- X - X X - - X
PT106:J
CN 523 X X X X
PT106
CN 524) X X X X - X - - - - - X
PT106
CN 524J X X X X - - - xl
PT 106
CN 524} X X X X - x? - X - - - - - X
1 Inclui pirita.
pos isolados. ~ normal, aliás, representarem Oliveira (45) (1928) sobre a geologia da reg1ao
massas mais granitizadas do embasamento ou do baixo Bacajá registra que "em Três Palmeiras
fácies granítico de uma massa migmatizada. São e no Travessão São João calçando o rio, exten-
rochas de granulação fina a grosseira, homogênea de-se cerca de 1 kilometro de largura, numa
ou porfiróide, com cores cinza em tons róseos, faixa de rocha schistosa, verde, microcrystalina
esverdeados ou avermelhados, maciças ou leve- que foi classificada pelo Dr. Djalma Guimarães
mente orientadas. Sua composição varia de como Ortho-amplhibolito".
granitos calco-alcalinos a granodioritos ada-
melíticos. E ainda Oliveira (op. cit) que assinala "abaixo da
Maloca Velha dos l"ndios Araras um anphibo-
Microscopicamente assim se apresentam: lo-schisto" na continuação do Bacajá.
- Quartzo (35-30%), ora em agregados de grãos É nesta altura do rio Bacajá que foi possível
anédricos, com extinção fracamente ondulante, separar uma faixa com até 1O km de largura por
ora bastante triturado, com contatos suturados e mais de 90 km de comprimento de rochas
forte extinção ondulante. Pode envolver os nitidamente orientadas, "Xisto Três Palmeiras".
fenocristais ou preencher fraturas, ou ainda,
estar incluso nos feldspatos, fato ocorrente O estudo do Complexo Xingu na Folha Belém,
quando a rocha apresenta caráter mais mig- aliado àquele executado nas folhas Araguaia e
mático. Tocantins, permite sumarizar esta unidade como
um conjunto de rochas metamórficas varia-
- Feldspato alcalino (40-30%), normalmente damente migmatizadas, contendo encraves de
microcl ínio e mais: raramente ortoclásio. Ambos metabasitos e ectinitos normais, cujo grau meta-
podem apresentar-se pertitizados e alterados a mórfico identificado fica diretamente relacio-
sericita. nado ao nível de erosão regional que permite a
exposição dessas partes mais profundas.
- Plagioclásio (30-20%) é normalmente o oligo-
clásio alterado geralmente a sericita e mais Em seus domínios podem existir corpos intru-
raramente a carbonatos. A macia Albita é uma sivos, porém face à distribuição areal, dimensões,
constante. bem como feições topográficas, os mesmos não
puderam ser delimitados ou detectados e ficaram
- Biotita (5 a mais de 1%) pode dispor-se em por isso fazendo parte do conjunto.
faixas paralelas nas rochas com orientação ou
distribuídos ao acaso nas rochas isotrópicas.
Altera-se freqüentemente a clorita liberando 2.2.2. COMPLEXO GUIANENSE
óxido de ferro que lhe envolve.
2.2.2.1. Generalidades
- Muscovita, piroxênio (diopsídio-hedember-
gita) e anfibólio (hastingsita ou hornblenda) O Complexo Guianense compreende ro~has de
ocorrem esporadicamente. origens orto e parametam6rficas, aflorantes ao
norte da Amazônia Brasileira e que ocupam a
- Acessórios freqüentes são: opacos, apatita, parte noroeste da Folha SA.22 Belém. A suces-
esfeno, zircão e subsidiariamente ep(doto. Argi- são de litotipos isotrópicos e anisotrópicos está
losos, sericita e clorita são os mais freqüentes em parte mascarada pela granitização que afetou
produtos de alteração. Carbonato ocorre mais a região.
raramente como produto de alteração de plagio-
clásio. Este Complexo é composto por rochas que
1/20
foram submetidas a um metamorfismo meso e tam, possivelmente, a maior distribuição em
catazonal correspondente aos fácies anfibolito e área.
hornblenda-piroxênio granulito. As rochas mais
comuns são os granulitos, gnaisses, anfibolitos, No rio Jari, o paleossoma é representado por
migmatitos, granitos, dioritos, . granodioritos, anfibolitos e gnaisses e o neossoma por venitos
gabros normais e rochas ultrabás1cas (hornblen- de composição granodiorftica.
ditos, piroxenitos e peridotitos. Apesar de as
rochas serem bandeadas, alguns gnaisses foram Nesta área cratônica a granitização é crescente
submetidos a compressão maior, apresentando para o norte, onde a transição dos migmatitos
estruturas planares e lineares bem pronunciadas para os anatexitos é verificada. Na região do rio
(Gnaisse Tumucumaque). Essa zona de orienta- Oiapoque e rio Jari, blocos de quartzitos e
ção muitas vezes apresenta-se totalmente catacla- kingisrtos estão envolvidos por rochas granitiza-
sada, evidenciando uma superimposição do me- das. A presença de kingisito e de quartzito-orto-
tamorfismo dinâmico. quartzito no território do Amapá, leva-nos a
concluir a ongem, em parte, para essas
Dentre as rochas mais antigas, temos os granuli- rochas do Complexo, como parametamórfica.
tos, que são as mais profundas no complexo,
sendo sua área de afloramento muito restrita na Associados a essa sequência de rochas encontra-
região. Os granul itos apresentam variação ácida a mos granodioritos-porfiróides, produto de trans-
básica, granulitos-graníticos a hiperstênio e formação metassomáticas, os quais passam da
granulitos gabroides a hiperstênio. Na região de transição dos migmatitos para uma zona inter-
Roraima essas rochas apresentam transição para mediária de embrechitos. Tal exemplo, desenvol-
os gnaisses, onde é comum silimanita plagioclá- ve imensos porfiroblastos de albita de neoforma-
sio-pertita gnaisse (ou granulito); no Amapá tal ção e abundantes mirmequito; esses granodiori-
transição existe, contudo não é comum. Associa- tos são de formação sincinemática e outros
dos aos granulitos ocorrem leptinitos que dado a corpos menores estão distribuídos em todo
estabilidade do quartzo e do feldspato ocorrem complexo mais antigo do norte da Amazônia.
também associados aos gnaisses.
Episódio plutônico tardiorogêníco ocorreu no
Os gnaisses e os migmatitos são rochas abundan- Complexo Guianense, e, é representado por
tes no Complexo Guianense, sendo repre- granitos, dioritos, gabros (norito e gabro nor-
sentados em todo norte da Amazônia; na Folha mal), os quais apresentam textura variável de
SA.22, nos rios Jari, lratapuru, Paru e Maracá, micro-apl ftica a pegmatóide e estão sempre cor-
seg. Neves e equipe ( 17) ( 1972). tando rochas mais antigas.
Entre as variações mineralógicas dos gnaisses Outro episódio de interesse é o que ongmou
temos: biotita-gnaisse, biotita-plagioclásio gnais- rochas ultrabásicas sendo encontrados aflora-
se, biotita-hornblenda gnaisse, biotita-microcl ínio- mentos de piroxenito, hornblendito e peridotito,
plagioclásio. gnaisse, silimanita-plagioclásio-per- cf. Vale e equipe (15) (1972).
tita, gnaisse, sendo que os mais abundantes em
todo o norte da Amazônia são os biotita-pla- Os principais sistemas de falhas, fraturas e
gioclásio gnaisse e hornblenda-plagioclásio estruturas apresentam direções NWN-SES,
gnaisse. NW-SE; falhas deste último sistema são
observáveis entre os rios Jari e Paru.
A migmatização foi intensa no Complexo Guia-
nense, quando as rochas foram parcial ou total- Denominamos de Gnaisse Tumucumaque, às
mente transformadas. Os migmatitos represen- áreas deste craton, definidas a norte da área ora
1/21
apresentada (na serra de Tumucumaque), que 2.2.2.3. Distribuição na Area
apresentam rochas com distinguível bandea-
mento, sendo esse bandeamento proveniente de O Complexo Guianense representa aproximada-
"stress" com maior amplitude e onde há desen- mente 1/8 da área formando uma faixa de
volvimento de brecha de falha e milonitização. direção NE-SW, adelgaçando para leste no Terri-
Associados aos biotita-plagioclásio gnaisse e tório do Amapá.
hornblenda-plagioclásio gnaisse ocorrem anfi-
bol i to e quartzito, além de encraves ocasionais
de xistos e granulitos. O paralelismo do ban- 2.2.2.4. Geocronologia
deamento dessas rochas com os metassedimentos
Vila Nova vem justificar que tal orientação se Datações radiométricas feitas por Basei (9)
deu no momento em que o Cr aton formou (1973), para rochas do Complexo Guianense no
sulcos, parageossincl íneos ou semi plataformas de Amapá deram isócrona K/Ar de 2.61 O MA,
Beloussov ( 1O) ( 1971), nos quais se depositou a incluindo o Gnaisse Tumucumaque.
seqüência Vila Nova.
Os metamorfitos do Grupo Vila Nova consti- As amostras estudadas tem composição muito
tuem a unidade imediatamente superior nesta variável, desde granitos até dioritos e os primei-
área. ros predominam. O quartzo é constituinte essen-
cial na maioria absoluta delas e ausente em
O contato a leste, se faz com os sedimentos apenas três (J F-26, 29 e 30). A relação entre os
terciários e quaternários e a sudoeste e sudeste feldspatos alcalinos e plagioclásio é muito variá-
com os sedimentos silurianos da Formação vel de amostra para amostra. M icrocl ín io e
Trombetas. ortoclásio, muitas vezes pertitizados, e o plagio-
1/22
clásio sádico, situado no intervalo albita-oligo- cristais, é comum em algumas amostras e acom-
clásio, são os mais comuns. Entretanto há rochas panha a biotita e epídoto.
mais básicas onde o plagioclásio é andesina; são
ricas em máficos, e foram, classificadas como Hornblenda-gnaisse (JF-28): rocha com alternân-
dioritos ou quartzo-diorito, por vezes, gnáissicos cia de bandas máfica e félsicas com orientação
(JF-24, 26, 28 e 29). Outra, ainda, tem composi- nítida; textura granonematoblástica, composta
ção sienítica e boa orientação de seu~ miner~is de quartzo, hornblenda, plagioclásio, sericita,
ferro-mangnesianos (JF-30). No que d1z respe1to epídoto, apatita, carbonatos e opacos. O quartzo
aos máficos, a biotita e hornblenda se destacam
1 ocorre como aglomerados locais de aspecto
dos demais. A primeira predomina nas rochas sacaroidal, associado ao feldspato, com bordas
ácidas, cuja composição oscila de granitos e denteadas, extinção ondulante e granulação
granodioritos e a segunda naquelas mais básicas, variável. O feldspato é abundante na rocha e foi
quartzo dioritos a rochas dioríticas. Hastingsita totalmente sericitizado. A hornblenda constitui
foi observada na amostra JS-6. as bandas máficas, e, é representada por prismas
alongados, alterada a clorita. Apatita, epídoto e
A amostra JF-27 representa um muscovita-gra- opacos ocorrem em nítida associação na rocha.
nito. Os minerais acessórios são, na ordem de
freqüência nas lâminas: apatita, opacos, epídoto, Migmatitos denunciam textura granoblástica e
zircão, rutilo, granada e muscovita. Os secundá- são compostos por quartzo, microlina-pertita,
rios ou de formação hidrotermal, obedecendo o ortoclásio, biotita, anfiból io, esfeno apatita,
mesmo critério, são: clorita, sericita, carbonatos, rutilo, zircão, clorita, sericita e opacos. O
minerais argilosos e uralita. A rocha JF-22 é um quartzo ocorre em agregados, sendo anédrico
biotita-granodiorito, muito alterado, com subs- com extinção ondulante, bordas suturadas e
tituição de feldspato por sericita. microfraturados. O feldspato (microclínio-oligo-
clásio) ocorre em íntima associação com o
Na lâmina JF-30, destaca-se a ausência de quartzo. Os máficos estão representados por
quartzo, o elevado teor de feldspato alcalino e biotita e hornblenda e constituem o mela-
hornblenda e a orientação de seus constituintes. nossoma da rocha. Zircão esfeno, apatita e
Outro aspecto particular é a abundância de opacos estão associados e formam aglomerados
minerais acessórios, representados por esfeno, dispersos na rocha. A clorita é produto de
epídoto e apatita. Esse tipo de rocha é definido alteração dos ferromagnesianos.
como lamboanito.
Muscovita granito (JF-27): apresenta textura
Os biotita-plagioclásio gnaisses, tem textura gra- hipidiom6rfica, granular, composta de quartzo,
nolepidoblástica, composta de quartzo, plagioclá- pertita, microcl ínio, oligoclásio muscovita, biotita.
sio, biotita, apatita,zircão e opacos. O quartzo é granada e epídoto. O quartzo, anédrico e inter-
xenoblástico em concentrações sacaroidais, bor- granular, é abundante na rocha sob forma de
das suturadas e forte extinção ondulante. O mirmequito e tem bordas suturadas. Os felds-
plagioclásio (oligoclásio-andesina) apresenta-se patos constituem os principais minerais e dão
curvado e fraturado, pelo efeito dinâmico a que um índice de cor baixíssimo à rocha. Muscovita
foi submetida a rocha; o feldspato apresenta-se e biotita, em quantidade bem reduzida, são os
parcialmente sericitizado e argilizado. A biotita, principais micáceos da rocha. Alguns cristais de
marrom escura, ocorre em diminutas palhetas, e, granada e epídoto estão dispersos na lâmina.
às vezes com nítida orientação entre os grãos
félsicos. O mirmequito é abundante na periferia Epidiorito e epidiabásio: essas rochas são co-
dos plagioclásios. A apatita, dispersa em grandes muns cortando o Complexo Guianense, e têm
1/23
incipiente grau de metamorfismo. Apresentam nado pela lâmina sem revelar orientação. Os
textura subofítica a hipidiomórfica granular, feldspatos são mais grosseiros funcionando como
composta de augita, plagioclásio, uralita, titani- porfiroblastos, interpretados estes como rema-
ta, quartzo, apatita e calcita. A augita subédrica nescentes da rocha original e dando uma tendên-
está parcialmente e, em alguns pontos, total- cia blastoporfíritica para a atual rocha. A sua
mente ural itizada. A labradorita forma ripas forma devia ser subédrica e anédrica, tendo
grosseiras, com parcial alteração a argila-mine- atualmente contornos mal definidos e estando
rais e incipiente carbonatação. lntersticialmente, em parte substituídos por outros minerais, so-
abundante intercrescimento de quartzo e felds- bretudo muscotiva, estão sempre maclados, al-
pato (micrográfico). Alguma apatita e grânulos terados a argilosos e contendo inclusões dos
de titanita ocorrem distribuídos na rocha. máficos. Algumas macias Carlsbad e Albita são
visíveis e a maior freqüência da primeira, bem
As amostras JF-12, JF-14 e JF-35 são muito como ausência de geminação de certos cristais,
semelhantes e foram classificadas como hornfel- indica serem os feldspatos-alcalinos mais comuns
ses. Possuem textura blastoporfiríticas, com que os plagioclásios. O microcl ínio ocorre
fenocristais remanescentes de feldspatos englo- entremeado aos cristais de quartzo na matriz e
bados em matriz granoblástica de granulação em teor subordinado. A muscovita desenvolve
muito fina e cujos principais constituintes são: lamelas esparsas que englobam cristais menores;
quartzo, biotita, muscovita e feldspatos. A bioti- é oriunda da cristalização sofrida pela rocha e
ta concentra suas finas lamelas em certos níveis é característica do fáceis anfibolito dos horn-
que se estendem de modo totalmente desorde- felses. O quartzo é o mineral dominante em to-
TABELA 11
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA PERCENTUAL DAS ROCHAS
DO COMPLEXO GUIANENSE EM SA.22
(INCLUINDO GNAISSE TUMUCUMAOUE)
Amostras
Mineralogia
JS-6 JF-12 JF-14 JF-22 JF-24 JF-26 JF-27 JF-28 JF-29 JF-20 JF-35
1/24
das as lâminas e também está recristalizado, tem to, talco-antofilita xisto), itabirito, minério de
granulação muito fina com contatos bem defini- manganês e de ferro (lpitinga Vila Nova e Traca-
dos, apresenta extinção normal ou pouco: ondu- jatuba). Camadas de mármores calcíferos e man-
lante; raramente seus cristais formam agregados ganesíferos foram revelados através de sondagem
um pouco mais grosseiros. Os opacos aparecem na Serra do Navio.
como grânulos diminutos e se encontram pre-
sentes em toda a rocha. A apatita é um acessório Observamos tectônica "rígida" e "plástica",
comum. O epidoto é mais raro. Parece haver esta última, devido ao conjunto de dobras
localmente carbonato muito pouco individua- sinclinais e anticlinais com mergulhos variando
lizado. A biotita constitui agregados locais em entre 159 a 309 nos flancos (I pitinga). As
cristais pequenos e também inclusos nos fel- camadas ferríferas apresentam microdobras com
dspatos. recumbência marcante.
1/25
pos Vila Nova, Araxá e Tocantins, aliadas a 2.2.3.5. Petrografia
alguns dados geocronológicos, poderíamos colo-
cá-los em posição estratigráfica equivalente; en- Na seqüência de metamorfitos do Grupo Vila
tretanto, mantida a diferenciação entre Araxá e Nova há predominância de rocha derivadas de
Tocantins, este último será mais jovem em sedimentos pel íticos com camadas basais are-
relação ao Vi la Nova e ao Araxá. nosas, impurezas aluminosas e calcíferas e, vulca-
nismo básico associado.
Hurley (30) (1968) determinou uma 1socrona - Calco-biotita-sericita xisto: rocha de textura
Rb/Sr de 221 O M.A. para essas rochas do Amapá lepidoblástica, composta de quartzo, biotita,
e Cordani (18) (1974) calcula uma isócrona de muscovita, clorita, calcita, epídoto, tlfrmalina
2090 M.A. para as rochas da área da Serra do (?) e sericita. Apresenta uma granulação finís-
Navio. sima com minerais micáceos dispostos entre
grãos de quartzo. A calcita em cristais bem
Na parte do Norte-Central da Venezuela, uni- desenvolvidos acompanha a xistosidade da
dade semelhante ao Grupo Vila Nova apresenta rocha.
idade 2.000 M.A., Chase (12) (1965).
1/26
- Tremolita-actinolita xisto (JF-32A): rocha menor, 00034'00"$. e 53020'30"W.Gr. A área
xistosa com actinolita, tremolita e quartzo. onde se localizam é constituída por rochas do
Actinolita-tremolita, formam uma associação Grupo Vila Nova, de idade Pré-Cambriana. A
íntima de cristais alongados radiais e fibrosos. estrutura do Maraconai dista 20 km do atual
Actinolita de cor verde é bem destacável na limite setentrional dos sedimentos paleozóicos
rocha. da Sinécl ise do Amazonas.
1 Quartzito à muscovita
2 Calcita-biotita-sericita-quartzo xisto
3 Tremolita-actinolita xisto A intrusiva maior tem forma grosseiramente oval
4 Tremolita-actinolita xisto com um eixo maior de cerca de 5 km de
5 Sericita-quartzo xisto
comprimento da direção N-S, com uma área de
2.2.4. ALCALINAS DE MARACONAI cobertura laterítica de aproximadamente 25
km 2 • Por sua vez a intrusiva menor, também de
2.2.4.1. Generalidades forma grosseiramente ov-al', com um eixo maior
A noroeste estão os corpos intrusivos da serra de de cerca de 3 km de comprimento na direção
Maraconai, cujas _coordenadas são: intrusiva EW, com área de cobertura laterítica ao redor de
maior, ooo .32'00"$. e 53024'20"W.Gr; intrusiva 8 km 2 •
1/27
2.2.4.4. Análises Químicas No rio Tocantins à altura de Tucuruí a seqüência
é representada por quartzitos, itabiritos, lentes
A laterita que recobre as intrusivas de Maraconai de hematita, metagrauvacas e filitos. Da fazenda
foram amostradas e a 35 C foi submetida a Novo Mundo ao igarapé Caripé essa seqüência
análise espectrográfica qualitativa e sem iqual i- tem maior amplitude com camadas dobradas e
tativa cujos resultados são vistos nas tabelas IV e mergulho acompanhando o caimento regional
V, comparados aos de laterita da serra de para NW. Essa variação de metagrauvacas, itabi-
Maicuru (599A): ritos e quartzitos é bem local no Grupo Tocan-
tins; a maior extensão é representada por filitos
TABELA IV
e clorita-xistos.
Maiores Menores
Traços
Amostras Constituintes Constituintes No rio Moju a sequencia é rica em xistos
magnesianos (clorita-xisto, actinolita e tremoli-
35C Fe,AI, Ti Mn, Mg Si, Ca, Cu, Zr, V
599A Fe,AI Mg, Ti
ta-xisto). Esses xistos são dobrados apresentando
Si, Mn,Ca, Zr,V,
Cu macro e microdobras com eixos principais com
direção NWN-SES e, quando recumbentes, com
TABELA V o eixo voltado para oeste (Cráton do Guaporé).
1/28
2.2.5.4. Geocronologia clorita e feldspato e têm como acessórios:
biotita, muscovita, opacos, carbonatos, turma-
Os estudos geocronológicos nas rochas do Grupo lina, epídoto, titanita e zircão.
Tocantins não apresentaram resultados compa-
tíveis ao seu relacionamento estratigráfico. Se- Os quartzitos do Muru, Aratera, Novo Mundo e
gundo Almeida (4) (1965) sua idade seria de Tucuru í têm quantidades acessórias de magne-
500 M.A. e significava um mínimo para o tita, óxido de ferro, sericita e turmalina e
conjunto Tocantins-Cuiabá. apresentam textura granoblástica, em geral fina.
1/29
a ocorrência de sedimentos silurianos no rio Autás-Mirim (subsup.), Nhamundá (sup.), Pi-
Tapajós assinalando que "a semelhança em tinga (sup.) e Manacapuru (sup.).
caracteres I itológicos entre as rochas do T rom-
betas ·e as do Tapajós é tal que não se pode
duvidar de que a formação seja a mesma nas 2.2.6.3. Distribuição na Área
duas localidades ... ". Este fato foi posterior-
mente corroborado por Silva (53) (1951) "em No flanco sul da Sinéclise Amazônica, a For-
afloramentos localizados em Bela Vista, ilha mação Trombetas afiara desde o extremo SW da
Goiana e Vila Braga, a jusante da povoação de área até pouco a leste do rio Uruará. A partir das
São Luís" à margem direita do Tapajós. Em cabeceiras do igarapé João Ribeiro, junto ao
mapa geológico das bacias ACRE-AMAZONAS- traçado da Transamaiônica inicia uma faixa
-MARANHÃO, a Petrobrás (47) (1963) revela a contínua de direção N 600-700 E até pouco
presença da Formação Trombetas nos furos além da Volta Grande do Xingu, a leste de
PB-2-PA e PB-1-PA na região do Tapajós. Não Altamira.
obstante, vários autores não têm mapeado a
Formação Trombetas no Tapajós substituindo a No flanco norte afiara numa faixa contínua, de
indicação pela designação informal "Siluriano + mesma direção, desde o extremo oeste de Folha,
Devoniano". pouco a sul da serra Jauaru até a altura do rio
Maracá-Pucu, confirmando aliás, o vaticínio de
Derby (19) (1877) de que "à vista de amostras
2.2.6.2. Posição Estratigráfica trazidas pelo Dr. Ferreira Penna, do Maracá, pe-
queno rio quase fronteiro à extremidade ociden-
Na área em estudo a Formação Trombetas tal da ilha de Marajó, julgo que se estende quase
assenta direta e discordantemente sobre os me- até o Atlântico".
tamorfitos do Complexo Xingu, na margem
direita do Amazonas e sobre o Complexo
Guianense à margem esquerda. Com a Formação 2.2.6.4. Litologias
Curuá também é discordante.
Assentando-se em "felsito no Oiteiro do Cachor-
Na margem direita, a WSW de Altamira, na ro ou sobre sienito na cachoeira Viramundo",
Transamazônica, aflora um extenso corpo básico Derby (21) descreveu uma seqüência composta
(Diabásio Penatecaua) que entremeia estas duas "quase exclusivamente de grés duro, argila e
unidades paleozóicas. micáceo dispostas em lajes finas de poucos
centímetros de espessura porém com algumas
A Formação Trombetas tem sido colocada desde camadas maciças de grés puro". Diz que "mer-
Derby (21) (1877), no Siluriano Médio. gulha esta seqüência de cerca de 50 para SSO
corn direção N 650 O" e salienta a inexistência
Caputo, Rodrigues e Vasconcelos (11) (1971) de calcário no pacote. Nesta região (Viramundo
entretanto, baseados em estudos de Lange (36) e Oiteiro do Cachorro) é que Derby coletou
(1967), Daemon e Contreiras (19) (1971) colo- fósseis de animais e vegetais que permitiram a
caram a Formação Trombetas como Ordovicia- Clarke (13) (1899) sua colocação no Siluriano,
no-Siluriano, distribuindo-se desde o Ordovicia- ai iás já então estabelecida por Derby.
no superior até siluriano inferior.
Caputo, Rodrigues e Vasconcelos (11) (op. cit.)
Em dados de superfície e subsuperfície estes descreveram a Formação Trombetas como com-
autores dividem a unidade em quatro membros: posta por intercalações de arenitos finos a
1/30
médios, brancos a cinza-esverdeados, castanhos e mente em schistos pretos e avermelhados, pas-
vermelhos, Iam inados, duros, caul ínicos, varia- sando as vezes ao grés schistoso", situada entre
velmente silicificados, siltitos verde-claros a cin- as rochas do "Grupo Ererê" (também Devo-
za-esverdeados, micáceos, laminados e duros. niano) e as rochas do Carbonífero.
Subsidiariamente ocorre folhelhos - a este
conjunto deram a denominação de membro Trabalhos posteriores, indicaram a presença de
Autás-Mirim; arenitos brancos a cinza-claros, uma seqüência acima do Grupo do Curuá, de
finos a médios, limpos, silicificados, com pouca Derby, e abaixo das rochas Carboníferas, a qual
intercalações de folhelhos, além diamictitos com passou a ser denominada de Curuá Superior, cf.
seixos de pórfiros provavelmente oriundos de Caputo, Rodrigues, Vasconcelos, (11) (1971).
degelo - este pacote foi denominado por Breit-
bach como membro Nhamundá; folhelhos e Lange (35) (1967) denominou de membro Faro
siltitos cinza, de claros a escuros, micáceos, àquela seqüência superior.
laminados, plásticos, com nódulos de pirita, com
arenitos finos a médios, caul ínicos, porosos, com Caputo, Rodrigues e Vasconcelos (11) (op. cit.)
estratificação paralela e crUzada intercalada. dividem a Formação Curuá em três membros,
Silexitos também aí ocorrem- membro Pitinga; elevando o Membro Faro, de Lange, à categoria
arenitos finos a médios, micáceos ou não, de formação.
Iam i nados, argilosos, cinza-claros, creme a ver-
melhos, duros e siltitos cinza, micáceos, lamina-
dos, intercalados- membro Manaçapuru. 2.2.7.2. Posição Estratigráfica
As amostras coletadas pelo Projeto RADAM são O Devoniano amazônico está representado na
de: Folha SA.22 Belém apenas pela Formação Cu-
ruá. Seu contato superior é discordante com as
-arenitos ora com cores cinza-claro, maciços, formações Monte Alegre, ltaituba e Barreiras.
friáveis, ortoquartz íticos com granulação fina a Seu contato inferior se dá discordantemente
média, ora cremes, conglomeráticos com acama- com a Formação Trombetas ou com o Comple-
mento gradacional; doutra feita apresentam alto xo Xingu. De acordo com estudos paleonto-
grau de litificação, silicificados, com granulação lógicos efetuados dos diversos autores, a idade
grosseira, mal selecionados. Embora seja caracte- do Curuá corresponde ao Devoniano superior
rística a composição ortoquartz ítica, não é raro (atingindo inclusive a base do andar inferior do
aparecer arenitos finos, feldspáticos, caulínicos, Carbonífero).
laminados, com maior ou menor grau de ferrifi-
cação;
2.2.7.3. Distribuição na Area
- folhelhos via de regra, bem laminados, com
fissilidade razoável, sericíticos ou carbonosos. A Formação Curuá aflora na parte noroeste e
sudeste da área mapeada. No noroeste, entre as
formações do Paleozóico do Amazonas, é a de
2.2.7. FORMAÇÃO CU RUA maior distribuição superficial. Estende-se de
oeste para leste desde o norte de Prainha e
2.2.7 .1. Generalidades Almerim (Pará) até próximo de Mazagão
(Amapá), na região do baixo curso dos rios Paru
A denominação "Grupo do Curuá" é de Derby e Jari. A inclinação das camadas no flanco norte
(21) ( 1877) a uma seqüência "quasi exclusiva- é para S e SSE. Na parte sul, os folhelhos Curuá
1/31
estão bem expostos na rodovia Transamazônica cinza, do quase branco ao cinza médio e tons
nos primeiros quilômetros a oeste do rio Xingu, avermelhados, da oxidação de ferro; gradam para
na região de Altamira (Pará) e nas proximidades arenitos finos e para argilitos.
da Agrovila Grande Esperança, Folha
SA.22-Y-C, onde as camadas apresentam pe-
quena inclinação para N e NNW. 2.2.8. FORMAÇÃO MONTE ALEGRE
2.2.8.1. Generalidades
2.2.7.4. Litologias
A ocorrência de rochas do Carbonífero do
A Formação Curuá é composta por folhelhos Amazonas é conhecida desde fins do século
cinza-escuros, Iam i nados, com raros acamamen- passado quando foram localizados calcários fos-
tos de arenitos muito finos e micáceos, falhe- sil íferos em ltaituba, Pará. Desde então as rochas
lhos cinzentos, às vezes siltíticos, siltitos calcí- do Carbonífero foram referidas por inúmeros
feros e arenitos silicificados em delgadas cama- pesquisadores motivados principalmente pela
das-membro Barreirinhas; busca da riqueza mineral que supostamente elas
deveriam conter: o carvão.
- Folhelhos sílticos, cinzentos, laminados, micá-
ceos, com intercalações de lentes de arenitos Derby (21) ( 1877), referindo-se às rochas do
muito finos, argilosos; siltitos argilosos, cin- Carbonífero assinala que " ... A Formação tanto
zentos a pretos, maciços, mícáceos, pírítosos, pela sua idade geológica como pelas condições
diamictitos- membro Curiri em que foi depositada é das mais próprias para
conter depósitos de carvão ... " e reconhe-
-Arenitos brancos a cinzentos, de fino a mé- ceu" ... uma coincidência notável ... " entre as
dios, piritosos, argilosos, mal classificados com espécies fósseis das camadas do Carbonífero da
intercalações de diamictitos; folhelhos e siltitos Bacia do Amazonas e as das "Coai Measures" da
aparecem na coluna, sendo grosseiros, micáceos, América do Norte. Tentou, sem êxito, deter-
pouco calcíferos; duros contendo lentes de minar a sucessão estratigráfica dessas rochas e
arenitos argilosos finos- membro Oriximiná. supunha que o calcário fossil ífero formava um
horizonte estratigráfico contínuo " ... perto da
As amostras coletadas pelo Projeto Radam repre- base da Série ... ".
sentam: Folhelhos - em tons cinza-claro, aver-
melhado, vermelho-tijolo e negro, normalmente Albuquerque (2) (1922) explorou diversos rios
micáceos, apresentando ora alternância com " ... no sentido de delimitar as Formações car-
arenitos muito finos, argilosos, ora com siltitos boníferas além da área já conhecida ... " e pôde
maciços; localmente são grafitosos ou calcíferos. fazer observações mais efetivas. Encontrou, no
rio Japatu, abaixo de camadas terciárias, falhe-
Arenitos finos, localmente muscovíticos, estra- lhos e calcário fossi I ífero formando lentes em
tificação plano -.paralela pouco notável, com- folhelhos vermelhos, considerando-as iguais aos
pactos, em cores gris, amarelo acaramelado, de Pedra do Barco e Maué-Açu, tidos como
róseo e avermelhada; são argilosos, o arredon- carboníferos. Essas camadas constituíram o
damento é baixo e a esfericidade é regular. " ... topo das Formações carbônicas ... ". No
rio Capu-Capu, afluente da margem direita do
Siltitos - normalmente micáceos, às vezes maci- Jatapu, reconheceu arenitos que havia anterior-
ços com fratura subconchoidal e outras vezes mente descrito na Pedreira do Forno (rio Jata-
bem estratificados. As cores variam em tons pu), estratigraficamente abaixo das camadas de
1/32
folhelhos e calcários. Assinalou também uma 2.2.8.4. Litologias
discordância entre Arenito do Forno e as cama-
das fonte do sílex que constituía seixos de um O pacote inicia-se geralmente por um conglo-
conglomerado nele encontrado. Considerou o merado basal de pequena espessura contendo
"Arenito do Forno" carbonífero já que situa- fragmentos de granitos, efusivas ácidas. quartzo
va-se em discordância sobre rochas datadas do e pelitos.
Devoniano, através de fósseis.
No geral trata-se de um pacote de arenitos
Kremer (35) (1956) descreveu a mesma unidade médios esbranquiçados, relativamente limpos
(arenito do Forno), na parte norte da estrutura (caulim e micas aparecem raramente) com inter-
de Monte Alegre (Pará), sob a denominação de calações de finas camadas de folhelhos escuros,
"basal carboniferous sandstone". Foi entretanto calcários e dolomitos claros (cinza a creme). A
Freydank (26) (1957), trabalhando na mesma estratificação é planoparalela embora não esteja
área que Kremer em 1956, que primeiro utilizou ausente o tipo cruzado.
a denominação Monte Alegre para a Formação
basal do Carbonífero do Amazonas. Após Frey-
dank, o nome Monte Alegre foi consagrado pelo 2.2.9. FORMAÇÃO ITAITUBA
uso em quase todos os trabalhos geológicos
(principalmente os da Petrobrás) a despeito da 2.2.9.1. Generalidades
precedência do nome utilizado por Albuquerque
(2) (1922). O termo "Série ltaituba" foi utilizado por Hartt
(28) (1874), em referênciá às camadas de arenito
e calcário fossilífero que afloram próximo a
2.2.8.2. Posição Estratigráfica ltaituba (Paredão, Igarapé Bom Jardim e Paraná
do Castanho), no Tapajós. Antes de Hartt outros
A formação Monte Alegre é tida como neo- pesquisadores se ocuparam das rochas de ltai-
carbon ífera. tuba, mas deve-se a ele a denominação. O
estabelecimento da idade Carbonífera para essas
Recobre discordantemente todas as unidades camadas deve-se a Derby através de estudo de
pré-carboníferas. Na área, suas exposições assen- braquiópodos, estudo este anexado ao trabalho
tam diretamente sobre os sedimentos de For- de Hartt publicados em 1874.
mação Curuá.
1/33
2.2.9.3. Distribuição na Area JcsT-1-PA atravessa vários horizontes dessas
rochas.
A Formação ltaituba afiara no nor~.-este da área,
Folha SA.22-V-C Almerim, nus arredores do Neste trabalho é proposta a denominação de
povoado de Mulata. Há boas exposições na niabásio Penatecaua - termo tirado da litologia
estrada Monte Alegre-Prainha, no limite ociden- mais importante da unidade e do nome de um
tal da área. pequeno rio formador do Jarauçu, que corta a
rodovia Transamazônica 8 km a oeste da Ruró-
polis Pres. Médici - conforme proposição de
2.2.9.4. Litologias Andrade (7) (1973) quanto à localidade-tipo, à
unidade composta de rochas básicas introduzidas
Esta unidade é repr9sentada em superfície por: durante o intervalo Jurássico-Cretáceo em sedi-
mentos da Sinéclise do Amazonas.
- calcários e dolomitos, localmente ool íticos,
com tons de cinza a creme amarelado, duros,
fossil fferos, com anidrita, subordinada; 2.2.1 0.2. Posição Estratigráfica
- arenitos finos a médios, cinza-esverdeados, Oliveira (45) (op. cit) sobre a manifestação
amarelos e brancos, mal selecionados, micáceos e vulcânica do Tucuruí descreve: "correspondem
argi lesos, com estratificação planoparalela à par- estas rochas aos afloramentos eruptivos no rio
cialmente cruzada; Tapajós entre a vila de Aveiro e a cidade de
ltaituba. São considerados contemporâneos ou
- siltitos e folhelhos de cores variegadas; local- posteriores ao período carbonífero".
mente margosos. Os folhelhos têm baixa fissili-
dade, sendo normalmente micáceos, cinza em Andrade (7) (op. cit.) com base em trabalhos de
tons mais escuros. campo e por sua elaboração final do mapa da
SA.22, acredita estar o Penatecaua "estratigra-
ficamente abaixo dos folhelhos Curuá e acima
2.2.10. DIABASIO PENATECAUA dos arenitos da Formação Trombetas"; entre-
tanto, o contato com a Formação Trombetas
2.2.1 0.1. Generalidades não foi diretamente observado.
1/34
cronológicas semelhantes, afloram em toda a ácida-albita); aparecem envolvendo os piroxê-
sinéclise, sendo marcante na Folha SA.21 Santa- nios. Às vezes são I ímpidos e doutra feita,
rém suas presenças no interior de domínios das encontram-se completamente alterados a saussu-
rochas carboníferas. rita, sericita e minerais argilosos. Sua granulação
varia de amostra para amostra em intervalos
bastante longos.
2.2.1 0.4. Geocronologia
Piroxênios - geralmente subédricos bem desen-
O resultado de duas amostras datadas por Base i volvidos, freqüentemente maclados, esboçando
(9) ( 1973) forneceram 134 ± 4 MA e 175 ± 7 vários graus de transformação para uralita, horn-
MA em K/Ar (AB-9 e AB-4, respectivamente). blenda, biotita e clorita, Não raramente esta
A diferença de idade é tomada como devida transformação libera óxido de ferro que passa a
principalmente à granulação grosseira da amostra envolver o mineral neoformado. No geral trata-se
AB-9 e ao seu maior grau de alteração. de pigeonita, embora muitas vezes as caracte-
rísticas óticas levem mais para o campo da
Estes dados corroboram a correlação estratigrá- augita, e em certos casos seja praticamente
fica destas rochas com aquelas da Formação impossível seu diagnóstico, ainda que seja certo
Orozimbo, Nunes; Barros Filho; Lima (44) tratar-se de um membro da série augita-
( 1973), Jurássico-Cretáceo. -pigeonita. Sua participação depende do grau de
uralitização, podendo alcançar 40%, quando a
presença de uralita tende a alguns poucos por-
2.2.1 0.5. Petrografia centos (até 5%). A oi ivina foi duvidosamente
diagnosticada (face ao tamanho dos grãos) em
As amostras coletadas no domínio desta uni- apenas em uma amostra.
dade, Tabela VI, estão assim distribuídas:
Anfibólios - Os anfibólios aparecem sob a
Uma delas representa rocha básica alterada forma de hornblenda, uralita ou tremolita-
coletada em um dique. A laterita possui cores -actinolita, atingindo até 45% como no caso da
que vão do acre-claro ao avermelhado-tijolo, AB-4.
sendo os tons claros devido a minerais alumi-
nosos e os escuros a goethita, e, localmente, a Ouartzo-feldspatos - o intercrescimento quart-
película de óxido de manganês. A ausência de zo-feldspático foi verificqdo em todas as amos-
quartzo ou outros elásticos corrobora a forma- tras, variando de uns poucos grãos até 35%,
ção sobre as rochas básicas. quando a rocha adquire características mais
ácidas, podendo ser classificada como grano-
As restantes apresentam diabásio com os mais diorítica.
variados graus de granulação. Todas esboçam
uma textura subofítica, ainda que nas AB-5 e 6, Acessórios - os acessórios constantes são apa-
uma textura micrográfica seja revelada pelo tita, sericita, clorita (até 3%, opacos (5%),
intercrescimento de quartzo e feldspatos alca- ocorrendo sericita, saussurita e argilosos como
linos (até 35%). produtos de alteração. Carbonato foi encontrado
em uma amostra, porém pertencendo a um veio
Plagioclásios - tem composição que varia desde quartzo-carbonático. A biotita presente na maio-
andesina e labradorita (40-65 An). São geral- ria das amostras (até 2%), advém de trans-
mente subédricos, bastante desenvolvidos, local- formação do anfibólio.
mente zonados (zonação direta até composição
1/35
Pelas características micro e macroscópica somos crescimento micropegmatítico de quartzo e fel-
levados a crer advirem estas amostras de um dspato alcalino teria sido o resultado da lentidão
corpo hipabissal suficientemente espesso, que da cristalização, lentidão esta inerente aos cor-
permitiu não só uma granulação relativamente pos plutônicos e hipabissais. A abundância de
grosseira como também uma lenta interação de água é comprovada pela progressiva hidrolização
fases, denunciada pela presença da série descon- dos minerais anidros (piroxênio e plagioclásios) e
tínua de Bowen para os máficos e uma diminui- pelos efeitos deutéricos mostrados pelos mais
ção relativa da basicidade dos plagioclásios. Um diversos minerais (sericitização, saussuritização,
resíduo ácido final atestado pelo inter- cloritização, etc).
TABELA VI
Amostras
Minerais
Constituintes AG-20 AB-2 AB-4 AB-5 AB-6 AB-7 AB-9 AB-10 Observação
1/36
Na Sínéclíse do Maranhão, está sobre o Basalto graficamente inferiores; sua porção aflorante é
Orozimbo e sob a Formação Barreiras. do Terciário Superior por sua posição estrati-
gráfica em relação às camadas de calcário fossil í-
Na área em apreço assenta-se sobre os epimeta- fero da Formação Pirabas, cuja idade é Mioceno,
morfitos do Grupo Tocantins e é escassamente e às quais a Formação Barreiras se sobrepõe
capeada pela Formação Barreiras. ·diretamente em algumas regiões da Folha SA.22
Belém. Em Nazaré de Patos, Tocantins, aflora
um conglomerado basal, com seixos de quartzo e
2.2.11.3. Distribuição na Área quartzito, cor parda a marrom, em discordância
sobre quartzitos e xistos do Grupo Tocantins.
A Formação ltapicuru acha-se restrita à Folha
SA.22-Z-D Médio Capim nas cabeceiras do rio
Capim. Seu contato sob as exposições ocidentais 2.2.12.3. Distribuição na Área
se dá com o Grupo Tocantins e nas setentrionais
com o Grupo Barreiras. Na Folha SA.22 Belém a Formação Barreiras
acha-se distribuída sobre a vasta superfície em
ambas margens da porção oriental da Sinécl ise do
2.2.11.4. Litologias Amazonas. No bordo norte a Formação Bar-
reiras forma platôs e mesas isoladas, como na
Lisboa (op. cit.) descreveu as "camadas ltapi- serra de Paranaquara e outras ao norte de
curu" como "rochas arenosas e a~gilosas sempre Almerim (Pará), cujos topos tem altitudes em
vermelhas e acinzentadas, porém livres de areias torno de 350 metros. No bordo sul a Formação
aluviais". Barreiras forma um extenso e contínuo platô
que se estende para sul até a região de Altamira
A Formação ltapicuru é representada principal- (Pará) e dos rios Moju e Capim, ao sudeste da
mente por arenitos finos e argilosos com colora- área (Folhas SA.22-Z-C e Z-D).
ção variando do gris até o vermelho, interca-
2.2.12.4. Litologias
ladas, subsidiariamente, com leitos de siltitos e
folhelhos variegados. Há silicificação no topo da
A Formação Barreiras apresenta uma excepcio-
unidade. Estratificações cruzadas são freqüentes
nal variedade de tipos litológicos que variam de
em convivência com estratificações plano-
argilito a conglomerado. As camadas ora exibem
-paralelas.
estratificações perfeitas, Iam i nadas, ora são maci-
2.2.12. FORMAÇÃO BARREIRAS ças. De uma maneira geral, entretanto, predo-
minam arenitos finos e siltitos, bem estratifi-
2.2. 12.1. General idades cados, nas cores vermelho, amarelo, branco e
roxo, com camadas de arenito grosseiro e con-
Não se conhece a origem exata da designação glomerático, geralmente com estratificação cru-
formal dessa unidade. Aparentemente o termo zada, intercaladas. Ocorrem também com essas
"formação" foi incorporado ao nome descritivo rochas, camadas argilosas baux íticas.
"barreiras", usado para designar as falésias
comuns no litoral brasileiro.
A amostragem realizada na Formação Barrei ras
2.2. 12.2. Posição Estratigráfica revelou arenitos quartzosos, feldspáticos ou não,
com cimento I imon ítico em porção variável. Os
A Formação Barreiras foi mapeada em discor- grãos elásticos são normalmente angulosos. Em
dância sobre todas as demais formações estrati- duas amostras foram identificadas uma canga
1/37
limonítica, com maior ou menor fração de Maior ou menor presença de óxidos de alumínio
elásticos e óxido de alumínio. foi constatada, embora, via de regra, nas amos-
tras analisadas, predominem os óxidos de ferro
No Porto do Sabão (Folha SA.22-V-A), aflora com proporção variável de manganês. Os dados
canga laterítica concrecionária cujos grãos são de campo mostram baixo grau de estratificação
pseudopisolitos e pisolitos verdadeiros. Por vezes para o conjunto.
a canga é brechóide, englobando fragmentos de
rochas (folhelhos, arenitos, etc ... ). 2.2.13. ALUVIOES
Argilitos duros, compactos levemente micáceos, A cobertura sedimentar recente mapeada sob a
caulínicos, ocorrem juntamente com argilitos denominação genérica de "aluviões" compre-
siltosos laminados. ende depósitos aluviais inconsolidados de variada
granulometria. Esses sedimentos formam a ampla
A coloração das rochas é variável, porém os planície aluvial do Amazonas e têm notável
argilitos são cinzento-azulados e no caso dos extensão superficial no leste da área, região da
arenitos e cangas predominam os tons marrom- ilha do Marajó, Caviana, Mexiana, Grande de
-avermelhados. Gurupá, todas na desembocadura do grande rio.
1/38
3. ESTRUTURAS
1/39
Formação Monte Alegre afiara no bordo sul da 3.2.1. ALTO DO CAPI M-SU R U Bl M
sinéclise, enquanto que a Formação ltaituba
afiara no bordo norte, na área deste mapea- Na Folha SA.22-Z-D Médio Capim, ocorre um
mento. Ambas Formações, Monte Alegre e alto estrutural situado entre o curso do rio
ltaituba, pertencem ao Carbonífero. Capim e seu afluente da margem direita, o
Surubim. A área é coberta pela Formação
No Jurássico e Cretáceo desencadeou-se na ltapicuru, que mostra-se levemente arqueada e
Sinéclise do Amazonas um paroxismo vulcânico fraturada na direção NW e NE. Tal alto estru-
básico tolei ítico, com episódios intrusivos de tural dever-se-ia a influência do Arco de Tocan-
diabásios, localmente micrográficos, Penatecaua, tins, em subsuperfície.
que afiara no bordo sul da sinéclise.
3.2.2. ARCO DE GURUPÃ
As intrusivas alcalinas ou ultrabásico-alcalinas de
Maraconai podem pertencer a este estágio de Entre os Cratons Guianês e Guaporé sob a ilha
vulcanismo final. Grande de Gurupá, na foz do rio Amazonas, a
PETROBRÁS delimitou o "Horst" ou Arco de
No Cretáceo depositaram-se os arenitos e argili- Gurupá com direção geral NW. É chamativa essa
tos vermelhos, Iam i nados, da Formação lta- feição estrutural com a direção geral do Grupo
picuru, que afiara na extremidade sudeste da Vila Nova e Gnaisse Tumucumaque.
Folha SA.22 Belém.
1/40
faixa de direção geral N10°W, formando uma Com relação a idade: as intrusivas são mais
sinclinal cujo eixo principal é concordante com a jovens que os metamorfitos do Grupo Vila Nova,
faixa mas o caimento da estrutura é para SE. entretanto a idade desses diatremas fica em
Tanto no flanco NW como SE, a seqüência aberto, pois essas chaminés são eventos magmáti-
dobrada apresenta-se adelgaçada e a parte cen- cos do tipo continental, relacionados ao vulca-
tral está truncada por uma falha de direção nismo final que se desenvolve sobre as platafor-
NE-SW. mas, preferentemente nas bordas das sinéclises.
Aventamos a possibilidade de estarem essas
3.2.5. FALHAS DE VOLTA GRANDE chaminés associadas ao vulcanismo básico to-
leiítico da Sinéclise do Amazonas (Penatecaua)
No vale do rio Xingu entre Altamira e Vitória, de idade Jurássico-Cretáceo.
nos domínios do Complexo Xingu, ocorre um
sistema de falhas paralelas com direção geral Morfologicamente as intrusivas alcalinas ou ul-
NW. Este sistema de falhas é em parte inter- trabásico-alcalinas de Maraconai, apresentam
sectado por outro sistema de falhas mais espa- relevo positivo e se ressaltam na topografia da
çado, com direção NE. região (feições essas que deve-se a espessa cober-
tura laterítica que preservou essas estruturas).
Entre os rios Xingu e Bacajá ocorre um sistema
de zonas de cisalhamentos com direção Com base nas análises de amostras da cobertura
N6Q0-7QOE. Feições estruturais análogas foram laterítica, (não foram encontrados afloramentos
identificadas entre os rios Bacajá e Pacajá, mas da rocha) sugerimos para as rochas das intrusivas
com direção N3QOE. de Maraconai, uma composição alcalina ou
ultrabásico-alcalina, com ou sem carbonatito
Na confluência dos rios lriri e Xingu, a sudoeste associado.
de Altamira, nas bordas do cráton mas afetando
também a Formação Trombetas, ocorrem falhas
com direção N3QOW, N7QOE e N80°E. 3.2.8. FAIXA DE SERPENTINITOS DO ARA-
GUAIA-TOCANTINS
1/41
serra dos Carajás, a partir da serra dos Martírios, plexo Guianense ora se faz em quarzitos ora em
lineamento com rumo geral NW-SE, que atraves- anfibolitos do primeiro Grupo. O fácies meta-
sa as áreas da serra do Sereno, serra de Buriti- mórfico do Grupo Vila Nova é xisto verde a
rama, serra Misteriosa e serra Três Palmeiras - anfibolito, enquanto que o Complexo Guianense
esta última na Folha SA.22 Belém, cruzando os exibe fácies metamórfico - xisto verde, anfi-
rios Bacajá, Xingu e lriri, até ser encoberto por bolito a granulito. As isogradas metamórficas são
sedimentos silurianos da Formação Trombetas. diferentes, estabelecendo entre o Grupo Vila
Nova e o Complexo Guianense uma "desconti-
As razões genéticas de tais lineamentos não nuidade metamórfica".
foram bem definidas durante as campanhas de
mapeamento. Todavia há possibilidade de ser -Os metassedimentos do Grupo Tocantins as-
esta faixa somente um "trend" das litologias do sentam em discordância angular sobre as rochas
Complexo Xingu aí afetado por falhas, zonas de metamórficas do Complexo Xingu. Estrutu-
cinzalhamentos e fraturas NW-SE. ralmente os metamorfitos do Grupo Tocantins
exibem direção geral N50-1 oow e mergulhos
suaves para N E, enquanto as rochas poli-
3.2.10. LINEAMENTO DO RIO DAS VELHAS metamórficas do Complexo Xingu possuem
OU TOCANTINS-ARAGUAIA rumo geral NW e mesmo WNW e atitudes
verticais, e mergulhos altos mergulhando tanto
Tanto Pflug (48) (1962) como Kegel (33) para NE como para SW.
(1965) chamam a atenção para um lineamento
de dimensões continentais, denominado Linea- A Formação Trombetas afiara em duas faixas
mento do rio das Velhas e Tocantins-Araguaia, alongadas com direção N70 E que são os flancos
respectivamente. Se superpõe à. faixa orogênica norte e sul da Sinéclise do Amazonas. No flanco
Araguaia-Tocantins e provavelmente tem cor- norte as camadas da Formação Trombetas for-
respondência em subsuperfície no Graben Li- mam uma cuesta com altitudes que diminuem
moeiro da ilha de Marajá e se prolonga no progressivamente de oeste para leste, desde os
território Federal do Amapá, na preparação municípios paraenses de Monte Alegre, Prainha e
tectônica por onde depois ascenderam as rochas Almerim, penetrando no Território Federal do
básicas tolei íticas do lineamento entre o Oiapo- Amapá até próximo do rio Maracá, a oeste da
que e o Araquari (Cassiporé), cujo rumo é cidade de Mazagão. Essa faixa é cortada, no
N1Q0-2QOW. sentido N-S, pelos rios Paru e Jari. A faixa norte
da Formação Trombetas assenta-se em discor-
dância angular sobre os metamorfitos do Com-
3.2.11. DISCORDÂNCIAS plexo Guianense, enquanto que a faixa sul
analogamente sobrepõe-se em discordância an-
Na Folha Belém SA.22, foram observadas as gular sobre as rochas metamórficas do Complexo
seguintes inconformidades: Xingu.
-Os metassedimentos do Grupo Vila Nova - A Formação Curuá afiara em duas faixas
repousam em discordância sobre o Gnaisse alongadas com direção N700 E em ambos lados
Tumucumaque e demais metamorfitos do Com- da Sinéclise do Amazonas. No lado norte entre as
plexo Guianense. As rochas do Grupo Vila Nova, formações paleozóicas da sinéclise, é de maior
apresentam-se dobradas e com mergulhos va- distribuição superficial. Estende-se de oeste para
riáveis, mas predominantemente mergulhando nordeste, desde o norte de Prainha e Almerim
para NE e SW. A superfície de separação entre (Pará) até as proximidades de Mazagão (Amapá),
os metamorfitos do Grupo Vila Nova e Com- na região do baixo curso dos rios Paru e Jari. As
1/42
camadas da Formação Curuá estão aflorando na A Formação ltapicuru afiara na parte sudeste da
rodovia Transamazônica nos primeiros qui- área recobrindo os epitamorfitos do Grupo
lômetros a oeste do rio Xingu, na região de Tocantins, a oeste do médio curso do rio Capim,
Altamira (Pará). e nas proximidades da agrovila através de uma discordância angular.
Grande Esperança; a inclinação das camadas aqui
é suave mergulhando para N e NNW. Assenta-se -A Formação Barreiras acha-se aflorando sobre
sobre a Formação Trombetas através de uma uma vasta superfície em ambos os lados do rio
discordância paralela. Amazonas, transgredindo sobre os bordos NE do
Cráton do Guaporé e SE do Cráton Guianês, em
-A Formação Monte Alegre afiara na parte sul inconformidade com as rochas dos Complexos
da Sinécl ise do Amazonas sob a forma de uma Xingu e Guianense, respectivamente. Na margem
faixa de aproximadamente 85 quilômetros de direita do rio Tocantins, até o limite leste da
comprimento e com direção geral N70ü E. As- Folha mapeada, essa cobertura cenozóica é bas-
senta-se sobre a Formação Curuá através de uma tante conspícua, transgredindo através de uma
discordância paralela. inconformidade sobre as rochas do Grupo To-
cantins e, os sedimentos da Formação ltapicuru
-A Formação ltaituba afiara na parte norte da no limite SE da Folha.
Sinécl ise do Amazonas, através de uma faixa de
125 quilômetros de comprimento, com direção -Aluviões quaternários depositaram-se na calha
geral N700 E, e mergulhos de 30 a 50 para SE. do rio Amazonas e no complexo sistema de ilhas
Essa formação sobrepõem-se sobre a Formação de sua foz e na do Tocantins e, também, se
Curuá em discordância erosional. localizam ao longo de outros cursos (Xingu,
Jari,Paru etc.).
1/43
4. GEOLOGIA ECONOMICA
1/45
calcário, o qual foi acompanhado por recris- 4.2.11. TURFA
talização parcial do mesmo, portanto houve
apenas movimentos tectônicos. Petri (46) ( 1952) Há notícias que na localidade de Muru, ocorre
encontrou foraminíferos miocênicos nestes cal- camadas de turfa, assim como na ilha de Marajá,
cários. nos municípios de Soure e Salvaterra, tal fato é
também referido.
Este mesmo calcário do rio Caraparu, coletado e
submetido a análise química do DNPM, acusa,
conforme Boletim nC? 14.574. 4.2.12. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
No rio Moju, Damasceno e Garcia (20) (1970) O grés do Pará, ou arenito ferrificado e/ou
fazem referências a rochas u ltrabásicas nas ferruginoso, encontra-se freqentemente
cachoeiras Jaquara, Santo Antônio e Jararaca. associado a sedimentos da Formação Barreiras,
Essas rochas ultrabásicas estão parcial ou total- ocorrendo em níveis descontínuos na parte
mente serpentinizadas, com veios e vênulas de superior dessa formação sob forma de blocos
antigorita e crisotilo. soltos, irregulares de tamanhos variados. As
1/46
maiores ocorrências exploradas situam-se em Nova Marambaia, Souza e Marco. Das loca-
Ananindeua, Marituba, Coqueiro e Santo An- lidades com abastecimento superficial, apenas
tônio de Tauá. Tucuru í apresenta do ponto de vista geológico,
condições adversas à exploração de lençóis
Como material de construção o grés é his- subterrâneos, já que Altamira repousa na aba sul
toricamente responsavel pela fixação do ele- da Sinéclise do Amazonas, com espesso pacote
mento humano, com defesa e abrigo no baixo de sedimentos favoráveis.
Amazonas, embora modernamente tenha suas
aplicações limitadas quanto ao uso em obras de Deve-se dizer que, até o momento, estudos
média envergadura, ainda que apresentem-se especializados sobre o comportamento dos
bastante duros e compactos, apresentando aqüiferos subterrâneos das formações geológicas
grande resistência ao intemperismo. da Amazônia têm sido postergados, dada a
facilidade com que a água é obtida nas perfura-
Segundo Pianca (49) ( 1949), o grés em geral, faz ções. Por isso mesmo, pouco se sabe sobre os
boa pega com a argamassa; todavia, sendo bom mananciais de subsuperfície, não se podendo
condutor da umidade, não é aconselhável o seu avaliar a capacidade real dos mesmos. As infor-
emprego nos alicerces e paredes sem revesti- mações existentes sobre a hidrogeologia da
mento protetor. Amazônia reúne até o momento, dados
aleatórios, apenas.
1/47
COMPLEXOS XINGU E GUIANENSE GRUPO TOCANTINS
- Pegmatitos portadores de Sn, Nb, Ta. Ni'veis itabir(ticos e filitos enriquecidos em Fe.
- Veeiros de quartzo como Au. - Ni e Cr associados aos ultrabasitos serpentini-
zados.
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VALENTON, I. Bauxites. Elsevier PUblishing, 5o Distrito, é a seguinte a situação legal dos
Amsterdam/etc/, 1972. 226 p. trabalhos de lavra na área:
MAZAGAO I AMAPA
1/49
4.4.2. ALVARÁS DE PESQUISA
ALMERIM/PARÁ
1/50
SENADOR JOSÉ PORFIAO
MAZAGÃO/ AMAPÁ
1/51
BENEVIDES/PARÁ
805.023/70 Mário José de Oliveira Peixoto 789/71 Argila Caulínica Santo Amaro
805.024/70 Mário José de Oliveira Peixoto 790/71 Argila Caul ínica Santo Amaro
BENEVIDES/ANANINDEUA
MAZAGÃO/AMAPÁ
1/52
PARAGOMINAS
ALMERIM/PARÁ
1/53
5. CONCLUSOES
5.1. A etapa ora concluída revelou mais uma 5.7. A Formação Barreiras face a sua grande
vez grande ferramenta de trabalho que são os exposição em ambas as margens do rio Amazo-
sensores empregados (SLAR, Infravermelho e nas e mesmo a leste do rio Tocantins, e
Multispectral); forneceram não somente um acu- enriquecida a níveis com bauxito, mostra-se
rado poder de resolução das feições estruturais bastante promissora neste bem mineral, afora as
como também mostraram ser de grande vai ia na áreas já requeridas para pesquisas.
divisão estratigráfica. Adicione-se a isto a fideli-
dade de escala dos mosaicos semicontrolados de 5.8. Os aluviões dos cursos d'água dos domínios
radar. O panorama de conjunto oferecido pelas do Complexo Xingu (área de Volta Grande) e
imagens de radar - 1 :250.000 e 1 :1.000.000 - Complexo Guianense (área Carecuru-Tucuma-
permite estabelecer a correlação estratigráfica nema}, são de interesse para jazimentos de cas-
assim como estender as feições estruturais, seja siterita, tanta I ita, columbita e ouro.
pela identidade de padrões seja pela continui-
dade física.
1/54
6. RECOMENDAÇÕES
6.1. Recomendamos como área extremamente segundo N 200 W (40 km). Tal feição nos parece
interessante sob o ponto de vista econômico o ser a mais significativa em termos de Geologia do
mapeamento de detalhe da Folha SA.22-V-A Petróleo, visto estar a mesma nas proximidades
Monte Dourado, tendo em vista nela ocorrerem do flanco oeste do Arco de Gurupá.
intrusivas alcalinas - por exemplo as de Mara-
conai, sendo provável que nela ocorram outras; 6.5. Com relação ao fornecimento de recursos
p. ex., a 35 km a NE de Maraconai, observa-se minerais ao pólo representado pela Grande
uma feição circular muito arrasada que poderá Belém, se faz de interesse um estudo visando
ser outro corpo intrusivo. O mesmo é válido para argilas expansivas para emprego como material
outra feição circular, que ocorre a 50 km aNde de construção: as pedreiras mais próximas dis-
Maraconai. Nesta área também está presente o tam mais de 150 km. Também é chamativo a
Grupo Vila Nova com suas unidades promissoras falta de drenagem não afetada por agentes
a minério de ferro e manganês. Além do mais poluentes e grau de sal in idade, com possibilidade
existe notícia da ocorrência de minerais valiosos de atender a expansão do abastecimento de
nas aluviões dos rios Tucumanema e Carecuru, água. Isto nos faz recomendar o estudo do
afluentes dos rios Paru e Jari, respectivamente. potencial dos aqu íferos em subsuperfície, bem
como, o estudo para captação em superfície das
6.2. Na área limitada a norte pelas aluviões da águas do rio Acará e dos problemas geotécnicos
margem direita do rio Amazonas, a oeste e leste para trazê-las às estações de Belém.
pelo meridiano 54° 00' e Xingu, respectivamen-
te, e cujo limite sul é a faixa WSW-ENE das 6.6. A observação das imagens de radar da
Formações Curuá e Monte Alegre, ocorrem região dos rios Paru. e Jari, mostra que esses
platôs e mesas da Formação Barreiras, que 11as cursos ao passarem na faixa setentrional do
regiões do Trombetas e Paragominas mostrou ser Paleozóico sofrem um fechamento. O rio Tocan-
bauxitífera. Por comportamento geomorfológico tins, entre Montanha e Caripé, 1O km a sul de
e continuidade dos padrões deposicionais, re- Tucuru í, também sofre um fechamento no seu
comendamos a área em epígrafe como sendo curso. Outro fato digno de salientar-se é a região
potencialmente bauxitífera. de "Volta Grande do Xingu", onde o nível do
Xingu desce cerca de 70 metros em todo o
6.3. As áreas vizinhas aos rios Tocantins e Moju, percurso de Volta Grande, oferecendo um dos
no domínio do Grupo Tocantins, merecem ser ma i ores potenciais hidráulicos do baixo
estudadas num programa visando os corpos Amazonas. As sugestões aqui formuladas se
básico-ultrabásicos da faixa orogênica Ara- prendem as ocorrências de platôs da Formação
guaia-Tocantins. Barreiras (potencialidade bauxitífera) em Monte
Dourado e na região Moju Capim-Paragominas,
6.4. A área limitada a oeste pelo rio Xingu e bem como a vastíssima extensão dessa formação
leste, sul e norte pelo rio Pracupi e afluentes, a oeste do rio Xingu. Qualquer implantação de
apresenta na imagem de radar uma interessante indústrias do alumínio na região demandará
feição de anomalia de drenagem, como sendo energia elétrica barata, cuja fonte será sem
drenagem postecedente, cujo eixo está orientado dúvida de origem hidráulica.
1/55
7. RESUMO
O mapeamento geológico da Folha SA.22 Be- bem como os mais importantes depósitos de
lém, compreendendo cerca de 284.780 km 2 , foi minério.
baseado principalmente em trabalhos de campo
e de interpretação de mosaicos semicontrolados As rochas do embasamento (Complexos Xingu e
de radar, na escala de 1 :250.000, reduzida à do Guianense), a seqüência metamórfica do Grupo
mapa final. Vila Nova - incluindo formação ferrífera e
depósitos de manganês - e uma faixa orogênica
Os objetivos foram o estudo das diferentes marginal (Araguaia-Tocantins) são os registros
unidades maiores, comprovando sua distribuição do Pré-Cambriano.
geográfica através de observações no terreno e,
investigação de suas características geológicas, Movimentos oscilatórios de características epi-
tendo por meta fornecer a curto prazo os mais rogênicas, sobre a plataforma, foram os respon-
importantes aspectos estratigráfico e econômicos sáveis pelo estabelecimento de sinéclises, com
de regiões do norte do Brasil. sedimentação desde o Siluriano (Amazonas) até
o Cretáceo (Maranhão-Piauí).
Foi destacada a origem, evolução e localização
de seis províncias geológicas. Em acréscimo a Coberturas sedimentares cenozóicas desenvolvi-
descrição dessas unidades, são também apresen- das de oeste para este ocupam a maioria da área.
tadas suas potencial idades e ocorrências minerais,
l/56
8. BIBLIOGRAFIA
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1/60
ESTAMPA 1
Contato do Complexo Xingu com a Formação Barreiras - 6rea Bacajã, Rio Anapu ( Folha
SA.22·Y·DI.
Parte sul representa o embasamento polimetambrfico em contato com os sedimentos
terci6rios da Formação Barreiras, geralmente em platôs. Sedimentação recente no vale do
Anapu transgride sobre as duas unidades (este reoparl.
ESTAMPA 2
Complexo Xingu - ãrea Bacajã (Folha SA.22-V-DI. Paragnaisses e migmatitos formando
persistentes e longas cristas orientadas no "trend " regional do Lineamento lriri - Martlrios
(estereoparl.
FOTO 1
Folha SB.22·Y·O Altamira,
Complexo Xingu.
Rochas graníticas à foz do rio
Bacajã, na estação seca. Falha
e fraturas controlam a drena-
gem desses canais do rio Xin-
gu, no trecho Altamira-Vitó-
ria, conhecido como "Volta
Grande do Xingu".
FOT02
Folha SA.22-Y-D Altamira, Complexo Xingu.
Slicken•side em granitos porfiríticos cataclãsticos; rodovia Transamazônica, Km 45, entre os
rios Xingu e Anapu.
FOT 03
Folha SA.22·Y·D Altamira, Complexo Xingu - fotomicrografia da amostra AG-15.1 -
Granulito - LP· 35.
Mãficos segregados em bandas devido a reincidência de esforços. Not~se relictos de piroxênio
envolvidos po~J>ornblenda e intensa extinção ondulante de quartzo. Aparecem ainda biotita,
apatita, esfeno e feldspatos alcalinos.
FOT04
Folha SA. 22·V· A Monte Dou rado, Complexo Guianense - fotomicrografia da amostra JF-26-
Diorito - LP..J5.
Plagioclãsio sericitizado, hornblenda, rara clorita e opacos. Note-se os vestígios de tensão.
FOTO 5
Folha SA.22-V-A Monte Dourado, Complexo Guianense - fotomicrografia da amostra JF-35 -
Hornfelse - LN 35
Biotita envolvendo cristais de feldspato e de quartzo. Aparecem ainda opacos e apatita. Note·se
a abundância de finíssimas palhetas de biotita.
FOT06
Folha SA.22·V·A Monte Dourado. Grupo Vila Nova - fotomicrografia da amostra JF-32 a
Tremolita·actinolita xisto- LP-35.
Tremolita e actinolita com raros cristais de quartzo intersticial. Alguma clorita e opacos.
Note-se microdobramentos.
FOTO 7
Folha SA.22-Z-C Tucu ruí,
Grupo Tocantins.
ltabirito d e seqüência ferrífera
do Novo Mundo- Caripé. E.F.
Tocantins, km 15.
FOTO 8
Folha SA.22-Z-C Tucurul, Grupo Tocantins.
Metarcósio c reme a branco, fraturado, em pequeno afloramento ã foz do igarapé Cachoeirinha,
Andirobal, 6 km a norte de Nazaré dos Patos, Rio Toca ntins.
FOT09
Fol ha SA.22-Z-C Tucuru í, Grupo Tocantins.
F ilito bem orientado, apresentando alternância de níveis claros e escuros, respectivamente, mais
pobres e mais ricO$ em óxido de ferro; parcialmente alterado e dobrado por esforços no
Sinclinal de Trucurâ. E. F. Tocantins, Km 14.
FOTO 10
Folha SA.22-Z-C Tucuruf, Grupo Tocantins.
Metagrauvaca cinza escura a marrom quando alterada; fraturas freqüentemente preenchidas por
sllica; atitude local menor que 10° NE de mergulho.Mangal, 2 km à jusante de Tucuruí.
FOTO 11
Folha SA.22· Y·C Ilha Grande do lrirl, Formação Trombetas.
Caverna nos arenitos, 15 km ao sul Cla Agrópolis Brasil Novo, rodovia Transamazõnica.
FOTO 12
Folha SA.22· Y·C Ilha Grande do lriri, Formação Curuá.
Folhelhos com intercalação de arenito. Rodovia Transamazônica, Km 15, entre o rio Xingu e
Altamira.
FOTO 13
Folha SA.22-V-C Almeirim, Formação Curuá.
Folhelho.s deformados nas proximidades de diques de diãbásio, próximo ao povoado de Mulato,
WNW de Prainha; Estrada PA-28, Km 40.
FOTO 14
Folha SA.22·Y·C Ilha Grande do lriri, Formação Monte Alegre.
Estratificação cruzada no arenito em excelentes afloramentos num trecho de cinco quilômetros.
Rodovia Transamazônica, km 131, entre a Rur6p'olisPres. Médícreo acampamento"do 150"
Altamira-ltaituba.
FOTO 15
Folha SA.2.2-V-C Almeirim, Formação ltaituba_
Calcário com estratificação horizontal, estrada Monte Alegre-Prainha, Km 34_
FOTO 16
Folha SA.22-V-C Almeirim
Discordância entre folhelhos mapeados na Formação ltaituba e arenitos do Barreiras. Estrada
PA-28, leste de Jutuarana, 33 km de Prainha.
FOTO 17
Folha SA.22·Y·C Ilha Grande do lrí ri.
Afloramento de díabáSio Penatecaua; rodovia Transamazônica, entre Pres. Médici e Nova
Fronteira, a 74 km de Altamíra.
FOTO 18
Folha SA.22·Y·C Ilha Grande do lrirí.
Diabãsio. Penatecaua - fotomicrografía da amostra AG-20- Díabásio- LP-35.
Labradorita, uralita e clorita associada. Note-se intercrescímento micrográfico e a corrosão dos
plagioclãsios. Opacos são raros.
FOTO 19
Folha SA.22-Y-C Ilha Grande do lrirl
Diabásio Penatecaua- fotomicrografia da amostra AB-6- Granófiro básico- LP-35.
lntercrescimento micrográfico quartzo-feldspãtico. Plagiocfãsios maclados, alterados a s.e ricita,
uralita, hornblenda e relictos de piroxênio completam a miner.afogia.
FOTO 20
Folha SA.22-Y-C Ilha Grande do lrirL
Diabásio Penatecaua - fotomicrografia da amostra AB-6 - Granófiro básico - LP· 35.
lntercrescimento micrográfico quartzo.feldspático. Aparecem grandes cristais de plagioclásio, e
ainda hornbfenda e uralita.
GEOMORFOLOGIA
GEOMORFOLOGIA DA FOLHA SA.22 BELI:M
AUTORES:
GETÚLIO V. BARBOSA
CERES VIRGINIA RENNO
ELIANA MARIA SALDANHA FRANCO
PARTICIPANTES:
CHIMI NARITA
FLORA MAR IONE CESAR BOAVENTURA
LENI MACHADO D'AVILA
LINDINALVA MAMEDE VENTURA
MARIA DAS GRAÇAS LOBATO GARCIA
RICARDO SOARES BOAVENTURA
SUMARIO
ABSTRACT 11/7
1. INTRODUÇÃO 11/9
2. METODOLOGIA 11/12
2.1. Material e Métodos 11/12
2.2. Classificação do Mapa 11/12
2.3. Problemas da Cartografia Geomorfológica 11/13
2.4. Chave da Legenda 11 I 14
5. RESUMO 11/34
6. BIBLIOGRAFIA 11/35
11/3
TABUA DE ILUSTRAÇOES
MAPA
Geomorfológico (em envelope anexo)
QUADRO
Quadro-resumo da geomorfogênese da Folha SA.22 Belém 11/30
FIGURAS
1. Posição das Folhas na Escala 1 :250.000 11/10
2. Limites Políticos, Rios e Cidades Principais 11/10
3. Bloco - Diagrama Esquemático da Area 11/11
4. Perfil B-B' 11/31
5. Perfil C-C'- 11/31
6. Perfil D-D' 11/31
7. Hierarquia da Drenagem 11/32
8. Esboço Estrutural da Foz do Amazonas 11/33
ESTAMPAS
1. Imagem da Garganta de Superimposição do Rio Jari 11/37
2. Imagem dos "Furos" de Breves 11/37
3. Imagem de Tipos de-Leitos Fluviais 11/38
4. Imagem do Rio Xingu 11/38
5. Imagem do Delta de Colmatagem do Rio Jarauçu 11/39
FOTOS
1. Escarp.amento Tipo Falésia Tropical
2. Detalhe da Falésia Tropical
3. Cachoeira de Santo Antônio
4. Pediplano Pleistocênico
5. Areas Arenosas Inundáveis
6. Detalhe das Areas Arenosas Inundáveis
7. Contato Pediplano Pleistocênico e Planície Amazônica
8. Falésia no Rio Xingu
9. Detalhe da Falésia no Rio Xingu
1O. Delta do Rio Jarauçu
11. Detalhe do Delta do Rio Jarauçu
12. Vale de Fundo Chato
13. Vales Colmatados
14. Vale de Fundo Chato Colmatado
15. Ilhas no Rio Xingu
16. "Furos" de Breves
17. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- I
18. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- 11
19. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- 111
20. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- IV
11/4
21. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- V
22. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- VI
23. Processo de Colmatagem no Rio Amazonas- VIl
24. Planfcie Colmatada com lagoas
25. Deposições lineares
26. Plan(cie Colmatada
27. Margem do lago Arari
11/5
ABSTRACT
The system of presentation of the map and the function of the legend and
the symbology are explained. By using a combination of letters it was
possible to distinguish actual recognized relief features from the
interpretative forms.
An analysis is made of the origin of the relief which, in this area, is contained
in the Cenozoic, although tectonic effects of the Weldean reactivation have
also extended into the Tertiary, and even in the Quaternary. Tectonic
influences are indicated by the geomorphologic effects that they produced in
the evolution of the relief, the presence of a peripherical depression in south
Pará confirming a siml1ar process to the north, bordering both the Tertiary
and Paleozoic formations. Eversion processes are prominent in these
depressions, which have been dated as post-Piiocene.
The complex problems of the Amazon hidrography are explained, and the
geomorphologic evolution of the Amazonas delta, of the estuarine feature
and the origin of the Maraj6 lsland are explained by subsidence, by the
Flandrian transgression, and by the specific mechanics of the Amazon
drainage.
11/7
1. I NTRODUÇAO
A área da Folha SA.22 Belém, objeto do cenozóicos e por pequenas áreas onde afloram
mapeamento e deste relatório, contendo 16 terrenos Pré-Cambrianos e Paleozóicos. A morfo-
quadrículas na escala de 1: 250.000 agrange gênese é essencialmente úmida apesar de relitos
uma área de 284.780 km 2 ocupando principal- de fases menos úmidas terem sido constatado.
mente as desembocaduras dos rios Amazonas e
Tocantins.
A composição da área por folha a 1 :250.000 é A presença da Fossa Marajoàra como unidade
mostrada na figura 1 e os limites políticos, tectônica persistente desde o Cretáceo foi res-
principais rios e cidades estão representados na ponsável por muitos eventos geomorfológicos
figura 2. A figura 3 permite identificação do durante o Cenozóico. Mas o domínio morfocli-
relevo baixo vigente em toda a área, com extensa mático predominantemente úmido e um par-
cobertura vegetal de floresta densa. A base ticular e bem individualizado sistema hidrográfi-
geológica sobre a qual foram esculpidas as co da drenagem do rio Amazonas são responsá-
formas de relevo é uma cobertura de sedimentos veis por um grande número de formas de relevo.
11/9
4f!>OOo
o 00000
••oo' o
4000°
4ff>OOo
54"00
LAGO\\
ARARilJ
ILHA DE MARAJÓ
11/10
FIGURA 3- Bloco Diagrama Esquemático da Area
11/11
2. METODOLOGIA
11/12
posteriores. Outra deficiência do mapa é da- f) A fixação de legenda aberta, devido à natu-
da pela necessidade de representação de tipos reza sistemática do mapeamento e à
de formas, simultaneamente com os processos possibilidade de se encontrar fatos insuspeitados
morfogenéticos. Por isto não é um mapa geo- ou de difícil previsão. Isto porque a ~rea a ser
morfológico na plenitude de seu conceito mas mapeada se estende desde os domínios morfocli-
contém todas as outras informações obtidas máticos mais secos áté os mais úmidos do Brasil
apenas pela imagem e sobrevôo. florestal, abrangendo problemas de geomorfolo-
gia litorânea e formas fluviais intrincadas da
Dentro das características da metodologia, da bacia amazônica.
natureza sistemática do mapeamento e da opor-
tunidade de publicação em cores, o mapa geo- g) A representação da dinâmica de evolução
morfológico resultante não podia perder a infor- geomorfológica atual.
mação dada pelas imagens de radar para aumen-
tar o conhecimento geomorfológico da área h) A representação das formações superficiais,
mapeada. que são dados comprovadores da geomorfogêne-
se.
11/13
quena distância, podem-se identificar as formas botânica, a definição era de natureza morfocli-
de relevo. O problema da representação das mática. Os mapeamentos realizados pelo Projeto
províncias estruturais e domínios morfoclimáti- RADAM ensejam a oportunidade de delimitação
cos foi solucionado em níveis diferentes. As das áreas de transição geomorfológica entre as
unidades morfoestruturais são marcadas no "áreas-nucleares" porque são mapeados também
mapa pela diferenciação de cores e tons e tipos de solos e vegetação. A sensibilidade do
imediatamente visualizadas. Graficamente não mapa fitoecológico contribui para maior aproxi-
era possível ou recomendável a superposição, mação na divisão dos domínios morfoclimáticos.
seja em cores, seja em preto. A solução encontra- Ao serem iniciados os mapeamentos constatou-se
da foi realizada em nível de legenda,onde as a utilidade do método de superposição emprega-
linhas de limites dos dois tipos de unidades do, porque esses mapeamentos foram iniciados
foram superpostas, em esquema à parte, inte- em áreas bem individualizadas do ponto de vista
gradas e definidas. Na medida em que se geológico, geomorfológico e fitoecológico. Os
publicarem os mapeamentos do Projeto RADAM pequenos ajustes realizados eram previsíveis
esta superposição continuará. O objetivo final é porque não há termos de comparação entre a
a divisão de extensa área do Brasil onde serão proposição de esquemas e mapeamentos siste-
marcadas as províncias e os domínios morfocli- máticos. Na medida em que o mapeamento
máticos. atinge áreas amazônicas os desajustes são acen-
tuados, principalmente porque ocorre sob flores-
O ponto de partida para estas divisões foram as tas feições geomorfológicas antigas, herdadas de
proposições feitas por Ab'Sáber (1967) que morfogêneses diferentes, justapostas ou até
serão mantidas como parâmetro até que sejam mesmo superpostas a feições geomorfológicas
possíveis modificações plenamente justificáveis. correlacionadas à morfogênese atual. Por outro
Aquele autor conceituou as províncias morfoes- lado, no que se refere às províncias morfoes-
truturais como grandes unidades onde o controle truturais, os extensos depósitos de cobertura e a
da erosão é exercido primordialmente pelas morfogênese úmida obliteraram as influências
condições geológicas e como domínios morfocli- litológicas e estruturais. A definição das regiões
máticos, regiões onde as variações da erosão de transição geomorfológicas começaram a ser
estavam na dependência de um sistema morfocl i- esboçadas na medida em que o mapeamento
mático, no qual a fisiologia da paisagem estava progredia. Em decorrência foram mantidas as
mais relacionada às condições de clima, vegeta- proposições iniciais de Ab'Sáber como parâ-
ção e solos. Em trabalhos posteriores Ab'Sáber metro para as modificações que estavam sendo
(1971) esquematizou de modo muito genérico a encontradas. Sem perder de vista as proposições
distribuição do que chamou de "áreas-nucleares" iniciais, a denominação de províncias morfoes-
dos domínios morfoclimáticos, estabelecendo truturais passou a ser empregada em sentido
que entre estas "áreas nucleares" de cada do- mais adaptado à real idade amazomca,
mínio existiam processos geomodológicos de adquirindo uma conotação de unidades de rele-
transição, atribuídos quer a influências geológi- vo. Os domínios morfoclimáticos estão sendo
cas, quer a influências bioclimáticas. O difícil mantidos na acepção original, descritos sob
problema de determinar os limites da prepon- forma de tipos de relevo e contendo referências
derância de um ou outro processo foi assim às variações fitoecológicas mapeadas pelo Pro-
colocado às pesquisas que seriam feitas poste- jeto RADAM.
riormente. Ao admitir áreas de transição entre
"áreas-nucleares", Ab'Sáber implicitamente não 2.4. Chave da Legenda
atribuiu às palavras províncias e domínios os
sentidos específicos que têm em geologia e A fixação de legenda aberta, depois de superadas
11/14
muitas experiências, foi resolvida por associação Os símbolos geomorfológicos e geológicos neces-
de letras que detalham as categorias de formas sários são impressos em preto, bem como as
tomadas lato sensu: S- estruturais, E- erosivas e compartimentações do relevo. A legenda se
A- acumulação, que iniciam grupamento de esclarece mais com uma complementação sintéti-
letras, sempre notadas em maiúsculas. Esta ca do que cada associação representa na área ma-
divisão dá a gênese da forma: as letras podem peada. Aberta deste modo, a associação de le-
ser combinadas entre si em muitos casos (SE, tras pode modificar-se de mapa para mapa sem
ou ES). Às letras maiúsculas seguem-se associa- perder homogeneidade em relação ao precedente
ções de minúsculas correspondentes ao regis- e sem perder a qualificação de fatos que poderão
tro de forma em si mesma. A associação das aparecer em outras folhas a serem mapeadas.
minúsculas pode conter também referência à sua
gênese. Adotou-se preferencialmente a letra com
que se inicia o nome da forma, mas há também Deste modo, o mapa atingiu, quanto à represen-
combinações de mais de uma letra quando a tação gráfica, a quase totalidade dos objetivos
primeira estiver esgotada. A qualificação da que deve ter, ficando ainda sem solução gráfica,
gênese da forma é colocada no final da associa- na área mapeada, a representação das formações
ção. Deste modo o registro de tipo de forma superficiais e a dinâmica da geomorfogênese. As
de relevo é colocado no meio, e a categoria, lato dificuldades de indicação destes dois tipos de
sensu, em letra maiúscula abrindo a associação. fenômenos têm sido sentidas até em
Interpretação dada encerrando-a. Isto permite mapeamentos feitos sobre fotos em escalas em
uma separação clara do que é registro direto, torno de 1 :50.000. No caso do mapeamento do
portanto imutável, do que é interpretativo, por- Projeto RADAM, o problema cresce pelo nível
tanto transitório. Um destaque pelo valor prag- da escala. Algumas formações superficiais são vi-
mático, operacional e técnico foi dado aos tipos síveis na imagem de radar, mas a identificação de
de dissecação precedido de d, seguindo-se uma sua natureza nem sempre é possível, ao nível
letra ou associações de letras que qualifica seu atual de conhecimentos de imagem de radar, por
tipo. Esta qualificação supera designações ina- falta de trabalhos sistemáticos de campo. O pro-
preciáveis como forte, fraca ou moderadamente blema é assim, menos de natureza cartográfica
dissecados. que de dificuldade de informação.
11/15
3. UNIDADES MORFOESTRUTURAIS E
MORFOCLIMÃTICAS
A Folha SA.22 Belém pode ser dividida em 7 rio Capim onde aparecem terraços cortados nos
unidades de relevo a saber: sedimentos da Formação Barreiras com apro-
ximadamente 5 a 6 metros acima do nível médio
3.1. Planalto Setentrional Pará-Maranhão das águas.
11/16
planaltos Amazônicos rebaixados ou dissecados nos dois bordos. À margem esquerda do Ama-
das áreas co I inosas e planícies revestidas por flo- zonas a dissecação resultou formas bem mais
resta densa". onduladas que no sul, onde a superfície é mais
conservada. Aí os patamares ocupam uma área
3.3. Planalto da Bacia Sedimentar do Amazonas restrita no contato com a depressão periférica e
ao norte o escalonamento vem até próximo ao
Esta unidade é representada por um conjunto de rio Amazonas. Relevos residuais tabulares topo-
relevos tabulares e uma· grande faixa de dis- graficamente elevados correspondem às serras Pa-
secação em interflúvios tabulares e cristas, em rauaquara, Jutaí, Almeirim, Acapuzal e Afceião
retomada de erosão por drenagem incipiente. que foram englobados como Planalto Rebaixado
Corresponde a uma faixa de sedimentos paleo- pela descontinuidade espacial e pela área restrita
zóicos, com altitudes entre 300 a 600 metros que ocupam.
com sentido SW-NE. É o Planalto de Maracana-
quara melhor representado na folha a 1 :250.000 Os afluentes da margem esquerda do Amaznoas
de Monte Dourado, onde tem feições típicas de mostram as marcas da transgressão flandriana -
bordo erosivo de Bacia Sedimentar: uma grande o melhor exemplo é dado pelo rio Xingu na fo-
escarpa voltada para NW, talhada em arenitos lha a 1 :250.000 de Senador José Porfírio, cujos
com os topos cortados por aplainamento. Os rios afluentes na área afogada- têm os cursos curtos,
Jari e Paru cortam o Planalto em direção NW-SE vales alargados sofrendo colmatagem recente. O
através de profundas gargantas de superimposi- rio Xingu apresenta falésias com escarpamentos
ção. O planalto cai bruscamente em direção à ca- abruptos e a floresta chega geralmente até o rio.
lha do Amazonas enquanto que na folha a As faixas de praia são muito estreitas e descon-
1 :250.000 de Mazagão rebaixa gradativamente Hnuas no sopé do escarpamento. As baías de
no sentido W-E. Caxiuana, Portei e Melgaço são lagos de barra-
gem fluvial em grandes dimensões interligados
O Planalto da Bacia Sedimentar do Amazonas por "furos", relacionados também à transgressão.
está compreendido na sua maior extensão no
"Domínio morfoclimático dos planaltos, planal-
tos amazônicos rebaixados ou dissecados das Na folha a 1 :250.000 de Rio Jarauçu pode-se
áreas colinosas e planícies revestidas por floresta distinguir dois tipos de vales bem característicos
densa". Abrange também uma parte da "Faixa da área: os de penetração do Pediplano Pleistocê-
de transição de domínios morfoclimáticos em nico através de formas pedimentadas, sem alu-
planaltos, planaltos rebaixados revestidos por viões como o do rio Curuá do Sul e os vales de
floresta densa, floresta aberta mista e cerrado" fundo chato colmatados, com o curso d'água
cortando as aluviões como no rio Jarauçu. São
amplos e limitam com a superfície por rebordos
3.4. Planalto Rebaixado da Amazônia (do Baixo erosivos. Do bordo do Planalto Tapajós-Xingu
Amazonas) em direção à calha do rio Amazonas a faixa do
Pediplano cai gradativamente.
Esta unidade abrange a maior parte da área
mapeada. É a extensa superfície do Pediplano
Pleistocênico que se limita nas margens do rio Na sua maior extensão a leste, abrangendo as
com a planície Amazônica; ao sul com a folhas a 1 :250.000 de Tomé-Açu, Cametá, Portei
Depressão Periférica do Sul do Pará e ao norte e Belém, o pediplano mostra-se conservado.
com o Planalto da Bacia Sedimentar do Amazo- Apesar da densa cobertura florestal, áreas de
nas. Tem proporções e características distintas desmatamento próximas a Tomé-Açu possibili-
11/17
taram a identificação deste nível de A dissecação fluvial no pediplano originou vales
aplainamento. pouco encaixados em grandes áreas, dando rele-
vos definidos como colinas de topo aplainado,
Na região do Tocantins os terraços são dissimu- onde observa-se a existência de "inselbergs", ge-
lados por pedimentos e só em alguns trechos foi ralmente remodelados por morfogênese úmida,
possível mapeá-los como na folha a 1 :250.000 sendo melhor caracterizados na folha a
de Tucuruí. Na folha a 1 :250.000 de Cametá, na 1:250.000 de Tucuru(.
margem esquerda do Tocantins aparecem
algumas áreas isoladas, deprimidas apresentando Este nível das colinas de topo aplainado, geral-
depósitos arenosos, sujeitas a inundação, cober- mente elaboradas em rochas pré-cambrianas,
tas por vegetação rasteira. estende-se até o "front" dissimulado, desdo-
brado e descontínuo de um relevo de "cuesta"
Na ilha de ,Marajó, o Pediplano Pleistocênico com altitudes em torno de 100m. Apresenta
abrange o centro-sul limitando a E com a pla- ainda um nível de colinas mais alto com drena-
nície colmatada e a W com os baixos terraços e gem encaixada, elaboradas em rochas
áreas em colmatagem. A cobertura vegetal é a pré-cambrianas. Na folha a 1 :250.000 de Altami-
floresta densa e a superfície é conservada sendo ra estão as maiores áreas deste nível.
cortada pela intrincada rede de drenagem cons-
titu rda de "furos" e "igarapés". A Depressão Periférica do Sul do Pará pertence a
"Faixa de Transição de domínios morfocli-
Toda a extensão do Pediplano Pleistocênico está máticos em depressões e colinas revestidos por
incluída no "Domínio morfoclimático dos floresta aberta mista"
planaltos amazônicos rebaixados ou dissecados
áreas colinosas e planícies revestidas por flores-
resta densa". 3.6. Depressão Periférica do Norte do Pará
11/18
A Depressão Periférica do Norte do Pará está As áreas da planície amazomca já colmatadas
incluída no "Domínio morfoclimático dos pla- por sedimentos holocênicos têm na Ilha de Mara-
naltos amazônicos rebaixados ou dissecados das jó sua maior extensão contínua. Na folha a
áreas colinosas e planícies revestidas por floresta 1 :250.000 de Soure identifica-se a planície flu-
densa". vial colmatada com inúmeras lagoas sujeitas a
inundações pluviais. Nos vales que cortam a pla-
nície nota-se uma vegetação arbustiva quando na
3.7. Planície Amazônica maior extensão a vegetação é só de gramíneas.
O lago Arari tem áreas bem marcadas de influên-
A Planície Amazônica como unidade de relevo é cia dando origem a zonas de "slikke" e "shorre"
uma faixa nas duas margens do Amazonas alinhadas e nítidas. Os paleocanais ao norte de
alargando-se na região da foz nas inúmeras ilhas, Marajó têm formas de meandros e são identifica-
incluindo Marajó. Tem características bem distin- dos também na ilha de Mexiana. A faixa oeste de
tas não comparáveis a nenhuma outra área de Marajó nas folhas a 1 :250.000 de Mazagão e na
planície no que diz respeito à particularidade e folha a 1:250.000 de Gurupá, apresenta um nível
diversidade de feições que apresenta. Um de baixos terraços e áreas em colmatagem corta-
emaranhado de canais recentes, paleocanais, dos por "furos" e "igarapés". Destacam-se ainda
"furos", "igarapés", "paranás", meandros nesta planície numerosos lagos de barragem que
abandonados, lagos, marca um complexo em são encontrados na folha a 1 :250.000 de
evolução atual. Gurupá. Esta faixa da planície Amazônica já é
uma área de terrenos fixados que possibilitou a
A planície tem partes sujeitas a inundações pe- instalação da floresta densa. Desta forma, dois
riódicas pelas chuvas ou pelas cheias de um dos são os domínios coincidentes com a larga faixa
rios. A inundação é um dos elementos que possi- da planície Amazônica: "Domínio morfoclimá-
bilita a sedimentação recente de uma grande área tico das planícies inundáveis recobertas por
contribuindo também para a fixação através da campos" e "Domínio morfoclimático dos planal-
vegetação rasteira. Os canais marcam a orienta- tos amazônicos ou dissecados, das áreas coli-
ção da sedimentação e os diques marginais são os nosas e planícies revestidas por floresta densa".
reflexos de um dos últimos eventos de todo um
processo da sedimentação.
11/19
4. EVOLUÇÃO DO RELEVO
4.1. Efeitos Estruturais na Evolução Geomor- 1 :250.000 de Monte Dourado). Nesta área, o
fológica Pediplano Pliocênico está fragmentado pela
erosão posterior. O basculamento e a erosão
Na distribuição das formas de relevo na folha ativa estão relacionados a um processo de
SA.22 Belém, é marcada uma brusca interrupção subsidência seguida de transgressão na Fossa de
da planície de aluviões holocênicas do rio Marajá. Os dois eventos podem ser demonstra-
Amazonas logo abaixo da desembocadura do rio dos por uma seqüência de pequenas "rias" como
Xingu. A montante desta área, corre o rio as dos rios Cajari, Maraca-pucu, Preto, Mazagão e
Amazonas em extensa planície que está em Anauerapucu todos na folha a 1 :250.000 de
pleno processo de colmatagem, por mecanismos Mazagão.
muito específicos daquele rio. A jusante a
sedimentação mais significativa já foi feita quase A pequena dimensão das "rias" da margem
total mente. Ocorre então uma nítida separação esquerda do rio Amazonas comparativamente ao
entre duas feições geomorfológicas diferentes e grande afogamento de sua margem direita, como
bem identificadas na imagem de radar e no a "ria" do Xingu (fotos 8 e 9), é demonstrativo
conseqüente mapeamento. Estas duas feições são de uma desigualdade dos movimentos de
separadas pelo arco estrutural de Gurupá, que subsidência em relação ao eixo da sinéclise
coincide sua posição com a separação entre as paleozóica do Amazonas. Como resultado desta
duas formas de deposição. Isto é demonstrativo desigualdade, e em decorrência de a direção
de que os altos estruturais continuaram sua do rio Amazonas aproximar-se mais do bordo
movimentação até um tempo geológico halo- norte da bacia sedimentar, a Formação Barreiras
cênico, apesar de os falhamentos da Fossa está intensamente erodida neste bordo, enquan-
Marajoara, associados aos altos estruturais, terem to no su I ocorre maior preservação da deposição
sua datação correlacionada à reativação continental terciária. Como as "rias" da margem
Wealdeniana, de Almeida (1969). Em mapea- direita estão mais preservadas e nelas não se
mentos anteriores, Barbosa, Boaventura e Pinto, instalou ainda o processo de colmatagem cara-
(1973 v.1 e v.2) mostraram os efeitos daquela cterístico do rio Amazonas, a conclusão é que a
reativação, assinalando suas resultantes geomor- transgressão data do início do Holoceno.
fológicas. Na folha SA.22 Belém as comprova-
ções geológicas daquele evento são definidas na Nas unidades de relevo denominadas planalto
estratigrafia da Fossa Marajoara. Setentrional Pará-Maranhão e planalto Tapa-
jós-Xingu, a Formação Barreiras aparece, cons-
Nos citados mapeamentos anteriores, foi pos- picuamente, em extensas superfícies tabulares,
slvel a identificação do pediplano Pré-Cretácico retomadas por uma erosão pós-Barreiras. A
deformado pela reativação Wealdeniana, mas na posição destes relevos coincide, respectivamen-
folha SA.22 Belém, não há nenhum vestígio te com o arco estrutural do Tocantins (que
deste aplainamento. O mais antigo nível de di v ide a sedimentação paleozóica Piauí-
aplainamento corresponde ao denominado Pe- Maranhão com a do Amazonas) e com o 9lto de
diplano Pliocênico cuja sedimentação correlativa Monte Alegre (que divide a bacia sedimentar do
é a Formação Barreiras. Ele está representado na baixo Amazonas com a fossa de Marajoara),
serra de Maracanaquara, tendo sido esculpido em mostrados na fig. 8. Esta coincidência estrutural
litologias da bacia paleozóica do Amazonas. Este com formas de relevo parcialmente conservadas
pediplano está basculado em direção E a partir é considerada como evidência da movimentação
da margem esquerda do rio Jari (folha a destes altos em um tempo pós-Barreiras, precisa-
11/20
mente, durante o Quaternário, desde que esta SA.22 Belém revelou um processo de circundes-
deposição continental é considerada como de- nudação designado como Depressão Periférica
pósito correlativo do pediplano Pliocênico. do Norte do Pará. Esta nova depressão é
exclusiva da sedimentação Amazônica, não
Exceto o Amazonas, todos os grandes rios da apresentando o caráter de continuidade revelado
folha SA.22 Belém, cortam estruturas pré-cam- por todas as demais depressões periféricas bra-
brianas {NW-SE) e paleozóicas por processos de sileiras.
superimposição. Estas gargantas são marcadas
por quedas d'água, do tipo corredeiras, onde os O mecanismo geral da abertura de depressões
rios aproveitam as fraturas para atravessar periféricas foi elucidado por Ab'Sáber (1949) e
aquelas estruturas. Estes fatos podem ser obser- definido genericamente, como um evento
vados nos rios Bacajá, Xingu, Tocantins, Pari e pós-cretácico. Na folha SA.22 Belém a idade da
Jaru, dentre outros (foto 3). Estas gargantas circundesnudação pode ser definida com maior
marcam as direções estruturais NW-SE e NE-SW, precisão devido à participação de depósitos
predominantes na folha. Isto é considerado terciários no fenômeno. Na folha a 1 :250.000 de
como evidência de reativação estrutural recente, Altamira foram mapeados alguns relevos resi-
pois a exumação daquelas direções estruturais é duais mostrando uma orientação da deposição
fenômeno cenozóico como demonstram mapea- Barreiras. Estes alinhamentos estão localizados
mentos anteriores já citados. sobre orientações estruturais pré-cambrianas
para além dos limites das formações paleozóicas.
O conjunto destas evidências mostra que apesar O acentuado aprofundamento da sinéclise
de uma extensa cobertura cenozóica, as influên- Amazônica não sugere que ela ocupasse, no
cias estruturais apresentam efeitos geomorfoló- Cenozóico, extensão maior que seus atuais
gicos mapeáveis. Estas influências estruturais limites erosivos. Isto indica que as formações
explicam porque a folha SA.22 Belém não paleozóicas foram extensamente recobertas pela
apresenta uma evolução geomorfológica simples deposição Barreiras que se ligava diretamente ao
como suas fracas variações altimétricas e a Pré-Cambriano das plataformas marginais. O
extensiva sedimentação cenozóica poderiam mapeamento confirma, assim, as considerações
sugerir. de Ab'Sáber (1967) sobre a maior extensão ante-
rior da Formação Barreiras. A Formação Barrei-
ras exerceu na bacia do Amazonas o mesmo pa-
4.2. As Depressões Periféricas à Bacia Paleozói- pel da Formação ltapicuru (Cretáceo) na bacia
ca Amazônica do Piauí-Maranhão: extràvasou os limites da
deposição paleozóica. As diferenças geomorfoló-
Boaventura ( 1973) mostrou a existência de uma gicas entre as duas bacias estão na resistência
depressão periférica que penetra na área da folha desiguais entre as duas formações citadas ante os
SA.22 Belém com a denominação de Depressão processos erosivos, no aprofundamento desigual
Periférica do Sul do Pará. Esta depressão prolon- dos eixos das sinéclises e na existência de relevos
ga um fenômeno de circundesnudação periférico residuais do "mar ltapicuru" além dos limites da
à bacia do Piauí-Maranhão estendendo-se para a deposição paleozóica.
bacia Paleozóica do Amazonas. Esse extenso
processo de circundesnudação é nítido nas áreas A abertura da Depressão do Sul do Pará ocorreu,
periféricas da bacia Piauí-Maranhão mas ao assim, após um movimento tectônico positivo no
penetrar na bacia Amazônica ele começa a Pleistoceno, pois ela interessa diretamente à
apresentar diferenças específicas. Na borda norte Formação Barreiras, como definiu Boaventura
da bacia Amazônica, o mapeamento da folha (1973). O recuo da escarpa de circundesnudação
11/21
fez-se a partir de um antigo contato entre da Formação Barreiras é muitas vezes maior na
Barreiras e Pré-Cambriano em direção ao eixo da plataforma do sul que na do norte da Amazônia.
bacia Amazônica, exumando estas últimas litolo- Nestas circunstâncias, não há, até este estágio do
gias até encontrar as formações paleozóicas. A mapeamento, evidências de que a Depressão
baixa resistência da Formação Barreiras ante o Periférica do Norte do Pará tenha a mesma idade
processo de circundesnudação, praticamente el i- pós-pliocênica de sua homóloga do Sul. O tipo
minou-a como cobertura extensiva sobreposta ao de limite desta depressão é também diferente
paleozóico. O recuo da escarpa de circundesnu- daquela da plataforma sul. Assim no lugar de
dação foi retido, e geomorfologicamente defi- depressão periférica, do tipo clássico do modelo
nido, nos limites das formações paleozóicas. Morvan, ela se enquadra melhor no de falésia
tropical, segundo a classificação proposta por
A Depressão Periférica do Sul do Pará limita-se, Derruau ( 1967). (fotos 1 e 2). Permanece
ao norte, em rebordos e "cuestas" dissimulados entretanto sua caracterização como periférica à
aparecendo escarpas apenas em pequenos tre- sinéclise Amazônica (Perfil A-A').
chos. Estes rebordos estão desdobrados nas
formações paleozóicas, suspensos sobre a área de Nas duas depressões os fenômenos de circundes-
eversão nas litologias pré-cambrianas e limitadas, nudação deixaram expostas as litologias precam-
em direção ao eixo da sinéclise Amazônica, por brianas, nas quais foram desenvolvidas superfí-
relevos tabulares que compõem o plantalto cies de aplainamento. Os mergulhos mais fortes
Tapajós-Xingu e os planaltos Rebaixados (Perfil das litologias paleozóicas da Amazônia não
C-C'). Há, assim, uma zona de circundesnudação apresentam evidências de que os paleoplanos
periférica às estruturas paleozóicas e outra curta pré-silurianos ainda estejam representados mq,r-
e mal definida zona de circundesnudação relacio- fologicamente. As superfícies de aplainamento
nada à Formação Barreiras mas os relevos deixaram, por eversão, cristas alongadas, sem
residuais da Formação Barreiras, já citados, as feições apalachianas comuns em morfologias
mostram que ambas são pós-pliocênicas. O ma- análogas nas depressões periféricas à bacia Piauí
peamento geomorfológico da folha SA.22 Belém -Maranhão.
revelou que há diferenças específicas entre as
citadas características da Depressão Periférica do À frente da falésia tropical (serra de Maracana-
Sul do Pará e sua homóloga do Norte do Pará. quara) que limita a Depressão Periférica do
Norte do Pará a serra de Maraconai, por suas
dimensões e aspectos diferentes do relevo circun-
A Depressão Periférica do Norte do Pará não
dante, é um acidente fisiográfico importante. Ele
apresenta nenhuma forma de "cuesta" associada
apresenta-se isolado, com uma cobertura de
ao fenômeno de circundesnudação: O contato se
endurecimento ferrai ítico e topo aplainado on-
faz diretamente sobre a Formação Trombetas
de aparecem numerosas lagoas. Sua posição
(Siluriano) sem que se apresente entre esta
isolada e sua elevação sobre o aplainamento
formação e o pré-Cambriano qualquer camada
pré-cambriano, podem ser tomados como ele-
tenra capaz de gerar um ai inhamento de "cues-
mentos complementares, de natureza geomorfo-
tas". Além disto os mergulhos não são suficien-
lógica, indicadoras de uma litologia diferente.
temente fracos para gerar uma drenagem indivi-
Estas circunstâncias dificultam uma interpre-
dualizadora de "cuesta". O contato entre o
tação da serra de Maraconai como um relevo
Pré-Cambriano e o Paleozóico é brusco e reti-
residual de recuo da falésia tropical (Perfil C-C').
líneo. Não há, nesta área, nenhuma evidência
nem sugestões de que a Formação Barreiras
4.3. Os Níveis de Aplainamento
tenha ultrapassado os limites das Formações
Paleozóicas. Registre-se também que a extensão As imagens <de radar têm permitido, ao longo do
11/22
mapeamento geomorfológico, a identificação de floresta densa. Sua fragmentação pós-pleistocê-
dois níveis muito extensos de aplainamento. Eles nica é feita, na área, geralmente por planícies
foram designados de modo genérico, como fiL'viais.
pediplano Pliocênico e pediplano Pleistocênico.
Na folha SA.22 Belém eles aparecem muito Boaventura (1973) identificou, na área imediata-
desigualmente distribuídos no espaço. mente abaixo da folha SA.22 Belém, um nível
de topos de colinas e "inselbergs", acima da
O pediplano Pliocênico está representado na zona de eversão, este pediplano Pleistocênico.
serra de Maracanaquara, que faz a borda meri- Este aspecto do pediplano termina gradualmente
dional da Depressão Periférica do Norte do Pará. na área mapeada até tomar um aspecto mais
A litologia paleozóica da serra foi truncada pelo compacto. Essa transição de dois aspectos de um
pediplano de modo perfeito. As diferenças lito- mesmo nível de aplainamento se faz na área
lógicas permitiram que drenagens ortoclinais se onde os limites da Depressão Periférica do Sul
instalassem nas camadas paleozóicas, acompa- do Pará são mais imprecisos. Isto porque a
nhando-as da borda para o eixo da bacia. A Formação Barreiras ainda recobre as formações
intensidade do encaixamento dos rios, mantendo paleozóicas, que só aparecem nas folhas a
entre eles topos aplainados, permite a separação 1 :250.000 de Ilha Grande do lriri e Altamira. Es-
das litologias recobertas por floresta. O perfil ta interrupção de dois aspectos do pediplano Ple-
C-C' mostra o pediplano Pliocênico basculado istocênico é de difícil explicação, quando se sabe
para o eixo do Amazonas. Este basculamento que este aplainamento acompanha os rios Tocan-
seguido de transgressão é que gerou algumas das tins e Araguaia até o centro-sul de Goiás. Uma
"rias" da margem esquerda do rio Amazonas. O explicação plausível está relacionada à subsidên-
Perifl C-C' permitiu o prolongamento do Pedi- cia do "graben" de Limoeiro gerada por reati-
plano Pliocênico desde a serra de Maracanaquara vação do arco de Tocantins e alto de Monte Ale-
ate' a base da Formação Barreiras que é seu gre. Estes altos mostram o Pediplano Pleistocêni-
depósito correlativo. À serra Maraconai, cujas co bem representado enquanto no "graben" ele
feições geomorfológicas já foram descritas, tem se desfaz nas duas feições citadas. A subsidência
sido atribuída uma gênese de estrutura vulcâ- que atingiu o "graben" de Limoeiro em seu tre-
nica, possivelmente de idade cretácica. Se isto se cho mais meridional foi definida por Barbosa,
confirmar, seu topo aplainado pelo pediplano Boaventura e Pinto (1973 v.2) pelas correlações
Pliocênico, será um elemento confirmador da dos materiais dos terraços do rio Tocantins.
idade pós-cretácica deste pediplano.
Em quase toda a área mapeada, os pediplanos
Em todo o restante da folha SA.22 Belém o Pliocênico e Pleistocênico estão recobertos por
nível de aplainamento mais extensivamente dis- Floresta Densa. A imagem de radar permite,
tribuído é o pedi plano Pleistocênico. Sua grande contudo, identificá-los e acompanhá-los, de
distribuição pode ser bem observada no esquema modo contínuo, desde áreas onde estão reves-
de unidades do relevo, onde ele ocupa pratica- tidos por cerrados e até mesmo por caatinga.
mente todo o planalto Rebaixado da Amazônia Isto é indicativo de uma extensa morfogênese
e as duas depressões periféricas, com variações herdada de fases anteriores. O recobrimento
de níveis altimétricos. Este pedi plano é o respon- florestal posterior tem suas conseqüências geo-
sável pela extensa topografia baixa da folha morfológicas representadas nas áreas de disse-
SA.22 Belém, juntamente com algumas planícies cação dos pediplanos citados. Há outra indicação
fluviais. Localmente ele está bem conservado co- clara de formas herdadas de morfogênese an-
mo ao longo dos rios Pará e Tocantins. Ele corta terior, menos úmida que a atual. Estas formas
litologias diferenciadas e sua cobertura atual é de são alguns tipos de vales bem característicos do
11/23
planalto Tapajós-Xingu e planalto Setentrio- A interpretação geomorfológica dada para as
nal Pará-Maranhão. Nesta área aparece extenso áreas mais extensas, como na região do rio
pediplano do nível pós-Barreiras, muito bem ela- Tocantins, é a de "paleoplayas" com colo-
borado no qual há vales encaixados com verten- nização florestal retardada em decorrência da
tes pedimentadas. Vales deste tipo foram obser- cobertura arenosa. O hidromorfismo manifes-
vados em mapeamentos anteriores em áreas de ta-se quando já há canais de drenagem abertos,
morfoqênese bem mais seca. mas nas margens destes canais não há floresta
densa. No rio Capim há sugestões de que estas
A morfogênese úmida posterior transformou a áreas inundáveis dão nascentes a rios de direções
parte do eixo destes vales em um tipo de fundo opostas, com possíveis capturas. Na margem
chato ("vales em manjedoura" de Ruellan) direita do rio Xingu, em região elevada sobre a
considerado como forma de evolução de regiões Formação Barreiras. O mesmo fenômeno se
úmidas. Nestes vales foram conservados os pedi- repete em áreas de dispersão de drenagem,
mentes e apenas a área de fundo chato é sugerindo uma movimentação tectônica do arco
atribuída à morfogênese úmida. Eles conservam, de Gurupá elevando-a a urna posição de divisor.
deste modo, formas de duas morfogêneses dife- Entendidas como "playas" estas áreas repre-
rentes. Em alguns tipos de vales de fundo chato sentam evidências residuais de níveis de aplaina-
formaram-se "planícies de inundação" com me- mentos esculpidos em rnorfogênese mais seca.
andros divagantes. Outros foram intensamente
colmatados por aluvionamento que bloqueiam Como tem sido ressaltado nos mapeamentos
suas desembocaduras. geomorfológicos do Projeto RADAM, os níveis
de aplainamento são identificados pela imagem e
Os fundos chatos, em decorrência de colma- descritos apenas quando atingem áreas substan-
tagem ou aluvionamento de meandros diva- ciais. Na área da folha SA.22 Belém, esta
gantes, mostram um contraste nítido, nas ima- explicação aumenta de significado na medida em
gens de radar, em decorrência de vegetação que pesquisas de campo têm revelado alguns ní-
adaptada a esses ambientes. Em outros casos a veis embutidos que aqui, são englobados sob o
vegetação de floresta densa recobre indistinta- título genérico de pediplano Pleistocênico.
mente o pediplano, o pedimento e o fundo Quase todos estes níveis baixos foram identifi-
chato. A morfogênese úmida é representada cados locaímente em função da facilidade de
apenas pela abertura do canal central dos rios, acesso que a folha SA.22 Belém oferece, compa-
possivelmente devido ao substancial aporte de rativamente, a outras da área amazônica. A
coloides da morfogênese úmida. Estas condições imagem de radar permitiu identificação de um
não abrigam os casos em que os vales são nível de aplainamento sobre alguns relevos tabu-
superimpostos por efeitos de tectônica (Estampa lares da Formação Barreiras. Este nível é nítido
3). No fundo destes vales não foram identificados nas unidades de relevo do planalto Setentrional,
formas que sugerissem antigas "playas", de planalto Tapajós-Xingu na serra de Paraua-
arreismos anteriores (Fotos 12, 13, 14). Em quara, serra do Almeirirn e serra do Jutaí, na
algumas áreas sobre superfícies de aplainamento, folha a 1 .250.000 de rio Capim. Um ponto mais
ocorrem planos inundáveis parcialmente, sobre acessível deste nível é o campo de pouso, na
um fundo arenoso coberto de vegetação rasteira. serra do Areião, que é utilizado por um grande
Na imagem de radar a vegetação rasteira dá empreendimento comercial nas áreas do rio Jari.
tonalidades claras em meio aos tons diferentes Este nível de aplainamento, pós-Barreiras, tanto
da floresta. No contato dos dois tipos de pode ser apenas o topo da Formação Barreiras
vegetação há pequenas rupturas de declives, nas pouco erodido, como pode ser um nível pós-Barrei-
quais é perceptível a exsudação do lençol freá- ras sem corresponder ao denominado de pediplano
tico, com remoção de areia (Fotos 5 e 6). Pleistocênico. A nitidez da imagem de radar e a
11/24
posição subordinada que o pediplano Pleistocê- Pleistoceno e Holoceno. A elas se devem os
nico aparece em relação ao nível pós-Barreira, baixos níveis do Pediplano Pleistoceno, como
sugere mais a segunda interpretação. Neste caso, por exemplo o de 30-70 metros ligados à geração
o pediplano Pleistocênico deve ser entendido Guajará ou o nível Belém-Marajá (5 a 12 m) de
como resultante de um processo de eversão na Ab'Sáber (1967).
Formação Barreiras. O fato de este nível ter sido
encontrado, até o presente estágio do mapea- A retomada de estudos feitos pela Petrobrás a
mento, apenas nos locais coincidentes com altos partir de 1967 em várias regiões da Amazônia
estruturais, não permite que se afaste a possibi- permitiu o conhecimento de novos dados sobre a
lidade de um nível ligado a movimentações foz do rio Amazonas. Isto permite um trata-
tectônicas. mento melhor dos problemas de aplainamento,
eustatismos e subsidência geradores dos fenô-
Alguns outros níveis embutidos podem ter na menos fluviais do Quaternário. Com base nos
hierarquia da drenagem, mostrada pela imagem trabalhos de Schaller et ali i (1971 ), Andrade e
de radar, um útil instrumento de trabalho de Cunha (1971) e Milliman et alii (1972) os
campo. Assim, na folha SA.22 Belém, há três eventos geomorfológicos podem ser compro-
gerações de drenagem bem definidas principal- vados na seqüência estratigráfica estabelecida
mente na parte meridional do rio Amazonas para a fossa de Marajá.
(Fig. 7). A primeira, geração Xingu, está repre-
sentada pelos grandes rios que estão superim- A fase de desmonte do pediplano pré-Cretácico
postos às estruturas paleozóicas e pré-cam bria- referida em mapeamentos anteriores já citados,
nas, principalmente em seus cursos médios. Na seguiu-se ao paroxismo da reativação Wealde-
folha SA.22 Belém eles estão diretamente condi- niana. Esta reativação atuou na foz do Amazo-
cionados à tectônica de fissuramento,às direções nas com um caráter tafrogênico indicado pela
estruturais maiores e refletem este condiciona- Formação Jacarezinho cuja seqüência corres-
mento por fenômenos diversos. A segunda, pende, pró-parte, a depósitos correlativos de
geração Jarauçu, correlacionada à deposição falhas. Os "grabens" de Limoeiro e Mexiana
Barreiras pois a extensão destes rios coincide formaram-se neste tempo. A seqüência da For-
com aquela deposição. Um exemplo é o próprio mação Limoeiro parece corresponder à fase de
rio Jarauçu. A característica da segunda geração desmonte do pediplano pré-Cretácico, pois apre-
é a sua parcial independência da rede de dre- senta material tluvial cuja area tonte é a bacia Piauí
nagem da primeira geração desde que seguem -Maranhão. É nesta região (fora da folha SA.22
paralelamente a ela, sem confluir, e caindo Belém) que ocorrem alguns testemunhos ero-
diretamente no rio Amazonas. A abertura dos sivos identificados como pediplano pré-Cretá-
vales na Formação Barreiras está sendo realizada cico. O transporte de material para a Formação
pela geração Jarauçu, que faz penetrar o pedi- Limoeiro se fez quando a drenagem do Tocantins
plano Pleistocên ico embutindo-o dentro do nível atravessou as estruturas pré-cambrianas e se
pós-Barreiras, enquanto os amplos aplaina- alojou ortoclinamente à bacia Piauí-Maranhão.
mentos regionais estão relacionados à geração Os elásticos da Formação Limoeiro se correla-
Xingu. cionam a uma fase de morfogênese mais seca.
Esta interpretação parece plausível na medida
A mais nova rede de drenagem é a geração em que as seqüências da Formação Marajá
Guajará que está ligada à unidade chamada aqui (pós-Limoeiro) e de idade terciária já estão
de planície Amazônica e ao sistema hidrográfico claramente correlacionadas ao aporte de material
mais típico do rio Amazonas. As gerações do rio Amazonas. Deste modo o pediplano
Guajará e Jarauçu estão ligadas às movimen- pré-Cretácico teve seu desmonte iniciado no
tações tardias da reativação Wealdeniana no Cretáceo e prosseguiu durante todo o Terciário
11/25
até terminar na consecução do pediplano Pliocê- Transgressão Flandriana é limitada. O fenômeno
nico e a extensa deposição da Formação Bar- inverso ocorre, pois o mapeamento revelou
reiras. Este processo de desmonte corresponde às "rias" de grandes dimensões como no próprio
fases mais antigas de abertura das depressões rio Pará e "rias" internas como as das desembo-
periféricas. Localmente o pediplano pré-Cretá- caduras do Tocantins, Anapu, Pacajá e Xingu
cico foi apenas reelaborado. que mostram bem a grande penetração da
transgressão na parte sul da plataforma. A maior
b desmonte do Pediplano Pliocênico correspon- e mais nítida de todas é representada pelo baixo
de à fase de abertura das depressões periféricas Xingu, cujos escarpamentos retil ínios (fotos 8 e
na bacia Amazônica. A sedimentação correspon- 9) são evidências de afogamentos recentes. Esta
dente à fase de reelaboração ou erosão do "ria" é coincidente com a movimentação do
pediplano Pliocênico parece ser a Formação alto de Monte Alegre e arco de Gurupá (Fig. 8). Ela
Pirarucu do Grupo Pará. A natureza argilosa deve ainda ao basculamento em direção à foz
desta formação identifica morfogênese mais com a região de flexura marcada por um
úmida. Os pólens paleozóicos já retrabalhados conjunto de ilhas (foto 15) e corredeiras na
encontrados na Formação Pirarucu, são indica- região de escarpas mais altas enquanto próximo
tivos de que as depressões periféricas amazônicas à foz estas escarpas decaem a ponto de se
estavam abertas e já expostas as litologias paleo- integrar nos processos típicos de colmatagem do
zóicas. rio Amazonas aparecendo mesmo uma deposição
tipo delta no Jarauçu (Fotos 10 e 11). As
O pediplano Pleistocênico formou-se sobre lito- margens das "rias" do Xingu são bem retilini-
logias variadas, incluindo as dos depósitos corre- zadas, ao contrário da "ria" do Tapajós. Est~s
lativos do pediplano Pliocênico representados elementos são elucidativos para caracterizar a
pela Formação Barreiras no tempo Tucunaré, "ria" do Xingu como do tipo "cherm".
que é identificado como seu depósito corre-
lativo. O grande aporte de elástico desta For- O problema da origem da ilha de Marajó está
mação é indicativo de morfogênese mecânica. diretamente ligado aos mecanismos de subsi-
dência da respectiva fossa tectônica. A conti-
nuidade da Formação Barreiras no continente e
4.4. Os Problemas da Foz do Rio Amazonas na ilha associada ao fato de esta deposição ser
correlativa do pediplano Pliocênico é uma com-
A folha SA.22 Belém mostra a quase totalidade provação de que, pelo menos até o tempo
da desembocadura dos rios Amazonas e Tocan- Barreiras a atual ilha integrava-se ao continente,
tins. Isto permite a discussão de alguns pro- formando um interflúvio largo entre o Ama-
blemas geomorfológicos específicos. zonas e o Tocantins. Esta ligação continuou até
o tempo do pediplano Pleistocênico, cujos resí-
O mapeamento geomorfológico revelou trans- duos estão presentes no interior de Marajó
gressões marinhas geradoras de "rias" .coinci- (Perfil B-B') e em várias ilhas marginais. Com a
dentes com a movimentação dos "grabens" de transgressão Flandriana, no início do Holoceno,
Limoeiro e Mexiana, conforme já foi demons- atuando mais intensamente no "graben" de
trado. Isto permite a conclusão de que a Limoeiro que no de Mexiana, a ilha foi separada
reativação Wealdeniana na fossa de Marajó não do continente. O mapeamento revelou que a ilha
cessou até o início do Holocéno quando ocorreu de Marajó apresenta três feições geomorfológicas
a transgressão Flandriana. distintas: a leste planícies colmatadas, no centro
o pediplano Pleistocênico e a oeste uma extensa
Nas áreas onde não há falhamentos da fossa de região ainda em processo de colmatagem. O
Marajó, como no Canal Norte, .a interferência da limite destas duas últimas feições é feito pelos
11/26
limites do "graben" de Mexiana Leste (Fig. 8). A gem representou uma fase de alta energia do
imagem de radar mostra sinais da drenagem Amazonas, capaz de abrir "paleocafíons" submer-
anterior à separação da ilha. Um exemplo pode sos exatamente na região antiga, em frente à ilha
ser tomado pelo rio Anapu que era afluen- Caviana, na direção predominante da bacia
te do Amazonas. Após a separação da ilha. Amazônica SW-N E. A parte mapeada como
o Anapu passou a correr em direção ao rio Pará planície fluvial na foz do Amazonas, agora
através da captura por transbordamento execu- fragmentada em várias ilhas no Canal Norte,
tada pelo rio Pacajá. Na margem oriental da ilha poderia compor um litoral compacto, retilini-
da Laguna, ocorrem várias indicações de que zado na direção NW-SE, generalizada da costa
nesse ponto a colmatagem posterior foi menos norte do Brasil. Assim nada indica a existência
intensa permitindo a conclusão de que nesse de um golfo holocênico na foz do Amazonas,
trecho a ligação permaneceu por mais tempo, anterior à fase estuarina atual.
pois a retomada do pediplano Pleistocênico não
se fez muito extensamente. O deslocamento da foz do rio Amazonas da
direção SW-NE para a direção NW-SE interessa à
A colmatagem posterior bloqueou alguns impor- origem da parte colmatagem recente da ilha de
tantes trechos afogados pela transgressão Flan- Marajá. Os depósitos lineares mapeados nesta
driana. Estes afogamentos bloqueados são de- área são indicativos de antigas ligações com as
nominados regionalmente como "baías", sendo ilhas Mexiana e Caviana. Isto indica divagações
significativas por sua extensão as de Caxiuana, destes depósitos lineares por braços amazônicos
Pacajaí, Portei e Melgaço. Esse bloqueio gerou em direção ao sul. Esta evidência exclui a
em complexo sistema hidrográfico conhecido possibilidade de o rio Tocantins ter tido um
como "Furos de Breves" (Foto 16). A diferença prolongamento através da área baixa de Marajá,
de regime e de descarga entre os rios Amazonas e pelo menos nesta fase.
Tocantins, permite que parte da carga do segun-
do passe para o primeiro através dos "Furos de Nesta região da ilha o processo de colmatagem
Breves", com uma intensa colmatagem gerando está mais evoluído que ao longo do rio Amazo-
até mesmo formas deltaicas embrionárias, inter- nas e menos evoluído que nas ilhas de Caviana e
nas como na baía das Bocas (Estampa 2). O mes- Mexiana e outras, onde a vegetação florestal já se
mo processo de colmatagem pós-Fiandriana, ex- instalou enquanto a parte oriental de Marajá
plica a multiplicação do sistema de furos, pois ainda continua em fase de vegetação pioneira.
na medida em que ele interrompe os mais Há possibilidades de esta colmatagem estar
entulhados, outros são abertos. Isto explica relacionada com uma fase de ligeiro levanta-
a existência de "furos" com dimensões dife- mento da ilha de E para W por movimentação do
rentes (Foto 15). O mesmo sistema explica a "graben" de Mexiana Leste em tempo holocê-
drenagem arborescente do Canal Norte, com o nico. O processo de colmatagem é o de "slikke"
tronco maior ramificando-se um pouco além da e "schorre" fluviais que fixa a vegetação gradual-
foz do Xingu em ramos sucessivamente mais mente, limitando cada vez mais, as áreas de
densos em direção à foz do Amazonas, com a inundação permanente (fotos 24 a 27).
multiplicação sucessivas de ilhas. Ocorrem assim
dois sistemas opostos ao longo do rio Amazonas, Há muitas sugestões sobre a natureza e classifi-
pois enquanto na planície, à montante da foz do cação da foz do Amazonas: se delta ou estuário.
Xingu, os canais ("paranás") são construtores de O mapeamento e as interpretações dadas aos
sedimentação (fotos de 17 a 23), à jusante, os eventos geomorfolágicos da Folha SA.22 Belém
canais ("furos") são destruidores da colma- permitiram a demonstração de que a fossa
tagem. Este processo de destruição da colmata- Marajoara esteve em movimentação desde o
11/27
paroxismo da reativação wealdeniana no Jura- presença simultânea de um delta cretácico da bacia
-Cretáceo até períodos muito recentes do Holo- do Acre e da fossa de Marajó, sugere a existência de
ceno. Pelo que se conhece sobre as formações pelo menos dois canais antigos, um em direção
cretácicas, muito de suas fácies parecem estar W outro em direção E, pelo menos até o tempo
Iigadas aos fal hamentos da fossa. No atua1 nível cretácico. A separação pode ter sido causada por
de conhecimentos um delta cretácico, na foz do movimentação dos altos estruturais que separam
Amazonas não pode ser confirmado. As depo- a antéclise da Amazônia. A única indicação do
sições terciárias refletem adaptações à subsi- tempo desta separação, na folha SA.22 Belém é
dência contínua dos "grabens". Isto não criou a Formação Marajó (Schaller et ali i - 1971) do
portanto, condições para uma sedimentação em início Terciário, pois as formações anteriores
fácies deltaica. A sedimentação pleistocênica não são nitidamente compostas de sedimentos
teve melhores condições tectônicas para se fazer trazidos pelo rio Amazonas. Além disto, a
em estrutura deltaica e possivelmente as For- espessura das formações terciárias atingem 5.000
mações do Grupo Pará tenham alguma deposição metros contra os 2.500 das Formações Cretá-
embrionária ainda não perfeitamente definida. cicas na foz do Amazonas. Isto faz supor um
Atualmente o ambiente marinho é não-deposi- grande aporte de material quando o curso foi
cional e Milliman et alii (1972) demonstrou a interligado. Há assim possibilidades de o Amazo-
distribuição de parte da carga do Amazonas ao nas ter uma idade pós-pliocênica (Formação
longo do litoral do Amapá por influência de Marajó). Não se pode ainda definir em que áreas
circulação oceânica. Deste modo não há deltas do atual curso ocorreu a separação (Arco de
em formação, apesar da taxa de sedimentação Gurupá? Alto do Purus? ) mas há indicações de
ser elevada e a plataforma ser suave. A possibili- que o paleo-Amazonas não devia ser um grande
dade de existência de um delta cretácico na área curso desaguando no Atlântico. Por outro lado a
do cone Amazônico escapa ao alcance deste evolução geomorfológica da folha SA.22 Belém
relatório. sugere um trabalho erosivo muito pequeno para
um rio da dimensão do Amazonas desde um
O mapeamento geomorfológico revelou que a re-
tempo tão remoto. Um exemplo é a proximi-
gião da foz não apresenta condições de colmata-
dade da Formação Barreiras no bordo das
gem ativa. Estes processos são mais eficientes ao
plataformas. Sendo considerada como depósito
longo do rio, à montante da foz do rio Xingu.
correlativo do pediplano Pliocênico, de fácies
Na foz está ocorrendo a abertura de canais. Des-
continental, ela devia ter chegado até áreas mais
te modo uma classificação de litoral de estuário
próxima~ do rio no tempo Plio-Pieistocênico. O
está mais adequado para a complexa foz do rio
recuo dos limites desta formação, controlado
Amazonas.
pela drenagem da geração Jarauçu (Fig. 7)
As condições de gênese do rio Amazonas interes- mostra uma exagerada desproporção com as
sam também ao problema da natureza da foz. gerações anteriores e posteriores. Como a For-
Apesar da folha SA.22 Belém não abranger, ao mação Barreiras é facilmente erosível em qual-
nível de escala, uma grande seção do rio, o quer morfogênese, o recuo de seus limites não é
mapeamento geomorfológico permitiu algumas proporcional ao trabalho de encaixamento. Por
sugestões preliminares. outro lado o pequeno desenvolvimento do pedi-
plano Pleistocênico nas partes marginais da
A possibilidade de o rio Amazonas ter corrido de E calha, criado pela geração Guajará contrasta com
para W, não encontra na folha SA.22 Belém, ne- o extenso desenvolvimento do mesmo pediplano
nhuma indicação, possivelmente devido a posição pela geração Xingu. Este retardamento na evo-
da folha junto à foz. A presença de delta na bacia lução geomorfológica no vale do Amazonas é
do Acre ainda não apresenta correlações estratigrá- também contranstante com a extensão do pedi pla-
ficas suficientes para comprovação. Ao contrário a no Pleistocênico na bacia Araguaia-Tocantins.
11/28
Estes fatos são indicativos de que o Amazonas é Apesar da grande faci I idade de construção de
pós-Tocantins, suposto por Boaventura (1973) portos na área amazônica, as "rias" da margem
como pré-Piiocênico, logo, por este critério direita mostram altitudes maiores para as insta-
geomorfológico a idade do Amazonas atinge o lações de grande porte.
Holoceno. Até o presente estágio do mapea-
mento, o rio Amazonas só adquiriu suas atuais Devido à cobertura especial de vegetação de
características, na folha SA.22 Belém, a partir campos à topografia plana e à proximidade de
do Holoceno. No exame das feições geomorfo- Belém, a ilha de Marajá poderia receber planeja-
lógicas e sua interpretação ao nível da escala de mentos para seu desenvolvimento. Por isto jul-
mapeamento, podem ser acrescentados alguns gou-se útil um detalhamento de muitos tipos de
aspectos aplicáveis ao planejamento. planícies de acumulação até o ponto permitido
pela imagem. A separação dos tipos de planícies·
Inicialmente é necessário ressaltar a significação de inundações, alagadas, periodicamente inundá-
das inúmeras gargantas de superimposição. Os veis, dentre outros, terá utilidade no traçado da
rios da Geração Xingu, de grande volume d'água, rede rodoviária e na modernização da pecuária. A
cortam estruturas pré-cambrianas e depois pré- grande quantidade de água acumulada na parte
-silurianas, permitindo a existência de sítio oriental da ilha pode ser explicada pela alta
adequado para a construção de sistemas de pluviosidade regional e pelas Formações argilosas
barragens de grande porte. O aproveitamento em do Grupo Pará que retém água das chuvas
sistemas de barragens sucessivas é ainda viável evitando seu escoamento sob forma de rios. O
porque muitos rios cortam corredeiras e leitos sistema hidrográfico é curto e marginal à ilha,
rochosos, à montante dos quais aparecem leitos deixando isoladas as depressões interiores. A
móveis de colmatagem lateral extensa propícios modernidade da sedimentação também colabora
à construção de barragens de maior porte. Esta para a exposição permanente dos aqu íferos. Um
fase de pequenas usinas pode ser uma fase inicial sistema de canais e "poulders" poderia ser
da eletrificação de algumas áreas da Amazônia estudado para acelerar a drenagem em algumas
I ' .
que até se atinja a fase de construção de grandes áreas quando isto fosse necessano.
sistemas hidrelétricos.
11/29
QUADRO-RESUMO DA GEOMORFOG~NESE DA FOLHA SA.22-BELitM
Oceano
Atlântico
.
Ilha de MaraJó
Rio Amazonas j
Pediplano
~
I 1
r
Rio Cupijó
Ple1stocênico
Rio Pacajá
1
Ever~o do
Ped1plano
Pleistocênico
·--- Jl\1~1 J;-H \J\ ~:.~~.-Jf.-,~)
FIGURA 5
SA. Maraconai
Pedi plano
Pleistocênico Planalto de Maracanaquara Rio Amazonas
Rio lriri
I
Áreas de Eversão Pediplano. Pliocênico Serra \Rio Amazonas Áreas de Eversão·
do Pediplano . . \ • . Parauaquara ( Pediplano Rio Gua1ará Pediplano Pleistocênico do Pediplano
Pleistocênico I !'.~!r:>!~~~-~}~ 1_s;f~~~~~~-- _,l_ _ Pleistocênico ___ L Pleistocênico
>JHIO\JJHSIIl!,lllJll ' •
FIGURAS
Rio de
Ba(a de Breves Rio .
Furo do Portei "Ba(a do Ba(a do \ Rio Guajará R1o
Rio Jaranaçu Rio Xingu Bafa de Pracal Pacajal ~ Melgaço Melgaço \Curuacá ( Mutuacá
o 10 20 30 40 50 60 km
I I I I I I I
FIGURA 7- HIERARQUIA DA DRENAGEM
~ R"'\1
~
HOLOCENO
D FORMAÇÃO
BARREIRAS
PALEOZÓICO f:
~ PRÉ-CAMBIANO
o 5 10 15 20 25km
I I I I I I
11/32
FIGURA 8 - ESBOÇO ESTRUTURAL DA FOZ DO AMAZONAS
MARAJÓ
11/33
5. RESUMO
11/34
6. BIBLIOGRAFIA
5. AB'SÁBER, A.N. Regiões de circundesnu- 11. BOAVENTURA, R.S.; BARBOSA, G.; PIN-
dação pós-cretácea no planalto brasileiro. 8. TO, M.N. Geomorfologia da ··')Ih< SB.22
Paulista Geogr., São Paulo, 1, 1949. 21 p. Araguaia e parte da folha SC.22 Tocantins.
In: BRASIL. Departamento Nacional da
6. ALMEIDA, F.F.M. de Origem e evolução da Produção Mineral. Projeto Radam. Folha
plataforma brasileira. 8. Div. Geol. Mineralo- S8.22 Araguaia e parte da Folha SC.22
gia, Rio de Janeiro, 241, 1967.36 p. il. Tocantins. R io de Janeiro, 1973. (Levanta-
mento de Recursos Naturais, 4).
7. ANDRADE, C.A.C. de & CUNHA, F.M.B.
da Revisão geológica da bacia paleozóica do 12. DERRUAU, M. Précis de géomorphologie. 5.
Amazonas. In: CONGRESSO BRASILEIRO ed. Paris, Masson, 1967.415p. il.
DE GEOLOGIA, 259, São Paulo, 1971.
Anais ... São Paulo, Sociedade Brasileira de 13. Ml LLIMAN, J.D. et ali i. Sedimentos superfi-
Geologia, 1971. v. 3 p. 93-112. ciais da margem continental brasileira. t n:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLO-
8. BARBOSA, G.V.; BOAVENTURA, R.S.; GIA, 26Ç), Belém, 1972. Resumo dascomu-
Pl NTO, M.N. Geomorfologia de parte das nicações. Simpósio. Belém, Sociedade Br"a-
folhas SC.23 Rio São Francisco e SC.24 sileira de Geologia, 1972. 100 p. (Boletim,
Aracaju. In: BRASIL. Departamento Nacio- 2) p. 36~38.
nal da Produção Mineral. Projeto Radam.
Parte das folhas SC.23 Rio São Francisco e 14. MOREIRA, A.A.N. Cartas· geomorfológi -
SC.24 Aracaju. Rio de Janeiro, 1973. (Le- cas.Geomorfologia, São Paulo, 5, 1969.
vantamento de Recursos Naturais, 1). 11 p.
11/35
15. SCHALLER, H.; VASCONCELOS, D.N.;
CASTRO, J.C. Estratigrafia preliminar da
bacia sedimentar da foz do Amazonas. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLO-
GIA, 25Sl, São Pau lo, 1971. Anais ... São
Paulo, Sociedade Brasileira de Geologia,
1971. v. 3 p. 189-202.
11/36
ESTAMPA N'? 1
Imagem da Garganta da Supe-
rimposição do rio Jari. (Folha
SA.22-V-A Monte Dourado).
As modificações de curso do
rio Jan ao atravessar estrutu-
ras, por supenmposição, são
comuns em quase todos os
grandes rios. O escarpamento
do tipo falésia tropical marca
o contacto da Depressão Peri·
férica do Norte do Pará disse-
cada ao norte e os restos do
Pediplano Pliocênico na parte
sul.
ESTAMPA Nl? 2
Imagem dos "Furos" de Breves. (Folha SA.22· X·C Portei.) Sedimentação holocênica
bloqueando ~onas de afogamento na bala do Portei, localizada à esquerda. Numerosos "furos"
criam uma di sposição deltaica na "baía" das Bocas.
ESTAMPA N93
Imagem d os Tipos de Leitos Fluviais. (Folha SA.22·Y·A Almeirim). Confluência do "furo" do
Jurupari indo de W· E c om o rio Jarauçu. O nlvel de pediplanação está nltido nas partes altas.
Dentro deste pediplano encaixou -se um vale pedimentado. A fase de morfogênese Clmida
posterior está representada por val es de fundo chato no rio Jarauçu e pela incisão de canais no
fundo dos vales pedimentados e nos rebordos do pediplano.
ESTAMPA N~ 4
Imagem do rio X ingu. (Folha SA.22·Y·D Altam ira) No ângulo superior direito aparecem
rebordos da Formação Barreiras do Planalto Rebaixado da Amazônia em contacto com a
Depressão Periférica do sul do Parã em te rrenos pré-cambrianos que ocupam a parte inferior da
imagem. A extrema adaptação do rio Xingu às orientações estruturais marcam a região de mlcto
do afogamento criado pela transgressão Flandriana. A linha retilinizada é a rodovia
Transamazônica. .
ESTAMPA NC? 5
Imagem do Delta de Colmatagem do Rio Jarauçu. (Folha SA.22·V-D Gurup6) Em negro a " ria"
do rio Xingu . Sau afluente, rio Jarauçu , desenvolve um processo de colmatagem em forma de
delta com o canal central recurvado no sentido do escoamento das flgua.s d o Xingu. Os canais
laterais são n Itidos e as diferenças de tons mostram os "slikke" e "schorre". Os deltas fluviais
internos não são raros como processo de colmatagem da planlcíe Amazônica.
FOTO 1
Escarpamento Tipo Falésia
Tropical. {Folha de Monte
Dourado). A superffcie de to·
po na serra de Maracanaquara
corresponde ao nlvel do Pedi-
plano Pliocêníco conservado.
O aplainamento faz contato
com a área dissecada do mes-
mo Pediplano por uma escarpa
erôsiva arenltica, festonada,
em sedimentos paleozbicos.
FOTO 2
Detalhe da Falésia Tropical.
Folha de Monte Dourado. Na
serra de Maracanaquara os fes·
tonamentos da borda do pla-
nalto são dissimulados pela
densa cobertura de floresta.
Grande espessura do pacote
sedimentar.
. FOTO 3
Cachoeira de Sanro Antonio.
(Folha de Monte Dourado). O
rio Jari é superimposto à serra
de Maracanaquara formando
inúmeras corredeiras quando
penetra na faixa dos sedimen-
tos Paleozóico~ A cachoeira
de Santo Antonio atravessa
derrame basáltico o que lhe dâ
forma de anfiteatro para onde
converge um dos canais do rio.
FOT04
Pediplano Pleistocênico. Folha de Médio Capim. Extenso nível da pediplanação pleistocênica. O
rio Capim está encaixado formando terraços de 5 a 6 metros.
FOTO 5
Áreas Arenlticas Inundáveis. Folha de Cametá. " Paleoplayas" c om vegetação baixa, onde o
fundo arenoso dificu lta a colonização florestal.
FOT06
Áreas Arenosas Inundáveis. Folha de Cametã. Notar a floresta isolada por elevações sobre o
fundo das "paleoplayas" com vegetação rasteira. Notar os pequenos canais de exsudação
correndo sobre areia.
FOTO 7
Contato Pediplano Pleistocêni-
c o e Planície Amazônica. Fo-
lha de rio Jarauçu . O contato é
definido pela cobertura vege-
tal: a plan fcie apresenta gra-
míneas e vegetação arbust: a
de pequeno porte, o pediplano
é recoberto pela floresta den-
sa.
FOTOS
Falésia no rio Xingu. Folha de
Senador José Porfírio. O rio
Xingu forma falésias na For-
mação Barreiras em decorrên-
cia de seu afogamento. O es-
carpamento é abrupto sem co-
bertura vegetal. Estratificação
horizontalizada da Formação
Barre iras, cortada pelo n ivel
pôs-Barreiras .
FOT09
Detalhe da falésia do Rio Xin-
.gu. Folha de Senador José
Porfírio. A foto mostra o afo-
gamento do Rio Xingu resul-
tando em falésia. Uma faixa
muito estreita de praia pode
ser observada no sopé do es-
carpamento que apresenta des-
lizamento. A floresta densa
cobre toda a superfície aplai-
nada.
FOTO 10
Delta do rio Jarauçu. Folha de
Gurupã. Forma de delta fluvial
interno no rio Jarauçu que
desemboca na "ria" do Xingu.
O canal central apresenta o
avanço da colmatagem.
FOTO 11
Detalhe do Delta do Jarauçu.
Folha de Gurupã. O avanço da
colmatagem mostra a forma de
delta, com canais laterais. Ve·
getação densa no contato dos
sedimentos com o rio Xingu e
colmatagem interna coberta
por gram lneas.
FOTO 12
Vale de Fundo Chato. Folha
de Senador José Porfirio. No
Planalto Tapajós-Xingu e no
Planalto Setentrional Pará·
-Maranhão aparecem vales de
fundo chato como mostra este
pequeno afluente do rio Xin·
gu. A forma do fundo chato
está recortada no aplainamen·
to. O encaixamento do canal
no fundo deixa pequenos ter·
r aços.
FOTO 13
Vales Co/matados. Folha de
Senador José Porflrio. O con-
traste n Itido de vegetação
mostra um vale de fundo cha-
to já colmatado, permanecen-
do o rebordo em contato com
a superfície pediplanada.
FOTO 14
Vale de Fundo Cha to Colma·
tado. Folha de rio Jarauçu.
Como prosseguimento do pro-
cesso de colmatagem nos vales
de fundo chato, os canais flu-
viais podem meandrar e deixar
pequenas lagoas de inundação.
Os rebordos festonados fazem ,
pela vegetação, os limites com
o Pediplano Pleistocênico.
FOTO 15
Ilhas no Rio Xingu. Folha de
Senador José Porfírio. Ilhas no
rio Xingu, inundâveis, consti·
tu ídas de sedimentos recentes
mostram o trecho de estrangu-
lamento do rio marcando o
limite da influência da trans-
gressão flandrina que gerou a
"ria" do Xingu .
FOTO 16
"Furos" de Breves. Folha de
Portei. Observa-se o ·sistema
complexo de "furos" que ca-
racteriza a região de Breves.
Um "furo" maior em primeiro
plano e no fundo da foto
pequenos canais ligados ao ca-
nal maior. Estes "furos" cor-
tam uma planfcie extensa e
baixos terraços, e definem um
processo duplo de colmatagem
de alguns e abertura de outros.
FOTO 17
Processo de Colmatagem no
rio Amazonas - I. A seqüência
das fotos de nómeros 17 a 23
tiradas em áreas diferentes da
Folha de Almeirim, mostra as
várias fases de·colmatagem das
áreas marginais. Na foto o
aspecto característico com a
floresta densa ocupando o 1?
plano e os depósitos lineares
paralelos ao fundo.
FOTO 18
Processo de Colmatagflm no
rio Amazonas - 11. O "para·
ná" que aparece no centro
originou as depo.sições lineares
laterais paralelas com vegeta-
ção mais alta represando pe-
q uenas lagoas inundáveis mar-
ginadas por vegetação mais
baixa pioneira.
..
FOTO 19
Processo de Colmatagem no
Rio Am<Jzonas - 111. Oep6si·
tos lineares são recurvados ou
transversais na embocadura de
"paranás" com o rio Amazo·
nas.
FOTO 20
Processo de Colm.at<Jgem no
rio Amazonas IV. Os diferen·
tes. tipos de vegetaÇão indicam
o avanço da colmatagem desde'
o "paraná" até as partes mar·
ginais. O mecanismo é o mesmo
"slikke" e "schorre" nas áreas
pantanosas litorâneas.
FOTO 21
Processo de Cofmatagem no
rio Amazonas - V. Quando a
colmatagem avança, os depô·
sitos lineares marcados pela
vegetação arbórea são entulha-
dos permitindo à zona de
"slikke" um revestimento de
gram lneas mais ex1ensivo.
FOTO 22
Processo de Cofmatagem no
rio Amazonas - VI. Fase mais
avançada que a anterior com
árvores controlando o curso
do canal. Nas partes marginais
a vegetação baixa em colmata·
gem.
FOTO 23
Processo de colmatagem no
Rio Amazonas - VIl. A vege·
tação arbórea já está coloni-
zando áreas ainda em colmata-
gem, mas isolando um lago
residual.
FOTO 24
Planície co/matada com lagoas. Folha de Soure. A colmatagem na Ilha de Maraj6 segue o
proces·s o geral guiado pela vegetação. As· depressões endorreicas inundáveis são invadidas por
vegetação pioneira baixa que precede a cobertura arbustiva e arbórea dos terrenos mais firmes.
FOTO 25
Deposições Lineares. Folha de Soure. Canais anastom0$ados em diferentes fases de colmatagem
marcados pela vegetação.
FOTO 26
Planície Colmarada Inundada. Folha de Soure. Zona de contato entre o Pediplano Pleistocênico
ao fundo, coberto por floresta densa com áreas de progressiva colonização caracterizada por
escoamento insuficiente das águas de chuva.
FOTO 27
Margem do Lago Arari. Folha de Soure. A variação do nlvel das ãguas gera uma área de
colon ização temporária de vegetação pelo processo "slikke" e "schorre".
SOLOS
LEVANTAMENTO EXPLORATORIO DE SOLOS DA FOLHA SA.22 BELI:M
AUTORES:
PARTICIPANTES:
AIRTON LUIZ DE CARVALHO
CARLOS DUVAL BACELAR VIANA
HUGO ROESSING
JAIME PIRES NEVES FILHO
JOAO SOUZA MARTINS
JOÃO VIANA ARAUJO
JOS~ ADOLFO BARRETO DE CASTRO
JOS~ SILVA ROSATELLI
MANOEL FAUSTINO NETO
MARIO PESTANA DE ARAUJO
NELSON MATOS SERRUYA
RAIMUNDO CARVALHO FILHO
SERGIO SOMMER.
AGRADECIMENTOS
111/2
SUMARIO
ABSTRACT 111/7
1. INTRODUÇÃO 111/9
5. LEGENDA 111/90
111/3
8. APTIDÃO AGRfCOLA 111/110
8.1. Condições Agrfcolas dos solos e seus ·graus de limitações 111/11 O
8.2. Sistemas de Manejo Adotados 111/116
8.21. Sistema de Manejo Primitivo e Classes de Aptidão Agrfcola 111/116
8.2.2. Sistema de Manejo Desenvolvido e Classes de Aptidão Agrfcola 111/118
111/4
TABU A DE I LUSTRAÇOES
MAPAS
Exploratório de Solos (em envelope anexo)
De Aptidão Agrícola dos Solos (em envelope anexo)
QUADRO
Quadro dos Balanços Hídricos 111/21
FIGURAS
1. Classificação de Koppen 111/14
2. Temperatura média anual 111/14
3. Precipitação total anual 111/15
FOTOS
1. Perfil de Latossolo Amarelo Distrófico textura média
2. Perfil de Solo Concrecionário Laterítico Distrófico
3. Perfil de Podzol Hidromórfico
4. Perfil de Terra Roxa Estruturada Eutrófica textura argilosa
5. Perfil de Laterita Hidromórfica Distrófica fase húmica
6. Perfil de Laterita Hidromórfica Distrófica fase arenosa
7. Panorâmica de relevo ondulado. Area de Terra Roxa Estruturada Eutrófica
8. Panorâmica de relevo ondulado. Área de Podzólico Vermelho Amarelo
9. Panorâmica dos Campos da ilha de Maraj6. Área de Laterita Hidromórfica
10. Panorâmica dos Campos da ilha de Marajó. Área de Solos Hidromórficos
Indiscriminados
11. Panorâmica de área de Podzol Hidromórfico
12. Panorâmica de área de Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa relevo suave
ondulado
13. Panorâmica de área de Solo Concrecionário Laterítico Distrófico relevo ondulado
14. Queimada em floresta. Solo Podzólico Vermelho Amarelo
111/5
ABSTRACT
Present work concerns with the Exploratory Survey of Soi/s and Classifica-
tion of Agricultura/ Suitability of Soils performed over an area of about
284.780 square kilometers in Northern Brazil, within latitudes 00900' and
04900' sauth and.Jongitudes48900 and 54900' WGr.
The purpose of the work to study the different types of soils, their
identification, geographic distribution, and investigation of their morpho-
Jogical, physica/ and chemical characteristics.
Further to the description of the taxonomic and of the mapped units, are
characterized the re/ief, morphology, climate, geology and vegetation of the
region under study.
Enclosed are presented the Exploratory Map of Soils and the Map of
Agricultura/ Suitability of Soils in 1:1.000.000 sca/e.
lll/7
1. INTRODUÇÃO
111/9
2. DESCRIÇÃO GERAL DA ÁREA
111/10
1:250.000 de Monte Dourado, onde tem feições mente até o rio. As faixas de praia são muito
típicas de bordo erosivo de bacia sedimentar: estreitas e descontínuas no sopé do escarpa-
uma grande escarpa voltada para NW, talhada em menta. As baías de Caxiuana, Portei e Melgaço
arenitos com os topos cortados por aplaina- são lagos de barragem fluvial em grandes dimen-
mento. Os rios Jari e Paru cortam o planalto em sões interligados por "furos".
direção NW-SE, através de profundas gargantas
epigênicas. O planalto cai bruscamente em dire- Na região do Tocantins os terraços são dissimu-
ção à calha do Amazonas enquanto que na folha lados por pedimentos e só em alguns trechos foi
a 1 :250.000 de Mazagão rebaixa gradativamente possível mapeá-los.
no sentido W-E.
Na margem esquerda do Tocantins aparecem
O planalto da bacia sedimentar do Amazonas algumas áreas ilhadas, deprimidas apresentado
está compreendido na sua maior extensão no depósitos arenosos, sujeitas à inundação, cober-
"domfnio morfoclimático dos planaltos, planal- tas por vegetação pioneira.
tos amazônicos rebaixados e dissecados e das
áreas colinosas e planícies revestidas por floresta Na Ilha de Marajó o pediplano pleistocênico
densa". Abrange também uma parte da "faixa de abrange o centro-sul limitado nitidamente no E
transição de domínios morfoclimáticos em pla- com a planície colmatada e a W com os baixos
naltos, planaltos rebaixados revestidos por flo- terraços e áreas em colmatagem. A cobertura
resta densa, floresta aberta mista e cerrado". vegetal é a floresta densa e a superfície é
conservada sendo cortada pela intrincada rede de
drenagem constituída de furos e igarapés.
4) Planalto Rebaixado da Amazônia{do Baixo
Amazonas) Toda a extensão do pediplano pleistocênico está
incluída no "domínio morfoclimático dos pla-
Esta unidade abrange a maior parte da área naltos amazônicos rebaixados e dissecados das
mapeada. É a extensa superfície do pediplano áreas colinosas e planícies revestidas por floresta
pleistocênico que se limita nas margens do rio densa".
com a planície amazônica; ao sul com a depres-
são Periférica do sul do Pará e ao norte com o
planalto da bacia sedimentar do Amazonas. Tem 5) Depressão Periférica do Sul do Pará
proporções e características distintas nos bordos.
À margem esquerda do Amazonas a dissecação A maior extensão desta unidade ocorre na folha
resultou formas bem mais onduladas que no sul, SB.22 Araguaia e parte da folha SC.22 Tocantins
onde a superfície é mais conservada. Aí os descrito em relatório por Boaventura ( 1973).
patamares ocupam uma área restrita no contato
com a depressão periférica e ao norte o escalona- Na foi ha SA.22 Belém a Depressão Periférica do
mento vem até próximo ao rio. Relevos residuais Su I do Pará abrange as folhas de Ilha Grande do
tabu lares topograficamente elevados corres- lriri, Altamira e Tucuruí. Faz parte da faixa de
pendem às serras de Paranaquara, Jutaí, Alme- circundesnudação resultante de processos ero-
rim, Acapuzal e Areião que foram englobados sivos pós-pliocênicos na periferia das bacias
como Planalto Rebaixado pela descontinuidade paleozóicas do Piauí-Maranhão e do Amazonas.
especial e pela área restrita que ocupam.
A SE da folha a 1:250.000 de Ilha Grande do
O rio Xingu apresenta falésias com escarpa- lriri, onde a depressão está mais caracterizada,
mentes abruptos e a floresta chega eventual- pode-se constatar ainda a existência de áreas do
111/11
pedi pIano pleistocênico mais conservadas, com corredeiras e cachoeiras, principalmente a
caindo em direção ao Xingue ao lriri montante das gargantas.
A dissecação fluvial no pediplano originou vales A depressão periférica do norte do Pará está
encaixados em grandes áreas, dando relevos incluída no "domínio morfoclimático dos pla-
definidos como colinas de topo aplainado, onde naltos amazônicos rebaixados ou dissecados das
observa-se a existência de "inselbergs", geral- áreas colinosas e planícies revestidas por floresta
mente remodelados por morfogênese úmida, densa".
sendo mais bem caracterizados nà folha a
1:250.000 de Tucuruí.
7) Planície Amazônica
Este nível das colinas de topo aplainado, geral-
mente elaborados em rochas pré-cambrianas, A planície amazônica como unidade de relevo é
estende-se até o "front" dissimulado, desdo- uma faixa nas duas margens do Amazonas
brado e descontínuo de um relevo de "cuesta" alargando-se na região da foz nas inúmeras ilhas
com altitudes em torno de 100 m. Apresenta inclusive Marajá. Tem características bem distin-
ainda um nível de colinas mais alto com dre- tas não comparáveis a nenhuma outra área de
nagem encaixada, elaboradas em rochas pré-cam- planície no que diz respeito à particularidade e
brianas. Na folha de Tucuru í estão as maiores diversidade de feições que apresenta. Um emara-
áreas deste nível. nhado de canais rr.centes, paleocanais, "furos",
"igarapés", "paranás", meandros abandonados,
A depressão per i fé rica do su I do Pará perten- lagos, marcam um complexo misto de terra e
cente a "faixa de transição de domínios morto- água em evolução atual.
climáticos em planaltos, depressões e colinas
revestidos por floresta aberta mista". A planície tem partes SUJeitas a inundações
periódicas quer seja de chuvas ou das cheias do
rio. A inundação é um dos elementos que
6) Depressão Periférica do Norte do Pará possibilita a sedimentação recente de uma
grande área contribuindo também para a colo-
Esta unidade de relevo mapeada na parte NW da nização da vegetação através das formações
folha SA.22 Belém tem na folha a 1 .250 000 de pioneiras. Os canais marcam a orientação da
Monte Dourado sua maior área. Ela irá se sedimentação e os diques marginais são os
estender no mapeamento das áreas vizinhas reflexos do último evento de todo um processo
configurando assim uma faixa de circundesnu- da sedimentação. Algumas áreas alagadas geral-
dação pós-Barreiras na periferia norte da bacia mente são as que concentram maior número de
sedimentar do Amazonas. Apresenta-se dissecada lagoas. Não possuem urna rede de canais para
em colinas elaboradas geralmente em rochas promover o escoamento e têrn cobertura gra-
pré-cambrianas com altitudes em torno de rninosa rala.
150m. Assim como na depressão do sul do Pará,
um nível mais alto de colinas com drenagem As áreas da planície amazon1ca já colrnéltadas
encaixada ocupa grandes extensões desta uni- por sedimentos holocênicos têrn em Marajá sua
dade. É cortado por cristas com orientação maior extensão. Na folha a 1 :250.000 de Soure
NW-SE, cujos topos estão cortados por aplaina- identifica-se a planície fluvial colrnatada corn
mento, seccionado por gargantas de superimpo- inúmeras lagoas sujeitas a inundações pluviais.
sição como a do rio Paru na serra de Cuiapocu. Nos vales que cortam a planície nota-se uma
Os rios Jari e Paru apresentam vários trechos vegetação arbustiva quando na maior extensão a
111/12
vegetação é só de gramíneas. O lago Ara ri tem com o inverno e tem pelo menos um mês com
áreas bem marcadas de influência dando origem uma altura de chuva inferior a 60 mm. Aqui as
a zonas de "slikke" e "schorre" alinhadas e níti- temperaturas seguem um regime semelhante ao
das. Os paleocanais ao norte de Marajá têm do tipo Af, sendo que a amplitude das tempe-
formas de meandros e são identificados também raturas médias mensais se mantém abaixo de
na Ilha Mexiana. A faixa oeste de Marajá nas 12oc.
folhas a 1 250.000 de Mazagão e na folha a
1 250.000 de Gurupá, apresenta um nível de Amw' - O clima Am, com chuvas do tipo
baixos terraços e áreas em colmatagem cortadas monção, isto é, quando apesar de oferecer uma
por "furos" e "igarapés". Destacam-se ainda estação seca de pequena duração, possui umida-
nesta planície numerosos lagos de barragem que de suficiente para alimentar a floresta do tipo
são encontrados na folha a 1.250.000 de Gu- tropical. O tipo Am é intermediário a Af e Aw,
rupá. Esta faixa da planície amazônica já é uma parecendo-se com Af no regime de temperatura
área de terrenos fixados que possibilitou a e com Aw no de chuvas. A altura da chuva no
instalação da floresta densa. Desta forma, dois mês mais seco é tanto para Am como para Aw
são os domínios coincidentes com a larga faixa inferior a 60 mm Assim é que a distinção entre
da planície amazônica "domínio morfoclimá- ambos foi feita pelo valor limite w' correspon-
tico das planícies inundáveis recobertas por dente às maiores quedas pluviométricas proces-
campos e domínios morfoclimático dos planal- sadas no outono.
tos amazônicos ou dissecados, das áreas coli-
nosas e planícies revestidas por floresta densa. 2.3.2. -Classificação de Gaussen- Funda-
menta-se esta classificação no ritmo das tempe-
raturas e das precipitações durante o ano. São
2.3. Clima utilizadas médias mensais e considerados os
estados favoráveis ou desfavoráveis à vegetação,
O estudo climático da área foi feito com base em em regra, os períodos secos e úmidos, quentes e
duas classificações já consagradas l<oppen e frios, dando maior ênfase ao período seco que é
Gaussen. considerado fator essencial do bioclima. A deter-
minação do período seco é feito através dos
2.3.1. Classificação de Koppen - A área com- gráficos ombroté:micos, sendo a intensidade da
preende a zona climática A (tropical chuvoso), seca definida pelo índice xerotérmico, o qual
com os seguintes tipos e variedades climáticas, além da temperatura e precipitação considera a
Af, Aw e Amw' (Figs. 1, 2 e 3), significando umidade atmosférica em todas as suas formas,
inclusive o orvalho e nevoeiro que são definidos
Af- Corresponde ao clima tropical de floresta, como fração da precipitação.
constantemente úmido, onde a pluviosidade no
mês mais seco deve atingir no mínimo 60 mm. De acordo com os dados coligidos através das
Neste tipo de clima, tanto a temperatura como a estações meteorológicas de Belém, Breves, Porto
precipitação sofrem um mínimo de variação de Moz, Soure, Tomé-Açu, Marabá, Altamira e
anual e mantém-se em nível algo elevado. As Cametá, a área do presente levantamento enqua-
amplitudes médias anuais de temperatura não dra-se nos climas térmicos, que incluem a
ultrapassam 50 C. transição xeroqu imênica para xerotérica e, a
subclasse termaxérica (curva ombrotérmica sem
Aw- Este clima é o das savanas tropicais, com período seco), com o Grupo Eutermaxérico
verão úmido e inverno seco. Indica que possui (temperatura do mês mais frio> 200C.).
uma estação seca bem acentuada coincidindo
111/13
CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN CARTA GERAL.
(Atlas ClimatoiÓgíco do Brasil)
,
FIG. 1 - TIPOS DE CLIMA SEGUNDO KOPPEN, DA AREA EM ESTUDO.
,
FIG. 2 - TEMPERATURAS MEDIAS ANUAIS PARA A AREA EM ESTUDO.
111/14
PRECIPITACAO TOTAL ANUAL
(Atlas ClimatolÓgico do Brasil)
o
"'1'-
750
111/15
Clima Xeroquimênico. É um clima tropical de a) Em Marabá, caracterizada pelas florestas den-
monção, caracterizado por um período seco na sa e aberta pelas áreas metassedimentares e
estação, menos quente (inverno) e por um sedimentares dos altos platôs.
período. úmido bem acentuado, nitidamente
marcado por chuvas torrenciais, na estação b) Em Tomé-Açu, caracterizada pela floresta
quente (verão). Esta subclasse apresenta na folha densa das áreas sedimentares dos baixos platôs, e
em questão, o Subgrupo Termoxeroquimênico pequenas manchas de vegetação de 'Cerrado;
Atenuado representado pela estação do Marabá.
c) Em Belém, caracterizada pela floresta densa
Clima Xeroquimênico em transição para Xero- dos baixos platôs do Terciário;
térico. É um clima tropical de monção, caracte-
rizado por um período seco na primavera e um d) Em Soure, caracterizada pela vegetação do
período úmido bem acentuado e nitidamente cerrado, formações pioneiras e pequenos nú-
marcado por chuvas torrenciais no fim do verão. cleos de floresta densa das áreas alagadas perma-
Esta subclasse climática apresenta o Grupo nentemente, e periodicamente inundadas, que
Termoxeroquimênico Atenuado (3,5 a 4 meses ocupam diferentes níveis de terraços observados
secos) em transição para Mesoxerotérico. na Ilha de Marajó.
O desenvolvi menta deste item baseou-se no A ocorrência desta formação restringe-se a uma
mapa geológico do Projeto RADAM, que se pequena faixa diagonalmente situada a sudoeste
apresenta como segue: da área.
111/17
SI LU R I A NO-DEVON I ANO- Formação 2.5.1. CERRADO -É predominantemente, uma
Penatecaua -Apresenta como componentes classe de formação dos climas quentes úmidos,
rochas básicas: basaltos e diabásios. com chuvas torrenciais bem demarcadas e perío-
dos secos. Caracterizada sobretudo por árvores
Sua ocorrência situa-se a sudoeste de Altamira, · tortuosas, de grandes folhas raramente deciduais,
localidade de Medicilândia, em superfície estrei- bem como por formas biológicas adaptadas aos
ta e alongada, orientada no sentido sudoeste- solos deficientes, profundos e aluminizados (AL-
nordeste. VIM et alii, ARENS; GOODLAND.).
111/18
Dentro da classe de Formação cerrado, fazendo Na área, a floresta aberta apresenta-se com duas
parte da paisagem regional, encontram-se não ra- fisionomias ecológicas:
ras vezes, serpenteando os talvegues dos vales,
por onde correm perenes cursos d'água, refúgios a) Floresta latifoliada (Cipoal) - É uma Forma-
florestais autóctones, cujas espécies arbóreas me- ção arbórea total ou parcialmente envolvida por
sofoliadas, eretas, relativamente altas e finas, for- lianas, cujas feições, ditadas pela topografia,
mam densas galerias. mostram néls áreas aplainadas uma fisionomia
florestal bastante aberta, de baixa altura (excep-
Nessas condições, a floresta-de-galeria é um refú- cionalmente ultrapassando os 20 metros) e com-
gio florestal situado ao longo dos córregos da pletamente coberta por lianas lenhosas. Já nas
região do cerrado. áreas mais acidentadas, com estreitos vales ocu-
pados pelo babaçú e largas encostas cobertas
2.5.2. FORMAÇÃO PIONEIRAS- São as pri- pelo cipoal, as árvores são mais altas e mais den-
me iras fases do estágio sucessório nas regiões samente distribuídas, embora as lianas con-
ecológicas. tinuem a envolver maior parte da floresta. Nesta
feição, as poucas árvores realmente de porte
No presente caso, trata-se de dois tipos de área: estão afastadas umas das outras, e os cipós que
uma de influência marinha e outra de influência as envolvem misturam-se com os galhos daque-
fluvial. las, ficando pendentes num emaranhado de gros-
sos elementos sarmentosos. Advém daí a desig-
a) As áreas de influência marinha são constituí- nação de "cipoal",ou "mata de cipó", que aqui
das por uma vegetação litorânea de mangue, cu- se generalizou pará todas as fisionomiás, floresta
jas árvores têm pneumatóforos e raízes aéreas. aberta, de portes os mais variados, com profusão
de lianas.
b) As áreas de influência fluvial são caracteri-
zadas pelos conhecidos "campos de Marajá", e O "cipoal" constitui um anticlímax de evidên-
outros ao longo dos grandes rios, que apre- cias bioclimáticas ligada à provável flutuação cli-
sentam problema de hidromorfismo. mática mais seca (VELOSO et alii).
Estes campos graminosos, mantidos pelas cheias b) Floresta mista (Cocal)- É uma Formação
periódicas dos rios que divagam por numerosos mista de palmeiras e árvores latifoliadas sempre-
cursos d'água temporários, controlados pelas -verdes bem espaçadas, de altura bastante irre-
alté;ls marés que barram as águas dos maiores rios gular, apresentando grupamentos de babaçu nos
em suas embocaduras, estão, pela colmatagem vales rasos e concentração de latifoliadas deci-
em lençol, sendo substituído pela vegetação le- duais nos testemunhos quartz íticos das super-
n hosa já desenvolvida nas partes ligeiramente fícies aplainadas.
mais elevadas.
2.5.4. FLORESTA DENSA- É uma classe de
2.5.3. FLORESTA ABERTA- É predominan- Formação que, na grande região amazônica pode
temente, uma classe de formação dos climas ser considerada sinônimo da floresta ombrófila
quentes úmidos, com chuvas torrenciais bem de- tropical (conhecida também como pluvisilva,
marcadas por curto período seco. Caracteriza-se floresta tropical chuvosa, etc.)
sobretudo por grandes árvores bastante espa-
çadas, com freqüentes grupamentos de palmeiras Assim, a floresta densa dos climas quentes úmi-
e enorme quantidade de fanerófitas sarmentosas, dos e superúmidos, com acentuada diminuição
que envolve as árvores e cobrem o estrato in- das chuvas em determinadas épocas do ano, é
ferior.
111/19
caracterizada sobretudo por suas grandes ár- A cobertura florestal dessas áreas varia bastante
vores, por vezes com mais de 50 metros de em estrutura: é baixa (de 10 a 15 metros) nas
altura, que sobressaem no estrato arbóreo uni- cadeias de montanhas, pouco mais altas nos ou-
forme, entre 25 e 35 metros de altura. teiros (não mais de 20 metros) e bem pujante
(25 ou mais metros) nos interflúvios.
Esta subclasse de floresta, de acordo com a sua
distribuição espacial, diversifica-se em variações 2.5.5. FLORESTA SECUNDÁRIA-É uma
fisionômicas refletidas pela posição topográ- Formação proveniente da devastação da floresta,
fica que ocorre muitas vezes caracterizando-se por processos que vão desde o arrasamento da
por espécies autóctones dominantes. área para o estabelecimento da agricultura até a
retirada das árvores de valor econômico.
a) Floresta ombrófila aluvíal -É o Grupo de
Formação das áreas quaternárias aluviais, influ- Quando a floresta é arrasada e o terreno abando-
enciadas ou não pelas cheias dos rios; de estru- nado, ocorre a regeneração natural, em princípio
tura complexa, rica em palmeiras (como o aça í- com ervas e arbustos hei iófi los de larga distribui-
-Euterpe spp., e buritirana- Mauritia aculeata) e ção. Não havendo novas derrubadas, a capoeira
outras plantas rosuladas (como Heliconia). A flo- acaba dominada por arbustos grandes, árvores e
resta contém árvores emergentes providas de sa- palmeiras de rápido crescimento, que nascem de
popemas e com o tronco afunilado ou em forma sementes dispersas no terreno ou oriundas de
de botija (como é o caso da sumaumeira (Ceiba florestas vizinhas. O capoeirão, após alguns anos,
pentandra, Gaerthn). vai-se assemelhando à floresta primitiva, porém
nunca chega a se igualar com ela.
b) Floresta ombrófila dos platôs- É o Grupo
de Formação das áreas sedimentares altas ou bai- Quando a floresta que foi arrasada sofre queima-
xas. A estrutura da floresta é bastante uniforme, das, a maioria dos troncos e sementes morrem,
composta de árvores grossas e bem altas, sem ficando o solo modificado e prejudicado pelo
palmeiras e com raras lianas. Floresta de altitude fogo. A capoeira se reduz a espécies esclerófi las,
muitas vezes superior a 50 metros, possui grande tornando-se bem mais lenta a sucessão, e per-
número de emergentes, caracterizada sempre por manece anos nesse estado.
um ou dois dominantes. Não tem estrato arbus-
tivo, e as plantas de baixo porte aí encontradas a) Capoeírão latifo/iado -c- Encontra-se esta ve-
são, em sua maior parte, árvores jovens, em cres- getação nas áreas desmatadas que sofreram quei-
cimento, resultantes de matrizes próximas. madas; em geral, com número reduzido de espé-
cies como a imbaúba (Cecropia spp.) e o lacre
c) Floresta ombrófíla submontana -É o Gru- (Vismia spp.).
po de Formação das áreas Pré-Cambrianas aplai-
nadas, com testemunhos. Esses testemunhos, de
altura relativamente baixa, constituem Grupos
em forma de outeiros e colinas, ou ainda mais
dissecados.
111/20
QUADRO DOS BALANÇOS HÍDRICOS SEGUNDO THORNTHWAITE E MATHER
BASEADOS EM DADOS TERMOPLUVIOMÉTRICOS.
MÊS JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANO
p 157.7 259.8 324.5 352.9 338.6 226.0 168.8 80.6 70.0 53.7 43.0 98.8 2174.4
EP 129.3 108.3 118.6 120.0 128.5 123.8 126.5 138.0 137.0 147.0 146.3 145.2 1568.5
ER 129.3 108.3 118.6 120.0 128.5 123.8 126.5 138.0 112.6 53 7 43.0 98.8 1301.1
ARM 28.4 100.0 100.0 100.0 100.0 100 o 10QO 42.6 o o o o 671.0
EXC o 79.9 205.9 232.9 210.1 102.2 42 3 o o o o o 873 3
OEF o o o o o o o o 24.4 93.3 103.3 46 4 267.4
Estação: Altamira - Pará Lat. 030 12' Long, 520 45' lm=+ 19
p 221.5 271,8 350.1 289.9 159.4 98.2 41.4 27.1 30.2 44.0 65.5 106.0 1705.1
EP 127.2 114.0 124 8 121.0 132.6 128.7 123.4 1380 136.0 144 9 141.1 142.0 1573.7
ER 127.2 114.0 124.8 121.0 132.6 128.7 110.9 27.1 30.2 44.0 65.5 106.0 1132.0
ARM 94.3 100.0 100.0 100.0 100.0 69.5 o o o o o o 563.8
EXC o 152.1 225.3 168.9 26.8 o o o o o o o 573 1
OEF o o o o o o 12.5 110.9 105.8 100.9 75.6 36.0 441 7
p 178.4 214.5 299.3 303.6 318.7 188.1 159.1 93.6 49.3 608 35 3 80.6 1981.3
EP 147.3 131.1 143.5 136.0 142.8 138.6 140.8 144.2 1430 151.2 151.4 151.6 1721.5
ER 147.3 131.1 143.5 136.0 142.8 138.6 140.8 144.2 98.7 60.8 35.3 80.6 1399.7
ARM 31.1 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 1000 49.4 o o o o 680.5
EXC o 14.5 155.8 167.6 175.9 49.5 18 3 o o o o o 581.6
OEF o o o o o o o o 44.3 90.4 116.1 71.0 321.8
p 317.2 413.4 436.3 382.0 264.5 163.9 160.3 113.0 118.7 105.7 94.4 200.7 2770 1
EP 127.2 112.1 122.7 121.0 128.5 124.7 127 5 129.8 126 o 136.5 139.0 137.8 1532.8
ER 127.2 112.1 122.7 121.0 128.5 124.7 127.5 129.8 126.0 136 5 139 o 137.8 1532,8
ARM 100.0 100.0 100.0 100.0 100 o 100.0 100 o 83.2 75 9 45.1 05 63.4 968,1
EXC 153.4 301.3 313.6 261.0 136.0 39.2 32.8 o o o o ·o 1237.3
DEF o o o o o o o o o o o o o
Estação: Igarapé Açu Pará Lat. 010 19' Long 470 37' lm =+ 83
p 252.7 334.4 482.6 351.7 269.9 209.7 158.3 142 9 57.8 35 8 24.8 46 8 2367.4
EP 118.7 99.0 106.1 102.0 110 2 102.0 105.1 108.2 111.0 1206 125.7 129.3 1337.9
ER 118.7 99.0 106.1 102 o 110 2 1020 105.1 108.2 111.0 82.6 24 8 46.8 1116.5
ARM 100.0 100.0 100.0 100.0 100 o 100.0 100 o 100 o 46 8 o o o 846.8
EXC 34.0 235.4 376.5 249.7 159.7 107.7 53.2 34 7 o o o o 1250.9
DEF o o o o o o o o o 38 o 100.9 82.5 221.4
p Precipitação pluviométrica
EP Evapotranspiração potencial
ER Evapotranspiração real
ARM Água armazenada
EXC Excesso d'água
DEF Deficiência d'água
111/21
3. METODOLOGIA E DEFINIÇÃO DO LE-
VANTAMENTO
111/22
abertas na mata. De uma maneira geral o exame tratara de acetato de cálcio a pH 7.0/7.1. Poste -
do perfil do solo e a coleta de amostras foram riormente com cloreto de potássio Na pH 7,0,
feitos com o auxílio do trado de caneco tipo foi extraído o alumínio. O hidrogênio foi obtido
"ORCHARD". Trincheiras também foram aber- por diferença.
tas em sedes de fazendas,.nas áreas de maior de-
senvolvimento e nos locais das sub-bases de ope- O sódio e o potássio trocáveis foram obtidos por
ração. fotometria de chama.
Durante os trabalhos de campo, quando foram O cálcio e o magnésio permutáveis foram deter-
procedidas as caracterizações morfológicas dos minados pela extração com cloreto de potássio
perfis de solos, foram anotados também caracte- N a pH 7,0' e dosados por complexometria con-
rísticas de relevo, material originário e vege- juntamente.- A seguir o cálcio foi dosado isolada-
tação, por serem de primordial importância no mente e o magnésio obtido por diferença.
delineamento das unidades de mapeamento. Fo-
ram descritos e coletados perfis representativos O pH foi determinado em água e em KCL na
das diversas unidades de solos, e amostras para a proporção 1 :1.
determinação de fertilidade.
O fósforo assimilável foi obtido por espectrome-
Como material básico de campo utilizaram-se có- tria de absorção, medindo a coloração azul de-
pias "off-set" de mosaicos semicontrolados de ra- senvolvida pela reação dos fosfatos do solo com
dar, na escala 1 :250.000. molibidato de amônia em presença de um sal de
bismuto catalisador.
Na descrição detalhada dos perfis adotou-se, de
uma maneira geral, as normas e definições cons- Do complexo de laterização, a sílica foi deter-
tantes do Soil Survey Manual e do Método de minada pela medição da absorbância da solução
Trabalho -de Campo da Sociedade Brasileira da azu I, obtida pela redução do ácido ascórbico
Ciência do Solo. com o complexo sílica-moi íbdico formado pela
ação do molibidato de amônia sobre o Si02 do
As determinações analíticas foram assim pro- solo.
cessadas:
O Al 2 0 3 e F~ 0 3 são extraídos com H2 S04
Para a análise mecânica foi empregado método d = 14%. O Fe1 0 3 é dosado por dicromato-
da pipeta usando-se NaOH N como agente dis- metria empregando-se o cloreto estranhoso
persar. como redutor. O Al 2 0 3 é determinado por com-
plexometria através de titulação indireta com o
O carbono orgânico foi determinado por oxida- emprego de solução de sulfato de zinco para rea-
ção com bicromato de K em meio ácido e o gir com o excesso Na2 - EDTA e detizona.
nitrogênio pelo método de Kjeldahl, semimicro,
utilizando-se o ácido bórico a 4% e titulando-se As análises para a avaliação da fertilidade dos
o hidróxido de amônia por alcalimetria. solos foram feitas pelos métodos do
"I nternational Soil Testing". Estação Experi-
O hidrogênio o alumínio permutáveis tiveram a mental Agrícola da Universidade Estadual de Ca-
sua determinação utilizando-se uma solução ex- rolina do Norte (Boi. Téc. n9 3).
111/23
4. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES TAXONO-
MICAS
11\/24
o horizonte B, geralmente dividido em B1, B2 e O horizonte C de profundidade desconhecida
B 3 possui profundidade média superior a apresenta-se geralmente mais leve que o anterior
160 em e coloração nos mesmos matizes do hori- e com coloração aproximadamente nos mesmos
zonte A, somente com cromas variando de 4 à 8 cromas e valores já descritos.
valores de 5 a 6. A textura pode variar desde
franco arenosa a muito argilosa e consistência de Como variação desta unidade deve ser citado o
friável a firme, de ligeiramente plástico à muito Latossolo Amarelo imperfeitamente drenado, in-
plástico e de ligeiramente pegajoso a muito pega- termediário para Laterita Hidromórficéi, encon-
joso. A estrutura mais comum é a maciça, po- trado em área de relevo plano, da Planície Ama-
dendo aparecer também a fraca pequena su- zônica, nas proximidades de Abaetetuba.
bangular.
Erosão - Nula
A1 O - 20 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido); argila pesada; maciça; friável, muito
plástico e muito pegajoso; transição gradual e plana.
B1 20-50 em; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); argila pesada; maciça; friável, muito plástico e
muito pegajoso; transição gradual e plana.
111/25
821 20- 100 em; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); argila pesada; maciça; friável, muito plástico
e muito pegajoso; transição difusa e plana.
822 100-150 em; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); argila pesada; maciça; friável, muito plástico
e muito pegajoso; transição difusa e plana.
823 150 - 170 em; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); argila pesada; maciça; friável, muito
plástico e muito pegajoso.
111/26
PERFIL N? 1
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -c 100AI
Si0 2 Alz03 Fe203 c N N AI+S
4,1 3,8 o 13 2 1 17 80 20 75
4,3 4,0 o 15 1 1 12 86 1 99
ANÁLISE: IPEAN
111/27
PERFIL N9 2 FOLHA SA.22-Z-B
Situação e Declividade- Perfil coletado com trado caneco em área plana com 0-2% de declive
Uso Atual- Sem utilização agrícola no local do perfil e regionalmente para uso de cultura de pimen-
ta-do-reino.
O - 10 em; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco argilo arenoso;
fraca pequena granular; muito friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e
gradual.
10- 35 em; bruno amarelado (10YR 5/4, úmido); franco argiloso; fraca pequena granular;
friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
B1 35- 55 em; bruno amarelado (10YR 5/5, úmido); argila; maciça porosa; friável, plástico e
pegajoso; transição plana e difusa.
55 - 85 em; amarelo brunado (10YR 6/6, úmido); argila a argila pesada; matiça porosa;
friável a firme, muito plástico e muito pegajoso; transição plana e difusa.
85- 130 em+; amarelo brunado (10YR 6/6, úmido); argila; maciça porosa; friável a firme,
muito plástico e muito pegajoso.
111/28
PERFIL N~ 2
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -c 100AI
Si0 2 AI203 Fe203 c N N AI +S
0,73 0,22 0,03 0,02 1,00 3,39 0,40 4,29 21 < 0,11
0,52 0,17 0,03 0,02 0,74 2,37 0,60 3,71 20 < 0,11
1,20 0,32 0,03 0,02 1,57 2,37 0,60 4,54 35 < 0,11
I I I floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20-2mm
Areia
grossa I
Areia
fina I Silte
I
Argila
total 1 Argila
nat.
%
5,4 4,8 o 9 33 12 33 22 10 55
5,2 4,2 o 15 25 15 23 37 2 95
4,9 4,0 o 9 18 10 17 55 32 42
5,1 4,4 o 18 11 6 24 59 1 98
ANÁLISE: IPEAN
111/29
PERFIL N~3 FOLHA SA.22-V-D
Localização- Estado do Pará, Porto de Móz, próximo ao campo de pouso, ponto 114.
Vegetação- Floresta
O - 20 em; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco arenoso; grãos
simples e fraca muito pequena granular; solto, muito friável, não plástico e não pegajoso;
transição plana e gradual.
20- 35 em; bruno (10YR 4/3, úmido); franco argilo arenoso; maciço porosa com aspecto
de fraca pequena granular; muito friável; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; tran-
sição plana e gradual.
81 35 - 50 em; bruno amarelado (10YR 5/4, úmido); franco argilo arenoso; maciça porosa
com aspecto de fraca pequena granular e blocos subangulares; friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
50 - 80 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido); franco argilo arenoso; maciça porosa
com aspecto de fraca pequena granular e blocos subangulares; friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
80- 140 em+; amarelo brunado (10YR 6/6, úmido); franco argilo arenoso; maciça porosa
com aspecto de fraca pequena granular e blocos subangulares; friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso.
111/30
PERFIL N9 3
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz.
Si02 AI203 Fe 20 3
Ki Kr
c N
-Nc 100AI
AI+S
0,15 0,05 0,08 0,03 0,31 7,67 1,90 8,17 4 < 0,46
0,15 0,05 0,05 0,02 0,27 1,15 0,50 1,65 16 < 0,46
0,15 0,05 0,05 0,03 0,28 1,18 0,30 1,76 16 < 0,46
4,7 3,7 - - 50 16 15 19 4 79
4,7 4,0 - - 41 18 15 26 11 58
4,9 4,0 - - 38 20 15 27 11 59
5,0 4,1 - - 41 17 15 27 X 100
5,3 4,2 - - 37 19 15 29 X 100
ANÁLISE: IPEAN
111/31
PERFIL N? 4 FOLHA SA. 22-X-D
Classificação- Latossolo Amarelo Distrófico textura média intermediário para Laterita Hidromórfica
Erosão - Nula
O- 15 em; bruno acinzentado (10YR 4.5/2, úmido); areia; fraca pequena granular e grãos
simples; solto, não plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.
15- 47 em; coloração variegada composta de bruno amarelado claro (10YR 6/4, úmido) e
cinzento brunado claro (10YR 6/2, úmido); franco arenoso pesado; fraca pequena granular;
ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
47- 84 em; coloração variegada composta de bruno amarelado claro (10YR 6/4, úmido) e
bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); franco argilo arenoso; maciça porosa; friável, ligei-
ramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
84- 130 em; bruno amarelado claro (10YR 6/4, úmido); mosqueado muito pouco pequeno
e proeminente bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); franco argilo arenoso; maciça porosa;
friável; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
130- 170 em; amarelo brunado (10YR 6/6, úmido), mosqueado muito pouco pequeno e
proeminente bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); franco argila arenoso; maciça porosa; friável,
ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.
111/32
PERFIL N9 4
CLASSIFICAÇÃO: Latossolo amarelo distrófico textura média intermediária para Laterita Hidromórfica .
Prof. % %
Horiz. Ki Kr
c
-- 100AI
Protocolo
em Si02 Al 20 3 Fe 2 0 3 c N N AI +S
4,7 4,0 o 20 43 35 13 9 1 89
4,7 4,0 o 11 32 31 17 20 14 30
4,6 4,0 o 11 28 33 13 26 3 88
ANÁLISE: IPEAN
111/33
4.2. Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico me I ho-Amarelos, no contrato Pré-Cambriano e
Formação Barreiras, ao sul da área.
Com A ócrico e B óxico {latossólico) os Latos-
solos Vermelho-Amarelos, são solos profundos, São encontrados em relevo suave ondulado, on-
com relação textura! em torno de 1,0, fertilidade dulado e forte ondulado, sob vegetação de flo-
natural baixa e saturação de bases também bai- resta.
xa, a semelhança do que cita LEMOS et ali i para
o Estado de São Paulo, VIEIRA et alii para a O horizonte A apresenta espessura média de
Zona Bragantina e SANTOS et ali i para a área do aproximadamente 40cm, coloração em 10YR
Núcleo Colonial de Gurguéia. Tratam-se de solos principalmente, com cromas variando de 2 a 3 e
em coloração variando de bruno a bruno amare- valores de 3 a 5. A textura pode variar de areia
lado, nos matizes 10YR e 7.5YR no horizonte A franca à argila, a consistência é friável, não plás-
e bruno forte a vermelho amarelado princi- tico a plástico e não pegajoso a pegajoso. A es-
palmente no matiz 7.5YR, no horizonte B. trutura apresenta-se quase sempre fraca pequena
subangu lar e granular, podendo aparecer tam-
Possuem perfil, A,B e C, friável, bastante poroso, bém maciça.
permeável, com estrutt:Jra pouco desenvolvida,
sendo esta uma das características morfológicas O horizonte B cuja profundidade média é supe-
de classificação desta unidade. rior a 150 em, possui coloração nos matizes
10YR e 7.5YR com cromas e valores bastante
Oco r rem principalmente em terrenos de For- altos. A textura pode variar de franco arenoso à
mação Trombetas (arenito grosseiro mal selecio- argila, a consistência de friável a firme, de ligeira-
nado com estratificação horizontal e camadas de mente plástico a plástico e de ligeiramente pega-
folhelhos e conglomerados) e rochas do Comple- joso a pegajoso. A estrutura dominante é a maci-
xo Guianense (migmatitos, gnaisses e granitos) ça.
ao norte do rio Amazonas.
O horizonte C é de profundidade desconhecida e
Aparecem, ainda, associados aos Podzólicos Ver- apresenta-se mais friável e de textura mais leve
do que o horizonte sobrejacente.
PERFIL N? 5 SA.22-V-A
Localização- Estado do Pará, Município de Prainha, margem direita do rio Paru,pt 128.
111/34
Relevo Regional- Ondulado
Vegetação - Floresta
O- 10 em; bruno escuro (10YR 4/3, úmido); franco argiloso; moderada grande granular;
friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.
10-30 em; bruno amarelo (10YR 5/4, úmido); argila; fraca pequena blocos subangulares;
cerosidade pouca e fraca; friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
30 - 60 em; bruno forte (7.5YR 5/6, úmido); argila; fraca pequena blocos subangulares;
cerosidade pouca e fraca; friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
60 - 90 em, bruno forte (7.5YR 5/6, úmido); argila; fraca pequena blocos subangulares;
friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
90- 120cm+; bruno forte (7.5YR, 5/6, úmido); argila; maciça; friável, plástico e pegajoso.
111/35
PERFIL N'? 5
LOCAL: Estado do Pará, Município de Prainha, margem direita do Rio Paru, pt 128.
Prof. % %
c
l
100 AI
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr --
Si0 2 AI203 Fe 2 0 3 c N N AI +S
12437 0- 10 At - - - - - 1,68 O, 14 12 77
12438 10- 30 8t - - - - - 1,09 0,09 12 79
0,10 0,20 0,06 0,04 0,40 4,27 1,50 6,17 6 < 0,46
I l floculação
H20 I KCI Calhau Cascalho
>20mm 20-2mm
Areia
grossa
l Areia
fina
l Silte
Argila
total I
Argila
nat.
%
4,2 3,8 - - 25 5 30 40 20 50
4,6 4,0 - - 21 5 19 55 3 95
ANÁLISE: IPEAN
111/36
PERFIL N'? 6 FOLHA SA.22-V-A
Erosão- Nula
Vegetação- Floresta
O- 15 em; bruno acinzentado escuro (10YR 4/2, úmido); franco arenoso; fraca pequena e
média granular; muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e
clara.
15- 40 em; bruno (10YR 5/3, úmido); franco arenoso; maciça; muito friável, ligeiramente
plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e gradual.
40- 120 em; bruno (10YR 5/3, úmido); franco argila arenoso; maciça; friável, plástico e
pegajoso; transição plana e gradual.
120- 150 em; cinzento (10YR 6/1, úmido), mosqueado pouco pequeno e proeminente
vermelho (2.5 YR 5/8, úmido); franco argila arenoso; maciça; friável, plástico e pegajoso.
111/37
PERFIL N? 6
Prof. % %
-c-
100 AI
Protocolo Horiz. Ki Kr
em Si0 2 IAl 20 3 I Fe203 c N N AI +S
0,20 0,10 0,06 0,02 0,38 1,01 1,30 2,69 14 < 0,46
4,2 3,7 - - 13 46 29 12 1 92
4,4 4,0 - - 11 41 33 15 12 20
4,5 3,9 - - 9 40 29 22 19 14
ANÁLISE: IPEAN
111/38
4.3. Latossolo Vermelho Escuro Distrófico O horizonte C, de espessura variável, alcançando
por vezes mais de 1OOcm, pode apresentar-se
Esta unidade taxonômica é constituída por solos ou não subdividindo em C1 e C2 , com coloração
com A fraco (ócrico) e B latossólico (óxico) de predominando cores vermelho e vermelho ama-
textura argilosa, profundos, bem drenados, relado. A textura é normalmente argila e a estru-
muito porosos, coloração predominante verme- tura é geralmente maciça.
lho acinzentado escuro, moderadamente ácidos,
relacão textual (B/A) da ordem de 1,O e relação
mol~cular Si0z/Aiz03 (l<i) em torno de 2,0 e 4.4. latossolo Roxo Eutrófico
Si0 2 I Al 2 03 + Fez 03 (I< r) baixo.
Estes solos estão caracterizados principalmente
Os perfis desta unidade apresentam sequência de por possuírem, na área, cor dominante bruno
horizontes A,B e C com espessura média supe- avermelhado escuro no horizonte A e vermelho
rior a 300cm, muito fraca diferenciação de hori- escuro acinzentado no B, matiz 10R, e perfil
zontes e transições difusas entre os mesmos. com estrutura pouco desenvolvida e pequena di-
ferenciação morfológica entre seus horizontes.
O horizonte A apresenta espessura de 30 a Morfologicamente o Latossolo Roxo se asse-
50cm, subdividido sempre em A 1 e A 3 , com co- melha ao Latossolo Vermelho Escuro, entre-
res vermelho escuro acinzentado e bruno aver- tanto, difere na coloração. A diferença de co-
melhado escuro nos matizes10R e 2.5YR, predo- loração se deve a que o Latossolo Roxo geral-
minando matiz 2.5YR comvalores de 2 a 3 e cro- mente é de formação "in situ", pela intemperi-
mas 3 a 4. Apresentam textura de classe argila zação de rocha básica que possui mineral rico em
arenosa a argila, estrutura granular variando ferro, e por o Latossolo Vermelho Escuro ter a
quanto ao tamanho de muito pequena a média e sua origem a partir de outros materiais onde o
quanto ao grau de desenvolvimento, de fraca a conteúdo de ferro é menor.
moderada, e a consistência quando seca é Iigei ra-
mente duro a duro, quando úmido muito friável Como principais características de diferenciações
a friável e quando molhado plástico e pegajoso. desta unidade temos pequena variação de cor en-
tre horizontes, distribuição mais ou menos uni-
O horizonte B apresenta espessura que varia de forme de textura no perfi I, grande d ificu Idade de
150 a 300 em, subdividindo-se comumente em diferenciação dos horizontes, presença abundan-
B1 , Bz 1 , B22 e B3 , com cores vermelho escuro te de poros e de minerais PE?Sados, mui tos dos
ou vermelho escuro acinzentado, nos matizes quais são atraídos pelo ímã, a semelhança dos
2.5YR e 10R, comvalorconstantede3ecroma solos descritos por CLINE no Havaii, aos por
variando de 4 a 8. A textura apresenta-se como BACHALI ER no Cameroun (África) ou mesmo
argila e a estrutura é invariavelmente maciça os Nipe Clay descritos em Cuba.
porosa pouco coerente, que em alguns casos se
desfaz em fraca, mui to pequena granular ou sub- Estes solos são encontrados na porção sudoeste
granular. A consistência varia de macio a ligei- da área e desenvolvidos sobre rochas básicas e
ramente duro quando seco, de muito friável a u ltrabásicas, associados à Terra Roxa Estru-
friável quando úmido, e de plástico a muito plás- turada Eutrófica e Brunizem Avermelhado.
tico e pegajoso a muito pegajoso quando molhado.
111/39
4.4.1. CARACTERIZAÇÃO MORFOLOGICA E ANALfTICA DA UNIDADE
PERFIL N? 7 (IPEAN)
A O- 20cm; bruno avermelhado escuro (5 YR 3/4, úmido); argila; fraca pequena granular;
friável, plástico e ligeiramente pegajoso; plana e difusa.
111/40
PERFIL N? 7
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr -c- 100AI
em Si0 2 Al 20 3 Fe 20 3 c N N AI+S
6,2 5,6 - - 13 17 24 46 32 31
5,2 4,9 - - 10 15 17 58 6 90
5,6 5,5 - - 9 13 19 59 X 100
5,7 6,0 - - 7 11 18 64 X 100
5,6 6,0 - - 7 12 13 68 X 100
5,5 5,8 - - 7 6 21 66 X 100
111/41
4.5. Terra Roxa Estruturada Eutrófica e Dis- tipo A, 8 e C, onde domina a cor no matiz
trófica 2.5YR no horizonte A e 10R no horizonte 8, e
cromas baixos. Possuem boa fertilidade natural e
Nesta unidade taxonômica foram englobados so- saturação de bases bastante elevada. Ocorre tam-
los desenvolvidos sobre materiais ricos em mine- bém na área Terra Roxa Estruturada Distrófica.
rais ferro-magnesianos, que pela coloração se as-
semelham ao Latossolo Roxo e solos desenvolvi- O horizonte A, subdividido em Ap ou A 1 e A3,
dos sobre outros materiais de origem menos ri- possui espessura de aproximadamente 30 em; a
cos em minerais ferro-magnesianos que, portan- coloração varia de bruno avermelhado escuro e
to, diferem na coloração e nos teores de óxido vermelho escuro acinzentado, com matizes 5 YR
de ferro. Possuem uma espessura média em tor- e 2.5 YR, tendo valores e cromas baixos, entre 3
no de 150 em. e 4; a textura pertence à classe franco argila are-
nosa ou argila; estrutura moderada média granu-
A palavra estruturada, que vem de sua caracteri- lar, sendo que o A 3 , pode apresentar estrutura
zação popular Terra Roxa Estruturada se deve à em blocos subangulares; a consistência quando
estrutura subangu lar bem desenvolvida encontra- seco varia de ligeiramente duro a duro, de friável
da principalmente ho horizonte 8, quando o a fi r me quando úmido e plástico e pegajoso
solo acha-se seco, sendo esta uma das mais co- quando molhado; a transição para o horizonte 8
muns características difere.nciadoras desta uni- geralmente é plana e gradual, ou em alguns casos
dade. clara.
111/42
4.5.1. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E ANALfTICA DA UNIDADE
Localização- Estado do Pará, Município de Altamira, estrada das Panelas, km 8, lado direito.
Vegetação- Floresta
Ap O- 8 em; bruno avermelhado (5YR 4/4, úmido); argila leve; fraca pequena blocos subangu-
lares e granular rompendo-se em grãos simples; poros e canais muitos; friável plástico e
ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
A3 8-26 em; bruno avermelhado (5YR 4/4, úmido); argila; moderada pequena e média blocos
subangulares; poros e canais muitos; friável, plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana
e difusa.
B1 26 - 60 Crl}; vermelho amarelado (5YR 4/8, úmido); argila; moderada pequena e média
blocos subangulares rompendo-se em grãos simples; cerosidade fraca e pouca notando-se
principalmente nas proximidades das raízes e nos lugares das "krotovinas"; poros e canais
muitos; muito friável, plástico e ligeiramente pegajoso transição plana e difusa.
B21 60- 100 em; vermelho amarelado (5YR 4/8, úmido); argila; moderada pequenas e médias
blocos subangulares rompendo-se em grãos simples; cerosidade fraca e comum; concreções
do tipo "chumbinho de caça" poucas; presença de "krotovinas" de tamanho médio; poros e
canais muitos; muito friável, plastico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
111/43
B22 100 - 130 em+; vermelho amarelado (5YR 4/8, úmido) argila; fraca pequenas e médias
blocos subangulares rompendo-se em grãos simples; cerosidade incipiente; poros e canais
muitos; muito friável, plástico e ligeiramente pegajoso.
Observações
2. Atividade de organismo no Ap
111/44
PERFIL N? 8
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr -
c 100AI
em Si0 2 AI203 Fe 20 3 c N N AI +S
3596 26-- 60 Bl 23,86 19,19 19,89 2,11 1,27 0,53 0,07 8 0,23
3597 60-100 821 23,02 19,75 22,01 1,98 1'15 0,26 0,04 7 0,32
3598 100-130+ 822 23,69 18,94 19,31 2,13 1,29 0,22 0,01 22 4,4
7,0 6,4 - - 26 18 16 40 7 82
7,3 6,1 - - 15 13 23 49 19 61
6,9 6,3 - - 12 12 26 50 1 98
ANÁLISE: IPEAN
111/45
PERFIL NO 9 FOLHA SA.22-V-A
Vegetação- Floresta
A1 O- 10 em; vermelho acinzentado (10R 3/4, úmido); franco argiloso siltoso; forte média e
grande granular; friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.
s1 10- 20 em; vermelho (10R 4/6, úmido); argila; moderada média a grande granular e média
blocos subangulares; cerosidade comum e moderada; firme, plástico e pegajoso; transição
plana e clara.
82 1 20- 50 em; vermelho (10R 4/8, úmido); argila; moderada pequena a média blocos suban-
gulares; cerosidade abundante e moderada; firme, plástico e pegajoso; transição plana e
gradual.
s22 50 - 150 em+; vermelho (10R 4/8, úmido); argila; moderada pequena e média blocos
subangulares; cerosidade abundante e moderada; firme, plástico e pegajoso.
111/46
PERFIL N9 9
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100AI
em Si0 2 Al 2 0 3 I Fez03 c N N AI+S
5,7 5,2 - - 10 11 51 28 28 X
5,5 4,7 - - 8 9 33 50 25 50
ANÁLISE: IPEAN
111/47
4.6. Podzólico Vermelho Amarelo Na área, como variação da unidade modal, po-
dem ocorrer o Podzólico Vermelho Amarelo
Os Podzólicos Vermelho Amarelos são solos áci- concrecionário, Podzólico Vermelho Amarelo
dos, bem desenvolvidos, que possuem um hori- pl íntico e Podzólico Vermelho Amarelo Equ i-
zonte A fraco (ócrico) e um horizonte B argíli- valente Eutrófico.
co. O horizonte A 1 está assentado sobre um ho-
rizonte A 2 ligeiramente descolorido e muito Os solos que constituem esta unidade apresen-
pouco desenvolvido ou sobre um horizonte A3, tam-se bem drenados, ácidos e com erosão va-
o qual por sua vez assenta sobre o horizonte B riando de laminar ligeira a moderada.
brunado ou vermelhoamarelado, nos matizes
7.5YR ou 5YR, de textura relativamente argilo- Quanto a vegetação, a comumente encontrada
sa, havendo boa diferença textura! entre o A e o nestes solos é a de floresta sempre verde pluvial
B. tropical.
São solos na sua maioria de fertilidade baixa e de O relevo varia de suave ondulado a forte ondu-
textura argilosa, que apresentam seqüencia de lado, ocorrendo as fases menos acidentadas em
horizontes do tipo A,B e C, cuja espessura não morros com forma de meia laranja de pen-
excede a 200 em, e com pronunciada diferencia- dentes curtas.
ção entre o A e o B, a semelhança do que ocorre
no Estado do Mato Grosso, dos que descreveu O horizonte A apresenta espessura variável en-
BARROS et alii no Estado do Rio de Janeiro, tre 20 e 30 em, cores de bruno acizentado
dos que cita LEMOS et alii, dos descritos por muito escuro a bruno avermelhado, matiz
VIEIRA e AMARAL FILHO no Paraguai, dos 10YR a 5YR, valores de 3 a 5 e cromas de 2 a
ciiados por DAMES em Java, dos encontrados 4; textura entre areia franca e franco argila are-
por SANTOS et alii para o Núcleo Colonial de noso; estrutura variando de grãos simples a
Gurguéia. Relativamente, em menor proporção, fraca pequena granular e subangular, consistên-
são encontrados solos de fertilidade média e alta cia úmida entre solto a firme e não plástico e
e solos de textura média (percentagem de argila não pegajoso a pegajoso para o solo molhado,
entre 15 e 35%). com transição plana ou ondulada e gradual ou
clara para o horizonte B.
Entre as características utilizadas para a sua clas-
sificação podem ser citadas: O horizonte B possui espessura variando de 80
em a 150 em; coloração desde amarelo a ver-
1) diferença textura! marcante entre o A e o B; melho, nos matizes 10YR a 2.5YR, com valo-
2) presença de A 2 pouco evolu (do ou não; res entre 4 e 5 e cromas entre 3 a 6; textura
3) transição clara e gradual entre os horizontes variando de franco argila arenoso a argila, es-
A e B; trutura comumente fraca e moderada, pequena
4) horizonte B estruturado; e média, em blocos subangulares; consistência
5) presença de cerosidade no horizonte B; úmida variando de friável a firme, sendo que a
6) argila de baixa capacidade de troca. consistência molhada varia de ligeiramente plás-
tico a plástico e de ligeiramente pegajoso a pe-
gajoso. Aparecem também neste horizonte ce-
rosidade fraca a moderada, recobrindo as uni-
dades estruturais.
111/48
4.6.1. CARACTERIZAÇÃO MORFOLOGICA E ANALIIICA DA UNIDADE
Localização - Território Federal do Amapá, Município de Mazagão, margem esquerda do rio Jari,
pt. 130
Vegetação - Floresta
A1 O- 15 em; bruno (10YR 4/3, úmido); franco argiloarenoso; fraca média e grande
granular; friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.
B1 15 - 30 em; bruno amarelado (10YR 5/4, úmido); franco argila arenoso; fraca média
blocos subangulares; friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
821 30 - 90 em; bruno amarelado (7.5YR 5/6, úmido); franco argiloso; fraca média blocos
subangu lares; friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
822 90- 130 em; bruno amarelado (7.5YR 5/6, úmido); argila; fraca média blocos subangula-
res; friável, plástico e pegajoso.
111/49
PERFIL N9 10
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr -c- 100 AI
em Si02 Al 20 3 Fe 20 3 c N N AI +S
0,10 0,10 0,06 0,02 0,28 2,79 1,50 4,57 6 < 0,46
0,10 0,10 0,05 0,01 0,26 2,46 1,50 4,22 6 < 0,46
I I I floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20-2mm
Areia
grossa I
Areia
fina
I Silte
Argila
total
1 Argila
nat.
%
4,1 3,5 - - 37 21 22 20 1 95
4,4 3,8 - - 34 20 24 22 17 23
4,4 3,8 - - 28 16 20 36 4 89
ANÁLISE: IPEAN
111/50
PERFIL N9 11 FOLHA SA.22-V-B
Situação e Declividade - Perfil coletado com trado de caneco. Area plana com 0-3% de declive.
A1 O - 30 em; bruno escuro {10YR 4/3, úmido); franco argila arenoso; fraca pequena
granular; friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.
A3 30 - 50 em; bruno {10YR 5/3, úmido); franco argila arenoso; fraca pequena granular e
blocos subangulares; friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.
B11 50 - 65 em; bruno amarelado {10YR 5/4, úmido); franco argila arenoso; fraca média
blocos subangulares; friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
B12 65 - 80 em; bruno amarelado {7.5YR 5/6, úmido); argila arenosa; fraca média blocos
subangulares; friável, plástico e pegajoso; transição plana e clara.
B 2 pl 80 - 100 em; bruno amarelado (7.5YR 5/6, úmido); mosqueado abundante pequeno
proeminente {2.5YR 5/8, úmido); argila; fraca média blocos subangulares; friável, muito
plástico e pegajoso.
111/51
PERFIL N? 11
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -Nc 100AI
Si0 2 Al 20 3 Fe 203 c N AI+S
Ca++
I Mg++ I K+ Na•
I s
I H+
I AI+++
I T %
mg
100g
I I
Calhau Cascalho I Areia Areia Argila Argila
floculação
H20 KCI
>20mm 20·2mm grossa I fina I Silte
I total I nat.
%
4,5 3,7 - - 40 14 20 26 1 96
4,6 3,7 - - 36 13 18 33 19 42
4,6 3,7 - - 34 13 19 34 3 91
4,7 3,7 - - 32 13 16 39 27 31
ANÁLISE: IPEAN
111/52
4.7. Brunizém Avermelhado 4.8. Solos Concrecionários lateríticos Indiscri-
minados Distróficos
Os Brunizéns Avermelhados encontrados na área
são medianamente profundos, tendo seqüência ~ uma unidade bastante ampla e que por não
de horizontes A, B e C. São ácidos a neutros, oferecer interesse agrícola engloba tanto solos
porosos e apresentam horizontes A mólico e B com B textura!, como os de B latossólico e
argílico, havendo nítido contraste entre eles. ocupa relevo suave ondulado a forte ondulado,
sob vegetação de floresta.
Possuem estrutura superficial granular e colora-
ção bastante escura no horizonte A, isto devido Esta unidade está constituída por solos media-
à acumulação de matéria orgânica, com domi- namente profundos, formados por uma mistura
nância provável de material fornecido pelas raí- de partículas mineralógicas finas e concreções
zes, sendo geralmente de consistência mais de vários diâmetros, que na maioria dos casos
branda que ligeiramente duro quando seco. representam o maior volume da massa do solo.
111/53
perfil pouco evoluído, com baixa atividade de terraços ao longo da faixa costeira, constituídas
arg!fa, saturação de bases baixa e soma de bases por sedimentos arenosos do Holoceno.
freqüentemente bastante baixa. São permeáveis,
de textura grosseira, cujo conteúdo de argila Os solos originários são extremamente areno-
não ultrapassa a 15% no horizonte C. sos, não consolidados, de coloração branca ou
cinzento-claro, onde o horizonte A, em evolu-
Possuem coloração nos matizes 10YR a 5YR e ção, encontra-se ligeiramente escurecido pela
apresentam fraca diferenciação morfológica en- matéria orgânica quando se tratar de dunas
tre os horizontes. fixadas.
Podem apresentar perfil com o A muito fraca- As formações vegetais que recobrem estes solos
mente diferenciado em A 1 e A 3 ou A 1 e A 2 são descritos como formação I itorâneas de res-
e com uma espessura bastante variável. tinga e de dunas.
111/54
perior do B e aparecimento no 82 de um mate- no B na fase baixa, e com uma distribuição
rial argiloso, altamente intemperizado, rico em regular para solos desta natureza na Late ri ta
sesquióxidos e pobre em húmus, sob forma de Hidromórfica normal (modal).
mosqueado vermelho-acinzentado ou vermelho,
em arranjo poligonal ou reticular, passando ir- Tratam-se de solos ácidos a muito fortemente
reversivelmente a duripan ou concreções sob ácidos, bastante intemperizados, haja vista os
condições especiais de umedecimento e resseca- valores de 0,76 para Ki e 0,62 para o Kr da
menta, denominado plintita ou laterita. O hori- Laterita Hidromórfica fase baixa, muito embo-
zonte B pl íntico aparece com a cor básica da ra valores relativos mais altos possam ser en-
matriz bruno amarelado e com espessura bas- contrados na fase truncada, não encontrada na
tante variada. área; o que talvez se deva a condição toda es-
pecial de uma recomposição do horizonte A.
Na área, somente foi constatada a Laterita Hi-
dromórfica de várzea ou de drenagem impe- Da apreciação dos dados analíticos verifica-se
dida, condicionando uma variedade bastante que possuem baixo conteúdo de catíons trocá-
ampla de fases, como as que ocorrem na Ilha veis, baixa soma de bases permutáveis o que re-
de Marajá. Aqui aparecem Laterita Hidromór- flete o alto processo de intemperização que estes
fica imperfeitamente drenada, Laterita Hidro- solos vêm sofrendo.
mórfica fase baixa, Laterita Hidromórfica fase
arenosa e a Laterita Hidromórfica fase húmica, Os solos desta unidade podem ocorrer sob ve-
além da moda!. getação de floresta, como também de campo,
como acontece na Ilha de Marajá.
Pelos resultados analíticos existentes para as
unidades ou fases estudadas, verifica-se que os São formados de sedimentos tanto do Terciário
teores químicos encontrados, apesar de diferi- como do Quaternário e podem ocorrer em ter-
rem, de uma unidade para a outra, apresentam raços moderadamente drenados em cotas relati-
valores bastante próximos. O carbono, por vamente altas, como também fazer parte de
exemplo, só aparece com teores elevados na áreas baixas que sofrem inundações estacionais
Laterita Hidromórfica fase húmica, como era das cheias dos rios ou das águas de preci-
de se esperar, ocorrendo o mesmo para o ni- pitação.
trogênio, elemento diretamente ligado ao con-
teúdo de matéria orgânica. De todos os solos As áreas destes solos sob vegetação de campo
estudados, o que apresenta menor conteúdo de são utilizadas com pecuária extensiva tradicio-
carbono é a Laterita Hidromórfica fase arenosa. nal e devido às condições de drenagem revelam
limitação ao uso agrícola, sendo esta condição
A composição granulométrica também aparece um dos fatores I im itantes quanto ao seu apro-
bastante diversificada, pois os valores encontra- veitamento com cultivos regulares, excluídas as
dos para areia, silte e argila são bastante variá- capineiras, nas quais são utilizadas gramíneas
veis dentro das fases existentes. O conteúdo de ecologicamente adaptadas.
argila pode aparecer bastante baixo, tanto no A
como no B na fase arenosa, baixo no A e alto
111/55
4.11.1. CARACTERIZAÇÃO MORFOLOGICA E ANALrTICA DA UNIDADE
Localização - Estado do Pará, Município de Cachoeira do Arari, ilha de Marajó, fazenda São João
do Gurupatuba a 300 m do lago São Luís
Erosão - Nula
O - 35 em; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco arenoso; fraca
pequena a média blocos subangulares poros e canais muitos; friável, não plástico e não
pegajoso; transição plana e difusa.
35 - 66 em; bruno escuro (10YR 4/3, úmido}; franco arenoso; fraca pequena a média
blocos subangulares; poros e canais muitos; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente
pegajoso; transição plana e difusa.
66 - 102 em; bruno-amarelado (10YR 5/6, úmido); franco arenoso; fraca pequena a
média blocos subangulares; poros e canais raros; friável, ligeiramente plástico e ligeiramen-
te pegajoso; transição plana e difusa.
102 - 138 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido}, mosqueados comuns pequenos a
médios proeminentes vermelho·escuro (2.5YR 3/6, úmido}; franco argilo arenoso; fraca
pequena a média blocos subangulares; poros e canais comuns; friável, ligeiramente plástico
e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
138 - 174 em; bruno acinzentado muito claro (10YR 8/4, úmido), mosqueados comuns
111/56
pequenos médios e grandes proeminentes vermelho escuro (2.5YR 3/6, úmido} e poucos
pequenos distintos amarelo (10YR 7/8, úmido); argila arenosa; moderada pequena a mé-
dia blocos subangulares; firme ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.
111/57
PERFIL N? 12
LOCAL: Estado do Pará, Munic(pio de Cachoeira do Arari, Fazenda São João do Gurupatuba.
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -Nc 100AI
Si0 2 Al 20 3 Fe203 c N AI+S
6797 102-138 B21Pt 14,08 11,69 1,99 2,09 1,89 0,16 0,03 5 91
6798 138-174 B22P1 14,72 11,64 1,78 2,18 2,00 1,11 0,02 6 89
4,7 3,8 - - 54 21 11 14 8 43
5,0 4,0 - - 47 23 10 20 15 25
5,2 4,0 - - 49 23 10 18 11 39
4,8 3,9 - - 30 24 13 33 4 88
ANÁLISE: IPEAN
111/58
PERFI L N9 13 (IDESP) FOLHA SA.22-X-D
Localização - Estado do Pará, Município de Cachoeira de Arari, Ilha de Marajó, a 300 metros
do campo de pouso.
Erosão - Nu la
Vegetação - Predominância de gramíneas e ciperáceas, lacre, tucumã, bacuri, inajá, salva de marajá,
jurubeba, murta, cipó-de-fogo, ucuúba e envira ..
Ap O - 34 em; cinza muito escuro (10YR 3/1, úmido); franco arenoso; franca pequena a
média blocos subangulares; poros e canais muitos; friável, não plástico e não pegajoso;
transição plana e difusa.
A2 34 - 59 em; bruno (10YR 4/3, úmido); franco arenoso; fraca pequena a média blocos
sub.angulares; poros e canais muitos; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso;
transição plana e difusa.
B1 59 - 90 em; bruno amarelado (10YR 5/4, úmido); franco-arenoso; fraca pequena a média
blocos subangulares; poros e canais comuns; friável, ligeiramente plástico e ligeiramente
pegajoso; transição plana e difusa.
82 90 - 133 em; amarelo (10YR 7/8, úmido); franco argila arenoso; fraca pequena a média
blocos subangulares; poros comuns e canais poucos; friável, ligeiramente plástico e ligeira-
mente pegajoso; transição plana e difusa.
B3cn 133 - 170 em+; amarelo (10YR 7/8, úmido), mosqueados poucos pequenos e médios
proeminentes vermelho escuro (2.5YR 3/6, úmido) e amarelo brunado (10YR 6/6, úmido
amassado); franco argila arenoso; pequena a média blocos subangulares; fi.rme, ligei-
ramente plástico ligeiramente pegajoso.
111/59
Observações: Raízes finas e muitas no Ap; finas comuns e médias raras no A 2 ; finas e poucas no 8 1 .
Atividade de organismos comuns no Ap. A 2 e 8 1 •
Presença de carvão no Ap.
111/60
PERFIL N~ 13
LOCAL: Estado do Pará, Município de Cachoeira do Arari, à 300 metros do Campo de pouso.
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -c 100AI
Si0 2 AI203 Fe20 3 c N N AI+S
6829 133-170+ B3cn 13,00 9,04 1,98 2,48 2,18 0,10 0,02 5 77
5,0 4,1 - - 25 43 14 18 6 67
4,9 4,2 - - 28 42 10 20 8 60
4,9 4,0 - - 27 43 9 21 10 52
4,9 3,9 - - 22 44 13 21 2 9
4,9 3,8 - - 22 39 11 28 X 100
ANÁLISE: IPEAN
111/61
PERFI L N914 (IDESP) FOLHASA.22-X-B
Localização - Estado do Pará, Município de Salvaterra, lugarejo Mãe de Deus. Ilha de Marajó.
Erosão - Nu la
Vegetação - Campo Cerrado com predominância de ciperáceas e gramíneas, murta, caimbé, muruci e
sucuiba
31 -57 em; cinza ( 1OYR 5/1, úmido); areia franca; fraca pequena blocossubangulares; poros e
canais comuns; friável, não plástico e não pegajoso, transição plana e clara.
81 57 - 90 em; bruno muito claro acinzentado (10YR 7/3, úmido); franco arenoso; fraca
pequena a média blocos subangulares; poros e canais comuns; friável, não plástico e não
pegajoso; transição ondulada e gradual.
90 - 110 em+, bruno muito claro acinzentado (10YR 7/3, úmido), mosqueado abundan-
te médio a grande proeminente amarelo ( 1OYR 7/3, úmido), abundante médio a grande
proeminente amarelo ( 10YR 7/6, úmido) e cinza-claro (2.5Y 7/2, úmido amassado); franco-
arenoso; fraca pequena a média blocos subangulares; friável, ligeiramente plástico e legeira-
mente pegajoso.
111/62
PERFIL N~ 14
Pro f. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100AI
em Si0 2 Fe 20 3 c N N AI+S
AI203
6866 90-110 B2cn 10,22 8,23 0,79 2,10 2,00 0,11 0,02 6 67
I I I floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20·2mm
Areia
grossa
l Areia
fina I Silte
I
Argila
total I
Argila
nat.
%
4,5 4,0 - - 55 30 8 7 1 85
4,5 4,1 - - 46 33 12 9 5 44
4.4 4,1 - - 42 32 14 12 5 58
ANALISE: IPEAN
111/63
PERFIL N~ 15 (IDESP) FOLHA SA.22-X-B
Erosão - Nula
O- 20cm; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2), úmido); franco arenoso; fraca
pequena a média blocos subangulares; poros e canais muitos; friável, não plástico e não
pegajoso; transição plana e difusa.
20- 40cm; bruno amarelado ( 1OYR 5/4, úmido); franco arenoso; fraca pequena a média
blocos subangulares; poros e canais comuns; friável, não plástico e não pegajoso; transição
plana e difusa.
40- 70cm; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); franco arenoso; fraca pequena a média blocos
subangulares; friável, ligeiramente plástico e não pegajoso; transição plana e clara.
70- 94cm; vermelho amarelado (5YR 5/6, úmido), mosqueados comuns médios e grandes
proeminentes vermelho (2.5YR 4/6, úmido), vermelho amarelado (2.5YR 5/6, úmido) e
vermelho amarelado (2.5YR 4/6, úmido); franco argilo arenoso; pequena a média blocos
subangulares e média a grande prismática; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso;
transição plana e clara.
94- 116cm; amarelo brunado (10YR 6/6, úmido); mosqueados comuns médios e grandes
proeminentes vermelho (2.5YR 4/6, úmido) e vermelho amarelado (5YR 5/8, úmido
amassado); franco argilo arenoso; fraca pequena a média blocos subangulares e média a
grande prismática; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
116- 144cm; bruno amarelado-claro (10YR 6/4, úmido), mosqueados abundantes médios e
grandes proeminentes amarelo (10YR 7/8, úmido) e bruno claro (7.5YR 6/4, úmido
amassado); franco argiloso arenoso; fraca pequena a média blocos subangulares e média a
grande prismática; firme, ligeiramente plástico e ligeiramnete pegajoso.
111/64
c 144- 165cm+; franco argila arenoso; material cinza-claro, nos quais encontram-se outros,
vermelhos e amarelos, tendendo para o endurecimento.
Observações
Raízes finas e muitas no A1; finas comuns e médias raras no A2; finas e comuns no B21·
111/65
PERFIL N<? 15
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -c 100AI
SíOz Al 2 0 3 Fe 2 0 3 c N N AI +S
4,4 3,7 - - 54 21 15 13 6 53
4,4 3,9 - - 48 25 13 14 10 28
4,6 4,0 - - 38 34 13 15 8 46
4,5 3,8 - - 28 24 16 32 1 96
4,7 3,7 - - 30 26 14 30 X 100
4,7 3,9 - - 30 27 16 27 X 100
4,8 3,9 - - 30 27 12 31 X -
ANÁLISE: IPEAN
111/66
PERFIL N<? 16 (IDESP) FOLHA SA.22-X-D
Localização - Estado do Pará, Município de Cachoeira do Arari- Vila do Camará, Ilha de Marajá, na
fazenda São João do Gurupatuba
Erosão - Nula
A1 O - 22 em; bruno acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmido); franco arenoso; fraca
pequena a média blocos subangulares; poros e canais muitos; friável, não plástico e não
pegajoso; transição ondulada e abrupta.
A2 22 - 40 em; bruno escuro (10YR 4/3, úmido), mosqueados abundantes pequenos distin-
tos bruno amarelado (1OYR 5/8, úmido) e bruno escuro ( 1OYR 4/3, úmido amassado);
franco arenoso; fraca pequena a média blocos subangulares; poros e canais comuns; friá-
vel, não plástico e não pegajoso; transição plana e clara.
B2pl 66 - 86 em; coloração variegada composta de bruno-forte (7.5YR 5/6, úmido), cinza
(lOYR 5/1, úmido), vermelho escuro (2.5YR 3/6, úmido) e vermelho (2.5YR
5/6, úmido amassado); argila; moderada média a grande prismática e fraca pequena a
média blocos subangulares; firme, plástico e pegajoso; transição plana e difusa.
B3 86 - 105 em+; coloração variegada composta de cinza (10YR 5/1, úmido), vermelho
escuro (2.5YR 3/6, úmido), bruno forte (7.5YR 5/6, úmido) e bruno avermelhado
111/67
(2.5YR 5/4, úmido); argila; moderada média a grande prismática; firme, plástico e pe-
gajoso
111/68
PERFIL N'? 16
LOCAL: Estado do Pará, Munic(pio de Cachoeira do Arari; fazenda São João do Gurupatuba.
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr -c- 100AI
em Si0 2 Al 20 3 I Fe203 c
1 N N AI +S
6807 66- 86 82P1 17,80 14,79 7,89 2,11 1,59 0,24 0,05 5 96
l l I
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20·2mm
Areia
grossa I
Areia
fina l Silte
I
Argila
total 1 Argila
nat.
%
4,5 3,6 - - 47 24 21 8 5 37
4,5 3,7 - - 43 24 21 12 7 41
4,5 3,5 - - 37 21 26 16 11 31
ANÁLISE: IPEAN
111/69
4.12. Solos Hidromórficos Gleyzados Eutró- mumente são encontradas florestas de várzea,
ficos e Distróficos na qual a presença do açaizal é característica.
Esta unidade é constituída por solos desenvol- Devido à grande amplitude de variação de solos
vidos sobre sedimentos relativamente recentes, desta unidade, e por englobar GLEY HÚMICO
em geral fortemente ácidos, podendo apresenta- e GLEY POUCO HÚMICO, foram reconhecidas
rem-se neutros e alcalinos, de textura argilosa e, as seguintes fases ou variações.
às vezes, com um considerável conteúdo de
silte. GLEY HúMICOe GLEY POUCO HÚMICO (mo-
da! ) -com alta saturação de bases, alta capa-
As condições hidromórficas a que estão sujeitos cidade de troca de cátions e elevado teor de sil-
estes solos condicionam o aparecimento, no te, indicando a juventude dos sedimentos sobre
perfil, de mosqueados bruno amarelado, bruno os quais são formados. Foram observados nas
forte, ou mesmo vermelho, sobre uma matriz planícies de inundação do baixo Amazonas,
cinzenta. O horizonte superficial é de espessura principalmente na parte bordejante aos cursos e
variável, de baixo a alto conteúdo de matéria canais principais, e nas regiões costeiras baixas
orgânica e. está sobrejacente ao horizonte mine- da ilha de Marajá e do Amapá.
ral Cg, de estrutura geralmente prismática ou
em blocos subangulares, ou maciça. A satura- GLEY HúMICO e GLEY POUCO HÚMICO fase
ção e o conteúdo de bases trocáveis apresen- terra alta - difere do modal por ser extrema-
tam-se variáveis, desde baixo a elevado, e são mente ácido, de baixo teor de silte e de predomi-
relacionados à natureza (origem), à idade dos nância de caulinita na fração argila. Observados
sedimentos sobre os quais são desenvolvidos e à nos fundos de vales de cursos de pequeno e
qualidade da água que os saturam, ricas ou po- médio tamanho de áreas de cerrado, principal-
bres em íons capazes de saturar o complexo da mente na margem esquerda do baixo Amazonas
troca. É freqüente, se não regra geral, a ocor- e na ilha de Marajá.
rência nas planícies de inundação e ilhas do
baixo Amazonas e nas regiões costeiras baixas a GLEY POUCO HÚMICO fase substrato carbo-
ocorrência de solos com alta capacidade de tro- nático - caracterizado por apresentar um hori-
ca de cátions e saturação de bases, elevado teor zonte de acumulação de carbonatos, rico em
de silte e predominância de argila silicatada ex- silte, possivelmente fóssil, que se formou pela
pansível do tipo 2:1. Alguns são alcalinos e al- deposição dos carbonatos trazidos por águas de
calino-salinos, apresentando, outros, acumula- áreas de rochas paleozóicas calcáreas. Obser-
ções de carbonatos. Estas variações de caracte- vado sempre em área ligeiramente elevada, "res-
rísticas químicas se deve a saturação com água tinga", quase sempre paralela, comumente
provenientes de área de rochas paleozóicas, ri- ocorre nas planícies de inundação, aparente-
cas em HCO; e ca++ , possivelmente, pela con- mente constituindo antigos diques marginais
tribuição de sais solúveis presentes na água do dos principais paranás.
mar, nas regiões costeiras baixas. Os solos desta
unidade são encontrados nas planícies de inun- GLEY HÚMICO e GLEY POUCO HÚMICO
dação de grandes rios, nas calhas de drenagem fase alcalino - c-aracterizado pela presença de
de pequenos e médios cursos d'água, e nas ilhas horizonte subsuperficial com alta percentagem
fluviais e flúvio-marinhas de grandes extensões. de sódio trocável, de pH acima de 8,2, com
pronunciada estrutura prismática e uma predo-
A vegetação é geralmente graminóide e nos ter- minância de Na+ e Mg++ no complexo de troca.
raços e ilhas temporariamente inundada$ co- Pode ocorrer plintita branda e mosqueado de
111/70
matiz avermelhado numa matriz cinzento claro. e sudeste da Ilha de Marajá e na parte central
Observados nos terraços baixos da porção leste da ilha de Gurupá.
Localização- Estado do Pará, Município de Prainha, margem direita do rio Amazonas, pt 122
Erosão- Nula
A1g O -10 em; cinzento (10YR 6/1, úmido); argila pesada; maciça; muito firme, plástico e pega-
joso transição plana e clara.
Observações:
1) Na planície de inundação (várzea) o solo é o mesmo e se encontra coberto por uma lâmina de
60 em d'água, no mínimo, e com vegetação de gramínea alta (Canarana).
111/71
PERFIL N<? 17
LOCAL: Estado do Pará, Munic(pio de Prainha, pt 122.
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100 AI
em Si 0 2 Al 2 0 3 Fe 20 3 c N N Al+S
I I I floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20-2mm
Areia
grossa
l Areia
fina I Silte
I
Argila
total I
Argila
nat.
%
4,8 3,5 - - X X 37 63 59 6
5,0 3,5 - - X X 41 59 26 56
ANÁLISE: lPEAN
111/72
PERFIL N? 18 (IDESP) FOLHA SA.22-X-B
Classificação - Gley Pouco Húmico Distrófico textura argilosa fase terras altas
Erosão- Nula
O- 18 em; cinza muito escuro (10YR 3/1, úmido); argila; moderada média blocos suban-
gulares; poros e canais poucos; duro, firme, plastico e pegajoso; transição plana e clara.
18-46cm; cinza (10YR 5/1, úmido), mosqueado abundante pequeno proeminente ver-
melho (2.5YR 5/8, úmido) e comum pequeno distinto amarelo-brunado (10YR 6/8,
úmido); argila; maciça; duro, firme, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
e gradual.
46 -105cm;cinza claro (10YR 7/1, úmido), mosqueado pouco pequeno distinto vermelho
(10R 4/8, úmido); argila; maciça; duro, firme, plástico e pegajoso.
111/73
PERFIL N? 18
CLASSIFICAÇÃO: Gley Pouco Húmico Distrófico textura argilosa fase terras altas.
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100 AI
em Si0 2 Al 20 3 Fe 203 c N N AI+S
6868 18- 46 A3g 20,08 17,68 4,16 2,00 1,73 1,02 0,07 14 67
4,5 3,5 ~
- - 26 19 55 - 100
ANÁLISE: IPEAN
111/74
PERFIL N'? 19 FOLHA SA.22-V-B
Situação e Declividade- Perfil coletado com trado de caneco, área plana com 0-2% de declive
Erosão - Nula
Vegetação- Floresta
0-30cm;cinzento (10YR 6/1, úmido); franco argila siltoso; maciça; firme, plástico e
pegajoso; transiÇão plana e Clara.
30-80 em; cinzento (10YR 6/1; úmido), mosqueado comum pequeno proeminente bruno
amarelado (7.5 YR 6/8, úmido), franco argila siltoso; maciça; muito firme, plástico e
pegajoso; transição plana e clara.
111/75
PERFIL N~ 19
LOCAL: Estado do Pará, Municfpio de Gurupá, pt 133.
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -Nc 100AI
Si0 2 AI203 Fe20s c N AI+S
ea++
I Mg++ I K+ Na•
I s
I H+
l AI+++
J T %
mg
100g
7,80 8,70 0,07 4,76 21,33 0,00 0,00 21,33 100 1,15
I I .I floculação
~. 1
Calhau Cascalho Areia Areia Argila Argila
H20 KCI
>20mm 20-2mm grossa I fina
Silte
I total nat.
%
5,2 3,6 - - 2 X 66 32 22 31
5,8 3,7 - - X X 61 39 13 67
8,6 6,0 - - X X 69 31 26 16
ANÁLISE: IPEAN
111/76
PERFIL N9 20 FOLHA SA.22-V-C
Classificação - Gley Pouco Húmico Eutrófico textura muito argilosa fase substrato carbonático
Situação e Declividade- Perfil coletado com trado, parte aplainada com 0-2% de declive
Erosão- Nula
A1 0-30cm; cinzento claro (10 YR 6/1, úmido); mosqueado comum pequeno proeminente
amarelo avermelhado (5 YR 6/8, úmido); argila siltosa; muito duro, firme, muito plástico
e muito pegajoso; transição plana e abrupta.
C1 30-60 em; coloração variegada composta de bruno escuro (7.5 YR 4/4, úmido) e cinzento
(7.5 YR N6/, úmido); argila pesada; muito duro, muito firme, muito plástico e muito
pegajoso; transição plana e clara.
C2g 60-80 em; cinzento escuro (7.5 YR N4/, úmido); argila pesada; muito duro, muito firme,
muito plástico e muito pegajoso; transição plana e abrupta.
IIC3ca 80-100cm+; bruno escuro (10 YR 4/1, úmido); silte; plástico e não pegajoso.
111/77
PERFIL N? 20
LOCAL: Estado do Pará; Municfpio de Almerim, pt 1238.
CLASSIFICAÇÃO: Gley Pouco Húmico Eutrófico textura muito argilosa fase substrato carbonático.
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100AI
em SiOz AI203 Fe 20 3 c N N AI +S
Ca++
I Mg++ l K+ Na+
\
s
l H+
1 AI+++
1 T %
mg
100g
5,0 3,5 - - X X 46 54 45 17
4,7 3,2 - - X X 28 72 60 17
4,8 3,3 - - X X 25 75 60 12
6,5 5,7 - - X X 99 1 1 X
ANÁLISE: IPEAN
111/78
4.13. Solos Hidromórficos Indiscriminados Eu- Uma das indicações de ocorrência destes solos
tráficos e Distróficos em áreas tropicais se deve a JOACH IM ci-
tado no Tropical Soils dE;J MOHR e VON
Solos que apresentam perfis com horizonte BAREN, em que diz encontrarem-se áreas baixas
superficial orgânico e orgânico-mineral, com ao nível do mar. No Brasil foi descrito por
grande variação em espessura, nos quais a maté- SETZER em seu trabalho sobre os solos do
ria orgânica está total ou parcialmente decom- Estado de São Paulo e na Amazônia princi-
posta ou em ambas as formas. Possuem seqüên- palmente por DAY, por VIEIRA e OLIVEIRA
cia de camadas indiferenciadas ou de horizontes FILHO, por VIEIRA et alii, por KLINGE e por
gleyzados do tipo Bg ou Cg. Este grupamento é AL TEMULLER e KLINGE.
constituído de solos pouco evoluídos, mediana-
mente profundos, muito mal a mal drenados, Esta unidade sem muita importância agrícola
muito pouco porosos, muito ácidos e de baixa presente, caracteriza-se por possuir textura are-
capacidade de troca de cátións e saturação de nosa em todo o perfil, presença de A 2 de
bases. coloração branca ou cinza claro (N 8/0); um B
com acúmulo de humus e de sesquióxidos,
O estudo das características morfológicas destes acidez elevada e baixo conteúdo de bases trocá-
solos indica que são desenvolvidos sob grande veis.
influência de lençol freático, próximo à super-
fície, ou mesmo nesta, pelo menos em certas Assim sendo, o horizonte A, que pode apresen-
épocas do ano, evidenciada pela presença . de tar profundidade em torno de 50 em, está
cores acinzentadas e neutras (gleyzação) e pela dividido em A 1 e A 2 ; encontra-se superficial-
acumulação de matéria orgânica na parte superfi- mente escurecido pelo conteúdo de matéria
cial. orgânica, daí aparecer com uma coloração bru-
nada escura (7.5 YR 3/2) dominante. O hori-
São desenvolvidos .a partir de sedimentos alu- zonte A 2 , no matiz 10 YR apresenta coloração
viais, depósitos de baixadas e acumulações orgâ- cinza claro, com croma baixo e valor alto. Possui
nicas residuais que constituem formações refe- textura arenosa e apresenta-se solto, muito
ridas ao Holoceno. Variam grandemente em friável, não plástico e não pegajoso. A transição
decorrência da natureza do material de que são para o Bhir é ondulada e abrupta.
provenientes, podendo ser de textura das classes
argilosa ou média e compreendem solos como os O horizonte B está caracterizado por um acú-
Gley Húmico, Gley Pouco Húmico, Solos Orgâ- mulo de humus na sua parte superior e pela
nicos e alguma Laterita Hidromórfica. formação de um pan humo-arenoso corres-
pondente ao B2 • Apresenta-se com textura
Os solos componentes deste grupamento indis- arenosa, firme a muito firme, não plástico e não
criminado apresentam relevo praticamente plano, pegajoso.
correspondente às áreas de várzeas. A vegetação
dominante é de fisionomia herbácea, ocorrendo São originados a partir de sedimentos arenosos
também subarbustos em alguns locais. do Quaternário.
111/79
4.14.1. CARACTERIZAÇÃO MORFOLOGICA E ANALITICA DA UNIDADE
Erosão- Nula
9-19cm;brunoacinzentado escuro (10 YR 3/2, úmido) areia fina; maciça porosa; muito
friável, não plástico e não pegajoso; transição plana e difusa.
19- 50 em; cinzento brunado claro ( 1OY R 6/2 úmido); areia fina; maciça porosa; solto, não
plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.
50-53 em; bruno acinzentado escuro (1 O YR 4/2, úmido); areia fina; maciça porosa; solto,
não plástico e não pegajoso; transição plana e clara.
Bh 53-77 em; bruno (7.5YR 4/4, úmido) areia fina; maciça porosa; solto, não plástico e não
pegajoso; transição plana e clara.
77-104cm;brunoamarelado (10 YR 5/3, úmido); areia fina; maciça porosa; solto, não
plástico e não pegajoso, transição ondulada e clara.
111/80
132-140cm;cinzaclaro (10 YR 7/1, úmido), mosqueado bruno amarelado (10 YR 5/8,
úmido); areia fina; maciça porosa; muito friável, não plástico e não pegajoso; transição plana
e abrupta.
150 - 160cm+; (10YR7/1, úmido); mosqueado pouco pequeno e médio distinto bruno
amarelado (7.5 YR 5/6, úmido); mosqueado pouco pequeno e médio distinto bruno amare-
lado (7.5 YR 5/6, úmido); areia fina.
Observações: Raízes finas muitas no A11 ; abundantes no A12 ; finas e médias comuns no A 2 raras no
A3; muito finas raras no Bh e 8 2
Poros e canais não visíveis no A11 ; poucos no A 12 , A2 e A3; muito no Bh; poucos no
~-
Presença de concreções ferruginosas a partir do C1 e mica no C4.
111/81
PERFIL N<? 21
LOCAL: Estado do Pará, Município de Chaves, fazenda Cajueiros.
Prof. % %
-c
Protocolo
em
Horiz.
Si 02 I
Al 20 3 1 Fe20 3
Ki Kr
c
l N N
100 AI
AI +S
I I floculação
H20 I KCI Calhau Cascalho
>20mm 20-2mm
Areia
gross,a
\
l Areia
fina I Silte
I
Argila
total I
Argila
nat.
%
4,0 3,2 - - 28 63 9 X - -
4,7 3,7 - - 23 71 5 1 - 100
4,7 3,7 - - 20 76 3 1 - 100
4,6 3,8 - - 23 73 2 2 - 100
5,4 3,8 - - 23 72 2 3 - 100
4,9 3,9 - - 23 71 2 4 - 100
ANÁLISE: IPEAN
111/82
4.15. Solonchak getação de campo, principalmente na Ilha de
Marajá.
Os Solonchak são solos salinos comumente
encontrados na superHcie da Terra, aparecendo 4.16. Solos Indiscriminados de Mangues
em diferentes regiões climáticas. Podem ocorrer
tanto em faixas litorâneas como continentais,
sendo que nas primeiras os sais solúveis exis- Estes solos são constituídos por sedimentos não
tentes têm relação com a água do mar que os consolidados, recentes, geralm!=lnte gleyzados,
impregnam e, no segundo, são considerados formados por material muito fino misturados a
como resultantes das condições climáticas, pela materiais orgânicos provenientes principalmente
não lixiviação dos sais solúveis liberados ou da deposição dos detritos do mangue e da
formados pela intemperização das rochas. Na atividade biológica provocada por caranguejos.
área a sua formação se dá sob condições hi- Merecem destaque, nesta unidade de mapea-
dromórficas. mento, os Solos Gley Thiomórficos, que apre-
sentam mosqueados de coloração intensa (ocre),
Estes solos estão caracterizados pela presença de denominados de "cat clay". Este material tem
sais de natureza diversa nos diferentes horizon- origem nos sedimentos depositados pela água
tes, cujos conteúdos, bastante elevados, variam salobra, pobre em carbonato de cálcio e rico em
com as estações do ano, podendo, no período sulfeto de ferro. Quando extremamente drena-
mais seco, nas regiões áridas e sem i-áridas ou dos, além de muito ácidos, portanto com pH
mesmo úmidas, apresentar eflorescência salina muito baixo, tornam-se muito compactos e de
que aparecem como resultantes do acúmulo de difícil recuperação para a agricultura.
sais transportados em ascensão capilar durante o
processo de evaporação. Ocorrem em baixadas litorâneas, onde o relevo é
plano, as vezes côncavo, aspecto este que,
Possuem perfil constituído pelos horizontes, A, acrescido da oscilação diária das marés, lhes
Bg e Cg, de profundidade média em torno de proporciona condição de má drenagem.
SOem.
A vegetação encontrada sobre estes solos é
O horizonte A está dividido em A 1 e A 2 e o ' conhecida pelo nome de mangue, cobertura
horizonte B em B1 , B2 g, onde a textura argilosa vegetal esta que se apresenta dominante e por
e significante adsorção de Na; condicionam uma vezes· uniforme.
estrutura prismática ou em blocos subangulares
grandes, fortemente desenvolvida e cerosidade Os Solos Indiscriminados de Mangue não são
incipiente, bem como algum escorregamento de utilizados agricolamente devido às grandes limi-
argila. tações que apresentam, como. excesso de água,
sais e pelos investimentos que requerem para sua
Estes solos ocorrem em relevo plano sob ve- recuperação.
111/83
4.16.1. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÚGICA E ANALIIICA DA UNIDADE
Erosão- Nula
106 - 136 em+; cinza (2.5 YN5/, úmido); argila siltosa; muito plástico e muito pegajoso.
111/84
PERFIL N? 22
LOCAL: Estado do Pará, Município de Salvaterra, margem esquerda do Rio Camará.
Prof. % %
c
-- 100AI
-Protocolo
em
Horiz.
Si0 2 Al 20 3 J Fe20 3
Ki Kr
c N N AI+S
5,5 3,8 - - - 5 56 39 29 26
5,0 3,5 - - - 8 57 35 27 23
4,4 3,5 - - - 6 47 47 42 11
5,3 4,7 - - - 2 47 51 51 -
4,8 4,0 - - - 3 43 54 1 5
ANÁLISE: IPEAN
111/85
4.17. Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos camadas estratificadas que geralmente não apre-
sentam entre si relação pedogenética.
São solos predominantemente minerais, de for- Estes solos apresentam fertilidade natural que
maçao recente a partir da deposição de sedimen- varia de baixa a alta; são pouco profundos ou
tos arrastados pelas águas. Possuem um horizon- profundos, com drenagem moderada ou imper-
te A fracamente desenvolvido seguido por cama- feita e sem problemas de erosão devido a sua
das geralmente estratificadas. A composição e a situação topográfica.
granulometria apresentam-se de forma bastante
As cores normalmente variam de cinzento claro
heterogênea, estando a natureza das camadas
a cinzento escuro. A textura varia de areia à argi-
estreitamente relacionada com o tipo dos sedi-
la; a estrutura é granular ou fraca pequena e mé-
mentos depositados.
dia subangular; a consistência varia de solta a
Não há seqüência preferencial das camadas. firme, não plástica à plástica, não pegajosa à
Possuem textura que pode variar de areia franca pegajosa.
~ argila, estrutura fracamente desenvolvida na As camadas subjacentes apresentam composição
primeira camada, deixando parecer o desenvolvi- granulométrica distinta, sendo que a morfologia
mento de um horizonte A. ao qual se seguem varia principalmente em função da textura.
Erosão - Nu la
Vegetação- Vegetação de bosque, formada por árvores de porte médio, pitombeira, folha miúda,
ingazeiro bravo, taboca
0-20cm;cinzento (10YR 6/1, úmido), mosqueados comuns pequenos distintos bruno forte
111/86
(7.5 YR 5/8, úmido) e vermelho escuro (2.5 YR 3/6, úmido); franco argiloso; forte grande
blocos subangulares; duro, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição
irregular e difusa.
111 54-86 em; cinzento (7.5YR 6/0, úmido) mosqueados abundantes distintos vermelho escuro
(2.5YR 3/6, úmido) e amarelo avermelhado (7.5 YR 6/8, úmido); argila; fraca média
grumosa; duro, friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
Observações: Raízes finas com maior incidência nas camadas I e 11 com ramificações para as demais
camadas, porém em menor quantidade; nas camadas 111, IV e V raízes mais grossas e
menos abundante.
Na parte central da camada 11, existe uma zona bem definida de sedimentação em
forma de lâminas (estratificação).
Na camada 111, em toda sua extensão horizontal existem veias de carvão vegetal.
111/87
PERFIL N<? 23
LOCAL: Estado do Pará, Ilha de Marajó. Porto de Santo Antonio.
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100 AI
em Si0 2 Al 20 3 Fe 20 3 c N N AI +S
ANÁLISE: IPEAN
111/88
4.18. Solos Litólicos Distróficos Estes solos apresentam horizonte A com espes-
sura de 15 a 20 em, fracamente desenvolvido,
A presente unidade está constituída por solos constituindo perfis do tipo AR; podendo ainda
onde o horizonte A repousa diretamente ou não aparecer horizontes A 11 e A 12 sobre o R.
sobre a rocha R com perfil pouco evolu {do,
bastante raso, de textura e fertilidade variável Apresentam cores nos matizes 10 YR, e 5 YR
dependendo do material originário. com valores de 3 a 4 e cromas de 2 a 4, textura
franco argilosa à argilosa, freqüentemente com
São encontrados em áreas de relevo ondulado a cascalho, estrutura fracamente desenvolvida, ge-
montanhoso, geralmente sob vegetação arbórea. ralmente subangular, consistência ligeiramente
pegajosa a pegajosa. Este horizonte transiciona
Na área podem ser encontrados Litólicos de para a rocha de maneira abrupta ou clara e plana
arenitos, quartzitos, granitos, rochas eruptivas ou ondulada.
básicas, filitos e xistos.
111/89
5. LEGENDA tivo da imagem de radar, estabelecido durante os
trabalhos de campo.
A legenda de identificação das unidades de
mapeamento está formada, em sua maioria, por São considerados como inclusões, os solos que
associações de solos devido ao caráter genera- ocupam extensão inferior a 15% da área total de
lizado do mapeamento. O padrão intrincado de determinada unidade de mapeamento, não sendo
alguns solos, levou a ser estabelecido, predo- por essa razão representados no mapa, embora
minantemente associações constantes no máxi- sejam citados no relatório.
mo de três componentes.
O símbolo de cada unidade de mapeamento está
Em primeiro lugar figura o componente de em função do primeiro componente das associa-
maior importância sob o ponto de vista de ções. Assim a unidade que contiver o LATOS-
extensão ou de mel hores qual idades para a SOLO VERMELHO AMARELO como primeiro
agricultura, isto no caso de solos com áreas componente receberá o símbolo L V e assim
equivalentes. A seguir, em ordem decrescente sucessivamente.
I
111/90
LEGENDA DE IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
LA 10 ++LA d. med.
++ HP Plano e suave Sedimentos argilo arenosos
++ CL d. indisc. ondulado e arenosos (F. Barreiras)
111/91
LEGENDA DE IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
Podzólico
Vermelho PB 1 +++ PVA arg. Ondulado e forte Migmatitos, granitos
Amarelo + LVA d. arg. ondulado (Complexo guianense)
PB 4 ++ PVA arg.
++ PVA plint. arg. Ondulado e forte Granitos, principalmente
++ Li d. indisc. ondulado (Complexo Xingu)
111/92
LEGENDA DE IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
111/93
LEGENDA DE IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
HP 2 ++ HP Sedimentos arenosos
++LA d. med. Plano (Holoceno e F. Barreiras)
111/94
LEGENDA DE IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO
111/95
6. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEA·
MENTO
111/96
e, textura argilosa, bem drenados e fertili- grande composta de blocos subangulares e ferti-
dade natural baixa. Esta unidade é encontrada a lidade natural baixa.
leste, centro-oeste e norte da área sobre material
da Formação Barreiras e ltapicuru. Esta unidade ocorre no centro da área próximo a
Portei, a sudeste nas cabeceiras do rio Capim e,
UNIDADE DE MAPEAMENTO- LA 7 esparsamente, margeando o rio Paru, em relevo
Latossolo Amarelo Distrófico textura média plano tendo como material de origem sedimen-
Solos Concrecionários Laterlticos Indiscrimina- tos argilo arenosos e argilosos do Quaternário.
dos Distróficos textura indiscriminada
Esta unidade encerra solos profundos e mediana- UNIDADE DE MAPEAMENTO- LÂ 10
mente profundos, textura média e argilosa, Latossolo Amarelo Distrófico textura média
fortemente e bem drenados, estrutura maciça e Intermediário para Laterita Hidromórfica
indiscriminada e fertilidade natural baixa. Ocor- Podzol Hidromórfico
rem a leste em grandes áreas ao sul e norte Solos Concrecionários Latedticos Indiscrimi-
do Guamá, na margem esquerda da desemboca- nados Distróficos textura indiscriminada
dura do Xingu e a noroeste da área principal- Esta unidade de mapeamento compreende solos
mente junto aos rios Jari e Paru, em relevo suave profundos e medianamente profundos, textura
ondulado a ondulado, tendo como material de média, arenosa e indiscriminada, estrutura maci-
origem sedimentar argilo arenoso do Barreiras. ça e em grãos simples e em alguns casos
mascarada pelas concreções. A fertilidade natu-
UNIDADE DE MAPEAMENTO- LAs ral é baixa a muito baixa. O relevo é plano e
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa suavemente ondulado e a drenagem, em grande
Latossolo Amarelo Distrófico textura média parte, apresenta-se impedida devido à presença,
Solos Concrecionários Laterlticos Indiscrimi- em profundidade, de uma camada de permeabili-
nados Distróficos textura Indiscriminada. dade lenta, ao lençol freático não muito profun-
Compreendem solos profundos e medianamente do e/ou adição de água por translocação lateral
profundos, textura argilosa, média e argilosa interna, embora superficialmente a permeabili-
com concreções, forte e excessivamente drena- dade seja, algumas vezes, excessiva. A área de
dos, estrutura maciça e indiscriminada e ferti- ocorrência situa-se próxima às desembocaduras
lidade natural baixa. Esta unidade de mapeamen- dos rios Tocantins e Moju e o material de
to ocorre principalmente a sudoeste da área das origem são sedimentos argilo arenoso e arenosos
cabeceiras do Jarauçu e afluentes do Curuá, bem da Formação Barreiras.
como ao norte do Amazonas estendendo-se do
rio Jari para nordeste penetrando na região de UNIDADE DE MAPEAMENTO- LA 11
Macapá. O relevo é ondulado a forte ondulado Latossolo Amarelo Distrófico textura média
com áreas aplainadas e tem como material de Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa
origem sedimentas argilosos e argilo arenosos do Solos Concrecionários Lateríticos Indiscrimi-
Quaternário e Barreiras. nados Distróficos textura indiscriminada
Compõem esta unidade de mapeamento solos
UNIDADE DE MAPEAMENTO- LA9 profundos e medianamente profundos, textura
Latossolo Amarelo Distrófico textura média média, argilosa e indiscriminada, fortemente e
Gley Pouco Húmico Distrófico textura argilosa bem drenados, estrutura maciça e fertilidade
Os solos componentes desta unidade de mapea- natural baixa.
mento são profundos e medianamente profun-
dos, textura média e argilosa, moderadamente e Ocorrem extensivamente no centro da área
mal drenados, estrutura maciça e prismática desde o contato do Pré-Cambriano até o Amazo-
111/97
nas e do Xingu ao Tocantins, estendendo-se em (Laterita Hidromórfica Distrófica textura· indis-
ambas as margens deste. Outra ocorrência de criminada)
significação registra-se ao norte do Amazonas e Esta unidade de mapeamento é composta de
oeste do Paru, sempre em área do Terciário- solos argilosos, profundos, bem drenados, estru-
-Barreiras. O relevo dominante é o suave ondu- tura maciça e fertilidade natural baixa a média.
lado encontrando-se também áreas aplainadas Sua ocorrência se verifica a sudoeste da área em
matérias provenientes da decomposição de tolhe-
UNIDADE DE MAPEAMENTO- LA 12 lhos e siltitos da Formação Curuá (Devoniano) e
Latossolo Amarelo Distrófico textura média arenito fino da Formação Monte Alegre (Carbo-
Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis- nífero) com capeamento de sedimentos argilosos
criminada da Formação Barreiras (Terciário), que originam
Gley Pouco Húmico Distrófico textura indiscri- os Latossolos Amarelos. O relevo da unidade
minada varia de suave ondulado a ondulado.
(Areia Quartzosas Distróficas)
Compreendem esta Unidade de mapeamento A nível de inclusão encontram-se solos bastante
solos profundos e medianamente profundos, intemperizados, argilosos, com presença de mos-
fortemente e mal drenados, textura média e queados a partir da parte superior do B, embora
argilosa, estrutura maciça e em blocos subangu- atualmente apresentem drenagem livre.
lares, e fertilidade natural baixa a média.
UNIDADE DE MAPEAMENTO- L V 1
Esta unidade ocorre principalmente no centro- Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura
-norte da área na região continental junto ao argilosa.
Marajá, em relevo plano, tendo como material Podzólico Vermelho Amarelo textura argilosa
de origem dos solos sedimentos argila-arenosos e Esta unidade de mapeamento compreende solos
argilosos do Quaternário. argilosos, profundos, bem drenados, estrutura
maciça e em blocos subangulares e fertilidade
UNIDADE DE MAPEAMENTO- LA 13 natural baixa. Ocorrem em relevo ondulado e
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa forte ondulado, estando o Latossolo relacionado
Latossolo Amarelo Distrófico texturà média aos relevos menos dissecados e a morros de topo
Podzó/ico Vermelho Amarelo textura argilosa arredondados.
Esta unidade de mapeamento ocorre a sudoeste
da área em relevo suave ondulado e ondulado, É encontrada em grandes extensões a noroeste
sendo os solos desenvolvidos a partir de sedimen- da área estendendo-se para o Território do
tos argilosos da Formação Barreiras, que ca- Amapá, sobre rochas do Pré-Cambriano. Ocorre
peiam, em espessura variável, materiais prove- ainda próximo a Altamira, sobre material da
nientes da decomposição de folhelhos e siltitos decomposição de migmatitos e gnaisses do Com-
da Formação Curuá (Devoniano) e arenito gros- plexo Xingu, e no centro-sul na área de contato
seiro da Formação Trombetas (Siluriano). Com- Barreiras-Pré-Cambriano.
preende solos, profundos bem drenados, estru-
tura maciça e em blocos subangulares, textura UNIDADE DE MAPEAMENTO- L V2
argilosa e média e fertilidade natural baixa. Latossolo Vermelho Amarelo Distrófíco textura
argilosa
UNIDADE DE MAPEAMENTO- LA 14 Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa média
Latossolo Vermelho Escuro Distrófico textura Esta unidade de mapeamento ocorre em relevo
argilosa suave ondulado e ondulado, principalmente a
111/98
noroeste da área junto ao rio Jari, tendo como UNIDADE DE MAPEAMENTO- L v5
material de origem, xistos, filitos e quartzitos. Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico
Embora em pequena extensão, também ocorre plíntico textura média
ao sul da região em área de Pré-Cambriano. G/ey Pouco Húmico Distrófico textura indiscri-
Os solos desta associação são profundos, de tex- minada
tura argilosa e média, bem drenados, com estru- A presente unidade de mapeamento compreende
tura maciça e fertilidade natural baixa. solos de textura média e indiscriminada, profun-
dos e medianamente profundós, imperfeitamen-
UNIDADE DE MAPEAMENTO- L V3 te e mal drenados, estrutura maciça e prismática
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico textura grande composta de blocos subangulares e fertili-
argilosa dade natural baixa. Ocorre a noroeste da área,
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico textura no médio curso dos rios Jari e Paru, em relevo
média praticamente plano. Estes solos são formados a
Solos Litólicos Distróficos textura indiscri- partir de sedimentos do Holoceno.
minada UNIDADE DE MAPEAMENTO- TRt
Os solos componentes desta unidade de mapea-
Terra Roxa Estruturada Eutrófica textura argilosa
mento ocorrem em co-dominância e apre-
Brunizém Avermelhado textura argilosa
sentam-se profundos e rasos, de textura argi Iosa
Latossolo Roxo Eutrófico textura argilosa
e média, bem e fortemente drenados, estrutura Os solos compreendidos nesta unidade de ma-
maciça e fertilidade natural baixa, com seqüên- peamento apresentam-se profundos e mediana-
cia de horizontes A, B e C e A e R. Esta unidade mente profundos, textura argilosa, bem drena-
ocorre em relevo suave ondulado com presença dos, com horizonte B textural e B latossólico e
constante de escarpas que constituem os restos
fertilidade natural alta.
das chapadas aren íticas da Formação Trombetas
e pequena área sobre folhelhos e siltito da For- Esta unidade é encontrada a partir do Km 74 até o
maÇão Curuá em relevo ondulado, a noroeste da Km 108 da T ransamazôn ica no trecho compreen-
dido entreascidadesdeAitamirae ltaituba. Ocor-
área cortando transversalmente os rios Jari e
Paru, e ainda, em relevo suave ondulado a ondu- re em relevo ondulado e é proveniente da decom-
lado sobre rochas do pré-Cambriano, Formação posição de rochas básicas (basalto e diabásio).
Tocantins, ao sul da área, margem esquerda do UNIDADE DE MAPEAMENTO- TR2
rio de mesmo nome. Terra Roxa Estruturada Eutrófica textura argilosa
UNIDADE DE MAPEAMENTO- L v4 Podzólico Vermelho-Amare/o textura argilosa
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico textura L atossolo Vermelho-Amarelo Distrófico textura
argilosa argilosa
Podzó/ico Vermelho-Amarelo textura argilosa Desta unidade de mapeamento constam solos
S o I os Litólicos Distróficos textura indiscri- minerais, profundos e medianamente profundos,
minada de textura argilosa, bem drenados, com horizon-
Ocorrem nesta unidade de mapeamento, solos de te B textura! e B latossólico e de fertilidade na-
textura argilosa, profundos e rasos, bem e forte- tural variando de alta a baixa.
mente drenados, estrutura maciça, em blocos Esta unidade ocorre nas proximidades de Altami-
subangulares e indiscriminada e fertilidade natu- ra, junto ao rio Xingu, em relevo ondulado sendo
ral baixa. O relevo é ondulado e forte ondulado os solos provenientes da decomposição de falhe-
fortemente dissecado, e o material de origem é lho e siltito micáceo e intrusivas básicas (Diabásio).
proveniente da decomposição de xistos e arenito UNIDADE DE MAPEAMENTO- TR3
grosseiro, ocorrendo a noroeste da área, próximo Terra Roxa Estruturada Distrófica textura argilosa
ao rio Jari. Podzó/ico Vermelho-Amare/o textura argilosa
Esta unidade aparece ainda, com pequena exp- Esta unidade de mapeamento é constituída de
ressão, ao sul da área, próximo ao rio Xingu, em solos minerais, profundos e medianamente pro-
relevo forte ondulado e desenvolvida a partir de fundos, de textura argilosa, bem drenados, com
xistos da Formação Xingu. horizonte B textura! e de fertilidade natural
111/99
média a baixa. São encontrados em área de rPodzólico Vermelho Amarelo cascalhento tex-
relevo ondulado e provenientes da decompo- tura argilosa e Latossolo Vermelho Amarelo Ois-
sição de folhelhos e siltitos. Ocorre na margem tráfico textura média)
direita do rio Jari, ao norte de Monte Dourado. Esta unidade é constituída de solos minerais
com horizonte B textura!, não hídromórficos,
UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB1 argilosos, bem drenados, profundos e fertilidade
Podzólico Vermelho Amarelo textura argilosa natural variando de baixa a alta.
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura
argilosa Outras classes de solo são também encontradas
Esta unidade de mapeamento compreende solos nesta unidade de mapeamento, como o Podzóli-
minerais, argilosos, profundos, bem drenados, co Vermelho Amarelo cascalhento e Latossolo
com horizontes bem diferenciados ou não e Vermelho Amarelo textura média, ambos a nível
consistência firme a friável, quando o solo está de inclusão. ~ encontrada a sudoeste da área,
úmido. próximo ao rio lriri, em relevo suave ondulado a
ondulado, sob vegetação de floresta e desenvolvi-
Os solos desta unidade apresentam seqüência de dos sobre material proveniente da decomposição
horizontes A, B e C, são ácidos e na sua maioria de granitos, principalmente.
de ferti I idade baixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB4
Ocorrem em relevo ondulado e forte ondulado, a Podzólico Vermelho-Amarelo textura argilosa
noroeste da área em material do Complexo Podzólico Vermelho-Amarelo plíntico textura
Guianense (migmatitos e gnaisses, principalmen- argilosa
te}, e a sudoeste em material da Formação Solos Litólicos Distróficos textura indiscrimi-
Trombetas (arenito} e Formação Curuá (falhe-
nada
lho e siltito micáceo}.
Compreendem solos minerais, medianamente
profundos e rasos, bem drenados, ácidos, textura
UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB2
argilosa, sendo que no Podzólico Vermelho
Podzó/ico Vermelho-Amare/o textura argilosa
Amarelo pode haver ocorrência de plintita.
Solos Litólicos Distróficos textura indiscri-
minada.
Os solos integrantes desta unidade de mapea-
(Afloramentos Rochosos)
mento apresentam seqüência de horizontes A, B
Esta unidade de mapeamento compreende solos
e C ou A e R.
minerais, profundos a rasos, bem drenados,
ácidos, geralmente de textura argilosa, e sujeitos
São encontrados ao sul da área, próximo ao rio
a ação erosiva. São encontrados em relevo forte
Xingu, em relevo forte ondulado e ondulado e
ondulado, e provenientes da decomposição de
são derivados da decomposição de rochas gra-
granitos e riolitos. A referida unidade ocorre
níticas.
principalmente ao sul entre os rios Xingue lriri,
e, esparsamente, a noroeste da área. Aparecem
ainda, a nível de inclusão, afloramentos ro- UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB5
Podzólico Vermelho Amarelo textura argilosa
chosos.
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura
argilosa
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB3
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura
Podzólico Vermelho Amarelo textura Argilosa
média
Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eu-
tráfico textura argilosa. Constam desta unidade de mapeamento solos
111/100
minerais, medianamente profundos e profundos, encontrados no extremo sudoeste da área.
de textura argilosa e média, bem e fortemente
drenados, estrutura em blocos subangulares ou UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB8
maciça e fertilidade natural baixa. Podzólico Vermelho Amarelo textura argilosa
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura
São solos com seqüência de horizonte A, B e C, argilosa
apresentando transições de clara a difusa. Ocor~ Solos Litólicos Distróficos textura indiscrimi-
rem em relevo suave ondulado, ao sul da área, nada
próximo ao rio Xingu e são derivados da Esta unidade de mapeamento abrange solos de
decomposição de granitos com intenso grau de textura argilosa e indiscriminada, profundos e
intemperismo. rasos, bem drenados, estrutura em blocos suban-
gulares e maciça e fertilidade natural baixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB6
Podzó/ico Vermelho Amarelo textura argilosa Estes solos ocorrem em relevo forte ondulado, a
Podzólico Vermelho Amarelo plíntico textura noroeste da área e são desenvolvidos sobre
argilosa material proveniente da decomposição de rochas
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico textura do Pré-Cambriano e da Formação Curuá (falhe-
argilosa lhos e siltitos).
A unidade de mapeamento em questão com-
preende solos minerais com B textura! e B UNIDADE DE MAPEAMENTO- CL 1
latossólico, medianamente profundos a profun- Solos Concrecionários Lateríticos Indiscrimina-
dos, bem drenados, ácidos, apresentando textura dos Distróficas textura indiscriminada
argilosa e estrutura em blocos subangulares ou Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa
maciça com aspecto de fraca pequena granular, Compreendem solos de textura argilosa, media-
no horizonte B. namente profundos e profundos, bem drenados,
estrutura indiscriminada e maciça e de fertilida-
Estes solos são encontrados em grandes exten- de natural baixa. Ocorrem em relevo ondulado
sões ao sul da área e se estendem até sudoeste. dissecado, próximo ao rio Acará, tendo como
O relevo dominante é o suave ondulado a material de origem sedimentos argilosos da
ondulado moderadamente dissecado e são origi- Formação Barreiras.
nados de decomposição de granitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO- CL2
UNIDADE DE MAPEAMENTO- PB7 Solos Concrecionários Lateríticos Indiscrimina-
Podzólico Vermelho Amarelo textura .argilosa dos Distróficos textura indiscriminada
Latossolo Amarelo Distrófico textura àrgllosa Latossolo Amarelo Distrófico textura média
Solos Concrecionários Lateríticos Indiscri- (Podzol Hidromórfico)
minados Distróficos textura indiscriminada Esta unidade encerra solos de textura argilosa e
Estão compreendidos nesta unidade de mapea- média, medianamente profundos e profundos,
mento solos com horizontes B textura! e B bem a fortemente drenados, estrutura indiscrimi-
latossóicç:>, imediatamente profundos e profundos, nada e maciça e de fertilidade natural baixa.
bem drenados, argilosos e fertilidade natural Ocorre próximo à cidade de Belém em relevo
baixa. suave ondulado e plano em área do Terciário
Barreiras.
Ocorrem em relevo forte ondulado a montanho-
so (fortemente dissecados), derivados de sedi- Como inclusão aparece o Podzol Hidromórfico,
mentos argilosos da Formação Barreiras e são de textura arenosa; profundos, excessivamente
111/101
drenados e fertilidade muito baixa, associados da Ilha de Marajó nas cercanias da cidade de
quase sempre à vegetação campestre. Chaves, em áreas de relevo plano e tendo como
material de origem sedimentos inconsolidados
UNIDADE DE MAPEAMENTO -AOt do Quaternário.
Areias Ouartzosas Distróficas
Esta unidade de mapeamento compreende solos UNIDADE DE MAPEAMENTO- HL 1
minerais, arenosos, muito profundos, excessiva- Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis-
mente drenados, muito ácidos e de fertilidade criminada
natural muito baixa. Areias Ouartzosas Distróficas
Na presente unidade de mapeamento aparecem
São solos que ocorrem em pequenas extensões a solos medianamente profundos a profundos, de
leste e sudoeste da área normalmente em relevo textura que pode variar de argilosa a areia,
plano e originários de sedimentos inconsolidados moderada a excessivamente drenados, com estru-
do Quaternário. tura variando entre maciça, subangular modera-
da e grãos simples, e fertilidade natural bastante
UNIDADE DE MAPEAMENTO- A02 baixa.
Areias Quartzosas Distróficas
Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis- Ocorrem na parte este da Ilha de Marajó,
criminada principalmente nos municípios de Soure, Salva-
Os solos que compõem esta unidade de mapea- terra e Ponta de Pedras, em áreas de relevo plano
mento são muito profundos e medianamente pro- e são formados a partir de materiais do Quater-
fundos, textura arenosa e indiscriminada, exces- nário, mais precisamente do Holoceno.
sivamente e imperfeitamente drenados, estrutura
maciça e em blocos subangulares e fertilidade UNIDADE DE MAPEAMENTO- HL2
natural baixa. Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis-
criminada
A principal ocorrência desta unidade verifica-se Solonchak textura indiscriminada
entre a cidade de Oeiras e a desembocadura do Nesta unidade de mapeamento ocorrem solos
rio Tocantins, em área de relevo plano tendo medianamente profundos de textura indiscrimi-
como material de origem sedimentos inconsoli- nada, imperfeita a mal drenados, moderada a
dados do Quaternário. A cobertura vegetal é fortemente estruturados quando secos, de fertili-
constituída por campos e "campinarana". dade baixa dominante e alguns com problemas
de salinidade.
UNIDADE DE MAPEAMENTO- A03
Areias Quartzosas Distróficas Ocorrem principalmente na parte este da ilha de
Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis- Marajó, no município de Soure, em área de
criminada relevo praticamente plano, tendo como material
Areias Quartzosas Marinhas Distróficas originário sedimentos do Quaternário.
Desta unidade de mapeamento constam solos
muito profundos, permeáveis, de drenagem im- UNIDADE DE MAPEAMENTO- HL3
perfeita geralmente condicionada pelos mares, Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis-
textura dominantemente arenosa, estrutura ma- criminada
ciça e em blocos subangulares, e fertilidade Gley Pouco Húmico Eutrófico e Distrófico
natural baixa. textura indiscriminada
Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos textura
A ocorrência desta unidade se restringe ao norte indiscriminada
111/102
A unidade H L3 compreende solos mediana e Húmico quando seco. Apresentam drenagem
pouco profundos, de textura indiscriminada e variando de má a moderada, embora em algumas
drenagem variando de má a moderada. Possuem classes ocorra drenagem mais livre com permea-
estrutura maciça a subangular moderada e os bilidade excessiva. A fertilidade de um modo
Gley Pouco Húmico, quando secos,podem apre- geral é baixa.
sentar inclusive estrutura prismática. Encon-
tram-se freqüentemente fendilhados devidos ã Ocorrem na foz do rio Tocantins em áreas
presença de argilas de retículos expansivos e a praticamente planas e são formados a partir de
fertilidade varia de baixa a alta. sedimentos do Holoceno e da Formação Bar-
reiras.
São encontrados em áreas planas na Ilha Queima-
da na foz do rio Amazonas próximo a Macapá e UNIDADE DE MAPEAMENTO- HL6
na parte este da ilha de Marajó, municípios de Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis-
Soure e Salvaterra. Os solos desta unidade são criminada ,
formados a partir do Holoceno. Podzólico Vermelho Amarelo plíntico textura
ar.qilosa
UNIDADE DE MAPEAMENTO - HL4 Gley Pouco Húmico Eutrófico e Distrófico
Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis- textura indiscriminada
criminada Esta unidade compreende solos moderado a mal
Areias Quartzosas Distróficas drenados, medianamente profundos, de textura
Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos -;-textura que pode ir de média à argilosa, dominantemen-
indiscriminada te estruturados e de fertilidade natural comu·
Desta unidade de mapeamento constam solos de mente baixa. Ocorrem próximo à margem es-
profundidades variadas e de textura que pode ir querda do rio Amazonas, na região sudoeste do
de areia à argila. Apresentam-se imperfeita a mal Território Federal do Amapá, em relevo plano e
drenados, com estrutura variando de maciça a suave ondulado e são formados a partir de
moderada subangular e com fertilidade natural sedimentos do Quaternário, do Terciário e de
geralmente baixa. materiais da Formação Curuá.
111/103
Solos Gley Eutróficos e Distróficos textura aluviais, depósitos de baixadas e acumulações
argilosa. orgânicas residuais, referidas ao Holoceno.
Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos textura
indiscriminada UNIDADE DE MAPEAMENTO- Hl2
Laterita Hidromórfica Distrófica textura indis- Solos Hidromórficos Indiscriminados Distróficos
criminada textura indiscriminada
Constam desta unidade de mapeamento solos Podzólico Vermelho Amarelo plíntico textura
medianamente profundos, textura dominante- argilosa
mente argilosa, mal a moderadamente drenados, Pertencem a esta unidade de mapeamento solos
estrutura em blocos subangulares e fertilidade medianamente profundos, mal a imperfeitamen-
natural variando de alta a baixa. te drenados, textura geralmente argilosa, estrutu-
ra em blocos subangulares e de fertilidade
Ocorrem ao norte da área, nas cercanias da natural baixa.
cidade de Chaves e próximo ao lago Arari ambas
na ilha de Marajó, e na calha do baixo Amazo- A principal ocorrência desta unidade se dá ao
nas, em relevo plano e tendo como material de norte da área, margem esquerda do rio Amazo-
origem sedimentos do Quaternário. nas, em relevo plano e são provenientes de
sedimentos referidos ao Holoceno.
UNIDADE DE MAPEAMENTO- HG3
Solos Gley Eutróficos e Distróficos textura UNIDADE DE MAPEAMENTO - Hl3
indiscriminada Solos Hidromórficos Indiscriminados Eutróficos
Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos textura e Distróficos textura indiscriminada
indiscriminada Solonchak textura indiscriminada
A presente unidade é constituída por solos mal a Esta unidade consta de solos m.edianamente
imperfeitamente drenados, profundos e media- profundos, mal a muito mal drenados, textura
namente profundos, textura indiscriminada, es- indiscriminada, estrutura em blocos subangulares
trutura em blocos subangulares e maciça, e de e colunar e fertilidade natural variando de alta â
fertilidade natural variando de alta a baixa. baixa. É encontrada, com significação, unicamen-
te a nordeste da Ilha de Marajá, em relevo plano
Ocorre nas margens do baixo Tocantins e exten- e tem como material de origem sedimentos do
sivamente no contorno sul e oeste na ilha de Holoceno
Marajó, em área de relevo plano tendo como
material de origem sedimentos do Holoceno. UNIDADE DE MAPEAMENTO~ Hl4
Solos Hidromórficos Indiscriminados Eutróficos
UNIDADE DE MAPEAMENTO- Hl1 e Distróficos textura indiscriminada
Solos Hidromórficos Indiscriminados Eutróficos Latossolo Amarelo Distrófico textura média
e Distróficos textura indiscriminada Areias Ouartzosas Distróficas
Esta unidade de mapeamento compreende solos Os solos componentes desta unidade são media-
medianamente profundos, mal a muito mal namente profundos a profundos, com drenagem
drenados, textura e estrutura indiscriminadas, e ocorrendo desde mal a excessivamente dre-
fertilidade natural variando de alta a baixa. nados, textura argilosa, média e arenosa, es-
trutura em blocos subangulares e maciça, e
l: encontrada principalmente na ilha de Gurupá fertilidade natural de alta a muito baixa.
na foz do Amazonas e desembocadura dos rios
Moju e Guam~. em área de relevo plano. O Esta unidade ocorre extensivamente no centro
material originário é proeminente de sedimentos da ilha de Marajá em relevo praticamente plano,
111/104
tendo como material de origem sedimentos do do munic(pio de Soure, e é formado a par-
Quaternário. tir de sedimentos de Holoceno.
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indiscriminadas, estrutura maciça e fertilidade solos que se encontram em relevo forte ondula-
natural variando de alta a baixa. do a montanhoso e escarpado, fortemente a bem
drenados, com estrutura fraca e moderada sub-
Ocorrem esparsamente na parte central, sul e angular com ou sem concreções, textura domi-
leste da área, representadas pelas planícies dos nante argilosa e fertilidade baixa. Encontram-se
rios Bacajá e Jacundá, pelas ilhas do Xingu e principalmente na parte noroeste da área e são
margens do rio Guamá. São formados em sedi- originados de material do Terciário e Carbon í-
mentos do Holoceno. fero.
111/106
da por solos de te"tura argilosa, rasos e mediana- UNIDADE DE MAPEAMENTO -AR
mente profundos, bem drenados, estrutura indis- Afloramentos Rochosos
criminada e em blocos subangulares, e fertilidade
natural baixa. O relevo da referida unidade varia Esta unidade de mapeamento compreende aflo-
de forte ondulado a montanhoso e o material ramentos de rochas, principalmente de granitos,
originário é composto de granitos e riolitos, que, gnaisses e migmatitos. Ocorre a sudoeste da área,
na área, afloram em percentagem significativa. nas ilhas do rio Xingu, EiJm relevo suave on·
dulado.
111/107
7. USO ATUAL desenvolvimento e a integração desta vasta re-
gião ao sistema produtivo do pafs.
Da área presentemente estudada mais de 75%
está constitu(da por floresta primitiva, densa e Em um enfoque suscinto sobre a pecuária,
aberta, o que corresponde dizer que esta região destaca-se, no momento, da ilha de Marajó como
permanece ainda sob o domfnio da natureza. E um dos mais importantes centros pastoris da
na Zona Bragantina, circunvizinhanças de Belém, Amazônia. De topografia plana e baixa, toda a
que a fisionomia da área sofreu maiores e mais parte oriental da ilha é revestida pela vegetação
profundas alterações. No in(cio deste século esta campestre. De solos dominantemente hidromór-
região era intensamente recoberta por floresta ficos, os denominados "campos de várzea",
tropical pluvial. Com o evento da colonização, embora possuam boas forrageiras apresentam
que se processou de forma lenta, esparsa e mal forte limitação mesmo para a pecuária devido à
orientada, surgem os núcleos de ocupação huma- baixa fertilidade, e à periodicidade de inunda-
na e a atividade agrfcola se faz sentir nos moldes ções, com riscos de perdas totais ou parciais da
tradicionais desenvolvendo uma agricultura tipi- criação, que se traduz em morte de animais ou
camente de subsistência. E o que era floresta simplesmente em perda de peso nos perfodos de
exuberante cede lugar a uma vegetação heterogê- cheia. Nesta ocasião o gado é recolhido para as
nea constitufda de campo, capoeira e/ou mata partes altas. denominadas têsos.
secundária.
Afora isto pode-se citar, de forma incipiente, a A cultura da cana já pesou e volta a pesar
ocupação efetiva de glebas por empresas rurais, consideravelmente na balança econômica da
de natureza particular, que participam do esfor- região amazônica, sobretudo na do Estado do
ço do governo central em criar na Amazônia Pará. Nas regiões do baixo Tocantins e das ilhas
uma infra-estrutura que possibilite o rápido aproveita-se a várzea para o plantio não só da
111/108
cana mas de outros produtos como cacau, arroz, reprodutqres e matrizes melhoradas, vacinação.
etc. Toda esta região do Pará encontra na adição de sais minerais, etc. O rebanho está
agricultura um dos sustentáculos de sua econo- constitu(do por raças zebuínas e bubal(deos
mia embora o extrativismo vegetal também destinadas principalmente à produção de carne,
figure como atividade econômica. embora raças com aptidão leiteira pouco a
pouco venham sendo destacadas dentro da eco-
A cultura da pimenta-do-reino, no Estado do nomia agroindustrial regional.
Pará, constitui uma demonstração do que é
possível realizar em matéria de agricultura, numa
região de solos quimicamente pobres. /!> região 7.3. Extrativismo
de Belém, possui clima ideal para a cultura da
pimenta-do-reino e solo com propriedades físicas E o tipo mais primitivo da atividade agr(cola,
ótimas. A pobreza qu (mica do solo é resolvida caracterizado essencialmente, pela coleta de pro-
com o emprego de quantidades maciças de dutos, Na área, nesta atividade agrícola, podem
matéria orgânica e de adubos qu (micos. No ser citadas como as mais importantes do ponto
âmbito regional verifica-se que a produção de de vista econômico: a borracha, diversas oleagi-
pimenta-do-reino se concentra no município de nosas utilizadas principalmente na indústria de
Tomé-Açu. saboaria, o palmito de aça(, a castanha e a
madeira. Aproximadamente 80% da área acha-se
coberta por floresta, densa e aberta, constitu (da
7.2. Pecuária por espécies produtoras de látex, sobressaindo-se
a Hevea brasil ienses; pela castanha (Bertholetia
Atual mente a pecuária não somente pode ser excelsa), diversas oleaginosas como a andiroba,
tratada em função da ocorrência dos campos (Carapa guianensis), a ucuúba \Viro/a sp.), etc., e
naturais, como é o caso da ilha de Marajá, mas espécies produtoras de madeiras de grande valor
também de outras áreas de campos formados comercial. Podem ser citados também a piaçava,
onde a criação de gado já começa a ter sua o timbó (Derris sp) e a sorva (Couma sp.), que
expressão econômica. Hoje a pecuária vem sendo muito embora apareçam em menor volume,
conduzida dentro de um sistema extensivo con- também, pesam na balança econômica do Esta-
trolado, diferindo do extensivo tradicional por do, ocorrendo o mesmo com o Aça( (Euterpe
apresentar determinadas características como: oleracea) cujo palmito está sendo explorado, no
introducão de novas espécies forrageiras, de momento, de maneira industrial.
111/109
8. APTIDÃO AGRICOLA 8.1. Condições Agrícolas dos Solos e seus Graus
de Limitações
Para avaliar-se a aptidão agrfcola dos solos
adotou-se o sistema da capacidade de uso das 8.1.1. CONDIÇOES AGRl"COLAS DOS SOLOS
terras estabelecidas por Bennema, Beek e Camar-
go (1965). Este sistema é usado atualmente no Na descrição das condições agrícolas foi tomado
Brasil e ~m outros pa(ses da América Latina, em como referência um solo hipotético, no qual a
levantamentos de caráter geral ao n fvel explora- fertilidade natural é boa, não há deficiência de
tório e de reconhecimento. água ou de oxigênio, não apresenta susceptibili-
dade à erosão e não tem impedimento ao uso de
Resulta de uma análise dos graus de limitações implementas agrícolas. E portanto considerado
que condicionam o uso agrfcola das terras, o solo agr(cola ideal, no qual qualquer planeja-
como: deficiência de fertilidade, susceptibilidade mento de uma agricultura racional obterá os
à erosão, deficiência ou excesso da água e mais altos rendimentos.
impedimentos à mecanização.
Ressalta-se, entretanto, que determinadas cultu-
Estas limitações são deduzidas em função das ras, como por exemplo a do arroz (Oriza satíva},
caracterfsticas pedológicas como drenagem, pro- adaptada ao excesso de água e como o algodão
fundidade efetiva, fertilidade, grau de erosão, (Gossypíum sp}condicionado a uma época seca
etc. As terras foram classificadas em dois siste- no fim de seu per(odo vegetativo, têm o ótimo
mas de manejo, com as modificações necessárias, de seu desenvolvimento em condições bastante
de modo que possam ser utilizados em toda a diferentes às do solo hipotético. Disto se deduz
área do Projeto. São eles: que as condições agrícolas reais das diferentes
unidades de solos são descritas como desvio ou
a) Sistema Primitivo de Agricultura, bastante limitações do solo ideal.
disseminado na região e que é utilizado por
pessoas sem capital, nível técnico baixo e com Para a interpretação das condições agr(colas dos
práticas tradicionais de manejo; e solos, inicialmente foram analisados os cinco
aspectos que estão em relação com uma ou mais
b) Sistema Desenvolvido de Agricultura, com propriedades do solo e do meio ambiente das
grandes perspectivas de utilização a curto prazo quais foi feita uma avaliação em termos relacio-
e caracterizado por um n(vel técnico aceitável, nados diretamente com o desenvolvimento e
possibilidades de orientação e assistência técnica produção das culturas.
e capital médio suficiente para melhorar certas
limitações das condições agrícolas dos solos. Assim sendo, como principais fatores limitantes
aparecem:
Estes sistemas representam o estado atual da
agricultura. O Primitivo condicionado pela defi-
ciência de nutrientes no solo, cujo empobreci- 1. Deficiência de Fertilidade Natural
mento é progressivo devido aos cultivos freqüen-
tes e o Desenvolvimento restringido pelos altos Refere-se à disponibilidade de macro e micronu-
preços de fertilizantes e corretivos que chegam a trientes no solo, seu aproveitamento pelas plan-
ser, muitas vezes, proibitivos a pequenos agri- tas e presença ou ausência de substâncias tóxicas
cultores. (ai um ínio, manganês e sais solúveis-espe-
cialmente sódio}.
111/110
Em virtude da carência de dados para interpreta- de de água disponível às plantas e das condições
ção baseada na presença de macro e micronu- climatológicas, especialmente precipitação e eva-
trientes no solo, são utilizados em substituição potranspiração. Nos desertos, em algumas áreas
outros dados químicos, direta ou indiretamente superúmidas e mesmo nas áreas secas do Nordes-
importantes, com relação à fertilidade. Os valo- te, os fatores climatológicos são os de maior
res que melhor se relacionam com a fertilidade importância.
são: saturação de bases (V%) e saturação com
alumínio, soma de bases trocáveis (S) e atividade Em alguns casos, propriedades individuais dos
do ciclo orgânico (floresta em relação ao cerra- solos têm grande influência na água disponível
do). Outros dados importantes como nitrogêneo que pode ser armazenada. Entre estas proprieda-
total, relação C/N, P205 total, alumínio trocá- des destacam-se: textura, tipo de argila, teor de
vel, cátions trocáveis e capacidade de troca de matéria orgânica e profundidade efetiva.
cátions (T), são pouco utilizados em virtude da
sua mais difícil interpretação, pois suas relações No caso dos solos de baixada, ao lado da água
com a fertilidade natural não se acham perfeita- disponível quP pode ser armazenada, são utiliza-
mente esclarecidas, nos solos tropicais. das outras propriedades, como altura do lençol
freático e condutividade hidráulica.
Com base apenas nos dados químicos disponí-
veis, nem sempre é poss(vel obter-se uma conclu- Todavia, dados sobre a dispobilidade de água nos
são correta a respeito da fertilidade de um solo solos, precipitação e evapotranspiração, são mui-
tropical. São indispensáveis, portanto, as obser- to escassos para serem usados como base na
vações de campo, principalmente acerca do uso determinação do grau de limitações por deficiên-
da terra, produtividade, qualidade das pastagens, cia de água. As observações de campo, mais uma
assim como, relações entre a vegetação natural e vez utilizadas. Observações sobre comportamen-
a fertilidade. to das pastagens, tipo de culturas e vegetl3ção
natural, são necessárias para a suplementação
As definições dos graus de limitações para cada dos dadps disponíveis. A vegetação natural
um dos cinco aspectos das condições agrfcolas evidentemente só poderá ser considerada nos
dos solos, geralmente compreendem informações casos em que é adaptada às condições da água
referentes a relações entre graus de limitações e nos solos.
dados facilmente observáveis e mensuráveis.
Essas relações, entretanto, nem sempre são Até que melhores métodos sejam encontrados, a
precisas, e devem ser usadas como um guia de relação de umidade com os tipos de vegetação,
orientação geral. que por sua vez estão relacionados com as
regiões bioclimáticas de Gaussen, foi a principal
As imitações são definidas com base nas con- base para o estabelecimento desta limitação. A
dições naturais dos...-solos, sendo válidas, sob vegetação natural reflete as condições de varia-
alguns dos aspectos, apenas para o sistema de ção da deficiência de água na região.
manejo primitivo. Nos sistemas agrícolas de-
senvolvidos, os graus são estabelecidos em fun-
ção da possibilidade de remoção ou melhora- 3. Excesso de Agua (Deficiência de Oxigênio)
mento da referida limitação.
O excesso de água está geralmente relacionado
2. DEFIClt:NCIA DE AGUA com a classe de drenagem natural do solo, que
por sua vez, é resultado de condições climatoló-
A deficiência de água é uma função da quantida- gicas (precipitação e evapotranspiração), relevo
111/111
local, propriedades do solo e altura do lençol A referência para a susceptibilidade à erosão, é
freático. que a ocorreria se os solos fossem usados para
culturas, em toda a extensão do declive e sem a
Na maioria dos casos existe uma relação direta adoção de medidas de controle à erosão.
entre classe de drenagem natural e deficiência de
oxigênio. A susceptibilidade à erosão está na dependência
de fatores climatológicos (principalmente inten-
As caracterfsticas do perfil de solo são usadas sidade e distribuição das chuvas), da topografia e
para determinar a classe de drenagem sob condi- comprimento dos declives, do microrrelevo e dos
ções naturais. No solo drenado artificialmente, a seguintes fatores do solo: infiltração, permeabili-
relação entre classe de drenagem e deficiência de dade, capacidade de retenção de umidade, pre-
oxigênio não é mais direta, enquanto o sistema sença ou ausência de camada compactada no
funcionar adequadamente para remover o ex- perfil, coerência do material do solo, superHcies
cesso de água. de deslizamento e presença de pedras na superfí-
cies, que possam agir como protetoras. Muitos
Em solos que apresentam lençol freático, o fator dos fatores citados são resultantes da interpreta-
mais importante é a altura do lençol, ao passo ção de propriedades do solo, tais como: textura,
que nos solos sem lençol freático são considera- estrutura, tipo de argila e profundidade.
das as seguintes propriedades: estrutura, permea-
bilidade, presença ou ausência de camada menos Os Latossolos são um exemplo no qual, as
permeável (restringindo o enraizamento) e pro- propriedades do solo são favoráveis, sendo a
fundidade da mesma. susceptibilidade à erosão menor do que a sugeri-
da pelo declive. Brunas Não Cálcicos são, em
Deve-se notar que deficiência e excesso de água contrapartida, exemplo de solos que apresentam
são aqui considerados como aspectos distintos caracterfsticas desfavoráveis, sendo grande a
das condições agrícolas dos solos. Um mesmo susceptibilidade à erosão.
solo pode apresentar limitações por deficiência
de água na estação seca, e por excesso na estação No decorrer do processo eros1vo, pode um
chuvosa. Nem todas as combinações são no determinado solo aumentar gradativamente a sua
entanto possíveis, pois um solo com uma forte susceptibilidade à erosão. Isto acontece em solos
deficiência de água, em geral não terá mais que nos quais houve uma erosão prévia, pela qual, o
uma ligeira limitação por excesso. horizonte superficial mais poroso e coerente foi
erodido e onde já se formou um sistema de
Neste aspecto das condições agrfcolas dos solos sulcos e voçorocas.
são também considerados os riscos de inunda-
ção, pois causam uma deficiência temporária de O grau de susceptibilidade à erosão, para uma
oxigênio e danos às plantas não adaptadas. determinada classe de solo, é mais facilmente
determinado nos locais onde o solo é utilizado
4. Susceptibilidade à Erosão para agricultura, sem medidas preventivas contra
a erosão.
~·considerada neste item, basicamente, a erosão
pela ação das águas de chuva. A erosão sólida Em outros caos podem-se estabelecer relações
não tem muita importância, exceto no caso das entre declive e susceptibilidade à erosão, tendo
AREIAS OUARTZOSAS MARINHAS DISTRÓ- como base o conhecimento das relações entre
FICAS. erosão e características do perfil de solo.
111/112
5. Impedimentos ao Uso de lmplementos Agrí- solos com teores elevados de nutrientes e mesmo
colas (Mecanização) pela ausência de melhores dados que possibili-
tem atualmente a sua sep9ração.
Este fator depende, principalmente, de grau e
forma do declive, presença ou ausência de NULA e LIGEIRA- Solos com altos níveis de
pedregosidade e rochosidade, profundidade do nutrientes disponíveis para as plantas e sem
solo e condições de má drenagem natural, além conter sais tóxicos, produzindo bons rendimen-
da constituição do material do solo, como tos durante vários anos.
textura argilosa com argilas do tipo 2:1, textura
arenosa e solos orgânicos, e de microrrelevo Solos com B latossólico ou textura! pertencentes
resultante da grande quantidade de cupinzeiros a este grau devem apresentar mais do que 50%
(termiteiros) e /ou "gilgai" ou solos com muitos de saturação de bases (V%) e menos de 50% de
sulcos e voçorocas, devidos à erosão. saturação com ai um íriio. A soma de bases
trocáveis (S) maior que 3,0 mE/1 OOg de solo.
A pequena profundidade do solo tem influência Devem se apresentar praticamente I ivres de
nos casos em que o material subjacente é excesso de sais e/ou com condutividade elétrica
consolidado ou não indicado para ser trazido à menor que 4 mmhos/cm a 25°C.
superfície por aração.
MODERADA - Solos nos quais as reservas de
Com relação à mecanização, uma área sem um ou mais nutrientes disponíveis às plantas são
impedimentos somente é levado em conta, se limitadas. As condições de nutrientes permitem
apresentar um tamanho mínimo que compense o somente bons rendimentos de culturas durante
uso de máquinas agr(colas. Áreas pequenas, sem os poucos primeiros anos, depois do que, com a
impedimentos à mecanização, são desprezadas continuação do uso agrícola decrescem rapida-
quando estão disseminadas no meio de outras mente. Necessitam de fertilização após poucos
áreas, nas quais não é possível uso de implemen- anos, a fim de manter a produtividade, pois
tas tracionados. correm o risco de se empobrecerem e se degrada-
rem a uma classe mais baixa de produtividade
devido ao uso exaustivo. Estão incluídos neste
8.1.2. GRAUS DE LIMITAÇÕES grau solos que possam apresentar sais tóxicos
que não permitam o cultivo de plantas sensíveis
Sendo o solo agrícola descrito como desvio ou e/ou condutividade elétrica normalmente entre 4
limitação do solo hipotético, é possível utilizar, e 8 mmhos/cm a 25oc.
dentro das condições agrícolas, cinco graus de
limitações, denominadas de: NULA, LIGEIRA, FORTE -Solos nos quais um ou mais nutrien-
MODERADA, FORTE e MUITO FORTE, que tes disponíveis aparecem somente em pequenas
comportarão as definições a seguir, nas quais quantidades. Devido a estas condições somente
foram introduzidas modificações adaptadas a permitem uma produção razoavelmente boa para
esta região. plantas adaptadas e durante os primeiros anos de
cultivos. Apresentam baixa soma de bases trocá-
veis (S).
1. Graus de Limitações para Fertilidade Natural
Em uso adequado estes solos geralmente necessi-
As limitações NULA e LIGEIRA apresentam-se tam fertilização desde o prindpio das atividades
provisoriamente reunidas, isto motivado pelo agrícolas.
relativo pouco conhecimento das variações dos
111/113
Estão incluídos neste grau, solos com sais a) Solos com drenagem interna livre que ocor-
tóxicos que somente permitem o crescimento de rem somente em climas com um período seco
plantas tolerantes, e/ou com condutividade elé- mais ou menos prolongado que vai de 3 a 7
trica de 8 a 15 mmhos/cm a 25oc. meses.
MUITO FORTE - Solos com um conteúdo de b) Solos pouco profundos ou muito arenosos
nutrientes muito restrito, condicionando muito em climas com uma curta estação seca.
poucas possibilidades de utilização com agricul-
tura, pastagem e florestas. Apresentam soma de FORTE - Solos que apresentam uma grande
bases trocáveis (S) muito baixa. Também solos deficiência de água disponível durante um perío-
com sais tóxicos que permitem o crescimento do prolongado que coincide com o ciclo vegeta-
somente de plantas tolerantes e/ou com conduti- tivo da maioria das plantas cultivadas. Somente
vidade elétrica maior que 15 mmhos/cm a 250C. se desenvolvem culturas muito bem adaptadas.
FORTE- Solos nos quais as plantas não adapta- MODERADA- Solos moderadamente susceptí-
das ao excesso de água somente podem se veis à erosão. Com o uso agrícola prolongado
desenvolver satisfatoriamente com o aux(lio de ( 1O a 20 anos) podem ter de 25 a 75% de sua
drenagem artificial. Normalmente apresentam-se camada superficial (horizonte A) removida. Em
mal drenados ou com riscos de inundações geral são solos de declive moderado (8 a 20%),
anuais curtas e médias. porém quando as propriedades físicas forem
muito desfavoráveis à erosão podem apresentar
MUITO FORTE- Solos nos quais, para o desen- declives maiores ou quando o clima e as proprie-
volvimento das plantas não adaptadas ao excesso dades físicas forem favoráveis à erosão ocorrem
de água, são necessários trabalhos intensivos e também em declives suaves (3 a 8%). É possível
complexos de drenagem. Normalmente são solos aparecer pequenas voçorocas.
mal a muito mal drenados ou que apresentam
riscos de inundação anual longa ou permanecem O manejo para controle à erosão deve ser
inundados durante todo o ano. intensivo.
111/115
cos anos. É comum a presença de voçorocas ondulada, quando não existem outros impedi-
profundas. mentos de natureza mais séria. Se usados para a
agricultura, freqüentes e profundos sulcos de
Proteção e controle à erosão normalmente não erosão podem estar presente. Inclui solos com
são viáveis técnica e economicamente. moderados impedimentos devido à rochosidade
(10 a 25%), à pedregosidade (1 a 15%), à
textura, à presença de argilas do tipo 2:1, à
5. Graus de Limitações por Impedimentos ao drenagem natural e à pouca profundidade efe-
Uso de Implementas Agrícolas (Mecani- tiva.
zação).
FORTE -Solos nos quais a maior parte da área
O presente grau de limitação possui influência somente pode ser cultivada com implementas
sobre a produtividade dos solos sob sistema de manuais.
manejo desenvolvido.
Normalmente apresentam declives de 40 a 70% e
NU LA- Solos em que pode ser usado, sem incluem fortes impedimentos devido à rochosi-
dificuldade, durante o ano inteiro, todo tipo de dade (25 a 70%), à pedregosidade (15 a 40%), à
maquinaria agrícola. O rendimento do trator é drenagem natural e à pouca profundidade efetiva
superior a 90%. Normalmente são solos de relevo do solo.
plano,_ou com declives menores que 8% e que
não apresentam nenhum outro impedimento ao MUITO FORTE- Solos que não devem ou
uso de mecanização. somente com grandes dificuldades poderão ser
usados para agricultura. Não há possibilidades de
LIGEIRA- Solos nos quais, durante o ano usos de implementas agrícolas. Apresentam de-
inteiro, na maior parte da área, pode ser usada a clives maiores que 70% ou impedimentos muito
maioria dos implementas agrícolas sem ou com fortes devido à rochosidade, (maior que 70%), à
pequena dificuldade. Rendimento do trator de pedregosidade (maior que 40%), reduzida pro-
60 a 90%. fundidade efetiva, incluindo aqui também aque-
les permanentemente inundados.
Normalmente apresentam declives de 8 a 20%
quando não há outros impedimentos mais sérios.
Inclui solos com ligeiro impedimento devido à 8.2. Sistemas de Manejo Adotados Para a Agri-
rochosidade (2 a 10%), à pedregosidade (0,5 a cultura
1%) , à textura, à presença de argilas do tipo 2:1,
à drenagem natural e à pouca profundidade 8.2.1. SISTEMA DE MANEJO PRIMITIVO E
efetiva. CLASSES DE APTIDÃO AGRfCOLA
MODERADA- Solos nos quais, durante parte Neste sistema de manejo as práticas agrícolas
do ano, na maior parte da área, somente podem dependem de métodos tradicionais, que refletem
ser usados tipos leves de implementas agrícolas. um baixo nível de conhecimentos técnicos. Não
Geralmente os implementas agrícolas são de há emprego de capital para manutenção e
tração animal: O rendimento do trator, quando melhoramento das condições agrícolas dos solos
usado, é menor que 60%. e das lavouras. Os cultivos dependem principal-
mente do trabalho braçal. Alguma tração animal
Normalmente apresentam declives de 20 a 40% é usada, com pequenos implementas.
com uma topografia que é usualmente forte
111/116
Este é o sistema agdcola que predomina na CLASSE l/l-Aptidão RESTRITA
maior parte da área. A I impeza da vegetação é
feita por queimados e, no caso de culturas de As condições agrícolas dos solos apresentam
ciclo curto, o uso da terra nunca é permanente, limitações fortes para um grande número de
sendo a terra abandonada para recuperação culturas climaticamente adaptadas. Pode-se pre-
quando os rendimentos declinam fortemente. É ver produções medianas durante os primeiros
muito comum a consorciação de duas ou trêS anos, mas estas decrescem rapidamente para
culturas e as lavouras de caráter mais permanen- rendimentos baixos, dentro de um período de
te só serão possíveis em áreas onde a fertilidade 10 anos.
dos solos é alta.
Enquadram-se nesta classe solos de áreas que
As classes de aptidão para este sistema primitivo apresentam riscos moderados de danos ou fra-
são definidas em função do grau de limitação das casso de culturas, por irregularidade na distribui-
condições agrícolas naturais, sendo a fertilidade ção das precipitações pluviométricas, com proba-
um dos fatores mais importantes para a análise bilidade de ocorrência de uma vez num período
deste sistema. As definições referem-se a plantas de 1 a 5 anos.
climaticamente adaptadas, considerando-se que
o número de culturas diminui gradualmente da
Classe I para a Classe IV. CLASSE /V-INAPTA
111/117
Classes de Aptidão Área tam limitações ligeira ou moderada, ou solos nos
2
km % quais, com melhoramentos simples ou comple-
lllc Restrita para culturas de ciclo
longo e inapta para culturas de xos não completamente efetivos são obtidas
ciclo curto 44.465 16,71
IV a Inapta para culturas de ciclo curto estas condições. Admite também solos que com
e longo; adequada para pastoreio melhoramento complexo efetivo não apresentam
extensivo 8.900 3,34
IVb Inapta para o uso agrCcola e pasto- limitação.
rei o extensivo 10.270 3,86
Boas safras poderão ser obtidas na maioria dos
anos, porém as limitações existentes são suficien-
8.2.2. SISTEMA DE MANEJO DESENVOLVI- tes para reduzir o rendimento médio, a opção de
DO E CLASSES DE APTIDÃO AGRf- culturas e as possibilidades de uso das práticas de
COLA manejo.
111/118
Classe de Aptidão Área
2
lld Regular para culturas de ciclo km %
curto e inapta para culturas de
ciclo longo 1.100 0,41
llla Restrita para culturas de ciclo
curto e longo 34.180 12,85
lllb Restrita para culturas de ciclo
curto e inapta para culturas de
ciclo longo 38.480 14,4õ
lllc Restrita para culturas de ciclo
longo e inapta para culturas de
ciclo curto 34.930 13,13
IV a Inapta para culturas de ciclo curto
e longo; adequada para pastoreio
extensivo 19.610 7,37
IVb Inapta para o uso agrícola e pas-
toreio extensivo 9.200 3.46
111/119
TABELA DE CONVERSÃO PARA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRiCOLA DOS SOLOS
SISTEMA DE MANEJO DESENVOLVIDO
Limttações por·
Classes de
Culturas
Aptidão Deficiêncta de Ferti· Deficiêncta de Excesso de Susceptibilidade Impedimentos ao Uso
!idade Natural Água Água Erosão de lmplementos Agrícolas
Lígetra a
Ciclo Curto Ltgeira a Moderada Moderada Nula a Ltgetra Ltgetra
li Moderada
Regular
Ciclo Longo Ltgetra a Moderada Ltgetra a Moderada Moderada Ltgetra a Moderada Moderada a Forte
Ciclo Curto Forte M. Forte Forte Moderada a Forte Forte a Mutto Forte
IV
-
-
....
1\J
o
Inapta Ciclo Longo Forte Forte Forte
Ltmttações por·
Classes de
Culturas
Aptidão Deficiêncta de Fertt· Deficiêncta de Excesso de Susceptibilidade à Impedimentos ao Uso de
Iidade Natural Água Água Erosão lmplementos Agrícolas
Nula a Nula a
Ciclo Curto Nula Nula e Ltgetra
Ltgetra Ltgetra Ltgetra
BOA
Ciclo Longo Nula a Ltgetra Nula a Ltgetra Ltgetra Ltgetra a Moderada Nula a Ltge~ra
Ciclo Curto Forte MUltO Forte MUlto Forte Mutto Forte Mutto Forte
IV
Inapta
Ciclo Longo Forte Forte Forte MUltO Forte Mutto Forte
Estimativas dos Graus de Limitações das Principais.Condições Agr(colas dos Solos para os dois Sistemas
Fase Classes de Aptidão Agr(cola
de Manejo
--
Relevo Deficiência de Ferti- Defi ., . de Á Susceptibilidade Impedimento ao Uso Sistema de Manejo Sistema de Manejo
lidade Natural ICI ncla gua Excesso de Água
A erosão de lmplem. Agr(c. Primitivo Desenvolvido
Unid. e
Map. Vegetação
Primitivo Desen- P . . . Desen- p . . . Desen- P . . . Desen- P . . . Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
S(mbolo
1 "do nmmvo
~~ 1 "do nm1t1vo
~~ ~~1 "do nm1two 1
~~
"do nm1t1vo
~~o1"d
Curto Longo Curto Longo
Sfmbolo
Ondulado Moderada
Floresta Se- a
CL 1 cundária Moderada Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Forte Forte 111 111 I lia IV 111 lllc
Suave Ondulado
e Plano Moderada
Floresta Se- a
CL2 cundária MOderada Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Forte Forte 111 111 llla IV 111 lllc
Plano Moderada
AQ2 Campo Forte a Forte Moderada Moderada Nula Nula Ligeira Nula Nula Ligeira IV IV IV a IV IV IVa
Moderada
Plano For- a
AQ3 mação Pioneira Forte Forte Moderada Moderada Nula Nula Ligeira Nula Nula Ligeira IV IV IVb IV IV IVb
Forte Forte
Plano.Fiores1a a muito ·a muito
HL5 Secundária Moderada Ligeira Nula Nula Forte Forte Nula Nula Forte Forte 111 IV lllb IV IV IVb
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRICOLA DOS SOLOS
Estimativas dos Graus de Limitações das Principais Condições Agrfcolas dos Solos para os dois Sistemas
Fase Classes de Aptidão Agrícola
de Manejo
Deficiência de Ferti- f" .• . d Á Susceptibilidade Impedimento ao Uso. Sistema de Manejo Sistema de Manejo
Relevo lidade Natural 0 e ICienc•a e gua Excesso de Água
Unid. à Erosão de lmplem. Agric. Primitivo Desenvolvido
e
Map.
Vegetação
Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo S(mbolo Sfmbolo
volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Curto Longo
Ond. a Forte
Ond. com
Áreas Aplai- Moderada
LAS nadar Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Moderada a Forte 111 111 llla 111 111 llla
11 11 lia
LA9 Plano Moderada Ligeira a
Floresta Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Nula Nula Nula Ligeira 111 llf !lia 111 111 llla
Plano e
Suave Ond. Moderada Moderada
LA10 Floresta a Forte a Forte Ligeira Ligeira Ligeira Nula Ligeira Nula Nula Ligeira IV 111 lllc 111 111 llla
Plano e Ligeira
Suave Ond. a
LA 11 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Moderada 111 111 fila 11 11 lia
Moderada
Plano
a
LA 12 Floresta
Moderada Ligeira Nula Nula Forte Moderada Nula Nula Nula Ligeira 111 111 llla 111 111 llla
Suave Ond.
e Ond.
LA 13 Floresta Moderada Ligeira Nula Nula Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Ligeira 111 111 llla 11 11 lia
Suave Ond.
e Ond.
LA14 Floresta Moderada Ligeira Nula Nula Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Ligeira 111 111 111 a 11 11 lia
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRfCOLA DOS SOLOS
Estimativas dos Graus de Limitações das Principais Condições Agrfcolas dos Solos para os dois Sistemas
Fase Classes de Aptidão Agrfcola
de Manejo
Deficiência de Ferti- f" . • . d Á Susceptibilidade Impedimento ao Uso Sistema de Manejo Sistema de Manejo
Relevo lidade Natural 0 e ICiencla e gua Excesso de Água
A erosão de lmplem. Agrfc. Primitivo Deeenvolvido
Unid. e
Map. Vegetação
Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Sfmbolo Sfmbolo
volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Curto Longo
Ond,e Moderada
Forte Ond. a
LV 1 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Ligeira Forte 111 111 111 a IV 111 lllo
Suave Ond.
Moderada Moderada
Ond. (Es-
a a
carpado)
Forte Forte
LV3 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Moderada Moderada Forte IV 111 111 c IV 111 111 c
Ond,e
Forte Ond. Forte Moderada
(Fort. Ois- a Muito a
secado)- Forte Forte
LV4 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Moderada Forte 111 111 111 a IV 111 file
Moderada
Plano Ligeira a ligeira a a
LV 5 Floresta Moderada Moderada Nula Nula Forte Nula Nula Nula Ligeira 111 111 llla 111 111 llla
Ondulado
TA 1 Floresta' Nula Nula Nula Nula Nula Nula Moderada Ligeira Nula ligeira 11 I lb 11 I Ib
Ondulado
TA 2 Floresta ligeira Nula Nula Nula Nula Nula Moderada ligeira Nula ligeira 11 11 lia 11 I Ib
Ondulado
TR3 Floresta ligeira ligeira Nula Nula Nula Nula Moderada ligeira Nula ligeira 111 11 llc .. !I ! Ib
Fase Estimativas dos Graus de Limitações das Principais Condições Agrfcolas dos Solos para os dois Sistemas
Classes de Aptidão Agrfcola
-de Manejo
Relevo Deficiência de Ferti· Deficiência de Água Excesso de Água Susceptibilidade Impedimento ao Uso Sistema de Manejo Sistema de Manejo
lidade Natural A erosão de lmplem, Agrfc. Primitivo Desenvolvido
Unid. e
Map. Vegetação
Desen- P . . . Desen· Desen· Desen- P . . . Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
Primitivo volvido nmttivo volvido Primitivo volvido Primitivo volvido rtmtttVo volvido srmbolo. Sfmbolo
Curto Longo Curto Longo
Forte Ondulado
Muito Muito Muito Muito
Ligeira Moderada Moderada Nula Nula Forte- Forte Forte Forte IV IV IVb IV IV IVb
--·~-- - - - - - - 7
Montanhoso e
Escarpado Muito Muito Muito Muito
R4 f=forestlte Cáinpo Ligeira Ligeira Moderada· Moderada Nula Nula Forte Forte Forte Forte IV IV IVb IV IV IVb
Montanhoso e
Forte Ondulado Muito Muito Muito Muito
R5 Floresta Forte Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Forte Forte Forte IV IV IVb IV IV IVb
Estimativas dos Graus de LimitaÇões das Principais Condições Agrícolas dos Solos Para os Dois Sistemas
Fase Classes de Aptidão Agrfcola
de Manejo
-
Deficiência de Ferti· Susceptibilidade Impedimento ao Usa Sjstema de Manejo Sistema de Manejo
Relevo lidade Natural Deficiência de Água Excesso de Água
Unid. à &osão de lmplem. Agric. Primitivo Desenvolvido
e
'Map.
Vegetação
P. . . Desen- Desen- Desen· Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
rJmJtJvo volvido Primitivo Primitivo PrimitiVo Primitivo Símbolo Símbolo
volvido volvido volvido volvido Curto Longo Curto Longo
LA 1 Plano Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Nula Ligeira 111 111 111 a 11 11 lia
Plano e Suave
LA3 Ohdálàclo M~radaModerada ModeraclaModerada Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Ligeira IV UI 111 a 111 111 llla
F.loresta a orte
SueveOnd.
LA4 aOnd. Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Ligeira a
Floresta Moderada 111 111 llla 11 11 lia
Suave Ond.
L' . Ligeira a Ligeira a
aOnd. Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira 1911'ra Moderada Moderada 111 Ili !lia !I 11 lia
LA7 Floresta
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRICOLA DOS SOLOS
Estimativas dos Graus de Limitações das Principais Condições Agrfcolas dos Solos para os dois Sistemas
Fase Classes de Aptidão Agr(cola
de Manejo
-
Relevo Deficiência de Ferti- D f" .ê . d A Susceptibilidade Impedimento ao Uso Sistema de Manejo Sistema de Manejo
!idade Natural e ICI nc•a e gua Excesso de Água
A erosão de lmplem. Agr(c. Primitivo Desenvolvido
Unid. e
Map. Vegetação
Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Sfmbolo Sfmbolo
volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Curto Longo
Plano e Suave
Ondulado
HL6 Cerrado Moderada Moderada Nula Nula Forte Forte Nula Nula Forte Forte 111 IV lllb IV 111 IV a
Plano
HG 1 .Formação Pioneira Ugeú"a Ligeira Nula Nula Forte Moderada Nula Nula Moderada Forte 111 IV 11ft 111 IV lllb
Plano
HG 2 Floresta Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Nula Nula Moderada Forte 111 IV lllb 111 IV lllb
Ligeira a
Moderada Forte Ligeira 11 lld
Plano
HG3 Floresta Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Nula Nula Moderada Forte 111 IV I llb 111 IV lllb
Moderada
Plano a Muito Muito
Hl 1 Floresta Forte Moderada Nula Nula Forte Forte Nula Nula Forte Forte IV IV IVb IV IV IVb
Plano e
Suave Ondulado Moderada ligeira a
Hl 2 Formação Pioneira a Forte Moderada Nula Nula Moderada Moderada Nula Nula Moderada Forte 111 IV lllb IV 111 11 I c
IV a IV a
Plano Campo Moderada Muito Muito
Hl3 e Floresta a Forte Moderada Nula Nula Forte Forte Nula Nula Forte Forte IV IV IVb. IV IV IVb
Plano Moderada
Hl4 Floresta Moderada Ligeira Nula Nula a Forte Moderada Nula Nula Moderada Forte 111 111 11 la IV 111 file
AVALIAÇÃO DAA5»TIDÃO AGRICOLA DOS SOLOS
Estimativas dos Graus de Limitações das Principais Condições Agrfcolas dos Solos para os dois Sistemas
Fase Classes de Aptidão Agrfcola
de Manejo
Muito Muito
HP 1 Plano Campo Forte Forte Forte Forte Ligeira Ligeira Ligeira Moderada Nula Ligeira IV IV IVb IV IV IVb
Muito
HP2 Plano Campo Forte Forte Forte Forte Ligeira Ligeira Ligeira Moderada Nula Ligeira IV IV IVb IV IV IVb
A1 Plano Floresta Ligeira Nula Ligeira Nula Moderada Ligeira Nula Nula Nula Ligeira 11 11 lia 11 11 lia
Montanhoso e
Escarpado com
Áreas Aplaina- Muito Muito Muito Muito
R1 das Floresta Moderada Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Forte Forte Forte IV IV IVb IV IV IVb
AVALIAçAO DA APTIDAO AGR(COLA DOS SOLOS
Estimativas dos Graus de Limitaçé)es das Principais Condições Agrícolas dos Solos para os dois Sistanas
Fase Classes de Aptidio AgrCcola
de Manejo
Deficiência de Farti· Defi .6 . de ÁWJ Susceptibilidade Impedimento ao Uso ~da~jo Sistema de Manejo
Relevo lidade Natural 1c1 nc1a a Excesso de Agua
A erosão de lmplem. Agric. Primitivo Desenvolvido
Unic:t. e
Map. Vegetaçio
P. • . Desen· P • • • Desen- p • • . Desen· p • . . Desen· P . . • Desen- Ciclo Ciclo Ciclo Ciclo
nm1t1vo volvido nmltwo volvido nmJtJVo volvido nmJtJVo volvido r•m•t•vo volvido SCmbolo Símbolo
Cürto Longo CurtO Longo
Ondulado e
Forte Ond.
PB2 Floresta Forte Moderada Moderada Ligeira Nula Nula Forte Moderada Moderada Forte IV 111 lllc IV 111 lllc
Suave Onc:t.
a Ondulado
PB3 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Nula Nula Ligeira 11 lia 11 11 lia
Ond.e Moderada
"
ForteOnc:t. a
PB4 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Forte Ligeira Moderada 111 111 111 a IV 111 111 c
SuaveOnd.
PB5 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Nula Nula Nula 111 111 111 a 111 11 llc
Suave Ond.
e Ondulado
PB6 Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Ligeira Moderada 111 111 llla 111 11 llc
Forte Ond.
a Montanhoso
( Fort. Disse-
cado) Muito Muito
PB7 Floresta Moderada Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Forte Forte Forte IV IV IVb IV IV IVb
Forte Moderada
Forte Onc:t. a a
PBS Floresta Moderada Ligeira Ugeira Ligeira Nula Nula M.Forte Forte Moderada Forte IV 111 111 c IV 111 lllc
9. CONCLUSOES E RECOMENDAÇOES
Após o estudo dos solos e a verificação de sua 5) As terras que apresentam melhores possibili-
aptidão agrícola sob duas condições de manejo é dades de utilização são as de classes lb e lia no
possível concluir e recomendar: sistema primitivo e as de classes I b e lia no
sistema desenvolvido.
1) Aproximadamente 3,86% da área em condi-
ções naturais é inapta ao uso agrícola, pois 6) Para a utilização racional da área, estudos
apresentam limitações muito fortes com relação mais detalhados deverão ser feitos a fim de
a fertilidade, a textura do solo e relevo. separar regiões adequadas a culturas prioritárias
ou utilização no sistema de desenvolvimento
2) Dentro dos dois sistemas de manejos, as regional.
terras mais férteis são encontradas em áreas
relativamente pequenas a sudoeste, próximo à 7) Tendo em vista a pecuária regional, deverá
cidade de Altamira. Ao norte, cortando o rio ser mantida uma política mais rígida no controle
Jari, próximo à cachoeira de St<? Antonio, são de implantação de empreendimentos agropasto-
encontradas terras medianamente férteis. ris, a fim de que a região não venha futuramente
sofrer com a transformação de áreas hoje apro-
3) Existem outras áreas que, muito embora não veitáveis dentro de um planejamento racional,
possuam alta disponibilidade de nutrientes, po- em áreas improdutivas.
dem ser utilizadas em uma agricultura racional
dentro do sistema melhorado. t: o caso das áreas 8) Finalmente recomenda-se estudos hidro-
dos Podzólicos Vermelho Amarelos, por exem- lógicos superficiais e subsuperficiais, além de
plo. instalação de uma rede de estações meteo-
rológicas mais ampla, de modo a possibilitar a
4) Levando-se em conta os dois sistemas de avaliação das disponibilidades hídricas da região,
manejos as terras inaptas no sistema primitivo considerando-se que muito pouco se conhece
correspondem a 3,86% e no sistema desenvolvi- sobre o assunto da área.
do a 3,46% da área.
111/129
10. RESUMO
111/130
discriminada; 15) Solos Gley Eutróficos e Dis- Levando-se em consideração a aptidão agrícola
tróficos textura indiscriminada; 16) Solos Hidro- dos solos da área, foram utilizados dois sistemas
mórficos Indiscriminados Eutróficos e Distrófi- de manejos, um Primitivo no qual as práticas
cos textura indiscriminada; 17) Gley Pouco Hú- agrícolas dominantes são as tradicionais do
mico Eutrófico e Distrófico textura Indiscrimi- colono e outro, Desenvolvido com grandes possi-
nada; 18) Podzol Hidromórfico; 19) Solonchak bilidades de utilização dentro de um espaço de
textura indiscriminada; 20) Solos Indiscrimina- tempo relativamente curto.
dos de Mangues textura indiscriminada; 21) So-
los Aluviais Eutróficos e Distróficos textura Do estudo feito foi possível concluir que os
indiscriminada; 22) Solos Lítólicos Distróficos solos na sua maioria possuem limitações de
textura indiscriminada. moderadas a fortes para agricultura, dentro do
sistema primitivo de manejo e que para a
A agricultura e a pecuária embora estejam implantação generalizada de uma agricultura
caminhando dentro de uma técnica racional de racional na área necessitam estudos aprimorados
implantação ainda não atingiram um nível ade- de fertilização e aclimatação de culturas alta-
quado dentro do desenvolvimento regional moti- mente rentáveis.
vo porque muito ainda se tem que fazer nestes
dois setores.
111/131
11. ANEXO
Erosão- Ligeira
Vegetação - Floresta
0-15 em; bruno-escuro (1 OYR 4/3, úmido); areia franca; fraca muito pequena granular;
friável, não plástico e não pegajoso; transição plana· e gradual.
15-30 em; bruno-amarelado (10YR 5/4, úmido); areia franca; maciça porosa que se desfaz
em fraca pequena granular; friável, não plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.
30-50 em; bruno forte (7.5YR 5/6, úmido); franco arenoso; maciça porosa que se desfaz em
fraca pequena granular; friável, não plástico e não peQajoso; transição plana e gradual.
50-70 em; bruno forte (7 .5Y R 5/8, úmido); franco arenoso; maciça porosa que se desfaz em
fraca pequena granular; friável, ligeiramente plástico e não pegajoso; transição plana e difusa.
70-}00 em; vermelho amarelado (5YR 5/6, úmido); franco arenoso a franco-argila-arenoso
leve; maciça porosa que se desfaz em fraca pequena granular; friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
100-140 em+; vermelho amarelado (5YR 5/8 úmido); franco arenoso a franco
argilo-areno~o lev~; ~aciça porosa .que se desfaz em fraca pequena granular; friável, ligeira-
mente plást1co e ligeiramente pegajoso.
111/132
PERFIL N<? 24
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -c 100AI
Si 0 2 AI 2 03 Fe 2 0 3 c N N AI +S
I I J floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20·2mm
Areia
grossa
l Areia
fina I Silte
Argila
total I
Argila
nat.
%
4,0 3,6 - - 31 31 26 12 4 67
4,2 3,8 - - 30 30 28 12 8 33
4,5 4,0 - - 29 28 27 16 8 50
4,7 4,0 - - 27 30 26 17 14 18
4,5 4,0 - - 25 29 26 20 X 100
4,5 3,9 - - 26 26 28 20 X
...
100
ANÁLISE: IPEAN
111/133
PERFIL N<? 25 FOLHA SA.22-Y-B
Localização- Estado do Pará, a 2,5 km de Senador José Porfl'rio, na estrada do SMER, pt. 115
0-5 em; bruno (10YR 5/3, úmido); areia; grãos simples, solto, não plástico e não pegajoso,
transição plana e gradual.
5-15 em; bruno acinzentado escuro ( 1OYR 4/2, úmido), franco arenoso, fraca pequena
granular, muito friável, não plástico e não pegajoso, transição plana e difusa.
16-44 em; bruno acinzentado escuro (10YR 4/2, úmido), franco argiloso arenoso leve; fraca
pequena granular com aspecto de maciça porosa; muito friável, ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajo.so; transição plana e gradual.
44-57 em; bruno (10YR 5/3, úmido), franco argila arenoso; fraca pequena granular com
aspecto de maciça porosa; muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso,
transição plana e gradual.
57-79 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido), franco argila arenoso; fraca pequena
granular e blocos subangulares, friável, plástico e ligeiramente pegajoso, transição plana e
gradual.
111/134
PERFIL Nl? 25
LOCAL: Estado do Pará, a 2,5 km de Senador José Porfírio, na estrada do SMER, pt 115.
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr -c- 100AI
em Si0 2 Al 2 0 3 Fe 2 0 3 c N N AI +S
0,20 0,20 0,07 0,03 0,50 3,82 0,80 5,12 10 < 0.46
0,15 0,05 0,06 0,03 0,29 3,81 1,30 5.40 5 < 0.46
0,20 0,10 0,06 0,03 0,39 3,91 1,20 5,50 7 < 0.46
0,10 0,10 0,05 0,03 0,28 2.40 0,90 3,58 8 < 0.46
0,15 0,05 0,05 0,03 0,28 2,70 0,60 3,58 8 < 0.46
0,15 0,05 0,05 0,02 0,27 1,18 0,80 2,25 12 < 0.46
ANÁLISE: IPEAN
111/135
PERFIL N9 26 FOLHA SA.22-X-D
Situação e Declividade- Perfil coletado com tradode caneco em área plana com 0-2% de declive
Erosão - Nu la
Vegetação- Floresta
0-10 em; bruno escuro (10YR 4/3, úmido); areia franca; muito fraca pequena granular com
aspecto maciça; muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana
e gradual.
10-25 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido); franco argilo arenoso pesado; muito fraca
pequena granular com aspecto maciça; muito friável, plástico e pegajoso; transição plana e
gradual.
25-45 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido); franco argilo arenoso; maciça porosa;
muito friável, plástico e pegajoso; transição plana e difusa.
45-70 em; bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); franco argilo arenoso pesado; maciça
porosa; friável, plástico e pegajoso; transição plana e difusa.
70-110 em; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); argila arenosa maciça porosa; friável, plástico e
pegajoso; transição plana e difusa.
110-140cm+; bruno forte (7.5YR 5/8, úmido); argila arenosa; maciça porosa; friável,
plástico e pegajoso.
111/136
PERFIL N'? 26
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz.
Si 02 j A1 2 0~ Fe20 3
Ki Kr
c N
-Nc 100AI
A!+S
4,4 3,9 o 11 37 29 21 13 1 92
4,3 3,8 o 11 32 28 16 24 13 45
4,3 3,9 o 14 27 29 16 28 2 92
4,5 4,0 o 13 24 25 16 35 24 31
4,6 4,0 o 9 27 26 8 39 X 100
4,9 4,0 o 11 26 22 12 40 X 100
ANÁLISE: IPEAN
111/137
PERFIL N9 27 FOLHA SA.22-X-D
Erosão- Nula
15-30 em; bruno amarelado ( 1OYR 5/4, úmido}; franco arenoso; fraca pequena granular;
friável, ligeiramente plástico e não pegajoso; transição plana e difusa.
30-60 em; bruno amarelado claro (1 OYR 6/4, úmido}; franco arenoso; maciça porosa;
friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
60-95 em; amarelo brunado (10YR 6/6, úmido}; franco arenoso; maciça porosa; friável,
~igeiramente
plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
95-120 em+; amarelo brunado ( 1OYR 6,5/6, úmido}; franco argilo arenoso; maciça porosa;
friável, plástico e pegajoso.
Observações: Raízes finas e abundantes no A1; comuns no A3; médias poucas, grossas raras no 81 e
821
Atividade biológica intensa no A1 e A3; moderada no 81
111/138
PERFIL N9 27
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr
c
-- 100AI
em Si0 2 Al 2 0 3 Fe 2 0 3 c N N AI+S
4,3 3,8 o 11 53 18 15 14 8 43
4,4 3,9 o 18 52 16 15 17 1 94
4,5 3,9 o 14 48 17 21 14 14 o
4,5 4,0 o 10 44 19 19 18 2 89
ANÁLISE: IPEAN
111/139
PERFIL N9 28 FOLHA SA.22-Z-B
0-15 em; bruno acinzentado muito escuro ( 1OYR 3/2, úmido); areia; muito fraca pequena
granular e grãos simples; solto, não plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.
15-38 em; bruno amarelado ( 1OYR 5/4, úmido); areia franca; maciça porosa que se desfaz
em muito fraca pequena granular; muito friável, não plástico e não pegajoso; transição plana
e difusa.
38-66 em; bruno amarelado (10YR 5/5, úmido); franco arenoso; maciça porosa; friável,
ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
66-110 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido); franco arenoso pesado; maciça porosa;
friável~ ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e gradual.
110-185 em+; bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); franco argila arenoso; maciça porosa;
friável, plástico e pegajoso.
111/140
PERFIL N? 28
Prof. % %
Protocolo
em
Horiz. Ki Kr -Nc 100AI
Si0 2 Alz03 Fe 2 0 3 c N AI+S
0,54 0,16 0,04 0,02 0,76 2,24 0,40 3,40 22 < 0,11
0,50 0,10 0,08 0,01 0,69 1,78 0,20 2,67 26 < 0,11
0,36 0,14 0,03 0,01 0,54 1,45 0,20 2,19 25 < 0,11
pH COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA % Grau de
I I
Calhau Cascalho I Areia Areia Argila Argila
floculação
H20 KCI
>20mm 20-2mm grossa I fina I Silte
I total I nat.
%
5,3 4,3 o 12 44 24 20 12 11 8
5,2 4,2 o 10 47 22 15 16 2 87
5,2 4,3 o 13 46 22 13 19 15 21
ANÁLISE: IPEAN
111/141
PERFIL N<? 29 FOLHA SA.22-V-C
Localização - Estado do Pará, Município de Prainha, Km 13, estrada Prainha-Monte Alegre pt. 121 b
Vegetação- Floresta
A1 0-10 em; bruno amarelado escuro (1 OYR 4/4, úmido); areia franca; grãos simples; solto, não
plástico e não pegajoso; transição plana e clara.
B1 10-50 em; bruno amarelado (10YR 5/6, úmido); franco arenoso; maciça; macio, muito
friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.
B2 50-120 em; bruno amarelado ( 1OYR 5/6, úmido); franco argila arenoso; maciça; ligeiramente
duro, muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.
111/142
PERFIL N<? 29
Prof. % %
c 100 AI
Protocolo
em
Horiz.
Si0 2 I
AI 2031 Fe203
Ki Kr
c N
--
N AI+S
0,20 0,20 0,05 0,02 0,47 2,50 0,80 3,77 12 < 0,46
0,15 0,05 0,05 0,02 0,27 1,44 0,70 2,41 11 < 0,46
I I I floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm · 20·2mm
Areia
grossa I
Areia
fina
I Silte
l Argila
total I
Argila
nat.
%
5,8 5,3 - - 66 16 11 7 4 43
5,0 4,0 - - 55 14 15 16 14 13
4,9 4,0 - - 52 11 17 20 15 25
ANÁLISE: IPEAN
111/143
PERFIL N930 FOLHA SA.22-Y-A
Erosão- Ligeira
Vegetação - Floresta
0-15cm; brunoamareladoescuro (10YR 4/4, úmido); areia; grãos simples; solto, não
plástico e não pegajoso; transição plana e gradual.
15-40 em; bruno amarelado (10YR 5/4 1 úmido); areia franca; maciça porosa que se desfaz
em fraca pequena granular e grãos simples; muito friável, não plástico e não pegajoso;
transição plana e gradual.
40-80 em; bruno amarelado ( 1OYR 5/6, úmido); areia franca; maciça porosa que se desfaz
em fraca pequena granular; muito friável, não plástico e não pegajoso; transição plana e
difusa.
80-100 em; bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); franco arenoso; maciça porosa que se
desfaz em fraca pequena granular; mUlto friável, Iigeiramente plástico e não pegajoso;
transição plana e difusa.
100-130 em+; bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); franco arenoso; maciça porosa que se
desfaz em fraca pequena granular; muito friável, Jigeiramente plástico e não pegajoso.
111/144
PERFIL N'? 30
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr - c 100AI
em Si0 2 AI203 Fe 20 3 c N N AI+S
0,15 0,05 0,06 0,02 0,28 2,95 1,50 4,73 6 < 0,46
I I floculação
H20 KCI Calhau ,.Cascalho
>20mm 20-2mm
Areia
grossa
l Areia
fina I Silte
I
Argila
total I
Argila
nat.
%
4,4 3,6 - - 60 18 14 8 2 75
4,6 4,2 - - 51 23 15 11 4 64
4,6 4,2 - - 47 26 12 15 1 93
4,7 4,2 - - 47 24 14 15 5 67
ANÁLISE: IPEAN
111/145
PERFIL N9 31 FOLHA SA.22-X-D
Situação e Declividade- Perfil coletado com trado caneco com 0-2% de declive
Erosão - Nula
Uso Atual - Vegetação natural, no local do perfil. Regionalmente, utilizado para cultivo de
pimenta-do-rei no.
A 0-10cm; coloração variegada composta de cinzento muito escuro (10YR 3/1, úmido),
bruno escuro (10YR 4/3, úmido) e bruno (10YR 5/3, úmido amassado); franco-arenoso;
fraca pequena granular; friável, plástico e pegajoso; transição plana e gradual.
50-80 em; bruno amarelado (10YR 5/8, úmido); argila arenosa; maciça porosa; friável,
plástico e pegajoso; transição plana e difusa.
80-10QCm+; brunoamarelado (10YR 5/8, úmido); argila; maciça porosa; friável, muito
plástico e muito pegajoso.
111/146
PERFIL N'? 31
Prof. % %
Protocolo Horiz. Ki Kr -c- 100 AI
em Si0 2 I
Al203 Fe 20 3 c N N AI+S
0.41 0,21 0,03 0,03 0,68 2,30 1,00 3,98 17 < 0,11
I I I floculação
H20 KCI Calhau Cascalho
>20mm 20·2mm
Areia
grossa
l Areia
fina I Silte
I
Argila
total I
Argila
nat.
%'
5,7 5.4 o 13 30 30 22 18 1 94
5,2 4,2 o 11 18 24 24 34 23 32
4,8 4,0 o 32 15 17 20 48 2 95
ANÁLISE: IPEAN
111/147
11.2. Análises para Avaliação da Fertilidade dos Solos
AMOSTRAS PARA AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
pH p CaUons Permutáveis N
Folha Solo Profund. AI+++ jca'tMg... K+ Localização
H20 ppm %
em mE ~ oom
SA.22-Z-A GPH 0-20 4,4 2 2,9 0,2 35 0,09 Estado do Pará- 6km de
Cametá.
Estado do Pará - 6km de
50+ 5,0 <2 3,5 0,3 23 0,03 Cametá.
Estado do Pará - 16km de
LAmed 0-22 4,4 <2 1,5 0,6 35 0,10 Cametá.
Estado do Pará - 16km de
80-100 5,0 <2 1,1 0,2 20 0,17 Cametá.
Estado do Pará - 7,5km de
LAmed 0-20 4,9 <2 0,6 0,5 23 0,04 Baião.
Estado do Pará- 7,5km de
80-120 5,0 <2 0,8 0,2 20 0,02 Baião.
Pt-127- 5km de
SA.22-X·C GPH 0-20 4,4 <2 3,9 0,2 35 0,14 Curralinho- Pa.
Pt-127- 5km de
60-100 4,5 <2 6,0 0,3 27 0,05 Curralinho- Pa.
LAarg 0-16 4,3 <2 2,1 0,3 35 0,16 Pt-126- 8km de Breves- Pa.
16-30 4,8 <2 1,4 0,1 23 0,05 Pt-126- 8km de Breves- Pa.
LAarg 0-22 4,3 <2 3,1 0,2 31 0,11 Pt-126- 8,5km de Breves- Pa.
70-100 5,0 <2 4,5 0,2 23 0,03 Pt-126- 8,5km de Breves- Pa.
LAarg Q-30 4,0 2 4,5 0,6 47 0,20 Pt-126- 16km de Breves- Pa.
30-45 4,6 <2 4,2 0,2 23 0,09 Pt-126- 16km de Breves- Pa.
45-80 4,8 <2 5,5 0,2 23 0,07 Pt-126- 16km de Breves- Pa.
SA.22-Y·D A 0-20 4,8 <2 1,8 0,5 31 0,10 Pt-107- Altamira- Pará.
SA.22·Y-C PVA 0-20 5,2 2 0,2 3,1 142 0,14 Pt-109- Próximo ao rio lriri.
\
SA.22-V-C GPH 0-20 6,9 3 0,0 21,9 35 0,08 Almerim - Pará, pt 123.
111/148
AMOSTRAS PARA AVALIAÇÃO DA FI;RTILIDADE DOS SOLOS
! p Cat(ons Permutáveis
pH N
Folha Solo Profund. AI+++ Ct+•Mg.... K+ Localização
H20 ppm %
em mE _m_E_ PP!Tl
40-80 5,1 2 3,7 0,3 31 0,02 Prainha- Pará, pt 121
SA.22-V-B PVApl 0-30 5,2 3 1,6 0,2 31 0,06 Mazagão- Pará- pt 131
SA.22-Y-D LAmed 0-20 4,7 <2 0,5 1,1 66 0,08 Altamira- Pará, pt 107 8
PVA 0-20 5,2 <2 0,2 3,1 144 0,14 Tucurui- Pará, pt 112
SA.22-Z-D LAmed 0-20 4,4 2 1,3 0,2 31 0,07 Tucurui- Par~, pt 112
LAmed 20-100 5,2 <2 0,4 0,1 20 0,03 Tucurui- Pará, pt 112
SA.22-V-A LA med 0-20 4,7 3 0,9 0,3 20 0,04 Almerim, Monte Dourado, Pará
SA.22-V-D GPH ~30 5,5 5 1,3 8,0 43 0,15 Gurupá - Pará - pt 125
SA.22-X-A GPH 0-10 4,0 9 5,1 0,6 51 0,34 Anajás - Pará, pt 135
111/149
AMOSTRAS PARA AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
pH p Catíons Permutáveis N
Folha Solo Profund. AI+++ lf-++ + K+ localização
H20 ppm 1\-a ~~g %
em -~E oom
Estado do Pará ~ 46km na Estra-
100-120 5,1 < 1 0,1 0,1 6 0,01 da Abaetetuba- Igarapé Mirim
Estado do Pará - 2km na Estrada
GPH 0-15 4,5 1 2,0 4,1 53 0,19 Moiú - Abaetetuba
Estado do Pará - 2km na Estrada
40-60 4,9 <1 7,4 4,1 39 0,06 Moiú- Abaetetuba
Estado do Pará - 7km na Estrada
LAmed 0-20 5,6 <1 0,0 3,4 25 0,07 !MoiíJ AI'~ r~
Estado do Pará 7km na Estrada
80-100 4,7 <1 0,9 0,2 10 0,02 Mojú- Acará
Estado do Pará 5km na Estrada
LA arg 0-15 5,3 < 1 0,0 4,0 16 0,08 Tomé Açú - Jamice
Estado do Pará 5km na Estrada
80-100 5,0 < 1 0,7 0,1 8 0,01 Tomé Açú- Jamice
Estado do Pará- 17km na Estra-
CL 0-15 5,3 2 0,1 3,9 45 O, 10 da Tomé Açú- Jamice
Estado do Pará - 20km na Estra-
LAarg 0-15 5,5 1 0,0 5,6 51 0,14 da Tomé Açú- Jamice
Estado do Pará - 20km na Estra-
80-95 4,9 <1 0,5 0,6 12 0,02 da Tomé Açú - Jamice
Estado do Pará - 58km na Estra-
LAmed 0-20 4,1 1 0,9 0,6 20 0,07 da Tomé Açú- Paragominas
Estado do Pará - 58km na Estra-
80-100 4,6 <1 1,0 0,1 8 0,02 da Tomé Açú - Paragominas
Estado do Pará - 21 km na Estra-
SA.22-Z-B LA arg 0-20 4,8 1 0,3 1,4 20 0,07 da Acará - Mojú
Estado do Pará - 21 km na Estra-
80-100 4,6 <1 1,1 0,2 8 0,02 da Acará - Mojú
Estado do Pará - 31 km na Estra-
LAarg 0-20 4,8 1 0,3 1,8 20 0,07 da Acará - Bujarú
Estado do Pará - 31 km na Estra-
60-80 4,8 <1 1,0 0,2 8 0,03 da Acará Buiarú
SA.22-V-B PVA 0-15 4,2 5 1,4 0,8 37 0,10 Território F. Amapá pt 130
111/150
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matology, 8 ( 1) · 1-104, 1955.
111/153
FOTO Nc:' 1
Perfil de Latossolo Amarelo
Oistrbfico textura média rele-
vo plano/suave ondulado.
Km 23, estrada Acará para To-
mé-Açu.
FOTO Nc:' 2
Perfil do Solo Concrecionário
lateritico Distrbfico relevo su·
ave ondulado.
km 12, estrada Abaetetu·
ba- Barcarena.
FOTO N'? 3
Perfil de Podzol Hidromórfico relevo plano. Km 13 da estrada de Abaetetuba para lgarapé·Miri.
FOTO N'? 4
Perfil de Terra Roxa Estrutu-
rada Eutrófica textura argilosa
relevo ondulado.
Estrada Transamazõnica, a
poucos quilômetros de Altami·
ra no sentido de ltaituba.
FOTO N'? 5
Perfil de Laterita Hidromór·
fica Distrófica fase húmica
relevo plano.
Ilha de Marajó.
FOTO N'? 6
Perfil de Laterita Hidromórfi·
ca Distrófica fase arenosa re·
levo plano. Ilha de Marajó.
FOTO N? 7
l'anoram1ca de relevo ondulado de Terra Roxa Estruturada Eutrófica. Estrada Transamazõnica
a poucos quilômetros de Altamira no sentido de ltaituba. '
FOTO N«?8
Panorâm ica de relevo ondulado de Podzólico Vermelho-Amarelo textura argilosa. Estrada
Transamazônica. trecho compreendido entre Marabá e A.l tamira.
FOTO Nc:'9
Panorâmica dos campos da ilha de Marajó, vendo-se ao fundo o contato com a floresta densa.
Area de Laterita Hidromórfica Oistrófica relevo plano.
FOTO Nc:' 10
Panorâmica dos campos da ilha d e Marajó. Área de Solos Hidrom órficos Indiscriminados
Eutróficos e Oistróficos.
FOTO N? 11
Pan<>râmica de 6rea de Podzol Hidromórfico relevo plano.
Km 23, estrada Abaetetuba para lgarapé-Miri.
FOTO N~ 12
Panorâmica de ãrea de Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa relevo suave ondulado.
Km 20, estrada Acará para Tomé-Açu.
FOTO N? 13
Panorãmica de área de Solo Concrecionário Laterítico Distrófico relevo ondulado.
km 14, estrada Acará-Bujaru.
FOTO N? 14
Queimada em área de floresta. Prática comum na região, para a formação das lavouras. Trecho
da Transamalõnica, relevo ondulado, área de Podzólico Vermelho-Amarelo.
-
VEGETAÇAO
AS REGIOES FITOECOLOGICAS, SUA NATUREZA E SEUS RECURSOS ECONOMICOS
AUTORES:
ADeLIA M. S. JAPIASSO
LUIZ GOES FILHO
PARTICIPANTES:
EDGARD MENEZES CARDOSO
EDUARDO PINTO DA COSTA
EVARISTO DE MOURA TEREZO
FLORALIM DE JESUS FONStCA COtLHO
PEDRO F. LEITE
SHIGEO DOI
SUMARIO
ABSTRACT IV/7
1. INTRODUÇÃO IV/8
2. METODOLOGIA IV/10
5. BIOCLIMAS IV/41
5.1. Descrição dos Bioclimas IV/41
5.2. Distribuição dos Bioclimas da Amazônia e parte do Nordeste (2fl aproximação) IV/46
6. CONCLUSOES IV/48
7. RESUMO IV/49
8. BIBLIOGRAFIA IV/50
9. ANEXOS IV/52
9.1. S(ntese Temática das Folhas de 1:250.000 IV/52
9.1.1. Folha SA.22-Y-C Ilha Grande do lriri IV/55
9.1.2. Folha SA.22-Y-A Rio Jarauçu IV/57
9.1.3. Folha SA.22-V-C Almeirim IV/59
9.1.4. Folha SA.22-V-A Monte Dourado IV/61
9.1.5. Folha SA.22-V -B Mazagão · I V /64
9.1.6. Folha SA.22·V-D Gurupá IV/67
9.1.7. Folha SA.22-Y-B Senador José PorHrio IV/69
9.1.8. Folha SA.22-Y-D Altamira IV/71
9.1.9. Folha SA.22-Z-C Tucurur IV/73
9.1.10. Folha SA.22-Z-A Cametá IV/76
9.1.11. Folha SA.22-X-C Portei IV /78
9.1.12. Folha SA.22-X-A Chaves IV/80
9.1.13. Folha SA:22-X-B Soure IV/82
9.L14. Folha SA.22-X-D Belém IV/85
IV/3
9.1.15. Folha SA.22-Z-B Tomé-Açu IV/88
9.1.16. Folha SA.22-Z-D Médio Capim IV/90
9.2. Florística IV/91
9.2.1. Espécies do Cerrado IV/91
9.2.2. Espécies da Floresta Sempre-Verde IV/91
IV/4
TABUA DE ILUSTRAÇOES
MAPAS
Mapa Fitoecológico (em envelope anexo}
QUADROS
I Zonação Regional (Sub-regiões} IV/19
li Curvas Ombrotérmicas de Gaussen IV/42
111 Curvas Ombrotérmicas de Gaussen IV/43
IV Curvas Ombrotérmicasde Gaussen IV/45
V Distribuição dos Bioclimas da Amazônia e parte do Nordeste (2Ç! aproximação} IV/47
VI Articulação das folhas e inventário florestal I V /52
VIl Zonação Regional (Ambientes} IV/53
FOTOS
1. Campo Cerrado
2. Contato Cerrado/Floresta
3. Floresta densa uniforme
4. Floresta densa uniforme
5. Floresta densa e/emergentes
6. Cultivo da pimenta-do-reino
7. Floresta densa e/emergentes
8. Floresta densa e/emergentes
9. Floresta densa e/emergentes
10. Floresta densa e/emergentes
11. F lo resta densa
12. Floresta de planície aluvial
13. Floresta de planície aluvial
14. Campos alagados
15. Campos inundáveis
16. Formação pioneira marítima (mangue}
FIGURAS
1. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Y-C IV/54
2. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Y-A IV/56
3. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-V-C IV/58
4. Mapa fisiónômico~ecológico da Folha SA.22-V-A IV/60
5. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-V-B IV/63
6. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-V-D IV/66
7. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Y-B IV/68
8. Mapa fisionômico-ecológico da Folha .SA.22-Y-D IV/70
9. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Z-C IV/72
10. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Z-A IV/75
11. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-X-C IV/77
12. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-X-A IV/79
13. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-X-B IV/81
14. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-X-D IV/84
IV/5
15. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Z-B IV/87
16. Mapa fisionômico-ecológico da Folha SA.22-Z-D IV/89
TABELAS
I Area de Contato Cerrado/Floresta- Inventário florestal IV/20
li SuperHcie arrasada do Médio Xingu/lriri- Inventário florestal IV/22
111 Platôs dissecados do Pará/ Amapá - Inventário florestal 1V /24
IV Baixos Platôs doPará/Maranhão/Amapá-Inventário florestal IV/26
V Superfície arrasada da Serra dos Carajás- Inventário florestal IV/30
VI Altos Platôs do Xingu/Tapajós IV/32
VIl SuperHcie arrasada doPará/Amapá-Inventário florestal IV/34
VIII Furos de Marajó- Inventário Florestal IV /36
IV/6
ABSTRACT
IV/7
1. INTRODUÇÃO
1 Imagem de Radar: Abertura sintética, visada lateral tipo•slar. h} Area de Encrave - E a intt;!rpenetração dos
2 Divisio biológica estrutural das plantas, pelos caracteres grupos de formação das regiões ecológicas que se
relacionados com a adaptação ao ambiente ecológico
(RAUNKJAER, 1934). contactam.
IV/8
i) Refúgio - É um encrave de determinado Cada sub-região inclui ambientes que estão
grupo de formação, bem distante de sua região ligados a unidades fisionômicas, estas, por sua
ecológica, situado em ambientes condicionados vez, caracterizadas pelas espécies dominantes. As
por fatores especiais existentes em meio geral- espécies dominantes são os prováveis indicadores
mente hostil ao encrave. dos fatores ecológicos fundamentais, que irão
constar no presente estudo.
Pela análise da vegetação, as regiões ecológicas,
identificadas pelas formas biológicas (de acordo Evidentemente, a análise da correlação existente
com as subdivisões de ELLENBERG et MUEL- entre a vegetação e os fatores climáticos, litoló-
LER-DOMBOIS, 1965/1966) correspondentes gicos e morfológicos não é suficiente para o
aos climas que lhes são próprios, separam ime- detalhe ecológico. Mas, para um nível regional,
diatamente as variáveis fisionômicas que caracte- permitido pela nossa escala de trabalho, conside-
rizam as sub-regiões. ramos ideal essa análise.
IV/9
2. METODOLOGIA
b) sobrevôo a baixa altura, para identificação dos Marcação de pontos, para o trabalho de inventá-
grupos vegetais; rio florestal, sobre a base cartográfica da imagem
de Radar, onde foram delimitados os ambientes
c) verificação terrestre, com inventário florestal; morfológicos e identificados os tipos fisionôm i-
cos de formações florestais.
d) reinterpretação, com síntese temática.
a.2) Cumpre levar em conta os repetidos erros As equipes de campo foram organizadas de
nas medidas das amostras, tais como retângulos acordo com as conveniências de logística e meios
não rigorosos, tamanho de trena (20 metros) e de acesso.
medidas sem consideração do nível exato do
terreno, erros que não deram às amostras cons- Nos inventários florestais, a equipe compõe-se
tância de área e forma (VELOSO et alii, 1974). normalmente de um ou dois Engenheiros Flores-
tais, um Auxiliar de Botânica, dois mateiros
b) Distribuição das Amostras contratados na área de trabalho.
c) Relação Aplicada no Cálculo do Volume Um mateiro vai na frente, abrinfo passagem pela
floresta, auxiliado de vez em quando pelo outro,
A carência de tabelas de volumes regionais, que ajuda a esticar a trena na medição do
capazes de atender às pecu Iiaridades das florestas comprimento da amostra.
locais, bem como a extensão da área e o tempo
que se poderia dedicar ao inventário florestal 2.2.4. PROCESSOS DE CAMPO
condicionaram a escolha de fórmulas simples e
práticas, para o cálculo dos volumes comerciais a) Localização das Amostras
das florestas.
No mosaico da imagem de Radar, já interpreta-
Fórmula básica utilizada: da, são selecionados os ambientes e escolhidas
nestes as áreas de mais fácil acesso (cortadas por
V = (J:L C2 ) O 7 estradas, rios navetáveis ou mais próximas de um
411" I
povoado que possa servir de base).
onde:
Nas cópias das Folhas interpretadas ou nos
V =volume off-set são marcadas as áreas a inventariar, cuja
H = altura comercial (até o primeiro galho) identificação no campo se faz por observação
C = circunferência à altura do peito ou acima dos acidentes geográficos, clareiras naturais ou
das sapopemas artificiais, paralelamente ao controle da velocida-
0,7 = fator de forma conicidade de do transporte, tempo de viagem e distância
(HEINSDJIK, 1963) percorrida.
IV/11
Não há preocupação em definir uni ponto exato Nas árvores emergentes, mede-se também o
para a amostragem, visto que, para o nível de diâmetro da copa, visando a estabelecer uma
trabalho que nos propusemos realizar, o impor- correlação copa versus volume do tronco comer-
tante é ter certeza de se estar amostrando dentro cial, para um possível levantamento volumétrico
do ambiente delimitado. através de fotografias aéreas.
c) Medição nas Amostras, Instrumentos Utiliza- A identificação vulgar abrange também árvores
dos recentemente caídas.
IV/12
3. LEGENDA DA FOLHA SA.22 BELi:M
IV/13
d.4) áreas sedimentares As subdivisões fisionômicas do Cerrado foram
d.4.1) platôs baseadas no modo como as árvores se distribuem
-cobertura uniforme Fdru na região (VELOSO et alii, 1973), o que
-Cobertura de possibilita identificá-las em qualquer época do
emergentes Fdre ano.
d.4.2.) platôs dissecados
- cobertura uniforme Fduu a) Campo Cerrado - É uma formação sub-
- cobertura de cl t'max 1 do grupo arbóreo, com pequenas ár-
emergentes Fdue vores esparsas (entre 2 e 5 metros de altura),
d.4.3.) relevo aplainado esgalhadas e bastante tortuosas, dispersas sobre
cobertura uniforme Fdiu um tapete graminoso contínuo de hemicri-
cobertura de ptófitas,2 intercalado de plantas arbustivas e
emergentes Fdie outras lenhosas rasteiras, em geral providas de
xilopódios 3 (RACHID, 1947).
11) Floresta Aberta (Woodland Forest)
b) Parque - É uma formação subcl ímax do
a) Latifoliada (Broadleaved Forest) grupo arbóreo, caracterizada por amplas exten-
Cipoal sões campestres de forma graminóide cespitosa, 4
a.1) rele~o aplainado Fala vez por outra, por fanerófitas, 5 altas ou baixas,
a.2) relevo acidentado Fale geralmente uma só espécie. Compõe a fisionomia
a.3) relevo tabular Falp natural das áreas onde normalmente ocorrem
b) Mista (Mixed Forest) - Cocal inundações periódicas, ou das áreas encharcadas
b.1) relevo aplainado Fama permanentemente.
b.2) relevo acidentado Fame
b.3) relevo tabular Famp Contudo, a atividade agropastoril, associada, em
regra, ao fogo anual, vem transformando exten-
3.1.5. FLORESTA SECUNDÁRIA (SECON- sas áreas de campos cerrados em uma formação
DARY FOREST) di sei ímax, 6 onde .algumas espécies arbóreas, que
resistem ao fogo pela sua estrutura (casca corti-
a) latifoliada Fsi cosa, xilopódios e outras adaptações xeromór-
ficas,7 formam uma fisionomia campestre com
3.1.6. AGROPECUÁRIA Ap gramíneas em tufos e grande quantidade de
lenhosas rasteiras, entrelaçadas por palmeiras-
3.1.7. REFLORESTAMENTO Rf anãs e árvores isoladas ou reunidas em pequenos
grupos (WARMING, 1908).
1 Subclímax: etapa próxima do cllmax, cuja sucessão estacio·
3.2. Descrição das Fisionomias Ecológicas nou por efeito de fatores naturais ou artificiais. ,
2 Hemicriptófitas: conjunto de formas vegetais cuja parte aérea
morre anualmente, ficando suas gemas de crescimento, situa·
3.2.1. CERRADO das ao nfvel do solo, protegidas pelas folhas mortas.
3 Xilopódios: tuberosidade radicular com reserva d'água.
4 Cespitoso: campo graminoso, baixo e perene.
~. predominantemente, uma classe de formação 5 Fanerófita: conjunto de formas vegetais com brotos terminais
dos climas quentes-úmidos, com chuvas torren- situados acima do solo, sem nenhuma proteção.
6 Disclfmax: vegetação que sobrevive à ação constante do fogo,
ciais bem demarcadas pelo período seco. Cara- ou que surge nas áreas destrufdas- no caso presente, o fogo
cterizada sobretudo por árvores tortuosas, de periódico é o fato responsável (climax-de·fogo).
grandes folhas raramente deciduais, bem como 7 Xeromórfica: plantas que apresentam adaptações à deficiência
do balanço hfdrico. No caso do Cerrado, a intensa e constante
por formas biológicas adaptadas aos solos defi- transpiração da maioria de suas espécies revela que as
cientes, profundos e aluminizados (ALVIM et adaptações não estão ligadas ao deficit do balanço hfdrico
(ARENS et alii, 1958; FERR!, 1962).
alii, 1952; ARENS, 1963; GOODLAND, 1971)IV/
14
Dentro da classe de formação Cerrado, fazendo Caracteriza-se 'sobretudo por grandes árvores
parte da paisagem regional, encontram-se não bastante espaçadas, com freqüentes grupamentos
raras vezes, serpenteando os talvegues dos vales, de palmeiras e enorme quantidade de fanerófitas
por onde correm perenes cursos d'água, refúgios sarmentosas, 3 que envolvem as árvores e cobrem
florestais autóctones, cujas espécies arbóreas o estrato inferior.
mesofoliadas,l eretas, relativamente altas e finas
formam densas galerias. Na área, a floresta aberta apresenta-se com duas
fisionomias ecológicas:
Nessas condições, a floresta-de-galeria é um
refúgio florestal situado ao longo dos córregos a) Floresta Latifoliada (Cipoal) -É uma forma-
da Região do Cerrado. ção arbórea, total ou parcialmente envolvida por
lianas, cujas feições, ditadas pela topografia,
mostram nas áreas aplainadas uma fisionomia
3.2.2. FORMAÇÕES PIONEIRAS florestal bastante aberta, de baixa altura
(excepcionalmente ultrapassando os 10 metros)
São as primeiras fases do estágio sucessório nas e completamente coberta por lianas lenhosas. Já
Regiões Ecológicas. nas áreas mais acidentadas, com estreitos vales
ocupados pelo babaçu e com largas encostas
No presente caso, trata-se de dois tipos de áreas: cobertas pelo cipoal, as árvores são mais altas
uma de influência marinha e outra de influência (com mais de 25 metros) e mais densamente
aluvial. distribuídas, embora as Iia nas continuem a en-
volver a maior parte da floresta. Nesta feição, as
a) As áreas de influência marinha são consti- poucas árvores realmente de porte . estão
tuídas por uma vegetação litorânea de mangue, afastadas umas das outras, e os cipós que as
cujas árvores têm pneumatóforos2 e raízes envolvem misturam-se com os galhos da copa,
aéreas. ficando pendentes num emaranhado de grossos
elementos sarmentosos. Advém daí o nome
b) As áreas de influência aluvial são caracteri- "cipoal", ou "mata de cipó", que aqui se
zadas pelos conhecidos ."Campos de Marajá", e generalizou para todas as fisionomias da floresta
outros ao longo dos grandes rios, que apresen- aberta, de portes os mais variados, com profusão
tam problemas de hidromorfismo. de lianas.
Estes campos graminosos, mantidos pelas cheias O "cipoal" constitui um anticlímax de evidên-
periódicas dos rios que divagam por numerosos cias bioclimáticas ligadas a provável flutuação
cursos d'água temporários, controlados pelas climática mais seca (VELOSO et alii, 1974)
altas marés que barram as águas dos maiores rios
em suas embocaduras, estão, pela colmatagem b) Floresta Mista (Cocal) - É uma formação
em lençol, sendo substituídos pela vegetação mista de palmeiras e árvores latifoliadas sempre-
lenhosa já desenvolvida nas partes ligeiramente verdes bem espaçadas, de altura bastante irregu-
mais elevadas. lar (entre 1O e 25 metros), apresentando grupa-
mentos de babaçu nos vales rasos e concentra-
ções de nanofol iadas 1 deciduais nos testemu-
3.2.3. FLORESTA ABERTA
1 Mesofoliada (mesofila): folhas de tamanho médio.
2 Pneumatóforo (do grego pneüma = ar e for6s = que leva (ou
~ predominantemente, uma classe de formação produz): raiz eplgea, própria das plantas dos solos pantanosos
ou mangues, com um aerênquima muito desenvolvido.
dos climas quentes-úmidos, com chuvas torren-
3 Faner6fita sarmentosa: planta lenhosa flexlvel, com muitos
ciais bem demarcadas por curto período seco. nódulos, que se apoia em outras para atingir a luz no dossel da
floresta.
IV/15
nhos quartz íticos das superfícies aplainadas. grande número de emergentes, caracterizada
sempre por um ou dois dominantes. Não tem
estrato arbustivo, e as plantas de baixo porte aí
3.2.4. FLORESTA DENSA encontradas são, em sua maior parte, árvores
jovens, em crescimento, resultantes de matrizes
É uma classe de formação que, na grande Região próximas.
Amazônica, pode ser considerada sinônimo da
floresta ombrófila tropical (conhecida também a) Floresta Ombrófila Submontana - É o grupo
como pluvisilva, floresta tropical chuvosa, etc.). de formação das áreas pré-Cambrianas aplaina-
das, com testemunhos. Esses testemunhos, de
Assim, a floresta densa dos climas quentes- altura relativamente baixa, constituem grupos,
úmidos e superúmidos, com acentuada diminui- em forma de outeiros e colinas, ou ainda mais
ção das chuvas em determinadas épocas do ano, dissecados.
é caracterizada sobretudo por suas grandes ár-
vores, freqüentemente com mais de 50 metros A cobertura florestal dessas áreas varia bastante
de altura, que sobressaem no estrato arbóreo em estrutura: é baixa (de 10 a 15 metros) nas
uniforme, entre 25 e 35 metros de altura. cadeias de montanhas, pouco mais altas nos
outeiros (não mais de 20 metros) e bem pujante
Esta subclasse de floresta, de acordo com a sua (25 ou mais metros) nos interflúvios.
distribuição espacial, diversifica-se em variações
fisionômicas refletidas pela posição topográfica 3.2.5. FLORESTA SECUNDARIA
que ocupé!, muitas vezes caracterizando-se por
espécies autóctones dominantes. É uma formação proveniente da devastação da
floresta, por processos que vão desde o arrasa-
a) Floresta Ombrófila Aluvial - É o grupo de mento da área para o estabelecimento da agricul-
formação das áreas quaternárias aluviais, influen- tura até a retirada das árvores de valor
ciadas ou não pelas cheias dos rios; de estrutura econômico.
complexa, rica em palmeiras (como o açaí- Quando a floresta foi arrasada e o terreno
Euterpe spp., e buritirana - Mauritia aculeata abandonado, ocorre a regeneração natural, em
H. B. K.) e outras plantas rosu ladas (como Heli- princípio com ervas e arbustos heliófilos1 de
conia). A floresta contém árvores emergentes, larga distribuição. Não havendo novas derruba-
providas de sapopemas e com o tronco afunilado das, a capoeira 2 acaba dominada por arbustos
ou em forma de botija (como é o caso da grandes, árvores e palmeiras de rápido crescimen-
sumaumeira (Ceiba pentandra Gaerthn). to, que nascem de sementes dispersas no terreno
ou oriundqs de florestas vizinhas. O capoeirão, 3
b) Floresta Ombrófila dos Platôs - É o grupo após alguns anos, vai-se assemelhando à floresta
de formação das áreas sedimentares altas ou primitiva, porém nunca chega a se igualar a ela.
baixas. A estrutura da floresta é bastante unifor-
me, composta de árvores grossas e bem altas, Quando a floresta que foi arrasada sofre queima-
sem palmeiras e com raras lianas. Floresta de das, a maioria dos troncos e sementes morrem,
altura muitas vezes superior a 50 metros, possui ficando o solo modificado e prejudicado pelo
fogo. A capoeira se reduz a espécies esclerófilas,
1 Heliófila: do grego helios = sol e fila = amiga.
1 Nanofoliada (nanofila): folhas pequenas·.,_ no caso espécies de 2 Capoeira: termo popular para designar a vegetação arbustiva que
Leguminosas. ' surge no terreno, após ter sido arrasada a floresta (VEt:OSO,
1945).
3 Capoeirão: ternio popular para designar a vegetação arb6re11,
que, por sua sucessão se assemelha à floresta, mas não tem ,
a sua composição primitiva (VELOSO, 1945).
IV/16
tornando-se bem mais lenta a sucessão, e perma- queimadas; em geral, com número reduzido de
nece anos nesse estado. espécies como a imbaúba (Cecropia spp.) e o
lacre (Vismia spp.).
a) Capoeirã_o Latifoliado Encontra-se esta ve-
getação nas áreas desmatadas que sofreram
IV/17
4. REGIÕES FITOECOLOGICAS
4.1. Região Ecológica do Cerrado Numa faixa que se estende ao longo da margem
esquerda do rio Amazonas, entre as cidades de
4.1.1. SUB-REGIÃO DOS TESOS 1 DO MA- AI me i rim e Mazagão, observa-se relevo
RAJO movimentado com rochas aren íticas da Forma-
ção Barreiras.
Na metade leste da ilha de Marajó, ocorrem
campos naturais, com flora das savanas, em áreas Nesta área ocorre uma alternância de pequenos
raramente atingidas pelas inundações, por isso campos (tipo campo cerrado e parque) e flores-
denominados campos altos ou tesos. Foto ta, condicionada por um conjunto de fatores
1 - SA.22-X-A). edáficos, constituindo encraves do Cerrado em
meio à Floresta (Foto 2-SA.22-V-A).
Estes campos são caracterizados por solos, em
sua maioria, latossolos que se desenvolvem em Os campos são caracterizados pela cobertura
sedimentos quaternários, com concreções laterí- graminóide descontínua, isto é, disposta em
ticas, recobertos por sinúsia rasteira graminosa tufos isolados, dominada pelo capim barba-de-
.de capim barba-de-bode dos gêneros Aristida e bode (Aristida trincta Trin.) e arbustos esparsos,
Eragrostis, e sinúsia arbórea dominada pela sendo os mais comuns a lixeira ou caimbé
mangaba (Hancornia speciosa Gomez.), caimbé (Curatella americana L.) bate-caixa ou colher-
ou lixeira, murici (Byrsonima sp.). de-vaqueiro (Salvertia convallariodora St. Hil.) e
alguns paus-terra (Qualea spp.).
Quando existe uma densa rede de drenagem nos
campos, observam-se as florestas de galeria com Em meio a estes campos, acompanhando os
palmeiras, como miriti, tucumã (Astrocaryum cursos d'água, instala-se a floresta-de-galeria,
vulgares Mart.), açaí e espécies arbóreas comuns caracterizada essencialmente pelas palmeiras
à floresta, principalmente breus (Protium spp.), (miriti), ao lado de árvores ligadas à floresta
jutaí, sumaúma. como acariquara (Minquartia guianensis Aubl.),
cupiúba (Goupia paraensis Hub.) e maçaranduba
(Manilkara huberi Ducke).
4.1.2. SUB-REGIÃO DO CERRADO DO
AMAPA Em amostragem realizada nesta sub-região, foi
obtido o valor de 108m 3 /ha (Tabela I - Folha
Esta sub-região é bem expressiva na folha NA.22 SA.22-V-D).
IV/18
QUADRO I
ZONACAO REGIONAL
r
{SUB- REGIÕES)
ANGELINS(HIMENOLOSIUMsppj
1
I ~ ÁO DA SUPERFÍCIE ARRASADA DO
PARA'- AMAPA'
ANGELI M-RAJAOO(PI THECOLOBIUMsp)
I I
SUB- REGIÃO DOS BAIXOS PLATÔS DO SUB- REGIÃO DOS ALTOS PLATÔS PALEOZÓICOS--...
PARA' -MARANHÃO-AMAPA' DO PARA-AMAPA'
MAIAMAI~S (ESCHWEILEBAspp) TAUARI (COUBATARI sp)
J
SUB-REGIÃO DOS FUROS DO MARAJO' ~------• SUB- REGIÃO DOS ALTOS PLATÔS DO XINGÚ- TAPAJOS
UCUUBA (VI BOLA SURINAMENSIS) MAÇARANDUBA(MANILKARAsp'
f L--------~-,
CASTA NHEIBAS(BEBTHOLETIA ESCELSA)
l 1
r-·--
SUB-REGIÃO ARRASADA DO MÉDIO XINGÚ-IRIRI SUB- REGIÃO DOS PLATOS DISSECADOS DOPARA'- AMAPA'
QUABUBAS(VOCHYSIACEAE) JUTA I( HIMENAEA spp)
1
f I
SUB-REGIÃO DO SUL DA AMAZÔNIA SUB-REGIÃO DO NORTE DA AMAZÔNIA I
t t I
I
L - - - - - - - REGIÃO DA FLORESTA ABERTA -------.1
I I
I
I
SUB-REGIAO DOS TESOS DE MAR AJO'
MANGABA ( HANCOBNIA SPECIOSA)
SUB·REGIÁO DOCERRÀDO AMAPA' -----J
t RE&IÀO DO CERRADO
_j
IV/19
TABELA I
NOMENCLATURA
ABIORANA
-
VERMELHA
DADOS
INOIVÍ- VOLUME
DUOS
"''"•
2
•3/r.a
6,43
ACARIQUARA 5 10,01
AXUA' 2 2 21
~
BREU MANGA I 1,12
CANELEIRA I 1,22
COPAÍBA I o 81
CUMARÚ I I ,13
CUPIÚBA 6 14,21
IN GA' BRANCA I 0,94
ITAÚBA I 4,42
FAVA FOLHA FINA I 1,61
FAVA MARI MARI 2 3,31
LOURO PRETO I r,so
MAÇARANDUBA 4 8,34
MAPARAJUBA 4 3,82
MACUCU 7 7,13
MUIRAXIMBE 2 2, 71
PARÁ PARA I 0,67
PARQUIA CORÉ I 1,57
PAU MARFIM I 1,20
PIQUIA MARFIM 3 12,80
QUARUBA ROSA 2 6,24
ROSADINHA 3 2,09
SAPUCAIA I 0,88
SUCUPIRA AMARELA 3 4,15
TAUARI I 1,42
TA XI PITOMBA I I ,64
UXI I I, 12
UX IR ANA I 3,77
TO TA L 61 108,47
IV/20
4.3. Região Ecológica da Floresta Aberta A floresta aberta é caracterizada pelo juta í
(Hymenaea sp.) camaru (Coumarouna adorada
Esta região apresenta-se com duas sub-regiões. Aubl.), aparecendo palmeiras nos vales estreitos.
A floresta densa é caracterizada pelo tauari
( Couratari spp.), faveiras e maparajuba
4.3.1. SUB-REGIÃO DA SUPERFfCIE AR- (Mani/kara spp.). Em média esta sub-região
RASADA DO Mi:DIO XINGU/IRIRI apresenta 90 m 3 (Tabela 111) .
4.3.2. SUB-REGIÃO DOS PLATOS DIS- Dentro da sub-região, dois ecossistemas foram
SECADOS DO PARÁ/AMAPÁ separados:
Esta sub-região é limitada ao norte, parte pela a) Ecossistema dos altos platôs terciários. Estes
sub-região dos altos platôs Paleozóicos do Pa- platôs, pouco dissecados, são cobertos pela
rá/Amapá e parte pela sub-região de superfície floresta caracterizada pelo angelim-pedra de
arrasada do Pará/Amapá, ao sul e a leste pela folha pequena, mais conhecido como angelim-
Área de Contato Cerrado/Floresta, ultrapas- pedra (Hymenolobium excelsum Ducke) e
sando a oeste os limites da folha em questão. maçaranduba (Manilkara huberi Ducke), perten-
centes ao grupo das árvores emergentes, desta-
Esta sub-região, caracterizada por arenitos Pa- cando no estrato normal da floresta as faveiras
leozóicos da Formação Curuá, com relevo bas- do tipo visgueiro (Parkia spp;) e o jutaí-açu
tante movimentado onde dominam testemunhos (Hymenaea courbaril L.).
tabulares, apresenta a floresta aberta revestindo
áreas dissecadas, isolando a floresta densa uni- b) Ecossistema dos platôs mais baixos e
forme nos topos aplainados dos platôs (Foto dissecados. Estes platôs cretácicos, são caracteri-
4-SA.22-V-B). zados pelo angelim-pedra de folha grande ou
IV/21
TABELA 11
I • I
ABIO I 0,78
ABIORANA I 0,47
ABIORANA BRANCA 3 3,49
ABIORANA CASCA GROSSA 2 1,82
ABIORANA CU TI TE I 0,45 2 I, I 7 I 0,27
ABIORANA SECA 2 2 ,I 2
ABIORANA VERME LHA I I 43
ACAPÚ e 4 57 I I 09 lO 13,75
ACARIQUARA I 3,50
ACHUA 2 I ,55
AÇOITA CAVALO 2 I ,20
AMAPA' DOCE I 6, li
AMARELÃo I 8,91 I 6,11
ANDIROBARANA I 0,39
APIJO 2 2,76
AROEIRA I 2,28 I 2,90
AXIXA' I 2, 90
BREU 3 3,14
BREU MANGA I 3,22 5 6,34 2 3,50 I 0,64
----'---
BREU PRETO I 0,72
BREU SUCURUBA I 1,20
BREU VERMELHO I 1,03 I 0,66 I 0,96
CARAPANAÚBA I I ,25
CASTANHA DE PERIQUITO I I, 85
CASTANHA DE SAPUCAIA I 1,04 I 6,99
CASTANHEIRA 3 18,36 I 2,01
COPAÍBA I 5,88 2 12,04
CUMARÚ t 2,67
--
CUPIÚBA t 3,25
ENVIRA BRANCA I 0,80
ENVIRA EMBIRIBA I 0,51
FAVA I I 1 41
FAVA ATANÃ 4 9,85
FAVA MARI MARI 3 5,48 I 0,56
-
(Continua)
IV/22
I • I
TABELA 11
4.3.1. SUPERFICIE ARRASADA DO MEDIO XINGU/IRIRI (Conclusão)
NOMENCLATURA
IN GA
- DADOS
INOIVÍ-
DUOS
Nll/ha
VOLUME
m3/ha
INDIVÍ-
ou os
Nll/ h a
I
VOLUME
m3/ha
I ,30
IN OI V Í-
ou os
Nll/ ha
VOLUME IN DI V(- VOLUME
m3/ha
DUOS
Nll/ha m3/ h a
MUIRATAUA' I 8,52
MUIRATINGA f 8,52
MURIPITA I 0,61
-··-
MURURE I 0,74
MUTUTIRANA I 0,56
PAU D'ARCO 2 22,73
PAU D'ARCO AMARELO 2 4,12 2 4,02
PENTE DE MACACO f 2,00 I 0,74
PITOMBARANA I 0,91
QUARUBARANA
--
2 e, 13
SAPUCAIA I 2, 17
' SUCUÓBA 3 10,52
SUMAÚMA I 1,43
TACHI BRANCO I 0,55
TAUARI I 5,68 2 2,38
TENTO 5 10,57
UCUÚBA I I ,48
UXI RANA I 0,54
VISGUEIRO I 3,76
IV/23
TABELAIII
-------
AMOSTRA A 6 (129)
IN DIV 1- VOLUME
DADOS ouos
NOMENCLATURA Nll/ha m3/ha
ABIORANA DA VÁRZEA I o, 81
·-
AMARELÃO I I ,12
--
ANGELIM RAJADO 2 30,81
AXUA' I II 42
BREU BRANCO I 0,92
CABEÇA DE ARARA (ARARACANGA) I 0,24
CARAMURI I 0,67
CARIPÉ I 0,81
CASTANHARANA I 2,4 3
FAVEIRA ORELHA I I ,04
GUAJARI DA V~RZEA I 1,52
INGA' BRANCO I 0,88
IPERANA 3 4,79
ITA UBA UNA I 0,72
JACAREUBA BRANCA I 0,2 7
JUTA{ CIPO I I I 13
JUTAIRANA I I I 32
LOURO PRETO 2 I ,42
MAPARANÃ 2 2,03
MARUPA' I 7,23
PACAPUA 2 3,3 3
PAPAR ANÃ I I ,36
PRACUUBINHA 2 3,15
SUMAÚMA I 20,30
UXIRANA I o, 72
TOTAL 33 90,75
IV/24
a n g e I im-da-mata (Hymenolobium petraeum prolongando em estreita faixa entre esta
Ducke), que sobressai da sinúsia arbórea sub-região e o rio Amazonas, ultrapassando os
normalmente baixa e uniforme, ao lado do limites da folha a leste.
breu-preto (Protium spp.) (Foto 5-SA.22-Z-D).
Nas proximidades das cidades de Belém e Tomé-
Nas áreas bastante dissecadas, a floresta densa Açu esta sub-região apresenta a área alterada da
com emergentes reveste o relevo residual dos zona Bragantina (GOES FI LHO et alii, 1973),
antigos platôs, enquanto os vales em forma de V com extensas áreas devastadas para agricultura.
muitas vezes profundos, são revestidos pela
floresta mista, com árvores (faveiras e breus O cultivo da pimenta-do-reino (Piper nigrum) é
principalmente) parcial ou totalmente cobertas intenso, existindo ainda outras culturas de sobre-
por lianas (cipoal) e palmeiras esparsas, domi- vivência e a floresta secundária com capoeiras
nando entre elas o babaçu (Orbignya martiana B. caracterizadas pela imbaúba (Cecropia spp.) e
Rodr.). lacre (Vismia cayenensis (Aubl.) Choisy) (Foto 6
- SA.22-Z-B).
A falta de amostragem se deve ao fato desta
sub-região ser bem mais expressiva nas Folhas Os baixos platôs são revestidos pela floresta
SB.22 Araguaia, SB.23 Teresina e SA.23 São densa com emergentes, em quase toda a sub-
Luís, com as quais esta folha se limita ao sul e a região, exceto à margem esquerda do rio Tocan-
sudeste e leste, fornecendo assim maiores dados tins onde, nos platôs bastante aplainados, ocorre
relativos ao potencial de madeira da sub-região. a floresta densa uniforme.
Nos estudos da Folha SB.23 Teresina (JAPIAS- As espécies que caracterizam esta floresta são o
SU et ali i, 1973) a floresta dos altos platôs angelim-da-mata, maçaranduba, faveiras do tipo
apresentou cerca de 20,6 m3 /0,1 ha, nos da visgueiro e tachi (Tachigalia spp.), sendo as duas
Folha SB.22 Araguaia (VELOSO et alii, 1973) primeiras integrantes do grupo das árvores emer-
cerca de 11 O m3 /ha, e nos da Folha SA.23 São gentes.e as últimas, do estrato arbóreo normal da
Luís (GOES FILHO et alii, 1973) cerca de floresta (Foto 7- SA.22-Z-B).
145m 3 /ha.
Ao longo dos rios, nas áreas dos terraços, a
Estas amostragens foram significativas, pois, floresta é densa, uniforme, caracterizada pelo
comparadas com o trabalho da FAO, realizado anani (Symphonia globulifera L.); açaí (Euterpe
ao longo da estrada Belém-Brasnia (GLERUM, oleracea Mart.) e ucuuba (Viro/a surlnamensis
1965), verificou-se uma identidade relativa aos (Rol.) Warb.). Em áreasaJagadas periodicamente,
objetivos a serem atingidos. principalmente nas ilhas do rio 1ocantins, a flo-
resta baixa, uniforme, é caracterizada pelas pal-
meiras açaí e buriti (Mauritia vinifera Mart.), e
4.4.2. SUB-REGIÃO DOS BAIXOS PLATOS por árvores como a samaúma e a ucuuba.
DO PARA/MARANHÃO/AMAPÁ
Em pequenas áreas deprimidas inundadas perio-
Esta sub-região, caracterizada por baixos platôs dicamente, onde o solo é mais arenoso, obser-
terciários, é limitada ao norte pela sub-região dos vam-se formações pioneiras campestres, caracte-
furos de Breves, ao sul pelas sub-regiões dos altos rizadas por gramíneas e raras árvores legumino-
platôs do Pará/Maranhão e da superHcie arrasada sas.
da serra dos Carajás, a oeste pela sub-região dos
altos platôs do Escudo Sul Amazonense e
IV/25
14 I 111 I
TABELA IV
4.4.2. BAIXOS PLATOS DO PARA/MARANHAO/AMAPA
(Continua)
IV/26
,. I ., I
TABELA IV
4.4.2. BAIXOS PLATOS DO PARA/MARANHAO/AMAPA
~
IN OI VOLUME INOIVi- VOLUME
ouos ou os ouos ou os ouos ouos
NOM Nl/ha 3
m /ha NR/ h a m3/ha Nl/ha m3/ha Nl /ho rn3/ha NR/ h a m3/ha Nl I ho m3/ha
(Continuação)
l!t> I _, I TABELA IV
4. 4.2. BAIXOS PLATOS DO PARA/MARANHAO/AMAPA (Conclusão)
SAPUCAIA 5,08
_ __:_S~E_R:_I_:_N_:_G_A-:c-IT_A_:cÚ:._B_A__________ - - - - - - + - 3__ ~-'7-+----t-~---+-----t--
~-_:S:..:_E:..:_R;:_IN~_&:..:_U~E:..:_I:_:_RA"'---------·----------- ---~--1-~~1--2~1~4~7-+---t---+--·---r-----;---,t----+---r-----
SUCUPIRA PRÊTA I I ,4 3
SUCUÚBA -------~- - - - - - - + - - + - - - t - - - - - - 1 f - - - - - - - ! - - - j - - - t-- ~ -- --~t-----t----t------1
1-~~-'-'-'------------------------------+-----+-----+-----t------r-~-~------+----~ ----r---- r-----t-------r--1~,4_9_,
1___T_A_C_H _I- - - - - - - - - - - - - - - - - - - t----- t-----t------t--6~1 _27 t - - - · - - + - - - 1 - - - r - - - - - t - - t---t---- r-----
TACHI BRANCO ___ -t------ __ - r - - - - ---t-----r----- ___ ___ I 0,66
____T~"-AC_:_H_I_P_IT_O_M_B_A______________ ___ _ _ _ -:--t-~-- __ 3 ?•_~3 _ ~
1----T~A_:cC:..:_H:..:_I_:P:_:R:_:E:.;T:_:O:__ ________________- ; - - - - - t - - - - t - - - ; - - _ _ 4,49 _I_ __0_,74 _ _ ____ t-- _2__,__4~,_9_7-1
TAMAQUARi I ~88
~---T-A-N-IM-8-,-,U-C--A-------------- ---l----~---'-'-'--+--2-t---lt-----ll----t----t----t----t-----t-----t---l
1------------------- - - - - - ----------- ------ ------r--- _i,_9_!1_ - - - t - --r----
.
TANIMBUCA AMARELA
------------------- - --------
I 0,59 2
o, 7 5
TATA PIRIRICA ---------+---~--~-7_3-+---+----·-t---+-
1-----T~A_U_A~RI______________________________~----- ------+-----+------t------lf----- ~---;--3~1 _66-+-----;r--~~------11--7_,~7_1,
TENTO +----1f----- -----1----r----- ,__I_ r--~0-t-----t---,
,_____T_E_N_T_O_G_R_A_N_D_E~~--~~~~~~-----J--.~--i-----+--~-t-~~-t---~-t----~-t-~--+-2-~,B_9-t-~---t-~---r-~~r-~--l
TENTO PRETO 4,80
----------------1----+-
TIMBORANA
----.- - - - ------ ----
UCUÚBA
------------~---r-------- r------r-----t---2~,1_7--1
----
----- - - -
UCUÚBA DA MATA
1-------.- - - - - - - - --- r-~-+-----t-----+--~-+-4~·~16~
UCUUBA PRETO
~-=-= --=~~ ,__=='=~ ~~~ ~=
1----"U--=C.::U_:_U_:_B:..cAO=---·-----------------~-- ____________ _I_ ___ cl __!_>..:_08"--jc--I-J--"-3'-',2_6-tl--'-'--tf--7-',-'6-7+---+---i-----+---i
-~~--+---'--t-=:0_,_,.::8.clt----t----t----t------1
1___:U_C_:_U..:_U_BA_R_A_N_A_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _t--.c_:_7__
2 0,6_! _ I
UMIRI I 2,41
1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -----------+----t----t----1---+-----t---t------+---+-----;r---r-----r----j
URUCURANA o, 98
UXI 1,0 I
UXIRANA
t - - - - - - ----+---1
UXIRANA VERMELHO
TOTAL 91 195,07 66 9'9,62 80 177,84 TI 118,78 82 119,03 73 191,21
IV/28
Numa pequena área na ilha de Marajá, próximo 4.4.3. SUB-REGIÃO DA SUPERFrCIE AR-
aos furos 1 de Portei (Folha SA.22-X-C), esta RASADA DA SERRA DOS CARAJAS
sub-região é evidenciada pelos baixos platôs,
recobertos pela floresta densa caracterizada pela Limitada ao norte pela sub-região dos altos
maçaranduba e louros. platôs do Escudo Sul Amazonense, a leste pelas
sub-regiões dos altos e baixos platôs do Pará/Ma-
1) Em nível regional foram feitas 6 amostragens ranhão, a oeste pela sub-região da superfície
de 1 hectare, sendo 4 na ilha de marajá e as arrasada do médio Xingu/lriri, ultrapassando os
restantes no continente, em áreas aplainadas dos limites da folha ao sul.
baixos platôs, que apresentaram cerca de
150 m 3 /ha (Tabela IV). Esta sub-região é bem expressiva na Folha SB.22
Araguaia, onde é descrita com dois ecossistemas
Na Folha SA.23 esta sub-região teve um maior (VELOSO et alii, 1973).
número de amostragens, devido à facilidade de
acesso, apresentando cerca de 115m 3 /ha (GOES A parte integrante da folha em questão pertence.
FI LHO et ali i, 1973). ao ecossistema dos morrotes de granito e gnaisse
intemperizados revestidos por floresta densa
Exaustivo trabalho foi realizado pela FAO, entre com árvores emergentes, com grupamentos de
os rios Xingu e Tocantins, em áreas bem babaçu nos vales estreitos. As espécies que
próximas ao delta amazônico, entre o rio caracterizam a floresta são a castanheira (Bertho-
Xingu-baía de Caxiuana-Portel e Cametá letia excelsa H. B. K.) e o breu-preto (Foto 8 -
(HEINSDJK, págs. 8-42), fornecendo os seguin- SA.22-Y-D).
tes dados:
Na avaliação do potencial de madeira da floresta,
a) entre o rio Xingu-baía de Caxiuana foram em 8 amostragens de 1 hectare cada, realizadas
realizadas 107 amostragens de 1 hectare com quase todas ao longo da estrada Transamazônica,
cerca de 240 rn 3 /ha; de Altamira para o sul, foi obtido o valor médio
reÇJional de 137m 3 /ha (Tabela V).
b) entre a baía de Caxiuana-rio Jacundá foram
realizadas 88 amostragens de 1 hectare com
cerca de 200m 3 /ha; 4.4.4. SUB-REGIÃO DOS ALTOS PLATOS DO
XINGU/TAPAJOS
c) entre o rio Jacundá-rio Tocantins foram
feitas 45 amostragens de 1 hectare com cerca de Observada na parte oeste da folha, é limitada ao
164m 3 /ha. norte e a leste pela sub-região dos baixos platôs
do Pará/Maranhão/ Amapá, ao su I pela sub-região
Numa análise comparativa entre nossos dados e da superfície arrasada do médio Xingu/lriri,
os obtidos pela FAO, verifica-se que esta sub-re- ultrapassando os limites da folha em questão a
gião, estendendo-se desde a área de Turiaçu/Ma- oeste.
racassurné (Maranhão) até o rio Xingu (Pará),
apresenta variações quanto ao potencial de Esta sub-região dos altos platôs, com material
madeiras da floresta, mostrando a área rio argiloso fiM da Formação Barreiras, com largos
Xingu/rio Tocantins um elevado índice volumé- vale.s, é caracterizada pelas florestas densa e
tricq. aberta ocupando as áreas aplainadas dos platôs,
ficando os vales cobertos pela floresta densa com
1 Denominação para os braços d'água que ligam um curso
d'água a outro, ou a um lago, ou ainda, pelo montante da foz, emergentes (Foto 9- SA.22-Y-B). Os vales mais
ao curso d'água em que deságua (GUERRA, 1969). estreitos, com maior grau de dissecação, apresen-
IV/29
TABELA V
4.4. 3. SUPERFÍCIE ARRASADA DA SERRA DOS CARAJÁS
~
ou os DUO$ ouos DUOS ou os ouos
NOMENCLATURA ,..:s m 3 /ho
Nlt /h o /ha Ni' /ha "''/h a Ni' /tiG m3/ho N9 /ha N'l/ha t1113/ ha
"·''"• • ' /ho
ABIORANA 7 6,65
ABIORAN A BRANCA I 6, 11. I 1,56 2 1o.3s
ABIORANA CASCA GROSSA I 3,25 . 2 3,~0
ABIORANA CUTITE I I ,6 I
ABIORANA SECA I 0,66 2 3,85 I 8,50
ABIORANA VERMELHIII I 2,17
ACAPÚ 19 20,20 12 20,67 13 19,64 I 0,88 6 6,80 3 11,66
ACARIQUARA I 1,45
ACHUA' I I ,74 I 0,80
,___ACOITA CAVALO I 1,41
AMA PARA NA I 0,94
AMOREIRA I 1,48
ANANI 2 2,48 I 3,43
ANOIROBA 4 3, 78 12 11,24 I 1,22
ANOIROBARANA 4 11,29 I 0,48
ANGELIM DA MATA 2 17,33
ARA PARI I 1,8 I
ARARACANGA 2 1,69
A X IX A' I 5,88
BREU MANGA 2 1,05 I 0,43 3 1,33 I 0,98
BREU PRETO 18 15,37 3 2,60 2 1,51
BREU SUCURUBA I 3,79 I 5,87
BREU VERMELHO 3 1,90
CAJARANA I 1,18
CAJU AÇÚ I 2,26
CANELEIRA 5 2,91 I 1,63
CAPITIU I 0,72
-- CARAPANAÚBA I 1,22 I 1,20
CARIPÉ I 0,44 3 2,41
2
CARIPERANA 2 3,09 16 28,89
' 3,66
CASTANHA OE PERIQUITO I 2,58
CASTANHEIRA I 12,88 I 28,07 2 51,27 I 37,67
CUIARANA I 13,54
CUPUAÇÚ I 0,54
--· ENVIRA AMARELA I 0,94
ENVIRA BRANCA I 1,20 I 0,78
ENVIRA CANUARU I 0,56
ENVIRA PRETA I 1,13 I 0,22
ENVIRA VERMELHA I 0,94
FAVA I 7,02
FAVA FOLHA FINA I 5,39 2 7,06
FAVA MARI MARI 2 2,39
FREIJO' I 3,79
GOIABAR ANA I 0,88
GOIABINHA 2 1,89
GUAJARA'OE LEITE I 2,67
GUARIÚBA I 3, 79
INGA' BRANCO 3 4,68
INGA' CHATO I 1,42
INGA' XIXICA 2 3,75
ITAÓBA I I 58
JACAREÚBA I 0,80
JANITA' I 2,27
JARANA I 2,56
JATOA' I 1,85
JOÃO MOLE 2 0,87
(Continua)
IV/30
TABELA V
4.4. 3. SUPERFÍCIE ARRASADA DA SERRA DOS CARAJÁS (Conclusão)
~::~:::~: :~ANCO
3 3,64 2 3,92 4 4,66 5 4,72
I 9,13
MATAMATA' GIBOIA I 1,75
MATAMATA' PRETO I 0,62 I 1,28
MATAMAT.A' VERMELHO I 0,96 13 25,78
MELANCIEIRA 2 5,45 3 19,60 4 11,28 5 34 07 6 24 29
-
MURICI I 0,74
MURUPITA I 0,88
MURURÉ I 0,45
MURTA 3 3,07
MUTUTI I 0,98
MUTUTIAANA I 2,09
PAJURA' I 3,64
PARA' PAR/:{ I 0,61 I I ,81
PARINARI I 4,61 I 7,27
PAU DE BALSA I 3,19
PAU JACARE I 0,72 I 2,01
PAU SANTO I 0,63
PAXIUBARANA I 0,33
PENTE DE MACACO I 0,55 2 2,93 3 5, li I 0,80
PRACUÚBA 2 8,63
PRECIOSA I 7,02
QUARUBA BRANCA I 0,34
QUARUBA ROSA I 0,39
RIM DE PACA I 0,57
ROSAOINHA I 2,17 5 6,60 2 4,85
SABOEIRO 2 2,00
SAPUCAIA ,. 7,02 I 0,39 I 21,55
SUCUPIRA PRETA I 0,85
SUCU\lBA I 0,78
SUCUUBA VERMELHO I I ,OI
SUMAÚMA I 2 23
_...!.._ --- -
TACHI (IPEAM) I ~
TACHI PITOMBA 3 6,93
TACHI PRETO 2 5,34 I 0,60 4 16,52
--
TACHI PRETO FOLHA MIOOA 3 5,63
TAMAQUARE I 0,67
TAPEREBA' I 7,52
TAUARI I 3,62
TENTO 2 5,39 I 4,04 I 2,58
TIMBORANA 2,53
TRICHILIA
· - --- - -I 0,92 I 0,96
I
UCUÚBA I 0,33
UCUÚBA DA MATA I 0,61 I 1,42
UCUÚBA DA TERRA FIRME
UCUÚ8A VERMELHA I I ,85
I 0,92
-- - - -
UXI I 2,00
TOTAL 82 124,73 65 162,74 58 137,84 54 106,99 57 176,30 E2 186,03
IV/31
~ I TABELA VI
4.4.4.AL TOS PLATOS DO XINGU/TAPAJOS
-·
--
NOMENCLATURA
ABIORANA BRANCA
ABIORA NA MIÚDA
AMOSTRA
~
DUOS
A 19(113)
INDIV i· VOLUME
N.P /h a
2
I
m3; ha
2,7 9
I ,20
ACAPÚ 20 19,45
----··------
AÇOITA CAVALO I I ,66
ANGELIM RAJADO I 0,57
ANUERA' I I, 66
-~--
r-·
ARARACANGA 2 4,19
AROEIRA I I, 91
CAFERA NA . I 1,98
. -cAJIJAçu·-
---- r----- 1- - - - -
I 6,55
CARAI>ANAÚBA I 2, 70
r-------- - - t - - - · - r----
CEDRO VERDADEIRO
-------- - - - - ---~~~
I
CUPIÚBA I 3,81
FREIJÓ BRANCO I 0,42
--
GOIABINHA I 0,88
t--
INGÁ XIXICA I I, 15
t----
INGARANA 2 -- 3_2_0_~--
---------- ···- ···-
ITAÚBA I 4,72
------------
-- ~~
JA TE REUA 2
JA TOB A' 2 5,96
t-···---N- · - - - •
JOAO MOLE I 1,00
----------- ---- ---
JUTAÍ MIRIM I I ,34
---- ·-·
JUTAÍ POROROCA 2 2,54
t-- --
LOURO PRETO I 0,95
-- r-
MARUPA' I I ,38
-- --- ---
MATAMATÍ VERMELHO I I, 23
- - t-
MELANCIEIRA 3 14,90
MUIRAÚBA 2 3,96
1- - - - - - - - - - - - - - -·--
PARAPARÁ I 7,17
--
PENTE DE MACACO I 2,65
. - -~
r-
PRACA XI I 0,39
PRACUÚBA I O, 57
QUINARANA 0,8 3
I
. \ ------- ---- - - - - r----- 1---'---
ROSADINHA I 0,63
-------·····
SAPUCAIA I 10,81
TACHI PITOMBA I I ,32
TAUARI
... ---- -~
-- -
I 3 ,83
----- . --~
---
TENTO I 2,57
.. ----- ---·· --'~
TIMBORANA I I, 86
TOTAL 67 130,71
IV/32
tam cobertura florestal variada, com a floresta nada pelo tauari, faveiras, angelim-rajado (Foto
densa e a aberta latifoliada (Cipoal). 11-SA.22-V-A).
IV/33
I I
--
IMOIVÍ· VOLUME INOIVÍ· VOLUME INOIVI'· VOLUME IMOIV(· VOLUME INOIV(- VOLUME
DA DOS ou os ou os DUOS DUOS DUOS
NOMENCLATURA NO /h o m3 /tlia Nfl /ha m3/ha NO I h o m3fhq N9/ h a m3 /ha Ni I h a m 3/ ho
JATEREUA 7 10,20
JATOÁ I 1,13
JOÃO MOLE I 0,81
JUTA( AÇÚ 2 24,68
JUTA I POROROCA I 0,80 3 1,92 2 2,97
LOURO AMARELO I 0,88
LOURO PRETO I 1,50 8 17,38
MAÇARANDUBA 4 8,34 2 12,93 7 31,93
r-- --.
MACUCU 7 7,,13
MACUCURANA I 0,88
MANDIOOUEIRA LISA I 3,79
MAPARAJUBA 4 3,82
MARIA PRETO I 1,76
MARUPIJ: 3 7,25
MARUPAÚBA I 5,_~ - - -
MATAMATA' BRANCO I
-2,09
-
MOLONGÓ 3 3,94
MUIRAXIMBÉ 2 2,71
MURTA 4 2,97 I 0,61
MURURÉ I 3,57
PAR APARÁ I 0,67 I 1,61 I 1,41
PÁRINARI I 5,13
PAROUIA CORÉ I 1,57
PAU DE BICHO 2 13,81
PAU JACA RE 2 2,40
PAU JANGADA I 1,50
PAU MARFIM I 1,20
-
PAU MULATO I 1,32
PAU DE REMO I 0,81
PINTADINHO I I, I 2
PIQUIA' MARFIM 3 12,80
r----- - - - - - - - - - - - -- - ··- r-- --- - -
OUARUBA DA MATA I 1,04
OUARUBA ROSA 2 6,24 I 2,53
-
OUINARANA I 3,34
ROSADINHA 3 2.,09 2 1,05
SAPUCAIA I 0,88 2 2,02
SUCUPIRA AMARELA 3 4 ,I 5 3 9,42
TACHI BRANCO 2 5,19 2 2,47 I 0,95 I 5,13
TACHI piTOMBA I I ,64 I I ,41
TACHI PRETO I 2 16 I I 1,75
TAMANOUEIRA I 2,14
r--·-- -- - · - - - - - - - - - - - - -
TATAJUBA
-
----r--- -I- _5>,0 I
TAUARI I 1,42 I 5,01 I 1,88
TIMBORANA I 2,28 I 7,86 2 2,46'
-
UCUÚBA 3 2,30 I 0,81
UCUUBA AMARELA 2 4,21
UCUUBA DA MATA I 5,0 I I 8,30
UCUÚBA DA VÁRZEA 3 19,20
UCUÚBA VERMELHA 4 4,94
UXI I I, 12 I I, 75
UXIRANA I 3, 77
VENTOSA I 2,47
AIIOSTRA A.25(1) A.26(2) A.27(4) A.28(8i A.29(9l A.30!10l A.31llll A.32U2l A.3303l A.34(14l A.35U5l A.36(1&) A.37!17l A.38!111 A.39(19l A.40(20) Ul(Zl)
IMO,..,,., vOLUMl,INDIVi -~ voL!.o .. t IINO•v•-~ voLullt I'Noov 1 -~ VOL-U.i[,,-ND•vÍ·IVOLu .. t INDIVI·IYOLUME IINOIVI -IVOLIJIIIE,INOIVI-IVDLUMliiNOI\1~-- INII'tl ~·)VOLUIIIl
i VOLUIIIl,UU)iYf:)VõLUMi.:
1
INDIVI-,YOLUV!,INDIVi-,VOLUIII[
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IMCHVI-IVOI.Utl[ IIMDIVI-IVOLUMl,IMDIVI- VOLUMI[ IIMDIVÍ-IVOLII.. l
"----- DADOS D\,IOS DUOI OUOS DUO$ DUOS DUO$ Dl$0$ OUOS DUO$ OU()$ OUOS DUOS DIKIS DUOI OUOI OUOI OUOI
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AIIU~ANA __ 2~ __ _ ~ __ _ -- I- -:t:=.t---+---1···
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ABIURANA GOIABINHA
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_=t=r-- --1f---t--+--J--I
CUMAR~IIANA 2 2,34 I- 3,09 - -'~-~_,:12 2 6,69 ·c..!..!_2_<? --~·t_, 1,14 =--=-- ~ __!__f-7~4 G_ f3,7_7 _/-- _? -t--_8-::2._~_ 5 9,67
l cuMATE ______ ------.---· _ 2_ .!t.~? -r----- 1 ___ ~ ________ ~- ____ -:-~ 2 3,32
CUPIÓ~A
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I 141 26 I IZ,87 -~-- ---~--- 4.35 +---f----~ ----t--
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-t ---;-·--- ~- 1 ~ -1,41 -~t-=t='~'"-1----t----1
(Continua)
TABELA VIII
(Continuação)
4.4.7. FUROS DE MARAJÓ
AMOSTRA .l.2511l .l.26(2) A.2714l .l.28lll A.29(9l A.30(10) A.31Ull A. 32(12) A.3303l .l.34(14) A.35(l5l A.36(16) A.37l17l A.38(18) A.39(19) A.40(20l A.41(21)
NOII~AOOS
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LOURO PRETO - r--- --·- ···-,- 3.8-3 ---·r - -···---·· J ·- - - r I --õ:241;-· ---·- - - - - 4 - - t - - + - - - + - - - 1
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I o~:..7
=F.±~~4 ---
f- (Continua)
2,31
TABELA VIII
(Conclusão)
Ali OSTRA A.2511l A.26(2l A.2714l A.28lll A.2919l A.30IIôl A.311lll A.3202l A.3303l A.34l14l A.35l15l A.36l16l A.37117l A.31111l A.39111l A.40120l A.41121l
DADOS u•DIYI-,vOLVM[ ltNOtvt-,vot.v•a IINOtvt- 1vot.vM[ IINOtvi-,voLUIIII[
ouo• ovo• ouos 1 ovos
...,.. .s, .. .s,....., •. _,,...
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PIOUIARANA DA V.(RZEA 1 l 1 1 93
POTAICA I 0,72 -~---------~----1----f----- ---- -----+--- 4 5,86 7 oe',oo
POUTERIA ENOLERI
PRACAXI 7 6,37 6 3 1 59
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_!._32 + I 0~47___ ~
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- -
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4,50
3,11
PRACUlliA 2 t-~ 3 1e.11 _ ·--+- _ -.:- 5 7,22 5 S,SO 19--l-30,02
QUARUBA CEDRO 9 11,34 2 7,70 ,
:::u::ACE::o :ERRA FIRME _ :-~--- f--~-c--- -- -_-- ~-- ( --- -- --- -~- ---1-- f------+-----f--+----1
1 0
RIM DE PACA I 1,20 -- ~- --~-~ --- -- I -- --t------f--+--+----1---i
Rlll DE PACA VERMELHO I I,H 2 3,02 ___ L- - _ -_ _ ~ t~::_:_-:__ -~~~- -~- ~7 2 1,06
ROSADINHA I 11.29 -"1 I ~3:::2'+------1----1-+---+----+-----1f----
SAIOEIRO 1 •• 29 z . - 2- 1 3.az r----t---+--t---+---+--l
::·:.~~:E~R:ARELO
SUMAolMA
TACACAZEIRO
4 7,03 •
..7.
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2 3;5!
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1,47
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TACHI PRETO
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TANIMBUCA I I I 2,22 I I 1 5,92 I 3 I 5,10 1,57 2 ----:-1,94 1,61 2,77 1&.20 12,50
I TANIMBUCA AMARELA I I I 1,221 ! I I I 452 I I -I ! ·--+--+-----+-:__----+-- -
----·- - -· -· r-
TAPEREI.( 10,20
TATI: PIRIRICA I f ,22 --~~-~~
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0,80 -
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Nas florestas destas ilhas a paisagem é dominada Segundo· Derby (1898), no final do século
pelos vários aspectos das palmeiras ao longo dos passado o comércio da borracha era a principal
canais, principalmente miriti e açaí, ao lado de fonte de divisas da área, tendo sido considerada
árvores como ucuuba, cedrorana (Cedrelinga o "Eldorado dos Seringueiros" em virtude da
catenaeformis Ducke), a gigantesca sumaúma e dominâmica das seringueiras na-floresta.
pracuuba.
Na avaliação do potencial de madeira da floresta
A palmeira miriti ou buriti, ocupa geralmente foram realizadas 17 amostras de 1 hectare,
lugar de destaque na fisionomia das ilhas, embo- devido às facilidades de acesso pelos furos,
ra sua distrjbuição não seja uniforme para toda a resultando um total de cerca de 100m 3 /ha
área. (Tabela VIII - Folha SA.22-X-A, SA.22-X-C).
IV/39
b) Ecossistema do Arquipélago Marajoara - Os São duas as plantas que aparecem geralmente
campos alagados das ilhas, principalmente de como vegetação pioneira nestas áreas: a aninga
Marajó, são caracterizados por capins de porte (Montrichardia arborescens Schott.) e o aturiá
menor que os do ecossistema descrito, e perenes. (Drepanocarpus Junatus Mever.).
Nesta vegetação campestre destacam-se o capim-
-de-marreca (Paratheria prostata), piri ou tabua Ambas as espécies têm sementes que flutuam
(Cyperus giganteus Vahl.) e canaranas (Panicum algum tempo na superfície d'água, juntando-se
spp.), sendo a maioria destas espécies utilizadas em lugares estagnados, quer das ilhas, quer do
para forragens (Foto 15-SA.22-X-D). continente, onde se desenvolvem.
IV/40
FOTO 1
(SA.22·X·AI - Campo cerrado, numa ãrea raramente atingida peta inundação, por isso
denominada regionalmente "teso". Apresenta sinúsia rasteira graminosa e arbustos isolados.
FOTO 2
(SA.22·V·AI - Contato Cer·
rado/Fioresta em relevo movi·
mentado com rochas are nlt i·
cas. As eSPécie.s do Cerrado
aparecem como encraves em
meio ã Floresta.
FOT03
(SA.22-Y·D) - Relevo movimentado rev~tido pela floresta densa uniforme, com palmeiras nos
vales.
FOT04
(SA.22-V-B) - Floresta densa uniforme que reveste os topos aplainados dos platôs.
FOTO 5
(SA.22·Z·Dl - Ârea de baixos platôs com dissecamento, recobertos pela floresta densa com
emergentes, destacando os angelins (Hymenolobium sp.).
FOT O 6
(SA.22·Z-B) - Cultivo da pimenta-do- reino (Peper nigrum), próximo à cidade d e Tomé-Açu
(Estado do Parâ).
FOTO 7
(SA.22-Z-Bl - Área aplainada, com floresta densa com emergentes, notando-se grande número
de árvores sem folhas, os tachi (Tachiga/ia spp.).
FOTOS
(SA.22-Y-Dl - Floresta densa com ãrvores emergentes, em relevo movimentado, aparecendo
num vale a castanheira (Bertho/etia excelsa H.B.K.).
FOTO
FOT09
(SA.22·Y·Bl - Altos platôs da
Formação Barreiras, com fio·
resta densa com emergentes.
FOT O 10
(SA.22·V-Al - Relevo bastante movimentado, revestido pela floresta densa com emergentes,
dominando os angelins (Pithecolobium sp.).
FOTO 11
(SA.22·V·A) - Floresta densa, caracterizada pelos angelins (Pit hecolobium sp.) e tauari
(Couratari sp.). em relevo de platôs dissecados.
FOTO 12
(SA.22-V-B) - Floresta de planlcie aluvial, caracterizada pela ucuuba (Vi ro/a sp. ) e açal
(Euterpe sp .).
FOTO 13
(SA.22·X·B) - Floresta que recobre a parte ocidental da ilha de Marajá, com árvores finas e
altas. como, ucuuba e anani (Sympl1onia sp.).
FOTO 14
(SA.22·V·Cl - Campos alaga-
dos às margens do rio Amazo-
nas, caracterizados por tapete
graminoso de canaranas (Pam·
cum sp.).
FOTO 15
(SA.22·X·D) Campos inundáveis de Marajó, com vegetação campestre, como
capim-de-marreca (Paracheria sp.) e piri (Cyperus sp.), que constituem boa forragem.
FOTO 16
(SA.22-X-B) - Formação pioneira marítima. com o mangue vermelho (Rhyzophora mangle L.
var. racemosa Meyer), na costa nordeste da ilha de Marajá.
5. BIOCLIMAS
PERÍODO 1931-1970
PERÍODO: 1910-191'1 280
EUTERMAXÉRICO
320 EUTERMAXÉRICO
SEM PERIODO SECO
SEM PERÍODO SECO
TEMPERATURA MEDIA DO MES 240
MAIS FRIO ) 20 11 C 280 TEMPERATURA MÉDIA DO
MES MAIS FR10)20°C
PRECIPITAÇÃO ANUAL: 2760mm PRECIPITAÇÃO ANUAL' 200
240 1990mm
160
200
120
160
ao
40
80
20
40 JASONDJFMAMJ
20
380mm
320
01054
PORTO DE MÓZ - PA { LAT ISl ,
LONG ( WGrw.) 52° 13'
280
PERÍODO: 1931-1970
EUTERMAXÉRICO 240
SEM PERÍODO SECO
TEMPERATURA MÉDIA DO 200
MES MAIS FRIO> 200C
PRECIPITAÇÃO ANUAL. -160
2.200111111
120
80
40
20
JASONOJFMAMJ
IV/42
I
J A S O N O J F M A M J
80
460mm
300
TOMÉ- AÇÚ { LAT.ISJ 09o25' 20° 40
(PA) LONG.(W.Grw.)4lJOtO' 420
10° 20
,
PERIODO: 1960 •1968
380 N o J F 1\11 A 1\11 J
TERMOXEROOUIMÊNICO ATENU-
-ADO 1\CE SOXEROTÉRICO
• {LAT.(S)08°15'
340 MA RABA- PA LONG (W.Grw.l 49°12'
3,5MÊSES SÊCOS
3201lllll
TEMPERATURA MÉDIA ÓO
300 PERÍODO: 1952-53-57
MES MAIS FRIO> 15°C
TERMOXEROQUIMÊNICO ATENUADO 280
PRECIPI TAÇÂO UÉ DIA
ANUAL: 2.513111111 260 +4 MhEs sÊ c os
TEMPERATURA MÉDIA DO 240
220 MES MAIS FRI0>20°C
PRECIPITAÇÃO MÉDIA 200
180 ANUAL: 1.250mm
160
140
120
100
8(1 80
30° ~n7r.nt---------------~~
40 20° 40
20 10° 20
IV/43
Esta diferença climática corresponde a diferença - Ecossistema do platô Cretáceo dissecado,
de vegetação: caracterizado pelo angelim-da-mata e breus.
a) Em Marabá, ca_racterizada pela floresta d~nsa li) Xeroqu imênico em transição para xerotérico
e aberta pelas áreas metassedimentares e sedi- (submediterrâneo), em:
mentares dos altos platôs;
a) Áreas das superfícies arrasadas com teste-
b) Em T omé-Açu, caracterizada pela floresta munhos:
densa das áreas metassedimentares dos baixos
platôs, e pequenas manchas de vegetação de - Sub-região do Médio Xingu/lriri, caracterizada
Cerrado; pelo jutaf-pororoca, axixá. e babaçu (Orbignya
martiana B. Rodr.) ..
c) Em Belém, caracterizada pela floresta densa
dos baixos platôs do Terciário; b) Área dos platôs cobertos pela Floresta, com
2 sub-regiões:
d) Em Soure, caracterizada pela vegetação do
Cerrado, Formações Pioneiras e pequenos nú- - Sub-região dos altos platôs do Xingu/lriri,
cleos de floresta densa das áreas alagadas perma- caracterizada pela maçaranduba, faveiras, tachi.
nentemente, e periodicamente inundadas, que
ocupam diferentes níveis de terraços observados - Sub-região dos Baixos platôs do Pará/Mara-
na ilha de Marajó. nhão/Amapá, caracterizada pelo angel im-da-ma-
ta, maçaranduba.
111) na direção aproximada sudoeste-nordeste
(Estações de Altamira, Cametá, Breves e Soure) c) Areas das Formações Pioneiras com duas
(Quadro IV), os climas termoxeroquimêmico sub-regiões:
atenuado para mesoxerotérico (Aitamira, Came-
tá e Soure) e eutermaxérico (Breves). Esta
diferenciação climática mostra em Altamira a - Sub-região do Baixo Amazonas, com: Ecossis-
vegetação que vai de floresta densa a grandes tema do Arquipélago Marajoara, caracterizado
manchas de floresta aberta nas áreas metassedi- pelo capim-de-marreca e canaranas.
mentares e sedimentares; em Cametá a floresta
densa dos baixos platôs e pequenas manchas de - Sub-região do litoral, com Ecossistema da
Cerrado; em Breves, a floresta densa; e em Soure vegetação litorânea dos Mangues, caracterizado
a vegetação pioneira, Cerrado e diminutos encra- pela aninga, aturiá e mangue-vermelho.
ves de floresta densa.
d) Area do Cerrado de Marajó, com apenas um
Partindo dessas observações, a área em estudo ecossistema dos Parques de Cerrado, caracteri-
mostra os bioclimas: zado pelo capim barba-de-bode, caimbé, bate-
-caixa.
I) Termoxeroquimênic.o atenuado, em:
e) Areas sedimentares, onde se observa o Conta-
a) Áreas dos platôs cobertos pela Floresta den- to Floresta-Cerrado, com apenas um ecossistema
sa, com 2 ecossistemas: caracterizado pelo anani e ucuuba como espécies
da floresta e caimbé, paus-terra, como espécies
- Ecossistema do platô Terciário residual, ca- dominantes da vegetação de Cerrado.
racterizado pelo angelim-pedra, maçaranduba
como espécies emergentes e no dossel uniforme 111) Eutermaxérico
visgueiro e jutaí-açu.
IV/44
I
120
200
80
160
30° ~,.,.,.,.,..,.,..,.,..,.,rr----------i
20° 40 120
10° zo
d ASON DJFMAMJ 80
40
LAT.(S) 01°40'
BREVES- PA { LONG.IW Grw l 50°09' 20
380mm
360 JASONDJFMAUJ
PERÍODO: 1970- 1971
EUTERMAXÉRICO
320 320mm
!
SEM PERÍODO SECO LAT (S)00°40'
TEMPERATURA MÉDIA DO SOURE - PA LONG.(W Grw.l48°33'
MES MAIS FRIO> 20°C 280 280
PRECIPITAÇÃO MÉDIA PERÍODO: 1931 - 1970
ANijAL: 2.760111111 240 TERMOXEROOUIMÊNICO ATENUADO 240
MESOXEROTtRICO
80 80
3oo ~~mrmrmrl/
40 20° 40
20 10° 20
IV/45
a) Area dos baixos platôs do Terciário, com 5.2. Distribuição dos Bioclimas da Amazônia
apenas um ecossistema residual, caracterizado e Parte do Nordeste (Segunda Aproxima-
pelos angelins. ção)
IV/46
QUADRO V
..:..
? .
LEGENDA:
CD XEROOUIUÊNICO ACENTUADO/HEMIERÊMICO
(ESTEPE)
@) XEROOUIMÊNICO MÉDIO ATENUADO
(SAVANA)
@ XEROOUIUÊNJCO ATENUADO
(FLORESTA ABERTA)
@TRANSIÇÃO XEROOUIMÊI41CO/XEROTÉRICO
(FLORESTA DENSA E COCAL)
@ TERUAXÉR1CO
(FLORESTA DENSA)
@ TERUAXÉRICO (BOLSÃO SUPER-ÚMIDO DO BAIXO AMAZONAS)
(FLORESTA DENSA)
(j) XEROTÉRICO
(SAVANA E ESTEPE)
IV/47
6. CONClUSÕES
A área abrangida pela Folha de SA.22 Belém 190 m 3 , por unidade de área, onde dominam os
apresenta grande potencial econômico, no que se angel i ns, maçarandu ba, matam atá.
refere aos seus recursos naturais renováveis,
principalmente com relação às áreas da Floresta. 1) De acordo com a análise dos inventários
florestais realizados, verifica-se que a área flores-
Estas áreas possuem potencial econômico diver- tada possui um alto volume de madeiras de
sos, de acordo com a posição topográfica que a menor valor econômico do que as chamadas
Floresta ocupa: "madeiras nobres" (exemplo: mogno), mas com
mercado aberto, pelos subprodutos que podem
a) As superfícies aplainadas dos platôs apresen· fornecer, tais como: energia, aglomerados, pasta
taram volume de madeira de ± 120m 3 por para papel de baixa qualidade, distilação etc.
unidade de área, com os angelins e maçarandu-
bas como espécies de razoável valor econômico, 2) As áreas de Cerrado apresentam-se com
e outras cujas características tecnológicas ainda precários recursos naturais renováveis. A maior
são pouco conhecidas, como breus, faveiras, parte da Região do Cerrado, nesta folha, é
mata matá; utilizada como área pastoril, devido aos campos
naturais, principalmente na ilha de Marajó, ao
b) As superfícies aplainadas quaternárias das lado de uma agricultura convencional. O uso do
ilhas do estuário do rio Amazonas, que sofrem fogo de modo rotineiro para a implantação
influência das enchentes, apresentaram volume destas atividades vem degradando os recursos da
de madeira de cerca de 100m 3 por unidade de área, sendo necessárias medidas urgentes a fim
área, valorizados pela presença de espécies como de que seja possível a recuperação do Cerrado no
a ucuuba, importante na indúsiria de papel, e as sentido de maior produtividade e conservacionis-
seringueiras, que embora com limitações gerais mo.
quanto à produtividade, representam papel des-
tacado na economia local, no fornecimento do 3) As áreas das Formações Pioneiras, caracteri-
látex. zadas pela vegetação de mangue e campos
alagáv€is, ocupam a faixa litorânea e grande
O grande número de palmeiras, principalmente o parte das ilhas do estuário do rio Amazonas.
açaí e miriti, mantém uma atividade extrativista
com mercado aberto entre as populações da Com relação às possibilidades econômicas desta
área, porém de maneira bastante rudimentar; área, os campos constituem grandes extensões de
pastagens na tu r ais u Li I izados pelos pecuaristas da
c) As superfícies dissecadas bem movimentadas área, e o mangue, cuja casca possui propriedades
da parte sul da folha, cortadas pelos rios Xingue tan íferas, representa algum valor econôrn ico
Tocantins, caracterizadas por granitos e gnaisses para ind(Jstrias locais.
intemperizados, apresentaram 130 m 3 de volu-
me de madeiras por unidade de área, porém com
árvores de valor comercial razoável como: maça-
randubas, quarubas, acapu e outras. Na parte
norte da folha, na fronteira Pará/ Amapá, o
relevo dissecado, caracterizado por gnaisscs, mig
matitos e platôs aren íticos, é recoberto por
floresta com alto volume de madeiras, cerca de
IV/48
7. RESUMO
Os recursos econômicos da vegetação são des- Anexa ao presente estudo está uma síntese
tacados, principalmente o potencial de madeira temática das Folhas de 1° por 1°30', onde as
formações veÇJetais são analisadas com mais
detalhes.
IV/49
8. BIBLIOGRAFIA
IV/51
9. ANEXOS
Descrição das fisionomias ecológicas dos ambientes morfológicos das folhas na escala 1:250.000, aqui re-
duzidas para 1 :1.000.000, com conclusões, sugestões e áreas dos ambientes- (Quadro VIl).
QUADRO VI
SA. 2-V-A Monte Dourado SA.22-V-B Mazagão SA 22-X-A Chaves SA.22-X-B Soure
SA 22-Y-C Ilha Grande do lriri SA 22-Y-D Altamira SA.22-Z-C Tueuru ( SA.22-Z-D Médio Capim
IV/52
ZONAÇÃO REGIONAL QUADRO VIl
(AMBIENTES)
FLORESTA . CERRADO ,
( SUPERFICJ ES ARRASADAS E SEDIMENTARES) (SUPERFICIES APLAINADASARENITICAS)
(SEM DE FI ClT NO BALANÇO HiDRICO) (SEM DÊFICITNO BALANÇO HrDRICO)
l I
fdie-Fdiu
(RELEVO APLAINADO)
r• Spftl - - - ....---..,--------,
I r- Sro ==:::::! REFÚGIO
FLORESTA DENSA f 1!RELEVO ONDULADO) Spfe 1FLORESTA DE GALERIA I
(ÁREA PRÉ- CAMBRIA NA) - 11(/J~t&fM~ANH0-1 (DEVASTAÇÃO C/FOGO)
'
fdle-Fdlu I~- Srf - Sps
(RELEVO APLAINADO 11 RELEVO APLAINADO) ( DEVASTACÃO C/ FOGO)
C!OUTEIROS) •
fdoJ!!.Fdou
(RELEVOACIDENTADO)
L--------.. CONTATO
(ENCRAVE)
Fd' folp~Fomp _ _ _ _ ...J
(RELEvg'bNOULADO) (RELEVO rBULAR)
FLORESTA ABERTA -H·------•
( su PERF(CI ESAPLAINADAS)
Foi~Fomc
(RELEVO ACIDENTADO)
FLORESTA DENSA
(A'REASALUVIAIS)
'
falo~fGIIO
(RELEVO APLAINADO)
t
fdpi ( PLANJCIE.PERMANEN·
TEMENTE INUNDADA)
fdpl ""f"fdpm
(PLANICIE f1ERIODICAMEN •
' fdte
(RELEVO DISSECADO)
TE INUNDADA)
Fdse -Fdsu
(TERRAÇOS)
FLORESTA DENSA
.--1
(ÁR EA DOS ALTOS PLATÔS)
t
Pmg Peda- Pode Patm -Pote
(MANGUEI (AREAS DEPRIMIDAS)( TERRACOS l
t ~~-
MARÍTIMAS ALUVIAL
t
I ~
FORMAÇÕES PIONEIRAS
IV/53
SA.22-Y-C ILHA GRANDE DO IRIRI Figura 1
FLORESTA TROPICAL
(Tropical Forest)
Áreas Sedimentares
( Lowland Forest)
Fdpu (altos platôs, e/cobertura uniforme)
Fdpe (altos platôs, c/c.obertura de emergentes)
Fdhe (baixos platôs, e/cobertura de emergentes)
Fdte (platôs dissecados, e/cobertura de emergentes)
IV/54
9.1.1. FOLHA SA.22-Y-C ILHA GRANDE DO Nestas áreas foram realizados quatro levan-
!RI RI tamentos no ambiente Fdou+Famc, amostras
A.03 (± 99,60 m 3 /ha), A.04 (± 107,60 m 3 /ha}.
As florestas densa e aberta dominam a área
abrangida pela Folha, variando em função do seu d) Nas áreas dos terraços a vegetação arbórea
posicionamento topográfico. baixa é caracterizada pelas faveiras, cipós e
babaçu. Ambiente Fdsu, com 130 km 2 •
1) A Floresta Densa (Ciosed Forest)
2) A Floresta Aberta (Open Forest), com
a) Nas áreas sed,imentares dos altos platôs do 4.350 km 2 de área, apresenta-se com uma vege-
Terciário residual e dissecado do Cretáceo à tação que vai de mista a latifoliada, ocupando
Floresta é caracterizada pelas faveiras, áreas de relevo acidentado e ondulado. Esta
maçaranduba e taperebá, com manchas de vegetação caracterizada pelo babaçu, açaí, casta-
cipoal. Ambientes Fdpu, Fdpe+Falp, Fdte, nheiras, paricá, cipós e taboquinha, mostra,
Fdte+Falc, com 7.600 km 2 • isolados ou não, pequenos testemunhos do
relevo de cadeias de montanhas e, outeiros e
b) Nas áreas sedimentares dos baixos platôs a colinas, onde dominam as faveiras, castanheiras e
vegetação arbórea é caracterizada pelas mesmas paricá. Ambientes Fala, Famc, Fama+Fala,
espécies citadas anteriormente. Ambiente Fdhe, Famc+Falc+Fd/u, Fama+Fdlu, Fama+Fala+Fdlu
com 2.000 km 2 • e Famc+Fddu.
IV/55
SA.22·Y·A RIO JARAUÇU Figura 2
FORMAÇÕES PIONEIRAS
(Pioneer Formations)
Aluvial
Padc (áreas deprimidas campestres)
Patc (áreas dos terraços, arbustiva mista)
Patm (áreas dos terraços, campestres)
FLORESTA TROPICAL
(Tropical Forestl
Áreas Sedimentares
(Lowlànd Forest)
Fdpe (altos platôs, e/cobertura de emergentes)
Fdhe (baixos platôs, e/cobertura de emergentes)
Fdhu (baixos platôs, e/cobertura uniforme)
Fdte (platôs dissecados, e/cobertura de emergentes)
Fdna (relevo aplainado, e/cobertura de emergentes)
Áreas dos Terraços
(AIIuvíal Forest)
Fdsu (cobertura uniforme)
FLORESTA ABERTA
(Woodland Forestl
Latifoliada
(Broadleaved Forest)
Fale (relevo acidentado)
Falp (relevo tabular)
Mista
(Mixed Forestl
Famp (relevo tabular)
IV/56
9.1.2. FOLHASA.22-Y-A RIOJARAUÇU Nas áreas dos baixos platôs observamos o baba-
çual intercalado com a vegetação florestal. Am-
A vegetação da área abrangida pela Folha em bientes Fdhe, Fdhu, Fdhu+Famp, e Fdne, com
estudo é caracterizada pela Floresta sempre- 4.850 km 2 .
verde densa, com pequenos núcleos de Floresta
aberta e Formações Pioneiras que ocupam, d) Nos terraços, a vegetação florestal é caracte-
distintamente, diferentes formas de relevo. rizada pelas faveiras, ocupando áreas às margens
dos afluentes do rio. Ambiente Fdsu, com
1) As Florestas densa e aberta são observadas 7 km 2 .
ocupando áreas sedimentares dos altos, baixos
platôs, aplainadas e terraços. 2) As Formações Pioneiras, de origem aluvial,
foram observadas ocupando áreas deprimidas e
a) Nos altos platôs a vegetação florestal densa é dos terraços, ambas inundadas periodicamente.
determinada pelas comunidades de maçaran-
duba, acapu, anani, taperebá e raros angel ins, a) Nas áreas deprimidas a vegetação campestre
com a cobertura de emergentes. domina, sendo caracterizada por Gramineae e
raras palmeiras. Ambiente Padc, com 100 km 2 •
Nestes platôs verifica-se a presença de cipoal,
possivelmente costela-de-anta do gênero Cocco- b) Nas áreas dos terraços a vegetação varia de
loba, nas clareiras naturais ocasionadas pela campestre a arbustiva mista, onde dominam
queda ou morte das árvores. Ambientes Fdpe+ Gramineae, buriti e caranã. Ambientes Patc, e
Fa/p, com 5.700 km 2 • Patm, com 1.400 km 2 .
IV/57
SA.22-V-C ALMEIRIM Figura 3
FdU
• A 22
IV/60
9.1.4. FOLHA SA.22-V-A MONTE DOURADO e) Nas cadeias de montanhas, com 1.600 km 2 ,
apresentando uma vegetação uniforme de juta r a
A Floresta é o tipo de vegetação dominante na maparajuba em meio a núcleos de mata de cipó.
área, ocupando diferentes posições topográficas. Ambientes Fddu e Fddu+Falc.
b) Nos terraços dos rios que cortam a área, com No ambiente Fddu, foi feito um levantamento
uma vegetação de cobertura arbórea uniforme fi o resta i (Amostra A.06) onde obteve
constituída de faveiras e ingá. Ambiente Fdsu, ±90m 3 /ha.
com 300 km 2 •
4) A Floresta Secundária (Secondary Forest),
c) Nas áreas de relevo dissecado, diferen- ocupa área próxima ao reflorestamento da jari
ciando-se em função dos relevos fortemente de Gmelina arborea e Pinus spp. (Rf), no topo
ondulado e ondulado. Nestas áreas a vegetação do platô do Terciário, onde domina a imbaúba.
arbórea apresenta-se com a cobertura uniforme Ambientes Fsl, com 140 km 2 e Rf, com
( Fdou e Fdau) e de emergentes (Fdoe), sendo 160 km 2 •
caracterizadas pelas castanheira, favei r as e qua-
rubas. Nas encostas do relevo ocorrem núcleos Resumindo:
de Cipoal (Fale). Ambientes Fdoe, Fdoe+Fa/c,
Fdou+Falc, Fdau e Fdau+Falc, com 9.000 km 2 . A área é possuidora de razoave1s Recursos
Naturais Renováveis, tais como:
Nestas áreas foram feitas quatro amostragens
(A.21, A.22, A.23 e A.24), todas no ambiente a) a castanheira, que se apresenta como espécie
Fdoe, com uma média de ±,21Om 3 /ha. de alto valor extrativista de seus frutos e,
IV/61
Tanto na extração de frutos de castanheira como A prática do Reflorestamento tem alcançado
a exploração de madeira devem ser orientados bons rendimentos na área ao depararmos com os
no sentido conservacionista, visando a um me- resultados obtidos pela jarí no plantio de
lhor aproveitamento dos recursos que esta área Gmelina arborea e Pinus spp.
apresenta.
IV/62
SA.22-V-B MAZAGÃO Figura 5
Planícies Aluviais
(Savanna) (Swamp Forest)
Campo Cerrado Fdpi (permanentemente inundadas, igapó)
(lsolated tree Savanna) Fdpi (periodicamente inundadas, latifoliada)
Sro (relevo ondulado) Fdpm (periodicamente inundadas, mista)
Parques Areados Terraços
(Parkland Savanna) (AIIuvial Forest)
Spfe (drenagem esparsa e/floresta-de-galeria) Fdsu (cobertura uniforme)
Sps (sem cursos d'água perenes) FLORESTA TROPICAL
Contato (Tropical Forest)
(Transition Savanna/Forest) Areas Sedimentares
FSm (Lowland Forest)
(encrave) Fdhu (baixos platôs, e/cobertura uniforme)
grupamentos
Fdhe (baixos platôs, e/cobertura de emergentes)
FORMAÇÕES PIONEIRAS Fdte (platôs dissecados, e/cobertura de emergentes)
(Pioneer Formations) Fdtu (platôs dissecados, e/cobertura uniforme)
Aluvial Fdnu (relevo aplainado, uniforme)
Pada (áreas deprimidas, arbustiva) Relevo montanhoso
Palie (áreas deprimidas, campestres) (Submontana Forest)
Fdou (relevo fortemente ondulado e/cobertura uniforme)
FLORESTA ABERTA Fdoe (relevo fortemente ondulado e/cobertura de
(Woodland Forest) emergentes)
Latifoliada fdlu (outeiros e colinas, e/cobertura uniforme)
(Broadleaved Forest) Fdle (outeiros e colinas, e/cobertura de emergentes)
Fale (relevo acidentado)
Agropecuária
Mista Ap
(Mixed Forest)
Reflorestamento
Famc (relevo acidentado)
Rf
IV/63
9.1.5. FOLHA SA.22-V-B MAZAGAO Fdhu, Fdnu, Fdte, Fdtu e Fdte + Fale, com
6.600 km 2 •
A Floresta Ombrófila é o tipo de vegetação
dominante, tendo-se apenas pequenas manchas b) Nos terraços, alagados determinada época do
de Cerrado. ano, a floresta apresenta-se com uma cobertura
arbórea uniforme, constituída principalmente de
1) O Cerrado (Savanna), que ocupa pequena ingá, faveiras e aça(. Ambiente Fdsu, com
área na Folha ( 1.000 km 2 ) apresenta-se com a 40 km 2 •
vegetação de Cerradão e Parque.
c) Nas áreas fortemente onduladas, com árvores
a) O Campo Cerrado (lsolated tree Savanna) emergentes (principalmente os angelins), e no
que cobre o relevo ondulado, apresenta-se domi- dossel uniforme, abioranas e quarubas como
nado pelas Vochysiaceas e leguminosas. espécies dom in antes. Ambiente F doe, com
Ambiente Sro, com 80 km 2 • 1.500 km 2 •
IV/65
SA.22-V-D GURUPA Figura 6
FORMAÇ0ES PIONEIRAS
(Pioneer Formationsl
Aluvial
Padc (áreas deprimidas, campestres)
Patm (áreas dos terraços, arbustiva mista)
Patc (áreas dos terraços, campestres)
FLORES:rA TROPICAL
(Tropical Forestl
Planfcies Aluviais
(Swamp Forestl
Fdpi (permanentemente inundadas, igapó)
Fdpl (periodicamente inundadas, latifoliadal
Fdpm (periodicamente inundadas, mista)
IV/66
9.1.6. FOLHA SA.22-V-D GURUPÃ
a) Nas áreas sedimentares dos altos (Fdpe e A área apresenta expressivo valor no que concer-
Fdpu), baixos (Fdhe) platôs e dissecados (Fdte) ne aos seus recursos naturais renováveis.
com uma cobertura arbórea destacando emer-
gentes. Estas áreas são caracterizadas pelas co- a) A Floresta densa compreende alto potencial
munidades de angelim-pedra, jutaí-açu, anani, de madeira nos tabuleiros e ilhas, esta com um
taxi e outras. Ambientes Fdpe, Fdpu, Fdhe e número reduzido de espécies, mas de alto valor
Fdte, com 7.800 km 2 . comercial como é o caso da ucuuba (abundante
na área).
b) Nas áreas de planícies aluviais, com a vegeta-
ção variando em função do seu maior ou menor b) Os Campos apresentam grande interesse para
encharcamento. o desenvolvimento da pecuária Seja qual for a
destinação da área, em relação aos seus recursos
b.1) Nas de alagamento periódico, constituindo naturais renováveis, devem ser tomadas medidas
um tipo florestal de alta expressão econômica conservacionistas para o seu uso adequado.
não pela quantidade de espécies mas pela quali-
dade. Comunidade de pracuuba, ucuuba, taxis,
anani (Fdpl) e grande quantidade de açaí, puro
ou em mistura com a vegetação latifoliada
(Fdpm). Ambientes Fdpl, Fdpm, Fdpm + Ap e
Fdpl + Fdpm, com 4.450 km 2 .
IV/67
SA.22-Y-B SEN. JOSe PORFfRIO Figura 1
Fdhe
~
Fdhe
'S)···
~-·
IV/68
9.1.7. FOLHA SA.22-Y-B SENADOR JOSÉ
POR F fRIO
A Floresta é o tipo de vegetação dominante em rizada pela ucuuba, açaí e buriti. Ambiente
quase toda a área da Folha. Fdpm, com 130 km 2 •
IV/69
SA.22-Y·D ALTAMIRA Figura 8
IV/70
9.1.8. FOLHA SA.22-Y-D ALTAMIRA
As Florestas densa e aberta, que caracterizam a castanheira, tendo nos vales o babaçu, açaí,
vegetação da área abrangida pela Folha em (F ame) e c1po (Fale). Ambientes Fdlu,
estudo, é observada em diferentes formas de Fdle + Famc +Fale e Fddu + Famc, com
relevo. 800 km 2 .
1) A Floresta densa (Ciosed Forest) Nestas áreas de Floresta densa foram feitos seis
amostragens, a saber·
a) Nas áreas sedimentares, platôs (Fdpe e Fdhe),
aplainadas (Fdnu) e dissecadas (Fdte), uma A.17 (F doe + Fame + Fale) ± 176 m 3 /ha
vegetação arbórea uniforme e de emergentes A.18 (Fdou + Famc) ± 185m 3 /ha
domina as faveiras, maçaranduba, jutaí-mirim e A.15 (Fdoe + Fame + Fale) ± 138 m 3 /ha
paricá. Ainda nestas áreas constatou-se a presen- A. 16 (Fdoe + Fame + Fale) ± 107 m 3 /ha
ça do babaçu (Fama), ocupando os largos vales e A.02 (Fdte) ± 129m 3 /ha.
do cipó, nos vales mais fechados (Fale) e platôs
(Falp). Ambientes Fdpe + Falp, Fdte, 2) A Floresta aberta (Open Forest), com
Fdte + Fale, Fdhe e Fdnu +Fama, com 10.000 km 2 apresenta-se cobrindo áreas de ,rele-
2.800 km 2 . vo ondulado e acidentado com uma vegetação
mista de palmeiras (Fama e Famc) e latifoliada
b) Nas áreas dos terraços, floresta com uma (Fala e Fale) dominando sobre floresta densa a(
cobertura uniforme (Fdsu) e de emergentes observada. Ambiente Fama, Fama + Fala,
(Fdse), caracterizada pelas comunidades de Fama + Fdlu, Famc, Famc +Fale+ Fdlu,
breus, inajás e cipós Ambientes Fdsu e Fdse, Famc + Fdoe, Famc + Fdlu e Fddu + Famc.
com 200 km 2 .
Nestas área; foi feito apenas um levantamento
c) Nas áreas das planícies aluviais, alagadas florestal (A-05) no ambiente Famc + Fddu, onde
periodicamente, sendo caracterizada pelas comu- obteve-se ± 60 m 3 /ha.
nidades de envira e mandioqueira do brejo.
Ambiente Fdpl, com 300 km 2 . 3) A Floresta secundária (Secondary Forest),
com 300 km 2 , é observada nos núcleos agríco-
d) Nas áreas arrasadas, cobrindo áreas de relevo las, próxima a Altamira. Ambiente Fsl +Ap.
ondulado e fortemente ondulado com uma
vegetação arbórea uniforme (Fdau e Fdou) e de Resumindo.
emergentes (Fdoe) sendo caracterizada pelas
comunidades de castanheiras, tachis, ocorrendo A área da Folha em estudo é possuidora de
nos vales largos e estreitos o babaçu, açaí estimáveis recursos naturais renováveis, conside-
(Fama+ Famc) e o cipó (Fala+ Fale). Ambien- rando os dados relativos aos nossos le-
t es F d o u + F am c , Fdoe. , + F a m c, vantamentos florestais efetuados em diferentes
Fdou + F ame + Fale, Fdoe + Famc +Fale, ambientes.
Fdou + Fala+ Fama e Fdau +Fama, com
5.800 km 2 .
IV/71
SA.22-Z-C TUCURUf Figura 9
IV/72
9.1.9. FOLHA SA.22-Z-C TUCURUI
A área compreendida pela Folha está ocupada Revestindo os vales e meias encostas deparamos
pela floresta densa submontana, floresta ciliar com a vegetação aberta lati foi iada - mata-de-ci-
dos terraços do rio Tocantins e de outros rios pó - (Fala e Fale) e com a vegetação aberta
menores, e pela floresta densa dos platôs. mista (Fama e Famc), em meio a vegetação
densa de floresta. Ambientes Fdau +Fama,
1) A Floresta densa (Ciosed Forest) é observa- Fdou + Famc, Fdou + Fala+ Fama,
da: Fdou + Famc + Fale e Fdou + Famc + Fale, com
7.100 km 2 .
a) Nas áreas sedimentares, com 9.600 km 2 , ocu-
pando áreas de relevo aplainado dos altos (Fdpu) Nos ambientes Fdoe + Famc +Fale, foram feitas
e baixos Fdhe e Fdhu) platôs e dissecados duas amostragens que caíram no Fdoe, amostras
(Fdte), com uma cobertura arbórea dominante A.13, 125 m 3 /ha e A.14, 163 m 3 /ha, obtendo-se
com espécies emergentes (angelins e maçarandu- uma média de± 145m 3 /ha.
ba) que sobressaem ao dossel uniforme de
faveiras, tachi e cupiúba. Nestas amostragens verificou-se a ocorrência da
castanheira, cariperana, breu preto e acapu.
Observou-se nestas áreas, em que o processo de
dissecamento foi mais intenso, a mata-de-cipó 2) A Floresta aberta (Open Forest) cobre as
(Fale) que reveste os t:Jivegues dos vales mais áreas de relevo acidentado e vales, com a
fechados até meia encosta, enquanto que a mata-de-cipó (Fale) cobrindo indistintamente as
floresta densa reveste apenas o relevo residual duas formas de relevo. Observa-se em áreas
dos antigos platôs. Ambientes Fdpu, Fdhe, utilizadas para a prática agrícola (Ap), perto da
Fdhu, Fdte e Fdte + Fale. cidade de Tucuru í, em meio a vegetação aberta
latifoliada. Ambientes Fale+ Ap, com 500 km 2 •
b) Nas áreas dos terraços o rio Tocantins e
outros rios menores que cortam a Folha, com a 3) As FormaÇões Pioneiras (Pioneer Forma-
cobertura arbórea variando de uniforme (Fdsu) a tions}, que ocupam pequena área (cerca de
com emergentes (Fdse). Estes ambientes mos- 80 km 2 ) são aqui caracterizadas pela formação
tram as comunidades de paus d'arco amarelo e campestre observada nas áreas deprimidas alaga-
roxo, juntamente com a buritirana e agrupamen- das periodicamente (Padc). Este ambiente apre-
tos de açaí. Ambientes Fdsu e Fdse, · com senta-se com Gramineae e buritirana. Ambiente
500 km 2 . Padc.
c) Nas áreas das planícies aluviais, inundadas 4) A Floresta Secundária (Secondary Forest},
temporariamente, a floresta baixa de cobertura com 30 km 2 de área, apresenta-se com suas
uniforme, caracterizada pela ucuuba, samaumei- espécies próprias, tais como imbaúba e lacre.
ra, anani, açaí e buriti. Ambiente Fdpm, com Ambiente Ap + Fsl.
300 km 2 .
Resumindo:
d) Nas áreas de relevo dissecado, separados em
fortemente ondulado com a cobertura arbórea A área dominada pela floresta densa com man-
uniforme (Fdou) e de emergentes (Fdoe) e chas de floresta aberta apresenta razoáveis pers-
ondulado com cobertura uniforme (Fdau), a pectivas quanto à exploração de seus recursos
floresta densa mostra a castanheira como espécie naturais renováveis.
mais característica.
IV/73
Isto pode ser constatado pelos dois levanta- Entretanto, a utilização da área deve ser orien-
mentos realizados onde se obteve uma média de tada no sentido puramente florestal, por motivos
± 145m3 /ha de madeira e pela presença da topográficos e climáticos, exceção feita aos vales
castanheira, espécie de alto valor extrativista. dos rios que apresentam possibilidades de im-
plantação de uma agropecuária econômica.
IV/74
SA.22-Z-A CAMETA Figura 10
IV/75
9.1.10. FOLHA SA.22-Z-A CAMETÃ 2) As Formações Pioneiras (Pioneer Forma-
tions), aqui representadas pela formação campes-
A área apresenta-se coberta pela Floresta Om- tre (Padc), revestem áreas marginais ao rio
brófila, com pequenas manchas de campos na Tocantins. Estes campos arenosos, alagáveis
parte leste da Folha. periodicamente, apresentam-se dominados pelas
gramíneas dos gêneros Panicum e Paspalum, e
1) A Floresta Densa (Ciosed Forest) é repre- raros grupamentos densos de buriti. Ambiente
sentada: Padc, com 1.000 km 2 •
a) 1 Nas áreas sedimentares dos baixos platôs, por 3) A Floresta Secundária (Secondary Forest),
uma vegetação arbórea de cobertura uniforme resultante da regeneração natural das áreas des-
(Fdhu) e arbórea com emergentes (Fdhe), que florestadas e agricultadas (Fsl) é caracterizada
sobressaem ao dossel uniforme da floresta. Estes por uma vegetação latifoliada de imbaúba e
ambientes são caracterizados pelas comunidades lacre. Ambientes Ap + Fsl, com 1.850 km 2 •
de maçaranduba, faveira, tachi, cupiúba, que
constituem o dossel uniforme, e os angelins Resumindo:
como espécies emergentes. Ambientes Fdhe,
Fdhe + Ap e Fdhu, com 14.250 km 2 • A área de Floresta densa apresenta boas perspec-
tivas quanto ao aproveitamento de madeira.
b) Nas áreas de planícies aluviais, periodica-
mente inundadas, a presença de vegetação latifo- Entretanto, o seu uso deve ser orientado no
liada (Fdpl), composta de Vochysiaceae e Legumi- sentido puramente florestal, por motivos geoló-
nosaea e, de uma vegetação mista (Fdpm) gicos (área de baixo platô do Terciário) e
caracterizada pela ucuuba, samaumeira, anani, pedológicos (terrenos arenosÇ)s), exceÇao feita
açaí e buriti. Ambientes: Fdpm e Fdpm+ Fdpl, aos vales dos rios, que apresentam viabilidade
com 600 km 2 . técnica para a implantação de uma agropecuária
econômica.
c) Nas áreas dos terraços dos rios que cortam a
Folha, por uma vegetação arbórea que forma um
dossel uniforme, com raras espécies emergentes,
sendo caracterizada pela presença do açaí, buriti,
anani e ucuuba. Ambiente Fdsu, com 180 km 2 .
IV/76
SA.22-X-C PORTEL Figura 11
IV/77
9.1.11. FOLHA SA.22-X-C PORTEL
IV/78
SA.22-X-A CHAVES Figura 12
• A 32
• A 33
IV/79
9.1.12. FOLHA SA.22-X-A CHAVES
A área é coberta, quase totalmente, pela Floresta 3) A Floresta Densa (Ciosed Forest) das áreas de
Ombrófila e pequenas manchas de Cerrado e planícies aluviais com 13.550 km 2 , apresenta
Formações Pioneiras. atrás dos manguezais, devido à influência das
águas, a floresta de igapó (Fdpi), composta de
1) O Cerrado, ocupando as áreas mais altas e ucuuba, tachi, açaí, Tovomita e Clusia. Em meio
não sofrendo influência das cheias, é caracteri- aos igapós ou nas margens dos rios igarapés,
zado pelos parques com floresta-de-galeria em existem pequenos bancos de lama e areia que
drenagens densa (Spfd) e esparsa (Spfe) e sem oferecem condições à formação de uma vegeta-
floresta-de-galeria (Sps). Estes parques, denom i- ção mista de açaíe/ou buriti, anani, ucuuba,
nados regionalmente de "campos altos", são pracuuba e outras espécies (Fdpm). Observa-
dom inados pelo ipê-amarelo e a floresta-de-gale- ram-se também povoamentos quase puros de
ria pelo açaí, anani e ucuuba. Ambientes Spfe, ucuuba, ou em mistura com outras folhosas
Spfd e Sps, com 1.500 km 2 . (Fdp/). Ambientes Fdpi, Fdpl, Fdpm,
Fdpi+Fdpm, Fdpi+Fdpm, Fdpi+Fdpm+Fdpi,
2) As Formações Pioneiras, aluvial e marítima, Fdpm+Fdpi+Ap, Fdpm+Ap e Fdpm+Padc.
compreendem:
Resumindo:
a) áreas deprimidas dos depósitos aluvionais,
alagadas periodicamente, com formação campes- A área é possuidora de uma satisfatória reserva
tre (Padc), onde domina o piri, com núcleos de de madeira, visto encontrarmos grandes po-
buriti. Ambiente Padc, com 350 km 2 . voamentos, puros ou com outras folhosas, de
ucuuba, matéria-prima de grande aceitação no
b) áreas de influência marítima, com a vegeta- mercado nacional e internacional.
ção de mangue (Pmg) dominando a comunidade
de mangue-vermelho. Ambiente Pmg, com Os -açaizais constituem outro Recurso Natural
15 km 2 • Renovável de grande aceitação comercial pela
sua produção de palmito.
IV/80
SA.22-X-B SOURE Figura 13
4e•oo·
(?-Fdp1
Spfd~ Pm9
An.
Fdh•
1°00' '=~"---"--'------------------------L-"===~--------Pm_•-"'-"----=~~==--::::-:
49°30'
J•oo'
IV/81
9.1.13. FOLHA SA.22-X-B SOURE
A área abrangida pela presente Folha é coberta são de espécies que variam muito pouco em todo
pela Floresta Ombrófila e em sua quase totalida- o arquipélago de Marajá, sendo muito comum a
de pelas áreas graminosas dos Parques de Cer- aninga ou aturiá e o mangue vermelho. Ambien-
rado e Campos inundáveis da ilha de Marajá. te Pmg, com 550 km 2 .
1) O Cerrado {Savanna) é aqui representado Quando, logo após o manguezal, ocorrem áreas
pelos parques com florestas-de-galeria em drena- de cordões litorâneos que são antigos leitos de
gens densa (Spfd) e esparsa {Spfe). Estes par- rios com águas empoçadas, temos a presença de
ques, geralmente, ocupam áreas mais altas não ucuuba e açaís, além de aninga, canarana,
atingidas pelas enchentes, sendo caracterizados jupindá e o piri. Ambiente Pmg+Fdpi, com
pela mangaba, murici, gonçalo-alves, caju-manso, 10 km 2 •
lixeira e ipê apresentando o solo coberto por um
tapete graminoso de capim barba-de-bode. Am- b) Ocupando maior área na Folha (8.000 km 2 )
bientes Spfd e Spfe, com 670 km 2 • observou-se a ocorrência dos campos inundáveis
(Padc). Estes campos de inundações periódicas,
2) A Floresta Densa {Ciosed Forest), que ocupa compõem uma vasta planície graminosa compos-
pequena área na Folha {cerca de 61 O km 2 ) é ta principalmente de tabua, canarana, aninga
observada: (nas áreas em que o processo de alagamento é
mais intenso).
a) nas áreas sedimentares baixas {Fdhe), com
uma cobertura arbórea uniforme, onde algumas Nestes campos existem áreas que são dificilmen-
espécies se sobress1em a este dossel uniforme. te alagadas, os chamados "tesos", onde ocorrem
Este ambiente é caracterizado pelas comunida- as comunidades de tucumã, marajá, samaueira,
des de maçaranduba, faveiras, pau-amarelo, aca- cuiarana e morcegueira.
pu, louro e quaruba. Ambiente Fdhe, com Nas áreas deprimidas, de cordões litorâneos,
30 km 2 • locais que raramente secam, formando pequenas
b) nas áreas das planícies aluviais alagadas perio- baixas lamacentas, determinou-se a presença de
dicamente, seguindo a uma sucessão de açaizal aninga, aturiá, canarana, ucuubas e açaís, inter-
e/ou buritizal {Fdpm) começam a aparecer as calada pelas áreas de campo (Padc+Fdpi). Am-
ucuubas, samaumeiras e açacus, que ocupam as bientes Padc e Padc+Fdpi, com 8.350 km 2 .
áreas de aluviões mais consolidadas (Fdpl).
Ainda nestas planícies, encontram-se áreas depri- 4) A Floresta Secundária {Secondary Forest) é
midas alagadas permantemente (igapós), conhe- observada em áreas que, devido á grande incidên-
cidos regionalmente por "mondrongos", cuja cia de agricultura nômade, tiveram suas espécies
vegetação é composta de árvores raquíticas, comerciais exploradas, ficando apenas as de
principalmente ucuubas e açaís. Ambientes baixo valor (Fsl). As espécies mais comuns são:
FdpfTl, Fdpi+Fdpm, Fdpi+Fdpm+Fdpi, imbaúba, lacre, cupiúba, matamatá, muiraximbé
Fdpm+Ap,Fdpm+Pmg e Fdpi, com 700 km 2 • e caranapanaúba. Ambiente Fsi+Ap e
Fs!+Ap+Fdsu e áreas de agricultura Ap, com
3). As Formações Pioneiras (Pioneer Forma- 500 km 2 •
tions) são caracterizadas pela vegetação de cam-
po e mangue: Resumindo:
a) Nas áreas de influência marítima encontra-se 1) A área apresenta-se com uma nítida vocação
t,Jma formação florestal {Pmg), com uma suces- para a pecuária, devido às grandes extensões de
IV/82
campos naturais. Entretanto, medidas conser- 2 ) Os núcleos florestais existentes apresentam
vacionistas devem ser adotadas para a utilização atualmente pouco valor comercial.
racional destes campos, visando a sua melhor
utilização.
IV/83
SA.22-X-D BELÉM Figura 14
IV/84
9.1.14. FOLHA SA.22-X-D BELÉM
A área em estudo é coberta por diferentes tipos a) Nas áreas de planícies aluviais, em meio aos
de vegetação dominando a Floresta Tropical. açaizeiros e/ou buritis, observam-se a ucuuba,
Ocorrem também áreas de encraves (Floresta e samaumeira e açacu que ocupam as áreas de
Cerrado), Cerrado, Formações Pioneiras e Flo- aluviões mais consolidadas intercaladas por nú-
resta Secundária, que ocupam diferentes formas cleos agrícolas. Fazendo parte do conjunto
de relevo. regional observam-se áreas deprimidas, perma-
nentemente inundadas (igapós), onde a vegeta-
1) O Cerrado (Savanna), com 1.900 km 2 de ção é constituída por árvores raquíticas, princi-
área, é representado pelos parques com flores- palmente ucuubas e açaís. Ambientes Fdpm,
ta-de-galeria em drenagem densa (Spfd) e esparsa Fdpm+Ap, Fdpl, Fdpi+Fdpm,Fdpl Fdpm+Fdpi,
(Spfe), geralmente ocupando áreas mais altas, os Fdpm+Fdpi, Fdpi, Ap+Fdpm, com 3.800 km 2 •
tesos, de deposição mais antiga. Estas áreas são
caracterizadas pelo capim barba-de-bode, caim- b) Nas áreas sedimentares dos baixos platôs do
bé, mangaba, murici e caranã, além do buriti e Terciário, a vegetação florestal, com cobertura
alguns açaís. Ambiente Spfe e Spfd. arbórea variando de uniforme a emergentes, é
caracterizada pela maçaranduba, morototó, qua-
2) O Contato, Floresta e Cerrado, que ocupa ruba, faveiras, acapu e louro. Observam-se gran-
pequena área na Folha em estudo (cerca de des áreas uti I izadas para agropecuária, em meio
180 km 2 ), é representado pelos encraves de aos baixos platôs. Ambientes Fdhe, Fdhe+Ap e
vegetação de Campo Cerrado (Srf) e Parque Fdhu, com 1.260 km 2 •
(Spfd) e de Floresta Densa das planícies aluviais
(Fdpm). 5) A Floresta Secundária (Secondary Forest),
que ocupa 6.640 km 2 de área, é observada em
Normalmente o Cerrado ocupa os altos do relevo áreas de grande concentração agrícola onde, pela
ondulado e a Floresta as áreas mais baixas, derrubada total ou parcial da floresta primitiva,
suJeitas a alagações periódicas. Ambientes originaram as capoeiras. Pode-se constatar nos
Fdpm+Spfd e Fdpm+Srf. terraços dos cursos d'água que cortam a Folha
em meio à capoeira, a floresta ciliar.
3) As Formações Pioneiras (Pioneer Forma-
tions), com apenas 1.100 km 2 de área, são As espécies mais características são: imbaúba,
representadas pela vegetação dos mangues lacre, cupiúba, carapanaúba, faveiras e outras.
(Pmg), caracterizados pelo mangue vermelho e Ambientes: Fsi+Ap, Ap+Fsl e Fsi+Ap+Fdsu.
siriúba, e campos (Padc) que ocupam áreas
deprimidas, alagadas periodicamente, onde se Resumindo:
encontram a tabua, canarana e aninga (nas áreas
de maior período de inundação). Em meio a A área apresenta-se com diferentes tipos de
estes campos observam-se áreas mais altas, os vegetação que respondem às diferentes variáveis
chamados tesos, que raramente são atingidos geomorfológicas.
pelas enchentes, sendo estas áreas dom inadas
pelo tucumã e marajá. Ambiente Pmg e Padc. 1) As áreas deprimidas de origem aluvial, perió-
dica ou permanentemente inundáveis, são ocupa-
4) A Floresta Ombrófila (Ombrophilous das pelos campos, mangues, florestas latifoliada
Forest), apresenta-se ocupando diferentes po- e mista.
sições topográficas.
IV/85
2) Nas áreas mais altas dos relevos ondulados Os recursos naturais renováveis observados apre-
foi constatada a vegetação do Cerrado. sentam-se precários devido à grande intensidade
de derrubada das matas para o estabelecimento
3) As áreas sedimentares dos baixos platôs do de núcleos agropecuários. Normalmente, apenas
Terciário são cobertas pelas florestas densa e ao longo dos cursos d'água que cortam a Folha é
secundária. que são observados 6úcleos florestais e outras
áreas menores, testemunhos da antiga vegetação,
com baixo valor econômico.
IV/86
SA. 22-Z-B TOMÉ-AÇU Figura 15
Fdhe
3°00'L:-:,c:c,0::;,-------------...~....;'------------------------------------'-----;:::;-,0;;;}0' 3°00'
49 48
FORMAÇÕES PIONEIRAS Áreas Sedimentares
(Pioneer Formations) (Lowland Forest}
Fdpe (altos platôs e/cobertura de emergentes}
Aluvial
Fdhu (baixos platôs e/cobertura uniforme}
Padc (áreas deprimidas, campestres)
fdhe (baixos platôs e/cobertura de emergentes}
Plan(cies Aluviais Fdnu (relevo aplainado, uniforme)
(Swamp Forest)
Fdpl (periodicamente inundadas, latifoliada} FLORESTA SECUNDÁRIA
Fdpm (periodicamente inundadas, mista) (Secundary Forest)
Latifoliada
FLORESTA TROPICAL
(Tropical Forest)
Fsi
IV/87
9.1.15. FOLHA SA.22-Z-B TOM~-AÇU
b) as áreas de planícies aluvial, alagadas periodi- A área em estudo é possuidora de alto potencial
camente, onde observa-se a floresta mista de madeira, com muitas espécies comerciais que
(Fdpm) com a sucessão de aninga, aturiá, açaí e podem ser exploradas.
ou buriti, ucuuba, samaúma, anani, etc.
400 km 2 • Uma fonte de divisas pa~ a região e para o Brasil
é a pimenta-do-reino cujo maior produtor é o
c) as áreas dos terraços, com uma vegetação de município de Tomé-Açu onde os imigrantes
cobertura arbórea uniforme (Fdsu), de mandio- japoneses conseguiram, através de uma elevada
queira, ucuuba, açaí e buriti, intercalada por tépnica agrícola, lograr êxito com esta cultura.
áreas agricultadas (Ap). Ambiente Fdsu e
Ap+Fdsu, com 550 km 2 • A região pode ser utilizada para muitas culturas
agrícolas e o conservacionismo deverá ser a
2) As Formações Pioneiras (Pioneer Forma- tônica de qualquer empreendimento.
tions), aqui representadas pela forma campestre
IV/88
SA.22-Z-D MÉDIO CAPIM Figura 16
49°30'
·oo·.----------------r..,--------------------------------,...----, 3•oo'
3
Fdfe+Falc
Fdpu
Fdpll
IV/89
9.1.16. FOLHASA.22-Z-D M~DIO CAPIM
A Floresta Ombrófila reveste grande área da c) Nas planícies aluviais, inundadas tem-
Folha, cerca de 18.173 km 2 • com pequenas porariamente, a floresta baixa de cobertura
manchas de campo, variando suas unidades bastante uniformes reveste os terraços ao longo
fisionômicas em função do seu posicionamento dos rios e as largas depressões com sedimentos
topográfico. · recentes onde os paus d'arco amarelo e roxo,
juntamente com a buritirana e agrupamentos de
1) A Floresta densa (Ciosed Forest) é obser- açaí, caracterizam a comunidade. Neste am-
vada: biente constataram-se algumas áreas agricultadas.
Ambientes Fsdu e Ap±Fdsu, com 400 km 2 •
a) Nas áreas sedimentares dos altos platôs (Fdpe
e Fdpu), baixos platôs (Fdhe) com uma cobertu- d) Nas áreas onduladas a floresta reveste pe-
ra arbórea dominante com espécies emerÇJentes. quena depressão na Folha, sendo caracterizada
Estes ambientes são caracterizados pelas comuni- pelas comunidades de faveiras e breus. Ambiente
dades de angelim-pedra, jutaí-açu e maçaranduba Fdau, com 3 km 2 -:-
em mistura com outras espécies, cujas copas se
tocam num emaranhado de galhos e folhas 2) As Formações Pioneirass (Pioneer For-
sempre verdes. Ambientes Fdpe,Fdpu Fdhe, mations) foram observadas com sua fisionomia
com 13.1 00 km 2 • campestre (Padc), ocupando pequenas de-
pressões em áreas alagadas periodicamente. Este
Foi efetuada uma amostragem no ambiente ambiente apresenta-se com Gramineae e buri-
Fdhe, A 112, onde se obteve ± 120 m3 /ha. tirana. Ambiente Padc, com 50 km 2 •
IV/90
9.2. Florística
(continua) (continua)
IV/91
(continuação) (continu-ação)
Envi ra preta Guatteria poeppgiana Mart. Louro preto Nectandra sp. Ocotea sp.
Envira vermelha ? Looro rosa Aniba parviflora Mez (? l
Eperua Eperua bijuga Mart. ex Bth Louro vermelho Ocotea spec.
Faeira Panopsis sessifolia (Rish) Sandur Maçaranduba Manilkara huberi (Ducke) A.
Favas Parkia spp. Chev.
Fava atanã Parkia gigantocarpa Ducke. Macucu Licania sp.
Fava folha fina Piptadenia suaveolens Miq. Macucu Hirte/a praea/ta
Fava narimari Cassia sp. Macucu Aldina spp.
Fava orelha Enterolobium sp. Mamoi Jaracatia spinosa A.D.C.
Fava wing Pithecolobium sp. Mamorana Bombax sp.
Freij6 Cordia goeldiana Hub. Mamorana P. Bombax globosum Aubl.
Freij6 branco Cordia exaltata Lam. Mamorana da terra firme Bombax paraensis Ducke.
Goiabinha Mau riria guyanensis Aubl. Mandioqueira escamosa Oua/ea sp.
Goiabinha Psidíum sp. Mandioqueira aracati Oualea sp.
Gombeira Swartzia sp. Mandioqueira azul Qualea coeru/ea Ducke
Gombeira Andira sp. Mangabarana Sideroxylum spec. (?)
Guajará Neoxythece rubusta Manguerana Tovomita brasiliensis (Mart.)
Guajará pedra Neoxythece elegans Walp.
Guariúba Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Mão de gato He/icostylis peduncu/ata
lngá lnga sp. Maparanã ?
lngá branca ? Maparajuba Mimusops paraensis Hub.
lngá chato ? Mapati ?
lngá cipó lnga edulis Mart. Mapatirana ?
lngá peluda lnga cayennensis B.T.H. Maria preta Zizyphus sp.
lngá xixica lnga sp. Marupá Simaruba amara Aubl.
lpê de folha composta Macrolobium campestre Hub. Matamatás Eschweilera spp.
Ipera na Crudia sp. Matamatá preto Eschwei/era blanchetiana (Berg)
lpezeiro Macrolobium pendulun Miers.
ltaúba Mezi/aurus spp. Melancieira Alexa grandif/ora Ducke.
ltaubarana Buchenavia congesta Ducke. Morototó Didymopanax morototoni (AubL)
Jacareúba Ca/ophyllum brasiliense Camb. D. & P.
Jacareúba branca ? Morototó branco Schefflera paraensis Hub. Arg.
Janitá Anona sp. Muirá gonçalo Hieronyma laxiflora (Tu!) M. Arg.
Jarana Eschwei/era jarana Ducke. Muirapiranga Brosimum paraense Hub.
Jarandeva Pithecolobium latifolium Benth. Muiraúba branca ?
Jatereua Eschweilera amara Muiratauá Apu/eia mora/is Spr. et. Benth
Jatoá Guarea sp. Muiratinga 0/medioperebea sc/erophilla
Jatoá vermelho Trichilia micrantha Bth Ducke.
Jatobá Hymenaea courbaril L. Muirauba Mouriria sp.
João mole Neea spp. Muiraximbé Emmotum fagifolium Desv.
João mole C/avapetalum e/atum Ducke. Murupita (Burra leiteira) Sapium marmieri Hub.
Jutal-açu Hymenaea courbaril L. Murici Byrsonima sp.
Jutal-cip6 ? Murta Eugenia patrisii
Juta! da várzea Hymenala obliongifolia Hub. Mururé Nucleopsis sp.
Jutairana Crudia pubescens Benth. Mututi Pterocarpus rohrii Vahl.
Juta l-pororoca Dialium guianensis (Aubl.) Mututi duro Swartzia racemosa Bth
Sandrv. Mututirana ?
Lacre Vismia spp. Pacapuá ?
Louro Nectandra pichurim Mez. Pajurá Parinarium spp.
Louro abacate P/eurothryum macranthum Nees Paparanã ?
Louro amarelo Aniba spp. Parapará Jacaranda copaia
Louro branco Ocotea guianensis Aubl. Parinari Parinari rodolphi
Louro faia A denostephanus guianensis Parqui coré ?
Meissn. Parl<ia velutinia Parkia velutina R. Benoist
Louro pimenta Ocotea canalicu/ata Mez. Paruru (Achuá) Sacoglottis guianensis
Louro prata Ocotea guianensis Pau-de-balsa Ochroma /agopus
(continua) (continua)
IV/92
(continuação l (conti(luaçãol
(continua)
IV/93
USO POTENCIAL
DA TERRA
USO POTENCIAL DA TERRA DA FOLHA SA.22-BELI:M
AUTORES:
VICTORIA TUVAMA
LUIZ GUIMARÃES DE AZEVEDO
ELOISA DOMINGUES PAIVA
PARTICIPANTES:
JOAO DA C. JARDIM DA CUNHA
MARIA DAS GRAÇAS GARCIA
ISMENIA VIDAL ROSSY
StRGIO PEREIRA DOS SANTOS
SUMARIO
ABSTRACT V/5
1. INTRODUÇAO V/7
2. OBJETIVOS V/9
3. METODOLOGIA V/10
3.1. Conceituação das Atividades V/10
3.2. Elementos Dispon(veis V/10
3.3. Avaliação e Classificação V/10
6. RESUMO V/23
7. BIBLIOGRAFIA V/24
8. ANEXO I V/27
V/3
TABU A DE I LUSTRAÇOES
MAPA
Uso Potencial da Terra (em envelope anexo)
FIGURAS
TABELAS
1. Classes da Média da Capacidade V /11
2. Distribuição das Áreas de Proteção ao Ecossistema e das Atividades de Produção. V /20
FOTOS
1. e 2. Campos inundáveis do Baixo Amazonas
3. e 4. Campos inundáveis de Marajó
5. Habitação típica dos Campos de Marajó
6. Pecuária em Santa Cruz do Arari
7. Aplicação de tecnologia avançada na atividade madeireira
8. Tratamento de madeira para industrialização
9. Indústria madeireira na Baía de Portei
1O. Derrubada para lavoura
11 e 12. Agricultura em Tomé-Açu
13. Ocupação agrícola na região de Abaetetuba
14. e 15. Areas de Proteção ao Ecossistema por Imposição Legal
16. e 17. Campos do Baixo Tocantins
18. e 19. Aspectos da vegetação em área proposta para implantação de uma Reserva
Biológica- Campos do Anauerá
V/4
ABSTRACT
V/5
Açaí and natural rubber are outstanding in the plant extractivism, followed
by Pará-nut, of more restricted occurrence. This activity shows wide
variation in the classification, thoug occurring in ali classes of natural
capacity.
V/6
1. INTRODUÇÃO
V/7
gráfica do Baixo Amazonas e da área do Estuá- interdisciplinar - é uma avaliação sintética da
rio, como via de acesso ao sistema portuário interação dos fatores clima, relevo, solo e vege-
visando o comércio exterior, é outro elemento tação, para as atividades agropecuárias, madeirei-
que não deve ser esquecido quando da progra- ras e extrativas. Essa aval iação foi levada a efeito
mação do aproveitamento desse potencial. Ao utilizando-se os mapas temáticos interpretativos
contrário, solos relativamente pobres, sujeitos a elaborados pelos demais Setores do Projeto
alta pluviosidade, são os principais fatores res- RADAM e sua apresentação na escala
ponsáveis pela baixa capacidade natural dessa 1 :1.000.000 é assim uma avaliação interativa de
área para a Lavoura e Criação de Gado em Pasto parâmetros, pois o Mapa de Solos, por exemplo,
Plantado. Esse contraste de capacidade natural ao definir suas unidades está em realidade,
mostra que, de uma certa maneira, a área considerando, também, a granulometria, a drena-
apresenta um frágil equilíbrio ecológico, neces- gem, etc. Do mesmo modo, ao delimitar as
sitando portanto, de estudos específicos que formações vegetais, o Mapa Fitoecológico está
indiquem a melhor utilização, isto é, através de integrando, sob as mesmas unidades, parâmetros
pesquisas e experimentos que selecionem além tais como precipitação, temperatura (... ) e
das culturas, a tecnologia agrícola e florestal mesmo a ação entrópica. Por outro lado ao indi-
mais adequada a essas condições, numa genera- car os fatores restritivos às atividades agropecu'á·
lização da ação dos órgãos governamentais que já rias, o mapa fornece elementos para a adoção de
atuem na área. tecnologia adequada na utilização dos solos, de-
modo a ser obtida maior produtividade.
O mapa, retratando a média da capacidade
natural do uso da terra* segundo um enfoque
V/8
2. OBJETIVOS
2.1. definir áreas favoráveis à implantação e/ou 2.4. indicar áreas que pelo seu elevado potencial
intensificação de atividades agropecuárias, ma- madeireiro e/ou de extrativismo vegetal devam
deireiras e extrativas, como um instrumento de ter o seu aproveitamento econômico conduzido
contribuição à política de desenvolvimento go- de acordo com tecnologia e regulamentação
vernamental e/ou à iniciativa privada; específica, sob a orientação e controle governa-
mental;
2.2. contribuir para a seleção de áreas progra-
mas onde estudos mais detalhados em nível 2.5. localizar áreas que por sua vegetação ou
quantitativo poderão ser feitos com a utilização pela presença de espécies em via de desapare-
dos mapas temáticos na escala 1 :250.000 a cimento devam ~er preservadas;
serem publicados pelo Projeto RADAM;
2.6. indicar, pelas informações de natureza geo-
2.3. definir áreas em que as condições de solo, lógica, áreas com probabilidades para a explora-
relevo ou mesmo clima, isoladas ou em con- ção dos recursos minerais, visando a mineração
propriamente dita, à correção de solos, constru-
ções civis ...
V/9
3. METODOLOGIA 3.3. Avaliação e Classificação
-aproveitamento de recursos florestais em ter- 3.3.2.em cada uma das atividades foram atri-
mos de produção de madeira. buídos pesos que variam de O (zero) a 1 (um)
para os dados obtidos nos mapas de solos~
geomorfológico, fitoecológico, avaliando-se as-
LAVOURA E CRIAÇÃO DE GADO EM PAS- sim as condições de solo, relevo, clima e vegeta-
TO PLANTADO (LA V) ção para as grandes unidades homogêneas. No_
caso das atividades de EXPLORAÇAO DE MA-
-atividades agrícolas tendo em vista a implanta- DEIRA E EXTRATIVISMO VEGETAL, comple-
ção de culturas de subsistência e/ou comerciais e mentados com dados sobre a volumetria das
pastos plantados. áreas florestais, distribuição e freqüência do açaí
(Euterpe oleracea Mart.), castanha-do-Pará (Ber-
EXTRA TIVISMO VEGETAL (EXV) tholletia excelsa H.B.K.) e a seringa (Hevea
brasiliensis (Wild. ex. A. Juss.) Muel. - Arg. e H.
-aproveitamento de recursos vegetais, excluída Benthamiana Muell. - Arg.), fornecidos pelo
a madeira. Setor de Vegetação e dados estatísticos de
produção;
CRIAÇÃO DE GADO EM PASTOS NATURAIS
(GPN)
-atividade pecuária que utiliza vegetação espon- 3.3.3. adoção de critério combinatório probabi-
tânea de tipo "campo", que inclui formações 1ístico, sob a forma de multiplicação sucessiva
herbáceas, arbustivas e mistas. dos respectivos pesos, obtendo-se assim os índi-
ces de capacidade natural. O índice unitário
representaria condições ótimas para todos os
3.2. Elementos Disponíveis fatores. A quantificação resultante conduziu à
definição de (5) cinco classes da média da
Na avaliação da média capacidade natural do uso capacidade: ALTA, MÉDIA, BAIXA, MUITO
da terra foram utilizados os seguintes elementos: BAIXA e NÃO SIGNIFICANTE (Tabela I)
mosaicos semicontrolados de radar, na escala
1 :250.000, mapas temáticos, nas escalas
1 :1.000.000 e 1 :250.000 e consulta à bibliogra-
fia disponível. *Pesos fornecidos pelo Setor de Solos.
V/10
permitindo, também, a identificação dos fatores permanente ou que, por condições excepcionais
restritivos às atividades agropeCllárias; devam - em consonância com os Artigos 29, 39,
e 59 da Lei n9 4. 771/65 - ser submetidas a
TABELA I regime especial de proteção. Essas áreas são
classificadas em dois tipos: ÁREAS DE PROTE-
O Cgito Indicador
Classes de Capacidade Intervalo
no Mapa
ÇÃO AO ECOSS!STEMA POR IMPOSIÇÃO
LEGAL e ÁREAS DE PROTEÇÃO AO ECOS-
Alta(AI >o.aà 4 SISTEMA POR CONDIÇÕES ECOLÓGICAS
Média (MI 0,41 a 0,60 3
PARTICULARES.
Baixa (B) 0,21 a 0,40 2
Muito Baixa (MB) 0,11 a 0,20 1
Não Significante (NSI ~0.10 o
Trata-se de uma área de relativa uniformidade ~ restante da área corresponde à classe NÃO
climática onde, ao sul do Amazonas, predo- SIGNIFICANTE e se distribui nas áreas de
minam os Planaltos Rebaixados (Barbosa et ali i, floresta secundária que predominam no setor
1974), modelados na Formação Barreiras (lssler oriental e nas áreas campestres.
et alii, 1974) e em geral revestidos de Floresta
Densa (Japiassú e Góes, 1974). Essas condições
definiram áreas isopotenciais de grande ampli- 4.2.2. LAVOURA E CRIAÇÃO DE GADO EM
tude. Em contraposição, ao norte do Amazonas, PASTO PLANTADO
a diversidade geológica conduziu a um grande
parcelamento de áreas. A ocorrência de rochas básicas deram origem ao
desenvolvimento de Terras Roxas, (Correa et
Excetuando a Criação de Gado em Pastos Natu- alii, 1974) localizadas em três manchas: uma na
rais, que tem sua presença estritamente ligada margem direita do Rio Jari, ao sul da cachoeira
às áreas campestres, as demais atividades tem de Santo Antonio e as outras duas ao longo da
distribuição generalizada na área mapeada, apa- Transamazônica, no trecho Altamira e ltaituba.
recendo em todas as classes da média capacidade Na Média Capacidade do Uso da Terra, à
natural; destaca-se porém, o grande potencial primeira correspondeu uma classe mais baixa por
madeireiro e extrativo vegetal, sobretudo o do estar localizada em áreas de relevo bastante
açaí. dissecado; as outras duas, avaliadas na classe
ALTA (Fig. 2), são as únicas representantes
A indicação no mapa de fatores restritivos às dessa classe na área mapeada. Embora de pe-
atividades agropecuárias, junto à avaliação para quena extensão em relação à Folha, sua impor-
essas atividades, são elementos valiosos em uma tância é fundamental não só por se destacar num
programação para se utilizar racionalmente os conjunto regional onde predominam áreas de
recursos naturais. baixa capacidade, como também por sua posição
em relação às vias de escoamento de produção.
4.2. Média Capacidade Natural do Uso da Terra A classe MÉDIA também ocorre em áreas
restritas e corresponde à presença de Solos
4.2.1. EXPLORAÇÃO DE MADEIRA Podzólicos Vermelho-Amarelo eutróficos e dis-
tróficos, conjugados a uma topografia mais
Refletindo as condições do bioclima florestal suave.
predominante, a maior parte da região apresenta
um elevado potencial madeireiro, sendo esta área A maior parte da Folha foi classificada como
V/12
I •
Escala graf1ca
100 o 100 200 300km
-ALTA -MÉDIA
V/13
Escalo gráfico
10~,o__________~9----------~~9~0-----------2~90__________~~km
Fig 2- Lavoura e Criação de Gado em Posto Plantado: distribuição dos Classes de Capacidade Natulrol
- MUITO BAIXA
V/14
BAIXA e MUITO BAIXA, principalmente nas Quanto à sua avaliação constata-se que esses três
áreas de ocorrência de solos Hidromárficos e recursos ocorrem em todas as classes da capa-
Latossolos Amarelos, localizados em zonas de cidade natural. Observando-se as Figs. 3 e 4
alta pluviosidade. pode-se notar que, espacialmente, há uma rela-
ção entre essa distribuição de classes e os
Merecem destaque as planícies fluviais ("vár- produtos considerados. Assim a classe ALTA
zeas") pois aí se adensa a população. Fertilizadas ocorre principalmente nas áreas de distribuição
periodicamente como conseqüência de seu re- da seringa e do açaí, á MÉDIA, sobretudo nas
gime de inundação, tem por outro lado, sua de ocorrência da castanha-do-pará e as classes
capacidade natural limitada pelos problemas'de BAIXA e MUITO BAIXA correspondem às do
drenagem que apresenta (Bertoni, 1967). Nesse açaí.
particular cabe assinalar que as áreas de "terra-
-firme", que também se distribuem nessas
mesmas classes, não contam como as várzeas 4.2.4. CRIAÇÃO DE GADO EM PASTOS NA-
com o aporte periódico de elementos fertili- TURAIS
zantes; ao contrário, são as mais susceptíveis de
empobrecimento principalmente quando utili- Essa atividade se apresenta na área mapeada em
zadas sem a técnica adequada às áreas de grande duas classes de capacidade natural: a classe
intensidade de precipitação. MUITO BAIXA, nas áreas de Cerrado e a classe
ALTA nos campos inundáveis, do Baixo Ama-
zonas e Leste de Marajá. Entretanto, torna-se
4.2.3. EXTRATIVISMO VEGETAL necessário destacar que essas duas áreas, apre-
sentam índices diferentes de avaliação. A ampli-
Para essa área foram consideradas as possibili- tude da classe considerada ALTA, que varia de
dades para o aproveitamento da castanha- 0,60 a 1,00, foi a responsável por essa classifi-
do-pará (Bertholletia excelsas H.B. K.), da seringa cação. Possivelmente, diferenças significativas na
(Hevea brasiliensis (Wild. ex A.Juss.) Muel. - composição florística dessas pastagens naturais,
Arg. e H. benthamiana Muel.- Arg.) e do aça í no regime de inundação, na intensidade e du-
(Euterpe oleracea Mart.) (Fig. 3). ração da estação seca e nos solos, seriam os
elementos responsáveis por essa variação. Em
A castanha-do-pará tem expressão econômica particular, seriam a composição florística e o
apenas ao sul e a noroeste da Folha. A seringa regime de inundação, os principais responsáveis
aparece sobretudo na Planície Amazônica e na pela posição mais vantajosa dos Campos de
zona florestal da ilha de Marajá, área que Marajá em relação aos do Baixo Amazonas.
corresponde também à presença do açaí. Este
porém tem ocorrência mais generalizada, pois
está presente ao longo da densa rede hidrográfica
do Baixo Amazonas e Baixo Tocantins. O
elevado potencial extrativo vegetal da área,
característica que lhe é dada, particularmente,
pelo açaí, abre perspectivas bastante otimistas
para a melhoria do nível de vida da população
que se dedica a essa atividade, tendo em vista as
modificações que já se observam com a implan-
tação de empreendimentos industriais que se
ocupam do beneficiamento dessa espécie.
V/15
Esc o lo gráfico
100 o 100 200 300km
~--------~--------~----------~------~
V/16
Escola or&fica
100 o 100 200 300km
- MUITOBAIXA
V/17
Escola gráfico
100 o 100 200 300km
Fig.5- CrioçÓo de- Gado em Postos Naturais: distribuição dos Classes de Capacidade No1urol
V/18
5. CONCLUSOES E JUSTIFICATIVAS
5.1. o maior potencial da área é representado 5.3. de pequena distribuição espacial, a Criação
pelos recursos florestais, graças à ocorrência da de Gado em Pastos Naturais, apresenta a particu-
Floresta Densa em quase toda a área mapeada. laridade de só ocorrer em duas classes: ALTA e
MUITO BAIXA, predominando entretanto, a
O aproveitamento da madeira é atividade tradi- primeira. A intensificação dessa atividade nas
cional na região de Breves e vem se acentuando áreas de alto potencial, poderá, se beneficiar
com a implantação de complexos industriais que com a ampliação do mercado consumidor re-
visam não só o mercado interno, como principal- gional, concomitante ao seu desenvolvimento e
mente a exportação. representado pelo crescimento d~mográf.ico e
V/19
TABELA 11
DISTRIBUIÇÃO DAS ÃREAS DE PROTEÇÃO AO ECOSSISTEMA E DAS
ATIVIDADES DE PRODUÇÃO
ATIVIDADES
0
ÁREA(km2) /o ÁREA
EXM LAV EXV GPN
4 1 I o 43 600 li
4 I 2 o 8 770 llf
4 I 3 o 12 !lO J
ÁREASDEUTILIZAÇÁO CONDICIONADA À 4 l 4 o 24 390 llf
4 o 4 o 70 Jf
4 o 3 o· 7 870 llf
ESTUDOS ESPEdFICOS 4 o l o 6 040 Jf
4 o o o 4 240 Jf
3 o I o 40 Jf
o o o o 2 890 Jf
4 2 3 o 4 410.
D 4 l 2 o 8 770 3 07
4 I 3 o 14 200 4 08
E 4 l 4 o 24 390 856
s 4 o 4 o 70 o 02
4 o 3 o 7 870 2 76
4 o I o 6 040 2 12
E 3 o I o 40 o OI
3 l l o 3080 190
M
3 I o o 1080 o 37
3 2 o o 5 090 I 78
c 3 2 1 o 6060 212
3 2 3 o 70 002
o 3 2 4 o 180 006
E 3 3 4 o 210 007
3 3 I ú 3 340 I 20
X
o 3 1 o 90 002
I o 2 I o 5 690 I 90
o 2 1 4 7 110 2 49
s o 2 o I 1660 053
T o 1 o 1 4 420 I 55
Ê o I o 4 5960 209
o I 1 4 3830 134
N
o l I 1 1220 042
c o I 1 o 4 860 I 70
o 1 2 o 3300 I 16
I
o I 3 o 7670 2 69
A o 1 4 o 730 085
o o 1 4 140 004
o o o o 3.620 120
5.6. com base na avaliação do potencial madei- Será, certamente, através do aproveitamento do
reiro e consideradas razões de natureza conser- grande potencial madeireiro e do extrativismo
vacionista é proposta a implantação da Floresta vegetal, paralelamente à atividade agdcola, que
Nacional do Bacajá-ltacaiúnas que se estende da se dará o impulso inicial desse processo. Em
Folha SB.22 Araguaia, para a área estudada. Em particular, no caso da atividade Lavoura e
virtude de ter sua maior parte localizada na Criaçãq de Gado em Pasto Plantado, muito
V/21
embora sua capacidade natural se situe em níveis vistas não só ao mercado interno, como também
inferiores às das outras duas atividades, uma à exportação.
estratégia de ocupação da terra que vise a
implantação de culturas permanentes tem como Também a área se beneficia de uma densa rede
objetivo a manutenção do equilíbrio ecológico. hidrográfica navegável, aliada à implantação da
Dentre essas, a Criação de Gado em Pastos Rodovia Transamazônica, elementos relevantes
Naturais, poderá atender à programação gover- na estruturação do quadro sócio-econômico
namental de expansão do rebanho bovino, com regional.
V/22
6. RESUMO
O mapa de USO POTENCIAL DA TERRA, Foi constatado que na área existe possibilidade
avalia, usando a síntese dos demais mapas para quarenta e cinco (45) combinações de
elaborados pelo PROJETO, a média capacidade atividades e que, à exceção da atividade CRI A-
natural para o uso da terra. Fornece também, ÇÃO DE GADO EM PASTOS NATURAIS, as
indicações de áreas promissoras à ocorrência de demais têm grande dispersão espacial, o que
minerais e rochas de utilização econômica in- indica haver condições naturais bastante homo-
du ídas as ocorrências comprovadas (dados for- gêneas.
necidos pelo Setor de Geologia). Essa avaliação
visa a implantação de atividades agropecuárias, A atividade EXPLORAÇÃO DE MADEIRA, de
madeireiras e de extrativismo vegetal, e é ex- ampla distribuição é a que apresenta os maiores
pressa pela possibilidade de aproveitamento eco- índices de capacidade natural, ocorrendo sempre
nômico da área coberta pelo PROJETO, de nas classes mais elevadas, enquanto a atividade
acordo com os princípios conservacionistas e LAVOURA E CRIAÇÃO DE GADO EM
evitando os efeitos dos desequilíbrios regionais PASTO PLANTADO, embora apareça em todas
pela organização ou reorganização do espaço as classes de capacidade, predominam, entre-
econômico. tanto, as mais baixas.
V/23
7. BIBLIOGRAFIA
V/26
8. ANEXO I
V/27
losô' J05o'
55°~3-o''~~~----------L-~~~----------~------~-----L----L-----~------~-=~7o'----~
Escala gráfica
10 o lO 20 30 40 50km
V/28
Escala grÓfica
IOb===~~~~o~~~~~If0=========320~._._._._~30==~======4~0~~~~~50_km
V/29
Queimada o g
AJUBA
Escalo gráfico
m o m w ~ ~ oo~
~~~~~~~====~--~~~====~~~~
V/30
FOTOS 1 e 2
Campos inundáveis do Baixo Amazonas (região de Almeirim), com capacidade natural ALTA
para Criação de Gado em Pastos Naturais.
FOTOS3 e 4
Campos inundáveis de Marajó. Área de pecuária extensiva e tradicional, com ALTA capacidade
natural.
FOTOS
Habitação típica dos campos de Marajá, onde predomina o habitat disperso.
FOT06
Santa Cruz do Arari tem sua economia baseada na atividade pecuária. "As palafitas evidenciam
o problema de inundações periódicas. No primeiro plano, reservatório de ãgua para a estação
seca.
FOTO 7
A introdução de tecnologia mais avançada na atividade madeireira, vem contribuindo pa ra a
modificação da paisagem ribeirinha da Região das Ilhas e do Estuário.
FOTOS
Tratamento de madeira para a industrialização na Região das Ilhas.
FOT0 9
Indústria madeireira na Baía de Portei.
FO TO 10
Derrubada para lavoura de subsistência em área de capacidade MUITO BAIXA. No segundo
p lano, transporte de madeira no Rio Moju.
FOTOS 11 e 12
Região Agrícola de Toiné· Açu. Area com capac idade natural BAIXA pa ra "Lavoura e Criação
de Gado em Pasto Plantado, onde se destaca a cultura da p imenta·do·reino .
F OT013
Ocupação Agrícola na região de Abaetetuba, área com capacidade natural MUITO BAIXA para
Lavoura e Criação de Gado em pasto plantado.
FOTOS 14 e 15
Afloramentos rochosos no rio Xingu. Área de Proteção ao Ecossistema por Imposição Legal. em
zona de corredei ras, junto à rodovia Transamazõnica.
FOTOS 16 e 17
Campos do Baixo Tocantins, ãreas de capacidade natural NÃO SIGNIFICANTE. Por sua
composição f lo rlstica, alguns são indicados como Reservas Biológicas.
FOTOS 18 e 19
"Campos do Anauerá". Area proposta para implantação de uma Reserva Biolbgica. Visão de
conjunto e detalhe mostrando a "flor do campo" e outras espécies.
OUTROS PRODUTOS DO PROJETO RADAM
Além dos mapas temáticos na escala 1 :1.000.000 e relatórios relativos a este bloco, encontram-se à
disposição do público, os seguintes produtos finais:
a) Folha de 1OQQ' x 1030' - na escala 1 :250.000 - abrangendo cerca de 18.000 km 2 , podendo ser
acompanhada por faixas dê radar na mesma escala, permitindo visão estereoscópica em aproximada-
mente 50% da área.
2. Fotografias*
3. Vídeo-Tape*
Na escala 1:23.000- para sua utilização se faz necessária aparelhagem especial de TV. Apresenta as
mesmas restrições das fotografias.
4. Perfis Altimétricos
Ao longo de cada linha de vôo (27 em 27 km), foram registrados perfis que fornecem a altitude do
terreno. A aproximação absoluta é da ordem de 30 a 50 m. Por sua consistência a precisão relativa ao
longo de uma mesma linha de vôo, pode ser considerada boa.
5. Mapas Planimétricos
6. Mapas Temáticos
CANAL DO SUL
Aluvilles: cascalhos. areias. argi las
}I
Formação Barreiras: arenitos f in os. siltitos e argi li tos caul in i cos com lentes de
conglomerado e arenito grosseiro. pouco consolidados até friáve is: em geral
maciços ou horizontalmente estratificados. ocasionalmente com estratifica-
çl!o cruzada : vermelho. amarelo e branco
... -·· Tb
··.. Formação Monte Alegre: areni to fino a médio. com estratificação horizontal e.
ocasionalmente. cruzada : branco. amarelo e cinza
Formação Curuâ: folhelho e siltito micâceo preto. c inza e vermelho. bem la-
minados com camadas intercaladas de arenito fino a médio. bem seleci ona-
do. geralmente com estratificação cruzada
Formação Trombetas: arenito grosseiro, mal sei eci onado. com estratifi caçao ho-
rizontal. camadas de tolhelho e conglomerado intercaladas. branco e amarelo
}I
Grupo Tocantins: xisto. filitos. quartzitos. ardósias. metagrauvacas. lentes de
calcário cristal i no. fácies xisto-verde
Grupo Vi la Nova : quartzitos. xistos. fi litos. anfi boi i tos e horizontes ferríferos : fá-
cies xisto-verde até almandina-anfibolito
ROCHAS fGNEAS
'
Tb
.......· Alcalinas Basalto
··- ~ríl
Contato litológico
Eixo de anticlinal
Ei110 de sincfinal
""'
Tb
... ..·· • bo
----------"=;=----------
Falha de deslocamento horizontal. tracejada onde inferi da
Falha indiscriminada
49'
Fratura
LOCALIZAÇÃO DO MAPA FOLHAS NA ESCALA 1"250-000
Base geogrâf•ca organ•zada no Departamento de Cartografia · I B G E Mapa elaborado com base em interpretação de mosaicos semi-controlados
a part•r de folhas plan1métr•cas na esca la 1 250 000. elaboradas pelo 71'
" " •• NB PROJETO RADAM \ j ' 00'
O' 00
11'00 ,..
4!'00' de 1magem radar. fotos multiespectra•s e trabalho de campo, pela Equipe AI i nhamentos: de I ineação de e struturas. traço de camada
v
de Geologia. 1971 - 1973
Proreto RADAM. mediante m terpretação de mosa•cos sem•-contro lad os
NB
~ • MONTE DOURAOO ~AlAGAO
.
CH AVES SOUR[
•'
de 1magem radar. fotos mul t•espectra• s e trabalh o de campo
NA
AUiliRIII
SA. 22-V-B
GURUPA
SA. 22 -X-A
PORHL
SA. 22 -X-B
Sfl!:M
'
Colaboraçi!o recebida:
Órgi!os federa1s · SUDENE. SUDAM/MINTER. INCRA/MA: UFRGS/ MEC
Órgão estadual · IDESP/PA
Zona de cizalhamento
·-, ~
PrOJeÇão Cônica Conforme de Lambert
~IIAZO NAS
'' '
i\.
~l IUIW!l:llo
-
l ''
••
!Okm o 10 20 30 60 60 70 ao 90 IIX\km
SA. 22-V·C SA. 22 -V-0 SA. 22-X·C SA. 22 -X-0
, . Dique ou corpo tabular
w - Diabásio
CEW,L~ ·\
' '
r -JWJI '
SEH K1SE PORf(RIO n. Zona de silificaçao
' "' JARA IJCU CAJI!U IOMf.ACU
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os
1974 ,...
Sfl.. ~~-Y- A SA. 22·Y-II SA. 22-Z-A SA. 22-Z-B
... *
~ ----
Rodov1a Implan tada oOI)IIA ~, ' ~~ ILH~ GRANO!. ' Min a ou Jazi da
Cidade
. Aeródromo 1nternac1onal
..
Rodov1a pav1mentada
Outras estradas. cammhos '
. '' 'R Au ·Ouro
SERRA .JAUA RU
A
0C8JKp St
CI
a. Tb
Doo
+ •• "
+ • -
Pa rque
FAIXA DE CONTATO
Parque
--------~D"'ensa{aluvia
de planície
l)
- - - - - - - - - Densa dos
terraços
-- - - - - - - Densa sub-mon-
tana platôs
Densa sub-mon-
_ _ _ _ _ _ _ _ tana relevo aplai-
nado
Aberta
- - - - - - - - - latifoliada
- - - - - - - - Aberta mista
T Pa T - - - - -- - -- - ----- A luvial
Arbustiva
T T T
4' " ti> - - - - - - - - Densa de planície
i!> /f' ~ (aluvial)
-
'f Fdp
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-
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- - - - - - - - Densa de planície
(aluvial)
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Densa dos baixos
'I ' 4'
4i ~4'- platôs
Secundária
lb ~Fsl"'- •11;, latifoliada
REGIÃO DA FLORESTA
"'"'"'
DENSA
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dos baixos
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Densa do re levo
aplainado
Secundária
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Mapa elaborado. com base em interpretaçao de mosa icos semi -controlados de ima-
Base geográf1ca orgamzada no Departamento de Cartograf1a I 8 GE
a part1r de folha s plan1métncas na esca la 1 250 00 0. elaboradas pelo
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LOCALIZAÇÃO DO MAPA
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ProJeto RADAM. med iante mterp retação de mosaiCOS sem 1- controlado s ~ O N fE DOURADO MAZAGÃO CHAVES SOUR( Co laboração receb ida . - - - -- - - - Densa dos platõs
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de 1magem radar. fotos mult 1espectra1S e trabalho de campo
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° Cl!4No
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, SA . 22 -V -A SA. 22-V -B SA. 22- X- A SA . 22 - X-B
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... Orgâos federais - SUDAM/ MINTER: INCRA. IPEAN IBDF/ MA
Úrgão estadual - IDESP/ PA REGIÃO DA FLORESTA
,. ""
ESCALA 1:1000.000 ABERTA
. -\ W.RI ,\-, SA. 22 -V-C SA. 22 -V-D SA. 22-X -C SA. 22 -X-D
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AMAZONAS '' ' IOkm o 10 30 50 50 70 80 90 IOOkm Sub-região da superfície arra-
sada do Médio Xingu/lriri .f""'../fJe_,. .,__ Densa dos
- -- - - - - - terraços (ciliar)
'' ( llAm"l.o ) ' SB JARA UCU SEN JOSf PORffRIO CAMETA IOM[-ACU
q,~q,
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J' 1._,
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1974 ,.,
SA . 22 -Y- A SA . 22 -Y- 6 SA. 22 -Z-A SA . 22 -Z-B
'fA I's'"
A A
- - - - - - - - Densa sub-monta-
na acidentada
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Aeródromo 1nternac1onal
Rodov1a I!Tiplan tada
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'
'' BAH IA 7·~
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ILHA GRAN DE
DO I RIRI
AliAM IRA TUCURUI M( DIO CA P I~
lf1 R1 1'f
4"1lil
- - - - -- - - - latifoliada
... ~H~
SA. 2 2 -Y - 0 SA. 22-Z-C SA. 22-2-D
@
Vila
t
Outros aeródromos
Rodov1a em Implantação
so
~ " MAI O GROSSO
'
( GOlAS
''-
I....... -- -~ -, so
MAPA REALIZADO PELO DNPM PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO NAC IONAL
, SA . 22 - Y-C
. '•••
Aberta mista
''
'il'JO 11 00'
' ' '
1&' 00'
Secundária
• ~(b "'
Rodov1a te mporána -
'.,' '-..,..-_...... I! l "'
"' ' "'
- -- - -- -- - latifoliada
Povoado. lugareJO
• •
Porto, farol
RodoV1a pav1mentada
Rodov1a em pav1mentaçao
Ou t ras estradas. cammhos
AGROPECUÂRIA
Ap
PERFIL ESQUEMÁTICO
REFLORESTAMENTO
REGIÃO DA FLORESTA DENSA
.A A'
2 3 :
'
2 5 6 II 3 II 7 II sl7l
I I
s !71
I I
6 8 6 8 i' 9
EUTERMAXÉR!CO TERMOXEROQUIMÊNICO ATENUADO PARA MESOXEROTÉRICO EUTERMAXÉRICO TERMOXEROQU IMENICO ATENUADO PARA MESOXEROTÉRICO
PRÉ-CAMBRIANO SEDIMENTAR
l-SUB -REGIÃO DA SUPERFicJE ARRASADA DO PARÁ/AMAPÁ 2-SUB -REGIÃO DOS ALTOS PLATÔS PALEOZÓICOS DO PARÁ / AMAPÁ 3-ÃREA DE CONTATO CERRADO/FLORESTA 4-SUB -REGIÃO DOS PLATÔS DISSECADOS DO PARÁ-AMAPÁ 5-SUB-REGIÃO
Pro1101>óo .. ,. lml!ll<>la i>lkl ~
IEII'IIÇOS ~E!!IlFOIOOI\IM(IRICOS Clr\J111111l 00 SULH DOS ALTOS PLATÔS DO XINGÚ /T APAJÓS 6 - SUB. REGIÃO DOS FUROS DE MARAJ Ó 7 - SUB - REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS 8 - SUB.REGIÃO DOS BAIXOS PLATÔS 00 PARÁ/ MARANHÃO/AMAPÁ 9-SUB·REGIÃO DOS ALTOS PLATÔS DO PARÁ/MARANHÃO
GEOC!RII H o PII®'!C SI
lml!tiiO o:ll cm O-GI!AflCI ClriJltlllll 00 SUL H
BELÉM MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA
FOLHA SA. 22 DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL MAPA EXPLORATÓRIO DE SOLOS
54° ao· 53' 52' 51' 50' 49'
LEGENDA
text ondtsc . rei s. ond e ond com escarpas HP2 · POOZOL HIOROMÚRFICO e LATOSSOLO AMARELO OIS·
TRÓFICO text med rei pl
LV4 · lATOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO text
arg POOZÓLICO VERMELHC·AMARELO text arg e
SOlOS LITÚLICOS OISTRQFICOS text tndtsc. rei. ond SO LO S HALOMÓRFICOS
efond
CL2 · SOLOS CONCRECIONARIOS LATERITJCOS INOISCRI MI· J~As fases de relevo conespondem ao relevo da unidade de mapea -
NADOS DISTRÓFICOS Text ondtsc e LA TOSSOLO AMA- mento
RELO DISTROFICO text. med rei pl e s ond ABREVIATURAS
ond
'"9 . muno argolosa
ondulado
escarpado pl plano
AQ2 · AREIAS OUARTZOSAS OISTRÓf iCAS e LATERITA Hl.
'"
f ond forte onduladu pltn t plinttco
OROMÚRFICA DISTRÓFICA text mdosc. rei pl
"" MAZAGÃO
)1'00'
CHAVE S
WlO' ... Mapa elaborado. com base em interpretação de mosaicos semi-controlados
de imagem radar. fotos multlespectrais e trabalho de campo. pela Equipe
de Pedologia, 1971-1973
AQ 3 · AREIAS OUARTZOSAS DISTRÚFICAS. LATERITA HIDRO-
MÓRFICA OISTRÚF ICA lexl indosc. e AREIAS OUART-
ZQSAS MARINHAS OISTRÚFICAS rei pl
tndisc
mod
mont
rndt l'C rtmonado (a)
médoa
mon tanhoso
rei
s
relevo
..
SOURf
de 1magem radar. fotos multtespectra1s e trabalho de campo SA 22 -V-A SA. 22 -V-8
, " 22 - X-A SA . 22 -X-B
'••
Colaboração recebida :
ESCALA 11 000 000 Órgãos federais - SUDAM/MINTER: INCAA. IPEAN . IPEACS/MA
Al Ml iRIM ~U RU P~ POR!fl am~
ProJeção Cônica Conforme de Lamber!
lOkm o lO 20 40 50 60 70 80 90 lllOkm
"'
SA 22 -V C SA 22 V-O
cnm
SA. 22 -X-0
, •. Órgã o estadual - IDESP/PA
Aodov1a temporima
MA PA RE ALI ZADO PELO ONPM PARA O PROGRAMA DE INTE GRAÇÃO NACIONA L
....... SA. 22-Y -C
,..
SA 22 -Y-0
'
'"'
SA. 22 -Z-C SA 22-Z D
•••
•8 110"
Povoado. lugareJO
•
Porto. farol
•
RodoVIa pav1mentada
Rodov1a em pav1mentação
Outras estradas. cammhos
NÃO
SIGNIFICANTE
0000 0000 0000 0000
CLIMA C/ /C
RELEVO RI /R
SOLO SI /S
VEGETAÇÃO VI IV
Goajaffi·Acu @
0210
S/V
"''
S/V
LOCALIZAÇÃO DO MAPA
Base geog rãf• ca organ ,zada no Departamento de Cartog raf •a · I B G E. .,, FOLHAS NA ESCALA 1·250.000
Mapa elaborado, com base em dados e documentat;ao cartográfica do Projeto
a partor de fo lhas plan•métncas na escala 1 250 000 elaboradas pelo
Projet o RADAM. med •an te mterpreta ção de mosa•cos semi ·Con t ro lados
" PROJETO RADAM ~~· 00'
0'0<>
MONT E DOURAnO
12'30'
M~1AG(O
11'00 1!'00'
o•oo· RADAM. pela Equipe de Uso Potencial da Terra. 1973
CHAVES
..
SOUR! Colaboração recebida:
de 1magem radar. fotos mult1espectra •s e trabalho de campo SA. 22· V· A SA. 22 -V· B Úrgãos federais · INCRtVMA : DNAEEJMME
"' , SA. 22 -X-A SA. 22 -X-8
'••
Órgãos estaduais . IDESP/ PA : IGA-CED/ MG
ESCALA 11000000 ALWliRIII CU~UPA PORTEL BEl til.
ProJeção Côn1ca Conforme de Lamber! SA. 22-V ·C SA. 22 · V·O SA. 22-X·C SA. 22 -X·O
58 SB
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HHH
o lO 20 50 60 70 80 90 HXl""
"" .. JARA UCU
SA. 22 -Y·A
S(N JOSf PORflltiO
SA. 22 -V-B
CAIIHA
SA. 22 -2 ·A
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SA. 22·2 ·8
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Povoado. lugareJO RodOVIa pavrmemada
Outras estradas. cammhos
" rr
Porto. far ol
•
RodoYia em pav1mentação Estrada de f erro " " " " "
I'
G
Resulta Pélfa culturas de Ciclo longo
lnap~a pa~a culturiiS de cdo curlo
m
lia -Regular para culluras de ciclo curm e longo
3' 3' m
111• -Restnta para culluras de CIClo curto e longo
m
IV• - Inapta para culturas de ciClo curto e k:lngo
AdeQuada pafa pas!oreo extensrvo
OVb
49'
LOCALIZAÇÃO DO MAPA
Base geogrâf1ca orgamzada no Departamento de Cartografia IBGE .
a partir de folhas plan1mét ncas na escala 1 250 000. elaboradas pelo " ~
" .. 20
"' " •• " ... " " "
.,,
,, NB PROJETO RADAM ..
, .,.. 00'
FOLHAS NA ESCALA 1 250 000
. -'·
,. ... .. Mapa elabora do, com base na interpretação do Mapa Exploratório de Solos.
pela Equipe de Pedol()di a. 1971 - 1973
ProJeto RADAM. med1an te mterpretação de mosaiCOS semi·COntrolados
de 1magem radar. fotos multiespectra1s e trabalho de campo
NB
,. ocl'"A.vo
MONT! DOURAOO MUAGAO CHAV!S SOU~[
Co laboração recebida:
SA . 22-V-A 22-v a
NA A~(.
.o~~~r,..to
NA
1'00 - " " 22-X-A SA . 22 - X-B
Órgãos f ede ra1s • SUDAM / M INTER: INCRA IPEAN. IPEACS/MA
(jJ
'••
-
Rodov1a tmplantada llft.l GRANDE
C1dade
. Aeródromo 1nternac•onal
'"12" 7 . '" 00 IRIRI -l!U•RA IOCURUI
...
ll fDIO CAPIM
.
j- '"·- 12" SA 22-Y-0 SA 22 -Z-C SA 22-Z D
·~.,c 1 IIAIO CROSSO MAPA REALIZADO PELO DNPM PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
••"
Rodovta em •mplantaçao 22 -Y-C
+ r•_ .. -.. . _
Vila
'",. :I~ ••• ,. • ••
,'"
Outros aeródromos
•s oo·
Rodovta temporãna
.,
' ""
Povoado lugareJO
.'
Porto. farol
Rodovta pavtmentada
Rodov1a em pavtmentaç~o
Outras estradas. cammhos
Estrada de ferro
" ,, "' " .. 20
I
G
Superfic1e tabular erosiva. Superfície de aplainamento talhada
tes de retomada de erosão
dd
D1ssecado em colmas com· inselbergs ..
Supertic1e tabular eros1va. Superffcie de aplainamento talha-
da em rochas sedimentares. topograficamente elevada
"'"'
Dtssecado em colinas de topo apla1nado Formas de dtsse-
cação tnc1p1ente das superfic1es ped1planadas por drena-
gem pouco aprofundada
"'"
D1ssecado em colmas com rav1nas e vales enca1xados Formas
resultantes dos d1ferentes t1pos de d1ssecação
Superfícies pediplanadas em rochas pré-cambrianas. elabora-
do~
das por processos de aversão e em retomada de erosão
D1ssecado em colinas e vales de fundo chato Formas resul-
tantes do alargamento dos vales nas super fíc1es colmosas
dcKr
··ln§§!g§rQ1!"; flolav9§ ra§lduaig da§ §UP€1rficio!l Pl!di~lâflâ8âs. 01SS8Cado em colmas. Cristas e rav1nas Formas assoc1adas
em forma de pontOes e cristas rebaixadas. Geralmente re- resultantes dos do1s t1pos de d1ssecação. em retomada de
modelados por morfogénese úm1da erosão
FORMAS DE ACUMULAÇÃO
0
Grupamento de ""in sei bergs··
~I
'"'""""o~~
D
Oa superfi c1e tabular eros1va tal h ada em reei"! as pré -cambna-
Terraços fluv1aiS Terraços com depôs1tos 1nconsolldados.aore-
sentando lagoas em alguns trechos. Eventualmente foram
nas e paleozóicas ped1mentados e postenormente reelaborados por morfogê-
nese úm 1da
Espp
\
D
Da superfic1e tabular eros1va em rochas sedimentares Planic1es fluv1a1s. 1nundáve1 s Extensas plan íc1es de 1nundação
per1ód1ca. cobertas por aluvrões holocêmcas. fluv 1a1s e la -
custres. f1xadas progressivamente por vegetação p1one1ra
D
Da superfície ped1planadá em rochas sed1mentares
PlaníCies com drenagem do t1po flmazôn1co furos. paranás
1garapés meandros abandonados. diques e lagos
D
Da superfic1e ped1planada em rochas pré-cambnanas
Planíc1es fluv1a•s alagadas Planíc1es ftuv1a1s com numerosas
lagoas e áreas permanentemente mundadas
'"''
TIPOS DE DISSECAÇÃO
,, G
Planic1es fluv1a1s colmatadas Planic1es fluv1a1s colmatadas por
....
(
D1ssecado em ravmas Formas de dissecação superficial re- sed1mentos holocên1cos. SUJeitas a Inundações pluv1a1s
sul tantes do entalhamento por drenagem mc1piente Localmente apresenta vales de fundo chato entulhados por
aluviões dev1d0 a ~ncompetênc1a da drenagem
'"
Dissecado em rav1 nas e vales encaixados. Dissecação resul-
tante da evolução do d 1ssecado em ravmas com ma10r
aprofundamento da drenagem
Pl~nic1es fluv1a1S e ba1xos terraços Ba1xos terraços e áreas
em colmatagem. com lagos de barragem. SUJeitos a munda-
di! ções penód1cas
D1ssecado em 1nterflúv1os tabulares Forma de dissecação re-
sultante do aprofundamento de talvegues em relevos tabu -
Borbl ~to .
+ lares. geralmente com padrão de drenagem retangular
dm
D1ssecado em mesas Formas resultantes da evolução do pro-
cesso de d1ssecação em mterflúviOS tabulares
Pl anic1e fluv1oman nha Area complexa de depós1tos fluv1 a1s re-
} centes SuJeitos a mundações penôd1cas com cordões areno-
ditr
(
)
sos man nh os
D1 ssecado em , nterflúv1os tabu lares e rav1 nas Forma de d1s-
secaçilo em mterflúv1os tabulares. apresentando um reen-
talhamento por drenagem mc1p1ente I Apf~ I
( dkit
D1ssecado em cns tas e mterflúv1os tabulares Formas resul-
tantes da assoc1ação dos dOIS l1pos de diSSecação
Planíc1e fluv1omar1nha com ··r,as"" e mangues
8
'"" dkmr Planic1es fluv1a1s colmatadas por d1ques margma1s Parcial-
D1ssecado em cnstas.mesas e ravmas Formas resultantes da mente 1nundável com acrésc1mos penõd1cos de aluv1ão
assoc1ação dos do1s t1pos de d1ssecação. em retomada de
erosão
dmc
Áreas parc1a!mente 1nundáve1s Depressões planas. areno-
D1ssecado em mesas e rav1nas Forma de dissecação em me-
sas. 1nundãve1s nas partes ma1s ba1xas e cobertas por ve.
sa apresentando reentalhamento Pela drenagem mc1p1ente
getação raste1ra Possivelmente ··paleoplayas localmente
em áreas de dispersão da drenagem
dmit
D1ssecado em mesas e 1nterflúv1os tabulares Formas resul- SfMBOLOS
tantes da assoc1ação dos do1s t1pos de d1ssecação
Front de cu esta diSSimulado Depósitos l1neares
dom 11 uv1 a1 s recentes
01ssecado em grupamento de mesas Relevos res1dua1s tabu- ~
lares ISOlados em superfíc1es apla1nadas forma evoluida do Escarpa eras' va Depós1tos l1neares
50' d1ssecado em mesa flUVIaiS ant1gos
"' .. ",. NC
PROJETO RADAM o•oo
WOO'
MONil OOüRAOO
FOLHAS NA ESCA LA 1·250.000
ll'lC'
~AlAGAO
11'00"
C~ AVES
49" JG'
SOU~ E
Mapa elaborado. com base em interpretaçilo de mosaicos sem•-controlados de
imagem radar. fo tos mu ltiespectra is e sobrev ôo. pela Equipe de Geomorlolog ia.
1971 -1973
D1ssecadoern colinas Formas de d1ssecação de superfic1es
aplamadas por vales pouco aprofundados
Rebordo eros1vo Depôs1tos l1neares marmhos
rojOTA: A v•rieçio de eore• rept....,ntll aJ alliiudeJ rela!ivaJ. Os tons
JIC)n<lrlm H''~"" elevados. As área$ mais baixas
~uras correa.
sAo repn·~n!Dd~s por tom
dar<>J. Os porfio 88" CC" e Dll" estia incluídos no relaiÓI"io
GURUP.
SA . 22 - X-A
P<lRI!l
SA . 22 - X-B
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'' 00
Colaboração recebida ·
Órgãos federais - SUDENE/ MINTER: INCRA/MA. UFRGS/ M EC : UnB
Órgãos estaduais- IDESP/ PA: IGA-CED. CODEVALE / M G: USP/SP
UNIDADES MORFO-ESTRUTURAIS
E MO RFOCUMÁ TICAS
Pro1eção Côn1ca Conforme de Lambert
,. JOkm o 10 20 40 50 60 70 80 90 JOOkm
>A 22·V·C SA. 22 -V-0
SE~ lOS(
SA. 22 -X-C SA. 22 -X·D
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I~IUUCU PORfiRIO
"' CA M El~ lOME-~CU
,...
SA 22 ·Y· A SA. 22· Y·B SA 22·Z·A SA. 22· 2-8
+
1974 ,
Aerôdromo mternac1onal Rodov1a 1mplantada
se .,
· L~~ GRUDE
I l llANIIU IUCURUI M!OIO CAPIM
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SA. 22-Y·D SA 22 -Z·C sA. nz .o
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MAPA REALIZADO PELO DNPM PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO NACIONAL SA 22 ·Y·C
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Vila •
Outros aeródromos
Rodov1a em Implan taçã o
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Rodov1a tempor .tma
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Povoado lugareJO Rodov1a pavimen tad a i'
Ou t ras estradas, cammhos
"
Porto farol Rodov1a em pav1mentação Estrada de ferro
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" " "
1 - PLANALTO SETENTRIONAL PARÁ-MARANHÃO
PE RFIL ESQUE MÁTICO 2 ·PLA NALTO TAPAJÓS-X INGU
3 -PLA NALTO OA BACIA SEDIMENTAR DO AMAZONAS
4 · PLANALTO REBAIXADO DA ÁMAZÓNIA (do 8a1~0 Amazonas)
5 ·0EPRESSÃ0 PERIFIÕRICA DO SUL 00 PARÁ
6 · DEPRESSÃO PERIFIÕRICA 00 NORTE DO PARA
7. PLANICIE AMAZ0NICA
Pl..ANAL T O OL
MARACANAQ U ARA j a> D
Dominoo morlochmãt<co dos planauos amazóoocos rab<uxa-
dos ou d•ssecados das li roas col1nosas e 1Jiamc1os revasto-
A PfDIPLANO PLEISTOCE NICO
} •~ ~
o
A' das por floresta densa
""'~
,~..,
~ Pf.DIPlANO ~ PLEISTQC[NICO PEOIPLANO PLEISTOC[NICO
• o
PfDIPLANO <i: PlEISTOCE NK:O
D Dominoo morfochmátoco das planic.es onunclãve1S recobertas
POr campos
-""-
DEPRESSÃO PERIFÉRICA:
DO NORTE DO PARÂ :
' PLANALTO DA BACIA
SEDIMENTAR DO AMAZONA S
PLANALTO REBAIX A DO
DA AMAZÔNIA
PLANiCIE A M AZÔNICA PLANALTO REBAIXADO DA AMAZÔNIA PLANA L TO SETENTRIONAL
PARÂ-MARANHÃO
D Fa1xa de transiÇão de domlnoos morlochmiltocos em depros.
sOas e colinas revesudos po<lloresta aberta m1sta