Você está na página 1de 1

PROPOSTA DE REDAÇÃO

TEXTO 1:
A sessão do Senado do dia 22 de abril não teve apenas a aprovação do Marco Civil da Internet. Durante seus discursos, 15
senadores fizeram questão de citar a Avaaz, comunidade virtual conhecida pelas petições on-line, e outros grupos ativistas pela luta na
aprovação do projeto, que, depois de cinco anos de discussões, definiu os parâmetros para a internet no país. Mais do que só um rapapé
político, foi o reconhecimento do peso que o ativismo on-line atingiu na política brasileira. O sucesso no Marco Civil define o auge no Brasil, até
agora, das campanhas nascidas na internet. Há quase um ano, em junho de 2013, protestos iniciados na rede contra o aumento das
passagens de ônibus em São Paulo levaram milhões às ruas contra os gastos da Copa do Mundo, a corrupção e a falta de serviços básicos.
Na esteira, aumentos de passagens foram cancelados em todo o país e o Congresso – invadido em uma das manifestações – aprovou às
pressas projetos parados há anos, como o fim do voto secreto no caso de cassações e a destinação de royalties do petróleo para a educação
e a saúde.
“O net ativismo é um novo tipo de ecologia social”, diz Massimo Di Felice, coordenador do Centro de Pesquisa Atopos, da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). “As redes sociais levantam o desejo de um novo tipo de participação da
população, que não se limita apenas a eleger alguém a cada quatro anos”. (...)
Trecho do texto “Caminhando e teclando”. De Alexandre Rodrigues.
Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/imprimir/60081>.
TEXTO 2:
A “militância de sofá" cria a ideia de que não só para este caso, mas para qualquer outro, basta assinar petições e gritar nas redes
sociais que é possível mudar o mundo. De fato, em alguns casos a militância on-line pode resolver problemas, mas questões de geopolítica
mundial precisam de muito mais do que um esforço igual ao que muitos fazem para reclamar de uma empresa que presta um serviço ruim. Não
basta sentar, apertar um botão e esperar que o mundo mude. Mas acredito que essa discussão seja a menos importante de todas,
especialmente quando nos deparamos com um problema que não é isolado e cuja solução não é simples.
Trecho de Rafael Tavasko, publicado no Revista Bula. Disponível em: <http://acervo.revistabula.com/posts/colunistas>.
TEXTO 3:

Disponível em: <http://camaleao.org/arte-design>.


TEXTO 4:
[...] A ideia de senso comum que o ativismo digital seria “um ativismo de sofá” foi contestada desde os primórdios do uso das redes para a
organização, divulgação e convocação de ações políticas. Assim foi com o inaugural ativismo digital realizado pelo movimento mexicano
Zapatista (Exército Zapatista de Libertação Nacional) em 1996. De maneira paradigmática, a experiência inovadora da Batalha de Seatlle em
1999, que através das redes sociais agregou milhares de manifestantes de distintas origens em torno de um arco muito ampliado de
reivindicações (por saúde e acesso a serviços, por trabalho, por pautas ambientais, identitárias, etc.) que tinha em comum um protesto
anticapitalista e seus processos de globalização. Assim foi com o conjunto de manifestações contestatórias aos regimes totalitários árabes
(2010), com o 15 M (2011) em Madrid, o Occupy (2011) nos EUA e assim foram as manifestações de junho de 2013 no Brasil9,10. Essas
experiências revelam de forma inconteste que o ativismo digital tem ampla capacidade de agregação, convocação de massas, atuação nas
ruas e possui um caráter complementar ao ativismo presencial. E mais que isso, permite congregar diversas frentes de luta ao mesmo tempo,
numa transversalidade de interesses e pautas, propiciando a conectividade de uma rede de agendas. [...].
DESLANDES, Suely Ferreira. O ativismo digital e sua contribuição para a descentralização política. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n10/3133-
3136/pt/#ModalTutors Acesso em 15 fev 2019.

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre “a influência do ativismo digital na sociedade e na política brasileira”, de
modo a apresentar proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para
efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

Você também pode gostar