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Autor correspondente:
Maiara Oliveira Alves. Rua Guache Quadra 24 Lote 25 Parque Residencial Isaura – Santa
Helena de Goiás – Goiás, CEP: 75.920-000. Telefone: (64)99292-7240. Endereço eletrônico:
maiaraoliveiraalves@hotmail.com
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RESUMO
ABSTRACT
Introduction Heart diseases account for 76% of deaths worldwide. By figures from the
Ministry of Health, cardiovascular disease of atherosclerotic origin are the main cause of
death and disability in Brazil, especially stroke, aortic disease, coronary disease, designating
the second leading cause of death and AMI and among these chronic diseases, AMI is the
leading single cause of death. Objective Contribute with the work of professionals working
with cardiac patients, related to cardiovascular and metabolic reconditioning process, discuss
the role of physiotherapy in the rehabilitation of AMI. Methods studies were consulted
related to physiotherapy rehabilitation for post acute myocardial infarction cardiac patients,
with the database: book, monograph, master's dissertations and periodicals: SciELO,
LILACS, MEDLINE and PubMed. It is considered the title and summary of the article for a
wide selection of possible jobs of interest. Results The cardiac rehabilitation is the process of
developing and maintaining the desired level of physical, psychological and social activity
after the onset of symptomatic coronary disease. Physical therapy has been considered a key
component in the rehabilitation of patients with cardiovascular diseases in order to improve
cardiovascular fitness and prevent thromboembolic events and antalgic postures. Conclusion
The work of physiotherapist, cardiac rehabilitation after AMI aims to improve cardiovascular
fitness, while, in turn, these exercises are practiced for a long and continuous period,
providing patient recovery with better quality of life, reducing the possibility new AMI.
Keywords: Cardiac rehabilitation, physical therapy, acute myocardial infarction.
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INTRODUÇÃO
A intervenção total do fluxo sanguíneo coronariano, por período maior que 20 minutos
consecutivos, determina a necrose irreversível das células miocárdicas ou infarto agudo do
miocárdio (IAM). Segundo a literatura especializada que discorre do assunto, quando a luz da
artéria coronária é ocluída em aproximadamente 70% do seu diâmetro normal, a isquemia
localizada resulta em IAM1. Portanto, a isquemia prolongada, decorrente da oclusão completa
da artéria coronária ou uma oclusão quase total combinada com vasoespasmo, trombo ou uma
baixa demanda de oxigênio miocárdio durante período prolongado, resultará em Infarto
Agudo do Miocárdio (IAM)2.
A cardiopatia pode evoluir em função da manifestação de sinais e sintomas e por
fatores de risco como história familiar de doença coronariana, angina, hipertensão arterial,
insuficiência valvar, infarto agudo do miocárdio, tabagismo, estilo de vida sedentária,
estresse, obesidade e diabetes melittus3.
As cardiopatias representam 76% dos óbitos no mundo. Pelos números do Ministério
da Saúde, as doenças cardiovasculares de origem arterosclerótica constituem a principal causa
de morte e invalidez no Brasil, com destaque para o acidente vascular cerebral (AVC),
doenças da aorta, a doença coronariana (DC),designando a segunda maior causa de morte e o
IAM, e dentre essas doenças crônicas, o IAM consiste na principal causa isolada de óbitos4.
De acordo com a Diretriz de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica preconizada
pela Sociedade Brasileira de Cardiologia5,6, a Reabilitação Cardíaca (RC) se aplica por meio
de quatro fases: a Fase I, que abrange o período de hospitalização; a Fase II, que se inicia após
alta hospitalar e dura de três a seis meses; a Fase III, que tem duração de seis meses a um ano
e a Fase IV, cuja duração é indefinida, por ter como objetivo manutenção da atividade física.
A RC surgiu mundialmente com claros objetivos terapêuticos e profiláticos, na
tentativa de reduzir a escalada vertiginosa das doenças cardiovasculares incapacitantes e
limitantes da vida, no que diz respeito à funcionalidade, à sociabilidade, à produtividade e ao
bem-estar emocional dos indivíduos. A RC é o processo de desenvolvimento e manutenção do
nível desejável de atividade física, social e psicológica após o início da doença coronária
sintomática. Lembrando que a DC se refere a uma doença multifatorial, deve ser abordada
com terapêutica multidisciplinar2.
A fisioterapia tem sido considerada um componente fundamental na reabilitação de
pacientes com doenças cardiovasculares com o intuito de melhorar o condicionamento
cardiovascular e prevenir ocorrências tromboembólicas e posturas antálgicas. Oferece maior
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independência física e segurança para alta hospitalar e posterior recuperação das atividades de
vida diária7.
O artigo em análise, refere-se a uma revisão, que tem por objetivo descrever parte da
literatura disponível sobre o tema proposto, a fim de contribuir junto a atuação dos
profissionais que trabalham com pacientes cardiopatas, relacionados ao processo de
recondicionamento cardiovascular e metabólico, discutir a atuação da fisioterapia na
reabilitação do IAM.
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
Os autores relatam que a reabilitação cardíaca é um tipo de programa que envolve toda
uma equipe multidisciplinar. Sendo que estes profissionais são responsáveis pela reabilitação
dos pacientes pós IAM. Essa equipe deve ser composta por médicos, fisioterapeuta,
psicólogo, nutricionista, enfermeiro e educador físico5. Os exercícios físicos do paciente
ficam à cargo do fisioterapeuta, sendo este um profissional capacitado para estabelecer os
protocolos adequados à RC. Os estudos relatam que a RC é responsável pelo melhoramento
na capacidade funcional do paciente, favorecendo melhores hábitos e consequentemente
propiciando uma melhor qualidade de vida8. A RC propicia a redução da frequência cardíaca
em repouso, da Pressão Arterial Sistólica (PAS) e do fluxo sanguíneo coronariano9, além de
contribuir com a melhoria das taxas de mortalidade e ocorrências de eventos coronarianos,
como a revascularização miocárdica e reinfarto2, resultando em melhor qualidade de vida ao
paciente11.
Ao ser elaborado um programa de RC, devem-se considerar a terapêutica adotada para
o paciente, medidas preventivas, sintomas, condições psicológicas e sociais, além da
orientação educacional para a modificação de hábitos de vida2,9,10. A prevenção secundária
tem vital importância na reabilitação, incluindo a correção dos fatores de risco, tais como
hiperlipidemia, tabagismo, hipertensão arterial, obesidade, resistência à ação da insulina e
vida sedentária2,11,12. A aplicação precoce de exercícios à beira do leito, seja passiva ou ativa,
combate e evita as complicações da imobilização prolongada, como redução da capacidade
funcional, redução da volemia, redução do rendimento cardíaco, alteração dos reflexos
cardíacos, predisposição ao tromboembolismo pulmonar, redução da massa muscular,
principalmente das fibras tipo I, e aumento da depressão e ansiedade1,2,13.
Estudos sobre a Avaliação dos Efeitos da Reabilitação Cardíaca em Pacientes Pós-
Infarto do Miocárdio4, apontam que a implantação de programas de RC na abordagem de
pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio está bem estabelecida em vários
trabalhos científicos4,14,15, assim como sua influência positiva sobre a redução da mortalidade.
Por tudo isso, pode-se descrever os objetivos gerais da reabilitação cardíaca como sendo:
restaurar a capacidade funcional, social e laborativa em pacientes com DC; prevenir ou
reverter o processo aterosclerótico por meio de mudança de hábitos de vida e combate aos
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fatores como extensão do infarto e função ventricular esquerda, considerando sinais clínicos
de insuficiência cardíaca18.
Os estudos relatam que a fase II, que é primeira etapa hospitalar, tem início com a alta
do paciente ou pós evento cardiovascular ou descompensaçao clínica. A duração é entre 3 e 6
meses, podendo ser prorrogada conforme o caso. Os exercícios desse programa são
individualizados, com intensidade, duração, frequência, modalidade de treinamento e
progressão próprios para cada paciente5. Objetivando a melhoria da função cardiovascular, a
capacidade física de trabalho, endurance, flexibilidade, educar o paciente quanto à atividade
física, modificação do estilo de vida, melhorar o perfil psicológico, preparar o paciente para o
retorno de suas atividades24.
A determinação da intensidade apropriada do exercício é baseada nos princípios da
especificidade e da sobrecarga. O princípio da especificidade se refere às possíveis adaptações
nos sistemas metabólico e fisiológico em função da demanda imposta. A carga de trabalho e
os períodos de repouso entre as cargas podem ser selecionados de maneira que o treinamento
seja direcionado para: a) fortalecimento muscular sem aumento significante no consumo de
oxigênio total (exercícios resistidos isométricos); b) predominância de processos aeróbicos
sem mobilização excessiva de mecanismos anaeróbicos (exercícios dinâmicos); e c) ganhos
simultâneos nos sistemas aeróbico e anaeróbico. Outro aspecto relativo à especificidade,
conforme os estudos realizados, pode ser dito em relação à área treinada. Por exemplo,
exercícios realizados com os membros inferiores promovem adaptações que não são
transferíveis para os membros superiores, e vice-versa2,15.
O princípio da sobrecarga se refere a uma quantidade de estresse imposta a um sistema
´que é maior do que o esforço usualmente observado nas tarefas da vida diária. O incremento
na endurance cardiovascular e muscular pressupõe que uma sobrecarga seja imposta a esses
sistemas por um período de tempo prolongado (pelo menos 20 minutos). A carga de exercício
deve ser acima do limiar do estímulo de treinamento (aquele estímulo que elucida uma
resposta de treinamento ou condicionamento) para que o efeito do treinamento se evidencie.
Uma vez que ocorra uma adaptação a essa sobrecarga proposta, uma nova intensidade (carga
de exercício) deve ser prescrita a fim de que o indivíduo continue aumentando sua capacidade
funcional2,18.
Uma vez que o paciente esteja liberado para dar início ao programa de exercício físico
e as diretrizes de seu protocolo tenham sido estabelecidas, inicia-se, portanto, a condução do
tratamento. A sessão fisioterapêutica é concebida de uma forma semelhante à que,
fisiologicamente, acontece com o indivíduo que passa de um estágio de repouso ou de baixa
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demanda energética, para um estado metabólico mais intenso que perdura por um dado
período e, a seguir, retorna aos níveis iniciais de gasto calórico2,18,22.
O programa de treinamento físico envolvetrês etapas: aquecimento, equilíbrio e
resfriamento. Deve-se fazer um registro diáriodo programa, das respostas da frequência
cardíaca, da pressão arterial e dos sinais esintomas apresentados durante as sessões
detratamento2,23.
A fase do aquecimento deverá ter duração de 5 a 10 minutos, sendo efetuados
exercícios de alongamentos dinâmicos e aeróbicos e de coordenação associados a exercícios
respiratórios. Essa fase tem por objetivo preparar os sistemas músculo-esquelético e
cardiorrespiratório para a fase de condicionamento2,15,23. Na fase de equilíbrio são realizados
exercícios aeróbicos e exercícios de resistência muscular; com duração de 40 minutos
dependendo da capacidade do indivíduo. A frequência cardíaca deve ser aferida durante esse
período, bem como a pressão arterial2,23. A fase de resfriamento corresponde ao período em
que o indivíduo interrompe o exercício físico e passa de uma demanda energética aumentada,
para uma demanda energética que progressivamente vai diminuindo. Podem ser realizados 5
minutos de caminhada de baixa intensidade utilizada para prevenir a estagnação do sangue
nas extremidades, particularmente nas pernas, 3 minutos de alongamento associado aos
exercícios respiratórios com o objetivo de retornar o organismo às condições de repouso com
valores de pressão arterial e frequência cardíaca próximo aos basais e prevenir o aparecimento
de lesões musculares2,15,23.
Após a liberação da fase II, os pacientes são conduzidos a fase III, porém essa pode ser
aplicada em qualquer etapa da doença, não sendo uma sequência das anteriores. Perdura pelo
período 6 a 24 meses5, com objetivo principal de adaptar o sistema cardiovascular para a
retomada da rotina cotidiana do paciente2.
A fase IV é um programa de longo prazo, de duração indefinida e muito variável.
Observa-se, conforme estudos que essa fase não goza de acompanhamento obrigatório para a
manutenção das práticas desportivas do paciente, há apenas a manutenção do programa de
exercício, respeitando-se a preferência natural do paciente5.
A reabilitação não-supervisionada tem como objetivo principal exercitar pacientes sob
supervisão indireta, estendendo a prática de exercícios a um maior número de pacientes. Os
programas de reabilitação não supervisionada têm-se mostrado eficientes para aumentar a
potência aeróbica, a capacidade funcional e modificar os fatores de risco coronariano24.
Cabe ressaltar a importância do treinamento dos profissionais de saúde envolvidos em
programas de reabilitação, quanto às manobras de reanimação cardíaca (suporte básico da
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Considerações Finais
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