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Cáceres, MT
Março de 2019.
Introdução
O caso citado acima 12.051/OEA foi aberto em 20 de agosto de 1998 por uma
denúncia apresentada pela senhora Maria da Penha Maia Fernandes, pelo Centro
pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL) e pelo Comitê Latino-Americano de
Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) referente a tolerância da Republica
Federativa do Brasil referente a violência cometida por Marco Antônio Heredia
Viveiros em seu domicílio com sua então esposa durantes os anos de convivência
matrimonial, que culminou numa tentativa de homicídio e novas agressões em maio
e junho de 1983. Em decorrência dessas atitudes Maria da Penha sofre de
paraplegia irreversível e outras enfermidades.
A fim de concluir essa segunda etapa, para tornar possível uma analise segundo o
método de Durkheim é preciso definir o objeto nesse caso já apresentamos o
contexto histórico, no entanto ainda falta expor os artigos tratados na ADC19/DF.
Sendo assim, segue os artigos 1º, 33 e 41 da Lei 11.340/06.
Para Durkheim o fato social é tudo o que se produz na e pela sociedade, ou ainda,
aquilo que interessa e afeta o grupo de alguma forma. Partindo dessa definição é
importante observa que o fato gerador da lei 11.340/06, a violência domiciliar contra
a mulher, se enquadra perfeitamente como fato social visto que, não somente
satisfaz uma, mas ambas as características utilizadas pelo autor para a definição do
fato social.
São conceitos como estes, reiterados através do tempo e das diversas sociedades
subsequentes que legitimam e criam o fato social aqui trabalhado, a violência
domiciliar contra a mulher, assim como outros análogos a esse tema como o
assassinato de mulheres apenas pela razão de serem mulheres, feminicídio.
No entanto a sociedade contemporânea, a partir da década de 60, vem derrubando
o conceito de patriarcado inserindo a “libertação” da mulher através dos movimentos
feministas. Esse movimento representou um divisor de águas e tem como base a
denúncia da existência de uma opressão característica, com raízes profundas, que
atinge todas as mulheres, pertencentes a diversas culturas, classes sociais,
sistemas econômicos e políticos. E, também, na ideia de que essa opressão
persiste, apesar da conquista dos direitos de igualdade (jurídicos, políticos e
econômicos).
Art. 226.[...]
[...]
Observa-se então que o Estado Brasileiro não só garante a igualdade entre os sexos
como se propõe a assegurar os indivíduos, independente do sexo, contra a violência
no âmbito de suas relações. Apesar disso, o território Brasileiro está demarcado com
a pratica repetida da infração aliado a ausência de punições.
Essa definição foi apresentada pela lei citada quando revela em seu 7º artigo o que
se entende como violência doméstica e familiar contra a mulher. Não caracterizando
apenas a violência física, mas também a psicológica, a social, a patrimonial e a
moral. Deu-se concretude ao texto constitucional, com a finalidade de mitigar,
porquanto se mostra impossível dissipar por completo, o que acontece Brasil afora.
Ainda cabe expressar que, apesar da violência domestica estar presente desde os
primórdios. Está apenas passou a ter uma valoração negativa com a mudança do
pensamento da sociedade validando então o que Durkheim apresentou sobre a
sociedade formar e mudar o individuo.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006 – Lei Maria da Penha. Diário Oficial
da União. Brasília. 8 de Agosto de 2006. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm