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Roteiro de Auditoria na Terceirização

ROTEIRO/CHECK LIST DE AUDITORIA


NA TERCEIRIZAÇÃO

MODELO DISPONIBILIZADO GRATUITAMENTE PELO PORTAL DE


AUDITORIA

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

PROCEDIMENTOS AUDITORIA NA TERCEIRIZAÇÃO ©

PROCEDIMENTOS e CHECK LIST

CHECK LIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

PRINCÍPIOS NORTEADORES DA TERCEIRIZAÇÃO

1. Há a exclusividade e a dependência financeira do tomador;


2. Há a subordinação, o comando (ordens), a supervisão, o controle de
jornada do funcionário do terceiro;
3. A empresa contrata resultados, tarefas ou determinado serviço;
4. A empresa contrata homens/hora ou exige determinada quantidade
de pessoas no local;
5. Se no contrato consta o GESTOR;
6. Se no contrato consta o PREPOSTO;
7. Verificar se a relação operacional entre contratante e contratada deve
ser feita por meio de Gestor e Preposto, sem envolver outras
pessoas, para evitar o vínculo.

ÁREAS DE APLICAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

 Toda a atividade que não conste no contrato social de constituição da


empresa contratante.
 O objeto social, o qual consta no contrato social, da empresa
contratante é diferente da empresa terceirizada, exceto quando o
serviço ou o produto por desenvolvido na sede da empresa
terceirizada, a qual é distinta da contratante.
 O serviço contratado consta no objeto social da empresa contratada.

AUDITORIA NA SELEÇÃO DE TERCEIROS

PROJETO DE TERCEIRIZAÇÃO

Averiguar se há projeto identificando quais são os setores da empresa que


poderão ser terceirizados com maior chance de obter êxito;

Analisar se foram adotados passos criteriosos e diligentes:


a) Há um estudo/projeto para identificar as áreas terceirizáveis;
b) Foi definido o perfil adequado do prestador a ser identificado;
c) É procedimento da empresa analisar o nível de qualidade a ser
exigido do prestador;
d) Foi definida a especialização do prestador a ser contratado;
e) Há a investigação no mercado da prestação de serviços, para
qualificar os prestadores;
f) Analisar se a empresa averiguou alguns itens antes da contratação
dos terceiros:
1. capacidade técnica;
2. condições operacionais;
3. situação jurídica;

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4. situação financeira;
5. situação adminsitrativa;
6. situação trabalhista.
g) Foram estudadas condições sobre a legalidade dos setores em
planejamento; lembrando que cada setor é específico quanto à
legalidade;
h) Foi estudada a possibilidade de se ter dois prestadores de serviços
para o mesmo setor;
i) Foi avaliada a potencialidade do mercado dos prestadores;
j) Foi estabelecido um critério de prioridade entre os projetos;
k) No projeto previa possíveis problemas que o processo de
terceirização poderá causar;
l) Estudar a viabilidade de contratar uma assessoria especializada para
ajudar no processo de terceirização e na avaliação do desempenho;
m) Preparar-se para buscar um parceiro e também agir como parceiro;
n) Averiguar os riscos potenciais, estudando-os caso a caso;
o) Verificar quais sãos os conhecimentos especializados e necessários
para que o terceiro possa desenvolver bem os serviços;
p) Estudar par ver se não haverá necessidade do tomador transferir
conhecimentos ao prestador, avaliando se deve transferi-los ou não;
q) Houve um cronograma do processo de terceirização;
r) Procurar entender cuidadosamente a cultura nos prestadores que
mais se aproxima com a da empresa tomadora;

PARÂMETROS PARA IMPLEMENTAÇÃO DOS PROJETOS

O Auditor deverá averiguar se a empresa seguiu ou segue alguns


parâmetros para a implementação dos projetos de terceirização,
objetivando facilitar o processo de terceirização e minimizar riscos:

a) Na fase de planejamento, conhecer muito bem as metas de


terceirização: analisar riscos e as conseqüências.
b) Definir com clareza o perfil do prestador de serviços.
c) Desenvolver planos de como aproveitar eventualmente no prestador, a
mão-de-obra que será colocada em disponibilidade.
d) Desenvolver um plano de indenização especial para aqueles que não
serão aproveitados.
e) Avaliar como manter o mesmo serviço, mas terceirizado;
f) Reunir-se com a supervisão interna, que vai integra-se com o terceiro
para instruir como se relacionar com os funcionários do prestador de
serviços, para evitar a subordinação.
g) Inexistindo no mercado prestador com a qualidade e perfil ideais,
incentivá-lo a melhor as condições de trabalho.
h) Informação a respeito de aspectos legais do processo de terceirização

MOTIVOS PARA OPTAR PELA TERCEIRIZAÇÃO

Para a escolha do prestador de serviços, deve-se avaliar e comparar as


propostas, analisando os seguintes itens:
a) Aspectos técnicos
b) Garantias: se consta garantia no contrato
c) Preços: planilha de custos que compõem o preço

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d) Interesse pelo negócio


e) Especialidade
f) Lista de clientes: para confirmações sobre a execução do serviço
g) A falta de recolhimento de tributos, pagamento de encargos
trabalhistas e sociais, bem assim a inobservância das leis trabalhistas
por parte do prestador gera o vínculo empregatício presumido e a
responsabilidade solidária ou subsidiária.

PROVIDÊNCIAS PARA NÃO AFETAR A TERCEIRIZAÇÃO

a) Se ocorrer desleixo contratual, ou seja, a falta de cuidados e critérios


do tomador na discussão e no preparo do contrato de prestação de
serviços, principalmente no que diz respeito às condições, nas quais os
serviços serão prestados.
b) Desligamento de funcionários treinados e que não são aproveitados
pelo prestador, pois é ilegal a contratação de funcionário desligado da
tomadora e contratado pela terceirizada.
c) Poderá gerar um aumento do risco a ser administrado: trabalhista e
previdenciário.
d) Problemas no processo devido a má escolha do prestador de serviço.
e) Pode gerar conflitos de cultura, entre os funcionários da tomadora e da
terceirizada.
f) Na troca da empresa terceirizada, o custo com as demissões.
g) Erro na avaliação do perfil do prestador procurado.

ESCOLHA DO TERCEIRO

Na contratação de terceiros-parceiros são muito importantes as seguintes


análises:

a) Objetivo;
b) conseqüências do processo de terceirização;
c) determinar a participação certa de cada parte;
d) conhecer claramente a capacidade de cada um;
e) a qualidade dos serviços;
f) o conceito do mercado;
g) o relacionamento com as outras empresas;
h) o interesse na parceria;

GANHOS COM A TERCEIRIZAÇÃO

O Auditor, através de entrevistas a funcionários, colaboradores e gerentes,


poderá A terceirização proporciona alguns benefícios à empresa? Dentre
eles os seguintes:
a) Incrementa a produtividade;
b) Melhoramento da qualidade e competitividade do produto com a
concentração dos recursos aplicados na área produtiva;
c) Diminui controles;
d) Minimiza perdas;
e) Evita a obsolescência dos equipamentos;
f) Libera recursos para a aplicação em outras tecnologias;
g) Concentra esforços no planejamento de novos produtos;

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h) Reduz os custos administrativos e de pessoal;


i) Transforma custos fixos em variáveis;
j) Gera ganho de competitividade;
k) Divide a ação sindical;
l) Otimiza o uso de espaços;
m) Aumenta a especialização;
n) Desmobiliza ações grevistas;
o) Proporciona a qualidade na atividade-meio, através do terceiro;
p) Melhora a administração do tempo;
q) Diminui o nível hierárquico;
r) Redução do passivo trabalhista das empresas tomadoras;
s) Redução de quadro de pessoal indireto;
t) Racionaliza as compras de materiais de consumo, de equipamentos e
uniformes;
u) O auditor poderá constatar outras vantagens obtidas com a
terceirização

VERIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS PARA FORMAÇÃO DO PREÇO

Para fins de formação do preço do contrato observar os seguintes passos


para contratação de serviços pelos tomadores (planilhas de custos):
a) dimensionar os serviços a serem contratados e sua
periodicidade ( portaria 24 horas);
b) solicitar propostas constando o número de pessoas
necessárias;
c) se já propostas apresentadas com discriminação de preços
para cada trabalhador disponibilizado
d) Cálculos para a formação da proposta: salários, encargos
trabalhistas, V.A., V.T., E.P.I, lucro, impostos sobre o
faturamento

ANÁLISE CADASTRAL DO TERCEIRO

Verificar a idoneidade das empresas escolhidas. Para essa verificação, o


Auditor deverá analisar se o terceiro contrato exigiu o seguinte do prestador
de serviços:

a) certidões atualizadas e negativas de débito da empresa prestadora


junto ao INSS, Receita Federal, prefeitura municipal e FGTS;
b) Balanço Contábil;
c) contrato social e as alterações, com atenção para a composição
societária;
d) A composição societária, objetivando segurança na contratação:
 responsabilidade dos sócios
 o capital social
 os bens patrimoniais
 as apólices de seguro
e) A atividade-fim: deve ser diferente da atividade fim da contratada;
f) autorização de funcionamento e certificado de segurança, expedidos
pela Polícia Federal e renovados anualmente (apenas para o
segmento segurança e vigilância);

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g) SERASA, SPC, Cartório de Protesto de Títulos e Documentos da filial e


da sede da empresa;
h) Número de reclamatórias trabalhistas contra a terceirizada;
i) O patrimônio operacional do prestador de serviços: equipamentos e
instrumentos a serem utilizados na execução do serviço;

Além disso, as seguintes fontes de informação poderão ser utilizadas


adicionalmente:

a) Sindicatos patronal e profissional, para verificar se há alguma


pendência;
b) Departamento de Polícia Federal, no caso de segmento segurança;
c) Apontamento junto ao PROCON; empresas ou condomínios para os
quais a empresa prestadora executou ou executa serviços, inclusive
com visita para avaliação do desempenho do serviço.
d) Consulta a outros clientes do terceiro, indagando sobre a qualidade
dos serviços e outros quesitos julgados necessários.
e) Foi solicitado para que a empresa terceirizada entregue a relação de
reclamatórias trabalhistas.

CUSTO REAL DO SERVIÇO TERCEIRIZADO

a) Verificar se não está sendo pago a baixo do mínimo exigido pelo


sindicado, o que futuramente poderá ter conseqüências trabalhistas.

AUDITORIA EM FRAUDES, TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA E ILEGAL

TIPOS DE FRAUDES COMUNS NA TERCEIRIZAÇÃO

Verificar:
b) Se a terceirizada presta serviços com exclusividade para a
contratante;
c) O terceiro apresenta notas fiscais seqüenciais;
d) Se a terceirizada tem autonomia sobre sua atividade, direciona o
trabalho e assume os riscos da atividade econômica;
e) Se o objeto constante no contrato social da terceirizada é diferente
do objeto da empresa contratante;
f) Se os empregados da prestadora ficam à inteira disposição da
tomadora, que direciona o trabalho realizado, com amplo poder de
mando e comando sobre aqueles, com interferência nos trabalhos a
nível econômico e administrativo.
g) Se a contratante contrata resultados/tarefas e não homens/hora;

DETECTANDO TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA E ILEGAL

PRESTADORES DE SERVIÇOS

Verificar se:
a) A empresa mantém projeto de terceirização. As metas devem ser
atingidas conforme o projeto de terceirização;

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b) Há definição do perfil do prestador de serviços, sendo ele uma


empresa de prestação de serviços ou profissional autônomo, qual
será a sua especialidade e qualidades esperadas.
c) Há avaliação como manter os setores em funcionamento, utilizando-
se de prestadores de serviços.
d) Desenvolvidos programas de treinamento interno, a fim de evitar
qualquer postura de direção, fiscalização ou controle.
e) Há a compra ou aluguel de mão-de-obra de terceiros que agem
fraudulentamente, por empreiteiros e agenciadores que locam mão-
de-obra não autorizados pelo Ministério do trabalho e que não se
enquadram no Trabalho Temporário;
f) Há a exclusividade – fornecedor de mão-de-obra trabalha somente
para uma empresa;
g) Tomador supervisiona diretamente as atividades do seu contrato,
dando ordens aos empregados do seu contratado;
h) Os funcionários da contratante são subordinados da contratada;
i) Tomador controla jornada de trabalho dos funcionários da contratada
(horário, freqüência, etc.);
j) Contratação de pessoas jurídicas não especializadas (contratação de
segurança e vigilância, cuja atividade na contratada não consta em
seu objeto social);
k) O tomador não respeita a legislação e os entendimentos da Justiça do
Trabalho sobre o assunto;
l) Contratação de serviços a serem executadas na atividade-fim do
Tomador, exceto trabalho temporário e estagiário;
m) A prestadora de serviços paga salários menores do que a empresa
contratante ou suprime seus direitos;
n) Cláusulas abusivas a favor da empresa Tomadora (Exemplo: preço
baixo, supervisão direta, subordinação, etc.);
o) A empresa contratante deixa de pagar verbas salariais aos
funcionários que trabalham na contratada;
p) A atividade-fim da contratante é a mesma do tomador;
q) São cumpridas as normas de segurança e saúde do trabalho,
previstas na legislação;
r) Há Pessoalidade na prestação do serviço;

COOPERATIVAS DE TRABALHO E SERVIÇO

Verificar se:
a) Existe subordinação do associado a ordens na sua atividade
individual.
b) Há pessoalidade, pois o serviço a ser prestado na tomadora não pode
ser exercido sempre pelo mesmo associado, mas por funcionários
diversos com a mesma qualificação;
c) Possui continuidade na prestação de serviços;
d) A Cooperativa ou empresa constituída por ex-empregados do
tomador, a mando;
e) A cooperativa é criada por um empreiteiro de mão-de-obra, o qual
é o dono da cooperativa e força a associação dos trabalhadores, os
quais perdem benefícios e vantagens trabalhistas;
f) Há contratação de cooperativa com exclusividade;

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g) O tomador impõe a subordinação trabalhista pela dependência


econômica;
h) Tem supervisão direta dos serviços prestados pelos cooperados;
i) A cooperativa contatada é constituída por ex-funcionários, mesmo
com as melhores intenções fica presumida a fraude;

TRABALHO TEMPORÁRIO

Verificar se:

a) A empresa de trabalho temporário tem registro no MTE – art. 5º, Lei


6.019/74;
b) Há contrato de trabalho temporário por escrito da fornecedora com a
tomadora ou cliente – art. 9º;
c) Quando não constar no contrato expressamente o motivo justificador
de demanda do trabalho temporário, bem como as modalidades de
remuneração da prestação de serviço – art. 9º;
d) Quando o serviço prestado pelo trabalhador temporário não se
destinar à necessidade transitória de substituição do pessoal regular
e permanente, ou ao acréscimo extraordinário de serviço - art. 2º;
e) Quando exceder 3 meses a prestação temporária, sem prorrogação
autorizada pelas Portarias 02/96 e 01/97 da Secretaria de Relações
do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego;
f) Há contrato escrito entre a empresa de trabalho temporário e cada
um dos assalariados – art. 11;
g) Existe a anotação da condição de trabalhador temporário, na CTPS –
art. 12;
h) Há a contratação de estrangeiro com visto provisório como
trabalhador temporário – art. 17;
i) Cobrança de qualquer taxa do trabalhador temporário a título de
mediação – art. 18;
j) Quando a empresa de trabalho temporário dedicar-se a outras
atividades estranhas às previstas na Lei 6.019/74 – arts. 3º e 4º;
k) A permanência do trabalhador na empresa após o prazo ou término
da obra ou atividade que autorizou o contrato temporário;
l) A contratação de outro trabalhador temporário para o mesmo posto
de trabalho;
m) A contratação do mesmo trabalhador, para o mesmo posto, por meio
de diversas empresas de trabalho temporário, que atuem em sistema
de rodízio;
n) A contratação de trabalho temporário para substituir trabalhador
efetivo que se desligou definitivamente da empresa tomadora;
o) A transferência de empregados permanentes da empresa tomadora
para a empresa fornecedora;
p) Rescisões contratuais com os empregados permanentes por
trabalhadores temporários de quase todos os postos de trabalho da
empresa tomadora;

ESTAGIÁRIOS

Condições para que o estágio seja lícito:

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a) A Existência documental do Acordo de Cooperação e Termo de


Compromisso de Estágio, firmado entre a Instituição de Ensino, a
Concedente (empresa) e o Estagiário;
b) Que esteja determinado o período de vigência do Estágio – não pode
ser inferior a um semestre;
c) Que conste o horário da jornada do estágio;
d) Que seja especificado o agente operador da Apólice de Seguro de
Acidentes Pessoais e identificado o número dessa apólice;
e) Que consta o valor da Bolsa-auxílio mensal que será recebida pelo
estudante;
f) Que seja descrita as atividades a serem desenvolvidas no Estágio e
que sejam compatíveis com o curso seguido pelo estudante –
estagiário;
g) Que conste a possibilidade de prorrogação do Estágio sempre que
compatível com o tempo de duração do recurso seguinte;
h) Que fique esclarecida a rescisão de imediato, caso o estudante
tranque a matrícula, abandone o curso ou o conclua ou qualquer
cláusula do termo de compromisso do estágio seja violada;

AUDITORIA EM CONTRATOS DE TERCEIROS

CLÁUSULAS ABUSIVAS

1. O condicionamento, com a criação de cláusulas que permitem ao


tomador intervenção a qualquer momento na operação do terceiro,
excluindo toda a autonomia do fornecedor de serviços.
2. A exclusividade, cláusula em que o fornecedor não poderá trabalhar
para outro contratante, gera muitos riscos trabalhistas, em função da
dependência financeira de um único cliente.
3. A supervisão do funcionário do terceiro, o tomador influencia o
fornecedor com seu estilo de administrar, até é uma questão cultural
“na minha empresa mando eu”, no entanto, existindo a supervisão é
uma forma ilegal de terceirização.

CUIDADOS COM O CONTRATO NA TERCEIRIZAÇÃO

a) O objeto social do terceiro deve ser distinto do objeto da contratante.


b) O contrato tira a autonomia decisória do prestador?
c) O contrato estipula condições pormenores para a realização do
trabalho?
d) O contrato prevê que o risco trabalhista é por conta do prestador?
e) Há indícios claros de que uma das partes está levando vantagem
sobre a outra?
f) A empresa contratante tem um gestor de contratos?
g) No contrato está nominado quem é o preposto do terceiro?
h) O contrato tem viabilidade jurídica?
i) A contratação foi feita com urgência?

ESPECIFICAÇÃO CONTRATUAL

OBJETO E RELEVÂNCIAS CONTRATUAIS

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a) Antes da verificação a estrutura do contrato, o Auditor deverá


analisar alguns pontos relevantes que devem ser observados:
 Considerandos
 Glossário
 Assinatura no corpo do contrato
 Letra e ordenação e estruturação contratual
 Numeração de cláusulas
b) Verificar se o título está adequado e se é utilizado para fins de
controle interno no empresa;
c) Identificação e qualificação das partes contratantes, de acordo com o
contrato social (pessoas legalmente habilitadas para responder pela
empresa)
d) O objeto do contrato identifica o que as partes contrataram de uma
maneira clara e direta?
e) Caso esteja muito extenso, recomenda-se fazer mediante anexo
contratual, um memorial descritivo com o objeto do contrato.
f) Analisar se a descrição dos produtos ou serviços constantes no
memorial descritivo está de acordo com a necessidade da empresa.
g) O memorial descritivo está em anexo onde é especificado claramente
os serviços/produtos a serem executados:
 As necessidades do tomador dos serviços.
 O volume dos serviços a serem fornecidos.
 Os níveis de qualidade exigidos.
 A periodicidade do fornecimento.
 Determina os critérios e formas de avaliação.
 Local onde os serviços serão executados
 Está devidamente vistado ou assinado pelas partes

PREÇO

a) A Planilha de composição de custo faz parte do contrato? E está


assinada pelas partes?
b) Estão claros a forma, condições de pagamentos, reajustes e outros?
c) Consta a contratação com base em homem/hora?
d) Consta no contrato a quantidade de pessoas que devem realizar o
serviço?
e) Existe cláusula de retenção de tributos?

OBRIGAÇÕES DAS PARTES


a) Todas as obrigações que as partes tiverem, que não sejam objeto
nem preço;
b) Consta cláusula, indicando o preposto do terceirizado?
c) Consta cláusula, indicando o Gestor do contratante?
NOVAÇÃO / TOLERÂNCIA
a) Consta no contrato cláusula de novação e tolerância?Salientando que
o descumprimento tolerado de obrigações contratuais não significa
modificação ou alteração do escopo do contrato.

PRAZO
a) Estão claros nos contratos, os prazos que se iniciam e se findam?
b) Qual a melhor opção: Prazo determinado ou indeterminado?

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c) Se no contrato por prazo indeterminado consta a possibilidade de


resilição e resolução?

RESCISÃO DOS CONTRATOS


a) O contrato pode ser rescindido a qualquer momento? Ou há
impeditivos? Esses impeditivos favorecem ou prejudicam a empresa?

MULTAS DE MORA E COMPENSATÓRIA

a) No contrato há previsão de multas de MORA e multas


COMPENSATÓRIAS pelos descumprimentos das cláusulas?
b) A multa é um instrumento, que agregada à correta especificação do
contrato, permite ao gestor ou ao fiscal de contratos executarem o
cumprimento do contrato?
c) O Auditor poderá examinar o histórico do contrato, caso não foi
aplicada nenhuma multa nesse período, é um forte indício que o
contrato não está sendo bem gerido ou fiscalizado.
d) O terceiro nunca atrasou os prazos de entrega do produto ou serviço?
O terceiro cumpriu “na risca” todos os itens constantes no contrato?
Não tem nenhuma multa ou advertência?.
e) A multa não poderá ser superior ao valor do contrato
f) Tem cláusula estipulando o abatimento da multa na própria fatura?
g) A empresa tem observado os prazos pra rescisão dos contratos?
Objetivando evitar peras e danos, bem como lucros cessantes.
a) Perdas e danos
h) O não cumprimento da obrigação por parte da empresa: encargos e
perdas e danos.
b) Lucros Cessantes
i) Antes da rescisão é analisada a possibilidade de indenização por lucro
cessante?
j) Constam documentos internos, protocolados por terceiros, dando a
ciência sobre o recebimento do aviso de multas? Motivos para as
rescisões de contrato?
GARANTIAS CONTRATUAIS
a) Existem garantias financeiras e pecuniárias para a execução do
contrato?
b) Existem garantias contratuais que assegurarão riscos de
contingências trabalhistas de funcionários de terceiros?
Garantias Financeiras e pecuniárias
a) Há garantias financeiras pela execução das obras ou serviço poderão
ser exigidas no contrato, mediante caução sobre o valor total do
contrato, a ser descontado mensalmente, ou através de Seguro
Garantia, contrato através de apólice de seguro junto às
Seguradoras;
b) Existem garantias para execução e cumprimento do contrato, mesmo
em caso fortuito e de força maior?
c) Há Garantia de durabilidade do produto ou serviço
d) Quando devolver a garantia? Prazo para devolução da garantia
e) Existem especificações à cerca da eleição do foro pelas partes?
CONCLUSÃO
a) Pode determinar o foro competente em caso de ação judicial
(inexistindo anterior convenção).

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b) Verificar a qualificação e capacidade das pessoas que assinam?

DISPOSIÇÕES RELEVANTES

Constar na redação dos contratos, especialmente nos de prestação de


serviços:
a) Obrigatoriedade da constituição formal de prepostos (obrigações da
contratada).
b) Comprovação mensal do pagamento de encargos trabalhistas sob
pena de retenção de pagamento (cláusula de preço e condições de
pagamento).
c) Quando o atraso de pagamento justifica a rescisão (cláusula de
preço).
d) Fiscalização e auditagem dos documentos dos terceiros (cláusula de
obrigações da contratada).
e) Reembolso de despesas/prejuízos causados pelas contratadas ou
seus colaboradores, inclusive trabalhista (cláusula de obrigações da
contratada)

DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS PERIGOSAS QUE DEVEM SER


EVITADAS

Não devem constar no contrato:


a) Contratação de pessoas: número de pessoas, exclusividade do fulano
de tal.
b) Pagamento por homem/hora: o contrato deve ser estipulado por
tarefa resultado, ou seja, tantos m2 de limpeza.
c) Imposição de substituição de pessoal:
d) Exclusividade do contrato: a prestadora de serviços trabalhar
somente para uma empresa, esse procedimento;
e) Resilição unilateral privativa: se o contrato prevê forma de rescisão
só por uma das partes é inválida a cláusula.

CUMPRIMENTO DO CONTRATO

O Auditor deverá averiguar se o gestor ou fiscal de contratos está


cumprindo suas obrigações, as quais são:

a) Exigir tudo o que está descrito no contrato e seus anexos: objeto,


obrigações, complementares, documentações, testes, normas
internas, etc.
b) Avaliar e penalizar descumprimentos: a empresa deve aplicar as
multas moratórias para os descumprimentos contratuais como: prazo
de entrega, quantidade de mercadoria a ser entregue, não
apresentação de documentos, etc.
c) Monitorar constantemente o contrato, promovendo os ajustes
necessários. Havendo necessidade de alteração contratual em função
de novas demandas, fazer mediante aditivo contratual.
d) Padronizar os procedimentos de cobrança, de forma que todos os
gestores ajam em consenso nas exigências contratuais, evitando
assim que alguns cobrem muito de seus prestadores e outros pouco
e) Se os termos de aditivo e alteração estão devidamente assinados

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f) Verificar se os termos aditivos são formalizados e assinados entre as


partes.
g) Toda e qualquer alteração contratual, seja adendo, aditivo e
complemento devem ser feitos por escrito, observando o tempo de
adaptação ao novo acerto e os valores envolvidos.

A redação pós-contratual deve:


a) Ter livre disposição sobre as cláusulas e acertos contratuais (exceto
administração pública);
b) Observar se a assinatura é realizada por partes capazes (conforme
contrato social, procurações, etc.);
c) Ratificar cláusulas inalteradas;
d) Sempre por escrito e antes da modificação;

EXTINÇÃO CONTRATUAL

a) A extinção contratual pode ser voluntária ou motivada, razões mais


comuns:
 Extinção da necessidade
 Fornecedor insatisfeito
 Término de prazo
O auditor deverá verificar se foram tomados os seguintes cuidados:
b) Verificar a continuidade do fornecimento: antes de rescindir averiguar
a possibilidade de outros fornecedores, para não paralisar o
andamento normal da empresa.
c) Amparo e caracterização jurídica: previsão contratual, motivo que
ensejou está bem documentado.
d) Prazo de desligamento: prévio aviso, conforme contrato.
e) Valores envolvidos: multa rescisória a ser paga.
f) Termo de encerramento e quitação: termo por escrito, constando a
quitação do contrato;

Com relação às Redações pós-contratuais, o auditor deverá analisar:

g) Sempre prever obrigatoriedade de encerramento formal do contrato.


h) Fazer termo rescisório de encerramento.
i) Ratificar a natureza jurídica da rescisão e possível caracterização de
infração (foi rescindido em função disso, daquilo...)
j) Mencionar no termo de rescisão quitação recíproca e ou pendências.
Exemplo, dá total e irrevogável quitação, salvo o período de garantia,
o qual deve ser honrado pelo terceiro. (garantia do serviço, da
mercadoria).
k) Verificar se as partes que assinam o termo rescisório têm a
capacidade para tal;

Documentação juridicamente relevante para precaução que devem ser


assinados:
 O Contrato
 Adendos, aditivos, alterações contratuais
 Notas fiscais
 Relatórios do fornecedor ou prestador de serviços
 Atas de reuniões

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 Ordens de serviços e os “de acordos”


 Fax e e-mails
 Gravação, fotos e filmagens (pré-anunciadas)

FALHAS COMUNS NA ELABORAÇÃO E GERENCIAMENTO DE CONTRATOS

O Auditor deverá ficar atento às seguintes situações:


 Contrato sem assinatura de pessoa capaz
 Objeto contratado destoante da capacidade da pessoa jurídica
fornecedora
 Alterações verbais sobre contratos escritos
 Falta de detalhes relevantes do objeto contratado
 Complementos contratuais, anexos,etc., não assinados por pessoas
capazes
 Falta de cobrança de resultados e multas penalizatórias (excesso de
paternalismo)
 Acomodação (não evolução) da sistemática de contratação

AUDITORIA NO GERENCIAMENTO E NA FISCALIZAÇÃO DE


CONTRATOS DE TERCEIROS

AÇÕES DO GESTOR OU FISCAL DE CONTRATO

Se a qualidade é obtida mediante as seguintes ações de gerenciamento:


a) A empresa deve vender a imagem de que é exigente: as cláusulas
contratuais devem ser cumpridas;
b) A empresa vem aplicando multa pelo descumprimento nos contratos?
A negativa pode representar que há uma falta de austeridade na
cobrança da execução do contrato ou até mesmo o contrato não
esteja bem especificado, dificultando o gerenciamento;
c) Caso não fornecido algum serviço ou mercadoria e não foi, deveria
ser aplicada multa conforme prevista no contrato. Se não há previsão
de multa no contrato, recomendar a implementação;
d) Há cláusula obrigando o contatado a cumprir prazos, caso contrário:
multa;
e) O gestor deve aplicar multa estipulada em função do não
cumprimento das cláusulas contratuais;
f) O gestor precisa sempre estar olhando no contrato: o qual deve ser
cumprido em sua integra, duas atitudes obrigatoriamente serão
tomadas: multa ou rescisão, nada de passar a mão sobre o que está
errado;
g) Cobrar e exigir o detalhe contratual;
h) O gestor deve vender a imagem de cobrador;
i) Exigir o cumprimento das cláusulas contratuais: o que assina vai ter
que cumprir;
j) Multa gera disciplina;
k) Não esquecer da ciência da outra parte ao cobrar a multa;
l) Carta de rescisão se não tiver solucionado o problema;
m) Multar a contratante, mesmo quando os problemas forem resolvidos.
Essa atitude evita futuros erros, atrasos ou outros inconvenientes. A
regra é a seguinte: a empresa que multa entra por primeiro na fila de
atendimento, aquela que não multa fica em segundo ou último plano;

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

n) Conseguir prioridade do fornecedor;


o) Fornecedor tem a obrigação de cumprir o que está estipulado no
contrato;

AUDITANDO O GERENCIAMENTO DE CONTRATOS TERCEIRIZADOS

a) Se a empresa possui gestor(es) de contratos.


b) Também, o Auditor verificará se há a implementação do setor de
gestão de contratos, objetivando ter o cumprimento das cláusulas
contratuais com qualidade, diminui o custo operacional com terceiros.
c) Há a integração entre os gestores da empresa para trocar
experiências, trocar idéias e estabelecer uma aplicação uniforme de
regras para fins de gestão dos terceiros.

O Auditor verificará se o gestor do contrato segue as seguintes atribuições:


a) Identificar as necessidades internas a serem atendidas por terceiros;
b) Redigir, revisar e propor os contratos com terceiros, ou seja, deve
participar ativamente na elaboração do contrato, caso contrário o
jurídico vai inventar cláusulas tornando o contrato impraticável
operacionalmente;
c) Ajudar a selecionar os fornecedores;
d) Exigir o cumprimento do contrato, buscando qualidade, economia e
minimização de riscos;
e) Tomar providências e iniciativas de ajuste no contrato;
f) Acompanhar os acontecimentos e documentá-los;

Se a postura do gestor é:
a) Investigador: percepção de erros e incorreções.
b) Questionador: deve questionar o motivo pelo qual estão sendo feitos
os serviços: o porquê dessa forma e não de outra forma.
c) Cobrador: deve estar sempre com o contrato na mão e exigir o que
foi contratado.
d) Pró-ativo ante a eminência de problemas e contratempos.
e) Acessível: para ouvir e discernir sobre os assuntos tratados

Erros que o gestor não pode cometer:

a) O gestor não pode gerenciar o empregado do fornecedor – é


estultice, pois além da perda de tempo, gera o vínculo empregatício;
b) O gestor competente não pode pedir a substituição do funcionário
terceirizado, (ele não interfere no comando dos funcionários =
vínculo empregatício;

AUDITORIA NOS DOCUMENTOS DOS TERCEIROS

Resumindo, o tomador deverá mensalmente:


a) reter e recolher para o INSS;
b) São solicitados os recibos de pagamento dos salários, férias e demais
proventos, GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social), guia de Imposto Sobre Serviços - ISS, nota
fiscal, recibos de entrega do vale-transporte;

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

c) Os funcionários que prestam serviços verificam se os depósitos do


FGTS estão sendo corretamente efetuados na CAIXA;
d) A empresa terceirizada elabora uma folha de pagamento
exclusivamente para a sua empresa, dotando os funcionários que ali
trabalham;

Outros pontos que deverão ser verificados pelo tomador:


a) Cópia autenticada da Ficha de Registro dos seus empregados, a qual
poderá ser substituída pelo crachá de identificação, onde está
impresso o número da CTPS e do PIS.
b) Exames médicos de todos os seus empregados atuando nas
instalações do tomador: admissionais, periódicos e demissionais.
c) Relógio de ponto.
d) Cartões de ponto dos seus empregados no local.
e) Quadro de horários dos seus empregados atuando no local.
f) Relação dos empregados, por função, que trabalham no local.
g) Organização da Cipa, conforme o número de empregados e o grau
de risco
h) Organização do SESMET, conforme a quantidade de empregados e o
grau de risco
i) registro do empregado, quando da sua admissão ou substituição; se
o salário contratado está sendo efetivamente pago;
j) se os benefícios convencionados estão sendo efetivamente
concedidos (ex.: cesta básica, seguro de vida, uniforme, etc.);
k) se não há desvio na prestação de serviços em relação aos
originariamente contratados.
l) Caso o contratante não cumpra seu papel fiscalizador, poderá arcar
com a responsabilidade solidária e subsidiária;

Cooperativa de Serviços e trabalho

a) Ficha de adesão
b) Livro de matrícula
c) Livro de comparecimento nas Assembléias Gerais
d) Exames médicos
e) Admissionais
f) Periódicos
g) Termos de emissão de sócio cooperado
h) De aceitação e responsabilidade
i) De compromisso e lealdade
j) Estatuto e regulamento interno
k) Ata da constituição da sociedade cooperativa

A grande vantagem do tomador está em exigir toda a documentação ANTES


de pagar a nota fiscal mensal.

É importante saber que o tomador de serviços deverá reter sobre o valor da


nota fiscal do terceirizado, conforme o caso:
a) INSS – 11%
b) ISS - 2 a 5%
c) PIS – 0,65%
d) COFINS – 3,0%

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

e) CSSL – 1,0%
f) IRRF - PJ – 1,0% a 1,5%
g) IRRF – PF – 15,0% a 27,5%.

AUDITORIA NAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO DOS
FUNCIONÁRIOS DO TERCEIRO

O Fiscal de contratos fiscaliza as condições de segurança e saúde no


trabalho dos funcionários do terceiro:

a) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA:


b) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO:
c) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA:
d) O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP,
e) LTCAT
f) Medidas de Proteção Coletiva e Equipamentos de Proteção Individual
- EPIS:
g) Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT.

FUNÇÕES DO FISCAL DE CONTRATO


a) O fiscal ou o gestor do contrato está executando suas funções?
b) Avaliar detalhes técnicos e buscar suprir as necessidades internas
originais
c) Interpretar, examinar, notar os defeitos criticar e rever os contratos
com terceiros, para constatar pontos que dificultem a sua fiscalização
d) Ordenar, impor e intimar o cumprimento do contrato, visando
qualidade, economia e diminuição de riscos.
e) Recomendar alterações, inovações, correções e atualizas nos
contratos ou em suas cláusulas que são ineficientes, não produz
efeito ou não dão bons resultados
f) Acompanhar os acontecimentos e documentá-los;
g) O fiscal de contratos deve ser duro: investigar, questionar, cobrar e
ser pouco transigente e conciliador.

PONTOS DE FISCALIZAÇÃO

1. É necessária a contratação do terceiro?

a) Se o fiscal de contratos ou o gestor analise se há a real necessidade


de aquisição do serviço ou produto, questionando-a:
 Por que?
 Para que?
 Qual a necessidade?
b) Se o fiscal tem algum elemento de análise junto ao requisitante
interno sobre a quantidade, a qualidade e os prazos do objeto
escolhido.
c) O fiscal deve verificar a quantidade, a qualidade e prazos inerentes
do objeto escolhido, conferir a adequação da necessidade.
d) Averiguar se não há solicitação em quantidades maiores que às
necessárias.
e) Foram analisadas alternativas mais “em conta”;

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

f) Quanto aos prazos: disciplinar os setores a solicitarem produtos ou


serviços com antecedência, ;
g) O fiscal questiona junto ao requisitante interno o motivo da real
necessidade para a aquisição de determinada mercadoria ou serviço?

O Fiscal ou o Gestor questionar o requisitante da mercadoria ou serviço,


para verificar as situações da real necessidade interna, mediante as
seguintes indagações sobre o problema e as formas de solução:
a) Onde nasceu o problema? Qual a sua origem?
b) A solução está ligada com o produto ou o serviço? (é um produto ou
serviço que vai trazer a solução)
c) A necessidade é normal (dentro de uma programação) ou não estava
prevista?
d) A solução é um “quebra-galho” ou é definitiva?
e) Até quando pode ser resolvido? (quanto tempo para solução)
f) Quais são as outras formas para resolver o problema? A forma de
resolver é apenas a apresentada?

g) “Toda a necessidade bem escrita apresenta alternativa de objeto”.


Por isso, a necessidade do requisitante deve ser escrita de forma
clara e genérica e não presa às alternativas convencionais.
h) Qual a real necessidade? Para que precisa isto? São as respostas a
essas perguntas que permitirão ajustes e melhorias na contratação
de terceiros
i) A necessidade deve ser clara e genérica e não presa às alternativas
convencionais.
j) O fiscal prima pela melhoria da qualidade dos produtos e serviços
contratados?
k) A empresa respeita e é comprometida com os terceiros fornecedores
de serviços ou produtos?
l) Respeito e comprometimento pelos contratados
m) Formação e consolidação da imagem da organização no mercado
perante o fornecedor.

Características favoráveis à empresa:


a) -pontualidade no pagamento
b) -mesma exigência a todos os fornecedores
c) -não ter flexibilidade diante aos descumprimentos dos contratos; não
cumpriu o contrato:multa
d) -Prudência e critérios na seleção de fornecedores.

2.Especificações Técnicas do Contrato

a) O fiscal ou gestor de contratos participa na elaboração dos contratos


com os terceiros?
b) Existe a adequação à necessidade original( real).
c) Averiguação da clareza e completa especificação para obtenção do
resultado esperado.
d) Identificação do redator e se houve supervisão jurídica.
e) Melhoramentos a redação contratual:
-identificar dificuldades de compreensão contratual;
-estudar novas redações possíveis com mais clareza e precisão;

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

-sugerir para que sejam retirados excessos e termos


comprometedores;
-parecer do jurídico sobre os aprimoramentos contratuais sugeridos;
-anotar a parte as críticas pertinentes à atual redação do contrato,
indicando os problemas encontrados.

Verificar se Fiscal Gestor de Contratos está fazendo cumprir os


contratos;

a) O Fiscal está cumprindo suas atribuições e fazendo cumprir o


contrato?
b) Analisar se todas as obrigações contratuais efetivamente estão sendo
cumpridas;
c) Localizar descumprimentos contratuais e ligá-los com a sanção
contratual;
d) Ponderar e avaliar justificativas para possível dispensa de multa; (por
exemplo: caso fortuito ou força maior – MST bloqueia estrada e
empresa não pode entregar produto no prazo)
e) Determinar a correção das falhas;
f) Rescisão de contratos que normalmente são
descumpridos............................89

4. Atitude dos colaboradores internos em relação aos terceiros e


seus funcionários

a) O Fiscal ou gestor elabora treinamento ou instrui os colaboradores


internos, com o intuito de orientar sobre os procedimentos a serem
adotados com os funcionários do terceiro?

5.Idoneidade do contratado

a) O fiscal monitora se o terceiro efetua o pagamento das obrigações e


encargos trabahistas aos seus funcionários e outras obrigações?

O Fiscal ou o Gestor vem conferindo se o terceiro está em dia com suas


obrigações:

a) Encargos Trabalhistas: VT, PAT, INSS, FGTS, SEFIP, GFIP, GPS, RE,
etc.
b) Obrigações Trabalhistas: salários, horas extras, 13º salário, férias,
insalubridade, periculosidade, descanso semanal remunerado,
equiparação salarial, salário família, adicional noturno, etc. As
obrigações trabalhistas podem ser auditadas por denúncia (“rádio
peão”) ou por amostragem.
c) Obrigações fiscais: Certidão Negativa de Débito Receita Federal
d) Quitação com seus fornecedores e subcontratados: Serasa, Seproc,
Cartórios de Títulos e Protestos de Documentos, etc.
e) Quais são as evidências

6. Redução de riscos contratuais

a) O fiscal analisa se há a diminuição de riscos operacionais e jurídicos?

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

b) Tem plano de contingência e executa o cronograma com folgas?

7. Autorização para pagamento do terceiro


O fiscal verificou se foram cumpridas as cláusulas contratuais para autorizar
o pagamento?
Depois de analisada se estão cumpridas todas as cláusulas contratuais:
a) Verificar as especificações constantes na nota fiscal:
b) Verificar se há multas pendentes de desconto do pagamento
c) Conferir o aceite de entrega de produto e conclusão efetiva de todos os
serviços cobrados e possíveis descumprimentos a serem punidos.

8.Correção e redução de custos


a) O Fiscal está atento às mudanças externas e ao controle de custos
internos? Com o objeto de redução de custos.

b) O fiscal de contratos deve ficar atento com as mudanças externas,


bem como o controle de custos interno:

 Análise dos custos unitários; (verificar se não pode ser diminuído


o custo unitário)
 Avaliação de qualidade e sua pertinência;
 Avaliação das quantidades; (se há sobras ou desperdícios, até
mesmo sugerir treinamentos para melhor utilizar os produtos ou
serviços contratos)
 Abertura e crítica de planilha; (o fiscal deve ter em mãos planilha
de composição de preços, para que observando que algum dos
itens baixou de preço no mercado solicitar recálculo da planilha)
 Comparação com o mercado. (comparar qualidade, quantidade e
preços no mercado para reduzir custos)

c) Redução de custos em contratos:


 Redução de custo marginal:
 Redução de Custo global:
d) Redução de Desperdícios:
 Os desperdícios repercutem em perda de capital, podendo
originar:
1. - desperdício de tempo (muita burocracia);
2. - pagar pelo que não recebe;
3. - contratar o que não precisa;
4. -defasagem tecnológica e mercadológica
5.
9.Documentação juridicamente relevante

O Auditor deverá verificar se estão em ordem a documentação


juridicamente relevante:
 Contrato (assinado por pessoa capaz)
 Adendos, alterações, aditivos contratuais (todos assinados)
 Notas fiscais (se está de acordo com o contrato, descontadas as
retenções, as glosas referentes às multas e outros descontos)
 Relatórios do fornecedor ou prestador de serviços – assinado
 Atas de reunião

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

 Ordens de serviços e de acordos


 Fax e e-mails (troca entre as partes)
 Gravação, fotos e filmagens (de produtos ou serviços para fins de
comprovação)

AUDITORIA NAS RETENÇÕES TRIBUTÁRIAS DE TERCEIROS

AUDITORIA RETENÇÕES TRIBUTÁRIAS DE TERCEIROS


PRESTADORES DE SERVIÇOS
Retenções e ônus tributário – prestador de serviços
Retenção INSS – 11%
Dedução da base de cálculo do INSS
Lista de serviços sujeitos à retenção – cessão de mão-de-obra ou
empreitada
Lista de serviços sujeitos à retenção – cessão de mão-de-obra
Dispensa de retenção INSS
Redução Base cálculo no Fornecimento de materiais e equipamentos
Retenção INSS na construção civil
Outras disposições
Retenção IRRF
Retenção IRRF – 1,0%
Retenção IRRF – 1,5%
Retenção ISS – 2% a 5%
Retenção PIS COFINS e CSSL – 4,65%

COOPERATIVAS DE SERVIÇO
Retenção INSS – não obrigatoriedade
Recolhimento do INSS – encargo do tomador – 15%
Deduções INSS permitidas para Cooperativas Médicas
Retenção IRRF – 1,5%
Retenção ISS – somente quando não cooperado
Retenção PIS e COFINS – 3,65%
Recolhimento INSS - encargo da cooperativa com seu associado 11% ou
20%

TRABALHO TEMPORÁRIO
Retenção INSS – 11%
Retenção IRRF – 1%
Retenção ISS - 2% a 5%
Retenção PIS, COFINS, CSLL – 4,65%

TRABALHO AVULSO SINDICALIZADO


Retenção INSS – inexistente
Recolhimento do INSS – encargo do tomador – 20%
Retenção IRRF – inexistente
Retenção ISS – inexistente
Retenção PIS, COFINS, CSLL – 4,65%
ESTAGIÁRIOS
Retenção IRRF – estagiários

AUTÔNOMOS
Retenção INSS – 11% até limite máximo salário contribuição

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

Retenção IRRF – tabela progressiva


Encargos INSS de 20% na contratação autônomo

REPRESENTANTE COMERCIAL
IRRF – 1,5%
Demais retenções – não incidência
PIS, COFINS, IRPJ e CSL - Retenção Pelos Órgãos Públicos
Quadro-Resumo Prático das Retenções
Quadro-Resumo – INSS ônus do tomador (empresa)

QUADRO-RESUMO PRÁTICO DAS RETENÇÕES

Descrição INSS PIS COFINS CSSL IRF ISS


IN - Lei Lei Lei RIR/99 Lei
SRF 10.833/ 10.833/ 10.833/ Compl.
003/20 03 03 03 116/20
05 03

Fornecedor 11% 0,65% 3,0% 1,0%*a2 1,0% e 2%


/ *a1 *a2 *a2 1,5% a5%,
Prestador *a3 cfe
de municípi
serviços o *a4
Cooperativ
a de Não há 0,65% 3,0% Não há 1,5% Não há
Trabalho e *b1
Serviço
Autônomo 11%, 2% a
- Pessoa limitado 15% a 5% para
Física a R$ Não há Não há Não há 27,5% autôno
275,96* cfe mo não
c1, tabela inscrito
verificar progress na
descont iva Prefeitur
o de a
outras
empresa
s
Trabalho
Temporári 11% 0,65% 3,0% 1,0% 1,0% 2% a
o 5% *a4
Lei
6.019/74
Trabalho
Avulso Não há 0,65% 3,0% 1,0% Não há Não há
Sindicaliza
do art.
513 CLT
Estágio – 15% a
Lei Não há Não há Não há Não há 27,5% Não há
6.494/74 tabela
progress

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Roteiro de Auditoria na Terceirização

iva
Represent
ante Não há Não há Não há Não há 1,5% Não há
comercial
Leis
4.886/65 e
8.420/92

140 a 177 da IN SRP 3/2005.

QUADRO- RESUMO – INSS ÔNUS DO TOMADOR (empresa)

Descrição INSS Base


IN - SRP Legal
003/2005

Fornecedor de
serviços
Não há Não há
Cooperativa
de Trabalho e 15%*a IN – SRP
Serviço 03/2005
Autônomo - art.201,
Pessoa Física 20%*b inc II
Decreto
3.048/99
Trabalho
Temporário
Lei 6.019/74 Não há Não há
Trabalho
Avulso 20% IN – SRP
Sindicalizado 03/2005
art. 513 CLT
Estágio – Lei
6.494/74 Não há Não há
Representante
comercial Leis Não há Não há
4.886/65 e
8.420/92

*a – com redução da base de cálculo de 30% e 60% para cooperativa de


serviços médicos, conforme o caso.

*b – Nos casos, de serviços autônomos de transporte, a base de cálculo


corresponderá a 20% do valor serviço.

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AUDITORIA NOS DEMAIS SEGMENTOS DA TERCEIRIZAÇÃO


QUADRO-RESUMO TERCEIRIZAÇÃO
LÍCITA................................................150

Descriçã Atividade Subordi Exclusivi continui Superv Atua


o -fim nação dade dade isão ção

Prestador Dentro da Proibida Proibida Contrato Proibida Dentr


de empresa: pode ser , oe
serviços Não pode renovado Podend fora
atuar periodica o da
Fora da mente apenas empr
empresa: avaliaçã esa
pode atuar o
(subcontra resultad
tação) os
Cooperat Não pode Proibida Proibida Não deve Proibida Dentr
iva de atuar existir , o da
Trabalho apenas empr
e Serviço avaliaçã esa
o
resultad
os
Autônom Não pode Proibida Proibida Dentro da Proibida Dentr
o- atuar empresa: , o ou
Pessoa proibida soment fora
Física e da
Fora: avaliaçã empr
permitida o esa
Ex..Serviç resultad
os os
Contábeis
Trabalho Pode atuar Permitida Proibida No Permiti Dentr
Temporá a máximo da o da
rio Subordin 03 meses empr
Lei ação prorrogáv esa
6.019/74 el para +
3 meses
Trabalho Pode atuar Permitida proibida permitida Permiti Dentr
Avulso subordina da o ou
Sindicaliz ção fora
ado art. da
513 CLT empr
esa
Estágio – Pode atuar Permitida Permitida Enquanto Permiti Dentr
Lei subordina exclusivid o da o da
6.494/74 ção ade estagiário empr
estiver esa
cursando
Represen Pode atuar Proibida Apenas Prazo Proibida Fora
tante Exclusivid indetermi , da

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comercial ade de nado apenas empr


Leis zonas e avaliaçã esa
4.886/65 produto – o
e art. 27 e resultad
8.420/92 31 os

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