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Mais uma vez, o Hospital e Maternidade São Luiz aplica seu selo de qua-
lidade diferenciado ao estimular seu corpo médico a pensar e organizar,
de forma continuada, benefícios para suas pacientes.
Parabéns!
A clínica obstétrica era jovem, tinha dois anos com plantonistas dia e
noite. O berçário com plantonista foi montado pelos médicos Ruy Marco
Antônio e Luiz Carlos Bueno Ferreira. Desde então, os partos passaram
a ser feitos só por médicos, um grande progresso para a época. Acom-
panhei esse desenvolvimento e, em 1972, comecei a fazer parte da equi-
pe, levado pelo Dr. Paulo Carneiro e Dr. Alceu de Campos Rodrigues. Já
nesta época, fazíamos uma reunião científica por mês para discussão de
casos e temas de obstetrícia. Isso foi o embrião da nossa maternidade.
É sabido que a gravidez, na grande maioria das vezes, segue seu curso
sem patologias significativas, requerendo apenas uma postura médica
atenta, expectante, de orientação e suporte, nesta fase biopsicossocial
tão rica e intensa da mulher. Nós, como equipe multidisciplinar de saúde,
temos por obrigação oferecer com responsabilidade, consciência e com-
petência, proteção e segurança ao binômio mãe-filho, em particular na
gravidez de risco.
Claudio Basbaum
Médico obstetra do Hospital São Luiz
Agradecimentos
Coordenador da Coordenador da
Clínica Obstétrica Itaim Clínica Obstétrica Anália Franco
Prefácio
Prezados colegas,
Os autores
Protocolos de obstetrícia
lista de
protocolos
protocolo 1 • Abortamento
Abortamento incompleto
Discutir conduta expectante (riscos e benefícios)
Colo impérvio
• Misoprostol (Prostokos®) – 400 mcg por via vaginal Abortamento Infectado – conduta Após 1 hora, Misoprostol 200
• Depois de 4 horas, realizar aspiração manual intra-uterina AMIU mcg a 400 mcg,
(AMIU) ou curetagem (CTG) Fazer coleta de material para cultura e antibiograma. ou via vaginal
CTG
Uso de analgésico, Conduta ativa
Colo pérvio Antibioticoterapia recomendada se necessário Internação para CTG
• Realizar aspiração manual intra-uterina ou curetagem • Ampicilina + Sulbactam (Unasyn®) – 3 g por via intravenosa,
a cada 6 horas
• Adicionar Gentamicina (Garamicina®) –180 mg a 240 mg Após 1 hora,
Fluxograma Abortamento no 1º Trimestre por via intravenosa, uma vez ao dia AMIU
ou Orientação
Alta hospitalar CTG
Abortamento completo Abortamento incompleto • Amoxacilina + Ácido clavulânico (Clavulin®) – 500 mg a 1 g Oferecer à paciente a opção de
Eco endometrial ≤ 20 mm Eco endometrial ≥ 20 mm por via oral a cada 8 horas por 7 dias desistir da conduta expectante
1
Retorno em caso de dor,
Esquema alternativo Abortamento Complicado – conduta sangramento ou febre
Ausência de infecção Colo Colo • Penicilina cristalina + Gentamicina (Garamicina®) + • Internação em UTI
ou de prenhez ectópica impérvio pérvio Metronidazol (Flagyl®)
• Discussão multidisciplinar. Pode haver indicação para: Controle em 7 dias Após 15 dias
Em caso de alergia à Penicilina e Ampicilina, administrar :: Colpotomia
Clindamicina e Gentamicina (Garamicina®). :: Laparotomia
Retorno em 15 dias Misoprostol AMIU :: Laparoscopia
400 mcg, ou :: Histerectomia total abdominal
via vaginal CTG Em caso de colo impérvio
Abortamento Dosagem de beta hCG • Misoprostol (Prostokos®) – 200 mcg a 400 mcg por via
quantitativa vaginal
Após 4 horas, • Depois de 1 hora, realizar aspiração manual intra-uterina
AMIU ou curetagem
ou
CTG
Negativo Positivo Em caso de colo pérvio
Observação
Metotrexato – 50 mg/m2
2
Em casos de gestação ectópica de localização mais rara
por via intramuscular, dose única (cornual, cervical e abdominal), recomenda-se discutir com
a equipe multidisciplinar do hospital (obstetrícia, cirurgia e
radiologia intervencionista) para estabelecimento da melhor
Critérios conduta.
• Estabilidade hemodinâmica
• Massa anexial menor ou igual a 3,5 cm de diâmetro
• Beta hCG menor que 5.000 mUI/ml e ausência de declínio
dos títulos de beta hCG no intervalo de 24 horas a 48 horas
• Desejo de gravidez futura
• Exames laboratoriais normais
Gravidez Ectópica
(hemograma completo, enzimas hepáticas e creatinina)
• Termo de consentimento assinado autorizando
a realização do procedimento
Acompanhamento
após tratamento com Metotrexato (MTX)
• Mola hidatiforme Fundamenta-se no quadro clínico, na dosagem de níveis séricos Esvaziamento molar por meio de curetagem uterina ou por as- Formas não-metastáticas Pode ser resultante de mola parcial ou de gestação múltipla (um ovo
:: Completa persistentemente elevados de subunidade beta (beta hCG) e na piração manual intra-uterina em idade gestacional de até 12 (incluindo mola invasora) e com desenvolvimento normal e outro correspondente à mola).
:: Parcial ultra-sonografia transvaginal (imagem em “flocos de neve”). semanas. Nos casos de úteros maiores, recomenda-se vácuo- metastáticas de baixo e médio risco
aspiração elétrica, seguida de curetagem uterina tradicional. O tratamento merece individualização:
• Neoplasias Trofoblásticas Gestacionais Elementos clínicos freqüentes na Mola Hidatiforme Completa Somente quimioterapia, se a finalidade é preservar a função re-
:: Mola invasora • Sangramento genital na 1ª metade da gestação produtiva; associar a histerectomia total abdominal naquelas • Sempre discutir com o casal
:: Coriocarcinoma • Altura uterina maior que a esperada com prole constituída. Na mola invasora não-metastática, so- • Há o risco de malignização (até 55%)
:: Tumor trofoblástico do sítio placentário • Ausência de batimentos cardíacos fetais Esvaziamento molar mente a histerectomia total abdominal é suficiente, dispensan- • Deve-se realizar o cariótipo fetal e dosagem
:: Tumor trofoblástico epitelióide • Eliminação de vesículas do a quimioterapia. de alfafetoproteína no líquido amniótico
• Toxemia gravídica precoce Medidas prévias ao esvaziamento • Atentar para o risco de complicações emergenciais, como
• Hiperêmese gravídica e exames laboratoriais sangramento, toxemia grave e crise tireotóxica
• Sinais e sintomas de hipertireoidismo Formas metastáticas de alto risco • Discutir a possibilidade de indução com prostaglandinas ou
• Avaliação clínica (atenção para a estabilização hemodinâmica ocitocina
e sinais de hipertireoidismo) Além da quimioterapia, está indicada a radioterapia. O trata- • A histerotomia só é realizada em casos excepcionais, com
Malignização da Mola Hidatiforme • Dosagem quantitativa de beta hCG mento cirúrgico das metástases pode ser necessário, principal- sangramento profuso, sem possibilidade de resolução via
• Solicitar hemograma, TGO-TGP, T3, T4 e TSH mente em casos de sangramento profuso. vaginal
Ocorre quando há elevação ou positivação do beta hCG durante • Providenciar reserva sangüínea (concentrado de hemácias)
o seguimento pós-molar, afastados nova gestação e resto molar
decorrente de esvaziamento anterior inadequado. Histerectomia
Procedimentos no esvaziamento
A histerectomia total abdominal profilática com útero cheio é
Identificação • Utilizar anestesia geral ou de condução, de acordo com o a regra em mulheres com mais de 40 anos e prole constituída;
Para determinar a localização anatômica da malignização e estado geral da paciente úteros muito volumosos podem requerer, inicialmente, o esva-
presença de metástases, recorre-se a: ziamento com aspirador elétrico, realizando-se a cirurgia após
• Infundir ocitocina no momento da dilatação cerca de 7 dias.
• Exame ginecológico (atenção para a possibilidade de :: SG 5% – 500 ml
metástases vaginais, que nunca deverão ser biopsiadas, pelo :: Ocitocina – 15 UI Mulheres mais jovens, com desejo de esterilização, sem risco ci-
risco de hemorragia) rúrgico significativo, também podem decidir pela histerectomia.
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• Ultra-sonografia de abdome total, pelve e transvaginal, com • Materiais obtidos durante e ao final das curetagens devem
dopplervelocimetria ser enviados separadamente para exame anatomopatológico Mulheres com idade inferior a 50 anos devem ter seus ovários
• Raio X de tórax • Utilizar imunoglobulina anti-D em gestantes Rh - preservados.
• Tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral não sensibilizadas
• Não está indicado o uso profilático de quimioterapia A histerectomia total abdominal deve ser realizada, independen-
Os locais mais freqüentes de metástase são: pulmões, vagina, • Nas primeiras horas após o esvaziamento, principalmente temente da idade e paridade, nos casos de tumor trofoblástico
órgãos pélvicos, cérebro e fígado. nos casos de grande volume uterino, ainda pode se do sítio placentário e tumor trofoblástico epitelióide.
manifestar a deportação vilosa pulmonar, caracterizada
por quadro de insuficiência pulmonar aguda (dispnéia,
Estadiamento taquicardia e hipotensão), que merece tratamento Quimioterapia
• Não-metastática: restrita ao útero de suporte imediato
Os seguintes agentes terapêuticos são os mais freqüentemente
• Metastática utilizados:
Moléstia
:: Baixo risco – metástase pulmonar e/ou pélvica, título de Seguimento pós-molar
beta hCG < 40.000 mUI/ml e tempo desde o esvaziamento • Metotrexato
até o diagnóstico < 4 meses Consultas quinzenais para realizar exame físico geral,
Agravamento do quadro de êmese, geralmente no 1º trimestre Composto pelas seguintes patologias que podem estar associa- Oferecer dieta fracionada rica em carboidratos a cada 2 horas, • Psicoterapia
gestacional, podendo determinar alterações hidroeletrolíticas, das e que podem atuar como fatores desencadeantes: incentivando a ingestão de líquidos gelados e sorvetes. • Hipnose
nutricionais e metabólicas. • Técnicas de relaxamento
• Crise tireotóxica Hidratação endovenosa conforme a necessidade, com oferta • Meditação
• Insuficiência adrenal calórica, reposição eletrolítica e vitaminas do complexo B. • Acupuntura
Incidência • Patologias gástricas e esofágicas • Homeopatia
• Patologia das vias biliares Pode ser necessário manter a gestante em jejum oral entre 24 • Estimulação elétrica
2/1.000 a 3/1.000 gestantes. • Afecções pancreáticas horas e 48 horas. • Quiropraxia
• Síndrome HELLP • Acupressão
• Esteatose aguda da gestação • Massoterapia
Fatores predisponentes • Intoxicação medicamentosa Tratamento Medicamentoso de 1ª Linha
• Gastroenterocolite aguda
• Primigestas • Apendicite •Metoclopramida (Plasil®) – 1 ampola por via endovenosa
• Gestantes orientais • Infecção do trato urinário até a cada 6 horas
• Conceptos femininos • Tumores cerebrais •Dimenidrinato, Piridoxina, Glicose, Frutose (Dramin B6 DL) –
• Gemelidade • Distúrbios psiquiátricos 1 ampola por via endovenosa até a cada 8 horas
• Diabetes melito
• Aloimunização Rh
• Gestação molar Exames laboratoriais
• Gastrites Tratamento Medicamentoso de 2ª Linha
• Hemograma e plaquetas (com ação central)
• Osmolaridade
Etiopatogenia • Na+, K+, Cl- •Prometazina (Fenergan®) – 1 ampola intramuscular
• TGO, TGP a cada 8 horas
Ainda não é totalmente conhecida. Envolve níveis elevados de • Glicemia •Clorpromazina (Amplictil®) – 1 ampola por via endovenosa
gonadotrofina coriônica, fatores emocionais, nutricionais, imu- • Bilirrubinas totais e frações diluída a cada 8 horas
nológicos e metabólicos. Pode também estar relacionada a ou- • DHL •Ondansetrona (Zofran®) – 4 mg a 8 mg por via endovenosa
tras alterações hormonais (tireoidianas, ACTH, cortisol) e a pre- • Proteínas totais e frações a cada 8 horas
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sença do Helicobacter pilorii. • TSH e T4 Livre •Levomepromazina (Neozine®) – Solução a 4% – 3 gotas por
• Gasometria via oral a cada 8 horas
• Uréia e creatinina
Quadro clínico • Amilase
• Urina tipo I (incluindo pesquisa de cetonúria)
É evolutivo, com náuseas, vômitos, sialorréia, ansiedade, mal- • Urocultura e antibiograma Corticoterapia
estar, astenia, graus variáveis de desidratação e perda de peso,
cetoacidose, hipoglicemia, distúrbios do equilíbrio eletrolítico e •Hidrocortisona (Flebocortide®, Solucortef®) – 100 mg/dia
ácido-básico. a 300 mg/dia por via endovenosa até melhora do quadro
• K < 3,5 •Manutenção com Prednisolona (Meticorten®) – 10 mg/dia
Pode gerar, também, comprometimento hepático, com elevação Sinais • Cetonúria > ++ a 60mg/dia por via oral por 7 dias
de enzimas, bilirrubinas e aparecimento de icterícia. de • Hipocloridria
gravidade • Hiponatremia Esquemas curtos (de até 7 dias) não necessitam de
Hiperêmese
Quadros graves podem determinar alterações oftálmicas (reti- • Aumento da osmolaridade retirada gradual.
nianas) e acometimento neurológico (hiporreflexia e mialgia).
Define-se como prematuro ou pré-termo o recém-nascido com Presença de pelo menos 2 contrações em 10 minutos (na avalia- Regras gerais Possui 2 tipos de apresentação comercial: Dose de Ataque
menos de 37 semanas completas de gestação, ou 259 dias, ção clínica), rítmicas, com sensação dolorosa, acompanhadas • Ampola de 6,75 mg em 0,9 ml • Cápsulas de Adalat® – 10 mg a cada 20 minutos
contadas a partir do 1° dia do último período menstrual normal, de modificações cervicais, independentemente de estarem as- • Idade gestacional entre 22 semanas e 34 semanas • Frascos de 37,5 mg em 5 ml (máximo de 3 cápsulas), por via oral
não importando o seu peso. sociadas à rotura das membranas ovulares, sangramento geni- • Bolsa íntegra
tal ou perda de tampão mucoso. • Dilatação de, no máximo, 5 cm no início da inibição Etapa 1 Dose de Manutenção
• Sugere-se tempo de uso máximo dos tocolíticos de 48 horas 1 ampola de 0,9 ml por via endovenosa em bolus, em 1 minuto, • Comprimidos de Adalat Oros® – 20 mg
Incidência Nossa rotina, na admissão, é manter a gestante em observação • No caso de recorrência do TPP, reavaliar globalmente o caso sem diluir. a cada 8 horas durante 48 horas
por, no mínimo, 20 minutos, valorizando a presença de pelo me- antes de nova tocólise
Em termos gerais, é estimada em 8% a 12% dos partos. nos 4 contrações nesse período. • Evitar a associação dos tocolíticos Etapa 2
• Não utilizar hidratação isoladamente como tocolítico Infusão de solução a 24 ml/h durante 3 horas (total de 72 ml). Uso de exceção
O uso de tocografia externa pode auxiliar na caracterização das • Promover apoio emocional à gestante O restante do volume (28 ml) será infundido na velocidade de
Importância contrações uterinas. • Ausência de complicações maternas e/ou fetais, clínicas e/ou 8 ml/h, até terminar o produto. Indometacina (Indocid®)
obstétricas que desaconselham o prolongamento da gestação •100 mg por via retal a cada 12 horas ou 24 horas
A prematuridade é a maior causa de morbidade e mortalidade O comprimento cervical inferior a 15 mm, aferido por meio de Etapa 3 (se necessário) ou 25 mg por via oral a cada 6 horas durante 48 horas
neonatais. ultra-sonografia transvaginal, também pode ser útil. Nova infusão subseqüente (90 ml de soro + 10 ml de Atosiban) é
Objetivo primordial praticada, na velocidade de 8 ml/h, por até 45 horas. Sulfato de magnésio
• Dose de ataque
Etiologia Postergar o parto por 48 horas a 72 horas para realizar ciclo Observações 4 g por via endovenosa em 5 minutos
Uso de tocolíticos – avaliação materna e fetal completo de corticoterapia. 70% a 80% dos casos costumam ser inibidos apenas com as • Dose de manutenção
É multifatorial; destaca-se sua ocorrência diante de processos etapas 1 e 2. 2 g/h a 4 g/h por via endovenosa durante 24 horas
inflamatórios e infecciosos, locais e/ou sistêmicos.
Avaliação clínica e subsidiária para afastar A infusão intravenosa para as etapas 2 e 3 é preparada em bolsas
patologias clínicas e obstétricas Betametasona (Celestone Soluspan ) ®
de 100 ml de SG a 5%, SF a 0,9% ou ringer-lactato. Retire 10 ml
Corticoterapia 2 ampolas (12 mg) por via intramus- de solução da bolsa de infusão e substitua por 2 frascos de 5 ml
• Controle de pulso materno, pressão arterial e temperatura cular/dia durante 2 dias consecutivos de Atosiban (ou seja: 90 ml de soro + 10 ml de Atosiban).
• Ausculta cardíaca e pulmonar (1 ciclo).
• Hemograma completo Mulheres com recorrência de trabalho de parto prematuro po-
• Urina tipo I dem receber até três retratamentos.
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• Urocultura e antibiograma
• Pesquisa de estreptococo do grupo B Utilizar, no máximo, 2 ciclos separados por pelo menos 7 dias.
• Cardiotocografia Terbutalina (Bricanyl®, Terbutil®)
• Ultra-sonografia obstétrica com dopplervelocimetria
Tratamento Medicamentoso Dose de ataque
• Adicionar 5 ampolas em 500 ml de SG a 5%
As avaliações devem ser realizadas concomitantemente à tocólise. • Iniciar com 10 gotas/min a 20 gotas/min e observar tolerância
da paciente (manter pulso materno abaixo de 120 bpm)
• Se necessário, aumentar de 10 gotas/min a 20 gotas/min a
• Antagonistas de ocitocina – cada período de 20 minutos ou 30 minutos até obter a inibição
Atosiban (Tractocile®) e manter esta infusão por cerca de 12 horas (dose máxima de
1ª Opção • Beta-adrenérgicos – 80 gotas/min)
Terbutalina (Terbutil®; Bricanyl®)
Inibição do
• Bloqueadores de canais de cálcio – Dose de manutenção
Nifedipina (Adalat®) • Após 12 horas, na ausência de contrações, diminuir de 10 go-
tas/min a 20 gotas/min, a cada período de 20 minutos a 30
Opção 1
Possíveis efeitos benéficos adicionais Betametasona (Celestone Soluspan®) – 2 ampolas (12 mg)
por via intramuscular, dose única diária, durante 2 dias
• Potencializa a ação do surfactante exógeno consecutivos (total de 4 ampolas) = 1 ciclo
• Redução de enterocolite necrosante
• Favorece a estabilização cardiovascular Opção 2
• Auxilia na maturidade tubular renal Dexametasona (Decadron®) – 1 ampola (4 mg)
• Acelera aspectos da maturidade hepática e pancreática por via intramuscular, a cada 8 horas, durante 2 dias
consecutivos (total de 6 ampolas) = 1 ciclo
• Trabalho de parto prematuro em inibição O efeito já é considerado satisfatório 24 horas após o término
das injeções.
• Nos casos de risco para ocorrência de parturição prematura,
espontânea ou eletiva, ponderar o uso do corticóide
:: Síndromes hipertensivas
:: Diabetes melito
:: Colagenoses
:: Insuficiência istmocervical
:: Prenhez múltipla
:: Doença hemolítica perinatal
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:: Polidrâmnio
:: Restrição do crescimento fetal
:: Inserção baixa de placenta
:: Rotura prematura de membranas
:: Malformações congênitas
:: Parto prematuro prévio
:: Gestação e leiomioma do útero
:: Cervicodilatação precoce
Premissas fundamentais
Corticoterapia
• Ciclos incompletos já promovem efeitos benéficos
• Utilizar somente um ciclo de corticoterapia;
excepcionalmente realizar dois ciclos, separados
Observação importante
Define-se como rotura prematura das membranas (RPM) a Anamnese • Internação da gestante É recomendada se idade gestacional < 34 semanas. São utiliza-
ocorrência da rotura espontânea das membranas ovulares fora Momento da rotura, relação com atividade física, volume de • Verificar idade gestacional (ver fluxograma abaixo) dos, no máximo, 2 ciclos com intervalo de 2 semanas. Cada ciclo
do trabalho de parto. A RPM desencadeia o trabalho de parto em líquido perdido, cheiro e coloração. • Na conduta expectante, faz-se repouso relativo e hidratação corresponde a administração de betametasona (Celestone So-
90% dos casos em um período de até 24 horas. por via oral (3 litros/dia) ou intravenosa de acordo com as luspam®) dose de 2 ampolas (12 mg) ao dia, por via intramuscu-
Exame especular condições clínicas lar, durante 2 dias.
Avalia a saída de líquido amniótico e processos infecciosos as- • A antibioticoterapia profilática é controversa
Incidência sociados. • Recomenda-se antibiótico de amplo espectro se houver sinal
de infecção Antibiótico
É estimada em 12% do total de partos. Responsável por 1/3 dos Atenção • Recomenda-se uso de corticosteróides se feto < 34 semanas
nascimentos prematuros. Somente realizar o toque vaginal se a paciente estiver em tra- • Não é recomendado uterolítico; não inibir trabalho de parto Na presença de infecção ovular (corioamnionite)
balho de parto.
Administrar concomitantemente:
Fisiopatologia • Penicilina Cristalina – 4 milhões U
Exames subsidiários • < 24 semanas por via intravenosa a cada 4 horas durante 7 dias
A rotura das membranas ovulares apresenta como substrato :: Avaliação e discussão com a equipe • Metronidazol (Flagyl®) – 500 mg
anatomopatológico a presença de corioamnionite localizada, na A ultra-sonografia pode revelar diminuição do volume multidisciplinar e família por via intravenosa a cada 6 horas durante 7 dias
maioria das vezes, perto do orifício interno do colo uterino. de líquido amniótico. :: Indução do parto • Gentamicina (Garamicina®) – 180 mg a 240 mg
por via intravenosa (3 mg por kg/dia)
• Entre 24 semanas e 34 semanas a cada 24 horas durante 7 dias
:: Conduta expectante
Monitorização e detecção precoce :: Avaliação da vitalidade fetal
de processo infeccioso Conduta :: Monitorização da infecção Antibioticoterapia profilática
por idade
gestacional • > 34 semanas Não é recomendada como rotina. No entanto, em casos espe-
Clínica :: Interrupção da gestação ciais, como prematuros < 34 semanas, pode-se utilizar a ampi-
cilina, dose de 1 g a cada 6 horas por via endovenosa, por perío-
• Verificação de temperatura a cada 6 horas Observação do de 3 dias a 7 dias.
• Observação de taquicardia materna e fetal persistente Qualquer que seja a idade gestacional, pro-
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• Fisometria mover abordagem ativa e imediata na pre-
sença de infecção ou de comprometimento
da vitalidade fetal.
Laboratorial
• Hemograma
• Proteína C reativa (PCR) 2 vezes por semana ou mais,
conforme a evolução clínica Fluxograma da abordagem
• Cultura vaginal e retal para estreptococo do grupo B (EGB)
Rotura Prematura
• Diariamente
Discussão Interrupção
Multidisciplinar Conduta da gestação
Recomendação:
uso de
Corticosteróides
Descrição Diagnóstico Diagnóstico Tratamento Tratamento Tratamento
Introdução Exames laboratoriais Pré-eclampsia grave Critérios de internação Terapêutica anti-hipertensiva Conduta obstétrica
Incide em 5% a 10% das gestações. Quando não adequadamen- • Hemograma completo com contagem de plaquetas A pré-eclampsia é grave se estiverem presentes um ou mais • Nas formas graves de pré-eclampsia
te tratada, pode resultar em quadros graves como a eclampsia • Urina tipo I + urocultura com antibiograma dos seguintes critérios: Pressão arterial excessivamente elevada Indicações maternas para interrupção da gestação
ou síndrome HELLP. • Proteinúria de 24 horas • Na hipertensão arterial crônica, quando houver: (crise hipertensiva)
• Uréia e creatinina • Pressão arterial de 160 x 110 mmHg :: Diagnóstico de pré-eclampsia superajuntada • Idade gestacional ≥ 38 semanas
A hipertensão arterial na gestação representa a principal causa • Ácido úrico • Proteinúria de 2 g em urina de 24 horas :: Urgência ou emergência hipertensiva • 1ª Opção
de morte materna no Brasil. • Perfil hemolítico (DHL) • Perda da função renal, caracterizada por oligúria :: Controle insatisfatório após correta utilização :: Hidralazina – 5 mg por via endovenosa • Em qualquer idade gestacional se:
• Enzimas hepáticas (TGO e TGP) (< 400 ml/dia) e por níveis séricos de creatinina crescentes de terapêutica anti-hipertensiva a cada 15 minutos, até controle da hipertensão :: Plaquetopenia < 100.000/mm³
• Bilirrubinas totais e frações e maiores do que 1,2 mg/dl :: Comprometimento do bem-estar fetal :: Deterioração progressiva da função hepática
Classificação • Sinais de iminência de eclampsia (cefaléia, epigastralgia • 2ª Opção :: Deterioração progressiva da função renal
ou transtornos visuais) :: Nifedipina (Adalat®) – 10 mg por via oral (contra-indicação :: Cefaléia persistente e/ou alterações visuais
• Pré-eclampsia Exames em função da gravidade • Insuficiência pulmonar ou cardíaca relativa quando associada ao sulfato de magnésio) :: Epigastralgia persistente, náuseas e vômitos
• Hipertensão crônica e do quadro clínico (cianose e/ou edema pulmonar) Tratamento Clínico da pré-eclampsia :: Nitroprussiato de sódio – 0,2 mcg/kg/min a 5 mcg/kg/min :: Suspeita de descolamento prematuro de placenta
• Hipertensão crônica com pré-eclampsia superajuntada • Dor em hipocôndrio direito (distensão da cápsula hepática) por via endovenosa (contra-indicação relativa pela :: Eclampsia
• Rotina para colagenoses (FAN e LE) • Trombocitopenia grave (< 100.000 plaquetas/mm³) formação de cianeto) :: Síndrome HELLP
• Anticorpo antifosfolípide e anticardiolipina • Anemia hemolítica microangiopática (DHL ≥ 600 U/I) Repouso em DLE
Definição • Coagulograma completo
• Eletroforese de proteínas • Icterícia ou elevação das enzimas hepáticas Aumenta o retorno venoso, diminui a reatividade vascular, dimi- Manutenção Indicações fetais
Pré-eclampsia • Eletrocardiograma :: Bilirrubina total – 1,2 mg% nui a pressão arterial e aumenta o fluxo útero-placentário.
Desenvolvimento de hipertensão com proteinúria significante • Ecocardiografia :: TGO e TGP ≥ 70 U/I • 1a Opção • Restrição grave do crescimento fetal
e/ ou edema de mãos e face. Ocorre após a 20ª semana de gra- • Fundo de olho :: Pindolol (Viskem®) – 10 mg/dia a 30 mg/dia por via oral ou • Oligoâmnio
videz, ou antes desse período quando associada com a moléstia • Ultra-sonografia renal • Sinais de insuficiência placentária grave (oligoâmnio, Dieta hipossódica Metildopa (Aldomet®) – 750 mg a 2.000 mg por via oral • Alterações nas provas de vitalidade fetal
trofoblástica gestacional. • Tomografia ou ressonância magnética cerebral dopplervelocimetria e cardiotocografia alterados) :: Se necessário, adicionar a dose de Metildopa (caso tenha usa-
• Ultra-sonografia de abdome total e hepático Diminui a reatividade vascular. do Pindolol) ou de Pindolol (no caso de ter usado Metildopa)
Hipertensão crônica :: Se necessária uma terceira droga, adicionar Amlodipina
Na gravidez, termo engloba qualquer doença hipertensiva pre- Observação (Norvask®) – 5 mg/dia a 30 mg/dia por via oral
sente anteriormente à gravidez ou que é diagnosticada antes da Sedação
20ª semana de gestação. Identificação Quando a pré-eclampsia aparece em idade gestacional mais • 2ª Opção
precoce, isto é, longe do termo, deve ser considerada sempre Diminui a ansiedade e a labilidade vasculoemocional: :: Nifedipina (Adalat®) – 10 mg a 20 mg por via oral
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Hipertensão crônica com pré-eclampsia superajuntada como forma grave. Deve-se considerar também sua recorrência :: Hidralazina (Apresolina®) – 50 mg/dia a 300 mg/dia
É quando a pré-eclampsia se sobrepõe à hipertensão existente. maior em gestações subseqüentes. • 1a Opção por via oral
Ocorre em 15% a 30% dos casos, e esse risco aumenta quando • Edema nas mãos e na face Levopromazina (Neozine®) – 3 gotas (3 mg) :: Atenolol (Atenol®) – 50 mg/dia a 100 mg/dia
a gestante apresenta prejuízo da função renal. Pré- • Proteinúria ≥ 0,3 g/l em urina de 24 horas por via oral a cada 8 horas :: Isradipina (Lomir®) – 10 mg/dia
eclampsia • Proteinúria ≥ 1 g/l ou≥ ++ em amostra :: Diurético tiazídico (Higroton®) – 50 mg/dia a 100 mg/dia
isolada • 2a Opção
Fatores predisponentes para pré-eclampsia Diazepínico (Diazepan®) – 5 mg a 10 mg Contra-indicação absoluta
por via oral a cada 8 horas ou a cada 12 horas Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e
• Primigesta jovem antagonista do receptor AT1 da Angiotensina II
• Gestante com hipertensão arterial crônica Observação
• Pré-eclampsia em gestação anterior • Aumento dos níveis pressóricos associados O tratamento da iminência de eclampsia é igual ao da eclampsia
• Diabetes melito à proteinúria anteriormente ausente
• Nefropatia • Na ausência de proteinúria, deve haver
Hipertensão na
• Colagenose Hipertensão suspeita quando a hipertensão
• Síndrome antifosfolípide crônica é acompanhada por:
• Trombofilia com pré- :: Cefaléia
Gestação • Gemelidade
• Hidropsia fetal
• Troca de parceiro sexual
eclampsia
supera-
juntada
:: Alterações visuais
:: Epigastralgia
:: Alterações de exames laboratoriais,
especificamente plaquetopenia
:: Aumento das enzimas hepáticas
e do ácido úrico
Descrição Diagnóstico Diagnóstico Tratamento Tratamento
Definição Diagnóstico laboratorial Púrpura Trombocitopênica Trobótica (PTT) Tratamento Multidisciplinar Via de parto - Indicações
Agravamento multisistêmico das formas graves de pré-eclampsia, Caracterizada por trombocitopenia, febre, alterações neurológi- • Encaminhar a gestante para o centro obstétrico • Quando possível, preferir parto vaginal. O parto vaginal
caracterizado por anemia hemolítica microangiopática, disfun- Hemolysis Bilirrubina total ≥ 1,2 mg% cas, insuficiência renal e anemia hemolítica. A trombocitopenia • Avaliar estado geral com vigilância da vitalidade fetal está associado a menor
ção hepática e trombocitopenia. é grave e os testes de coagulação são geralmente normais, de • Confirmar diagnóstico laboratorial morbiletalidade materna
Elevated TGO e/ou TGP ≥ 70 UI/L modo que as hemorragias não são freqüentes. • Fazer o diagnóstico diferencial
Liver enzymes • Estabilizar as condições vitais • A hemorragia antes, durante e após o parto piora
Quadro clínico • Combater a hipertensão arterial significativamente o prognóstico materno, favorecendo
Low Plaquetas ≤ 100.000/mm3 Hepatite viral • Fazer a profilaxia ou tratar as convulsões com sulfato a instalação de insuficiência renal aguda
• Mal-estar inespecífico Platelet counter de magnésio
• Dor em hipocôndrio direito e/ou epigástrica É a causa mais freqüente de icterícia durante a gravidez. O qua- • Corrigir a CIVD quando presente • A reposição volêmica com cristalóides reduz a pressão
• Cefaléia, náuseas, vômitos dro clínico e a icterícia são leves, podendo desenvolver-se em • Avaliar idade gestacional e vitalidade fetal coloidosmótica plasmática, favorecendo o edema agudo
• Icterícia qualquer idade gestacional. As transaminases séricas ficam ele- • Interromper a gravidez independentemente da idade de pulmão
• Alteração no estado de consciência Diagnóstico diferencial vadas, porém menos do que nas não-gestantes. As característi- gestacional
• Níveis pressóricos muito elevados cas colestáticas da hepatite podem estar mais pronunciadas. A • Encaminhar a puérpera para a UTI • É primordial corrigir a plaquetopenia na ocasião do parto
• Gengivorragia, hematomas, petéquias e hematúria • Esteatose hepática aguda da gravidez confirmação do diagnóstico pode ser feita pelos testes soroló- cesárea para 100.000 plaquetas/mm³
• Síndrome hemolítico-urêmica gicos específicos.
• Púrpura trombocitopênica trombótica • Cada unidade de plaquetas transfundida aumenta a
• Hepatite viral Tratamento medicamentoso contagem sérica em 10.000 plaquetas/mm³
• Apendicite Principais Diagnósticos Diferenciais com Dexametasona
• Diabetes insipidus • A anestesia geral é indicada para casos de CIVD ou com
• Colecistopatia Administração de altas doses de corticóides, anteparto e pós- plaquetopenia abaixo de 70.000 plaquetas
• Gastroenterite Hemólise parto, pode antecipar a recuperação laboratorial das pacientes
• Gromerulonefrite Enzimas hepáticas com síndrome HELLP. • A incisão abdominal cirúrgica é a laparotomia infra-umbilical
• Encefalopatia hepática Trombocitopenia transversa com colocação de drenos subaponeuróticos
• Cálculos renais Dexametasona – 10 mg por via endovenosa a cada 12 horas
• Úlcera péptica até o parto. • Nos casos de CIVD, a incisão deve ser infra-umbilical
• Pielonefrite longitudinal mediana
• Lupus eritomatoso sistêmico
• Miocardiopatia periparto • Rigorosa hemostasia e curativo compressivo
9
• Aneurisma de aorta EHAG SHU PTT
• Abuso de cocaína
• Hipertensão arterial maligna Coagulopatia Insuficiência Disfunção
• Hiperêmese gravídica grave renal neurológica Rotura hepática
• Trombocitopenia idiopática
Hipoglicemia Hemólise grave Fazer laparotomia exploradora ao sinal de dor epigástrica in-
grave ( Ht) tensa associada com choque hipovolêmico.
Esteatose Hepática Aguda na Gravidez (EHAG)
Elevada Febre Se confirmada a rotura, a conduta conservadora, ou seja, a
Complicação obstétrica rara que, geralmente, ocorre no final do mortalidade drenagem e o tamponamento (mortalidade de 8%) é melhor
terceiro trimestre. Apresenta altas taxas de mortalidade mater- para a gestante quando comparada à lobectomia ou ligadura
na e tem duração média de 1 ou 2 semanas. Clinicamente, não de artérias hepáticas (mortalidade 33%).
pode ser diferenciada da hepatite viral fulminante. As pacientes
Síndrome HELLP
se caracterizam por serem, em sua maioria, primigestas. A do-
ença inicia-se com súbita dor abdominal e vômitos, que progri-
de rapidamente para icterícia, taquicardia, hematêmese, oligú- Principais complicações
ria, coma, parto prematuro, convulsões e morte.
• Coagulação intravascular disseminada (CIVD)
• Insuficiência renal
Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU) • Descolamento prematuro da placenta
• Edema agudo pulmonar
Caracterizada por anemia hemolítica microangiopática, trom- • Hematoma / rotura hepática
bocitopenia, e insuficiência renal aguda. Pode também ter mani- • Hemorragia intracraniana
festações neurológicas febris. Ocorre principalmente em crian-
ças; os relatos em adultos ocorrem em mulheres após o parto
ou em usuárias de anticoncepcional oral.
Descrição Diagnóstico Tratamento Tratamento Tratamento
Definição Exames laboratoriais Cuidados gerais na crise convulsiva Intoxicação pelo sulfato de magnésio Tratamento obstétrico
É o aparecimento de convulsões e/ou coma em gestantes • Hemograma completo com contagem de plaquetas • Permeabilidade das vias aéreas Sinais de intoxicação Interrupção da gestação após estabilização do quadro clínico.
com pré-eclampsia, excluindo-se outras doenças convulsivas. • Proteinúria de 24 horas • Proteção da língua • Abolição do reflexo patelar
• Uréia e creatinina • Administração de O2 • Freqüência respiratória ≤ 14 irpm
• Ácido úrico • Posição semi-sentada • Diurese < 25 ml/h
Observação • Perfil hemolítico (DHL) • Assistência ventilatória Transferência para centro obstétrico
O tratamento da iminência de eclampsia • Enzimas hepáticas (TGO e TGP) Conduta na intoxicação
é igual ao da eclampsia. • Bilirrubinas totais e frações Suspende-se a dose subseqüente até que
• Coagulograma completo se restabeleçam os critérios.
• Gasometria arterial Sulfato de Magnésio (MgSO4 – 7H20) Administrar MgSO4
• Sódio e potássio Se necessário, usar o antídoto:
Esquema de Zuspan Gluconato de cálcio 10% – 10 ml por via endovenosa lento.
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:: 4 g por via endovenosa lento (8 ml de sulfato a 50% + 12 ml :: 100 mg por via endonvenosa a cada 8 horas
de água destilada em 4 minutos) enquanto se mantiver a venóclise
:: Adicionar 10 g por via intramuscular (10 ml de sulfato a :: Depois, dar 100 mg por via oral a cada 8 horas
50% em cada glúteo, com agulha de 10 cm e calibre 20) até a alta hospitalar
• Dose de manutenção
5 g (10 ml a 50%) por via intramuscular a cada 4 horas,
alternando os glúteos. Terapêutica anti-hipertensiva
Em caso de recorrência de convulsão repetir uma dose por via Pressão arterial excessivamente elevada
endovenosa de 2 g (4 ml de sulfato a 50%). Este esquema deve (crise hipertensiva)
ser mantido por 24 horas após o parto.
• 1ª opção
Eclampsia
:: Hidralazina – 5 mg por via endovenosa a cada 15 minutos,
Toxidade materna até controle da hipertensão
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• Não se acentua no 3º trimestre Defeitos do eritrócito Agressão ao etitrócito Sim Não (160 mg/dia a 200 mg/dia por 2 semanas)
• Não requer investigação adicional • Deficiência de ferro comprovada (ferritina sérica < 15 ug/l)
• Exclusão de outras causas de anemia
• Idade gestacional > 16 semanas
Excesso de destruição • Intolerância ao ferro por via oral
Anemia ferropênica Talassemias
Incidência da anemia na gestação Anemias e doenças crônicas • Efeitos colaterais do ferro por via oral
• Recusa a transfusão de sangue (testemunhas de Jeová)
Anemia ferropriva (85% dos casos) Doenças da membrana do GV Parasitas: Malária • Curto tempo até o parto
Anemia hipocrômica e microcítica ou normocítica. Apresenta Eritroenzimopatias Venenos e toxinas • Riscos associados (doenças intestinais)
ferritina, ferro sérico e reticulócitos baixos. Hemoglobinopatias Trauma:microangiopáticas • Anemia pós-parto
Talassemias Imunes: autoanticorpos Anemias Normocrômicas e Normocíticas
Deficiência de folato ou vitamina B12
Anemia macrocítica. Apresenta hipersegmentação dos
Anemias
neutrófilos. Reticulócitos aumentados? Anemia pós-parto
Reticulócitos
Falciforme aumentados
Talassemias
Anemia hipocrômica e microcítica. Apresenta ferro sérico
normal, hemácias em alvo e eletroforese de hemoglobina Hemorragia e Hemólise Mielograma Casos • Ferro por via endovenosa
com elevação de HbA2. Suspeitar de talassemia quando a mais graves • Eritropoetina
anemia não responder ao tratamento convencional. (Hb < 9,5 g/dL) (discutir com hematologista)
Descrição Descrição Diagnóstico Diagnóstico Tratamento Tratamento
Definição Classificação Rastreamento laboratorial Fluxograma de Diagnóstico para DMG Tratamento Clínico Critérios de internação
Qualquer grau de intolerância à glicose com início ou reconhe- Supervisão do Grupo Multidisciplinar
cimento na gestação. • Gestantes de alto risco para DG Objetivo • No diagnóstico: glicemias muito elevadas e para início da
• Gestantes de baixo risco para DG Avaliar o risco de DG na 1ª consulta pré-natal. Glicemia jejum (1ª consulta) insulinização
Manutenção em normoglicemia • Intercorrências clínicas /obstétricas com comprometimento
Prevalência materno-fetal
Varia de 1% a 14% de todas gestações, de acordo com o grupo Grupo de alto risco para DG Métodos • Valores glicêmicos ideais • Gestação que atinge 38 a 39 semanas
estudado e o teste diagnóstico empregado. : : jejum e pré-prandiais < 105 mg/dl
• Antecedente de DG em gestação anterior Glicemia de jejum :: pós-prandiais – 1 hora após < 140 mg/dl
• Sintomas sugestivos de diabetes (polis) • 90 mg/dl a 104 mg/dl = alto risco para DG < 90 mg/dl 90 - 104 mg/dl ≥ 105 mg/dl –2 horas após < 120 mg/dl Conduta obstétrica
Fisiopatologia • Obesidade importante • 2 valores ≥ 105 mg/dl = DG (2 valores)
• História familiar de diabetes (parentes de 1º grau) • Orientação nutricional feita por nutricionista Pacientes compensadas e sem complicações materno-fetais =
• Idade materna > 35 anos Testes de tolerância • Exercícios físicos adequados interrupção da gestação com 38 semanas a 39 semanas.
Hiperglicemia materna • Glicosúria • No baixo risco Baixo risco Alto risco
• Aumento excessivo de peso na gestação Iniciar com Teste de Tolerância Simplificado (TTS) de 50g; DM Gestacional Pacientes descompensadas e/ou com complicações =
• Hipertensão arterial se > 130 mg/dl, realizar o Teste de Tolerância à Glicose Oral Terapia Hipoglicemiante antecipação do parto em função das condições maternas e fetais.
• Complicações fetais anteriores: óbitos perinatais (TTGO) de 100g (sempre orientada pelo endocrinologista)
macrossomia TTS - 50 g /
malformações fetais • No alto risco 26ª semana Pré-natal com Está indicada a insulina humana de ação intermediária (NPH) se
Malformações Hiperglicemia polidrâmnio Iniciar com o TTGO de 100g na 28a semana TTGO - 100 g acompanhamento glicemia pré-prandial > 105 mg/dl e 2 horas após > 120mg/dl. Conduta clínica no dia do parto
fetais fetal 28ª semana multidisciplinar
Dose empírica: ~ 0,7 UI/kg peso; 2/3 de manhã e 1/3 à noite. Naquelas que utilizam insulina, programar as devidas
> 130 mg/dl alterações para o dia do parto, juntamente com o grupo
• 50g de glicose via oral Caso o controle glicêmico seja insatisfatório, utiliza-se insulina da endocrinologia.
Descompensação, TTS 50g normal alterado de ação rápida (regular) no período pré-prandial.
infecções / 1 hora pós > 130 mg/dl = alto risco para DG DM I e II
complicações < 130 mg/dl pré-gestação • Ministrar 1/3 da dose de insulina NPH
Avaliar cautelosamente ajustes da insulina: • Cateterização venosa: infusão de SG
Repetir com 34 • Pequenas variações das doses após perfil 5% – 125 ml/h
semanas se um de 24 horas ou 48 horas • Controle glicêmico capilar
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Antecipação • Realizado pela manhã Pré-natal valor estiver • Obter pelo menos 80% de valores adequados Preferencialmente a cada 3 horas
do parto • Orientar consumo de carboidratos rotina alterado • Minimizar ocorrência de hipoglicemias (orientação familiar) pela • Manter glicemia em 70 mg/dl
(Terapêutico) (≥ 150 g) nos 3 dias anteriores ao exame manhã a 120 mg/dl
• Jejum de 8 horas a 12 horas antes do teste • Em caso de glicemia > 140 mg/dl,
TTGO • Valores: Prevenção de infecções acrescentar insulina regular 5 UI em
100g : : Jejum – 95 mg/dl Observação: Ver sintomas, antecedentes ou fatores que podem levar 500 ml de soro glicofisiológico. Infundir
Prematuridade 3 horas :: 1 hora pós – 180 mg/dl ao grupo de alto risco. • Evitar descompensações mais freqüentes na velocidade de 1 UI/h a 2 UI/h
:: 2 horas pós – 155 mg/dl :: Urinárias
:: 3 horas pós – 140 mg/dl :: Cutâneas / dentárias
:: Fúngicas
Hiperinsulinemia fetal 2 ou mais valores alterados = diabetes melito Avaliação do comprometimento sistêmico Conduta no puerpério
gestacional • Tratar a bacteriúria assintomática
• Realizar urocultura a cada 3 meses Diabetes melito pré-gestacional = redução das necessidades
Diabetes
Diabéticas com complicações crônicas de insulina pela metade.
Macrossomia Hipoglicemia
fetal neonatal • Maior risco Diabetes gestacional = retirada da insulina.
As trombofilias são alterações da coagulação sangüínea que le- Requer a associação de pelo menos um critério clínico com um Para gestantes com mau passado obstétrico preconiza-se o
vam o indivíduo a maior predisposição para fenômenos trombo- critério laboratorial. uso associado de:
embólicos.
• Aspirina – 100 mg/dia (interromper 10 dias antes do parto)
Critérios Clínicos
Classificação • Heparina em dose profilática (uma das opções abaixo):
•Trombose venosa ou arterial :: Heparina (Liquemine® ou Heparin®) – 5.000 U por via
subcutânea 2 vezes /dia
Adquiridas • Síndrome antifosfolípide (SAF) • Complicações gestacionais :: Dalteparina (Fragmin®) – 5.000 U por via subcutânea
:: Uma ou mais mortes fetais acima de 10 semanas 2 vezes/dia
:: Nascimento de um ou mais fetos com menos de 34 semanas :: Enoxaparina (Clexane® ou Cutenox®) – 40 mg
devido a pré-eclampsia ou insuficiência placentária por via subcutânea 1 vez por dia
• Deficiência de proteína S :: Ocorrência de 3 ou mais abortos com menos de 10 semanas
• Deficiência de proteína C
• Deficiência de Antitrombina III (ATIII) Gestante com antecedente pessoal de trombose
Hereditárias • Presença do fator V de Leiden Critérios Laboratoriais
• Mutação do gene recombinante Para gestantes com mau passado obstétrico, preconiza-se o
da protrombina • Presença do anticoagulante lúpico uso associado de:
• Hiperhomocisteinemia • Identificação de anticorpos anticardiolipina das classes IgG e IgM
• Encontro de anticorpos antibeta2-glicoproteína I • Aspirina – 100mg/dia (interromper 10 dias antes do parto)
das classes IgG e IgM • Heparina em dose plena (com orientação e controle
do hematologista)
Complicações relacionada à SAF
ou às trombofilias Cuidados com o uso de heparina
• Iniciar após a identificação de gestação tópica e com
• Abortamento de repetição batimentos cardíacos fetais
• Prematuridade • Heparina de baixo peso molecular (enoxaparina) está
• Restrição de crescimento fetal relacionada com menos incidência de plaquetopenia e
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• Pré-eclampsia grave e de aparecimento longe do termo osteopenia
• Depressão pós-parto • Suspender a heparina 24 horas antes do parto e reintroduzi-la
• Óbito fetal (quando necessário) 12 horas após o parto
Pré-natal e parto
Síndrome
• Hemograma com plaquetas e proteinúria bimensalmente
14
e tratar as que apresentam urocultura positiva. • Ampicilina (Binotal®) – 2 g • Urocultura em 1 semana a 2 semanas após completar a terapia
• Cefalexina (Keflex®) – 2 g • Solicitar orientação do infectologista
• Fosfomicina (Monuril®) – 1 envelope (3 g)
Complicações • Amoxicilina (Amoxil®) – 3g
• Nitrofurantoína (Macrodantina®) – 200 mg Antimicrobianos no tratamento
A pielonefrite aguda durante a gestação pode evoluir para cho- da pielonefrite aguda
que séptico e deterioração da função renal.
Tratamento por 3 dias • Ampicilina (Binotal®) – 1 g a 2 g
Complicações obstétricas: por via endovenosa a cada 6 horas
• Ampicilina (Binotal®) – 500 mg por via oral a cada 6 horas • Cefalotina (Keflin®) – 1 g a 2 g
• Trabalho de parto prematuro • Cefalexina (Keflex®) – 500 mg por via oral a cada 6 horas por via endovenosa a cada 6 horas
• Crescimento intra-uterino retardado • Amoxicilina (Amoxil®) – 500 mg por via oral a cada 8 horas • Cefazolina (Kefazol®) – 1 g a 2 g
• Prematuridade • Nitrofurantoína (Macrodantina®) – 100 mg por via oral por via endovenosa a cada 8 horas
Infecção
• Síndrome de angústia respiratória no recém-nascido a cada 6 horas
• Anormalidades congênitas Observações
• Óbito fetal A eficácia deve ser avaliada de 24 horas a 48 horas.
Bactéria espiroqueta Treponema pallidum. Primária Rotina sorológica no pré-natal A pesquisa do treponema por meio de amniocentese e Forma primária
cordocentese não é feita na prática.
• Cancro duro = úlcera única, indolor, com bordos sobrelevados • Penicilina G Benzatina – 2.400.000 UI por via intramuscular,
Transmissão duros e fundo limpo • Na 1ª consulta A ultra-sonografia obstétrica auxilia na detecção de sinais dose única
• Pode haver linfoadenomegalia satélite (VDRL e FTA ABS) • No 3º trimestre indiretos de comprometimento fetal. • Benzetacil® – 1.200.000 UI por via intramuscular
Sexual (penetração pela mucosa ou pele). • Desaparece espontaneamente de 2 semanas a 6 semanas • No parto e puerpério, se necessário em cada glúteo
Período de incubação Secundária Observações Sífilis + HIV Forma secundária e latente recente
Sempre pesquisar e tratar o(s) parceiro(s).
De 10 dias a 90 dias. • Roséola sifilítica = rash cutâneo após 1 mês a 6 meses do Manifesta-se de forma mais rápida e mais grave. • Penicilina G Benzatina – 2.400.000 UI por via intramuscular,
cancro Não é possível a transmissão pelo aleitamento, a menos que 2 doses com intervalo de 1 semana
• Exantema maculopapular róseo de limites imprecisos uma lesão infectante esteja presente na mama. Sempre pesquisar liquor nos co-infectados.
disseminado, incluindo região palmar e plantar
Transmissão vertical • Pode haver sintomas gerais brandos e condilomas planos Forma latente tardia
genitais Testes não específicos (não treponêmico)
Ocorre em mais de 70% dos casos de infecção ativa, se não for • Desaparece espontaneamente de 2 semanas a 6 semanas • Penicilina G Benzatina – 2.400.000 UI por via intramuscular a
tratada. Quando tratada, há a possibilidade de ocorrer entre 1% VDRL cada semana, por 3 semanas
a 2% das gestantes. • Torna-se reagente após 2 a 4 semanas
Latente do aparecimento do cancro
O feto só é contaminado a partir de 16 semanas, embora o abor- • Variações significativas = elevação no título Forma terciária
tamento de causa luética possa ocorrer antes dessa idade ges- • Recente = inferior a 1 ano de 4 vezes em 1 mês
tacional. Formas de latente • Tardia = superior a 1 ano • Permanece positivo por vários anos Duas opções:
• Penicilina G Cristalina – 2.000.000 UI a 4.000.000 UI
• Causas de falsos positivos com títulos baixos: por via endovenosa a cada 4 horas durante 10 dias a 14 dias
Repercussões fetais e neonatais :: Doenças infecciosas (hepatopatias crônicas) • Penicilina G Benzatina – 2.400.000 UI por via intramuscular a
Período sem manifestações clínicas, entre a sífilis secundária e :: Doenças reumatológicas (colagenoses) cada semana, por 3 semanas
• Óbito fetal a terciária.
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• Osteocondrite em ossos longos
• Restrição ao crescimento intra-uterino (RCIU) Observação Teste específico (treponêmico)
• Anemia hemolítica Permanece o risco de transmissão, inclusive para o concepto Tratamento Medicamentoso alternativo
• Microcefalia FTA ABS (imunofluorescência indireta) em casos de alergia a Penicilina
• Icterícia • Mantém-se positivo por toda a vida = cicatriz sorológica
• Placentomegalia Terciária • Eritromicina (estearato) – 500 mg por via oral
• Surdez • Causas de falsos positivos: a cada 6 horas durante 14 dias
• Hidropsia fetal • Goma sifilítica = comprometimento cutaneomucoso :: Hanseníase
• Periostite dos ossos frontais e articular :: Malária • Ceftriaxona (Rocefin®) – 1 g/dia por via intramuscular
• Hepatoesplenomegalia • Acometimento cardiovascular e neurológico :: Colagenoses durante 10 dias
• Tíbia em sabre (tabes dorsalis, afasias, paresias, convulsões, demência) :: Mononucleose
• Exantema Observação
• Dentes de Hutchinson Não trata o concepto adequadamente.
Sífilis
• Retardo mental Diagnóstico Fluxograma Diagnóstico Sorológico
• Pneumonias
• Cirroses Nas formas primária e secundária = clínico e sorologia VDRL+, Título alto (1/8 ou >) Sífilis ativa
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de soroconversão ou quadruplicação dos títulos de IgG entre • Defeitos cardíacos
duas amostras de sangue, colhidas com 2 semanas a 3 semanas • Hepatoesplenomegalia
de intervalo, após a suspeita de contágio ou início de exantema. • Catarata
• Hidropsia fetal
A pesquisa sorológica é fundamental para gestantes • Restrição do crescimento fetal
susceptíveis que tiveram contato com doentes. Se IgM- e IgG-, • Polidrâmnio
a sorologia é repetida após 2 semanas a 3 semanas. • Oligoâmnio
• Placentomegalia
Rubéola
• Restrição do crescimento
• Hepatoesplenomegalia
• Púrpura trombocitopênica
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Observação • Oculares
A infecção materna recorrente, a reinfecção, ou a persistência de :: Coriorretinite,
IgM+ fora da infecção aguda não oferecem riscos ao concepto. :: Atrofia do nervo óptico Profilaxia (para as gestantes susceptíveis)
Avidez • Baixa avidez (< 30%) indica infecção há :: Cegueira
para IgG menos de 3 meses :: Paralisia ocular • Cuidados higiênicos no trato de animais domésticos
Imunossupressão • Alta avidez (> 60%) indica infecção antiga :: Microftalmia • Uso de luvas no manuseio de areia, terra, plantas e carnes
• Lavar bem os alimentos que serão ingeridos crus
A presença de imunossupressão (como Aids e aplasia medular) • Sistema nervoso central • Descascar as frutas
pode alterar a evolução da toxoplasmose, predispondo :: Microcefalia • Comer carne bem cozida
à infecção generalizada com acometimento sistêmico IgM+ IgG+ na 1ª consulta, sem sorologia anterior :: Hidrocefalia • Evitar ingerir ovos crus ou mal cozidos
importante. Também pode proporcionar transmissão vertical Suposta gestante com infecção aguda. Realizar teste de :: Ventriculomegalia • Lavar bem as mãos antes de se alimentar
mais grave, inclusive nas formas recorrentes. avidez para IgG. :: Surdez
:: Calcificações periventriculares
Toxoplasmose
Níveis crescentes de IgM (aumento de vezes em 15 dias a 30
dias) também sugerem infecção aguda. • Hepatoesplenomegalia
• Icterícia
DNA vírus da família Herpesvírus. A maioria dos casos é assintomático. Pode haver sintomas Não há tratamento específico. O uso de drogas antivirais ainda
inespecíficos de febre, fadiga, anorexia e linfoadenomegalia. não é preconizado na prática diária. O uso de imunoglobulina
também não tem sido recomendado.
Via de transmissão
Infecção materna Observação
Contato íntimo entre pessoas. O vírus pode ser encontrado na O neonatologista deve ser alertado, pois os conceptos
orofaringe, trato genital, urina, sêmen, sangue, leite e lágrimas Diagnóstico baseado nos testes sorológicos específicos e de poderão exibir sinais de acometimento multissistêmico no
de pessoas infectadas. Na gestação, a transmissão ocorre acordo com a presença de anticorpos IgM e IgG. período pós-natal.
mais freqüentemente por contato sexual e pelo contato com
crianças infectadas. A IgM torna-se positiva cerca de 2 semanas após o início dos
sintomas maternos e pode persistir por até 18 meses.
Profilaxia (para as gestantes susceptíveis)
Transmissão vertical
• IgM- IgG- = gestante susceptível • Evitar contato com secreções, saliva e urina de crianças
Pode ocorrer com maior freqüência durante a primoinfecção Sorologia • IgM+ IgG+ = gestante com infecção aguda de até 2 anos
(possibilidade de 30% a 40%). Pode surgir, menos materna • IgM- IgG+ = gestante com infecção pregressa
freqüentemente, durante episódios de reinfecção ou de • O uso de preservativo pode ser útil
reativação (cerca de 1% de chance).
• Gestantes que trabalham em creches, berçários, médicas,
paramédicas e profissionais que lidam com crianças de até
Infecção fetal 2 anos merecem cuidados especiais
Diante de gestante IgM+ IgG+, realizar amniocentese (após • Evitar contato com crianças febris e, em caso de necessidade
14 semanas de gestação e com mais de 30 dias após o início de transfusão sangüínea, avisar o banco de sangue que é
da infecção materna) para pesquisa do agente no líquido gestante, para receber sangue negativo para citomegalovírus
amniótico por meio da reação em cadeia de polimerase (PCR).
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prática excepcional, em casos selecionados.
Achados ultra-sonográficos
Citomegalovírus
fetos infectados podem exibir alterações ao ultra-som. Podem
ser pesquisados após a 20ª semana de gestação. Os mais
comuns são:
Anti-HBc -
A via de parto é de indicação obstétrica.
Cronicidade Em caso de Anti-HBc - Anti-HBc +
A amamentação é permitida.
De 3% a 10%. • Todos os outros exames negativos = paciente susceptível Contato com HVB
(indicar vacinação pós-parto)
Ag-HBc • Se a paciente recebeu vacina, terá Ag-HBs- e Anti-HBs+, Não indica imunidade ou proteção
Transmissão mostrando imunidade por vacinação Ag-HBs - Ag-HBs -
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• Ag-HBe = antígeno da clivagem do core viral. • Ag-HBe+ = está havendo replicação ativamente e a chance
Repercussões sobre o ciclo gravídico-puerperal Indica replicação de transmissão vertical passa para 80% a 90%
:: Ag-HBe+ e Anti-HBe+ = paciente está apresentando
Não parece haver diferenças importantes na evolução das • Anti-HBs = anticorpo contra antígeno reação contra a replicação Ag-HBe -
hepatites em grávidas quando comparadas a não-grávidas. de superfície. Indica imunidade :: Ag-HBe+ e Anti-HBe- = paciente não apresenta reação Ag-HBe +
contra a replicação
Seja qual for a etiologia da hepatite viral, a grávida pode ser • Anti-HBe = anticorpo contra o antígeno “e” do core. Está replicando
assintomática ou apresentar quadro clássico, com elevação Sugere bom prognóstico Não está
marcante das transaminases e sorologia positiva. Transmissão vertical
replicando
passa para 80%
Comunicar pediatra
Hepatite B
para profilaxia do RN
Anti-Hbe - Anti-Hbe +
Vírus da hepatite C ou HCV do tipo RNA. A sorologia deve ser feita em todas as gestantes, pois grande Não existe vacina disponível para a prevenção da infecção
parte dos indivíduos com testes positivos não refere a quadro pela hepatite C.
clínico anterior de hepatite, nem tem comportamento de risco.
Período de incubação O uso de gamaglobulina não foi ainda estudado como
alternativa na prevenção da transmissão vertical do HCV.
De 30 a 120 dias. Fluxograma de diagnóstico
De 50% a 70%.
Anti HCV+
Vias de transmissão
• Principalmente parenteral
• Sexual positivo HCV – RNA negativo
• Vertical (rara quando comparada com hepatite B. Carga viral
elevada aumenta o risco).
A maior parte dos casos de recém-nascidos de mães Carga viral Pré-natal normal
portadoras do Anti HCV corresponde à transmissão passiva de Genotipagem
anticorpos, que tendem a se negativar no soro da criança após
o sexto mês de vida.
20 TGO e TGP
e billirubinas trimestral
Não amamentar
Hepatite C
Descrição Diagnóstico Tratamento Tratamento
Etiologia Diagnóstico Sorológico no pré-natal Tratamento durante o pré-natal – regras gerais Via de parto
RNA vírus. Solicitar sorologia na 1ª consulta pré-natal; se negativa, repetir Se a gestante já utiliza esquema terapêutico anti-retroviral, A via de parto preferencial nas gestantes HIV+ é a cesárea
no 3º trimestre. ele deverá ser mantido até avaliação do infectologista; os eletiva com 38 semanas, pois oferece maior segurança na
medicamentos contra-indicados na gravidez deverão ser prevenção da transmissão vertical.
Vias de transmissão O diagnóstico é feito diante de 2 testes tipo ELISA (que detecta substituídos.
anticorpos para HIV1+ e HIV2+), confirmados por meio do A via vaginal poderá ser tentada diante de condições
• Inoculação percutânea de material infectado Western Blot (ou de imunofluorescência indireta), em nova Visando apenas a profilaxia da transmissão vertical, o obstétricas excepcionais, com rápida evolução do trabalho de
(sangue ou secreções) amostra de sangue. tratamento deve ser iniciado a partir da 14ª semana de parto, diante de carga viral indetectável ou menor que 1.000
• Intercurso sexual gestação, com monoterapia ou politerapia, na dependência da cópias/ml (avaliadas com 34 semanas ou mais de gestação).
• Uso de seringas e agulhas contaminadas Observação carga viral e do estado imunológico.
• Transfusão de sangue e derivados O teste sorológico para HIV sempre deverá ser solicitado com a
concordância da paciente; diante de recusa, registrar o fato no É recomendado o uso de Zidovudina (AZT), associado a outros Assistência ao parto – regras gerais
prontuário médico. anti-retrovirais.
Prevalência de HIV+ na população obstétrica • Na cesárea, realizar técnica com hemostasia rigorosa de
Teste rápido todos os planos, incluindo o segmento inferior, com retirada
Estado de São Paulo = de 0,1% a 3,7%. Apenas utilizado quando a grávida não fez pré-natal ou quando Tratamento Medicamentoso na gestação de concepto impelicado
Brasil = menos de 1%. o teste não for disponível; é válido para nortear a terapêutica
intraparto. • Zidovudina (AZT 100 mg) – 3 comprimidos por via oral • Clampeamento imediato do cordão umbilical
a cada 12 horas
Interrelações recíprocas • Biovir® (AZT 300 mg + Lamivudina 150 mg) – 1 comprimido • Remoção imediata de sangue e secreções em contato com
por via oral a cada 12 horas a pele e mucosas do recém-nascido
• A gravidez potencializa a deficiência do estado imunológico Assistência pré-natal em gestante HIV+ • Nelfinavir 250 mg – 5 comprimidos por via oral a cada
12 horas • Evitar trabalho de parto prolongado
• O HIV+ aumenta a chance de: • Acompanhamento por equipe multidisciplinar, em que o • Nevirapina 200 mg – 1 comprimido por via oral a cada
:: Abortamento infectologista desempenha papel importante na orientação 12 horas • Evitar amniotomia e impedir mais de 4 horas de bolsa rota
:: Prematuridade da medicação anti-retroviral, bem como na profilaxia e no
:: Rotura prematura de membranas tratamento das infecções oportunistas (como as causadas • Não executar fórcipe, nem episiotomia
:: Restrição do crescimento fetal pelo Pneumocystis carinii e Toxoplasma gondii)
:: Óbito fetal Profilaxia Medicamentosa • Retirar o AZT via intravenosa após o clampeamento do cordão
21
:: Incidência de mecônio • Evitar procedimentos invasivos, como amostra de vilo corial, da transmissão vertical no parto
:: Infecção puerperal amniocentese e cordocentese • Manter o esquema anti-retroviral no puerpério, quando indicado
Constitui a essência da profilaxia da transmissão vertical. Esta
• Em cada consulta pré-natal, atentar para a presença de profilaxia intraparto está indicada para todas as gestantes HIV+, • O recém-nascido deverá receber AZT em xarope
Transmissão vertical infecções ginecológicas intercorrentes, incluindo HPV independentemente da terapia anti-retroviral utilizada na gestação. precocemente por período de 6 semanas
A chance aumenta com o progredir da idade gestacional. A • Incluir exames periódicos de avaliação virológica e imunológica
maior possibilidade de ocorrência de transmissão vertical é no (carga viral, CD4 e CD8), função renal e hepática, bem Esquema Importante
trabalho de parto e no parto (cerca de 65% dos casos). Há riscos como monitoração para outras possíveis infecções (como Está contra-indicada a amamentação.
adicionais pelo aleitamento materno. toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, hepatites, lues, Usar frasco-ampola de AZT de 20 ml com 200 mg (10 mg/ml).
gonorréia, clamídia, micoplasma e tuberculose)
Dose de ataque
Transmissão • Sem intervenções preventivas • As sorologias indicando susceptibilidade deverão ser AZT – 2mg/kg peso diluído em 100 ml de SG 5% infundido em
HIV e Gestação
vertical = 20% a 25% repetidas a cada trimestre 1 hora por via endovenosa.
• Com medidas preventivas = 0% a 2%
• Deve-se proceder à vacinação contra hepatite B nas Dose de manutenção
gestantes susceptíveis AZT – 1mg/kg peso/h até o clampeamento do cordão.
Observações
22
Classificação A ultra-sonografia pode auxiliar no diagnóstico diferencial com • Avaliação laboratorial da intensidade da anemia através de Todas essas pacientes exigem cuidados especiais no pós-parto
placenta prévia e confirma a vitalidade ou não do feto. hemograma completo imediato, sendo prudente encaminhá-las à UTI. Após o parto encaminhar a paciente à UTI.
lacenta prévia centro-total
P
Recobre totalmente o orifício interno do colo do útero. A cardiotocografia identifica sinais de sofrimento fetal com bra- • Avaliação da coagulação
dicardia, diminuição da variabilidade e Dips tipo II. :: Teste de Weiner (formação e dissolução de coágulo)
Placenta prévia centro-parcial :: Coagulograma completo com plaquetas (plaquetas Ruptura uterina - conduta
Recobre parcialmente o orifício interno do colo do útero. inferiores a 100.000 mm e TTPA elevado são sinais de CIVD)
Quadro clínico :: Fibrinogênio plasmático (quando menor que 100 mg% Laparotomia imediata, com sutura das lacerações ou
Placenta prévia marginal indica coagulopatia de consumo) histerectomia. Persistindo o sangramento solicitar apoio da
A borda placentária margeia o orifício interno do colo do útero. • Dor súbita e intensa principalmente em localização radiologia intervencionista.
de fundo uterino • Avaliação da função renal (uréia e creatinina)
Placenta prévia lateral • Perda sangüínea vaginal em 80% dos casos • Avaliação metabólica e de função respiratória pela
Embora implantada no segmento inferior do útero, não alcança • Pode haver anemia, hipotensão e choque gasometria arterial
o orifício interno do colo. • Parada da movimentação fetal
Hemorragias Etiologia
• Coagulopatia por consumo local e coagulação intra-vascular
disseminada (CIVD)
Ruptura uterina
do 3º trimestre Fatores etiológicos associados: O diagnóstico é clínico.
• Cesáreas anteriores
• Idade materna avançada
• Multiparidade
• Curetagens repetidas
• Cirurgias uterinas
• Gemelaridade
• História pregressa de placenta prévia
Descrição Descrição Diagnóstico Tratamento
Classificação Freqüência e mortalidade perinatal Determinação da corionicidade Assistência pré-natal
em relação ao tipo de placentação por ultra-sonografia
Dizigóticos (80% dos casos) • Consultas mensais até 26 semanas, a seguir quinzenais e
É importante para prognóstico da gestação. As gestações mo- semanais a partir da 34ª semana
Fecundação de dois óvulos por dois espermatozóides. Podem Freqüência Mortalidade nocoriônicas apresentam maior risco de complicações e mor- • Diminuição da atividade física
ser ou não do mesmo sexo. A hereditariedade (materna), idade, talidade perinatal. A identificação utiliza três parâmetros: sexo • Ultra-sonografias mensais nas dicoriônicas e quinzenais nas
raça e técnicas de reprodução assistida têm influência. Dicoriônica Diaminiótica 6% 20% fetal, número de placentas e característica da membrana entre monocoriônicas, sempre com medida do colo do útero
os dois sacos. • Utilização de progesterona natural (Utrogestan® – 200 mg
à noite por via vaginal) para diminuição das contrações
Monozigóticos (20% dos casos) • Gêmeos de sexos diferentes são sempre dizigóticos e, uterinas
portanto, dicoriônicos • Pesquisa mensal de anemia e infecções do trato urinário
Fecundação de óvulo e espermatozóide únicos. Ocorre divisão • Se as placentas são separadas, a gestação é dicoriônica • Curva glicêmica para diagnóstico de diabetes gestacional
de massa embrionária inicial comum. São geneticamente idên-
ticos (mesmo sexo) e a gestação pode ser: • Características da membrana intergemelar : Gestação monocoriônica
• Dicoriônica e Diamniótica (DC/DA) :: Entre 6 semanas e 9 semanas, a presença de septo espesso • Acompanhamento concomitante com grupo de medicina fetal
• Monocoriônica e Diamniótica (MC/DA) entre os sacos caracteriza a dicoriônica •S índrome de transfusão feto-fetal pode ocorrer precocemente
• Monocoriônica e Monoamniótica (MC/MA) :: Entre 11 semanas e 14 semanas, a gestação é dicoriônica em 15% dos casos. Seu tratamento de separação por laser
• Gêmeos acolados ou siameses se presente o sinal de lambda (projeção triangular de tecido (técnica disponível no Hospital e Maternidade São Luiz) tem
coriônico na inserção da membrana). Se a membrana sobrevida maior que a amniodrenagem seriada
Monocoriônica Diaminiótica 13% 30% amniótica se insere em forma de “T”, a gestação é
Complicações fetais monocoriônica
• A mortalidade perinatal é mais alta que a taxa para gestações Observação Particularidades na inibição
únicas durante toda a gestação Com a evolução da gestação, ocorre regressão do sinal de lamb- de Trabalho de Parto Prematuro (TPP)
• Prematuridade (50% dos gêmeos nascem antes de 34 da e a determinação de corionicidade pode se tornar impossível
semanas) de ser feita. • Dar preferência aos antagonistas da Ocitocina (Atosiban)
• Aborto, crescimento intra-uterino retardado (CIUR), (vide protocolo de inibição do TPP)
malformações fetais, poliidrâmnio • Evitar a hiper-hidratação por haver risco de edema agudo
Sinais ultra-sonográficos de pulmão
Na gestação monocoriônica que definem o tipo de corionicidade • Evitar uso concomitante de betamiméticos com corticóides
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• Aumento na incidência de abortamento (risco de edema agudo de pulmão)
• Quando ocorre óbito de um dos fetos, o risco de óbito ou • Nos casos de risco de parto prematuro, realizar apenas um
retardo mental do outro é de 25% Monocoriônica Monoaminiótica 1% 60% ciclo de corticoterapia entre 26 semanas e 32 semanas
• Nos casos de gestação monoamniótica, pode ocorrer óbito com preferência pela Betametasona (vide protocolo de
súbito, sem possibilidade de prevenção corticoterapia)
Gestação Gemelar
• Placenta prévia Sinal do Lambda Sinal do T cesariana eletiva parece ser a decisão mais adequada. No
(dicoriônica) (monocoriônica) mesmo raciocínio, nas gestações com mais fetos, também
Acolados ou Siameses 0,006% 90% será indicada a cesárea
• Pode-se permitir o parto vaginal nas gestações de termo,
com pesos fetais acima de 1.500 g e com os dois fetos em
apresentação cefálica ou o primeiro cefálico e o outro não-
cefálico
• Após o parto, manter a paciente com infusão de Ocitocina
por 12 horas, por haver risco de atonia uterina
Descrição Diagnóstico Tratamento
Definição Roteiro diagnóstico Tratamento dos casos graves
(com orientação da Medicina Fetal)
Reação imunológica materna a antígenos eritrocitários fetais. • Pesquisa e titulagem de anticorpos irregulares, antigamente
Posteriormente, haverá passagem transplacentária desses an- denominado teste de coombs indireto Para hidropsia ou ascite, a conduta é a dosagem de hemoglobi-
ticorpos para a circulação fetal, com processo de hemólise pro- • Considera-se fator de gravidade título de anti-D igual ou na por cordocentese e transfusão intra-uterina com concentra-
gressiva, anemia e hipóxia. maior do que 1:16 do de hemácias grupo O e Rh-.
• A gestante Rh- deve ser investigada para subgrupo Du. Quan-
A DHPN não é exclusiva do sistema Rh; a pesquisa de anticorpos do Du+, por apresentar risco desprezível, não necessita pro- Nos casos de fetos tratados com transfusão intra-uterina o
deve ser solicitada para todas as pacientes, na primeira consul- pedêutica especializada parto deve ser realizado com 34 semanas por cesárea. Nos de-
ta pré-natal. • Tipagem sangüínea paterna. Só há risco com pai Rh+. A zigo- mais casos de fetos com chance de apresentarem hemoglobina
tagem paterna é indicada nos casos graves maior que 13 g% e boa vitalidade fetal, o parto poderá ser reali-
A incompatibilidade ABO mãe-feto constitui uma proteção par- • Pesquisar antecedentes de transfusões, evolução das ges- zado com 38 semanas .
cial contra a aloimunização anti-D. O risco de aloimunização an- tações anteriores e dos recém-nascidos, além de uso de
ti-D em gestações ABO compatíveis é acima de 15%; em caso drogas injetáveis A administração maciça de imunoglobulina endovenosa ou plas-
de incompatibilidade o risco fica em torno de 1,5%. maferese na mãe, por seu custo, sua complexidade e seus efei-
tos colaterais, tem sua indicação excepcional em casos graves
Fluxograma da gestante Rh- com passado de perdas de repetição e ocorrência de hidropsia
Incidência antes de 28 semanas.
Pesquisa de anticorpos irregulares Gamaglobulina anti-D deve ser aplicada por via intramuscular,
ou coombs indireto em dose que varia de 250 ug (Partogama®) a 300 ug (Rhogam®,
Matergam®) em todas as gestantes Rh- e Du- na 28ª semana de
gestação e naquelas que tenham recebido hemácias positivas
nas seguintes situações:
Negativo Positivo • Após parto de RN (vivo ou morto) Rh+ (ou Rh- e Du+)
24
• Após abortamento, gestação ectópica, gestação molar, colheita
de vilosidade ou após amniocentese, quando o pai é Rh+
• Na presença de sangramento vaginal
• Após transfusão de sangue Rh+, na dose de 300 ug a
Repetir a cada cada 30 ml de sangue total recebido ou a cada 15 ml de
trimestre
≥ 1:16 < 1:16
concentrado de glóbulos
Observações
A medicação profilática deve ser efetuada logo após o evento, no
Acompanhar Repetição mensal prazo máximo de 72 horas, havendo a possibilidade de não ocorrer
com grupo de e ultra-som com a sensibilização quando a administração é feita até 21 dias, ressal-
Medicina Fetal doppler fetal tando-se que, quanto menor o intervalo, maior a eficácia.
Doença
As gestantes Du+ ou D “fraco”, em sua maioria, não se sensibilizam,
não necessitando, portanto, de Gamaglobulina anti-D.
Processo patológico capaz de modificar o potencial de cresci- Alguns elementos clínicos, embora pouco precisos, possuem A regra geral é: etiologia definida = tratamento específico.
mento do produto conceptual, de forma a restringir o desenvol- valor para a suspeita diagnóstica, como a altura uterina menor
vimento fetal. do que a esperada para a idade gestacional. • Realizar investigação etiológica (ultra-sonografia obstétrica,
cariotipagem fetal na suspeita de anomalias congênitas e
Na prática, é caracterizado quando o crescimento fetal é inferior Sua confirmação é feita pela ultra-sonografia obstétrica, com o testes de infecções congênitas)
ao 10º percentil para determinada idade gestacional. cálculo do peso fetal. É necessário, entretanto, o conhecimento
correto da data da última menstruação e/ou datação por ultra- • Apuro e compensação de intercorrências clínicas maternas
sonografia precoce (de 1º trimestre), ou, pelo menos, duas ultra-
Classificação e principais etiologias sonografias concordantes, antes de 20 semanas de gestação. • Vigilância da vitalidade fetal fundamentada no perfil biofísico
fetal (incluindo a cardiotocografia) e dopplervelocimetria.
Tipo I – Simétrico (20% dos casos) A vigilância deve ser individualizada de acordo com a idade
O feto apresenta crescimento harmônico e proporcionado, gestacional, a gravidade do caso e a etiologia envolvida
mantendo regularidade nas relações entre as circunferências
cefálica, abdominal e o comprimento do fêmur. O líquido amni- • Determinar o momento ideal para o parto. Promover a
ótico pode estar normal ou alterado e os resultados das provas antecipação do nascimento em época oportuna; valer-se
de vitalidade fetal são variáveis (na dependência da etiologia): da corticoterapia antenatal para acelerar a maturidade
• Anomalias congênitas pulmonar fetal, se necessário
• Infecções pré-natais
• Irradiações ionizantes
Via de parto
Tipo II – Assimétrico (80% dos casos)
Ocorre crescimento desarmônico e desproporcionado, com al- A via preferencial é a cesariana. A indução do trabalho de parto
terações nas relações entre as circunferências cefálica, abdo- e a via baixa podem ser tentadas em casos selecionados, com
minal e o comprimento do fêmur. Cursa mais freqüentemente líquido amniótico em quantidade normal e com rigorosa vigilân-
com oligoâmnio e alterações circulatórias materno-fetais: cia da vitalidade fetal.
• Hipertensão arterial
• Desnutrição materna
• Cardiopatias cianóticas
25
• Colagenoses
• Trombofilias
• Diabetes com vasculopatia
• Anemias graves
• Tabagismo
• Etilismo
• Uso de drogas ilícitas
Observações
A etiologia não é definida em cerca de 40% dos casos.
Restrição
creta alteração do peso corpóreo, volume normal de líquido am-
niótico e provas de vitalidade fetal sem alterações; não merece,
portanto, cuidados adicionais.
(RCIU)
Diagnóstico Diagnóstico
Momento adequado para realização Indicações maternas
• Idade gestacional indicada de 18 semanas a 34 semanas. O ide- • Idade materna > 35 anos e < 15 anos
al é realizar o ecocardiograma de 24 semanas a 28 semanas • Gestação pós-reprodução assistida
• Seguir com reavaliações periódicas quando apresentar exame • Diabetes melito (risco de cardiopatia congênita de 2%)
alterado ou exame inconclusivo • Diabetes gestacional (risco de miocardiopatia hipertrófica de
25% a 30%)
• História familiar com cardiopatia congênita
• História de filho anterior com cardiopatia congênita
Indicações fetais
• Doenças inflamatórias do tecido conjuntivo que aumentam o
• Aspecto anormal do coração no ultra-som morfológico risco de bloqueio atrioventricular total:
• Translucência nucal aumentada, independentemente do resul- :: Lupus
tado do cariótipo :: Artrite reumatóide
• Malformações fetais extra-cardíacas :: Dermatomiosite
• Fetos portadores de cromossomopatias :: Síndrome de Sjogren
• Gravidez múltipla, gêmeos monocoriônicos :: Anti-Ro
• Presença de foco ecogênico “Golf Ball” associado a outras al- :: Anti-La
terações fetais ou em casos de estresse familiar
• Hidropsia não imune • Infecções congênitas
• Retardo de crescimento intra-útero
• Exposição materna durante a gestação aos medicamentos:
• Arritmias fetais: :: Carbonato de lítio
:: Bradicardia (FC < 100 bpm) :: Anticonvulsivantes (Hidantal,Fenobarbital e barbitúricos)
:: Taquicardia (FC > 180 bpm) :: Substâncias psicoativas (cocaína, maconha e anfetamina)
:: Ritmo irregular (presença de pausas)
• Uso de agentes constritores do canal arterial:
• Oligoâmnio e polidrâmnio :: Anti-inflamatórios não esteróides (indometacina, aspirina,
piroxican)
:: Vasoconstritor nasal
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Indicações do
Ecocardiograma
fetal
Descrição Diagnóstico Tratamento
Definição clássica Critérios Gestação que atinge 41 semanas
É aquela que atinge 42 semanas completas (ou 294 dias), con- É necessário o conhecimento correto da data da última mens- Conduta = interrupção da gravidez
tadas a partir do 1º dia do último período menstrual. truação e datação por ultra-sonografia precoce (de 1º trimestre),
ou, pelo menos, duas ultra-sonografias concordantes, antes de • Realizar provas de vitalidade fetal
Na atualidade, há forte tendência a evitar que a duração da ges- 20 semanas de gestação. (cardiotocografia e perfil biofísico)
tação ultrapasse 41 semanas. A conduta expectante após esse
limite tem revelado aumento da morbidade e mortalidade peri- • Avaliar condições cervicais (índice de Bishop)
natais (com asfixia intra-uterina, presença de mecônio, macros-
somia, distocia de bisacromial e compressões funiculares). Vigilância da vitalidade fetal • Considerar o peso do concepto
(há maior risco de macrossomia)
A vigilância mais atenta da vitalidade fetal já deve ser instituída
após 40 semanas de gestação. • Observar a quantidade de líquido amniótico (o oligoâmnio
costuma acompanhar a gestação prolongada) e seu aspecto
(amnioscopia nos casos de colo pérvio)
Entre 40 semanas e 41 semanas
• Perfil biofísico fetal (incluindo cardiotocografia) a cada 2 dias Preparo cervical e/ou
ou 3 dias. indução do parto
• Exames anormais indicam conduta resolutiva Decidir
• Recomenda-se também realizar amnioscopia nos casos com Cesárea
dilatação (a presença de mecônio indica conduta resolutiva)
Observação
O parto por via vaginal demanda cuidados adicionais, princi-
palmente em função da possibilidade de oligoâmnio, presença
de mecônio e macrossomia fetal (predispondo à desproporção
céfalo-pélvica e distocia do bisacromial). É recomendada a mo-
nitoração cardiotocográfica contínua.
27
Gestação
Prolongada
Descrição Diagnóstico Tratamento Tratamento Tratamento
Definição Rastreamento Profilaxia Antibioticoprofilaxia Observações
O estreptococo do grupo B (EGB), ou Streptococcus agalactiae, O método de rastreamento é baseado na cultura de secreção Indicações de antibioticoprofilaxia intraparto 1ª Opção O parto cesárea não previne a transmissão materno-fetal do
é considerado o agente causador de graves infecções neonatais vaginal e retal para EGB, entre a 35ª semana e a 37ª semana de EGB em pacientes colonizadas, já que a bactéria pode penetrar
de início precoce. Pode manifestar-se como pneumonia, menin- gestação, para todas as gestantes. Cultura para EGB deve ser • Cultura de secreção vaginal positiva para EGB (todas as pa- Dose de ataque através das membranas íntegras.
gite, osteomielite, septicemia e óbito neonatal. colhida em todas as gestantes internadas em trabalho de parto cientes nessa condição devem ser submetidas a antibiotico- Penicilina G – 5.000.000 UI por via endovenosa
prematuro. profilaxia) O CDC não recomenda, de rotina, a antibioticoprofilaxia em ca-
O trato genital feminino é importante reservatório desse micro- • EGB isolados na urina, em qualquer concentração, durante o Dose de manutenção sos de cesárea eletiva com bolsa íntegra em mulheres coloni-
organismo. A prevenção reduz substancialmente as infecções decorrer da gestação Penicilina G – 2.500.000 UI por via endovenosa a cada 4 horas zadas. Em nosso serviço, sugerimos a antibiotocoprofilaxia por
neonatais causadas pelo EGB. • Antecedente de recém-nascido acometido por doença causa- até o parto terem sido descritos casos de sepse precoce nestas situações.
da pelo EGB em parto prévio, mesmo com cultura de secreção
vaginal negativa para EGB Quando há alergia à Penicilina Recomenda-se que a gestante chegue ao hospital 2 horas an-
Clindamicina (Dalacin) – 600 mg por via endovenosa a cada 4 tes do horário da administração da primeira dose prescrita pelo
Cultura para EGB não realizada ou desconhecida horas ou 6 horas até o parto médico-assistente.
Recomenda-se antibioticoprofilaxia quando existirem os
seguintes fatores de risco: A Ampicilina é segunda opção devido à seleção de resistência
• Trabalho de parto com menos de 37 semanas 2ª Opção bacteriana na microbiota da gestante.
• Ruptura das membranas ovulares há 18 horas ou mais
• Temperatura materna intraparto maior ou igual a 38ºC Dose de ataque
Ampicilina – 2 g por via endovenosa
Dose de manutenção
• Cultura para EGB positiva Ampicilina – 1 g por via endovenosa a cada 4 horas até o parto
• Cultura desconhecida:
1ª Opção
:: Trabalho de parto com IG < 37 semanas
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:: Bolsa rota há mais de 18 horas
:: Temperatura intraparto acima de 38ºC
Estreptococos
do Grupo B 2ª Opção
Ampicilina
Ataque de 2 g EV seguido de 1 g
EV a cada 4 horas até o parto
Descrição Descrição Diagnóstico Tratamento Tratamento Tratamento
Definição Principais complicações Método de indução do parto Maturação Cervical Indução de parto Em caso de Síndrome
de hiperestimulação uterina
Desencadear contrações uterinas efetivas, por meio de méto- A indicação bem fundamentada, com supervisão adequada, O índice de Bishop norteia a escolha do método: Na prática, o uso de Ocitocina é o mais empregado. O descola-
dos específicos, antes do deflagrar espontâneo. Usada em pa- atuação precisa e o uso correto dos métodos, evitando-se ten- mento digital das membranas ovulares e a amniotomia também • Retirar imediatamente o método de indução
cientes fora de trabalho de parto. tativas prolongadas de indução de parto, diminuem muito a pos- Quando < 6 pontos Métodos • Prostaglandina E2 podem ser praticados, em casos selecionados, com dilatação
sibilidade dessas ocorrências: Empregar métodos para proporcionar maturação cervical mais usados • Misoprostol pronunciada e insinuação presente. • Decúbito lateral esquerdo e monitorar os batimentos
Não é o mesmo que: • Hialuronidase cardíacos fetais
• Condução: praticada durante o trabalho de parto com o • Trabalho de parto prolongado Quando ≥ 6 pontos
propósito de adequar as contrações uterinas • Síndrome de hiperestimulação uterina (taquissistolia de 6 Empregar métodos para desencadear contrações uterinas Ocitocina (Syntocinon®) • Avaliar a possibilidade de praticar amniotomia ou instalar
• Maturação cervical: obtenção de colo uterino mais macio, ou mais contrações a cada 10 minutos associada a sinais de (indução propriamente dita) analgesia
complacente, capaz de dilatar facilmente e acomodar a sofrimento fetal) Prostaglandina E2 Apresenta melhores resultados na presença de índice de Bishop ≥ 6
passagem do feto • Descolamento prematuro da placenta e próximo ao termo da gestação. Uso endovenoso com infusão con- • Tocólise aguda, se necessário, com ½ ampola de terbutalina
• Ruptura uterina Índice de Bishop modificado Dinoprostone (Propess ) – dose única por via vaginal na forma
®
trolada por meio de bomba. por via subcutânea
• Infecção intraparto de pessário por, no máximo, 24 horas. Deve ser retirado após
• Embolia amniótica Pontuação esse período ou se houver desencadeamento de contrações Preparo da solução • Reavaliar a possibilidade de manter resolução por via vaginal,
Indicações • Tocotraumatismos Zero Um Dois Três uterinas. ou indicar cesárea, preferencialmente após melhoria das
• Prolapso funicular SG 5% – 500 ml cada 1 ml (20 gotas) = 10 mUI condições fetais
Dilatação (cm) impérvio 1 a 2 3 a 4 >4
Valoriza-se a indução do parto na presença de indicação médica • Sofrimento fetal Ocitocina – 5 UI
Comprimento
adequada e quando o término da gestação promover benefício • Hemorragia pós-parto do colo (cm) >2 2 1 <1 Misoprostol (Prostokos®)
materno e /ou fetal. O procedimento não deve ser proposto ape- Altura da
nas para conveniência médica e /ou da gestante. apresentação -3 -2 -1 ou 0 +1 ou +2 Análogo sintético da Prostaglandina E1 com apresentação em • Inicia-se com 2 mUI/min (4 gotas/min ou 12 ml/h em bomba
Consistência Firme Intermediária Amolecida comprimidos de 25 mcg e 200 mcg. Promove maturação cervi- de infusão)
A indução é indicada, principalmente, nos casos abaixo: Posição Posterior Intermediária Central cal de forma indireta, pois é capaz de desencadear contrações
• Estados mórbidos maternos de difícil controle (síndromes uterinas mesmo em doses baixas. • Aumentam-se 2 mUI a cada 30 minutos, até o desencadea-
hipertensivas e diabetes melito) mento de contrações uterinas efetivas. Dose máxima de 32
• Circunstâncias de risco no agravo da vitalidade fetal Dose recomendada no termo mUI/minuto (ou 64 gotas/minuto)
(restrição de crescimento intra-uterino, gestação prolongada, Misoprostol (Prostokos®) – 25 mcg a cada 6 horas, por via va-
doença hemolítica perinatal) ginal, durante 24 horas Atenção
• Malformações que apresentam evolução desfavorável com o Evitar períodos prolongados de uso de Ocitocina; possui efeito
continuar da gestação antidiurético e há risco de intoxicação hídrica.
29
• Rotura prematura de membranas Observações
• Corioamnionites Falha de indução com Ocitocina
• Óbito fetal Aconselha-se elevação gradual e lenta das doses, se necessário; É considerada diante de ausência de atividade uterina após 2
essas doses deverão ser individualizadas em idades gestacio- horas de infusão de dose máxima.
nais mais precoces e no óbito fetal.
Indução do parto
• Inserção baixa da placenta É considerado método exclusivo para maturação cervical; é de fetal é fundamental antes de instalar-se a indução do parto.
• Vasa prévia uso ambulatorial, podendo ser utilizado após 34 semanas de Diante de contrações uterinas efetivas, o registro deve ser repe-
• Comprometimento da vitalidade fetal gestação. tido e mantido continuamente, se possível.
• Grande multiparidade
• Cicatriz uterina prévia (cesáreas, miomectomias, Dose
metroplastias) Diluir 1 frasco de 20.000 UTR em 4 ml de água destilada e in-
• Gemelidade jetar 2 ml nas posições cervicais 6 horas e 12 horas, utilizando
• Polidrâmnio prolongador e agulha de insulina (não retirar a agulha antes de
30 segundos, para evitar refluxo).
30
Terapia específica no Hospital e Maternidade São Luiz
Artéria
• Reparar lacerações genitais (cervicais, vaginais e hematomas) • Visão posterior A conduta pode ser conservadora em paciente hemodinamica-
hipogástrica
e fazer curagem ou curetagem nos restos mente estável e com acretismo parcial.
• Em caso de atonia uterina, fazer massagem e compressão uterina Trompa Ligadura
• Em caso de persistência da hemorragia, considerar distúrbios Ligamento de falópio Para sangramento que persiste com acretismo no corpo uteri-
de coagulação redondo Artéria uterina no, indica-se histerectomia subtotal, de fácil execução e menor
• Se a hemorragia estiver incontrolável, considerar intervenções Ligamento tempo cirúrgico.
cirúrgicas ovariano
Nos casos de placenta prévia com cesárea anterior, solicitar ul-
Ligamento Radiologia intervencionista – indicações tra-sonografia com doppler e ressonância magnética.
largo
• Atonia uterina Nos casos de suspeita de placenta percreta, deve-se programar
• Laceração útero-vaginal o parto com apoio da radiologia intervencionista (programar ca-
Hemorragia
• Malformações vasculares uterinas teterização das artérias ilíacas internas para possível emboliza-
• Prenhez ectópica (cornual, cervical e abdominal) ção após a retirada do feto).
• Moléstia trofoblástica gestacional
31
circulação de pessoal deve ser a menor possível de sítio cirúrgico.
para Infecção
senvolvimento de quadros infecciosos, assim como a habilidade
do cirurgião em minimizar trauma tecidual, fazer contenção de
sangramento e drenagem de hematomas, eliminar espaços mor-
de Sítio Cirúrgico tos, remover tecidos desvitalizados e corpos estranhos, usar cri-
teriosamente drenos e praticar suturas com tensão apropriada e
com material biocompatível.
em Obstetrícia
Descrição Diagnóstico Tratamento Tratamento
Definição Clínico Tratamento Clínico Observações
É aquela que se origina do aparelho genital após parto recente. É fundamentado na antibioticoterapia e tratamento das com- As pacientes deverão permanecer com terapia endovenosa por
O conceito de infecção puerperal deve ser complementado com Formas • Localizada plicações, incluindo abscessos, tromboflebite pélvica séptica, pelo menos 24 horas a 48 horas após o último pico febril.
o de morbidade febril puerperal pela dificuldade de caracterizar clínicas • Propagada embolia séptica, distúrbio hidroeletrolítico, obstrução intestinal,
a infecção que ocorre logo após o parto. • Generalizada insuficiência renal, insuficiência hepática, insuficiência respira- Evitar o uso terapêutico do antibiótico utilizado para profilaxia.
tória e distúrbios da coagulação.
Morbidade febril puerperal Se o quadro febril da paciente persistir e não houver indicação
É a presença de temperatura de, no mínimo, 38ºC durante dois cirúrgica, aventar a possibilidade de tromboflebite pélvica que
dias consecutivos, dentre os primeiros dez dias pós-parto, em Localizada vai necessitar uso de heparina como teste terapêutico.
pelo menos quatro tomadas diárias por via oral (excluídas as 24 Vulvoperineal, vaginite, cervicite e endometrite. Tratamento Medicamentoso
horas iniciais). Não havendo melhora clínica de 24 a 48 horas, solicitar avalia-
Propagada Esquema 1 ção do infectologista.
Miofasciites, endomiometrites, salpingites, anexite, parametri-
Incidência te, pelviperitonite e tromboflebite pélvica. Ampicilina-sulbactam + Aminoglicosídeo (Gentamicina
ou Amicacina) Utilização de Heparina
Varia de 1% a 15%. Juntamente com estados hipertensivos e he- Generalizada
morrágicos, forma a tríade letal do ciclo gravídico-puerperal. Peritonite generalizada, septicemia e choque séptico. Dose terapêutica
Esquema 2 Heparina – 5.000 UI por via endovenosa, seguidas de 700 UI/h
a 2.000 UI/h
Fatores predisponentes Tromboflebite pélvica puerperal Clindamicina ou Metronidazol + Aminoglicosídeo (Gentamicina
ou Amicacina) O controle de TTPA deve ser feito a cada 4 horas. O nível tera-
• Amniorrexe e/ou trabalho de parto prolongados Apresenta-se clinicamente como febre de origem desconheci- pêutico será atingido quando elevar o TTPA em 1,5 a 2 vezes o
• Manipulação vaginal excessiva (toques) da. O exame físico é pouco elucidativo e, em alguns casos, pode- valor médio. Após estabilização do TTPA e da dose, o controle
• Monitoração interna se palpar massa dolorosa de orientação cefálica que se esten- Doses laboratorial pode ser diário.
• Cerclagem de até a margem lateral do músculo reto abdominal e que pode
• Más condições de assepsia corresponder à veia ovariana. Ampicilina-sulbactam Observação
• Anemia • Ampicilina-sulbactam (Unasyn®) – 3 g por via endovenosa As principais complicações do tratamento são a hemorragia e a
• Baixo nível socioeconômico a cada 6 horas durante 7 dias a 10 dias trombocitopenia.
• Hemorragia anteparto, intraparto e pós-parto
32
• Placentação baixa Laboratorial São raras as reações alérgicas.
• Retenção de restos ovulares
• Parto cesáreo • Hemograma completo Gentamicina Tratamento Cirúrgico
• Hemoculturas • Gentamicina (Garamicina®) – entre 180 mg e 240 mg por via
• Cultura de material endocervical e endometrial intramuscular ou endovenosa a cada 24 horas, durante 7 dias • Curetagem de restos placentários
• Ultra-sonografia é fundamental para o diagnóstico a 10 dias • Drenagem de abscessos (perineais e da incisão de cesariana)
de retenção de produtos da concepção, abscessos • Debridamento de fasciite necrozante perineal e abdominal
intracavitários e de parede abdominal. Monitorar função renal e possibilidade de ototoxicidade. • Colpotomia para abscesso do fundo de saco de Douglas
• Histerectomia total para miometrite e infecção pelo C. Welchii
Amicacina
• Amicacina (Novamin®) – 1 g por via intramuscular ou • Laparatomia nos casos de:
endovenosa a cada 24 horas, durante 7 dias a 10 dias :: Abscessos entre alças, do espaço parietocólico
e subfrênico
Infecção puerperal
Monitorar função renal e possibilidade de ototoxicidade. :: Ligadura da veia ovariana
:: Tromboflebite pélvica séptica que não responde ao
Clindamicina tratamento de antibiótico + heparina
• Clindamicina (Dalacin®) – 600 mg por via endovenosa a
cada 6 horas durante 7 dias a 10 dias
Metronidazol
• Metronidazol (Flagyl®) – 500 mg por via endovenosa a cada
6 horas durante 7 dias a 10 dias
33
so). É a forma mais frequente (98% dos casos). • Sutiã adequado
Em caso de abscesso mamário
Parenquimatosa Importante
Agente penetra pelo ducto, atingindo um ou mais lobos mamá- Não suspender amamentação. • Aplicação de frio local
rios e causando hiperemia local. • Elevação das mamas (para retificação dos ductos, evitando
estase)
• Avaliar necessidade de suspensão da amamentação
Fatores predisponentes Tratamento Medicamentoso Ambulatorial (individualizar os casos)
• Promover ordenha manual a cada 3 horas
• Pele frágil (primíparas e pacientes claras) 1ª Opção (por 7 dias a 14 dias) • Realizar ultra-sonografia
• Mamilos umbilicados, planos, pequenos, invertidos • Drenagem cirúrgica diante de “flutuação” ou presença de
e semi-invertidos (dificuldade de apreensão bucal pelo • Cefadroxil (Cefamox®) – 500 mg por via oral a cada 12 horas coleção à ultra-sonografia.
recém-nascido) • Cefalexina (Keflex®) – 500 mg por via oral a cada 6 horas • Enviar material para cultura e antibiograma
Mastite puerperal
• Uso de hidratantes locais durante o pré-natal
• Excesso de higiene mamilar
• Vícios de sucção do mamilo (“pega errada”) Para pacientes alérgicas Tratamento Cirúrgico
• Estase láctea (ingurgitamento)
• Fissuras, escoriações e erosões perimamilares • Clindamicina – (Dalacin C®) – 300 mg por via oral A incisão preferencial na pele é arciforme, enquanto que no pa-
a cada 6 horas rênquima é a radiada, para evitar formação de fístula.
Coordenação
Superintendência de Marketing - Núcleo de Comunicação
Corporativa do Hospital e Maternidade São Luiz
Equipe
Patricia Suzigan
Karin Faria
Giuliana Gonçalves
Edição
PrimaPagina
www.primapagina.com.br
Equipe
José Roberto de Toledo
Ricardo Meirelles
Tiago Mali
Impressão
Ibep Gráfica SA
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Pré-concepção Ovatel® permite a visualização da cristalização da saliva, Uma preocupação evidente é a segurança dos produtos a Pós-concepção Referências bibliográficas:
Um novo olhar sobre a concepção programada identificando o período fértil quando há arborização ou serem usados durante a gravidez. Hidramamy® é uma lo- Pura proteção 1. World Health Organization. The World Health Organization`s infant-
cristalização em forma de samambaia.2 ção com veículo sem fragrâncias, parabenos, corantes ou feeding recommendation. Bull World Health Organ 1995;73:165-74.
Ovatel® - Monitor da ovulação através da saliva A mulher aplica uma pequena quantidade de saliva à lente propilenoglicol. Sua fórmula possui combinação exclusiva Lanidrat® - Lanolina 100% purificada 2. Montrone AV, Arantes CI, Nassar AC, Zanon T. Trauma mamilar e a prá-
de Ovatel, esperando alguns minutos para que a amostra de ativos já utilizados no mercado: tica de amamentar: estudo com mulheres no início da lactação. Rev
Muitas mulheres têm dúvidas a respeito da sua ovulação, seque.2 Em seguida, olha a lente contra uma fonte de luz, A amamentação é extremamente importante, conforme de APS 2006; 9(2):168-74.
o que pode ser prejudicial quando um casal tenta en- identificando as características dos cristais e concluin- • proteasyl: complexo de ativos vegetais com recomenda a Organização Mundial de Saúde, pois traz 3. Biancuzzo M. Sore nipples: prevention and problem solving. Herndon:
gravidar. Para minimizar esta ansiedade e aumentar as do se está no período fértil ou não. O teste pode ser feito melhora na firmeza da pele e estímulo da síntese inúmeros benefícios para o bebê e para a mãe. 1 Desta WMC Worldwide Publishing; 2000.
chances de concepção, a Mantecorp lançou Ovatel, um diariamente, a qualquer hora do dia, preservando a intimi- de colágeno, elastina e glicosaminoglicanas;1 forma, a educação e preparo durante o pré-natal é funda- 4. Habif TP, Campbell Jr JL, Quitadamo MJ, Zug KA. Doenças da pele
método inovador para monitorar a ovulação através da dade e a individualidade da mulher.2 O uso de Ovatel pro- • D-pantenol pró-vitamina B5: hidratante e mental para o sucesso do aleitamento materno. Porém, os diagnóstico e tratamento. Porto Alegre, Artmed, 2002.
saliva,1,2 com 98% de efetividade na determinação dos porciona a identificação dos melhores dias com maiores reepitelizante;
1
mamilos podem ficar dolorosos e machucados durante a 5. Brent N , Rudy SL, Redd B, Rudy TE, Roth LA. Sore nipples in breast-fe-
momentos férteis3. chances de engravidar.2 • hidroxiprolisilane: silício orgânico, que participa amamentação.2,4 Isto é uma causa freqüente de abandono eding women: A clinical trial of wound dressings vs conventional care.
de macromoléculas como colágeno e elastina, do aleitamento materno. Assim, quando ocorrem fissuras Arch Pediatr Adolesc Med 1998; 152(11): 1077-82.
No período fértil, há aumento gradual do nível sérico de Referências bibliográficas: ativa mecanismos de regeneração da pele;1 mamilares, é necessária uma intervenção rápida para que 6. Croda. Medical grade lanolin. Data on file, 2004. Disponível em http://
estrogênio, que é secretado pelo folículo ovariano em 1. Barbato M, et al. A new diagnostic aid for natural family planning.Adv • óleo de amêndoas puro: emoliente rico em as lesões não progridam e cicatrizem rapidamente.5 www.crodausa.com/datasheets/Medical_Grade_Lanolins_PN-70R-1.
desenvolvimento. Esse aumento de estrogênio modifica Contracept 1993;9(4):335-40. ácidos graxos;1 pdf Acesso em: jul. 2008.
a composição de vários fluidos corporais, como o muco 2. Folheto informativo do produto Ovatel. Lanidrat® previne e trata as fissuras das mamas com pure- 7. Croda Oleochemicals. Medical grade lanolin and lanolin derivates by
cervical e a saliva. Os maiores níveis de cloreto de sódio 3. Galati G, et al. A new test for human female ovulation diagnosis. Inter Hidramamy® mostrou eficácia em estudos clínicos rando- za excepcional. Quimicamente, Lanidrat® tem oleosidade Westbrook. Data on file.
e mucina fazem com que o muco cervical seco apresente Rev Med Sci 1994;6(1). mizados e controlados com placebo, em relação à hidrata- semelhante à da pele. 6,7 As semelhanças químicas e físicas 8. Medilan Clinical Support Document. Product evaluation. Data on file.
cristais em forma de folhas de samambaia. Este fenôme- 4. Biel Casals JM. Descripción de un nuevo test de ovulación y análisis ção, elasticidade, firmeza e prevenção do aparecimento de entre Lanidrat® e os lipídios da pele humana levam a gran- Croda
no, também chamado de arborização, é característico do de sus resultados. Med Clin (Barc) 1968;50:385-92. estrias gestacionais na pele das gestantes. A avaliação obje- de compatibilidade entre o produto e a pele. 6,8 9. Coca KP, Abrão AC. An evaluation of the effect of lanolin in healing
período fértil. O aspecto mais exuberante do fenômeno 5. Guida M, Barbato M, Bruno P, Lauro G, Lampariello C. Salivary ferning tiva do estudo clínico mostrou melhora da firmeza no abdô- nipple injuries. Acta Paul Enferm 2008; 21(1):11-6.
da cristalização arboriforme aparece ao redor da época and the Menstrual cycle in women. Clin Exp Obst Gyn 1993;20:48-54. men e da elasticidade na mama, abdômen e quadril. Houve No caso de lesões ou rachaduras dos mamilos, assim como
da ovulação, quando a taxa de estrogênios é alta. Nos ou- melhora objetiva da hidratação em até 43% na mama, 66% em outros tipos de fissuras, o tratamento recomendado é
tros dias, como não há estimulação estrogênica, o que se no abdômen e 65% no quadril.1 aumentar a hidratação da pele e evitar maior perda de líqui- A Mantecorp está ao lado da mulher antes, durante e após
observa são cristais isolados e grosseiros. Essas modifi- do. Com o ambiente úmido, a pele recupera a hidratação de a gravidez. E para atendê-las com excelência, conforto e
cações microscópicas podem ser também observadas na Concepção Referências bibliográficas: seu interior, facilitando a cicatrização e sem formação de segurança, mantém uma Linha Feminina com produtos
saliva, como foi estudado pelo pesquisador Biel Casals em Uma gravidez deve ser marcada por boas lembranças 1. Data on file. Mantecorp Indústria Química e farmacêutica Ltda. crostas, ao mesmo tempo em que a superfície da pele ínte- que protegem a mulher e o bebê.
19684. Sua apresentação ao conselho médico de Barcelo- 2. B
urton JL, Lovell CR. Disorders of Connective Tissue. In: Champion RH, gra mantém-se seca.3
na versou sobre a relação entre as mudanças hormonais Hidramamy® - Loção hidratante anti-estrias Burton JL, Burns DA, Breathnach SM. Rook/Wilkinson/Ebling Text-
durante o ciclo menstrual e a cristalização da saliva, indi- book of Dermatology. Oxford: Blackwell Science Ltd.; 1998. p. 2008-9. Lanidrat® é um derivado de lanolina com auto grau de pu-
cando que o padrão na saliva era praticamente idêntico ao Hidramamy é uma loção hidratante indicada para pre- 3. Hexsel DM, Dal´Forno T. Estrias. In: Azulay-Abulafia L, Bonalumi Fi- reza, hipoalergênico, sem sabor ou odor e não contém con-
da arborização no muco cervical.4 Em 1971, ele desenvol- venção do surgimento das estrias gestacionais1. As es- lho A, Azulay DR, Leal FRPC. Atlas de Dermatologia: da semiologia ao servantes ou aditivos de nenhuma natureza*. Sendo assim,
veu um microscópio para testar a cristalização na saliva. trias que surgem durante a gestação são influenciadas diagnóstico. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda; 2007. p. 345-7. é seguro para o recém-nascido, não necessita ser retirado
confiança da pré à
non Publishing; 2001. p. 586-95.
saliva como método para verificar quando estavam férteis. gestacional e finalmente de fatores antropométricos, 5. Chang ALS, Agredano YZ, Kimball AB. Risk factors associated with
De acordo com Biel Casals a taxa de sucesso deste méto- como ganho de peso superior a 15 kg, recém-nascidos striae gravidarum. J Am Acad Dermatol 2004;51:881-5. Vários estudos clínicos comprovam a eficácia da lanolina no