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MATERIAL DE ESTUDO MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL II – ECV/UFSC

Perguntas Madeiras 2015_1


1) Sobre as características das madeiras.
a. Quais são as características negativass? (Citar 4)
- Alta variação das propriedades (existem mais de 30000 mil espécies diferentes de
árvores);
- Degradação das propriedades e surgimento de tensões internas devido a
alterações de sua umidade;
- Deterioração devido a predadores;
- Heterogeneidade (defeitos e imperfeições), anisotropia (estrutura fibrosa
orientada) e limitação de suas dimensões;
- Fogo (é combustível);
- Baixo isolamento acústico.
b. Quais são as características positivas? (Citar 6)
- Resistência mecânica (superior aos concretos convencionais) elevada com peso
reduzido (baixa densidade);
- Resistência elevada a choques e esforços dinâmicos (tenacidade);
- Boas características de isolamento térmico e absorção acústica (seca);
- Demora para queimar (queima pelas “beiradas” surgindo o carvão);
- Alta durabilidade, se aliada com uma manutenção adequada;
- Baixo custo de produção;
- Abundante, renovável, reaproveitável (eco-material);
- Facilidade de aperfeiçoamento e simplicidade de ligações (pode ser trabalhada
com ferramentas simples e é fácil de transportar).
2) Legendar a figura seguinte.
3) Quais são as funções da casca?
Protege o lenho e serve de veículo para a seiva elaborada das folhas para o lenho do
tronco. É dividida entre casca externa (cortiça) que é composta de tecido morto, e a
casca interna (líber) composta de tecido vivo (seiva elaborada).
4) Quais são as principais diferenças entre:
a. Cerne e alburno?
A cerne é originária do espessamento das paredes das células do alburno,
provocados por sucessivas impregnações de lignina, resina, tanino e corante, além
disso é formado por células mortas e esclerosadas, ao contrário do alburno.
O alburno é mais claro que o cerne e é o material que dá resistência à árvore, além
de ser o condutor da seiva bruta (ascendente).
Comparado o alburno com o cerne, o cerne tem maior densidade e compacidade,
maior resistência mecânica, maior durabilidade (visto que não é tão atrativo aos
insetos) como também maior umidade e permeabilidade.
b. Lenho inicial e lenho tardio?
O lenho inicial tem uma coloração mais clara, suas células são mais largas e com
paredes finas, enquanto as células do lenho tardio são mais estreitas e com paredes
mais grossas (ele é mais compacto).
c. Líber e cortiça?
Ambos fazem parte da casca, porém a cortiça é a parte externa e o líber a parte
interna. Partindo desse princípio, o líber tem a função de conduzir a seiva elaborada
(descendente), enquanto a cortiça protege os tecidos mais novos do ambiente,
como por exemplo do excesso de evaporação e dos agentes de destruição. Outra
diferença é que, ao contrário do líber, a cortiça racha, cai e se renova.
5) Quais são as duas partes que compõem um anel anual de crescimento?
Lenho inicial e lenho tardio.
6) Porque nas árvores que crescem em zonas tropicais, é difícil distinguir os anéis de
crescimento?
Porque os anéis são largos e pouco distintos, visto que o crescimento das árvores é
diretamente afetado de acordo com o clima, assim sendo, em climas tropicais com
bastante chuva e calor, as árvores tendem a crescerem mais, produzindo assim anéis
mais largos (quanto mais favorável o clima, maior o anel). Plantas de clima tropical
podem produzir também mais de um anel por ano.
7) O cerne é mais durável que o alburno, certo ou errado? (Justificar)
Certo. O cerne é mais durável que o alburno, pois é feito de células mortas com mais
densidade, compacidade, resistência mecânica e durabilidade que o alburno.
8) Madeira “mais jovem” se encontra na parte central do tronco, certo ou errado?
(Justificar)
Errado. O crescimento da árvore dá-se transversalmente, ou seja, pela adição de novas
camadas concêntricas e periféricas pela transformação do câmbio. Então a madeira
“mais antiga” encontra-se no centro.
9) O alburno é mais denso que o cerne. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. O cerne é formado por células mortas com espessamento das paredes das
células maior, provocadas por sucessivas impregnações de lignina, resina... que tornam
o cerne mais denso que o alburno.
10) De maneira geral, folhosas são mais duráveis que resinosas. Certo ou Errado?
(Justificar)
Certo. Folhosas são mais duráveis que resinosas, pois possuem células com diferentes
funções e especializações que dão mais durabilidade (as fibras para a resistência
mecânica, os vasos para a condução de nutrientes e o parênquima para o
armazenamento de energia).
11) De uma maneira geral, folhosas são menos resistentes que resinosas. Certo ou Errado?
(Justificar)
Errado. Folhosas são mais duráveis que resinosas, pois possuem células com diferentes
funções e especializações que dão mais resistência. Ex: Folhosa: Fibras dão apenas
resistência. Resinosa: Traqueídes dão resistência e transporte de substâncias.
12) O que é medula? Em que parte do tronco ela é encontrada?
É o miolo central da seção transversal do tronco (vestígio de vegetal jovem). Composto
de tecido frouxo, mole e esponjoso, em alguns casos até apodrecido. Não tem
resistência mecânica nem durabilidade. Sua presença em peças de madeira serrada
constitui um defeito.
13) Descrever a microestrutura da parede de uma célula lenhosa e suas consequências na
retratilidade.
Uma célula lenhosa é composta por celulose, hemicelulose e lignina. As moléculas de
celulose são cristalinas, grandes e orientadas, constituindo estruturas retas e alongadas,
dispostas em cadeias. As moléculas de hemicelulose são pequenas, semi-cristalinas.
Enquanto isso, as moléculas de lignina são grandes e amorfas (resinas), sendo
impermeáveis, pouco elásticas, com boa resistência mecânica, insensíveis a umidade e
às temperaturas normais, dando assim uma proteção contra a água para a celulose e a
hemicelulose, ela dá também rigidez e tenacidade.
A retratilidade é a perda de volume provocada pela redução da umi dade da madeira. É
variável conforme o sentido das fibras. Portanto, de acordo com a forma que as fibras
estão agrupadas, ocorrerá mais ou menos retratilidade.
14) Com um desenho, mostrar as três principais direções que devem ser especificadas
durante os ensaios físicos-mecânicos.

15) Explicar porque a madeira pode ser considerada como um “duplo material composto
por fibras”.
A madeira pode ser assim considerada, porque além de ter sua estrutura organizada em
“tubinhos” (no lenho do tronco, pequenos tubos (fibras) são ligados entre si por lignina
(matriz)), os mesmos são formados por microfibras de celulose (parede do tubo,
microfibras de celulose (fibras) coladas por uma mistura de hemicelulose e lignina
(matriz)), ou seja, as fibras são ainda formadas por microfibras.
16) Qual a diferença entre identificação vulgar e identificação botânica das espécies
lenhosas?
Vulgar: Geralmente o nome da espécie é relacionado a uma característica
predominante.
Botânica: Identificação através do gênero e da espécie do exemplar.
17) Quais são os melhores meses do ano para cortar árvores no Brasil? Explicar.
No inverno/outono (maio, junho, julho, agosto), visto que as toras secam mais
lentamente, sem rachar ou fendilhar, e são menos atrativas a fungos e insetos por não
conterem seiva descendente (melhora a durabilidade). Lembrar: meses sem a letra “r”.
18) Qual é o principio do falquejamento?
Retirada de quatro costaneiras das toras, à machado ou à serra, deixando a seção
grosseiramente retangular.

19) A partir do desdobro de uma tora, como podem ser obtidas as pranchas “radiais? (Isto
é, com a largura no sentido radial)
Cortes no sentido extremidade-centro. É comumente adotado para reduzir os efeitos
das tensões de crescimento.
20) O desdobro radial dá as pranchas uma melhor qualidade, mas não é utilizado em larga
escala, porque?
O desdobro radial permite a obtenção de pranchas de melhor qualidade: elas exibem
uma menor contração na secagem (consequentemente menos empenos e rachas) e
uma melhor homogeneidade de superfície (com resistência uniforme ao longo da peça).
No entanto, este tipo de corte não é usado em larga escala devido ao seu alto custo e
perdas elevadas. Ele é usado para a produção de peças para aplicações especiais
(quando o custo do material é baixo frente ao custo total) como a construção
aeronáutica e a fabricação de instrumentos musicais e móveis de estilo.
21) Quais são os fatores naturais que influem nos resultados das medidas das
características físico-mecânicas das madeiras?
Espécie botânica da madeira, localização da peça no lenho, umidade, massa específica
aparente, presença de defeitos.
22) Descrever detalhadamente o procedimento de medida do teor de umidade da
madeira, feito em laboratório pelo método gravimétrico.
Pesa-se os corpos de prova na condição de umidade que se encontram (P h) e na
condição de seco em estufa a 100-150ºC (Po).
A condição de seco em estufa será atingida quando, após duas passagens pela estufa,
sucessivas e distanciadas de um certo tempo, apresentarem mesmo peso Po.
𝑃ℎ−𝑃𝑜
É obtido a umidade pela fórmula: ℎ(%) = ∗ 100
𝑃𝑜
23) Um corpo de prova de madeira pesa 8 gramas; depois de seco em estufa ele pesa 6
gramas. Calcule o teor de umidade inicial desta madeira (resposta 33%)
24) Uma tábua com 18% de umidade pesa 27,5kg. Qual é o peso seco da tábua? (resposta:
23,3kg)
25) Um bloco de madeira pesa 14kg com um teor de umidade de 75%. Qual será o peso
do bloco quando o teor de umidade for igual a 10%? (Resposta: 8,8kg)
26) Quais são os três tipos de água que podem estar presentes na madeira e em que parte
da célula lenhosa elas se encontram?
i. Água de constituição: ligada quimicamente com os constituintes do material
lenhoso. Faz parte da sua constituição e não pode ser eliminada sem sua
destruição. Não é eliminada na secagem. Local: protoplasma das células vivas.
ii. Água de impregnação: água de adesão das células. Comparece na madeira úmida
infiltrada ou impregnada nas paredes celulósicas das células lenhosas (paredes
celulósicas são hidrófilas). Local: paredes das células.
iii. Água livre (de capilaridade, de embebidação): depois de impregnar
completamente as paredes das células, a água começa a encher os vazios capilares.
Não altera estado ou comportamento do material. Local: canais do tecido lenhoso.
27) Para um teor de umidade da madeira dado, quanto maior a massa especifica, maior o
tempo de secagem. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Quanto maior a massa específica, mais material e menos água a madeira possui.
Portanto, precisaria de menos tempo de secagem.
28) Definir:
a. Ponto de saturação das fibras.
Teor de umidade da madeira quando ela é colocada num ambiente com 100%
de umidade relativa (saturada). Teor de umidade da madeira, quando as
paredes das células estão totalmente saturadas em água de impregnação sem
que essa água extravase para os vazios capilares.
b. Teor de umidade da madeira seca ao ar.
Teor de umidade de equilíbrio (entre 12% e 17%). Quando é atingido o equilíbrio
das tensões de vapor de água, a evaporaçãoda umidade para e ocorre a
estabilização do peso. É quando o teor de umidade da madeira entra em
equilíbrio com a umidade relativa e temperatura do ambiente no qual ela está
colocada. Usado como teor de referência nas determinações das características
físico-mecânicas do material.
29) O teor de umidade da madeira imersa em água está no ponto de saturação das fibras,
isto é: em volta de 25-30%. Certo ou errado? (Justificar)
Errado. A madeira imersa em água possui umidade maior que 25-30%, com água livre,
portanto não está no ponto de saturação das fibras.
30) A madeira é considerada seca ao ar quando as paredes das células estão totalmente
saturadas em água de impregnação sem que essa água extravase para os vazios
capilares. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. É quando o teor de umidade da madeira entra em equilíbrio com a umidade
relativa e temperatura do ambiente no qual ela está colocada.
31) O ponto de saturação das fibras é quando o teor de umidade da madeira quando ela
é colocada num ambiente com 100% de umidade relativa. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Quando a madeira está em um ambiente saturado, as paredes estão
completamente cheias de água e impregnação, mas sem água livre.
32) O ponto de saturação das fibras é quando o teor de umidade da madeira entra em
equilíbrio com a umidade relativa e temperatura do ambiente no qual ela está
colocada. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. É quando as paredes das células estão totalmente saturadas em água de
impregnação sem que essa água extravase para os vazios capilares.
33) O teor de umidade da madeira se equilibra somente com a umidade relativa do
ambiente na qual ela está colocada. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. O teor de umidade se equilibra com a umidade relativa e a temperatura do
ambiente em que está inserido.
34) O teor de umidade de um elemento de construção em madeira se estabiliza em volta
do teor de umidade de equilíbrio correspondente às temperaturas e umidade relativa
média de algumas semanas. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Pois assim não é afetado pelos ciclos de variações de umidade e temperatura de
curta duração.
35) O teor de umidade de um elemento de construção em madeira se estabiliza em volta
do teor de umidade de equilíbrio correspondente à temperatura e umidade relativa
do dia. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Pois o dia pode ter alguma variação de temperatura ou umidade atípica, que irá
alterar o teor de umidade da madeira considerado.
36) Porque o teor de umidade de equilíbrio da madeira não será afetado por variações de
temperatura e umidade relativa do ambiente fracas ou altas, mas de curta duração?
Porque são consideradas as temperaturas e umidade relativa médias de al gumas
semanas.
37) A tabela a seguir representa as classes de umidade da madeira (ambiente externo)
como definidas pela norma NBR 7190/97.

a. Fazer uma análise crítica dessa tabela.


Quanto menor a umidade relativa do ambiente, menor será a umidade de
equilíbrio da madeira.
b. Existe uma alternativa mais precisa para estimar o teor de umidade de
equilíbrio da madeira?
Sim. Sabendo a umidade relativa do ar e a temperatura, encontra-se a umidade
de equilíbrio da madeira em um determinado tempo.
c. Essa tabela pode ser usada para estimar o teor de umidade de equilíbrio da
madeira em ambientes internos.
Não. Pois no ambiente interno não há tanta alteração de temperatura ao longo
do tempo (temp. controlada) e geralmente apresentam umidades menores que
o ambiente externo.
38) Usando as tabelas abaixo, estimar o teor de umidade da madeira em ambiente
externo na cidade de Guarapuava-PR e Goiânia pela norma NBR 7190/97 (usar a tabela
da questão anterior) e pelo método visto na aula (usar o gráfico das curvas de
equilíbrio de umidade da madeira das transparências). Qual é a sua conclusão?
Não tem os cálculos aqui. Ueq1=18%. Ueq2=15%. O método do gráfico que contém
temperatura e umidade relativa do ar é mais preciso que o método da norma
NBR7190/97 que só considera a umidade relativa do ar.
39) Descrever o ensaio de medida da retratilidade linear.
Este ensaio é feito com corpos de prova de 2x3x5cm perfeitamente orientados em
relação à principal direção das fibras onde cada dimensão corresponderá a uma das 3
direções principais. As variações nas medidas das dimensões dos corpos de prova serão
feitas quando os mesmos passam do estado saturado (verde) para seco em estufa, e do
estado saturados para seco ao ar.
40) Explicar porque a retratilidade no sentido longitudinal é quase desprezível fre nte a
retratilidade no sentido transversal.
Pois a retratilidade consiste em alterações de dimensões com a variação do teor de
umidade. Como o sentido longitudinal é o sentido das fibras, as fibras não irão “se
encolher” com a perda da água, comparado com a retratilidade no sentido transversal,
que fará com que as fibras fiquem mais próximas umas das outras.
Movimento horizontal muito maior que o vertical.
41) A retratilidade no sentido longitudinal é desprezível, mas não nula. No entanto em
que circunstância ela pode se tornar não tão negligenciada?
Em peças com grande comprimento.
42) Porque a retratilidade no sentido longitudinal não é nula (descrever a microestrutura
das paredes das células lenhosas).
Devido ao ângulo microfibilar que faz com que nem sempre as fibras sejam 100%
paralelas ao eixo longitudinal, havendo assim pequena retratilidade.
43) Para as folhosas, a retratilidade no sentido tangencial é sempre superior à
retratilidade no sentido radial. Para as resinosas é o inverso. Certo ou Errado?
(Justificar)
Errado. Normalmente, a retratilidade no sentido tangencial é maior que no radial para
ambas. Entretanto, com o aumento da temperatura, a contração em espessura é
sempre maior do que em largura, independente da orientação (radial ou tangencial).
44) A retratilidade no sentido tangencial é sempre superior à retratilidade no sentido
radial. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Normalmente, a retratilidade no sentido tangencial é maior que no radial.
Entretanto, com o aumento da temperatura, a contração em espessura é sempre maior
do que em largura, independentemente da orientação (radial ou tangencial).
45) Responda:
a. Porque é importante conhecer o teor de umidade da madeira antes da
aplicação?
Porque o teor de umidade vai influenciar na retração da madeira.
b. Se o teor de umidade não é conhecido, quais são as providências que devem
ser tomadas antes da aplicação?
Fazer ensaio com corpos de prova da madeira a ser utilizada para descobrir a
umidade, ou deixar a madeira secar ao ar livre por longo tempo, para se ter
certeza que está com a umidade higroscópica apenas.
46) Sabemos que o teor de umidade de equilíbrio da madeira no ambiente onde as peças
vão ser colocadas fica em volta de 15%. Sabemos também que nossas peças de
madeira tem um teor de umidade de mais de 20%. Nosso prazo para entregar a obra
é muito curto.
a. Qual o risco que corremos em usar as peças assim?
b. Qual seria a solução mais adequada?
47) Precisamos de peças de madeira de 1,5m de comprimento, 20cm de largura e 2cm de
espessura que não devem encanoar. Que tipo de corte recomendaria?
Corte radial, pois os demais vão encanoar.
48) Explicar o que representa fisicamente um coeficiente de retratilidade linear valendo,
por exemplo, 0,2.
A cada variação de 1% do teor de umidade da madeira, há uma variação de 0,2% do
volume da madeira.
49) Comentar a forma das curvas das figuras seguintes.

- Gráfico umidade x contrações volumétricas: há diminuição da umidade até certo ponto


sem diminuir o volume, pois está evaporando apenas a água livre. Depois que sai toda a
água livre, começa a sair a água de impregnação e, assim, inicia-se a contração
volumétrica.
- No gráfico umidade x resistência ocorre o mesmo fenômeno. A umidade só passa a
interferir na resistência quando só existe água de impregnação na madeira.
50) Porque as retratilidades longitudinais e transversais (tangencial e radial) são muito
diferentes?
Pois o ângulo de inclinação que as microfibras fazem com estes eixos são diferentes. Nas
paredes das células (fibras), as microfibras apresentam um ângulo de aproximadamente
15° em relação ao eixo principal da fibra (vertical): na saída da água de impregnação,
ocorre uma aproximação das microfibras entre si provocando um “movimento
horizontal” muito maior do que o “movimento vertical”.
51) Porque na foto seguinte apareceu a fissura (descolamento) entre a viga de madeira e
o revestimento da parede?

Pois não deve ter sido feito a secagem da madeira de forma adequada e, com o passar
do tempo, houve retração em serviço (retração da peça de madeira depois de ter sido
colocada em sua posição definitiva), em consequência disto, fissura (descolamento).
52) Como podem ser atenuados os efeitos da retratilidade?
Emprego de peças de madeira com TEORES DE UMIDADE COMPATÍVEIS COM O
AMBIENTE (usar as curvas de equilíbrio higroscópico); emprego do DESDOBRO
ADEQUADO; IMPREGNAÇÃO das peças com óleos e resinas impermeabilizantes (no
entanto complicado e caro).
53) Uma madeira verde (50% de umidade) é seca em estufa até atingir um teor de
umidade de 8%. Descrever a influência da evaporação dos demais tipos de água
citados na questão 26 sobre:
A água de consistência e a água livre não alteram em nenhuma das características. A
água de impregnação é a única que causará mudanças.
a. A retratilidade no sentido longitudinal/fibras.
Não ocorrerá mudanças.
b. A retratilidade no sentido transversal/fibras.
Ocorrerá diminuição das dimensões neste sentido, podendo ocorrer
encanoamento.
c. A resistência mecânica.
Aumento da resistência mecânica.
d. A tenacidade.
Aumento da tenacidade.
54) Citar algumas manifestações patológicas da retração (ou inchamento) de peças de
madeira em serviço.
- Perda das juntas;
- Folga nas conexões;
- Rachas na pintura;
- Flambagem;
- Delaminação de lâminas.
55) O que pode acontecer quando há variações de umidade numa mesma peça de
madeira?
Pode ocorrer variações dimensionais diferentes em diferentes partes da peça.
56) Quando a temperatura aumenta, peças de madeira aumentam suas dimensões como
todos os materiais. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. A dilatação térmica é desprezível comparada às mudanças dimensionais devidas
à retratilidade.
57) A umidade de equilíbrio da madeira depende das condições do ambiente (T ºC e UR%)
e do tipo de madeira. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Só depende das condições do ambiente (TºC e UR%), mas nunca do tipo de
madeira.
58) A amplitude das variações dimensionais depende do tipo de madeira. Certo ou
Errado? (Justificar)
Certo. A amplitude das variações dimensionais depende do coeficiente de retratilidade,
que são características típicas de cada material
59) A madeira começa a retrair quando sua umidade passa acima de 25-30% (ponto de
saturação das fibras). Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. A madeira só começa a retrair quando é menor que 25-30%, limite no qual só
existe água de impregnação e de constituição.
60) A umidade da madeira é expressa pela relação entre o peso de água e o peso da
madeira saturada. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. É expressa pela relação entre a madeira seca e a madeira úmida.
61) Para evitar as deformações em serviço, devem-se usar madeiras já secas até a
umidade próxima da umidade de equilíbrio. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Assim, não haverá retração e deformações em serviço conseguintes.
62) PROBLEMA
i. Ensaios físicos de madeiras.
Seja uma madeira dada que nos estados saturada, seca ao ar e seca em estufa,
apresenta os seguintes valores de volumes, pesos e dimensões:

a. Descrever o ensaio de medida da retratilidade linear.


Determinação da variação de dimensões nas 3 direções (axial, radial,
tangencial) em 3 estágios de umidade (corpos de prova de 2 x 3 x 5 cm) -
Saturado (verde) LSAT; Seco ao ar Lh; Seco em estufa L0.
b. Qual é o tipo de água responsável pela retração?
Água de impregnação.
c. Calcular o teor de umidade da madeira saturada. (Resposta: 28,3%)

d. Calcular o teor de umidade da madeira seca ao ar. (Resposta: 16,23%)

e. Calcular a contração volumétrica total. (Resposta: 11,5%)

f. Calcular a contração volumétrica de saturada para seca ao ar. (Resposta:


4,7%)

g. Calcular o coeficiente de retratilidade volumétrica. (Resposta: 0,29)

h. Calcular a massa específica aparente para os três estados de umidade.


(resposta: 0,73g/cm3 (sat); 0,69g/cm3 (ar); 0,64g/cm3 (estufa))

i. Calcular as contrações lineares nas três direções quando os corpos de prova


passam do estado saturado para o estado de seca em estufa. (Resposta:
0,23% (axial); 5% (radial); 6,57% (tang))
j. Explicar porque e retratilidade longitudinal é quase desprezível frente à
retratilidade transversal.
Pois o ângulo de inclinação que as microfibras fazem com estes eixos são
diferentes. Nas paredes das células (fibras), as microfibras apresentam um
ângulo de aproximadamente 15° em relação ao eixo principal da fibra
(vertical): na saída da água de impregnação, ocorre uma aproximação das
microfibras entre si provocando um “movimento horizontal” muito maior do
que o “movimento vertical”.
k. Calcular as contrações lineares nas três direções quando os corpos de prova
passam do estado saturado para o estado de seco ao ar. (resposta: 0,1%
(axial); 1,65% (radial); 2,98% (tang))
l. Calcular o coeficiente de retratilidade linear no sentido tangencial, radial e
axial. (resposta: 0,184(tang), 0,102 (radial), 0,006 (axial))

ii. Aplicação
Uma porta maciça foi feita colocando juntas as arestas de tábuas de uma madeira
cortada em quartos; a largura da tábua está na direção tangencial, a espessura
na direção radial e o comprimento na direção longitudinal. A porta foi
inicialmente retificada para uma largura de 761 mm e um comprimento de 2035
mm para atender uma abertura de 764 mm por 2050 mm, tendo sido cortada
quando o teor de umidade da madeira era de 13%. No local onde vai ser colocada
a porta a umidade relativa e a temperatura do ambiente faz a umidade da
madeira passar para 17 %.
a. Mostrar que a porta não poderá funcionar neste ambiente.
b. Qual será o valor da tensão desenvolvida na porta? (Resposta: 2,55 MPa)
c. Sugerir soluções para minimizar este problema
Dado: Módulo de elasticidade no sentido tangencial (13-20 % de umidade):
0,75 GPa.
63) Sejam duas tábuas (comprimento: 1500mm, largura: 900mm. Espessura: 20mm): uma
de corte semelhante ao P (largura no sentido tangencial) e uma outra de corte
semelhante ao Q (largura no sentido radial):
i.

a. Calcule a alteração dimensional em cada direção se a umidade da madeira


varia de 6 para 14% para as duas placas (P e Q). (Respostas: corte P: largura:
918mm; espessura: 20,24mm. Corte Q: largura? 910,8mm; espessura:
20,24mm)
b. Supondo que essas placas estão impedidas de expandir sua largura quando o
conteúdo de umidade aumenta de 6 para 14%. Calcule a pressão que se
desenvolve. (Respostas: corte P: 11MPa. Corte Q: 9,6MPa)

Dados:
Coeficiente de retratilidade tangencial: 0,25 % / 1 % H2O
Coeficiente de retratilidade radial: 0,15 % / 1 % H2O
Coeficiente de retratilidade longitudinal: 0,01 % / 1 % H2O
Módulo de elasticidade tangencial: 550 MPa
Módulo de elasticidade radial: 800 Mpa
64) A resistência a flexão estática da madeira aumenta com o aumento da densidade da
madeira. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. A densidade consiste na concentração de tecido lenhoso resistente por unidade
de volume aparente, aumentando assim, sua resistência.
65) Qual é o aumento de volume e de densidade de uma madeira quando ela sofre uma
variação de 10% para 20% de teor de umidade? Densidade depois de secagem em
estufa de 0,56 g/cm³.
Coeficiente de retratilidade linear radial: 0,15 %/1% de água
Coeficiente de retratilidade linear tangencial: 0,25 %/1% de água
Coeficiente de retratilidade linear longitudinal: 0,01 %/1% de água
Observação : usar como base 1 cm3 de madeira seca (resposta: volume: 3,8%;
densidade: 5,08%)
66) Qual é o método que permite uma avaliação indireta do teor de umidade da madeira?
Quais são as vantagens e desvantagens?
Método da resistividade. A madeira seca é um mau condutor elétrico (isolante), já úmida
se torna condutora. Assim, mede-se a resistividade elétrica da madeira e descobre-se
sua umidade. Vantagem: método não destrutivo, rápido e fácil. Desvantagem: pouco
preciso.
67) A resistividade elétrica da madeira aumenta com o teor de umidade. Certo ou Errado?
(Justificar)
Errado. A condutibilidade elétrica aumenta com o teor de umi dade, visto que a água é
um bom condutor, logo diminuindo a resistividade.
68) A resistividade elétrica da madeira é maior no sentido transversal do que no
longitudinal. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. A resistividade elétrica é menor no sentido longitudinal, pois a corrente elétrica
segue a direção das fibras.
69) Porque as madeiras são boas isolantes térmicas?
Visto que a madeira é um material poroso (ar é um dos melhores isolantes térmicos),
seu coeficiente de condutividade é baixo, o que caracteriza um bom isolante térmico,
além disso a celulose possui propriedades de mal condutor.
70) A condutibilidade térmica da madeira é maior no sentido longitudinal das fibras. Certo
ou Errado? (Justificar)
Certo. O longitudinal é o melhor caminho para a radiação térmica, visto que ela não
precisa passar pelas fibras (maior quantidade de material poroso no sentido
transversal).
71) A condutibilidade térmica da madeira aumenta quando a densidade aumenta. Certo
ou Errado? (Justificar)
Certo. Quanto maior a massa específica, maior será a condutividade térmica, visto que
madeiras mais densas significam com menor quantidade de vazios de ar, o que
diminuem a resistência à transferência de calor.
72) A condutibilidade térmica da madeira aumenta quando o teor de umidade aumenta.
Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Pois quanto maior for o teor de umidade da madeira, maior será a condutividade
térmica, visto que a água é melhor condutora de calor do que o ar ou a madeira.
73) Madeiras são recomendadas para isolamento acústico. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Elas são boas em absorção acústica, porém são contra indicadas para
isolamento, visto que são um tipo de material leve (baixa densidade).
74) O que é a “lei da massa”?
É uma lei sobre a propagação dos sons. Ela diz que, quando um som se propaga através
de uma parede, seu enfraquecimento aumenta em uma escala logarítmica com o peso
da parede (quanto maior for a massa, maior o isolamento acústico).
75)
a. Estimar o isolamento acústico de uma parede de madeira de 10cm de
espessura (massa especifica aparente da madeira: 800 kg/m³). (Resposta:
35dB)
b. Qual deve ser a espessura dessa parede para conseguir um isolamento
acústico de 42dB? (Resposta: 25cm).

76) Dar uma solução para aumentar o isolamento acústico sem aumentar a massa e/ou a
espessura de uma parede.
Diminuir a espessura da madeira e utilizar mais de uma peça de madeira (sistema massa-
mola). Utilizar materiais com baixa condução acústica juntamente, como lã de vidro, lã
de rocha.
77) De uma maneira geral, materiais com grande dureza superficial refletem o som e
materiais “moles” absorvem mais os sons. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Materiais mais “moles” tem menos “ligações” entre suas moléculas, fazendo com
que o som seja absorvido mais facilmente entre elas.
78) Madeira são recomendadas para o tratamento de absorção acústica. Certo ou Errado?
(Justificar)
Certo. Madeiras sendo material mole, absorvem mais o som.
79) Como a absorção acústica das madeiras pode ser diminuída?
Revestindo de materiais que refletem o som, por exemplo o verniz e laca.
80) Madeira são recomendadas para evitar a reverberação acústica (eco) num ambiente.
Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Como bons absorvedores de som, o som ao bater na madeira se reflete menos,
diminuindo assim o eco.
81) Descrever o comportamento da madeira ao fogo.
Como a madeira tem baixa condutividade térmica, o coração da peça permanece frio
por mais tempo, mesmo as áreas superficiais estando em contato com o fogo. A seção
residual (aquela que ainda não foi atingida pelo fogo), não sofre dilatação, tendo as suas
propriedades mecânicas mantidas. Assim uma peça de madeira exposta ao fogo,
significa mais perda da seção resistente do que perda das propriedades mecânicas.
82) Comparar a evolução da resistência mecânica da madeira e do aço em função do
tempo de exposição num fogo bem alimentado.
Resposta mais resumida: A resistência mecânica da madeira não é alterado durante
certo tempo de incêndio, pois ocorre a redução da seção resistente com criação de uma
cortiça de madeira com baixa condutividade térmica que protege o centro da peça que
segura a resistência. Já no aço, por possuir alto coeficiente térmico, ao atingir
determinada temperatura, sua resistência cai bruscamente, podendo haver colapso da
estrutura.
Resposta mais completa: A madeira natural pega fogo espontaneamente por volta de
275ºC. Nessa temperatura, forma-se uma cortiça de madeira dura e frágil, mas com
baixa condutividade térmica, que perdeu todas as propriedades físico-mecânicas
iniciais. Quando a espessura dessa zona atinge 10mm, se o fogo não é alimentado, ele
para. Isso significa que a seção resistente, conforme já citado, apenas se reduz, mas não
se anula. Se o fogo é alimentado, essa camada de cortiça vai se espessando, mas em
baixa velocidade. O aço, por sua vez, apresenta um comportamento completamente
diferente: durante um incêndio, as temperaturas atingem até 1000ºC, tendo o aço
perdido 80% de sua resistência já as 500ºC. Assim, nota-se muitas vezes que a madeira
sustenta sua capacidade portante, enquanto o aço se deforma completamente.
83) A madeira é um material combustível. No entanto, existe materiais à base de madeira
que podem ser usados para a fabricação de portas anti-fogo. Explicar considerando o
comportamento da madeira ao fogo.
As madeiras são materiais combustíveis somente se estiverem expostas a uma fonte de
calor e um comburente (O 2). As portas anti-fogo, são constituídas por três camadas: uma
camada de aço, uma camada confinada de madeira e outra camada de aço. Estando
confinada, e sem entrar em contato com o ar, a parte de madeira não entra em
combustão.
84) Madeira pode pegar fogo sem estar em contato direto com as chamas. Certo ou
Errado? (Justificar)
Certo. Se a madeira for exposta ao ar, e a temperaturas entre 250-300ºC ela entra em
processo de autocombustão.
85) Com um tratamento adequado, a madeira pode se tornar incombustível. Certo ou
Errado? (Justificar)
Errado. Pode-se limitar a combustão, mas não a eliminar. Para isso usa-se revestimentos
protetores.
86) Com um tratamento adequado, a madeira pode se tornar não inflamável. Certo ou
Errado? (Justificar)
Errado. Não se pode tornar uma madeira não inflamável, mas pode -se diminuir o seu
risco, usando-se produtos que retardam a ignição do fogo à base de fosfatos ou silicatos,
para pintura superficial ou impregnação sob pressão.
87) Quais são os fatores que influem a resistência ao fogo de um elemento de construção
de madeira?
A umidade do elemento, sua densidade e a relação superfície/volume.
88) Quais são os principais fatores que influem nas propriedades mecânicas das madeiras?
- Anisotropia (axial: boa; transversal: ruim);
- Heterogeneidade;
- Distribuição e concentração dos principais constituintes;
- Capacidade de absorção de água;
- Grau de umidade.
89) Descrever a ruptura da madeira (corpo de prova pequeno) quando submetida à um
esforço de compressão axial.
A ruptura ocorre por flambagem individual das fibras e/ou grupos de fibras seguindo um
plano de ruptura entre 50-65º. Pode ocorrer devido a 3 motivos:
i. O corpo de prova pode estourar segundo o plano de menor resistência;
ii. Pode ocorrer escorregamento ou cisalhamento segundo um plano obliquo em
relação ao eixo de aplicação da carga;
iii. Ainda pode ocorrer uma combinação dos dois fenômenos.
90) A resistência à compressão paralela às fibras aumenta com o aumento da densidade.
Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Quanto mais a densidade, mais fibras terão e maior a resistência a compressão
paralela.
91) Comentar a seguinte tabela:

Mostra a correlação entre teor de umidade e a resistência de uma madeira. Pode ser
observado que a influência da umidade é mais significativa com relação a compressão. Podemos
ressaltar que a resistência será maior com relação ao sentido paralela às fibras.
92) Explicar porque (ensaios de qualificação com corpos de prova pequenos):
a. O limite de resistência à tração axial pode valer até 3 vezes o limite de
resistência à compressão axial;
Porque a tração somente estica as fibras, já a compressão irá causar flambagem
das fibras.
b. O limite de resistência à tração perpendicular as fibras é a metade do limite
de resistência a compressão perpendicular as fibras;
A tração perpendicular às fibras irá causar o afastamento das fibras com pouco
esforço. Já a compressão irá esmagar as fibras, que terão um pouco mais de
resistência nisso.
c. O limite de resistência à tração axial é mais de 50 vezes maior do que o limite
de resistência a tração perpendicular as fibras;
Na tração axial, as fibras resistem, pois, se alongam, na tração perpendicular as
fibras, as fibras são afastadas uma das outras, ocorrendo o deslocamento.
d. O limite de resistência à flexão estática 3 pontos (carga aplicada
perpendicularmente ao eixo longitudinal das fibras) é quase o dobro do limite
de resistência à compressão axial;
Pois na flexão estática parte da carga é resistida pela tração na parte inferior da
madeira. E resistência à flexão axial é maior que compressão axial.
e. Explicar porque a afirmação da pergunta a) não é válida para corpos de prova
de “tamanho estrutural”, isto é, o limite de resistência a tração axial será
inferior ao limite de resistência à compressão axial.
Pois pode haver defeitos na madeira e a resistência à tração é muito mais
sensível aos efeitos que a compressão.
93)
a. Descrever a ruptura de um corpo de prova de madeira quando submetido a
uma solicitação de flexão estática três pontos (carga aplicada
perpendicularmente ao eixo das fibras).
Porque a tração somente estica as fibras, já a compressão irá causar a
flambagem das fibras.
b. Explicar porque, para o cálculo do limite da resistência, as fórmulas clássicas
da resistência dos materiais não se aplicam (Ex: no caso de uma seção
retangular, o módulo de resistência (bh 2)/6 clássico deve ser ajustado por
(bhn)/6, onde n < 2).
As formulas clássicas não se aplicam para o cálculo do limite de resistência da
madeira porque, na formulação clássica, supõe-se que o material é elástico,
homogêneo e isótropo. Sabemos que a madeira não tem esse comportamento
perfeito.
c. No entanto, as Normas Técnicas Brasileiras adotam a fórmula clássica não
ajustada à realidade. Porque?
Porque essa fórmula traz a vantagem de fornecer valores menores no cálculo
das tensões limites de segurança.
94) Desenhar o diagrama de variação da resistência à compressão em função do ângulo
que as fibras formam com o eixo principal do corpo de prova. Justificar a forma.
Resposta resumida: Depois de certa umidade (saturação de água de impregnação e
começando a encher de água livre), a resistência não irá mais se alterar.
Resposta completa: Quando a umidade é mínima (0% - seco em estufa), observamos o
máximo limite de resistência; conforme sabido, a resistência diminui com o teor de água
presente na madeira, o que pode ser observado pela queda da curva; em seguida,
observa-se um patamar no gráfico, o qual exprime o fato de que, a partir de certo teor
de umidade, a resistência da madeira não mais varia significativamente. A presença da
água diminui a resistência à compressão pelo fato de que, ao ser comprimida
juntamente com as fibras, a mesma exerce solicitação nas paredes do “tubinhos”
(fibras), aumentando o efeito de flambagem. Conforme a umidade aumenta, essa água
passa a ser destinada para os espaços das microfibras, a partir de onde não mais afeta
na resistência à compressão do material.

95) Desenhar o diagrama de variação da resistência à compressão em função do ângulo


que as fibras formam com o eixo principal do corpo de prova. Justificar a forma.
Resposta resumida: A medida que a compressão deixa de ser axial e vai se tornando
paralela, a resistência vai diminuindo.
Resposta completa: Conforme aumenta o ângulo que as fibras formam com o eixo
principal do corpo de prova, tem-se a diminuição da resistência da peça. Isso ocorre
porque, conforme aumenta o ângulo, aumenta a componente da força na direção de
cisalhamento, ocasionando assim a ruptura através do plano de fraqueza.
96) O módulo de elasticidade na compressão axial:
a. Aumenta com o aumento do teor de umidade. Certo ou Errado?
Errado. Diminui com o aumento da umidade.
b. Aumenta com o aumento da densidade. Certo ou Errado?
Certo.
c. Aumenta com a presença de nós. Certo ou Errado?
Errado. Diminui com a presença de nós.
97) O módulo de elasticidade axial é maior que o módulo de elasticidade transversal.
Certo ou Errado?
Certo. Precisa de mais tensão para deformar mais.
98) Explicar a forma das curvas da figura seguinte (bending: flexão; compression:
compressão; tension: tração):
A resistência a compressão é maior do que a flexão, que é maior que a de tração. Todas
diminuem conforme o ângulo aumenta (deixa de ser perpendicular).
99) Explicar a forma das curvas das figuras seguintes:

Resposta resumida: A compressão axial resiste a uma tensão maior sem se deformar
tanto devido ao sentido das fibras. Já a compressão transversal, com menor resistência
sofre grande deformação.
Resposta completa: Tratam-se de curvas que relacionam tensão e deformação da
madeira na compressão. Comparando-as, percebemos que o intervalo de deformação
elástica é muito maior no sentido axial do que no sentido transversal. É notável também,
que o módulo de elasticidade transversal é bastante reduzido em relação ao axial b.
100) Por que a norma (NBR 7190/97) recomenda o uso da tensão limite de resistência à
tração na flexão estática como tensão limite de resistência à tração pura das
madeiras?
A favor da segurança, a norma recomenda o uso da tensão limite de resistência à tração
na flexão estática como tensão limite de resistência à tração pura das madeiras.
101) Desenhar o diagrama de variação da resistência à flexão axial em função da umidade.
Justificar a resposta.
Depois de certa umidade (saturação de água de impregnação e começando a encher de
água livre), a resistência não irá mais se alterar.
102) Qual propriedade mecânica da madeira deve ser considerada no caso
representado na figura abaixo.

Resistência ao cisalhamento.
103) Descrever o princípio de um ensaio de medida da resistência ao cisalhamento
(desenhar a orientação da carga em relação à direção principal das fibras)

Os esforços que provocam o deslizamento de um plano sobre o outro.


104) O cisalhamento normal apresenta menor resistência que o cisalhamento
longitudinal. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. O cisalhamento longitudinal apresenta menor resistência, pois, a disposição das
fibras (paralelas) facilita o cisalhamento, ou seja, “deslizamento” entre elas. Já o normal,
as fibras tendem a fazer resistência e segurar o cisalhamento.
105) Definir a ruptura retardada.
É a influência da duração de aplicação de uma carga, sobre a resistência: a resistência
decresce com o logaritmo do tempo. Isso significa que, conforme o tempo vai passando,
a resistência da madeira solicitada diminui, até que seu valor atinja uma porcentagem
de 62% da resistência inicial.
Outra resposta mais curta: A resistência da madeira decresce com o tempo, quando
uma carga é aplicada.
106) Comentar a figura abaixo:
A resistência da madeira decresce com o logaritmo do tempo quando uma carga
é aplicada.
107) O que é resistência permanente da madeira?
Considera que para uma carga de de 0,6f (f = resistência de ensaio estático), uma viga
resiste indefinidamente (tempo de ruptura retardada de 10 anos).
108) Explicar a forma das curvas da figura seguinte:
Caso 2: Cargas < Resistencia permanente da madeira: Deformação elástica imediata +
deformação de fluência que se estabiliza.
Caso 1: Cargas > Resistencia permanente da madeira: deformações crescem
uniformemente com o incremento acentuado até próximo à ruptura.
109)
a. Dar uma definição do fenômeno de fluência.
Sob a ação de cargas de atuação demorada, a madeira sofre deformação lenta.
b. Quais são as consequências de fluência excessiva?
Maior deformação podendo levar a ruptura.
c. No entanto, a fluência dos materiais tais como madeira e concretos pode
trazer um benefício, qual é?
Maior resistência para cargas de curta duração.
110) A deformação por fluência da madeira diminui com o seu teor de umidade.
Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Maior a umidade, menos resistência e, por conseguinte maior fluência.
111) Quanto maior a classe de umidade da madeira, maior será o coeficiente de
fluência. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo. Maior a umidade, menos resistência e, por conseguinte maior fluência.
112) No cálculo da resistência de cálculo em projetos de estruturas de madeira,
deverão ser usados no mínimo três coeficientes de segurança chamados coeficientes
de modificação (Kmod,i) para dimensionar as peças. Quais são as características
especificas das madeiras que vão ser levadas em conta por intermédio destes
coeficientes de modificação?
- Classe de carregamento e o tipo de material;
- Classe de umidade e o tipo de material;
- Classe de qualidade da madeira.
113) Descrever o princípio do ensaio de resistência a flexão dinâmica.
Esse ensaio é realizado com o chamado pêndulo de Charpy, da seguinte maneira: um
martelo de peso Q bate no meio do vão do corpo de prova de 24 cm, sendo lido o
trabalho total (W) absorvido pela ruptura do corpo de prova (isso é feito através da
medida da altura atingida pelo martelo, que é inversamente proporcional ao trabalho
absorvido).
Outra resposta: RESISTÊNCIA À FLEXÃO DINÂMICA OU TENACIDADE É A CAPACIDADE
DO MATERIAL EM RESISTIR OU ABSORVER ESFORÇOS DINÂMICOS OU CHOQUES. O teste
consiste no Pêndulo de Charpy. Martelo é solto de determinada altura, atinge bem na
metade do comprimento da peça, que rompe. Depois, é medida a altura que o martelo
atinge após bater na peça. Com isso, obtém-se o coeficiente de tenacidade.
114) Explicar porque a resistência aos choques (tenacidade) quase não varia
quando a umidade da madeira muda.
A tenacidade é uma propriedade diretamente proporcional à tensão x deformação.
Quando a umidade aumenta, sabemos que a resistência diminui, ocorrendo o aumento
da deformação. O oposto ocorre quando a umidade diminui. Sendo assim, uma variação
de umidade se anula em relação a tenacidade, devido a proporcionalidade entre esta
propriedade e o comportamento tensão x deformação. O aumento no teor de umidade,
resulta apenas em um aumento na flexão da madeira.
115)
a. Descrever o princípio do ensaio de resistência ao fendilhamento.
Mede o deslocamento ao longo das fibras provocado por um esforço de tração
normal, exercido excentricamente em relação à seção considerada. Esse esforço
é aplicado na extremidade de uma peça entalhada com a forma a seguir.

b. Nas ligações de peças de madeira, como podem ser atenuadas as solicitações


de fendilhamento?
Pode ser atenuado com a furação prévia ou desapontamento dos pregos nas
ligações pregadas, e com o emprego de conectores, cavilhas ou blindagens.
116)
a. Descrever o princípio do ensaio de medida da dureza das madeiras.
A dureza mede a resistência de um material à penetração, em sua superfície, ao
risco e ao desgaste. Método Janka: Número de dureza (esforço necessário para
introduzir nas faces laterais e dos topos dos corpos de prova uma esfera de 1
cm² de área diametral, a uma profundidade igual a seu raio).
b. Para qual tipo de aplicações é necessário conhecer a dureza de uma madeira?
É necessário conhecer a dureza de uma madeira para aplicações tais como, seu
emprego em pavimentação (tacos e parques), pois essa propriedade está
relacionada com o desgaste do material.
117) Para que servem as cotas de qualidade?
Eliminação das variações dos resultados obtidos pelos ensaios, os quais estão
relacionados com as diferentes densidades. (ESSA EU ACHO MAIS OK)
Outra resposta: São índices de qualificação do material. As relações entre as principais
propriedades mecânicas da madeira e sua massa especifica aparente é quase constante
em torno de um valor médio para cada espécie lenhosa.
118) Quais são os principais defeitos de crescimento que podem apresentar as
madeiras?
- Nós;
- Desvios de veio e fibras torcidas;
- Ventos ou gretas.
119) Qual é a origem dos nós?
Resultante de galhos da árvore primitiva, vivos ou mortos, que foram envolvidos por
novas e sucessivas camadas de crescimento do lenho.
120) Em peças serradas, qual é a diferença entre nó vivo e nós morto?
- Nós vivos: Estão em continuidade no tecido lenhoso, envolvidos e aderidos, ocorre
somente um desvio de direção das fibras.
- Nós mortos: Estão deslocados e não aderentes no tecido lenhoso, ocorre maior
diminuição da seção resistente.
121) Nós têm maior influência quando a peça é submetida à uma solicitação de
tração do que quando submetida à uma solicitação de compressão. Certo ou Errado?
(Justificar)
Certo. Isso ocorre porque, na tração, os nós não colaboram com a resistência (mortos),
ou sua colaboração é insignificante (vivos) (eles interrompem a continuação do veio da
madeira, diminuindo a seção resistente), já na compressão o material do interior do nó
atua como “enchimento” na peça, fazendo com que a influência do nó não seja tão
significativa quanto na tração.
122) As duas peças abaixo (mesma madeira, mesma seção, mesmo teor de
umidade) foram submetidas à flexão três pontos. Qual das duas deu maior
resistência? Sugerir uma solução para melhorar a resistência da peça mais fraca.

A primeira, pois a segunda possui mais nós na parte a ser tracionada. A solução seria
virar a peça de cabeça para baixo, pois assim, os nós mais críticos ficariam na parte
comprimida da peça.
123) Em que zona da peça os nós não podem situar-se quando ocorre um
carregamento de flexão?
Na zona inferior, pois é onde ocorre a tração da peça.
124) O que são desvios de veio e/ou fibras torcidas?
São variações nas direções usuais das fibras de madeira.
125) O que são as gretas ou ventas?
Deslocamentos, separações com descontinuidades entre fibras ou entre anéis de
crescimento.
126) Porque podem aparecer grandes fendas na secagem “rápida” de peças de
madeira? Explicar o fenômeno.
Porque a madeira é um material anisotrópico e, assim, a secagem não será igual em
todas as direções podendo produzir fendas (uma parte retrai mais que a outra).
127) Como as peças estruturais de madeiras são classificadas pela norma brasileira?
- Classificação segundo o método visual.
- Classificação mecânica.
128) Por que a norma brasileira, na sua classificação das madeiras segundo a
qualidade, diferencia resinosas/coníferas e folhosas/dicotiledôneas?
Pois as folhosas geralmente são, de melhor qualidade que as resinosas.
129) Além da classificação segundo a qualidade (visual e/ou mecânica), as
resinosas/coníferas e as folhosas/dicotiledôneas devem atender requisitos mínimos
de densidade de anéis de crescimento. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Somente as resinosas devem atender aos requisitos de densidade de anéis de
crescimento.
130) Os tratamentos de beneficiamento têm como objetivo atenuar os efeitos das
características negativas das madeiras. Citar 4 dessas características negativas.
- Alterações em sua umidade: degradação de suas propriedades e surgimento de
tensões internas;
- Ataque de pragas: diminuição de sua durabilidade;
- Heterogeneidade e anisotropia;
- Limitações das dimensões em peças de madeira natural.
131) Quais as vantagens e desvantagens da secagem artificial das madeiras
comparada com a secagem natural?
- Vantagens: Aumento progressivo da temperatura acompanhado da diminuição
progressiva do grau de umidade, logo maior controle da qualidade das peças;
- Desvantagens: Maior custo, necessita de equipamentos.
132) Descrever o princípio do processo de secagem em estufa das madeiras.
Aumento progressivo da temperatura acompanhado da diminuição progressiva do grau
de umidade: maior controle de qualidade das peças. Pode ser estufa clássica (estática)
ou que se desloca.
Outra resposta: Se a espécie lenhosa e o teor de umidade dela são conhecidos, a estufa
será regulada em temperatura e grau higrométrico para um ponto de equilíbrio
imediatamente inferior à umidade de origem da madeira. Quando a umidade de
equilíbrio é atingida, as condições são mudadas para um outro ponto inferior (aumento
da temperatura e diminuição da umidade do ar) e assim por diante, até alcançar o teor
de umidade pretendido que pode se atingido em menos de uma semana.
133) A velocidade de secagem será maior no sentido axial das fibras. Certo ou
Errado? (Justificar)
Certo. Pois a condutividade térmica é maior nesse sentido.
134) Quanto maior a densidade da madeira, menor a velocidade de secagem. Certo
ou Errado? (Justificar)
Certo. Pois a madeira é um material com pouca condutividade térmica e maior
densidade, no que indica mais madeira no mesmo volume.
135) A classe de durabilidade depende somente do tipo de madeira usada e nunca
da sua utilização. Certo ou Errado? (Justificar)
Certo A classe de durabilidade depende somente da madeira usada e nunca da sua
utilização, pois é uma característica intrínseca da madeira.
136) A classe de risco depende somente da utilização da madeira e da madeira
usada. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Depende somente do seu tipo de utilização e nunca da madeira utilizada, pois
madeira de diferentes tipos sofrerão dos mesmos riscos, sob as mesmas condições.
137) Como são classificações os processos de preservação da madeira?
São classificados de acordo com a profundidade de impregnação, sendo eles:
- Tratamento prévio;
- Processos de impregnação superficial;
- Processos de impregnação sob pressão reduzida;
- Processos de impregnação em autoclave.
138) Quais são os principais processos de preservação “superficial” da madeira?
- Pinturas superficiais;
- Aspersão ou imersão das peças no imunizante.
139) Quais são as precauções que devem ser tomadas para evitar ou atenuar o
ataque de fungos?
- Eliminar um ou mais fatores que permitem a sobrevivência e a proliferação desses
seres (oxigênio atmosférico, temperatura em torno de 20ºC e teor de umidade acima
de 20%);
- Realizar secagem adequada (evitam-se as fendas);
- Fazer o desdobro em época apropriada;
- Aplicar tratamentos com antifungicidas.
140) Quais são as características que deve apresentar um produto de preservação
da madeira?
- Alta toxidade aos organismos xilófagos (fungos, insetos);
- Alto grau de retenção nos tecidos lenhosos;
- Alta difusibilidade através dos tecidos lenhosos;
- Estabilidade;
- Devem ser incorrosíveis para metais e não degradar a própria madeira;
- Segurança para os operadores.
141)
a. Descrever um processo de impregnação sob pressão reduzida.
Processo de impregnação por pressões naturais, conseguindo-se penetração em
todo o alburno. Pode ser efetuado de duas maneiras:

- Processo de dois banhos, um quente e outro frio: Em um re cipiente é


colocado o impregnaste aquecido à temperatura de ebulição da água, sendo
as peças introduzidas neste líquido, ali ficando por quatro horas. Após este
período as peças são retiradas e colocadas imediatamente no mesmo
líquido, sendo, entretanto, frio por um período de 30 minutos. A expulsão
do ar aquecido provoca força à entrada do impregnante através da pressão
atmosférica sobre o vácuo relativo. É um processo bastante efetivo
recomendado para topo de postes, mourões de cerca tanto na parte
enterrada como na superior.
- Processo de substituição da seiva: possível somente em peças verdes sendo,
portanto, um processo lento. As peças de madeira são imersas no
imunizante havendo a troca da seiva por capilaridade e osmose. Uma peça
de 15 cm de diâmetro por 3 metros de comprimento demora no verão
aproximadamente 60 dias para estar imunizada.
b. Descrever o princípio do processo de impregnação em autoclave.
São os mais eficientes, normalmente indicado para peças que estarão sujeitas a
diversos tipos de predadores.
- Seca e beneficiada a madeira é introduzida na autoclave;
- Vácuo inicial. Retira a maior parte do ar existente no interior das células da
madeira;
- Ainda sob vácuo, a solução do preservante é transferida para autoclave.
- Sob alta pressão a solução é injetada na madeira até a saturação;
- A pressão é aliviada e a solução excedente é transferida de volta ao
reservatório;
- Vácuo final. Retirada do excesso de produto da superfície da madeira.
142) Escolher o processo de preservação (superficial, superficial reforçado, em
profundidade) e do produto (inseticida ou/e fungicida ou/e anti-molusco) adequado
(tecnicamente e economicamente) adequado para os empregos da madeira (cerne,
madeira impregnável com baixa durabilidade natural) nas aplicações seguintes: piso,
assoalho para banheiros, estrutura interna, sacadas, tábuas externas, cerca externa.
143) A norma NBR 7190/1997 recomenda o seguinte: “em virtude da grande
variabilidade da incidência de agentes biológicos de deterioração da madeira, bem
como pela existência de espécies com boa durabilidade natural, recomenda-se, na
falta de outras informações, os seguintes procedimentos mínimos de preservação: -
folhosas/dicotiledôneas: pincelamento - resinosas/coníferas: impregnação em
autoclave.
Com base no seu conhecimento das madeiras adquirido na disciplina, elaborar uma
análise crítica dessa recomendação.
As folhosas são mais duráveis e menos suscetíveis a agentes biológicos de deterioração
que as resinosas, portanto necessitam de processos de preservação menos rigorosos.
144) Quais são as vantagens das madeiras transformadas em relação às madeiras
maciças?
- Relativa homogeneidade de composição;
- Relativa “isotropia” no comportamento físico-mecânico;
- Possibilidades ampliadas de secagem e tratamentos de preservação quando o material
está ainda no estado de lâminas finas ou fragmentos;
- Geralmente, aumento da densidade, diminuição da anisotropia da retratilidade;
- Geralmente, aumento da resistência ao cisalhamento e fendilhamento;
- Possibilidade de fabricação de chapas e blocos de dimensões adequadas à tecnologia
de pré-fabricação modulada;
- Permitem o aproveitamento de todo o material lenhoso da árvore.
145) Que propriedades se exigem de um adesivo para laminados de madeira?
Resistência suficiente aos esforços (cisalhamento); durabilidade > madeira (umidade,
TºC e microrganismos)
146) Quais são as principais vantagens e desvantagens da madeira laminada colada
em relação à mesma madeira maciça?
Vantagens:
- Fabricação de peças de grandes dimensões;
- Permite a construção de peças de eixo curvo;
- Melhor controle de umidade das lâminas;
- Permite uma seleção da qualidade da madeira;
- Desvantagem:
- Custo maior.
147)
a. Madeira laminada colada com resinas naturais pode ser usada em ambientes
externos. Certo ou Errado? (Justificar)
Errado. Resinas naturais têm problemas com umidade.
b. Na madeira laminada colada, quais são as vantagens e desvantagens do uso
de resinas sintéticas no lugar de colas naturais?
Resistência superior à umidade e criam forte aderência, a desvantagem eu acho
que é o custo.
148) Dar a definição de:
a. Madeira reconstituídas (MDF);
Reaglomeração de fibras celulósicas (separadas e dispersas) extraídas do lenho
com resinas sintéticas ou com a própria lignina sob pressão.
b. Madeiras compensadas;
Colagem de lâminas de madeira a fios cruzados sob pressão com resinas
sintéticas para ambientes externos ou com caseína para ambientes internos
(fibras perpendiculares).
c. Madeiras aglomeradas;
Aglomeração de pequenos fragmentos de madeira.
d. Madeiras laminadas coladas;
Tábuas sobrepostas a fio e coladas entre si.
e. Madeiras OSB.
Painéis de tiras (lascas) de madeira orientadas perpendicularmente, em diversas
camadas unidas com resinas aplicadas sob temperatura e pressão.
Perguntas Cerâmicas 2015_1
1) O que são as pedras artificiais?
São materiais que substituem as pedras em suas aplicações ou têm aparência geral
semelhante.
2) Quais são as principais características físicas e mecânicas dos materiais cerâmicos?
Apresentam grande durabilidade (alta temperatura de fusão), são bons isolantes
térmicos e elétricos, materiais duros, porém frágeis.
3)
a. Dar uma definição das argilas.
As argilas são materiais compostos por partículas coloidais de diâmetro inferior
a 0,005 mm, com alta plasticidade quando úmidas e que, quando secas, formam
torrões dificilmente desagregáveis pela pressão dos dedos.
b. Quais são os principais componentes da uma argila?
Seus principais componentes são: argilo-minerais, feldspatos, sílica livre, óxido
de ferro, alumina livre, compostos cálcicos e matéria orgânica.
4) Os feldspatos aumentam a temperatura de queima das peças cerâmicas. Certo-errado
Errado. Os feldspatos são materiais fundentes (diminuem o ponto de fusão), logo eles
diminuem a temperatura de queima das peças.
5) Quais são os três tipos de água presentes nas argilas?
- Água de constituição (rede cristalina);
- Água de plasticidade ou adsorvida (adere à superfície das partículas coloidais);
- Água de capilaridade, livre ou de poros (preenche os poros e vazios).
6) Qual é a diferença entre argila residual e argila sedimentar?
Argila residual encontrada no próprio local que se originou, o contrário da argila
sedimentar (transportada pela água ou pelo vento).
7) Quais são as vantagens e as desvantagens de acrescentar-se mais água na pasta de
argila para fabricação de produtos cerâmicos?
- Vantagens: Aumenta-se a facilidade de moldagem e diminui-se o consumo de energia.
- Desvantagens: Aumenta-se a contração e a deformação na secagem, além de
aumentar também o tempo de secagem.
8) Porque, durante o processo de secagem das peças de argila, a temperatura, a umidade
e o fluxo de ar devem ser controlados?
Para que a velocidade da evaporação da água na superfície seja a mesma da velocidade
de difusão da água que está no interior da peça chegue na superfície, evitando assim a
origem de tensões diferenciais e o aparecimento de fissuras.
9) Explicar porque podem aparecer fissuras superficiais ou até deformação das peças de
argilas durante a secagem.
Se a velocidade de evaporação da água na superfície for maior que a difusão no interior,
durante a secagem uma parte da peça pode retrair mais que a outra, gerando assim
tensões que ocasionam fissuras e até deformação das peças.
10) O que ocorre durante a queima das argilas? (isto é: porque os materiais cerâmicos
tornam-se mais resistentes após a queima?)
Ocorrem reações na peça, em especial a partir de 950ºC ocorre o início do processo de
vitrificação, formando-se vidro líquido à base de sílica, esse processo proporciona após
o resfriamento: dureza, resistência e compactação.
11)
a. Materiais cerâmicos são bons absorventes acústicos Certo-errado (justificar)
Errado. Materiais cerâmicos são “duros”, não absorvendo o som com eficiência.
b. Materiais cerâmicos são bons isolantes acústicos. Certo-Errado (justificar)
Certo. Materiais cerâmicos são densos, propriedade que caracteriza materiais
para isolamento acústico.
c. Materiais cerâmicos são bons condutores térmicos. Certo-Errado (justificar)
Errado. Eles são muito porosos, tendo baixa condutividade térmica. (Assim
como a madeira).
12) O que é a “lei da massa”?
Quanto maior a massa, menor a propagação do som (maior isolamento acústico). É uma
lei sobre a propagação dos sons. Ela diz que, quando um som se propaga através de uma
parede, seu enfraquecimento aumenta em uma escala logarítmica com o peso da
parede (quanto maior for a massa, maior o isolamento acústico).
13) (Ver essa questão em madeiras)
a. Estimar o isolamento acústico de uma parede de alvenaria de tijolos cerâmicos
maciços de 10cm de espessura (massa especifica da parede: 2000 kg/m3).
(Resposta: 42dB).
b. Qual deve ser a espessura dessa parede para conseguir um isolamento
acústico de 50dB? (Resposta: 25cm).

14) De uma maneira geral, materiais com grande dureza superficial refletem o som e
materiais “moles” absorvem mais os sons. Certo-Errado.
Certo.
15) Revestimentos cerâmicos (piso, azulejos) são recomendados para tratamento de
absorção acústica. Certo-Errado (Justificar).
Errado. Como são materiais mais “duros”, ou seja, densos, eles absorvem menos o som,
mas isolam mais.
16) Revestimentos cerâmicos (piso, azulejos) são recomendados para evitar a
reverberação acústica (eco) num ambiente. Certo-Errado (justificar).
Errado. Eles são más absorvedores de som, logo refletem mais as ondas acústicas.
17) Porque os materiais cerâmicos apresentam uma boa resistência a compressão e uma
baixa resistência a tração?
Possuem boa resistência a compressão devido as forças interatômicas e ao vidro
formado durante o processo de vitrificação. A resistência a tração é baixa porque ocorre
a formação e propagação de fissuras através da seção transversal do material, numa
direção perpendicular à carga aplicada (a cerâmica é um material que se caracteriza pela
ruptura frágil).
18) Desenhar o diagrama de variação do módulo de ruptura de uma cerâmica em função
de sua porosidade.
Quanto mais poroso, menor a tensão suportada.
19) Como podem ser medidas a absorção de água e a sucção de um material cerâmico?
Deve-se secar o material em estufa e realizar sua pesagem no estado seco. Em seguida,
deve-se deixar o material completamente imerso durante um período de 24 horas,
medindo-se seu peso saturado. A absorção é dada por AA = (P sat – Pseco)/Pseco x 100. A
sucção, por sua vez, é medida pela imersão parcial do material em água (cerca de 3 mm)
por um período mais curto (1 minuto), realizando os mesmos procedimentos de
pesagem.
20) Explicar porque tijolos comuns com absorção > 22 % e < 8 % são ruins para o
assentamento.
Tijolos com alta absorção (> 25%) são ruins para o assentamento porque absorvem água
da argamassa em excesso, retirando parte da água necessária para a pasta reagir
completamente.
Por outro lado, tijolos com baixa absorção (< 8%) são ruins porque não possibilitam que
a pasta e a água penetrem nos mesmos – esse processo de penetração (quando não
ocorre em excesso) colabora para a adesão entre a pasta e o material cerâmico.
21) Descrever sucintamente os processos de fabricação das peças cerâmicas (da extração
da argila até a obtenção da peça cerâmica acabada).
1. Exploração da jazida:
Para a escolha de uma jazida, devem ser considerados os seguintes fatores:
localização, topografia do local, características geológicas, características do
barro relacionadas com a posterior aplicação e facilidade x dificuldade de
remoção da camada superficial.
2. Preparação da matéria-prima e da massa:
i. Sazonamento: consiste no apodrecimento da argila através de uma
exposição mais ou menos prolongada às intempéries, com o objetivode
propiciar a fermentação da matéria orgânica, a lavagem de sais solúveis,
a desagregação dos torrões e a oxidação de piritas.
ii. Eliminação das impurezas grosseiras: pode ser por sedimentação,
centrifugação, entre outros métodos.
iii. Maceração: é a desintegração, trituração e peneiramento do material
para obtenção de partículas menores.
iv. Loteamento do barro: consiste numa correção da argila para dar à
mistura a composição desejada relacionada com sua posterior
aplicação.
v. Amassamento da mistura: é a adição de água (ou não) para
proporcionar homogeneidade e preparar a pasta para a moldagem.
3. Moldagem: é a operação que vai dar forma desejada à pasta cerâmica, pode ser
realizada de várias formas e com diferentes teores de adição de água.
4. Secagem: tem como objetivo evaporar a maior quantidade possível de água
antes da queima, tornando a peça suficientemente resistente para ser
manuseada. Esse procedimento também pode ser realizado de várias formas,
de acordo com a velocidade de secagem.
5. Cozimento (queima): é esta etapa que vai dar origem ao processo de
vitrificação, que dará coesão e resistência às peças cerâmicas. Para o cozimento,
também existem diferentes tipos de forno.
6. Esmaltação: é o processo de colocação de uma camada homogênea de vidrado
cerâmico nas peças, a qual é feita de fritas (vidro moído), corantes e aditivos. A
esmaltação pode ou não ser realizada (não é uma etapa obrigatória).
22) Qual é o objetivo do sazonamento da argila depois da extração da mesma?
Propiciar a fermentação da matéria orgânica (que aumenta a porosidade), a lavagem de
sais solúveis (que dão origem as eflorescências), a desagregação dos torrões e a
oxidação de piritas.
23) Descrever o processo de moldagem com pasta plástica consistente, a seco ou semi-
seco e com pasta fluida (barbotina).
24) Descrever o princípio de funcionamento de um forno contínuo.
25) Porque, em alguns casos, são aplicados esmaltes ou vidrados na superfície das peças
cerâmicas?
- Impermeabilizar;
- Melhorar a estética;
- Facilitar a limpeza;
- Aumentar a resistência mecânica;
- Aumentar a resistência ao desgaste;
- Aumentar a resistência química.
26) Qual é a diferença entre monoqueima e biqueima de revestimentos cerâmicos
esmaltados?
27) Definir a gretagem. Qual é sua origem?
28)
a. Dar um exemplo de material cerâmico de baixa vitrificação.
Tubos e manilhas.
b. Dar um exemplo de material cerâmico de alta vitrificação.
Louça e grés cerâmico.
29) Como pode ser verificada rapidamente a qualidade de um bloco/tijolo cerâmico na
hora da compra ou no recebimento de um lote?
- Procedência conhecida;
- Grande ocorrência de quebras durante o transporte;
- Som (se for limpo = bom cozimento, se for cavo = mau cozimento);
- Cor (de pouca importância, mas cores desmaiadas ou miolo escuro = material cru e/ou
com matéria orgânica não oxidada. Cores muito carregadas = excesso de vitrificação,
que pode prejudicar o assentamento);
- Regularidade de forma e igualdade de dimensões;
- Arestas vivas e cantos resistentes;
- Homogeneidade da massa com ausência de fendas, trincas, cavidades e corpos
estranhos;
- Facilidade de corte;
- Absorção de água entre 8-25%;
- Resistência à compressão dentro das normas.
30) Tijolos furados: considerando uma percentagem total de furos de 20%, furos
pequenos e numerosos aumentam o isolamento térmico. Certo-errado (justificar)
Certo. Quanto mais vazios de ar em um material, maior será seu isolamento térmico.
31) Comentar a seguinte figura:

32)
a. O que são eflorescências?
São depósitos salinos que formam na superfície de materiais cerâmicos, elas
provocam má aparência, deslocamento e queda de revestimento.
b. Qual é a origem das eflorescências?
Da recristalização de sais.
c. Como podem ser evitadas as eflorescências?
Sendo lavadas de melhor forma os sais solúveis.
33) Quais são as principais vantagens dos tijolos furados em relação aos tijolos maciços?
(Citar 4).
- Menos peso por unidade de volume aparente;
- Dificulta a propagação da umidade e favorece a dessecação das paredes;
- Apesar da redução da seção carregada, os tijolos furados podem ter tensões de
utilização referidas à seção plena (sem descontar os furos) da mesma ordem de
grandeza dos tijolos maciços – isso ocorre devido a melhor qualidade proveniente do
apuro na produção;
- Melhor isolamento térmico.
34) Qual deve ser a orientação dos furos em relação à direção da carga se os tijolos
(blocos) são usados em alvenaria estrutural (fazer um desenho)?
Deve ser paralelo à principal direção dos furos.
35)
a. Descrever o ensaio de resistência à compressão dos tijolos comuns maciços.
A cada lote de 50000 tijolos, serão recolhidos 25 aleatoriamente, dos quais 10 serão
ensaiados. Cada tijolo é cortado ao meio perpendicularmente à sua maior
dimensão. As duas metades são unidas pelas faces maiores com uma fina camada
de pasta de cimento. As faces paralelas à junta são regularizadas também com uma
fina camada de pasta. Após o endurecimento da pasta, os corpos de prova são
imersos em água potável por 24 horas e ensaiados na condição de saturados,
através da aplicação de uma carga progressiva de 0,5 kg/cm²segundo.
b. Descrever o ensaio de resistência à compressão dos tijolos comuns furados.
36) Citar alguns ensaios normalizados que podem ser realizados para verificar a qualidade
e de tijolos/blocos cerâmico?
37) Quais são as principais conseqüências (no assentamento) do uso de blocos fora do
padrão recomendado pela norma (Ex.: dimensões irregulares, falta de planeza da
faces, etc.)
As principais consequências são a diminuição na facilidade de manuseio dos blocos e o
aumento no consumo de argamassa, o que acarreta num trabalho maior e num maior
custo.
38) Porque a absorção de água dos tijolos comuns não deve ser muito alta (Ex.: > 22%) e
também muito baixa (Ex.: < 8%).
Porque isso dificulta o assentamento.
39) Quando ou como são usadas as tavelas?
As tavelas são usadas na fabricação de lajes mistas, com a finalidade de realizar o
preenchimento dos vãos entre vigas e lajes.
40) Porque o barro usado na fabricação das telhas deve ser “mais fino” do que aquele
usado na fabricação de tijolos comuns?
O barro deve ser mais fino e homogêneo para proporcionar maior impermeabilidade e
resistência a flexão.
41) Descrever o princípio do ensaio de avaliação da (im)permeabilidade das telhas
comuns.
Construir sobre a telha um anel de argamassa ou um marco metálico impermeável de 7
cm de altura ligado a telha por meio de cera. Depois colocar água no reservatório que
fora construído até uma altura de 5cm. Uma boa telha não deve deixar passar umidade
por 24 horas; a umidade só deverá aparecer após 48 horas, sem apresentar
gotejamento.
42) Descrever o ensaio de resistência a flexão das telhas comuns que pode ser feito no
canteiro da obra.
Esse ensaio consiste em deixar a telha imersa em água por um período de 24 horas e,
posteriormente, apoiar suas extremidades, carregando-a com o peso de um homem
médio. As telhas, mesmo de segunda categoria, devem resistir bem a esse
carregamento.
43) As normas recomendam que as manilhas de grés cerâmico sejam vidradas somente
externamente. Certo-Errado (justificar)
Errado. Deveriam ser utilizadas as vidradas internamente porque é essa parte das
manilhas que fica em contato com os líquidos.
44) Descrever o ensaio de resistência à compressão diametral aplicado as manilhas.
Nesse ensaio, o tubo é apoiado sobre dois apoios rígidos, afastados de tantos
centímetros quantos decímetros tiver o diâmetro do tubo. Esse tubo recebe, então, o
carregamento por um terceiro cutelo.
45) Como a “ligação” entre a argamassa de assentamento e a face inferior de um azulejo
ou ladrilho (tardoz) pode ser melhorada?
Pode ser melhorada através da marcação de saliências e reentrâncias na face interna,
bem como da existência de uma rugosidade característica nessa superfície.
46) Como as normas internacionais (e brasileiras) classificam os revestimentos cerâmicos?
1. Qualidade superficial: é determinada pela presença de determinados defeitos de
fabricação (trincas, gretas, falta de esmalte, ondulações, etc.). Pode ser:
i. Classe A: nenhum defeito verificado a distância de 1 m;
ii. Classe C: algum defeito verificado a distância de 1 m;
iii. Classe D: algum defeito verificado a uma distância de 3 m.
2. Absorção de água.
3. Aspecto dimensional: comprimento dos lados e espessura, retitude dos lados,
ortogonalidade, planaridade de superfície, curvatura lateral, empeno.
4. Dilatação térmica.
5. Carga de ruptura.
6. Resistência ao impacto: resistência da cerâmica quando submetida ao impacto de uma
esfera de aço com diâmetro de 19 mm a uma altura de 1 m. As classes variam de 1
(baixa resistência) à 4 (alta resistência).
7. Resistência às manchas: é a facilidade e eficiência com que podem ser removidas
sujeiras, manchas e outros materiais que entram em contato com a superfície. As
classes variam de 1 (impossível remover a mancha) à 5 (máxima facilidade de remoção
da mancha com água).
8. Resistência química: é a capacidade do revestimento de não alterar sua aparência
quando em contato com produtos químicos. As classes são: A (alta resistência), B
(média) e C (baixa).
9. Expansão por umidade.
10. Coeficiente de atrito: é a resistência oferecida ao escorregamento.
11. Resistência ao risco: mede a deterioração da superfície (Dureza Mohs) que provoca
uma redução gradual do brilho e torna a peça mais difícil de limpar.
12. Resistência à abrasão: é o desgaste da superfície causada pelo movimento de pessoas
e objetos provocando perda de brilho, variações de tonalidades, etc. Pode ser medida
através de dois métodos:
i. Abrasão superficial: para revestimentos esmaltados, mede-se o PEI, variando
da Classe 0 (revestimento de parede) até a Classe 5 (tráfego super intenso);
ii. Abrasão profunda: para revestimentos não-esmaltados, consiste na medição do
volume de material removido da superfície da peça, quando submetida a ação
de um disco rotativo de um material abrasivo específico.
47) O grés porcellanato é um revestimento esmaltado?
48) O que representa o PEI (porcelain enamel institute)?
49) Dar a(s) característica(s) críticas que deverá(ão) ser levada(s) em conta na hora da
especificação de um material cerâmico para os seguintes ambientes de aplicação:
a. Banheiros residenciais;
Baixa expansão por umidade, alta resistência química;
b. Fachadas e terraços;
Baixa expansão por umidade;
c. Câmaras frigoríficas;
Baixa expansão por umidade;
d. Saunas;
Baixa expansão por umidade;
e. Pisos industriais;
Alta resistência ao impacto, facilidade na remoção de manchas, alta resistência
química;
f. Paredes internas;
g. Escadas e rampas;
Coeficiente de atrito;
h. Hospital;
Facilidade de remoção de manchas, alta resistência química, alta dureza Mohs;
i. Garagens;
Alta resistência ao impacto;
j. Laticínios, matadouros e açougues;
Facilidade de remoção de manchas, alta resistência química;
k. Piscinas;
Baixa expansão por umidade, alta resistência química;
l. Pisos para posto de gasolina;
Alta resistência ao impacto, facilidade na remoção de manchas, alta resistência
química;
m. Quarto de crianças;
n. Cozinhas, restaurantes e padarias;
Alta resistência ao impacto, Facilidade na remoção de manchas, alta resistência
química;
o. Churrasqueiras, lareiras, fogões industriais;
Refratariedade;
p. Shopping Center;
Alta dureza Mohs;
q. Área externa com aclive ou declive;
Baixa expansão por umidade, alto coeficiente de atrito, alta dureza Mohs.
50) Um azulejo cerâmico de 5 x 200 x 200 mm absorve 2,5 g de água, qual é sua porosidade
aparente? Resposta: 1,25 %

51) Um tijolo (240 x 115 x 52 mm) pesa 2,50 kg seco e 2,57 kg saturado em água.
a. Calcular a densidade aparente. Resposta: 1,74 g/cm3;
b. Calcular a absorção de água em peso. Resposta: 2,8 %;
c. Será que esse tijolo preenche as características de absorção para proporcionar
uma boa aderência com a argamassa de assentamento (justificar).

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