Você está na página 1de 15

TERMO DE REFERÊNCIA

1. OBJETO:
Contratação de empresa de engenharia sob o regime de empreitada a preços unitários para
execução das obras do Sistema de Esgotamento Sanitário Citrolândia no Município de Betim-
MG.

O Sistema de Esgotamento Sanitário Citrolândia é composto pelos Interceptores Santa Luzia e


Bandeirinha; Redes coletoras; Elevatórias de esgoto EEE Bandeirantes e EEE Final com suas
respectivas linhas de recalque; Emissário e a ETE Citrolândia.

A Estação de Tratamento de Esgotos será implantada em duas etapas, sendo o objeto deste
Termo de Referência a primeira etapa que contempla Tratamento Preliminar, Reator UASB com
sistema de biofiltro e queimador de gás e Leitos de Secagem.

Este Termo de Referência tem por objetivo descrever todos os serviços e fornecimentos que
serão contratados, de forma a permitir a empresa contratada o conhecimento dos critérios para a
execução das atividades.

No decorrer deste Termo de Referência designamos como CONTRATANTE a Prefeitura


Municipal de Betim e como CONTRATADA a Empresa vencedora do processo licitatório. A
Fiscalização será feita pela Diretoria de Obras de Infraestrutura e Edificações da ECOS -
Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim.

2. JUSTIFICATIVA
A Citrolândia é uma das regionais do município de Betim, localizada a aproximadamente 7,5 km
do centro e localizado às margens da rodovia federal BR 381 (Fernão Dias).
De acordo com o censo do IBGE, em 2010, a população da regional era de aproximadamente
10.960 habitantes e boa parte destas pessoas atualmente não possuem sistema de tratamento de
esgoto.
A regional também recebeu nos últimos anos investimentos do programa Minha Casa Minha Vida,
com a implantação de condomínios residenciais.

1
Em virtude do crescimento populacional da região e a necessidade de melhorar as condições de
saúde básica dos seus habitantes, faz-se necessária à instalação de redes coletoras de esgoto,
bem como o seu tratamento.
Em 2007 foi firmado um Termo de Compromisso Nº 0.218.593-77 com Ministério das Cidades
para o programa PPI-Intervenções em Favelas, onde dentre outros serviços, deverão ser
finalizados as redes e interceptores de esgoto. E para dar “funcionalidade” aos serviços
executados, uma das metas é a obrigatoriedade de construção de uma Estação de Tratamento
de Esgotos.

3. ESPECIFICAÇÃO DO OBJETO
O conjunto proposto para o Sistema de Esgotamento Sanitário Citrolândia é composto pelos
seguintes itens:
 Interceptor e Redes Coletoras Santa Luzia
 Interceptor e Redes Coletoras Bandeirinha
 Elevatória de Esgoto EEE Bandeirantes
 Elevatória de Esgoto EEE Final
 Emissários
 ETE Citrolândia

3.1 INTERCEPTOR E REDES COLETORAS SANTA LUZIA

O interceptor Santa Luzia receberá o esgoto gerado em uma porção do bairro Colônia Santa
Isabel. Esta região apresenta ocupação tipicamente residencial.

O interceptor terá início num PV existente na Rua Santa Luzia, próximo à esquina com a Rua
Wilson Martins. Esse PV, denominado PVE01. No trecho inicial, o interceptor seguirá para a
esquerda do lançamento da galeria pluvial e fará a travessia subterrânea, entre o PV03 e o PV04,
passando a seguir pela margem direita do córrego. O interceptor seguirá até lançar em um trecho
já executado pela prefeitura, cerca de 150 m à montante da Rua Recanto do Sossego. Esse
trecho já existente segue até a montante imediata da Rua Recanto do Sossego. Após passar por
esse trecho, o interceptor fará a travessia do córrego Bandeirinha e encaminhará o efluente até a

2
elevatória Bandeirantes. As redes coletoras projetadas estão localizadas na Rua Bela Vista e em
ruas sem nome. Foram dimensionadas trechos em PVC com DN 150 mm.

3.2 INTETCEPTOR E REDES COLETORAS BANDEIRINHA

O interceptor Bandeirinha receberá o esgoto gerado em uma porção do bairro Colônia Santa
Isabel. Esta região apresenta ocupação tipicamente residencial.

O projeto se inicia em trechos já executados pela prefeitura, tanto em sua margem direita quanto
na margem esquerda.

Em função da topografia local, foram previstas quatro travessias ao longo do trajeto, sendo uma
sobre grota e três sobre o Córrego Bandeirinha.

Serão implantados trechos aéreos, em ferro fundido objetivando o alteamento do trecho final. O
traçado desse trecho do interceptor segue a margem do córrego Bandeirinha. A partir do ponto
em que isso se torna inviável, foi projetada uma travessia até a margem esquerda.

A margem esquerda do interceptor se inicia num PV existente (PEE-01) localizado no


acostamento da MG-155, seguindo por um curto trecho, pela rodovia, até o córrego. O traçado foi
elaborado visando manter a cota dos PVs acima da cota de inundação. Em determinados pontos,
em função da topografia local, foi previsto a implantação de gabiões para conter o terreno e
garantir a proteção da tubulação.

Ao final desse trecho, o interceptor alcança a Rua Alan Kardec, de onde segue para a margem do
córrego, onde recebe o braço direito do interceptor. À jusante desse ponto, foi necessária uma
nova travessia para a margem direita, e em seguida para a margem esquerda devido à
inviabilidade do traçado e objetivando executar a interligação com o trecho existente.

O interceptor Bandeirinha será interligado a um PV existente (PEE-02) localizado cerca de 40 m


após cruzamento com a Rua Emílio Ribas. Ressaltamos que à jusante deste PV existe um trecho
já executado pela prefeitura com diâmetros DN 250 mm e DN 150 mm, de montante para jusante.

Tendo em vista que, o interceptor proposto possui diâmetro DN 200 mm, o trecho existente em
150 mm deverá ser refeito e interligado à Elevatória Bandeirantes.

3
As redes coletoras projetadas estão localizadas nas ruas Frei Damião, Geraldino Carvalho, Santa
Cecília e Geraldo Madureira Ramos, situadas na margem esquerda do córrego. Foram
dimensionados trechos em PVC com DN 150 mm. Também há uma rede coletora na Rua Olaria
que está sendo interligada ao PVD01A. A ligação será em ferro fundido

3.3 ELEVATÓRIA DE ESGOTO EEE BANDEIRANTES

A elevatória EEE Bandeirantes será responsável em recalcar os esgotos provenientes da Colônia


Santa Isabel, mais precisamente, as áreas de contribuição dos Interceptores Bandeirinha e Santa
Luzia. Os esgotos serão bombeados para a um ponto notável do bairro (ponto alto) localizado na
Rua Edson Barbosa (PV-01 – Emissário) e em seguida o esgoto será conduzido por gravidade
até a EEE final, localizada dentro da área da ETE Citrolândia.

3.4 ELEVATÓRIA DE ESGOTO EEE FINAL

A elevatória EEE Final será responsável em recalcar os esgotos provenientes das bacias do
Colônia Santa Isabel e Goiabinha.

Os esgotos serão bombeados para o tratamento preliminar da ETE Citrolândia, de onde seguirá
por gravidade para o tratamento.

3.5 EMISSÁRIO

O emissário receberá os esgotos provenientes da EEE Bandeirantes e da EEE Goiabinha.

O emissário terá início num PV-01, localizado no início da Rua Edson Barbosa. Esse PV receberá
a vazão recalcada da EEE Bandeirantes e à jusante, no PV-12, o emissário recebera a vazão
recalcada da EEE Goiabinha.

No trecho final do emissário deverá ser implantada travessia aérea sobre o córrego Goiabinha,
próximo ao encontro com o Rio Paraopeba. Essa travessia será executada sobre pilaretes
(Trecho PV-16 até PV-19) devido à cota do NA Max do rio (área sujeita a inundação) e a chegada
à EEE Final, que se encontra dentro da área da ETE Citrolândia.

4
O emissário será implantado em PVC, DN 200 e 250 mm. Também possuirá um trecho a ser
executado em Método não destrutivo em PEAD, DE280 mm, SDR21 - PN8 (trecho do PV-15 ao
PV-16) e a travessia em ferro fundido sobre pilaretes.

3.6 ETE CITROLÂNDIA – UNIDADES DA ETE

A ETE Citrolândia será implantada em etapas, atendendo diretrizes da COPASA no que tange as
unidades a serem implantadas em cada etapa. Já o número de unidades a serem implantadas em
cada etapa foi definido conforme vazão afluente ao sistema.

A tabela abaixo apresenta as unidades a serem implantadas em cada etapa.

Quadro 1: Etapalização

Etapa Período Unidades a serem implantadas

 Tratamento preliminar
 Reator UASB (01 unidade)
 Biofiltro (01 unidade)
2017-
Etapa 01  Leitos de secagem (03 unidades)
2026
 Queimador de biogás (01 unidade)
 Sistema medidor de vazão tipo calha Parshall (01
unidade)
 Administração / Laboratório (01 unidade)
 Reator UASB (01 unidade)
2027-  Biofiltro (01 unidade)
Etapa 02
2037  Filtro Biológico Percolador (02 unidades)
 Decantador Secundário (02 unidades)
 Leitos de secagem (03 unidades)

Vale lembrar que este Termo de Referência trata exclusivamente da Etapa 01 das obras da
ETE Citrolândia.

Tratamento preliminar

O tratamento preliminar objetiva a remoção de sólidos grosseiros e de partículas de areia, uma


vez que estes sólidos podem ocasionar problemas nos equipamentos e tubulações instalados a
jusante. Além disso, estes materiais, em sua maioria, não são passíveis de tratamento biológico
devido à sua natureza inerte ou pouco degradável, o que pode ocasionar sérios problemas nas

5
unidades de tratamento biológico. Portanto, para um correto funcionamento das unidades de
tratamento biológico, é imprescindível o bom funcionamento das unidades constituintes do
tratamento preliminar.

No tratamento preliminar predominam os mecanismos físicos de remoção, por meio dos quais se
torna possível a remoção de sólidos grosseiros na grade e de grãos com diâmetro superior a
0,2 mm no desarenador.

Gradeamento

O canal de acesso ao tratamento preliminar possui uma grade média de limpeza mecanizada do
tipo cremalheira. Foi prevista também um canal paralelo com grade média de limpeza manual
para ser utilizada nos momentos de manutenção da grade cremalheira e/ou caso a mesma
apresenta alguma avaria.

Nestas unidades ficam retidos os sólidos de dimensões superiores ao espaçamento das barras.

Caixa de areia

A caixa de areia localiza-se após o sistema de gradeamento. Nesta unidade os grãos de areia em
suspensão na massa líquida, com diâmetro superior a 0,2 mm e densidade superior a 2,65 kg/L,
sedimentam-se de forma discreta, devido à taxa de aplicação superficial.

A limpeza da unidade deverá ser feita de forma manual e o material removido encaminhado para
aterro controlado.

Reator UASB

Após o tratamento preliminar do esgoto sanitário afluente à ETE, segue a etapa de tratamento
biológico em reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo (UASB) .

Ao ingressarem no reator anaeróbio, os sólidos biodegradáveis presentes na massa líquida


passam a servir de substrato orgânico para a comunidade de microorganismos anaeróbios e/ou
facultativos presentes. Os processos de estabilização da matéria orgânica passível de
decomposição ocorrem em sua maioria nas zonas mais profundas do reator, correspondentes à
câmara de digestão.

6
As câmaras de digestão são delimitadas superiormente por dispositivos de retenção da manta de
lodo em suspensão (biomassa) e recolhimento do biogás produzido, denominados separadores
trifásicos ou coifas.

Os sólidos eventualmente arrastados por correntes de fluxo ascendente de maior intensidade,


desprendendo-se da manta de lodo em suspensão, poderão atingir as partes superiores do
reator, situadas entre as coifas, correspondentes aos compartimentos de decantação. Nestas
regiões, devido à ausência de gases e à maior área superficial disponível para o escoamento do
fluido, desenvolvem-se baixas taxas de aplicação superficial, o que propicia a sedimentação e
retorno dos sólidos suspensos para a zona de reação (compartimento de digestão).

Por sua vez, as bolhas de gases produzidos durante o processo bioquímico de digestão
anaeróbia da matéria orgânica, principalmente metano e dióxido de carbono, em sua trajetória
ascendente e retilínea, são recolhidas diretamente nas aberturas inferiores das coifas ou
desviadas para estas por meio dos defletores.

O esgoto tratado no reator anaeróbio é recolhido na superfície livre da massa líquida. As calhas
de coleta conduzem o efluente tratado até a tubulação de onde seguem para o filtro biológico
percolador.

Produção de lodo

Em reator anaeróbio tipo UASB, a acumulação de lodo se dá após alguns meses de operação
contínua. A taxa de acumulação de lodo depende essencialmente do tipo de efluente.

O descarte do lodo excedente do reator UASB deve ser realizado periodicamente, caso contrário
o seu acúmulo no interior do reator poderá ocasionar a perda excessiva de sólidos para o
compartimento de decantação e, consequentemente, deteriorar a qualidade do efluente e
provocar problemas operacionais no filtro biológico percolador. Desta forma, é necessário
determinar a melhor rotina de descarte de lodo, em função do nível de lodo no reator UASB e da
concentração de sólidos suspensos no efluente líquido, de modo a evitar a deterioração da sua
qualidade.

7
Deve ser previsto um sistema de amostragem do lodo do interior do reator UASB, o qual deve ser
constituído de 4 registros ao longo do compartimento de digestão (alturas: 0,50m; 1,00m; 1,50m;
2,00 m), a fim de possibilitar o monitoramento do crescimento e da qualidade da biomassa no
reator. A partir do monitoramento contínuo da biomassa é possível identificar a altura e a
concentração do leito de lodo no reator, possibilitando o estabelecimento de rotinas de descarte
do lodo.

Escuma

A escuma constitui-se em uma camada de materiais flutuantes que se desenvolve na superfície


de reatores anaeróbios. Junto a essa matriz podem estar presentes gorduras, óleos, ceras,
sabões, restos de alimentos, cascas de frutas e vegetais, cabelo, papel e algodão, pontas de
cigarros, materiais plásticos e materiais similares. O acúmulo da escuma no reator UASB pode
ocorrer tanto no interior do separador trifásico quanto na superfície do decantador.

A passagem natural do biogás produzido pelo reator pode ser afetada pela camada de escuma
sobrenadante dentro do separador trifásico, podendo haver desvio do fluxo para o decantador,
comprometendo a retenção de sólidos e a qualidade do efluente. Sendo assim é de suma
importância determinar um protocolo adequado para a remoção desse subproduto. Essa retirada
deve ser periódica de forma a não permitir que a escuma alcance maiores concentrações e
dificulte a sua remoção.

Leitos de Secagem

O lodo excedente do reator UASB deverá ser descartado nos leitos de secagem e, após seco,
encaminhado ao aterro controlado.

4. CAPACIDADE TÉCNICA

4.1. A documentação relativa à QUALIFICAÇÃO TÉCNICA constituirá em:


a) Comprovante de registro da empresa no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia –
CREA;
b) Comprovação da qualificação técnica operacional da empresa e do responsável técnico,
mediante apresentação de atestado(s) fornecido(s) por pessoa(s) jurídica(s) de direito público ou

8
privado, demonstrando aptidão para desempenho de atividades pertinentes e compatíveis em
características, quantidades e prazos com o objeto da licitação.
b.1) Na aptidão referida acima deverá ser comprovada a efetiva execução pela empresa, de
serviços de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior
relevância e valor significativo do objeto da licitação, a seguir discriminadas:
1. Escoramento contínuo de valas – Padrão SUDECAP – Tipo A – madeira roliça
D=11,0 a 15,0cm – 1394,22m²;
2. Escoramento de valas com utilização de estrutura de aço tipo blindagem pesada,
para valas com profundidade acima de 2,00m – 3.576,13m²;
3. Montagem de ligações prediais de esgoto sanitário compreendendo: Escavação
manual e/ou mecanizada de valas, escoramentos, drenagens, fornecimento e
assentamento de tubos e conexões em PVC DN 100, valas, nivelamento e apiloamento
do fundo de valas, prof. até 1,50m – 656,0m;
4. Construção de pavimento com aplicação de concreto betuminoso usinado a quente
(CBUQ), camada de rolamento, com espessura de 5,0cm exclusive transporte –
193,10m³;
5. Muro de Gabião, enchimento com pedra de mão tipo rachão, de gravidade, com
gaiolas de comprimento igual a 2,0 metros, altura do muro até 4 metros – Fornecimento
e Execução – 340,20m³;
6. Concreto FCK 40 Mpa usinado – Fornecimento, Transporte,
bombeamento/lançamento e adensamento – 118,52m³.

5. RECURSOS DE PESSOAL
5.1 A CONTRATADA disponibilizará equipe técnica pra a execução da obra compatível com o
objeto licitado.
5.2 É de inteira responsabilidade da CONTRATADA o treinamento, qualificação e quantificação
dos recursos de mão-de-obra, material e equipamentos necessários aos trabalhos para o
cumprimento dos prazos e demais exigências deste Termo de Referência.

5.3 A CONTRATADA deverá manter seus empregados uniformizados em um só padrão,


trazendo, cada um, o seu respectivo crachá de identificação com fotografia, nome, cargo e
logomarca da empresa.

9
5.4 Caberá a CONTRATADA fornecer os equipamentos de proteção individuais (EPIs)
pertinentes a cada tarefa, bem como garantir que os seus funcionários utilizem corretamente os
mesmos. Os equipamentos de EPI devem estar em conformidade com as especificações da NR6.

5.5 A CONTRATADA deverá manter recursos mínimos de mão-de-obra especializada,


supervisão técnica e administrativa, veículos, equipamentos e ferramentas necessárias à
execução dos serviços de modo a viabilizar o cumprimento dos prazos de execução com a
qualidade determinada pela Contratante.

6. MATERIAIS
6.1 Os materiais, necessários aos serviços objeto deste Termo de Referência, serão adquiridos e
fornecidos pela empresa, bem como a respectiva documentação fiscal para transporte, devendo
ser de primeira qualidade e compatíveis com o padrão adotado pela concessionária de água e
esgoto, com as normas da “ABNT” e padrões existentes no Município de Betim-MG.

6.2 Os materiais serão encaminhados para os locais de execução dos serviços, correndo por
conta da CONTRATADA as despesas de carga, descarga, estocagem, guarda e movimentação,
desde o canteiro principal de obras até os locais de aplicação.

7. ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS


7.1 Os serviços de engenharia referentes à execução das obras do Sistema de Esgotamento
Sanitário Citrolândia compreendem o fornecimento de pessoal técnico qualificado, equipamentos,
veículos, bem como os demais recursos especificados, necessários ao desempenho das
atividades a serem desenvolvidas, em conformidade com os padrões de qualidade definidos nas
normas técnicas pertinentes, nos projetos, e Caderno de Especificações Técnicas de Obras,
anexo a este Edital.
7.2 Todas as instalações provisórias montadas pela Contratada durante a execução do serviço
deverão ser retiradas no seu término.
7.3 Caberá à CONTRATADA dispor de quantitativo de pessoal de modo a atender os requisitos
legais e trabalhistas.
7.4 A CONTRATANTE poderá, a seu critério, solicitar à CONTRATADA a alteração do horário de
trabalho de determinada(s) equipe(s), horário diferenciado, sem que esta mudança implique em

10
pagamento de adicionais pela CONTRATANTE. Os horários diferenciados não ultrapassarão as
44 (quarenta e quatro) horas semanais.

7.5 A CONTRATADA deverá requerer e arcar com as despesas relativas a licenças, alvarás e
autorizações junto aos órgãos responsáveis, necessárias para execução de serviços em vias
públicas, ficando responsável pelas eventuais penalidades aplicadas pelas autoridades
competentes, por transgressão e posturas não aplicáveis, assumindo todo ônus e ações
necessárias desta atividade.

7.6 A CONTRATADA deverá efetuar todos os contatos com outros órgãos e autarquias
necessários ao planejamento e execução dos serviços.

7.7 Sempre que os serviços tiverem que ser executados em pistas de rolamento caberá à
CONTRATADA comunicar por escrito, com cópia para a CONTRATANTE, aos órgãos públicos
competentes, a data de início dos trabalhos, para as providências que se fizerem necessárias.

7.8 A abertura de valetas ou buracos não poderá, em qualquer hipótese, anteceder o início dos
trabalhos por período superior a 24 (vinte e quatro) horas. As valetas ou buracos abertos deverão
ser sinalizados e mantidos fechados com tampas, suficientemente resistentes, para proteção aos
transeuntes e veículos.

7.9 Compete à CONTRATADA a recomposição dos passeios, cercas, meios-fios e pistas de


rolamento, com materiais idênticos aos originais, bem como proceder a remoção de terras,
entulhos e limpeza do local, imediatamente após a execução dos trabalhos, sempre que houver
necessidade de abertura de valetas ou buracos.

7.10 A recomposição deverá obedecer às diretrizes municipais, estaduais e federais pertinentes e


não implicará em majoração da remuneração devida pelos serviços.

7.11 Os custos referentes ao serviço de limpeza geral, para entrega das obras, deverão estar
incluídos no preço composto e ofertado pela CONTRATADA.

11
7.12 Nos casos de possíveis dúvidas decorrentes de conflitos entre o projeto executivo, planilha
orçamentária e memorial descritivo prevalecerá, por ordem decrescente de importância, o que
estiver contido nos seguintes elementos:
a. Memorial Descritivo;
b. Projetos;
c. Caderno de Especificações Técnicas de Obras;
d. Planilha de Orçamento;

8. FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
8.1 A Fiscalização do Contrato ficará a cargo da Diretoria de Obras de Infraestrutura e
Edificações da ECOS - Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e
Trânsito de Betim, com poderes para verificar se os projetos estão sendo cumpridos, se os
materiais são de 1ª (primeira) qualidade (exigindo os testes e ensaios definidos nas Normas da
ABNT) analisar e decidir sobre proposições da CONTRATADA que visem melhorar a execução
da obra, fazer qualquer advertência quanto a qualquer falha da CONTRATADA, recomendar
aplicação de multas ou outras penalidades previstas no contrato.

8.2 Antes do início da prestação do serviço, deverá ser agendada uma reunião de preparação
entre a CONTRATADA e a CONTRATANTE para definição de diretrizes com a CONTRATADA,
que receberá informações gerais sobre o escopo dos trabalhos e esclarecimentos sobre
procedimentos e padrões a serem adotados na execução da obra.
8.3 Sempre que necessário deverão ser realizadas reuniões, convocadas por ambas as partes
(CONTRATANTE/CONTRATADA), em local que melhor convier e que proporcione a maior
eficiência e assertividade técnica do assunto tratado. As reuniões deverão ser registradas em
atas, preferencialmente digitadas e anotadas em Diário de Obras.
8.4 A CONTRATADA se obriga a permitir à fiscalização o acesso às dependências onde se
desenvolverão quaisquer serviços objeto do contrato.

9. RECEBIMENTO PROVISÓRIO E DEFINITIVO DOS SERVIÇOS


9.1 Os recebimentos provisórios e definitivos dos serviços ocorrerão na forma do previsto no
artigo 73, da Lei Federal n° 8.666/93, estando condicionados à conferência, exame qualitativo e

12
aceitação final; obrigando-se a CONTRATADA a reparar, corrigir, substituir eventuais vícios,
defeitos ou incorreções porventura detectados.

9.2 O recebimento definitivo somente se dará após comprovação da entrega dos serviços
contratados e verificação de sua conformidade pela fiscalização, mediante conferência e
aceitação, de acordo com as especificações qualitativas e quantitativas dos serviços previstos.

9.3 Na hipótese de rejeição, de algum serviço executado, fica a CONTRATADA obrigada a sua
reparação, correção, remoção, reconstrução, às suas expensas, em prazo a ser ajustado entre as
partes, contados da notificação a ser expedida pela CONTRATANTE, ou imediatamente, sob
pena de incidência nas sanções previstas na lei 8.666/93.

9.4 Concluídas as correções, a comissão verificará se os serviços/materiais serão aceitos ou não.


Quando todos os reparos forem executados e aceitos pela comissão, esta concluirá o relatório de
vistoria. Tendo a CONTRATADA cumprido todas as outras obrigações pertinentes ao contrato, a
comissão emitirá o "TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO”-TRP.

9.5 Decorridos 90 (noventa) dias da data do TRP e desde que a CONTRATADA tenha corrigido,
às suas expensas, eventuais defeitos e vícios constatados neste período, a comissão de
recebimento emitirá o "TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO" - TRD.

9.6 O recebimento definitivo não exclui a responsabilidade da CONTRATADA, nos termos das
prescrições legais, podendo levar ao cancelamento do contrato, sem prejuízo das sanções
previstas na lei.

10. PRAZO DE ATENDIMENTO


O prazo de execução dos serviços objeto deste Termo de Referência é de 18 (dezoito) meses,
contados a partir da data de assinatura do contrato, podendo o mesmo ser prorrogado conforme
disposto na Lei Federal nº 8.666/93 e demais permissivos legais.

11. MEDIÇÕES E PAGAMENTO

13
11.1 Os serviços serão medidos mensalmente, conforme efetivamente executados e de acordo
com os preços integrantes da proposta aprovada, ressalvada a incidência de reajustamento e/ou
alterações da planilha original pela determinação de Termos Aditivos. Serviços/materiais não
aceitos pela CONTRATANTE não serão objetos de medição, podendo ser reavaliados no período
subsequente.

11.2 As medições serão aferidas em relação aos serviços executados no período do 1º (primeiro)
ao último dia do mês, pela Fiscalização da CONTRATANTE, com a participação da
CONTRATADA. Será formalizada e datada no último dia de cada mês com execução do
processo de pagamento a partir do mês subsequente

11.3 Após a conferência da medição pelas equipes de Fiscalização ela será encaminhada para a
CONCEDENTE DOS RECURSOS, para análise e aprovação. Em seguida à sua autorização,
será enviada para o setor responsável pelo pagamento para conclusão do processo.

11.4 Nenhum pagamento será efetuado à CONTRATADA sem que esta tenha comprovado por
antecipação, mês a mês, a prova de recolhimento do INSS e do FGTS, este acompanhado da
relação nominal dos empregados alocados nos serviços da obra (SEFIP), bem como todos os
encargos trabalhistas se for o caso. Apresentar as guias pagas do GPS e FGTS(GFIP) com o
protocolo de envio, bem como as CND’s do INSS, FGTS e TRABALHISTA. Ao encaminhar a
primeira medição, a Contratada deverá apresentar também a ART (anotação de responsabilidade
técnica) de execução da obra, CEI (cadastro específico do INSS) e o seguro garantia de 5% do
valor do contrato.
11.5 A administração local consiste da execução de todos os serviços administrativos para o
desenvolvimento das obras, incluindo a mão de obra e equipamentos de apoio necessários,
conforme item 1.0 e 1.2 da Planilha Orçamentária.

Os serviços serão medidos em parcelas mensais proporcionais aos percentuais executados e


medidos de todos os serviços de todos os serviços somados em cada medição em relação ao
valor total contratado.
Exemplo:
 Valor contratado exceto o valor referente à administração local = X;

14
 Valor da soma dos serviços executados no mês = Y;
 Valor total do item “Administração Local contratual”= Z;

Valor a medir referente à Administração Local no mês =

12. GARANTIA DOS SERVIÇOS


Todos os serviços executados pela CONTRATADA deverão ser garantidos por 05 (cinco) anos
contados a partir da data de sua conclusão.

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Todos os serviços a serem desenvolvidos deverão ser executados segundo os padrões e
requisitos previstos nas normas técnicas vigentes, normas de saúde e medicina do trabalho.

14. ENCERRAMENTO DO CONTRATO


No vencimento do período contratual, a CONTRATADA será obrigada a entregar à
CONTRATANTE todas as instalações executadas no Município de Betim-MG, em bom estado de
funcionamento e conservação.

Betim, 02 de abril de 2018

____________________________
Gustavo Martins Vieira Rocha
Diretoria Executiva de Operações

15

Você também pode gostar