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Nesta perspectiva, procurou-se reduzir a quantidade instalação de tendas, reboques, caravanas e demais
de exigências de pormenor, sempre sem prejuízo da qua- material e equipamento necessários à prática do cam-
lidade da oferta turística. pismo, mediante remuneração, abertos ao público em
A defesa dos interesses dos consumidores e da qua- geral.
lidade da oferta que se promove institucionalmente não 2 — Nos parques de campismo podem existir áreas
permite, porém, que se vá mais longe na desregulamen- afectas a instalações de alojamento, nos termos a definir
tação da parte respeitante às instalações enquanto não no regulamento a que se refere o n.o 3 do artigo 1.o
existir um quadro legal definidor das características das
entidades exploradoras da actividade de alojamento. Artigo 5.o
Foram ouvidos a Associação Nacional de Municípios,
os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas, Estabelecimentos de restauração e de bebidas
integrados em empreendimentos turísticos
as associações patronais e sindicatos do sector e o Ins-
tituto e associações do consumidor. As disposições do presente diploma relativas à ins-
Assim: talação e ao funcionamento dos empreendimentos turís-
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 201.o da ticos referidos no n.o 2 do artigo 1.o aplicam-se também
Constituição, o Governo decreta o seguinte: aos estabelecimentos de restauração e de bebidas que
deles sejam partes integrantes, não se aplicando o regime
de licenciamento específico da sua actividade, com
CAPÍTULO I excepção dos estabelecimentos de restauração e bebidas
Âmbito que dispuserem de instalações destinadas ao fabrico pró-
prio de pastelaria, panificação e gelados enquadrados
Artigo 1.o na classe D do Decreto Regulamentar n.o 25/93, de 17
de Agosto.
Empreendimentos turísticos
Artigo 6.o
1 — Empreendimentos turísticos são os estabeleci- Conjuntos turísticos
mentos que se destinam a prestar serviços de alojamento
temporário, restauração ou animação de turistas, dis- São conjuntos turísticos as instalações enquadradas
pondo para o seu funcionamento de um adequado con- num espaço demarcado, funcionalmente interdependen-
junto de estruturas, equipamentos e serviços comple- tes, que integrem, para além de algum dos empreen-
mentares. dimentos turísticos previstos nas alíneas a) e b) do n.o 2
2 — Os empreendimentos turísticos podem ser inte- do artigo 1.o, estabelecimentos de restauração e de bebi-
grados num dos seguintes tipos: das e, pelo menos, um estabelecimento, iniciativa, pro-
jecto ou actividade declarados com interesse para o
a) Estabelecimentos hoteleiros;
turismo.
b) Meios complementares de alojamento turístico;
c) Parques de campismo públicos; CAPÍTULO II
d) Conjuntos turísticos.
Competências
3 — Os grupos e as categorias dos empreendimentos
turísticos, bem como os requisitos das respectivas ins- Artigo 7.o
talações, classificação e funcionamento, são definidos Competência da Direcção-Geral do Turismo
através de decreto regulamentar.
1 — Para efeitos do presente diploma, compete à
Direcção-Geral do Turismo, sem prejuízo de outras
Artigo 2.o competências atribuídas por lei:
Estabelecimentos hoteleiros
a) Dar parecer, no âmbito dos pedidos de infor-
São estabelecimentos hoteleiros os empreendimentos mação prévia, sobre a possibilidade da cons-
turísticos destinados a proporcionar, mediante remu- trução de empreendimentos turísticos;
neração, serviços de alojamento e outros serviços aces- b) Dar parecer sobre os projectos de arquitectura
sórios ou de apoio, com ou sem fornecimento de dos empreendimentos turísticos a que alude o
refeições. n.o 2 do artigo 1.o;
c) Autorizar as obras a realizar no interior dos
Artigo 3.o empreendimentos a que se refere a alínea ante-
Meios complementares de alojamento turístico rior, quando não sujeitas a licenciamento muni-
cipal, nos casos previstos no presente diploma;
São meios complementares de alojamento turístico d) Vistoriar os empreendimentos turísticos refe-
os empreendimentos destinados a proporcionar, ridos nas alíneas a), b) e d) do n.o 2 do artigo 1.o,
mediante remuneração, alojamento temporário, com ou para efeitos da sua classificação, revisão da
sem serviços acessórios e de apoio, em conformidade mesma ou desclassificação como empreendi-
com as características e tipo de estabelecimento. mento turístico;
e) Aprovar o nome e a classificação dos empreen-
Artigo 4.o dimentos turísticos referidos nas alíneas a), b)
Parques de campismo públicos
e d) do n.o 2 do artigo 1.o;
f) Atribuir a qualificação de conjunto turístico;
1 — São parques de campismo públicos os empreen- g) Declarar de interesse para o turismo os esta-
dimentos instalados em terrenos devidamente delimi- belecimentos, as iniciativas e os projectos, nos
tados e dotados de estruturas destinadas a permitir a termos previstos no artigo 57.o
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4 — A não emissão de parecer dentro do prazo fixado 5 — A Direcção-Geral do Turismo pode sujeitar a
no n.o 3 entende-se como parecer favorável. aprovação definitiva da classificação pretendida ao cum-
5 — É aplicável ao pedido de informação prévia o primento de condicionamentos legais ou regulamen-
disposto no artigo 16.o tares.
6 — A Direcção-Geral do Turismo deve pronun-
Artigo 13.o ciar-se no prazo de 30 dias a contar da data da recepção
da documentação.
Prazo para a deliberação
Artigo 16.o
O prazo para a deliberação da câmara municipal sobre Parecer desfavorável
o pedido de informação prévia conta-se a partir da data
da recepção do parecer referido no artigo anterior ou 1 — Pode ser emitido parecer desfavorável pela
do termo do prazo estabelecido para a sua emissão. Direcção-Geral do Turismo com fundamento na ina-
dequação do empreendimento turístico projectado ao
uso pretendido nas seguintes situações:
Artigo 14.o
Consulta à comissão de coordenação regional
a) Caso se verifique a existência de indústrias, acti-
vidades ou locais insalubres, poluentes, ruidosos
1 — Quando o empreendimento turístico se situar em ou incómodos nas proximidades do empreen-
área não abrangida por plano de urbanização, plano dimento ou a previsão da sua existência em
de pormenor ou alvará de loteamento válido nos termos plano especial ou municipal de ordenamento
da lei, a câmara municipal deve solicitar o parecer à do território legalmente aprovado;
comissão de coordenação regional competente, no b) Quando não forem preservadas as condições
âmbito do pedido de informação prévia, remetendo-lhe naturais ou paisagísticas do meio ambiente e
para o efeito a documentação necessária no prazo de do património cultural;
oito dias após a recepção do requerimento previsto no c) Quando não existirem vias de acesso adequadas;
artigo 12.o d) Quando não existirem ou forem insuficientes
2 — O parecer referido no número anterior destina-se as estruturas hospitalares ou de assistência
a apreciar a localização do empreendimento turístico. médica, se o tipo e a dimensão do empreen-
3 — A comissão de coordenação regional deve pro- dimento as justificarem;
nunciar-se no prazo de 30 dias a contar da data da e) Quando se situarem na proximidade de estru-
recepção da documentação. turas urbanas degradadas.
4 — A não emissão do parecer dentro do prazo fixado
no número anterior entende-se como parecer favorável. 2 — Pode ainda ser emitido parecer desfavorável pela
Direcção-Geral do Turismo, com fundamento no des-
respeito das normas referidas nas alíneas b) e c) do
SECÇÃO III n.o 3 do artigo anterior.
Licenciamento da construção 3 — Quando desfavorável, o parecer da Direcção-Ge-
ral do Turismo é vinculativo.
Artigo 15.o
Parecer da Direcção-Geral do Turismo Artigo 17.o
Audição prévia
1 — A aprovação pela câmara municipal do projecto
de arquitectura dos empreendimentos turísticos carece 1 — Quando a Direcção-Geral do Turismo estiver na
sempre de parecer da Direcção-Geral do Turismo. posse de elementos que possam conduzir a um parecer
2 — Quando o empreendimento se situe em área desfavorável, esta notifica o interessado, dando-lhe a
abrangida por plano de urbanização, plano de pormenor conhecer os mesmos, antes de o comunicar à câmara
ou alvará de loteamento, à consulta prevista no número municipal.
anterior aplica-se o disposto no artigo 35.o do Decre- 2 — No caso previsto no número anterior pode o inte-
to-Lei n.o 445/91, de 20 de Novembro. ressado, no prazo de oito dias a contar da data da comu-
3 — O parecer da Direcção-Geral do Turismo des- nicação prevista no número anterior, pronunciar-se, por
tina-se a verificar os seguintes aspectos: escrito, junto do director-geral do Turismo, de forma
a) A adequação do empreendimento turístico pro- fundamentada.
jectado ao uso pretendido; 3 — Logo que recebida a resposta do interessado pre-
b) O cumprimento das normas estabelecidas no vista no número anterior, o director-geral do Turismo
presente diploma e seus regulamentos; pode determinar a intervenção de uma comissão, com-
posta por:
c) A localização do empreendimento turístico,
quando este não se situar em área abrangida a) Um perito por ele nomeado, que presidirá;
por plano de urbanização, plano de pormenor b) Um representante da Direcção-Geral do Turismo;
ou alvará de loteamento sobre os quais aquela c) Um representante da Confederação do Turismo
Direcção-Geral tenha sido consultada. Português, salvo se o requerente na sua resposta
indicar outra associação patronal que o repre-
4 — Salvo no que respeita aos parques de campismo sente.
públicos, a Direcção-Geral do Turismo, juntamente com
o parecer, aprova o nome do empreendimento e, a título 4 — Poderão ainda integrar a comissão prevista no
provisório, fixa a capacidade máxima e aprova a clas- número anterior representantes de outros serviços ou
sificação que o mesmo pode atingir de acordo com o organismos cuja intervenção seja considerada conve-
projecto apresentado. niente pelo director-geral do Turismo.
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5 — Na falta ou recusa da emissão do alvará no prazo do artigo 1.o, a licença de utilização turística carece de
previsto nos n.os 2 e 3, o interessado pode proceder parecer da Direcção-Geral do Turismo e do Serviço
à abertura do empreendimento, mediante comunicação, Nacional de Bombeiros, a emitir, respectivamente, nos
por carta registada, à câmara municipal. termos dos artigos 15.o, 16.o, 18.o e 21.o, com as neces-
sárias adaptações, ainda que tal alteração não implique
a realização de obras ou apenas envolva a realização
Artigo 29.o
de obras não sujeitas a licenciamento municipal.
Especificações do alvará 2 — Nos casos previstos no número anterior, o prazo
para a realização da vistoria a que se refere o artigo 26.o
1 — O alvará de licença de utilização turística deve conta-se da data da recepção do último dos pareceres.
especificar, para além dos elementos referidos no
artigo 28.o do Decreto-Lei n.o 445/91, de 20 de Novem-
bro: Artigo 32.o
Utilização turística de edifícios sem anterior licença de utilização
a) A identificação da entidade exploradora do
empreendimento; 1 — Se se pretender utilizar total ou parcialmente
b) O nome do empreendimento; edifícios que não possuam licença de utilização para
c) A classificação provisoriamente aprovada pela neles se proceder à instalação e exploração de um dos
Direcção-Geral do Turismo; empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a
d) A capacidade máxima do empreendimento pro- c) do n.o 2 do artigo 1.o, essa utilização carece de licença
visoriamente fixada pela Direcção-Geral do de utilização turística, a qual é precedida de parecer
Turismo; da Direcção-Geral do Turismo e do Serviço Nacional
e) No caso dos parques de campismo públicos, a de Bombeiros, a emitir, respectivamente, nos termos
classificação e a capacidade máxima confirma- do artigo 15.o, 16.o, 18.o e 21.o, com as necessárias adap-
das ou alteradas pelo presidente da câmara tações, ainda que ela não implique a realização de obras
ou implique apenas a realização de obras não sujeitas
municipal. a licenciamento municipal.
2 — Nos casos previstos no número anterior aplica-se
2 — Sempre que haja alteração de qualquer dos ele- o disposto no n.o 2 do artigo 31.o
mentos constantes do alvará, a entidade titular da licença
de utilização turística ou a entidade exploradora do
empreendimento deve, para efeitos de averbamento, Artigo 33.o
comunicar o facto à câmara municipal no prazo de 30 Caducidade da licença de utilização turística
dias a contar da data do mesmo, enviando cópia à Direc-
1 — A licença de utilização turística caduca:
ção-Geral do Turismo.
3 — O modelo de alvará de licença de utilização turís- a) Se o empreendimento turístico não iniciar o seu
tica é aprovado por portaria conjunta dos membros do funcionamento no prazo de um ano a contar
Governo responsáveis pelas áreas do planeamento e da data da emissão do alvará da licença de uti-
administração do território e do turismo. lização turística ou do termo do prazo para a
sua emissão;
b) Se o empreendimento turístico se mantiver
Artigo 30.o encerrado por período superior a um ano, salvo
Intimação judicial para um comportamento por motivo de obras;
c) Quando seja dada ao empreendimento uma uti-
1 — Nos casos previstos no n.o 5 do artigo 28.o deve lização diferente da prevista no respectivo
o interessado, no prazo de três meses a contar do termo alvará;
do prazo referido nos n.os 2 e 3 do mesmo artigo, pedir d) Se não for requerida a aprovação da classifi-
ao tribunal administrativo de círculo a intimação do pre- cação do empreendimento nos termos previstos
sidente da câmara municipal para proceder à emissão no artigo seguinte;
do alvará de licença de utilização turística, sob pena e) Quando, por qualquer motivo, o empreendi-
de encerramento do empreendimento que tenha sido mento não puder ser classificado ou manter a
aberto nos termos daquele artigo. classificação de empreendimento turístico.
2 — Ao pedido de intimação referido no número
anterior aplica-se, com as necessárias adaptações, o dis- 2 — Caducada a licença de utilização turística, o
posto nos n.os 2 a 8 do artigo 62.o do Decreto-Lei alvará é apreendido pela câmara municipal, por inicia-
n.o 445/91, de 20 de Novembro, sem prejuízo de o pre- tiva própria, no caso dos parques de campismo públicos,
sidente da câmara municipal ter obrigação de emitir ou a pedido da Direcção-Geral do Turismo, nos res-
o alvará de licença de utilização turística. tantes casos.
3 — As associações empresariais do sector do turismo 3 — A apreensão do alvará tem lugar na sequência
que tenham personalidade jurídica podem intentar, em de notificação ao respectivo titular, sendo em seguida
nome dos seus associados, os pedidos de intimação pre- encerrado o empreendimento.
vistos no presente artigo.
SECÇÃO V
o
Artigo 31. Classificação
Alteração ao uso fixado em anterior licença de utilização
Artigo 34.o
1 — Se for requerida a alteração ao uso fixado em
Requerimento
anterior licença de utilização para permitir que o edi-
fício, ou sua fracção, se destine à instalação de um dos 1 — No prazo de dois meses a contar da data da emis-
empreendimentos referidos nas alíneas a) a c) do n.o 2 são do alvará de licença de utilização turística ou do
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termo do prazo para a sua emissão, o interessado deve ção-Geral do Turismo comunicar o facto à câmara
requerer à Direcção-Geral do Turismo a aprovação defi- municipal.
nitiva da classificação dos empreendimentos turísticos. Artigo 37.o
2 — Salvo no caso de se verificar alguma das situações
previstas no n.o 5 do artigo 28.o, o requerimento referido Deferimento tácito
no número anterior deve ser acompanhado de cópia A não realização da vistoria no prazo fixado no n.o 2
do alvará de licença de utilização turística. do artigo 35.o ou a falta de decisão final no prazo referido
3 — A aprovação a que se refere o n.o 1 é sempre no n.o 1 do artigo anterior valem como deferimento
precedida de vistoria a efectuar pela Direcção-Geral tácito do pedido de aprovação definitiva da classificação
do Turismo, nos termos do artigo seguinte. do empreendimento, considerando-se também definitiva
a capacidade máxima do mesmo provisoriamente fixada.
Artigo 35.o
Artigo 38.o
Vistoria para efeitos de classificação
Revisão da classificação e desclassificação
1 — A vistoria a realizar pela Direcção-Geral do
Turismo para a aprovação definitiva da classificação do 1 — A classificação atribuída a um empreendimento
empreendimento destina-se a verificar a observância das pode ser revista pelo órgão competente, a todo o tempo,
normas e dos requisitos relativos à classificação pre- oficiosamente, a solicitação do respectivo órgão regional
tendida estabelecidos nos regulamentos a que se refere ou local de turismo ou a requerimento dos interessados,
o n.o 3 do artigo 1.o nas seguintes situações:
2 — A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias a) Verificada a alteração dos pressupostos que a
a contar da data da apresentação do comprovativo do determinaram ao abrigo das normas e dos requi-
pagamento das taxas a que se refere o artigo 68.o e, sitos previstos nos regulamentos a que se refere
sempre que possível, em data a acordar com o inte- o n.o 3 do artigo 1.o;
ressado. b) Se o interessado, na sequência de vistoria efec-
3 — A vistoria é efectuada por uma comissão com- tuada ao empreendimento, não realizar as obras
posta por: ou não eliminar as deficiências para que foi noti-
a) Dois técnicos da Direcção-Geral do Turismo; ficado no prazo, não superior a 18 meses, que
b) Um representante do órgão regional ou local lhe tiver sido fixado pela Direcção-Geral do
de turismo; Turismo ou pelo presidente da câmara muni-
c) Um representante da Confederação do Turismo cipal, consoante os casos, sem prejuízo do dis-
Português, salvo se o requerente indicar no posto no n.o 3.
pedido de vistoria uma associação que o repre-
sente. 2 — Em casos excepcionais resultantes da complexi-
dade e morosidade da execução dos trabalhos, o prazo
previsto no número anterior pode ser prorrogado por
4 — O requerente participa na vistoria sem direito
um período não superior a 12 meses, a requerimento
a voto.
do interessado.
5 — Compete ao director-geral do Turismo convocar
3 — Sempre que as obras necessitem de licença cama-
as entidades referidas nas alíneas b) e c) do n.o 3 e
rária, o prazo para a sua realização é o fixado pela
o requerente com a antecedência mínima de oito dias.
câmara municipal na respectiva licença de construção.
6 — A ausência dos representantes referidos nas alí-
4 — Caso se verifique, na sequência de vistoria efec-
neas b) e c) do n.o 3 e do requerente, desde que regu-
larmente convocados, não é impeditiva nem constitui tuada ao empreendimento, que o mesmo não reúne os
justificação da não realização da vistoria. requisitos mínimos para poder ser classificado em qual-
7 — Depois de proceder à vistoria, a comissão refe- quer tipo, grupo e categoria de empreendimento turís-
rida no número anterior elabora o respectivo auto, do tico, deve ser determinado o seu imediato encerramento
qual deve constar a capacidade máxima do empreen- temporário até que sejam realizadas as obras ou eli-
dimento, devendo entregar uma cópia ao requerente. minadas as deficiências que permitam atribuir-lhe uma
nova classificação.
5 — No caso previsto no número anterior, o presi-
Artigo 36.o dente da câmara municipal, oficiosamente ou a soli-
citação da Direcção-Geral do Turismo, deve apreender
Classificação
o respectivo alvará de licença de utilização turística
1 — No prazo de 15 dias a contar da realização da enquanto não for atribuída ao empreendimento nova
vistoria referida no artigo anterior ou, não tendo havido classificação.
vistoria, do termo do prazo para a sua realização, a 6 — À alteração da capacidade máxima dos empreen-
Direcção-Geral do Turismo deve, a título definitivo, dimentos turísticos aplica-se, com as necessárias adap-
aprovar a classificação do empreendimento e fixar a tações, o disposto no n.o 1.
respectiva capacidade máxima, sem prejuízo do disposto
no n.o 4 do artigo 38.o Artigo 39.o
2 — Quando a classificação ou a capacidade máxima Recurso hierárquico
definitivas não coincidam com a classificação ou a capa-
cidade provisórias, a decisão deve ser fundamentada. 1 — Quando o interessado não concorde com a clas-
3 — A classificação e a capacidade máxima definitivas sificação ou a capacidade máxima atribuídas pela Direc-
do empreendimento são averbadas ao alvará de licença ção-Geral do Turismo nos termos do artigo 36.o ou com
de utilização turística, devendo para o efeito a Direc- a revisão efectuada nos termos dos n.o 1 do artigo ante-
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rior, com a necessidade de proceder a obras, com o 4 — Salvo quando pertencem à mesma organização,
prazo fixado para a sua realização, pode interpor recurso aos empreendimentos turísticos não podem ser usados
hierárquico para o membro do Governo responsável nomes iguais ou por tal forma semelhantes a outros
pela área do turismo. já existentes ou requeridos que possam induzir em erro
2 — Logo que interposto o recurso, o membro do ou serem susceptíveis de confusão.
Governo referido no número anterior pode determinar 5 — A expressão «residencial» só pode ser incluída
a intervenção de uma comissão composta por: no nome dos estabelecimentos hoteleiros que como tal
forem classificados pela Direcção-Geral do Turismo, nos
a) Um perito por ele nomeado, que presidirá;
termos a estabelecer em regulamento.
b) Dois representantes da Direcção-Geral do
6 — Salvo nos casos expressamente previstos na lei
Turismo;
e naqueles que pela sua natureza não se encontrem
c) Um representante do órgão regional ou local
em situação de concorrência com os empreendimentos
de turismo;
turísticos, só os empreendimentos previstos no n.o 2 do
d) Um representante da Confederação do Turismo
artigo 1.o podem usar na sua designação as expressões
Português;
«turismo» ou «turístico».
3 — A comissão emite um parecer sobre o recurso
interposto no prazo de 30 dias a contar da data do Artigo 42.o
despacho da sua constituição. Conjuntos turísticos
4 — Compete ao presidente da comissão convocar os
restantes membros com uma antecedência mínima de 1 — Quando diversos empreendimentos turísticos
oito dias, devendo para tal solicitar previamente às diver- localizados numa área demarcada forem objecto de uma
sas entidades a indicação dos seus representantes. exploração turística integrada, nos termos a estabelecer
5 — A ausência dos representantes das entidades em regulamento, ainda que por entidades distintas, pode
referidas nas alíneas b) a d) do n.o 2, desde que regu- ser requerida à Direcção-Geral do Turismo a sua qua-
larmente convocados, não é impeditivo nem constitui lificação como conjunto turístico.
justificação do não funcionamento da comissão nem da 2 — Para poder ser atribuída a qualificação de con-
emissão do parecer. junto turístico é necessário que existam, além de um
dos empreendimentos referidos nas alíneas a) e b) do
Artigo 40.o n.o 2 do artigo 1.o, estabelecimentos de restauração e
Dispensa de requisitos de bebidas e, pelo menos, um estabelecimento, iniciativa
ou projecto declarado de interesse para o turismo nos
1 — Os requisitos exigidos para a atribuição da clas- termos do artigo 57.o
sificação pretendida podem ser dispensados quando a 3 — O requerimento referido no n.o 1 pode ser apre-
sua estrita observância comprometer a rendibilidade do sentado a partir do licenciamento do loteamento relativo
empreendimento ou for susceptível de afectar as carac- a área destinada à instalação dos empreendimentos e
terísticas arquitectónicas ou estruturais dos edifícios estabelecimentos que devem integrar o conjunto turís-
que: tico, em qualquer fase da sua instalação ou ainda depois
a) Sejam classificados a nível nacional, regional ou de os mesmos se encontrarem em funcionamento.
local; ou 4 — A qualificação de conjunto turístico pode ser reti-
b) Possuam reconhecido valor histórico, arquitec- rada, oficiosamente ou a solicitação dos órgãos regionais
tónico, artístico ou cultural. ou locais de turismo, quando deixarem de se verificar
os pressupostos que determinaram a sua atribuição.
2 — A dispensa de requisitos pode ainda ser conce-
dida a projectos reconhecidamente inovadores e valo- Artigo 43.o
rizantes da oferta turística, nos termos a estabelecer
nos regulamentos previstos no n.o 3 do artigo 1.o Referência à classificação e à capacidade
3 — A verificação do disposto nos números anteriores 1 — Em toda a publicidade, correspondência, do-
é feita pela Direcção-Geral do Turismo. cumentação e, de um modo geral, em toda a actividade
externa do empreendimento não podem ser sugeridas
características que este não possua, sendo obrigatória
CAPÍTULO IV a referência à classificação aprovada, sem prejuízo do
Exploração e funcionamento disposto no número seguinte.
2 — Nos anúncios ou reclamos instalados nos pró-
Artigo 41.o prios empreendimentos pode constar apenas o seu
nome.
Nomes dos empreendimentos
Artigo 44.o
1 — O nome dos empreendimentos turísticos inclui Exploração de serviços de alojamento
obrigatoriamente a referência ao grupo a que os mesmo
pertencem. 1 — Com excepção do turismo no espaço rural e dos
2 — Os empreendimentos turísticos não podem fun- quartos particulares previstos no artigo 79.o, a explo-
cionar com nome diferente do aprovado pela Direc- ração de serviços de alojamento apenas é permitida em
ção-Geral do Turismo ou pelo presidente da câmara edifício ou parte de edifício que constitua ou integre
municipal, consoante os casos. um dos empreendimentos turísticos referidos no n.o 2
3 — O nome dos empreendimentos não pode sugerir do artigo 1.o
uma classificação que não lhes caiba ou características 2 — Presume-se que existe exploração de serviços de
que não possuam. alojamento quando os edifícios ou as suas partes estejam
N.o 152 — 4-7-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3273
mobilados e equipados e neles sejam prestados serviços valor total do empreendimento, nos termos a
de arrumação e limpeza, em condições de poderem ser estabelecer em regulamento;
normalmente utilizados por pessoas para neles se hos- c) A menção do fim a que se destina cada uma
pedar, e sejam, por qualquer meio, anunciados ao das fracções imobiliárias;
público, directamente ou através dos meios de comu- d) A identificação das instalações e equipamentos
nicação social, para serem locados a turistas dia-a-dia comuns do empreendimento;
ou com carácter temporário e, bem assim, quando a e) A indicação dos serviços de utilização de uso
sua locação aos turistas seja feita através de interme- comum;
diário ou de uma agência de viagens. f) A indicação das instalações, equipamentos e ser-
3 — As unidades de alojamento dos empreendimen- viços de exploração turística;
tos turísticos não se consideram retiradas da exploração g) As infra-estruturas urbanísticas e a referência
de serviços de alojamento pelo facto de se encontrarem ao respectivo contrato de urbanização, quando
sujeitas ao regime do direito real de habitação periódico. for caso disso;
h) Os meios de resolução dos conflitos de inte-
o resses.
Artigo 45.
Exploração dos empreendimentos turísticos 3 — Do título previsto no número anterior deve ainda
fazer parte um regulamento de administração do
1 — A exploração de cada empreendimento turístico empreendimento relativo, designadamente, à conserva-
deve ser da responsabilidade de uma única entidade. ção e à fruição das instalações e equipamentos comuns.
2 — A unidade de exploração do empreendimento 4 — O título previsto no n.o 2 deve ser depositado
não é impeditivo de a propriedade das várias fracções na Direcção-Geral do Turismo antes da celebração de
imobiliárias que o compõem pertencer a mais de uma qualquer contrato de transmissão, ou contrato-promessa
pessoa. de transmissão, das fracções imobiliárias que integrem
3 — Só as unidades de alojamento podem ser reti- o empreendimento.
radas da exploração dos empreendimentos turísticos e 5 — A Direcção-Geral do Turismo pode recusar o
apenas nos casos e nos termos estabelecidos nos regu- depósito do título a que se refere o n.o 2, desde que
lamentos previstos no n.o 3 do artigo 1.o não esteja elaborado de acordo com o disposto no pre-
4 — As unidades de alojamento que tiverem sido reti- sente diploma e seus regulamentos, sendo concedido,
radas da exploração de um empreendimento turístico nesse caso, à entidade promotora um prazo de três meses
não podem ser objecto de outra exploração comercial, para apresentação de novo título.
turística ou não. 6 — Se o empreendimento estiver instalado em pré-
Artigo 46.o dio urbano já sujeito ao regime de propriedade hori-
zontal, o título constitutivo da sua composição não pode
Fracções imobiliárias
conter normas, cláusulas ou condições contrárias ou
1 — Para efeito do disposto no presente diploma, são modificativas do título da propriedade horizontal sem
consideradas fracções imobiliárias as partes componen- que este tenha sido previamente alterado.
tes dos empreendimentos turísticos susceptíveis de cons- 7 — O título constitutivo referido no n.o 2 e as res-
tituírem unidades distintas e independentes, devida- pectivas alterações são aprovadas por maioria de dois
mente delimitadas, quer sejam ou não destinadas ao terços dos proprietários das fracções imobiliárias.
uso comum dos utentes do empreendimento, sem pre- 8 — A existência de título depositado nos termos do
juízo do disposto no número seguinte. n.o 4 deve ser obrigatoriamente mencionada nos con-
2 — As unidades de alojamento dos empreendimen- tratos de transmissão, ou nos contratos-promessa de
tos turísticos só constituem fracções imobiliárias quando, transmissão, sob qualquer forma, de direitos relativos
nos termos da lei geral, sejam consideradas fracções às fracções imobiliárias que integrem o empreendi-
autónomas ou como tal possam ser consideradas. mento, sob pena de nulidade dos mesmos.
9 — A falta da menção referida no número anterior
no título de transmissão constitui fundamento de recusa
Artigo 47.o do registo da mesma.
Relações entre proprietários Artigo 48.o
1 — Sem prejuízo do disposto no presente diploma Despesas de conservação, fruição e funcionamento
e seus regulamentos, às relações entre os proprietários
1 — Quando a totalidade das unidades de alojamento
das várias fracções imobiliárias dos empreendimentos
de um empreendimento turístico estiver integrada na
turísticos é aplicável o regime da propriedade horizontal,
sua exploração, ainda que aquelas pertençam a mais
com as necessárias adaptações resultantes das carac-
de uma pessoa, as despesas de conservação e de fruição
terísticas do empreendimento.
de todas as instalações e equipamentos, incluindo as
2 — A entidade titular da licença de utilização turís-
unidades de alojamento, bem como do funcionamento
tica do empreendimento ou, se essa ainda não tiver sido
dos serviços de utilização turística de uso comum, são
emitida, da licença de construção deve elaborar um
sempre da exclusiva responsabilidade da entidade explo-
título constitutivo da composição do empreendimento,
radora, salvo o disposto no n.o 6 do artigo 50.o
no qual são especificadas obrigatoriamente:
2 — Os proprietários das unidades de alojamento dos
a) As várias fracções imobiliárias que o integram, empreendimentos turísticos que as retirarem da explo-
por forma que fiquem perfeitamente indivi- ração dos mesmos passam a ser responsáveis pelas des-
dualizadas; pesas relativas às suas fracções e ainda, na proporção
b) O valor relativo de cada fracção imobiliária, correspondente ao valor relativo das mesmas, pelas des-
expresso em percentagem ou permilagem do pesas de conservação, fruição e funcionamento relativas
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às instalações e aos equipamentos comuns e aos serviços e que no mesmo acto seja nomeado um novo admi-
de utilização turística de uso comum. nistrador para substituir aquela no exercício dessas fun-
3 — As despesas de conservação, fruição e funcio- ções de administração.
namento relativas às instalações, equipamentos e ser- 3 — No caso previsto no número anterior, o novo
viços de exploração turística são da responsabilidade administrador do empreendimento turístico deve, para
da respectiva entidade exploradora. além das funções que lhe cabem nos termos da lei geral,
4 — As instalações e os equipamentos comuns, bem assegurar a conservação e a fruição das instalações e
como os serviços de utilização turística de uso comum, dos equipamentos comuns, bem como o funcionamento
são aqueles que, nos termos a estabelecer em regula- dos serviços de utilização turística de uso comum, de
mento, são postos à disposição dos utentes do empreen- modo a permitir que a entidade exploradora continue
dimento sem que possa ser exigida uma retribuição espe- a exercer a sua actividade turística de exploração do
cífica pela sua utilização. empreendimento de acordo com a respectiva categoria.
5 — As instalações, equipamentos e serviços de explo- 4 — O administrador nomeado nos termos do n.o 2
ração turística são aqueles que, nos termos a estabelecer deve prestar caução de boa administração, a favor da
em regulamento, são postos à disposição dos utentes entidade exploradora do empreendimento, destinada a
do empreendimento pela respectiva entidade explora- assegurar o cumprimento do disposto no número ante-
dora mediante o pagamento de retribuição. rior, no montante correspondente ao valor anual das
6 — À conservação e à fruição das infra-estruturas despesas referidas na parte final do n.o 2 do artigo 48.o,
urbanísticas do empreendimento aplica-se o disposto sem o que não pode entrar em funções.
nos n.os 1 e 2, consoante os casos, enquanto não forem 5 — A caução referida no número anterior pode ser
recebidas pela câmara municipal. prestada por seguro, garantia bancária, depósito ban-
cário ou títulos de dívida pública, devendo o respectivo
Artigo 49.o título ser depositado na Direcção-Geral do Turismo.
6 — Quando se verificar a situação prevista no n.o 2,
Deveres do proprietário os proprietários de fracções imobiliárias do empreen-
1 — O proprietário de qualquer unidade de aloja- dimento que tiverem votado favoravelmente a destitui-
mento que constitua fracção imobiliária de um empreen- ção da entidade exploradora das suas funções de admi-
dimento turístico, esteja ou não integrada na sua explo- nistração passam a ser responsáveis pelas despesas de
ração turística, fica obrigado a: conservação e de fruição da sua fracção, ainda que, no
caso de a mesma se tratar de uma unidade de aloja-
a) Não alterar substancialmente a sua estrutura mento, esta se mantenha integrada na exploração do
externa ou o seu aspecto estético exterior, de empreendimento.
forma a não afectar a unidade do empreen- Artigo 51.o
dimento;
b) Não aplicar a mesma a fim diverso daquele a Acesso aos empreendimentos
que se destina; 1 — É livre o acesso aos empreendimentos turísticos,
c) Não praticar quaisquer actos ou realizar obras salvo o disposto nos números seguintes.
que sejam susceptíveis de afectar a continuidade 2 — Pode ser recusado o acesso ou a permanência
e a unidade urbanística do empreendimento ou nos empreendimentos turísticos a quem perturbe o seu
prejudicar a implantação dos respectivos aces- funcionamento normal, designadamente por:
sos.
a) Não utilizar os serviços neles prestados;
2 — O proprietário fica ainda obrigado a efectuar a b) Se recusar a cumprir as normas de funciona-
conservação da unidade de alojamento sempre que a mento privativas do empreendimento, desde
mesma seja retirada da exploração turística do empreen- que estas se encontrem devidamente publici-
dimento e no caso previsto no n.o 6 do artigo seguinte. tadas;
3 — O proprietário da unidade de alojamento não c) Alojar indevidamente terceiros;
tem direito à utilização das instalações e dos equipa- d) Penetrar nas áreas de serviço.
mentos comuns e dos serviços de utilização turística de
uso comum quando tiver retirado a mesma da explo- 3 — Nos empreendimentos turísticos pode ser recu-
ração turística do empreendimento. sado o acesso às pessoas que se façam acompanhar por
animais desde que essa restrição seja devidamente publi-
citada nas áreas afectas à exploração turística.
Artigo 50.o
4 — O disposto no n.o 1 não prejudica, desde que
Administração dos empreendimentos devidamente publicitadas:
1 — Nos empreendimentos turísticos em que a pro- a) A possibilidade de afectação total ou parcial
priedade das várias fracções imobiliárias que o compõem dos empreendimentos turísticos à utilização
pertencer a mais de uma pessoa, as funções que cabem exclusiva por associados ou beneficiários das
ao administrador do condomínio, nos termos do regime entidades proprietárias ou da entidade explo-
da propriedade horizontal, são exercidas, sem limite de radora;
tempo, pela respectiva entidade exploradora, salvo o b) A reserva temporária de parte ou da totalidade
disposto no número seguinte. de empreendimentos turísticos.
2 — A assembleia de proprietários pode destituir a
entidade exploradora do empreendimento das suas fun- 5 — A utilização do empreendimento ou de parte dele
ções de administradora do mesmo, desde que a deli- nos termos do número anterior não pode prejudicar
beração seja tomada por um número de votos corres- ou diminuir a oferta de serviços obrigatórios próprios
pondente à maioria do valor total do empreendimento do tipo de empreendimento.
N.o 152 — 4-7-1997 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3275
7 — Nos casos previstos nas alíneas a), b), d), e), f), Artigo 64.o
g), h), j), l), m), n), o), p), q), v), x) e z) do n.o 1, a Competência sancionatória
tentativa é punível.
8 — A negligência é punível. A aplicação das coimas e das sanções acessórias pre-
vistas no presente diploma e nos regulamentos a que
se refere o n.o 3 do artigo 1.o compete:
Artigo 62.o
a) Ao director-geral do Turismo, relativamente aos
Sanções acessórias empreendimentos turísticos referidos nas alí-
neas a), b) e d) do n.o 2 do artigo 1.o;
1 — Em função da gravidade e da reiteração das con- b) Às câmaras municipais, relativamente aos par-
tra-ordenações previstas no artigo anterior e nos regu- ques de campismo públicos.
lamentos nele referidos, bem como da culpa do agente
e do tipo e classificação do empreendimento, podem
ser aplicadas as seguintes sanções acessórias: Artigo 65.o
Produto das coimas
a) Apreensão do material através do qual se pra-
ticou a infracção; O produto das coimas aplicadas pelas câmaras muni-
b) Interdição, por um período até dois anos, do cipais constitui receita dos respectivos municípios.
exercício de actividade directamente relacio-
nada com a infracção praticada; Artigo 66.o
c) Encerramento do empreendimento.
Embargo e demolição
6 — A cópia da decisão publicada nos termos da alí- Pelas vistorias requeridas pelos interessados aos
nea b) do número anterior não pode ter dimensão supe- empreendimentos turísticos realizadas pela Direcção-
rior ao tamanho A6. -Geral do Turismo são devidas taxas à Direcção-Geral
do Turismo de montante a fixar por portaria conjunta
Artigo 63.o dos Ministros das Finanças e da Economia.
Limites da coima em caso de tentativa e de negligência
Artigo 69.o
1 — Em caso de punição da tentativa, os limites
Registo
máximo e mínimo das coimas são reduzidos para um
terço. É organizado pela Direcção-Geral do Turismo o
2 — Se a infracção for praticada por negligência, os registo central de todos os empreendimentos turísticos,
limites máximo e mínimo das coimas são reduzidos para nos termos a estabelecer em portaria do membro do
metade. Governo responsável pela área do turismo.
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