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o 97 — 26 de Abril de 2001
fornecidos pelos vendedores com entregas os contratos de valor inferior é suficiente uma nota de
domiciliárias frequentes e regulares; encomenda ou documento equivalente, devidamente
c) Seguros; assinada pelo consumidor.
d) Valores mobiliários.
Artigo 15.o Artigo 17.o
Identificação do fornecedor ou seus representantes Conteúdo dos catálogos e outros suportes publicitários
1 — As empresas que disponham de serviços de dis- 1 — Quando as vendas ao domicílio sejam acompa-
tribuição comercial ao domicílio devem elaborar e man- nhadas ou precedidas de catálogos, revistas ou qualquer
ter actualizada uma relação dos colaboradores que, em outro meio gráfico ou áudio-visual, devem os mesmos
seu nome, apresentam as propostas, preparam ou con- conter os elementos referidos nas alíneas b) a g) do
cluam os contratos no domicílio do consumidor. n.o 1 do artigo anterior, salvo quanto à alínea d), em
2 — A relação dos colaboradores e os contratos refe- que é apenas obrigatória a indicação do preço total,
ridos no número anterior devem ser facultados, sempre forma e condições de pagamento.
que solicitados, a qualquer entidade oficial no exercício 2 — Não se aplica o disposto no número anterior às
das suas competências, designadamente à Direcção-Ge- mensagens publicitárias genéricas que não envolvam
ral do Comércio e da Concorrência e à Inspecção-Geral uma proposta concreta para aquisição de um bem ou
das Actividades Económicas. a prestação de um serviço.
3 — As empresas referidas no n.o 1 devem igualmente
habilitar os seus colaboradores com os documentos ade-
quados à sua completa identificação, os quais devem Artigo 18.o
ser sempre exibidos perante o consumidor. Direito de resolução
2 — O disposto no número anterior não se aplica nos 3 — A ausência de resposta do destinatário, nos ter-
casos em que: mos do número anterior, não vale como consentimento.
a) Os produtos vendidos por aquelas entidades se 4 — Se, não obstante o disposto nos números ante-
reportem a bens de produção própria; riores, o destinatário efectuar a devolução do bem, tem
b) Os produtos vendidos sejam afins à actividade direito a ser reembolsado das despesas desta decorrentes
daquelas entidades; no prazo de 30 dias a contar da data em que a tenha
c) A venda dos produtos se insira no quadro de efectuado.
uma actividade de promoção turística e cultural, 5 — A proibição do fornecimento de bens não soli-
de solidariedade social ou beneficência. citados ou encomendados não se aplica às amostras gra-
tuitas ou ofertas comerciais, bem como às remessas efec-
tuadas com finalidade altruística por instituições de soli-
Artigo 27.o dariedade social, desde que, neste último caso, se limi-
Vendas «em cadeia», «em pirâmide» ou de «bola de neve» tem a bens por elas produzidos.
6 — Nas hipóteses previstas no número anterior, o
1 — É proibido organizar vendas pelo procedimento destinatário não fica, no entanto, obrigado à devolução
denominado «em cadeia», «em pirâmide» ou de «bola ou pagamento dos bens recebidos, podendo conservá-los
de neve», bem como participar na sua promoção. a título gratuito.
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, con- 7 — O disposto no presente artigo aplica-se a todas
sidera-se venda «em cadeia», «em pirâmide» ou de «bola as formas especiais de venda previstas no presente
de neve» o procedimento que consiste em oferecer ao diploma, salvo no que se refere ao disposto no n.o 2,
consumidor determinados bens ou serviços fazendo o qual não se aplica ao envio de bens ou prestação
depender o valor de uma prometida redução do seu
de serviços realizados nos termos previstos no arti-
preço ou a sua gratuitidade do número de clientes ou
go 9.o, n.o 3.
do volume de vendas que, por sua vez, aquele consiga
obter, directa ou indirectamente, para o fornecedor, ven- Artigo 30.o
dedor, organizador ou terceiro. Vendas ligadas
17.o, 18.o, n.o 2, 19.o, n.o 1, 20.o, n.o 1, 22.o e Artigo 38.o
29.o, n.o 4; Entrada em vigor
b) De E 2500 a E 25 000, as infracções ao disposto
nos artigos 5.o, n.os 1 e 3, 8.o, n.o 1, e 25.o; O presente diploma entra em vigor no prazo de 30 dias
c) De E 3500 a E 35 000, as infracções ao disposto a contar data da sua publicação.
nos artigos 26.o, 27.o, 28.o, 29.o, n.o 1, e 30.o Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15
de Março de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter-
3 — A tentativa e a negligência são puníveis. res — Guilherme d’Oliveira Martins — Mário Cristina de
Sousa.
Artigo 33.o
Promulgado em 11 de Abril de 2001.
Sanção acessória
Publique-se.
No caso das contra-ordenações previstas nas alí- O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
neas a) e b) dos n.os 1 e 2 do artigo anterior, simul-
taneamente com a coima, pode ser aplicada a sanção Referendado em 12 de Abril de 2001.
acessória de perda de objectos no artigo 21.o, n.o 1,
alínea a), do Decreto-Lei n.o 433/82, de 27 de Outubro, O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos
na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei da Gama.
n.o 244/95, de 14 de Setembro.