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Relatório de atividades 2016 GEP.

AÇÃO EDUCATIVA:
Ação Educativa em Santa Rosa do Viterbo, SP se deu em parceria com a Escola
Municipal de Primeiro Grau Wolmar Ribeiro Balbao. O Público atendido foram
alunos do 5ª ano do ensino fundamental no período da manhã e tarde. A
escolha por essa unidade escolar se deu devido as crianças já estarem
discutindo a pré-história brasileira o que julgamos ser um facilitador na
ampliação do conhecimento que vem sendo trabalhado pelos educadores.
Seguem informações das ações:

A ação educativa se desenvolveu com uma turma de 42 participantes pelo


período da manhã e 21 pelo período. Um total de 62 participantes. Iniciamos a
apresentação teórica com auxílio de exposição visual contendo imagens para
melhor exemplificar os conteúdos a serem trabalhados. Trouxemos uma
abordagem histórica do município e discutimos sobre o conceito de patrimônio
cultural material, imaterial e arqueológico. Segue fotos:

Foto: 01 Educador explicando conceito de patrimônio imaterial. Foto 02: Educador explicando o
que é arqueologia, 03 Educador explicando aplicação da ficha de avaliação.

CONVITE DE OUTRAS INSTITUIÇÕES:


Execução da oficina de Isogravura por Dulcelaine Lopes Nishikawa, Gessica Pera
Trevisan, Ângela Cristina Caires. De 11 a 15 de abril de 2016, na II Semana da
Diversidade – IFSP Campus Matão.
A Oficina de isogravura: Diversidade Étnica e representação gráfica: compreendendo a
construção da identidade cultural e ambiental dos diferentes povos indígenas por meio
da sua arte. Tem por objetivo aproximar as pessoas da questão indígena tanto do
universo escolar quanto a comunidade local. Trabalhamos a realidade dos povos
indígena, pois é algo distante para muitas pessoas. É interessante perceber como a
sociedade em geral reconhece a existência dos indígenas na região norte do país,
vivendo em meio às matas e florestas. Mas, quando refletimos sobre a própria região,
mais especificamente o estado de São Paulo, nos deparamos com um grande
desconhecimento. Para conhecer um pouco sobre os povos indígenas que vivem no
estado de São Paulo, trazemos imagens, mapas, fotos, vídeos e falas de lideranças
indígenas da região.
Para compreender melhor a diversidade dos povos, temos como uma via interessante o
grafismo indígena, em que cada povo tem uma produção gráfica específica. Esse
grafismo nos possibilita a percepção visual da dinâmica cultural destes povos com suas
rupturas, mudanças, continuidades e contatos inter-étnicos.

Convite para executar a oficina de isogravura no XII Colóquio sobre Educação da


Biologia (CEBio) da Unesp Jaboticabal, foi um evento organizado por alunos do
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Público alvo alunos do próprio campus,
estudantes de outras instituições e professores da rede básica de ensino do município. A
oficina se realizou na quarta-feira, dia 08/06 às 19h00, no campus de Jaboticabal-SP.

EVENTO:
O Grupo de Educação Patrimonial promoveu em parceria com o Curso de Direito da
Universidade Uniara o Ciclo de palestras “Educação Patrimonial no Brasil: realidades e
desafios”. O evento, que também contou com duas oficinas, que foram realizadas nos
dias 10 e 11 de agosto, no auditório José Araújo Quirino dos Santos (unidade I da
Uniara), localizado na avenida Dom Pedro II, 660, no Centro.

Foi publicado conforme é possível ver na notícia a baixo:


UNIARA E FUNDAÇÃO ARAPORÃ PROMOVEM CICLO DE PALESTRAS
SOBRE PATRIMÔNIO E AMBIENTE
Publicado em: 11/07/2016
A Fundação Araporã, em parceria com o curso de Direito e com o Programa de Pós-
Graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente do Centro Universitário
de Araraquara – Uniara, promove o ciclo de palestras “Educação Patrimonial no Brasil:
realidades e desafios”. O evento, que também contará com duas oficinas, será realizado
nos dias 10 e 11 de agosto, no auditório José Araújo Quirino dos Santos (unidade I da
Uniara), localizado na avenida Dom Pedro II, 660, no Centro.
A coordenadora de Educação Patrimonial da Fundação Araporã, Dulcelaine Lucia
Lopes Nishikawa, conta que as atividades terão como temas o patrimônio e o ambiente.
“A intenção é abordar um pouco as mudanças da legislação ambiental e como a questão
da educação patrimonial se insere nesse momento em que a legislação de licenciamento
ambiental está se alterando”, explica.
A primeira palestra, ministrada no dia 11, das 19h30 às 21h30, é intitulada “O
Patrimônio Cultural Arqueológico como direito fundamental: Natureza Jurídica, limites
e competências”, e contará com os professores Tobias Vilhena de Moraes e Adhemar
Ronquim Filho, sob mediação do doutor Robson Rodrigues. “Será discutida essa
alteração da legislação ambiental e no que isso implica em relação à preocupação com o
patrimônio histórico-cultural. O professor Tobias falará um pouco sobre qual é a
política de preservação do patrimônio e como é inserida nesse debate da legislação
ambiental”, detalha Dulcelaine, mencionando que, dentro da legislação ambiental, está
previsto que sejam feitos estudos de impacto dos patrimônios histórico, cultural e
arqueológico.
“No entanto, está prevista também uma alteração nessa legislação, que está sendo
votada, em que não serão preciso fazer os licenciamentos ambientais do estudo e o
relatório do impacto ambiental. Se a alteração for aprovada, será uma problemática, pois
a questão de preservação do patrimônio arqueológico e cultural está diretamente
inserida dentro da questão do licenciamento ambiental. É uma discussão importante”,
ressalta a coordenadora.
No dia 12 de agosto, também das 19h30 às 21h30, será a vez da palestra “Patrimônio
material e imaterial: Saberes e fazeres das comunidades tradicionais”, ministrada pelas
professoras Silvia de Carvalho, Dulce Whitaker e Valquíria Tenório, e mediada pela
doutoranda Thauana Paiva de Souza Gomes. Como o título já revela, “será discutido o
que é patrimônio material e imaterial”.
O coordenador dos cursos de extensão em Direito da Uniara, Fernando Rugno, aponta
que a graduação estabeleceu a parceria em março e ressalta que o tema está ligado ao
Direito Ambiental. “A intenção é levar conhecimento aos alunos, para que saibam mais
sobre arqueologia e questões indígenas e de etnias”, diz.
As inscrições para as palestras devem ser efetuadas na coordenação do curso de Direito,
localizada na rua Carlos Gomes, 1338, no Centro, ou na Fundação Araporã, na avenida
Prudente de Morais, 1258, também no Centro. As oficinas “Diversidade Étnica e
representação gráfica: povos indígenas em São Paulo” e “Arqueólogo por um dia” serão
ministradas, respectivamente, pela professora Talita Mara Catini e por Dulcelaine, nos
dias 10 e 11, das 14h às 17h. Na primeira, “os participantes poderão conhecer um pouco
da diversidade indígena dentro do estado de São Paulo e as questões do grafismo, da
pintura e da cultura indígena”; a segunda “traz um kit didático com o qual as pessoas
podem experimentar uma proximidade com a arqueologia e tirar suas dúvidas sobre a
profissão”.
Para as oficinas, os interessados devem se inscrever até o dia 7 de agosto pelo e-mail
gep.fundacaoarapora@gmail.com, informando o nome completo, a idade, a ocupação, o
endereço e o motivo que se interessou para participar.
Informações sobre a Fundação Araporã podem ser obtidas no endereço
http://fundacaoarapora.org.br.
Disponível em < http://www.uniara.com.br/noticias/39570/uniara-e-fundacao-arapora-
promovem-ciclo-de-palestras-sobre-patrimonio-e-ambiente/> acessado dia 12/05/2016.
REALIZAÇÃO DAS OFICINAS:
A Oficina de isogravura: Diversidade Étnica e representação gráfica: compreendendo a
construção da identidade cultural e ambiental dos diferentes povos indígenas por meio
da sua arte. Tem por objetivo aproximar as pessoas da questão indígena tanto do
universo escolar quanto a comunidade local. Trabalhamos a realidade dos povos
indígena, pois é algo distante para muitas pessoas. É interessante perceber como a
sociedade em geral reconhece a existência dos indígenas na região norte do país,
vivendo em meio às matas e florestas. Mas, quando refletimos sobre a própria região,
mais especificamente o estado de São Paulo, nos deparamos com um grande
desconhecimento. Para conhecer um pouco sobre os povos indígenas que vivem no
estado de São Paulo, trazemos imagens, mapas, fotos, vídeos e falas de lideranças
indígenas da região.
Para compreender melhor a diversidade dos povos, temos como uma via interessante o
grafismo indígena, em que cada povo tem uma produção gráfica específica. Esse
grafismo nos possibilita a percepção visual da dinâmica cultural destes povos com suas
rupturas, mudanças, continuidades e contatos inter-étnicos.
O publicitário Théo Bratfisch e presidente da ABATur – Associação de Bueno de
Andrada para Cultura e Turismo Rural participou da atividade de criação de ixogravura
indígenas com a professora dra. Dulcelaine Nishikawa e a palestrante Talita Catini pela
Fundação Araporã no dia 10/08/2016. E escreveu um texto sobre o que ele aprendeu
com a experiencia.
Relata que a oficina de povos indígenas, foi apresentada pela professora Talita Mara
Catini do Grupo de Educação Patrimonial da Fundação Araporã de Araraquara. Araporã
tem origem tupi-guarani e significa luz bonita (Ara – dia, luz, tempo, clima, nuvem,
hora, nascer e Porã – bonito). Na oficina os participantes criam sua Isogravura como
uma técnica indígena aplicada em objetos e na própria pintura corporal que expressam
significados diversos na cultura de povos indígenas. No Estado de São Paulo atualmente
cerca de 40 mil índios vivem em comunidades sob a tutela da Funai – Fundação
Nacional do Índio. A comunidade regional mais próxima de Araraquara fica localizada
no município de Bauru. “Há 22 anos, a constituição da Fundação Araporã se deu em
1994 como uma organização civil destinada a atender interesses coletivos, sem fins
lucrativos como resultado de um pedido da líder guarani Édina Silva de Souza aos
pesquisadores do CEIMAM – Centro de Estudos Indígenas “Miguel A. Menéndez” da
Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Araraquara. Filha do líder guarani Marçal de
Souza Tupã-I assassinado em 1983, Édina se tornou presidente da Associação da
Mulher Araporã da aldeia Bororó em Dourados no Estado de Mato Grosso.
As ações da Fundação Araporã estão em consonância com a Constituição Federal
Brasileira de 1988 que através de seu artigo 231 estabelece que são reconhecidos aos
índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-
las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Os trabalhos regionais implementados
pela Fundação Araporã são realizados em parceria com o CEIMAM como eventos e
ações de caráter social, cultural, acadêmico e de extensão universitária.
A oficina arqueólogo por um dia teve como público alvo educandos da Cooperativa
Popular de Educação de Ribeirão Preto. Os alunos da cooperativa fizeram uma visita
monitorada pelos membros da Equipe José Carlos Tomaz, Dulcelaine Lopes Nishikawa
e Ângela Cristina Caires. Após a visita monitorada os educandos seguiram para
Universidade Uniara onde ocorreu a oficina arqueólogo por um dia. Essa oficina tem
por objetivo inserir os sujeitos participantes o contexto arqueológico regional, assim
como discutir conceitos como patrimônio material e imaterial num contexto cultural. A
atividade faz parte do Ciclo de Palestras 2016 sobre Educação Patrimonial no Brasil -
Realidades e Desafios, nos dias 10 e 11 de agosto na Uniara. Mais informações no site
fundacaoarapora.org.br-
Foto 04 aplicação da oficina Isogravura. Foto 05 e 06 alunos da Cooperativa
Educação Popular de Ribeirão Preto, ao MAPA e a execução da oficina arqueólogo
por um dia com Cooperativa Educação Popular de Ribeirão Preto.
PALESTRAS DENTRO DO CICLO EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NO BRASIL
- REALIDADES E DESAFIOS.
dia 10, das 19h30 às 21h30, é intitulada “O Patrimônio Cultural Arqueológico como
direito fundamental: Natureza Jurídica, limites e competências”. O Adhemar Ronquim
Filho, apresentou informações da legislação ambiental salientou os aspectos de
importância para preservação do patrimônio histórico-cultural. Infelizmente de última
hora o professor Tobias não pode participar do evento por motivos da aprovação em um
concurso público. O professor Dr. Robson Rodrigues explicou um pouco como está
inserida a questão arqueológica nos licenciamentos ambientais na atualidade.
Dia 11 de agosto, também das 19h30 às 21h30, será a vez da palestra “Patrimônio
material e imaterial: Saberes e fazeres das comunidades tradicionais”, ministrada pelas
professoras Silvia de Carvalho, Dulce Whitaker e Valquíria Tenório, e mediada pela
doutoranda Thauana Paiva de Souza Gomes. Como o título já revela, “será discutido o
que é patrimônio material e imaterial”. As professoras fizeram uma brilhante
apresentação do que é patrimônio histórico cultural a necessidade da sua preservação.
PALESTRA HISTÓRICO SOCIOLÓGICO DA QUESTÃO AFRO-
BRASILEIRA.
Palestra ministrada sobre as bases sociológicas para o racismo no Brasil, na II segunda
Semana Afro, na escola Estadual Angelina Lia Rolfsen, dia 10 de outubro de 2016.

Execução Ações educativas socioambientais São Carlos:


Durante as pesquisas arqueológicas desenvolvidas no contexto do licenciamento
ambiental da instalação do Aterro Sanitário no município de São Carlos/SP foi
identificado um sítio arqueológico associado ao período da formação histórica cafeeira
do interior paulista, entre os séculos XIX e XX (RODRIGUES, 2012).
No decorrer das prospecções arqueológicas da Área Diretamente Afetada (ADA) e da
Área de Influência Direta (AID), constatou-se a presença de antigas estruturas
construtivas já em ruínas e que corresponde à sede da antiga fazenda Felicíssima e de
uma possível estação ferroviária que atendia a fazenda, sendo observadas ruínas de
antigas ocupações históricas como estrutura de pedra, madeiramento, telhas,
calçamentos em pedra, pontes sobre o ribeirão e tijolos espalhados pelo entorno e no
contexto da Área de Proteção Permanente (APP) da margem esquerda do rio
Monjolinho.
O histórico do município de São Carlos, no que compete ao Patrimônio Histórico e
Cultural é rico tanto do ponto de vista arqueológico quanto arquitetônico. Segundo
informações de Rodrigues (2006), em São Carlos, os vestígios arqueológicos da região
apontam para dois importantes caminhos: em primeiro lugar, as fazendas históricas do
período cafeeiro, dentre as quais as mais importantes são a Fazenda do Pinhal, Fazenda
Santa Maria e Fazenda Vale do Quilombo. Além destas, há outras fazendas importantes
na região e que remontam aos tempos de apogeu da cultura cafeeira. Esta parte da
história de São Carlos é bem conhecida e as três fazendas acima citadas estão incluídas
em roteiros turísticos históricos da cidade.
Além do período histórico, o município em questão possui uma ampla gama de
informações a respeito de um contexto arqueológico pré-colonial na região.
Em pesquisa no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), encontramos
evidências materiais de cunho arqueológico sob a salvaguarda deste centro. O CDCC
guarda alguns fragmentos de cerâmica indígena, bem como lâminas de machado e
outros artefatos em pedra polida. Segundo consta, o material foi levado a esse Centro
quando o acervo do Museu Municipal foi desmontado para uma reforma e doado pelo
prof. Mário Tolentino, químico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)
(RODRIGUES, 2006).
Para o pleno desenvolvimento da Ação Educativa no âmbito municipal a meta foi o
envolvimento de grupos sociais que hoje estão associados a Economia Solidária do
referido município, como as cooperativas de coletores de material reciclável.
Atenderemos também um grupo mais amplo, por meio de uma convocação aberta à
sociedade civil, bem como o envolvimento da UFSCar, Centro de Divulgação Científica
e Cultural – CDCC/USP e o Museu de Ciências Mario Tolentino.
Entendemos que essas parcerias são necessárias pelo fato de sabermos que só será
possível salvaguardar a memória da população e do seu patrimônio histórico e cultural
se este for apropriado pelos diversos grupos sociais presentes no município envolvido.

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