Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANO INDIVIDUAL DE
LEITURA
Introdução………………..………………... Página 3
«Apresentar um Portefólio»
, Admito que aquando a informação de que deveria fazer um portefólio, não imaginava
em que consistia. Antes de o ter começado o entusiasmo era grande, o simples facto de, na
sua idealização, ter como princípio escrever, e escrever sobre um assunto que me interessa,
fez-me olhar para o trabalho com um «fixe, vou começar hoje». Assim que comecei, cansei-
me e não demorou muito tempo. Uma tarde em volta de colar imagens, cortar imagens,
escrever, apagar o que havia escrito e recomeçar para, de seguida, voltar a apagar. E, agora,
aqui estou, sentada numa cadeira da biblioteca, a duas mesas das estantes 94 e 93, junto da
janela, a pensar no que vou escrever na linha seguinte sem ter de apagar o que escrevi na
linha anterior.
Finalmente, neste portefólio, irei então expor todas as minhas apreciações e clarificar
todos os meus comentários. Inserido no Projeto Individual de Leitura, tudo o que irei falar
tem base no que li. Vou tentar integrar tudo o que está no conteúdo deste trabalho, e
esforçar-me ao máximo para desenvolver cada tópico do mesmo. Na verdade, não tenho
nenhum esboço sobre o que vou fazer, e se tivesse, sei que o iria desrespeitar.
Queria ainda referir que, tal como nesta introdução, todas as imagens e referências ao
longo deste portefólio têm suporte na Literatura universal. A palavra ‘literatura’ é algo que
me inspira, não a escrever, mas a expandir-me para além da pessoa, sobretudo como
adolescente que sou.
E agora que estou a escrever… bem, posso dizer que o entusiasmo voltou.
«Porque eu era um malvado! Porque a
bem nunca o seu corpo havia de ser meu,
quanto mais minha mulher! Antes moça
de porta aberta!»
- O Malhadinhas
AQUILINO RIBEIRO
|AQUILINO RIBEIRO
Do Carregal de Tabosa nasce, a 13 de dezembro
de 1885, o último de quatro filhos do cônjuge
entre o Padre Joaquim Ribeiro e a camponesa
Mariana Gomes, Aquilino Gomes Ribeiro.
Para crítica literária tem muito que se lhe diga. Está nos ideais deste portefólio, um género
de intertextualização entre a obra referida e os padrões dos Direitos Humanos e com as
Cantigas provenientes da poesia trovadoresca.
O Malhadinhas, em forma de monólogo, reconta a sua história, com interlocutores que
afirma serem somente fidalgos. Em linguagem e em pessoa, bruto de início ao fim. Rapto,
violação, alianças forçadas, exigências procriadoras, assassino ao ponto de matar a sua própria
esposa. Ele, um verdadeiro ignorante a tudo que diz respeito a direitos. Ele, um exemplo de
violador dos Direitos Humanos “e, em menos dum amém, estava tombado por terra e eu de
joelhos em cima, na arca do peito… Varreu-se-me a luz dos olhos e já a faca vinha largada
quando atalharam o golpe.”
Porém, tudo o que faz, fá-lo pelo seu amor obsessivo pela sua prima. Dirigindo-me,
portanto, para as Cantigas, O Malhadinhas coaduna, em particular, com as Cantigas d’Amor.
Uma espécie estranha de amor, mas amor. Neste subgénero da poesia trovadoresca o trovador
escreve por alguém, um homem, que sofre de forma extremamente hiperbolizada por amor a
«Senhor». E tal como nas Cantigas o amor não é retribuído, em O Malhadinhas também não.
Sofrendo ambos por «Coita d’Amor».
Como já referido, crítica literária envolve imersos ramos. Num meio de procura, percebi que
em quase totalidade dos leitores de Aquilino, comentam o intrínseco valor linguístico dele. As
suas personagens são marcadas por qualidades intensas e cheias de energia, regionalismos
intensos que levam o leitor a perceber os estratos do homem da época. Na primeira pessoa,
Aquilino absorve vocábulos subliminares, mas beirões que convencem quem está a folhear.
: “a jogar o pau e a manejar a navalha como ninguém”
|Resumo |RESUMO
da Obra DA OBRA
O Malhadinhas está redigido sob a forma de um monólogo, que tem como
interlocutor um grupo de fidalgos apelidados de “escrivães da vila e manatas”.
Este centro de ouvintes inclui o narrador.
https://www.amnistia.pt/peticao/sos-venezuela/
Petição>> PESSOAS EM MOVIMENTO
EU ACOLHO
Resolver a crise global de refugiados pode começar com quatro palavras: Eu acolho
os refugiados!
Vivemos a maior crise mundial de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, com mais
de 25 milhões de pessoas – pais, crianças, famílias – obrigadas a fugir das suas próprias
casas para salvarem as suas vidas.
Em vez de ajudar estas pessoas, a grande maioria dos líderes mundiais optou por
fechar fronteiras ou virar as costas ao sofrimento humano. Em vez de receber os
refugiados como pessoas que fogem da guerra, da miséria e da perseguição, muitos
cidadãos optam pelo discurso de ódio, pelo preconceito e chegam mesmo a atos de
violência contra os refugiados. Em vez de se facilitar processos de autonomia e
integração, são levantadas barreiras burocráticas e os refugiados e requerentes de
asilo são, muitas vezes, deixados ao abandono e sem perceber como se movimentar na
vida quotidiana dos países de acolhimento.
Resolver a crise global de refugiados pode começar com quatro palavras: Eu
acolho os refugiados!
Queremos agora reiterar que acreditamos num mundo em que se criam pontes em
vez de muros e em que os refugiados são parte da família global. Foram inclusive
ratificadas convenções internacionais para que tragédias como estas não se
repetissem.
Por isso, queremos ficar do lado certo da História. Chegou a vez de nós, cidadãos,
mostrarmos que acolhemos os refugiados, propondo soluções em três aspetos
específicos:
i. Rotas legais e seguras, com meios dignos de viagem e proteção humanitária
que mitigariam os riscos de exploração económica e tráfico de seres humanos a
que os refugiados estão sujeitos bem como às viagens de alto risco a que os
mesmos se sujeitam;
ii. Partilha de responsabilidades no acolhimento entre todos os Estados. Tendo
em conta que o esforço de acolhimento da maioria de refugiados no mundo
inteiro é feito por apenas 10 países. Se os outros países que há no mundo
assumissem a sua parte, o esforço de acolhimento seria muito baixo. Também
na recolocação dos refugiados na Europa. Se cada país da União Europeia
assumisse o compromisso de partilha de responsabilidades, o esforço da Itália e
Grécia seriam repartidos por todos os países da UE num sinal claro de valores
de solidariedade;
iii. Acolhimento e integração efetiva com resposta rápida e célere aos requerentes
de asilo, cumprindo o estipulado pela lei e acelerando assim a integração
efetiva das pessoas na sociedade e nas comunidades locais enquanto estiverem
no nosso país. Esta reivindicação implica também o direito à reunificação
familiar que tem sido ignorado no processo de recolocação de refugiados que
estão na Grécia e Itália, para outros países da UE; a reunificação familiar
significa que os refugiados podem reunir-se a familiares próximos que já vivam
noutros países. Inclui ainda a previsão de bolsas e vistos para estudantes, que
permitam aos refugiados continuar ou começar os seus estudos, bem como
vistos médicos – para ajudar quem apresenta um estado clínico grave a obter
tratamento que lhe poderá salvará a vidas.
iv. Instamos por isso o nosso governo a levar a cabo todos os esforços possíveis
para concretizar estas medidas em território nacional e a exercer a sua
influência de bem na comunidade internacional, principalmente em sede da
UE, da CPLP, e das Nações Unidas:
v. Sendo um ator de relevo na União Europeia no que diz respeito à abertura de
novas rotas legais e seguras;
vi. Garantindo que todos os refugiados a quem foi prometido asilo e os
requerentes a quem foi prometida entrada, sejam acolhidos pelo nosso país
com dignidade, respeitando o que se encontra estipulado por lei;
vii. Garantindo que todos os refugiados e requerentes de asilo recebem uma
resposta rápida e célere, cumprindo o estipulado pela lei;
viii. Facilitando o processo de integração e autonomia dos refugiados e requerentes
de asilo, auscultando sempre esta população sobre as medidas que são
tomadas;
ix. Responsabilizando atos de discriminação, discurso de ódio e violência contra
refugiados e requerentes de asilo;
x. Nós, abaixo assinados, reafirmamos o compromisso “Eu Acolho” porque
acreditamos na solidariedade, na humanidade, no direito a viver em segurança
e num mundo onde os direitos humanos sejam usufruídos por todas as
pessoas!
https://www.amnistia.pt/peticao/eu-acolho/
https://www.amnistia.pt/peticao/nossa-coragem-os-defensores-direitos-humanos/