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CURSO DE DIREITO
NOME
JUAZEIRO DO NORTE-CE
MAIO DE 2017
1. Introdução
1- É uma progressiva diluição dos limites entre o direito penal e o direito administrativo
em geral (sancionatório e de prevenção de perigos), que torna-se cada vez mais difícil
determinar distinções teóricas entre esses ramos do ordenamento jurídico, pois ambos
se concentram em sua função preventiva. (SILVA SÁNCHEZ, 2006, p. 131)
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Para tanto, surgiu no ordenamento jurídico brasileiro, no ano de 1998 a Lei nº
9.605, tipificando e unificando a maior parte das infrações ambientais, além de impor
medidas administrativas e penais aplicáveis a quem viesse a praticá-las.
2. Justificativa
1- É uma progressiva diluição dos limites entre o direito penal e o direito administrativo
em geral (sancionatório e de prevenção de perigos), que torna-se cada vez mais difícil
determinar distinções teóricas entre esses ramos do ordenamento jurídico, pois ambos
se concentram em sua função preventiva. (SILVA SÁNCHEZ, 2006, p. 131)
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No desenrolar da apuração dos fatos que deram origem ao desastre, um dos
temas mais debatidos pelos veículos midiáticos e redes sociais, dizia respeito à forma
com que a Mineradora Samarco, causadora do dano ambiental, seria
responsabilizada, o que trouxe novamente a tona as discussões quanto a
possibilidade de a pessoa jurídica cometer crime e ser assim responsabilizada.
3. Referencial teórico
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A lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, veio como marco do combate contra
as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, unificando em seu texto tanto
infrações penais quanto administrativas, cominando a estas sanções de cunho
punitivo e repressivo.
Antes do seu surgimento, a legislação penal que versava sobre meio ambiente
representava um conjunto de leis esparsas que não traziam segurança jurídica ao bem
jurídico tutelado. Neste sentido, vejamos o posicionamento do doutrinador Luiz Flávio
Gomes:
Uma das grandes revoluções trazidas pela nova legislação ambiental foi
justamente no que diz respeito a responsabilização penal das pessoas jurídicas, que,
ao contrário do que antes da sua promulgação, passaram a ser consideradas
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penalmente responsáveis quando do cometimento de crime ambiental, nos termos da
lei.
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razão da amplitude de entendimentos possíveis a cada norma, que altera-se o
entendimento a cada cientista do direito ou cidadão que a pensa. Neste sentido,
vejamos o que diz o
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simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no
âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária
dupla imputação. (...) 3. Condicionar a aplicação do art. 225, § 3º, da
Carta Política a uma concreta imputação também a pessoa física
implica indevida restrição da norma constitucional, expressa a
intenção do constituinte originário não apenas de ampliar o alcance
das sanções penais, mas também de evitar a impunidade pelos crimes
ambientais frente às imensas dificuldades de individualização dos
responsáveis internamente às corporações, além de reforçar a tutela
do bem jurídico ambiental. (Processo RE548181 PR; Órgão Julgador:
Primeira Turma; Publicação ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213
DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014; Julgamento: 6 de Agosto de
2013 Relator: Min. ROSA WEBER )”
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alçando, por exemplo, à condição de delito o dano culposo, seja
fazendo descrição ininteligível de condutas, seja considerando crime
infrações nitidamente de caráter apenas administrativo, o que gera a
mais profunda insegurança. (Reale Júnior, 1998)”
Por fim, nota-se que o sistema punitivo dos crimes ambientais ainda se
encontra bastante fragilizado pela divergência doutrinária existente acerca da
responsabilidade penal, presente no artigo 225, §3º da Constituição Federal de 1988
e na Lei nº 9.605 de 1998.
4. Objetivos:
4.1. Geral:
Analisar a responsabilidade penal das pessoas jurídicas no âmbito do direito
penal ambiental fazendo um contraste sócio jurídico entre a Lei nº 9.605 de 1998, que
unificou as infrações administrativas e penais, e a Constituição Federal de 1988.
4.2. Específicos:
5. Metodologia
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objetivo da pesquisa e entender o seu objeto.
6. Cronograma
Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
MES/ETAPAS
2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017
Escolha do
X
tema
Levantamento
X X X
bibliográfico
Elaboração do
X
anteprojeto
Apresentação
X
do projeto
11
Coleta de
X X X X
dados
Análise dos
X X X
dados
Redação do
X X
trabalho
Revisão e
X
redação final
Entrega da
X
monografia
Defesa da
X
monografia
7. Referências bibliográficas
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário 548181 Órgão
Julgador: Primeira Turma; Publicação ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213
DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014; Julgamento: 6 de Agosto de 2013
Relator: Min. ROSA WEBER. Disponível em: https://stf.jusbrasil.com.br/
jurisprudencia/25342675/recurso-extraordinario-re-548181-pr-stf. Acesso em 01
de maio de 2017.
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PRADO, Luis Regis. A Dialética justa positiva, in Revista Brasileira de Direito
Constitucional e Ciência Política, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-18, set 1994.
______, Luis Regis. Direito penal Ambiental. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo
1992.
REALE JÚNIOR, Miguel. A hedionda lei dos crimes ambientais. Jornal Folha de S.
Paulo, 6 abr. 1998.
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