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Sumário
I. CITAÇÕES
V. MISCELÂNEA
X. PONTUAÇÃO
1. Regência verbal
2. Voz passiva sintética
3. Tempos compostos
4. Casos específicos
Ao invés de / em vez de
Nada de mais
Milhar
Milhão
À medida que / na medida em que
Por que / porque / por quê / o porquê
Nem
Todo / toda / todo o /toda a
Onde / aonde
Pronomes demonstrativos (Esse/Este)
I. CITAÇÕES
OBSERVAÇÃO: Quando se quer colocar entre aspas uma palavra ou trecho dentro de
um trecho já aspeado, usam-se aspas simples.
Mas se todos pensassem: "Não tenho que fazer isso", aquelas pessoas estariam em
uma situação pior ainda.
Você disse para a sua mãe: "Vou a uma feira de Informática", comprou a passagem e
simplesmente foi?
Apesar de sermos sempre os últimos, posso recordar e dizer: "Valeu a pena."
No entanto, em nome da clareza, sempre que for possível (como é o caso dos dois
exemplos supracitados), é aconselhável usar o discurso indireto. Exemplos:
Você disse para a sua mãe que iria a uma feira de Informática, comprou a
passagem e simplesmente foi?
Apesar de sermos sempre os últimos, posso recordar e dizer que valeu a pena.
ATENÇÃO: O padrão dos casos em que as aspas são usadas (como publicações,
obras de arte etc) estão no item IX desta apostila e no Manual Gemini.
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Esta apostila foi criada a partir de explicações e exemplos retirados das seguintes fontes, entre outras:
apostila de Introdução à tradução, do Departamento de Letras da PUC-Rio (autoria de Maria Paula Frota
e Paulo Henriques Britto), O português do dia-a-dia, de Sérgio Nogueira Duarte da Silva, Manual de
Padrões da Globosat, e do site Nossa língua_nossa pátria.
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por qualquer meio, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos.
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A regra geral é não traduzir nomes próprios (pessoas, cidades, acidentes geográficos,
instituições, publicações etc.). Porém há casos, não raros, em que já existe uma tradução
consagrada pelo uso. Nesses casos, o tradutor deve utilizar a forma portuguesa
existente.
1. Topônimos
Procedimento de pesquisa:
Liechtenstein
Washington
Potomac
Central Park
New Zealand Nova Zelândia
Bern Berna
Seine Sena
Fifth Avenue Quinta Avenida
The Hague Haia
2. Antropônimos
Plato Platão
Livy Tito Lívio
John Calvin João Calvino
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Agamemnon Agamênon
Othello Otelo
King Henry VIII Rei Henrique VIII
Christopher Columbus Cristóvão Colombo
Quando se trata de personagens de ficção ou figuras históricas para as quais não há uma
forma portuguesa consagrada, não se deve utilizar o nome português correspondente, e
sim manter a forma original. O mesmo se dá com monarcas e nobres do século 20.
3. Instituições
Esses nomes devem ser traduzidos quando houver forma portuguesa consagrada.
Quando existirem instituições semelhantes na nossa cultura, não devemos nacionalizar,
mantendo o nome no original e explicando, caso haja tempo, o que é a instituição em
questão.
4. Siglas
Algumas siglas tradicionalmente são mantidas no original, enquanto outras têm
tradução consagrada. De modo geral, as siglas que se referem a instituições inglesas ou
norte-americanas não se traduzem, enquanto que as referentes a instituições
internacionais possuem forma em português.
FBI
BBC
UN ONU
IMF FMI
OPEC OPEP
NATO OTAN
OBSERVAÇÃO:
O tradutor deve sempre pesquisar os nomes próprios encontrados no original para
saber se existem traduções consagradas.
O tradutor deve atentar para o fato de que as regras referentes ao emprego de inicial
maiúscula são diferentes em inglês e em português. Destaquemos algumas diferenças
importantes:
America América
un-American antiamericano
Americanize americanizar
Americanization americanização
2. Em inglês, mas não em português, os nomes dos dias da semana e dos meses, além
das línguas (exceto quando for disciplina. Ex.: Estou estudando Francês) e dos povos,
vêm com inicial maiúscula.
English inglês
Dutch holandês
German alemão
American americano
French francês
3. Com relação à unidade ton, deve-se levar em conta que existem várias toneladas
diferentes: a long ton, inglesa, a short ton, americana, e a metric ton, ou tonelada
métrica, que é a utilizada no Brasil.
V. MISCELÂNEA
He felt he was going to sneeze. He put his hand in his pocket and took out
his handkerchief.
Ele sentiu que ia espirrar. Pôs a mão no bolso e tirou o lenço.
1) pra, tá, cê, né: com exceção de "pra" (que pode ser utilizado com parcimônia), que
já está sendo regularmente utilizado em diálogos, NÃO USAR essas formas;
2) gíria: evitar, por serem formas em geral efêmeras, de uso muito recente e/ou restrito
a determinados grupos e regiões; dê preferência a formas coloquiais de uso bem
amplo, ou seja, já consagradas, integradas ao vocabulário geral da língua, inclusive
na escrita — exs.: legal, demais, cara etc.;
4) pronome oblíquo: evitar frases como Eu o vi; entretanto, evitar também formas
como Eu vi ele, rejeitadas pelos revisores e clientes, com o argumento (que aliás
procede) de que causam rejeição por parte do leitor. Dar preferência a Eu vi fulano.
No caso da forma lhe, usá-la somente em 2a. pessoa — Eu lhe disse (a você) para
ajudar a Maria – evitando o uso em 3a. pessoa, caso em que é preferível utilizar a
ele, a ela — Eu disse a ela para ajudar a Maria;
5) mistura de tu e você: é proibida. Pode-se usar o tu, desde que não misturado com o
você na mesma legenda. Ex.: Eu te amo. Como pronome de tratamento, use sempre
você.
6) formas do imperativo: existem dois códigos: um, canônico, utilizado para dar mais
força à ordem, para criar distanciamento, formalidade, etc.; o outro, mais
descontraído, em situações comuns, usa as formas do presente do indicativo no lugar
das formas canônicas do imperativo afirmativo e do negativo. O código informal só
não opera com três verbos: ser, estar e ter, que só são usados nas formas canônicas.
Exemplos: Saia daqui imediatamente vs. Sai daqui, filhinho, Não faça isso vs. Não
faz isso, não, Seja homem, Não tenha medo; É PROIBIDO MISTURAR OS
CÓDICOS CANÔNICO E O INFORMAL NA MESMA LEGENDA, como no item
5. Ex.: Sai daqui, filhinho. Não faça isso (errado). /Saia daqui, filhinho. Não faça
isso (certo). / Sai daqui, filhinho. Não faz isso (certo).
7) pronome possessivo: evitar o uso de seu, sua em 3a. pessoa, dando preferência a
dele, dela – ex.: Fui conhecer o apartamento dele;
Exemplos: Caso 1
Caso 5
2. Dicas de redação
Exemplos:
Usar o modo indicativo apenas quando a intenção for passar uma idéia afirmativa,
de quase certeza.
Exemplos:
Exemplos:
Usar o subjuntivo.
Exemplos:
1. Aspas
Quando usar
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discos e músicas
filmes e programas de TV
games
jornais, livros e revistas
obras de arte
palavras inventadas
citações (cf. item I desta apostila)
2. Hífen
Quando usar
"não-governamental."
gaita de foles.
Exceções
Para palavras com bem-, seguir o dicionário. Para o que não estiver no
dicionário, usar separado e sem hífen.
X. PONTUAÇÃO
3. Vírgula
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Quando usar
Após então apenas quando for interjeição. Neste caso, trata-se apenas de uma
"bengala" lingüística que poderia perfeitamente ser descartada. Exemplos:
Com vocativos:
Com adjuntos adverbiais curtos quando deslocados (hoje, aqui, talvez etc.):
ERRADO:
"O especialista inglês em cirurgia de catarata, Bruno Allan, de Londres, fará
amanhã palestra sobre novas técnicas cirúrgicas e tecnologias, no auditório da
Clínica São Vicente, na Gávea."
CERTO:
"O especialista inglês em cirurgia de catarata Bruno Allan, de Londres, fará
amanhã palestra sobre novas técnicas cirúrgicas e tecnologias no auditório da
Clínica São Vicente, na Gávea."
No caso acima, Bruno Allan não é o único especialista inglês em cirurgia de catarata
(não é cargo exclusivo). Portanto, não há vírgula antes do nome. No caso de cargo
exclusivo, a vírgula existe, porque o nome é um aposto explicativo.
Exemplo:
"O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegará amanhã a Paris."
(cargo exclusivo)
4. Ponto de interrogação
Quando usar
"Quem é você?"
"Quantos compareceram à reunião?"
Com chamamentos:
Quando usar
1. Regência verbal
Assistir
Faltar
Atender
Agradar
O verbo agradar, no sentido de fazer agrado, fazer carinho, acariciar, contentar, é TD,
logo:
Casar
Lembrar e esquecer
Gostar e precisar
ATENÇÃO: Outros verbos cuja regência gera confusões são agradecer, avisar e
responder. Para tirar qualquer dúvida, consulte O português do dia-a-dia, páginas 211 a
224, ou o dicionário, certificando-se de que está procurando na acepção correta.
O verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com o sujeito que, no caso, está
sempre expresso, logo:
Se o verbo for TI, ficará na 3ª pessoa do singular, pois o se, nesse caso, não será
pronome apassivador, e sim partícula indeterminante do sujeito. Exemplos:
3. Tempos Compostos
Nos tempos compostos formados de um verbo auxiliar (ter ou haver) mais um verbo
principal no particípio, o pronome átono se liga ao verbo auxiliar, nunca ao particípio.
Exemplos:
ATENÇÃO: Para mais informações sobre o uso de pronome oblíquo átono, consulte o
Manual de Padrões da Globosat.
4. Casos específicos
Ao invés de significa ao contrário de. Só pode ser usado se houver troca por coisa
oposta.
Nada de mais
Demais significa em excesso, além da conta. Na expressão nada de mais, o "de mais"
significa nada de importante, nada grave.
Milhar
É sempre masculino.
Milhão
Atenção à concordância.
"As dúvidas iam surgindo à medida que o palestrante apresentava suas idéias."
"À medida que o tempo esfriava, suas condições de saúde iam piorando."
Na medida em que pode ser substituída por uma vez que, porque, por causa de, devido
a:
Quando for substituível por por qual, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais:
Nem
Não se usa e nem quando nem equivaler a e não. Usa-se e não ou nem:
Todo/toda/todo o/toda a
Onde/aonde
Aonde só é usado com verbos que indicam movimento, como ir, chegar, levar, dirigir-
se
"O presidente dormirá em Jacarta, aonde chegará amanhã à noite."
"Lucas sabe os lugares aonde pode ir."
Este / Esse
Este:
-designa pessoa ou coisa próxima de quem fala
-refere-se ao lugar em que alguém está
-indica um período de tempo presente (este ano – o ano em que estamos)
-também é usado quando a pessoa ou a coisa aparece na tela
-com ":" – quando vai explicar o que vem depois dos dois pontos, usamos este (este é o
problema: a falta de energia)
Esse:
-indica pessoa ou coisa um pouco afastada de quem fala ou próxima de um interlocutor
-usa-se como referência a algo descrito antes (O manual da Gemini tem 32 páginas.
"Nesse manual...")
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-designa alguma coisa que já passou (o ano de 1999 foi ótimo. Nesse ano nós...)
-com ":" – quando explica o que estava antes dos dois pontos, usamos esse (a falta de
energia: esse é o problema)
Os rapazes precisaram aprender a passar areia na parafina para não escorregar. (suj: os
rapazes)
Infinitivo com verbos causativos (que não formam locução verbal: mandar, deixar,
fazer, ouvir, ver, sentir):