João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior Licenciatura Plena em Filosofia Antropologia Filosófica
Eleger uma perspectiva dos estudos no curso de antropologia filosófica. Fazer
uma reflexão sobre a condição do humano na atualidade à luz da perspectiva escolhida. Produza um texto sobre o tema.
De acordo com a perspectiva existencial, a vida é uma aquisição gradual de
saberes e conhecimentos sobre a própria essência do ser, sendo mais importante a caminhada ao longo da vida do que ideias associadas a um destino predeterminado. Nesta perspectiva, o homem não tem como saber a razão de tudo o que ocorre, abrindo espaço para uma enorme angústia diante dos fatos incompreendidos. O homem na perspectiva existencialista constitui-se de sua própria essência. O homem é livre e está condenado a agir, a escolher deliberadamente suas próprias escolhas, sem transferir a responsabilidade dos atos praticados a outro ser, humano ou não. Uma outra característica que advém desta perspectiva constitui-se do aparecimento de desespero, já que aquilo que torna o homem aquilo que ele é, pode ser perdido. Há uma grave preocupação com a condição humana na atualidade sob a perspectiva existencialista. O homem precisa de coisas externas, para continuar sentindo-se e percebendo aquilo que é, e não tendo poder para controlar o que é externo, vive em constante situação de desespero. Outra característica que se sobressai e considerada por Sartre, compõe-se de desamparo. Por sermos livres e estarmos condenados a escolher, passar pelas angústias das escolhas e pelo desespero que se sucede, acaba-se por conuzir o indivíduo à sensação de desespero. A condição humana na perspectiva existencialista atual possui a responsabilidade de praticar e obter as consequências de todos os seus atos. As desculpas e justificações não cabem nesta perspectiva. O homem aqui encontra-se sozinho, pois não há nada anterior à existência humana que possa determina-lo. O homem atual é livre para realizar quaisquer escolhas, sem predeterminações concernentes à infância, juventude ou qualquer outra condição anterior. Para o homem contemporâneo, nesta perspectiva não existe um sistema de suporte transcendental, que funcione como salvo conduto. O homem encontra-se imerso numa enorme teia de desejos e ações, sempre obrigado a escolher, como em uma ilha rodeado pelos fantasmas da angústia e do desespero.