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A guiana francesa tem sua história geopolitíca dividada em três eras, sendo elas: colonial,

departamento ultramarino e coletividade ultramarino. A era colonial teve seu ínicio por volta do
século XV, em 5 de agosto de de 1498 durante sua terceira viagem, Cristóvão Colombo atinge
pela primeira vez a costa das Guianas. As populações indígenas ocupam o litoral e são estimadas
em cerca de 30.000 pessoas na Guiana Francesa. Já no século seguinte, o número cairá para
25.000.

O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 para delimitar os territórios da Espanha e


de Portugal no novo mundo, não tinha ainda conhecimento das Guianas. Assim, já em 1503, um
primeiro grupo de colonos franceses se instala na Ilha de Caiena durante alguns anos.

Em 1499 e 1500, a primeira exploração do território da Guiana é feita pelo espanhol Vicente
Yáñez Pinzón, que explorou as costas do Planalto das Guianas entre os deltas do Amazonas e
do Orinoco.

Em 1638, Richelieu confiou ao capitão Bontemps a tarefa de colonizar os territórios da Guiana


Francesa com 1.200 franceses

A indústria guianesa é escassa, porém existem serrarias, destilarias de ron, fábricas de cerâmica,
ladrilhos, empresas construtoras, indústria açucareira e a indústria de extração de bauxita e de
ouro. Esta última ocorre no interior do país, e traz consigo uma série de problemas ambientais,
visto que utiliza mercúrio e cianeto (produtos extremamente tóxicos) e, desse modo, polui rios e
toda a biodiversidade. A indústria pesqueira está em plena expansão, com destaque para a
produção de camarões, carpas, bagres e espécies locais. A guiana francesa é auto-suficiente na
produção de energia elétrica.

Colônia francesa até 1947, desde então a Guiana Francesa é um departamento ultramarino
francês. Como parte integral da República Francesa, a Guiana Francesa é representada no
senado e na assembleia nacional da França. Seus cidadãos participam das eleições para
presidente da República Francesa. Como parcela do território francês, tanto quanto as partes da
República Francesa localizadas no continente europeu, a Guiana Francesa é considerada parte da
União Europeia.

A partir de abril de 2015, a Guiana Francesa deixou de ser um departamento ultramarino da


França para se transformar numa coletividade territorial única. O país continua sendo território
francês, mas ganhou maior autonomia administrativa. Passou a contar com um legislativo
unicameral, a Assembleia da Guiana, composta por 51 conselheiros eleitos de forma direta para
mandatos de seis anos.
A História da Guiana Francesa segue uma risca de sucessivas ocupações e disputas, o território
nunca obteve uma soberania de fato. A Guiana Francesa foi originalmente ocupada por índios da
nação aruaque e o primeiro europeu a atingir seu território teria sido o navegador
espanhol Vicente Yáñez Pinzón. Depois a região foi explorada
por ingleses, holandeses, espanhóis e portugueses, até ser oficialmente reivindicada para
a França por Daniel de La Touche, o mesmo fundador de São Luís do Maranhão.
Entre 1809 e 1817, foi ocupada por tropas luso-brasileiras e manteve um litígio territorial com
o Brasil só resolvido em 1900. Atualmente, é uma região da França em igualdade com as demais,
sendo o único território da União Europeia na América do Sulcontinental.

Sobre o grau de industrialização

Desde o ano 2.000, a economia guianesa tem apresentado um crescimento moderado, isto se
deve à expansão dos setores mineiro e agrícola, mas continuam sendo sérios os problemas
decorrentes da mão-de-obra sem qualificação e a infra-estrutura pouco desenvolvida. A dívida
externa daquele país, em 2006, era de 800 milhões de dólares.

A economia da Guiana Francesa (cuja moeda é o euro) teve um PIB, em 2006, de 1.551 bilhões
de dólares. O Centro Espacial Guianês (pertencente à Agência Espacial Européia e responsável
pelo lançamento de satélites com foguetes arianne) é de extrema importância para a economia
local, responde por 25% do PIB e emprega mais de 1.700 pessoas.

A Guiana Francesa depende da importação de energia e de alimentos, além disso, o desemprego


também é um problema sério daquele país (em 2.004, atingia 19,5% do povo guianês). Trata-se
de uma economia pouco desenvolvida que, ainda hoje, depende muito dos recursos enviados
pela França e organizações internacionais.

A Guiana Francesa exporta camarões, ouro, ron, estanho, madeiras comerciais, bananas, café,
arroz e cacau. Seus principais compradores são: França, Espanha e EUA. O governo guaianês
importa alimentos (cereais e carnes processadas), petróleo refinado (seu consumo é de
aproximadamente 6.600 barris/dia), cimento, metais e máquinas, seus principais fornecedores
são: França, Alemanha e EUA.

A agricultura daquele país produz milho, arroz, banana, cacau, mandioca e cana-de-açúcar,
abacaxi e inhame, estes produtos são basicamente para consumo interno.

~A população da Guiana Francesa é estimada em 240.000 habitantes e nos últimos anos o


departamento tem experimentado um crescimento populacional elevado, em torno de 3,5% ao
ano. A densidade demográfica, de um modo geral, é baixa, 2,7 hab./km², muito embora esse
índice possa chegar a mais de 900 hab./km², como ocorre na região em que se localiza Caiena. A
maior parte da população está concentrada na planície litorânea, que ocupa cerca de 5% do
território.

A taxa de natalidade é considerada a mais elevada de toda a França, pois equivale a 30


nascimentos para cada 1.000 habitantes. A taxa de mortalidade é uma das mais baixas e
corresponde a 3,5/1.000 habitantes. A fecundidade média é elevada, girando em torno de 3,5
filhos por mulher e a expectativa de vida é de, em média, 78 anos de idade. A estrutura etária da
população apresenta um clássico formato piramidal, de modo que a população pode ser
considerada jovem, pois 44% dos habitantes possuem menos de 20 anos de idade. A taxa de
alfabetização é de 98% (INSEE, 2015).

No sistema de ensino francês, a diversificação do público escolar se torna especialmente visível e


aguda no collège2, etapa comum e obrigatória3 que condensa as ambigüidades decorrentes da
tentativa de conciliar o provimento de uma escolaridade comum para todos e a seleção de
talentos segundo o princípio do mérito (Dubet, 2003). Segundo Derouet (2003), a progressiva
implantação do 'colégio único' a partir de 1975 respondeu ao desejo de radicalizar o ideal de
uma escola que permitisse a qualquer criança, independente de sua origem social, chegar à
melhor posição social possível, graças a critérios de seleção e orientação intrínsecos à
personalidade e não como efeito da origem social.

O sistema educacional foi baseado no antigo sistema educacional britânico. Os estudantes


devem fazer o SSEE (exame para entrar na escola secundária) na sexta série. Eles fazem o (CXC)
no final da escola secundária. Recentemente eles introduziram o exame CAPE, que todos os
outros países caribenhos já possuem. O sistema Advanced Level do antigo sistema britânico
praticamente desapareceu e agora é oferecido em apenas algumas poucas escolas (em janeiro
de 2007). A razão para o focus insuficiente ou as várias disciplinas pode ser atribuído
diretamente as escolhas comuns feitas pelos estudantes de se especializar em áreas similares
(matemática/química/física ou geografia/história/economia). Com a remoção do sistema
Advanced Level que encorajava essa especialização, espera-se que isso vai atrair mais os
estudantes a variar seus estudos.

O desemprego nos departamentos franceses de ultramar é alto. Em 2010, 21,0% da população


economicamente ativa da Guiana Francesa estava desempregada, 23,5% da de Guadalupe e
21,0% da de Martinica. Os jovens são particularmente afetados, em especial aqueles com
escolaridade mínima (62% dos menores de 25 anos estavam desempregados em Martinica, em
2010). A taxa de desemprego das mulheres era maior que a dos homens; por exemplo: em 2009,
a taxa de emprego das mulheres em Martinica era de 49,3%, em comparação com 54,9% entre
os homens.

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