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Herculano Pires
Os Sonhos
de
Liberdade
J. Herculano Pires – Os Sonhos de Liberdade 2
Apoio:
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Contracapa (esquerda)
Contracapa (direita)
Índice
Uma Possibilidade Humana..................................................6
As Condições da Liberdade ................................................ 16
Liberdade e Disciplina........................................................ 26
A Liberdade Suicida ........................................................... 36
Amor e Sexo em Liberdade ................................................ 46
A Maternidade Livre .......................................................... 57
J. Herculano Pires – Os Sonhos de Liberdade 6
As Condições da Liberdade
Liberdade e Disciplina
A Liberdade Suicida
cioso e até mesmo sagrado pelo sexo. Mais tarde, nos entre-
choques das experiências vitais, no despertar das ambições e
das rivalidades grupais e raciais, surgem as discriminações
perigosas, em que a mulher do inimigo, as mulheres de
outras raças permitem a volta à libertação das paixões inferi-
ores para o livre gozo das sensações animais, sem os freios
do afeto e da responsabilidade. Mas essas fases de retrocesso
passam, deixando marcas violentas na consciência em de-
senvolvimento, trazendo conseqüências desequilibradoras
que vão corrigindo os excessos e determinando medidas de
repressão individual e coletiva. Do próprio determinismo da
facticidade, através das experiências, brota a liberdade ne-
cessária ao desenvolvimento das potencialidades do espírito.
Justificando a tradição israelita do divórcio, Jesus decla-
rou que Moisés a concedera em virtude da dureza dos cora-
ções humanos e acrescentou que no princípio não era assim.
Kardec estabelece, no exame desse trecho, a diferença entre
os tempos primitivos, em que o amor nascia espontaneamen-
te e as uniões estavam livres das influências estranhas, com o
tempo de Moisés, em que o avanço da civilização criara
disparidades profundas entre homens e famílias em virtude
do enriquecimento material, o apego às posses e às posições
sociais. Porque a partir dessa fase em que a jurisdição huma-
na disciplinava a vida social, até os nossos dias, as uniões
passaram a ser praticamente regidas por interesses estranhos
à afetividade pura. Os casamentos por interesses determina-
ram e determinam uniões forçadas pelas famílias e as exi-
gências sociais. As separações de casais, que afetam a vida
dos filhos, provêm desses desajustes gerados pelo desrespei-
to à lei de afinidade, aos sentimentos reais das criaturas, o
que vale dizer o desrespeito à lei do amor. Este é um dos
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A Maternidade Livre
–0–
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