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METODOLOGIA DO
TRABALHO CIENTÍFICO
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3 APRESENTAÇÃO
4 UNIDADE 1 – Introdução
6 UNIDADE 2 – A Ciência
12 UNIDADE 3 – Os Tipos de Conhecimento
17 UNIDADE 4 – A Pesquisa
21 UNIDADE 5 – Pesquisa Bibliográfica
24 UNIDADE 6 – O Trabalho Científico
26 UNIDADE 7 – A Revisão de Literatura
30 UNIDADE 8 – O Artigo Científico
SUMÁRIO
31 UNIDADE 9 – A Leitura
32 UNIDADE 10 – A Escrita
36 UNIDADE 11 – Instrumentalização Científica
44 UNIDADE 12 – Plágio: O que é e Como Evitar
53 REFERÊNCIAS
3
APRESENTAÇÃO
1- Na internet.
4
UNIDADE 1 – Introdução
UNIDADE 2 – A Ciência
O caráter dogmático surge à medida que o Não obstante, da mesma forma que o co-
conhecimento religioso se voltou, também, nhecimento se desenvolveu, a sistematiza-
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ção de atividades e o método também sofre- mada conclusão - “não propiciam um conhe-
ram transformações. Galileu Galilei, primeiro cimento completo do universo” (SALOMON,
teórico do método experimental foi o pionei- 1999).
ro no trato desse assunto, no nível de conhe-
Parte-se, então, do pressuposto de que o
cimento científico. Apesar de discordar dos
conhecimento científico é o único caminho
seguidores do filósofo Aristóteles, Galileu
seguro para a verdade dos fatos, devendo
considera que o conhecimento da essência
seguir os seguintes passos:
interior das substâncias individuais deve ser
substituído pelo conhecimento das leis que a) experimentação;
presidem os fenômenos, como objetivo para
b) formulação de hipóteses;
as investigações.
c) repetição;
Para Galileu, a ciência tem como principal
foco as relações quantitativas em detrimen- d) testagem das hipóteses;
to da qualidade. Seu método pode ser des-
crito como indução experimental, podendo e) formulação de generalizações; e
chegar a uma lei geral através da observação f) leis.
de certo número de casos particulares.
pelos objetos mais simples e mais fáceis de o próprio processo de investigação". (apud
conhecer, até o conhecimento dos objetos GRAWITZ, 1975, p. 18).
mais complexos;
tos. Por exemplo, ao estudar o homem, po- -a-dia e após inúmeras tentativas, ou seja,
demos elencar diversas conclusões sobre o conhecimento adquirido através de ações
a sua atuação e o seu papel na sociedade, rotineiras e não planejadas. Exemplo: A cha-
baseando-nos, apenas, no senso comum ou ve está emperrando na fechadura e, de tan-
na nossa experiência cotidiana; podemos to experimentarmos abrir a porta, acabamos
questioná-lo quanto à sua origem e destino, por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar
assim como quanto à sua liberdade; pode- a chave sem emperrar.
mos também, analisá-lo como um ser bioló-
Apesar de sua aspiração à racionalidade
gico, ao verificarmos as relações existentes
e objetivo, o bom senso só consegue atingir
entre determinados órgãos e suas funções,
essa condição de maneira muito limitada,
a partir do conhecimento científico; pode-
podendo ser definido como o modo vulgar,
mos, ainda, observá-lo como uma ser criado
popular, comum e espontâneo de conhecer,
pela divindade, à sua imagem e semelhança,
que se adquire no trato direto com as coisas
e meditar sobre o que dele dizem os diversos
e os seres humanos, sem análises ou críticas.
textos sagrados.
"É o saber que preenche a nossa vida diária
Sendo assim, apesar da divisão entre os ti- e que se possui sem o haver procurado ou
pos de conhecimento em popular, filosófico, estudado, sem a aplicação de um método e
religioso e científico, estas podem coexistir sem se haver refletido sobre algo". (BABINI,
na mesma pessoa, o que a torna uma pessoa 1957, p. 21).
sábia por transitar entre todas as esferas do
Podemos dizer que o conhecimento po-
conhecimento humano: um cientista, vol-
pular tem as seguintes características:
tado, por exemplo, ao estudo da física, em
muitos aspectos de sua vida cotidiana, pode Superficialidade – posto que, confor-
agir segundo conhecimentos provenientes ma-se com a aparência, com aquilo que se
do senso comum, pode ser crente praticante pode comprovar simplesmente olhando ou
de determinada religião e estar filiado a um estando junto das coisas.
sistema filosófico.
Sensitividade – refere-se a estados de
A todo esse produto da inteligência hu- espírito, de vivências, de ânimo e emoções
mana, chamamos conhecimento. Além dele, da vida.
temos as informações e os saberes.
Subjetividade – as experiências e co-
nhecimentos são organizados pelo próprio
sujeito.
Os Saberes e os diversos tipos de
conhecimento Assistematicidade – não há um méto-
do de aquisição do conhecimento, este se dá
Os saberes e as informações são infinitos,
sem planejamento e sem a busca da compro-
porém, os conhecimentos podem ser classi-
vação dos fatos.
ficados, como veremos abaixo:
Acriticidade – não há a pretensão de
1 - Conhecimento Empírico (ou co-
confirmação sobre a condição de serem, os
nhecimento vulgar, ou senso-comum)
conhecimentos, verdadeiros ou não.
É o conhecimento obtido ao acaso, no dia-
É o que denominamos o saber da vida. Um
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tipo de saber que se baseia na vivência es- tipo de conhecimento apóia-se em doutri-
pontânea, começando no nascimento e indo nas que contêm proposições sagradas e de-
até a morte. Assim, tudo pode se tornar ob- pendem das crenças e da formação moral de
jeto a ser "explorado" e representado nesse cada indivíduo. Parte, portanto, da compre-
nível de conhecimento da realidade. O resul- ensão e da aceitação da existência inegável
tado dessa relação com o mundo é um saber de um Deus ou de deuses, que constituem a
classificado como empírico. razão de ser de todas as coisas. Esses seres
"revelam-se" aos humanos e, se assim são,
Nesse mesmo âmbito de conhecimento,
não há porque a razão compreender esses
encontramos ainda o conhecimento mítico,
dogmas, bastando, para tanto, aceitá-los. O
modalidade de conhecimento baseada na
conhecimento teológico investiga e tenta
intuição. Ajuda o ser humano a "explicar" o
explicar somente esse proceso.
mundo por meio de representações simples,
porém não racionais, nem resultantes de ex-
perimentações científicas.
3 - Conhecimento Filosófico
É um conhecimento "expresso por meio
É o conhecimento que se faz especulando
de linguagem simbólica e imaginária" (CYRI-
sobre fenômenos, gerando, assim, conceitos
NO e PENHA, 1992, p. 14), onde o homem cria
subjetivos. É fruto da reflexão e do raciocínio
representações para atribuir um sentido às
humano. Através dele, o homem busca dar
coisas, baseando-se na crença de que seres
sentido aos fenômenos gerais do universo,
fantásticos e suas histórias sobrenaturais
ultrapassando os limites formais da ciência.
são responsáveis pela existência de todas as
Exemplo: "O homem é a ponte entre o animal
coisas.
e o além-homem" (Friedrich Nietzsche).
UNIDADE 4 – A Pesquisa
A construção das hipóteses deve-se ini- rão analisados e o limite da pesquisa, ou seja,
ciar a partir: até onde se pretende chegar.
Boas hipóteses primam por algumas ca- • O Problema da pesquisa (o que será
racterísticas fundamentais: pesquisado; a “pergunta”).
Análise e Interpretação
Identificação
A primeira fase da análise e da interpreta-
É a fase de reconhecimento do assunto
ção é a crítica do material bibliográfico e divi-
pertinente ao tema em estudo. Como pri-
de-se em crítica interna e externa.
meiro passo deve-se procurar por catálogos
onde se encontram as relações das obras. A crítica externa é a feita sobre o signifi-
Em seguida, tendo em mãos os livros ou peri- cado, a importância e o valor histórico de um
ódicos, faz-se o levantamento dos assuntos documento, considerando em si mesmo e em
abordados pelo sumário. função do trabalho que está sendo elabora-
do e abrange: a crítica do texto averiguan-
do se o texto sofreu alterações ao longo do
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(6) Rotule todas as ideias para facilitar Sendo assim, cada projeto deveria explo-
sua referência futura. rar um assunto dentro da área de pesquisa
escolhida.
(7) Organize as ideias em seções ou as-
suntos na sequência do seu pensamento
(em geral, 3 ou 4 seções bastam).
Fontes Bibliográficas
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4 - Teses e dissertações
1 - Artigos de Periódicos Científicos
Prefira teses e dissertações concluídas
Utilize como base artigos publicados em em universidades reconhecidas. Atualmen-
periódicos científicos de renome e com co- te, os bancos de teses e dissertações se mul-
mitê de revisores. Artigos em revistas (Veja, tiplicam e é fácil o acesso a esse tipo de pu-
Exame e outras), jornais e material de divul- blicação via download. Porém, cuidado para
gação comercial não devem ser usados, a não copiar a estrutura e conteúdo da revisão
não ser que tragam alguma informação in- elaborada por outros alunos. Isso seria um
dispensável ao trabalho. Artigos científicos erro grave. Um PLÁGIO. E isso é crime, como
podem ser encontrados de diversas manei- veremos no item 12 desta obra.
ras: (i) procurando em base de dados como
o portal da Capes ou scielo e (ii) analisando a
bibliografia usada em outros estudos sobre Estrutura do Referencial Teórico
o assunto que você já conheça.
Planeje!
construa uma matriz de referências com a tados em congressos. Para tanto, consulte o
lista de tópicos nas linhas e autores nas co- www.scielo.org, entre outros.
lunas para entender a relação entre estes
elementos. A partir daí, costure seu texto,
dialogando com os autores e dando a sua Reunindo Ideias
contribuição.
O principal objetivo de uma revisão biblio-
Seções da Revisão: Estrutura do Texto gráfica é reunir ideias de diferentes fontes,
visando construir uma nova teoria ou uma
Como em Alice no País das Maravilhas,
nova visão sobre um assunto já conhecido.
quando o Rei pede ao Gato de Botas que
escreva tudo o que acontecer na reunião, o Os tipos básicos de composição são (a)
gato diz não saber fazê-lo, ao que responde reunir ideias comuns, (b) conectar ideias
o Rei: “é só você escrever primeiro o começo, complementares entre si, (c) comparar ideias
depois o meio e depois o fim”. Assim também divergentes ou opostas. Veja:
se faz em um texto científico, porém, parte-
1 - Reunindo ideias comuns: Os dois
-se do geral para o específico.
autores relacionados falam do mesmo as-
A sequência da apresentação é, geral- pecto do tema e concordam com ele.
mente, a seguinte:
2 - Conectando ideias complementa-
1 - Implementação: analisa de que forma res: Os dois autores se complementam.
a ideia que se tem pode ser colocada em prá-
3 - Comparando ideias divergentes:
tica. Relaciona as variáveis que deveriam ser
Os autores são radicalmente contrários em
consideradas na implementação. Elenca os
seus pontos de vista.
recursos e competências necessários para
que se faça o que se pretende.
UNIDADE 9 – A Leitura
UNIDADE 10 – A Escrita
neutro e, obviamente, o mais técnico possí- devem ser centradas na página. Deixe uma
vel. linha entre texto – objeto – texto. Não deixe
espaçamento entre a legenda e o objeto (fi-
Evite notas de rodapé. Normalmente, o
gura ou tabela). A legenda deve ficar próxima
que está sendo dito no rodapé pode ser in-
do objeto ao qual ela pertence.
troduzido entre parênteses no texto. Caso
não haja essa possibilidade, você provavel- Tabelas e figuras devem ser numeradas e
mente está desviando do assunto principal, receber legenda. As tabelas são numeradas
coisa que não deveria acontecer. na parte superior e as figuras na parte infe-
rior. Legendas são uma espécie de título e
Evite o uso de listas. Listas são usadas em
não devem receber ponto final. No interior
apostilas e livros-texto. Teses e dissertações
de tabelas e figuras, use espaçamento sim-
devem privilegiar o uso de parágrafos conca-
ples e, se necessário para acomodar o conte-
tenados. (DEMO, 2002 e ECO, 2005).
údo, a letra pode ser em tamanho menor.
• A última leitura deve ser feita com a Crítico – Quando se formula um julgamen-
finalidade de compreender o sentido de cada to sobre o trabalho. É a crítica da forma, no
parte importante, anotar as palavras-chave que se refere aos aspectos metodológicos;
e verificar o tipo de relação entre as partes; do conteúdo; do desenvolvimento da lógica
da demonstração, da técnica de apresen-
• Uma vez compreendido o texto, se-
tação das ideias principais. No resumo críti-
lecionadas as palavras-chaves e entendida
co não pode haver citações. (DEMO, 2002 e
a relação entre as partes essenciais, pode-
ECO, 2005).
-se passar a elaboração do resumo. (DEMO,
2002 e ECO, 2005).
Resenha Crítica
d) Conclusões do autor;
e) Crítica do resenhista;
Buscas na Internet
1 - Ferramentas de busca
Numa pequena viagem histórica consta-
Ferramenta de busca é um site que permi-
tamos que no passado as informações eram
te a pesquisa sobre um determinado tema,
transmitidas oralmente. Com o surgimento
conteúdo, ou mesmo outro site quando você
da escrita, essas informações passaram a
não sabe o endereço.
ser representadas graficamente. Hoje ve-
mos um excesso de informação em todo lu- Exemplos: www.cade.com.br, www.alta-
gar e a todo o momento. vista.com, www.google.com.br.
Atualmente, estamos na chamada Era da Para acessar, digite na barra de endereço
Informação. Nessa nova Era, assistimos ao www.google.com.br e siga as orientações
processamento das informações: temos um abaixo:
dado que se torna informação que nos leva a
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Na janela que se abre no meio da tela, digite a palavra ou expressão que procura, para procurar
uma expressão com mais clareza, digite-a entre aspas.
Para uma pesquisa mais avançada, é possível efetuar diversos filtros. Para tanto, clique no link
pesquisa avançada:
A página seguinte se abrirá e nela você terá as informações necessárias para efetuar uma
pesquisa mais completa.
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Ou ainda, podemos utilizar o botão estou com sorte. O site retornado pelo Google será aquele
mais consultado.
Podemos também buscar imagens no Google. Para tanto, clique no botão imagens e depois
digite o tema da imagem:
Podemos realizar pesquisas sobre Artigos, dissertações, teses, resumos, entre outros, revi-
sados por especialistas, em sites científicos especializados, através do Google Acadêmico.
Para tanto, entre no www.google.com.br. Clique no menu mais e clique na opção muito mais.
Em seguida, no link acadêmico, conforme as orientações abaixo:
3 – Biblioteca online
HTTP://acessolivre.capes.gov.br/
que sem sombra de dúvidas, facilita a pes- dos e corrigidos pelos professores/tutores.
quisa acadêmica quando se faz o uso corre-
E de fato, se pegar trabalhos na Internet é
to da mesma: como uma grande biblioteca.
tão fácil e barato, por que não o fazer? É pos-
Nela há uma fonte quase inesgotável de
sível enumerar dezenas de motivos, porém,
pesquisas para a elaboração de trabalhos
alguns deles são mais importantes, a saber:
científicos, o que traz grandes vantagens,
tais como, a facilidade e rapidez de acesso a • Punição – plagiar é crime passível de
conteúdos especializados, os espaços de co- punição e diversos sites tem ouvidoria e sis-
municação e interação que permitem discus- temas para detectar e punir crimes dessa na-
sões sobre diversos assuntos, entre outros. tureza (veja ANEXO F), sendo que qualquer
Todavia, alguns problemas vem junto como a cidadão poderá denunciar esta prática;
falta de objetivos definidos para a pesquisa,
a sobrecarga de informação, a facilidade de • Aprendizado – com a utilização da có-
dispersão, a ausência de análise crítica dos pia e do uso do plágio, os alunos não terão a
conteúdos acessados, a confusão em rela- oportunidade de pesquisar e de construir o
ção à propriedade intelectual, as cópias e o conhecimento esperado;
plágio. • Integridade – com as facilidades pro-
Em uma pesquisa rápida, constata-se a porcionadas pela Internet, a ética é testada
infinidade de sites que oferecem trabalhos a todo momento;
acadêmicos para todos os níveis, com rapi- • Reprovação – a maior parte das insti-
dez de entrega e, em alguns poucos casos tuições de ensino puni com a reprovação os
com certa qualidade, não obstante, a maior estudantes que plagiam;
parte são fabriquetas de produtos genéri-
cos, posto que, são superficialmente redi- • Ética – plagiar é roubar e, em sen-
gidos, sem o devido rigor científico, escritos do, deve-se refutar essa atitude através de
em tom informativo e com seus preços que ações que inibam o ato;
variam de acordo com a quantidade de pági- • Expulsão – grande parte das institui-
nas e o número de fontes utilizadas. ções de ensino expulsa alunos e professores
Com um pouco de atenção, o professor que acorrem nesse crime;
reconhece esses trabalhos, haja vista que • Facilidade de se descobrir e provar um
os falsificadores e plagiadores usam fontes plágio pela mesma ferramenta, muitas vezes
completamente diferentes daquelas sugeri- utilizada para fazê-lo – a Internet;
das e utilizadas pelos mestres em suas aulas
e orientações. Ademais, não possuem erros • Atestado de incompetência e fracas-
de Língua Portuguesa, o que está pratica- so – se ao invés de aprender a pensar por
mente fora da realidade de grande parte dos conta própria e a expressar suas próprias
alunos. ideias claramente por escrito, você mera-
mente aprender a achar coisas na Internet e
Apesar do risco de serem descobertos, di- modificá-las para seu próprio uso, isso pro-
versos alunos continuam plagiando, e muito. vavelmente será tudo o que você aprenderá;
Na instituição esse número chega a um per-
centual elevado do total de artigos recebi- • Prejuízo financeiro – ao ser descober-
to e punido, perde-se o tempo e o dinheiro
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Diante de todas essas questões legais, o seu trabalho. Inicie a pesquisa suficiente-
faz-se urgente evitar o plágio. Mas como? Al- mente cedo para determinar se seu tópico
gumas medidas são importantes para evitá- é trabalhável. Estudantes que apresentam
-lo, tais como: um trabalho sobre um tópico diferente do
proposto ou daquele sobre o qual fizeram
• Bibliografia – faça sempre uma sínte-
trabalhos preliminares são frequentemente
se do que você leu, conhecida como Leitura
suspeitos de plágio. Quando você não conse-
Sintópica, sua originalidade resultará dessa
gue encontrar o material que precisa e não
síntese;
tem tempo suficiente para começar um novo
• Quando precisar consultar outras tópico, plagiar é uma grande tentação.
fontes bibliográficas, dê a si próprio tempo
• Confiança – acredite no seu potencial
suficiente para digerir a pesquisa. Se você
e trabalhe arduamente. Até mesmo os me-
está trabalhando diretamente do livro fon-
lhores escritores, às vezes, não têm consci-
te, você pode começar a fazer um plágio mo-
ência de suas boas ideias e acham que não
saico. Se você escrever uma primeira versão
têm nada a dizer quando na verdade seus es-
sem usar o material da fonte e, então, con-
critos dizem muito. Ideias originais resultam
sultar novamente a fonte e incorporar as
de se trabalhar estreitamente com ideias de
citações que você precisa e indicar seus em-
outros, não de flashes de inspiração;
préstimos, você poderá perceber que pro-
duziu um texto mais original. A originalidade • Rotina – não se faz ciência sem uma
resulta da síntese do que você leu. rotina de trabalho e pesquisa;
• Ficha literária – sempre que você ler • Normas Técnicas – contar sempre
algum livro, artigo ou quaisquer outros do- com um guia de documentação (manual do
cumentos, anote os dados necessários para TCC) com as regras de como redigir referên-
as devidas referências (Autor. Título. Edição. cias bibliográficas;
Local: editora, ano);
• Ajuda – em nossa instituição exis-
• Tome notas, cuidadosamente, du- tem professores especialistas em redação e
rante a pesquisa, incluindo referências bi- metodologia científica, ao seu dispor, diaria-
bliográficas completas. Isso assegurará que mente. Procure-os para as devidas orienta-
você possa facilmente fazer referência à ções, sempre que precisar.
fonte quando estiver preparando a versão
final.
Umberto Eco (2007) em seu livro “Como
• Transforme num hábito – colocar en-
se faz uma tese em ciências humanas”, ofe-
tre parênteses referências para todas as
rece ótimas dicas para não se copiar por erro
fontes de onde você fez empréstimos, em
ou ignorância (excluindo a má-fé). Siga as
cada versão que você escreve. Isso lhe pou-
recomendações desse livro, no qual o pro-
pará tempo, porque você não terá que revi-
fessor italiano relaciona diversos exemplos
sitar os textos referidos quando estiver pre-
bastante claros de uma “falsa paráfrase”,
parando a versão final.
uma “paráfrase honesta” e uma “paráfrase
• Tempo – reserve um tempo hábil e textual que evite o plágio”.
necessário para pesquisar, escrever e revisar
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principal, em fonte com tamanho menor e fonte, ou seja, obrigatoriamente deve ser re-
recuado à direita 4,0 cm. A fonte da citação ferendado, ou acorrerá em plágio.
(autor, data e página) precisa, ainda, ser refe-
2 - APÊNDICE B: Tipos de Plágio
renciada, seja no próprio texto (em chamada
anterior ou posterior a ela) ou em nota de ro- 2.1. Plágio mosaico: esse é o tipo de
dapé. plágio mais comum. O Escritor não faz uma
cópia da fonte diretamente, mas muda umas
1.2 - Referência: referendar é identificar
poucas palavras em cada sentença, sem dar
a fonte de uma citação, paráfrase ou resu-
crédito ao autor original. Esses parágrafos
mo. A prática de referenciar em textos aca-
ou sentenças não são citações, mas estão
dêmicos e profissionais requerem o nome do
tão próximas de sê-las que eles deveriam ter
autor, o título do livro ou periódico em que
sido citados ou, se eles foram modificados o
ele apareceu, a data da publicação da obra e
bastante para serem classificados como pa-
o número da página em nota de rodapé. Po-
ráfrases, deveria ter sido feita a referência à
rém, os textos acadêmicos e profissionais
fonte.
exigem uma referência completa, dentro do
texto (autor, data e página) e uma entrada 2.2. Plágio direto: copiar, integralmen-
bibliográfica em nota de rodapé ou completa te, uma frase, parágrafo ou mesmo um con-
numa lista de Trabalhos Referenciados (Re- ceito, de uma fonte sem indicar que é uma
ferências). citação e sem fazer referência ao autor.
1.3 - Paráfrase: o autor do texto rees- 2.3. Referência vaga ou incorreta: de-
creve, com suas palavras, algo que sua fonte ve-se indicar, claramente, onde um emprés-
disse. O objetivo de se parafrasear, ao invés timo começa e termina. Para tanto, utiliza-se
de citar, é escrever ou reescrever o assunto as aspas para destacar o que é do autor e o
numa linguagem que o público leitor irá com- que é da fonte. Algumas vezes, o escritor de
preender ou identificar mais facilmente. Por um texto faz referência a uma fonte uma
exemplo, artigos em revistas populares de vez, e o leitor presume que as sentenças
ciência, tais como, a Superinteressante, fre- anteriores ou parágrafos tenham sido para-
quentemente parafraseiam artigos de peri- fraseados quando na verdade a maior parte
ódicos científicos. Essa é uma atividade inte- do texto é uma paráfrase desta única fonte.
lectual importante, pois, demonstra que se O escritor do texto falhou na indicação clara
compreende aquilo que se leu e se é capaz de dos seus empréstimos às suas fontes. Pa-
trabalhar com aquele material. Conquanto, ráfrases e resumos devem ter seus limites
uma paráfrase deve ser, impreterivelmente, indicados por referências (no começo com o
referenciada, posto que, em não sendo, será nome do autor, no fim com referência entre
um caso de plágio tanto quanto uma cópia parênteses). O escritor deve sempre indicar
integral sem referência da fonte. Quando se quando uma paráfrase, resumo ou citação
diz algo com suas próprias palavras não quer começa, termina ou é interrompida.
dizer que esse algo é seu.
2.4. Tomar emprestado o trabalho de
1.4 - Resumo: parecido com a paráfra- outros estudantes: esse é um plágio di-
se, o resumo de uma fonte é feito com as reto consentido. Não há nada de errado em
próprias palavras de outrem, mas é de outra se tomar informações ou recorrer a ajuda de
52
REFERÊNCIAS
ANEXOS
Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo), escolha se a busca
será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma que você escreveu, pelo site Google
Acadêmico ou por relevância das palavras.
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Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as palavras-chave deverão ser
procuradas, de acordo com assunto do seu TCC (não utilizar “e”, “ou”, “de”, “a”, pois ele procurará
por estas palavras também). Clicar em pesquisar.
Lembre-se de que as palavras-chave diri- Isso feito, uma nova página aparecerá,
girão a pesquisa, portanto, escolha-as com com os resultados da pesquisa para aquelas
atenção. Várias podem ser testadas. Quanto palavras que você forneceu. Observe o nú-
mais próximas ao tema escolhido, mais refi- mero de referências às palavras fornecidas e
nada será sua busca. Por exemplo, se o tema o número de páginas em que elas se encon-
escolhido for relacionado à degradação am- tram (indicado abaixo).
biental na cidade de Ipatinga, as palavras-
-chave poderiam ser: degradação; ambien-
tal; Ipatinga. Ou algo mais detalhado. Se nada
aparecer, tente outras palavras.
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A seguir, estará a lista com os títulos dos artigos encontrados, onde constam: nome dos auto-
res (Sobrenome, nome), título, nome do periódico, ano de publicação, volume, número, páginas
e número de indexação. Logo abaixo, têm-se as opções de visualização do resumo do artigo em
português/inglês e do artigo na íntegra, em português. Avalie os títulos e leia o resumo primeiro,
para ver se vale à pena ler todo o artigo.
Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início da página (indicado
abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo do artigo em PDF, que é um tipo de
arquivo compactado e, por isso, mais leve, Caso queria, você pode fazer download e salvá-lo em
seu computador.
60
Caso você já possua a referência de um artigo e quer achá-lo em um periódico, deve-se pro-
curar na lista de periódicos, digitando-se o nome ou procurando na lista, por ordem alfabética ou
assunto. Em seguida, é só procurar pelo autor, ano de publicação, volume e/ou número.
61
É preciso ressaltar que você deve apenas texto na íntegra. Tais atitudes podem ser fa-
consultar as bases de dados e os artigos, cilmente verificadas por nossos professores,
sendo proibida a cópia de trechos, sem a de- que farão a correção do artigo.
vida indicação do nome do autor do texto ori-
ANEXO B: Modelo de resumo de um
ginal (ver na apostila tipos de citação) e/ou o
artigo de revisão 1
RESUMO ESTENDIDO
Problema. Periódicos científicos publicados na Web, apesar dos avanços das TIs, são
ainda calcados no modelo impresso. Artigos neles contidos podem ser considerados ba-
ses de conhecimento, já que veiculam novas descobertas e novos conhecimentos cien-
tíficos. Mesmo sendo documentos digitais, o conhecimento contido nesses artigos esta
em forma textual, para leitura por seres humano e requer um longo processo social atra-
vés do qual artigos são lidos, criticados, avaliados, citados, até que o conhecimento aí
contido possa em fim ser validado e incorporado ao estoque de conhecimentos cientí-
ficos. As tecnologias conhecidas como Web Semântica objetivam exatamente agregar
conteúdo semântico aos documentos publicados na Web para que programas “agentes
inteligentes” possam “compreender” os conteúdos desses documentos e realizar tarefas
sofisticadas raciocinado com base nesse.
RESUMO
Rosely Galvão Costa, Yonara Marisa Pinto da Silva, Ricardo Laino Ribeiro
RESUMO
.http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/sare/article/view/215. Vol 3 - n 01 –
2008.
ANEXO E
ou mesmo teses em exercícios de plágio construídos sem pejo. Muitas das vezes, o "rabo"
fica de fora para gáudio dos professores são as mantas de retalho sem nexo ou constru-
ções frásicas com sabor abrasileirado. Outras vezes, as cópias dão mais luta, exigindo ao
docente a utlização de ferramenta idêntica para detectar a infracção. O mundo da fraude
acadêmica fica complementada com um número crescente de licenciados desemprega-
dos que, a troco de um punhado de euros, faz surgir o trabalho que, com sorte, acelera a
obtenção do tão desejado canudo. Tudo começa no Ensino Básico, quando a professora
pede um pequeno trabalho, coisa leve, sobre, por exemplo, o meio ambiente. "Quando
peço os trabalhos, já sei que vou acabar por receber muitos semelhantes, com as mesmas
ilustrações e os mesmos gráficos. Os alunos vão todos ao Google e pronto". Ana Faria,
professora de Ciências Naturais, não se importa. "O importante é que aprendam a pesqui-
sar. Mas alerto-os sempre para a necessidade de identificarem a fonte de informação",
esclareceu. Do Básico, pelo Secundário, até ao Superior, o caminho da investigação ra-
ramente conhece outro assento que não seja a cadeira em frente a um terminal de com-
putador com ligação à Net. As noções de ética ouvidas nesta ou naquela aula não têm a
força para vencer o facilitismo de escolher e copiar aquilo que outros produziram. É por
isso que Jorge Tavares (o que se dispôs a revelar ao JN exige anonimato) vai ter de recor-
rer ao motor de pesquisa Google para analisar, nas próximas semanas, os trabalhos de
fim de semestre dos seus alunos da área das engenharias. "São alunos dos 4º e 5º anos,
mas sei, por experiência adquirida, que uns 80% tiveram na Net a sua única fonte de
pesquisa", salientou. Em anos anteriores, tem recebido um pouco de tudo desde cópias
integrais até "mantas de retalho" que mais não são do que pedaços de uma variedade
de trabalhos encontrados na rede. Numa autêntica caça do gato ao rato, Jorge Tavares -
professor de uma instituição de ensino superior público do Porto - usa o Google para de-
tectar as infracções. "Digito uma expressão técnica utilizada no trabalho e comparo com
os textos que encontro", explicou. Na maior parte dos casos, a entrevista que se segue à
apresentação do trabalho complementa o diagnóstico da fraude. "Neste momento, tenho
em mãos uma dissertação de mestrado que seguiu os mesmos caminhos", revelou. Jorge
Tavares referiu que muitos alunos sabem que, com alguns professores, o risco compen-
sa. "São por vezes centenas de trabalhos para analisar e há colegas que mal olham para
eles. Rui Trindade, professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto,
é de opinião que, muitas vezes, os alunos são sobrecarregados com trabalhos. "Um traba-
lho de investigação é uma oportunidade de auto-aprendizagem. Mas como os alunos não
são auto-suficientes, os professores devem acompanhar a feitura dos trabalhos, caso
contrário não precisavam dos docentes para nada", referiu. Rui Trindade aposta, assim,
na tutoria do seus alunos. "Quando se faz um acompanhamento, a tendência dos alunos
para 'googlar' tende a diminuir muito", concluiu. Usar as idéias de outros sem revelar as
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ANEXO F
Se você tem razões para acreditar que seus direitos autorais foram violados, entre em
contato com o Yahoo!, dando as seguintes informações:
2. Uma assinatura digital ou material da pessoa autorizada a agir em seu nome, caso
haja;
6. Uma declaração sua de que você age de boa fé e que acredita que seu material foi
usado de forma indevida de acordo com as leis de diretos autorias;
7. Uma declaração sua de que todas as informações que você cedeu ao Yahoo! estão
corretas e que você é o dono do material utilizado ou está legalmente autorizado a agir
em nome dele.
Para informar sobre alguma violação de direitos autorais, entre em contato conosco:
Departamento Jurídico
E-mail: br-abuse@yahoo-inc.com
ANEXO G
Sites que devem ser consultados por aqueles que desejam conhecer as leis
sobre direitos autorais e suas implicações, bem como, não desejam plagiar.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5988.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm#art115
https://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9609.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/OI/OMPI/convencao_berna_obras_literarias-PT.htm
http://www.wipo.int/treaties/en/ip/berne/trtdocs_wo001.html
http://www.wipo.int/
Além desses listados acima indicamos a página de Augusto C. B. Areal em: <http://
www.persocom.com.br/brasilia/plagio1.htm#registro>.
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Plagiarism Today - Site sobre plágio, direitos autorais e roubo de conteúdo online. Em
inglês.
ANEXO H
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os
direitos de autor e os que lhes são conexos.
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qual-
quer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se
invente no futuro, tais como:
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.
Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária, artística ou
científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, de pseudô-
nimo ou qualquer outro sinal convencional.
Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.
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Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por
As violações aos direitos autorais estão previstas tanto na própria Lei de Direitos Au-
torais, onde se estipulam as sanções civis, como no Código Penal.
No Título VII - Das Sanções às Violações dos Direitos Autorais, se estabelecem diferen-
tes sanções e multas, a serem aplicadas aos contrafatores. Interessam especialmente:
Art. 101. As sanções civis de que trata este Capítulo aplicam-se sem prejuízo das penas
cabíveis.
Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra intelectual, deixar de
indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo ou sinal convencional do autor e do
intérprete, além de responder por danos morais, está obrigado a divulgar-lhes a identi-
dade da seguinte forma:
No Código Penal, se prevêem de três meses a quatro anos de PRISÃO, além de multas.
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