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RESUMO - DIREITO PENAL II AV1

SEMANA 01 – CONCURSO DE CRIMES

CONCURSO DE CRIME

MATERIAL ART 69º FORMA ART 70º CRIME CONTINUADO ART 71º

O agente, MEDIANTE MAIS DE


UMA AÇÃO OU OMISSÃO, pratica
dois ou mais CRIMES DA MESMA
O agente, mediante UMA SÓ ação
ESPÉCIE e, em razão de
ou omissão, pratica dois ou mais
O agente, mediante MAIS DE determinadas circunstâncias
crimes, idênticos ou não. aplica-se
UMA ação ou omissão, pratica (condições de tempo, lugar,
lhe a mais grave das penas
CONCEITO: dois ou mais crimes idênticos ou maneira de execução e outras
cabíveis ou, se iguais, somente
não. Deverá responder pela semelhantes) devam os delitos
uma delas, mas aumentada, em
soma ou cumulação das penas. subseqüentes ser havidos como
qualquer caso, de um sexto até
continuação do primeiro.
metade
Ficção jurídica: Os vários delitos,
na realidade, CONSTITUEM UM
ÚNICO CRIME
Exasperação: Aplica-se a pena de
qualquer dos crimes, acrescida de
1/6 até a metade
Cúmulo material (As penas Concurso formal imperfeito: Se a Exasperação: Aplica-se a pena de
SISTEMAS: devem ser somadas ou ação ou omissão é dolosa e os qualquer dos crimes, acrescida de
cumulação da pena) crimes concorrentes resultam de 1/6 até a metade
desígnios autônomos, consoante o
disposto no artigo
anterior(Material69º).
HOMOGÊNEO: É aquele que PERFEITO OU PRÓPRIO: É aquele COMUM: Pena do crime mais
prática crimes da mesma que o agente NÃO TEM mais de grave aumentada de 1/6 até 2/3.
espécie. um desígnio. (Art. 71, caput).
ESPÉCIES:
HETEROGÊNEO: É aquele que IMPERFEITO OU IMPRÓPRIO: É ESPECÍFICO: Pena do mais grave
prática crimes de espécie aquele que o agente TEM mais de do crime, aumentada até o triplo.
diferente. um desígnio. (Art. 71, parágrafo primeiro).

Ø As penas devem ser somadas


ou cumulação da pena. Ø Pluralidade de condutas.
Ø Na imposição cumulativa de Ø Crimes da mesma espécie.
ü DOLOSO
penas de reclusão e de Ø Circunstâncias semelhantes:
ü VITIMAS DIFERENTE
detenção, executa-se pela mais • Tempo:
REQUISITOS: ü VIOLENCIA OU GRAVE AMEAÇA
severa (art. 69, caput). • Lugar:
OBS: SE FOR A MESMA VITIMA,
Ø O prazo prescricional deve ser • Maneira de execução:
VAI CONCORRER AO CONCURSO
contado separadamente para • Permite o emprego da
MATERIAL.
cada uma das infrações penais interpretação analógica.
(art. 119).

CONCURSO
Se, da aplicação da regra do concurso formal, a pena torna-se superior à que resultaria da aplicação do
MATERIAL
concurso material, deve-se seguir este último critério (Art. 70, parágrafo único).
BENÉFICO:
Concurso Formal ou Ideal (Art. 70, CP)

DESÍGNIO AUTÔNOMO: Dolo (Direito ou Eventual) na causas dos vários resultados.

Crime Continuado (Art. 71)

MESMA ESPECIE

OFENCIVA: Mesmo dispositivo legal: ex: Furto Art 155º e Furto Qualificado Art 155º §1º

DEFENCIVA: Mesmo Bem Jurídico: Homicídio 121º ou Aborto124º, Furto 155º ou Roubo 157º

CRIMES CONTINUADO: CRIME HABITUAL:

+ DE 2 AÇÃO OU OMISSÃO EXIGE UMA FREGUENCIA OU REPETIÇÃO.

2 OU + CRIMES = ÚNICOS 1 AÇÃO OU OMISSÃO ISOLADA NÃO É CRIME.

CRIME PERMANENTE:QUE SE PROLONGA NO TEMPO =


ÚNICO CRIME (SEGUESTRO)

CONTINUIDADE DELETIVA E CONFRONTO DE LEIS PENAIS NO REMPO, SUMULA 711, STF:

"A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação
da continuidade ou da permanência".

Aula 02 – TEORIA DA SANÇÃO PENAL

Pena e medida de segurança são espécies do gênero sanção penal. A pena é prevista aos imputáveis, ao passo que
as medidas de segurança são aplicadas aos inimputáveis.

CONCEITO: Sanção Penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de sentença, ao culpado pela prática
do crime, consiste na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao
delinqüente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à
coletividade. (Capez).

O estado tem que ter o perfil GARANTISTA: O direito penal serve antes que um instrumento de punição ou poder,
cabe o direito penal a proteção do individuo quanto ao estado.

Enquanto eu não tenho uma condenação transitada e julgada, aplica-se o PRINCIPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.

PROVA TARIFADA (Historia media): Uma prova valia mais que as outras. ( CONFIÇÃO)

Na idade média, a pena PPL era um meio para a condenação. ( PROVA TARIFADA)

PROVA DO LIVRE CONHECIMENTO MOTIVADO: O juiz é livre para decidir, mas vai ter que decidir de forma
fundamentada, motivada e dizer porque ele praticou determinada decisão.

TEORIAS:

1) TEORIA ABSOLUTA/RETRIBUTIVA (IUS TALIONES – OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE)
Esta teoria traz que a finalidade da pena é de punir o autor, retribuição do mal injusto causado; a pena é um
castigo que compensa o mal e da reparação à moral. (Sem preocupação em resocialização e prevenção)
2) TEORIA RELATIVA / UTILITÁRIA OU DA PREVENÇÃO
A pena tem um fim prático, qual seja: a) Prevenir e impedir que o réu volte a delinqüir; Esta prevenção é
representada pela intimidação dirigida ao ambiente social. b)Segundo Feuerbach a pena tem como
finalidade gerar uma perfeita harmonia na sociedade.
3) TORIA MISTA/ECLÉTICA INTERMEDIÁRIA OU CONCILIATÓRIA ( Art 59º do CP)
É a soma das duas anteriores; A pena tem uma dupla função, tanto punir o criminoso como também prevenir
que o próprio delinqüente bem como a sociedade volte a delinqüir.

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos
motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá,
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:

CARACTERISTICAS DA PENAS OU PRINCIPIOS:

a) PRINCIPIO DA LEGALIDADE: A pena deve estar prevista em lei vigente, não se admitindo seja cominada em
regulamento ou ato normativo infralegal (CP,art.1º e CF, art. 5º,XXXIX).
b) PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE: A lei já deve estar em vigor na época em que for praticada a infração penal
(CP,art.1º e CF, art. 5º,XXXIX).
c) PRINCIPIO DA INDIVIDUALIDADE: A sua imposição e cumprimento deverão ser individualizados de acordo
com a culpabilidade e o mérito do sentenciado. {culpabilidade; Imputável; concurso de
pessoas}.CF,art.5º,XLVI.
d) PRINCIPIO DA PERSONALIDADE: Se refere ao princípio da intrancedência ou da responsabilidade penal ou
pessoal, o qual afirma que a pena não passará da pessoa do delinqüente (réu).A pena não pode passar da
pessoa do condenado (CF,art.5º,XLV).
e) PRINCIPIO DA INDERROGABILIDADE: O Estado, salvo exceções legais, não pode deixar de aplicar a pena sob
nenhum fundamento. Assim, por exemplo, o juiz não pode extinguir a pena de multa levando em conta seu
valor irrisório.
f) PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE: A pena deve ser proporcional ao crime praticado (CF,art.5º,XLVI e
XLVII).
g) PRINCIPIO DA HUMANIDADE: Proibição de crimes cruéis (CP,art.75) ; (CF,art.5º,XLVII).

ESPÉCIES DE PENA – ART. 32

ART. 32 - AS PENAS SÃO:

I - PRIVATIVAS DE LIBERDADE;
II - RESTRITIVAS DE DIREITOS;
III - DE MULTA.

I – PRIVATIVAS DE LIBERDADE: A diferença esta no regime de cumprimento da pena.

PRIVATIVAS DE LIBERDADE
REGIMES
Reclusão FECHADO / SEMI-ABERTO / ABERTO
Detenção: SEMI- ABERTO / ABERTO
REGIME INICIAL
Até 4 anos: ABERTO; SEMI-ABERTO E FECHADO.
De 4 a 8 anos: SEMIABERTO E FECHADO.
Acima de 8 anos: SOMENTE FECHADO.
LOCAL DE CUMPRIMENTO DA PENA
Fechado: Penitenciária
Semi-Aberto Colônia Agrícola
Aberto: Casa de Albergados.
REGIME FECHADO
Art. 34 - Regras do regime fechado
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação
para individualização da execução.
Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984

Art. 5º - Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a
individualização da execução penal.

§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno.

Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984


DO TRABALHO INTERNO
Art. 31 - O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e
capacidade.

Parágrafo único - Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do
estabelecimento.

Art. 32 - Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades
futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.

§ 2º - Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.


§ 3º - Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado.

Art. 33 - A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis), nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos
domingos e feriados.
Parágrafo único - Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de
conservação e manutenção do estabelecimento penal.

Art. 35 -
Parágrafo único - Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa
pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal.

DA REMIÇÃO
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
estudo, parte do tempo de execução da pena.

§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de:

I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive
profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias;
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.

Art. 127. Em caso de falta grave (Art 50º LEP), o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado
o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.

Art. 50 - Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:


I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do Art. 39 desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com
outros presos ou com o ambiente externo.
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações
anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.

§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.


Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984
DO TRABALHO EXTERNO
Art. 36 - O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas
realizadas por órgãos da administração direta ou indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas
contra a fuga e em favor da disciplina.

Art. 37 - A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão,
disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de um sexto da pena.

Parágrafo único - Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.

REGIME SEMIABERTO
Art. 35 - Regras do regime semiaberto
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em
regime semi-aberto.

Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984


Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar
Art. 91 - A Colônia Agrícola, Industrial ou similar destina-se ao cumprimento da pena em regime semi-aberto.

Art. 92 - O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a do
parágrafo único do Art. 88 desta Lei.

Parágrafo único - São também requisitos básicos das dependências coletivas:

a) a seleção adequada dos presos;


b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena.

§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar.

§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução
de segundo grau ou superior.

Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984


Da Saída Temporária
Art. 122 - Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do segundo grau ou superior, na comarca
do Juízo da Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.

Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica
pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução.

OBS: SE NÃO HOUVER VAGA EM COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR, A DEFESA PODE SOLICITAR QUE O
REGIME SEJA TROCADO PARA REGIME ABERTO. (O estado comete crime de constrangimento legal ART 146º)

REGIME ABERTO
Art. 36 - Regras do regime aberto
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.
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Da Casa do Albergado
Art. 93 - A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da
pena de limitação de fim de semana.

Art. 94 - O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela
ausência de obstáculos físicos contra a fuga.

§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra
atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.

§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os
fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada.

PS: O regime aberto é fundado no princípio da responsabilidade e da autodisciplina do condenado

QUANDO INEXISTE VAGA NA CASA DE ALBERGADO. QUAL A MEDIDA A SER TOMADA COM OS CONDENADOS QUE
TÊM DIREITO AO REGIME ABERTO PELA PROGRESSÃO OU PELA FIXAÇÃO DE REGIME INICIAL?

Nossos tribunais propõem duas possibilidades de solucionar o problema:

A) O condenado deve aguardar, no regime semi-aberto, fechado ou em cadeia pública, a vaga em casa de
albergado. (PROMOTORIA)

Não há outra saída ao Poder Público senão sacrificar o condenado, determinando que fique em condições mais
rigorosas do que o estabelecido em lei. Argumenta, ainda, que a prisão domiciliar somente pode substituir o regime
albergue em situações específicas, explicitadas no art. 117 da Lei 7.210/84

B) O condenado poderá cumprir o regime albergue em prisão domiciliar. (DEFESA)

Inexistindo vaga em Casa de Albergado, o cumprimento da pena em estabelecimento destinado a condenados


submetidos a regime mais rigoroso configura manifesto constrangimento ilegal ( Art 146º).

Impõe-se a possibilidade de que o sentenciado a que foi determinado o regime aberto cumpra sua pena em prisão
domiciliar, até que surja vaga em estabelecimento próprio.

Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984


Art. 117 - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se
tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.

ESTADO TEM OU NÃO O DEVER DE DÁ TRABALHO AO PRESO?

DEFESA:
Caso o Estado, por intermédio de sua administração carcerária, não o viabilize para que sejam cumpridas as
determinações contidas na Lei de Execução penal (art. 41, II, da LEP), poderá o juiz da execução, diante da inércia ou
da incapacidade do Estado [...], conceder a remição aos condenados que não puderem trabalhar (GRECO, 2006, p.
557);

PROMOTORIA:
A própria Lei de Execução Penal condiciona a concessão da remição à comprovação documental da jornada de
trabalho realizada pelo condenado, bem como à declaração judicial, ouvido o Ministério Público. Assim, exige
claramente, para o reconhecimento do direito à remição, o efetivo exercício de atividade laborativa pelo
sentenciado, não bastando eventual predisposição pessoal para fazê-lo (PRADO, 2010, p. 534).

AULA 3 – A PENA CRIMINAL

REGIMES DICIPLINAR DIFERENCIADO (RDD) – ART 52º LEP

Não é regime e sim sanção disciplinar que será aplicada a um preso por falta grave.

OS: o Art 52º da LEP tem uma falta grave ou problema. É mencionado o preso provisório, no qual ainda recai a
presunção de inocência.

Com isso o Art 52º da LEP é INCOSTITUCIONAL, ferindo o principio da legalidade e presunção de inocência.

Regime Progressivo de Pena


Para progressão de regime, deve o preso preencher requisitos objetivos, bem como requisitos subjetivos.

Art. 33 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:

Requisitos estipulados no Art 112 LEP

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime
menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime
anterior e ostentar bom comportamento carcerário (REQUISITO SUBJETIVO), comprovado pelo diretor do
estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.

Requisitos Objetivos

Os requisitos objetivos guardam relação com a quantidade de pena mínima exigida para a progressão. Há 2
hipóteses que o operador do direito deve conhecer:

1. Crimes comuns

Deve o condenado cumprir 1/6 da pena para, só então, progredir para o regime carcerário mais brando.
Obs: Não existe a progressão PER SALTUM

2. Crimes hediondos

Dentro dos crimes hediondos, há 2 situações diferentes:

 Não reincidente: deve o condenado cumprir 2/5 da pena a fim de progredir para o regime mais brando.
 Reincidente: deve o condenado cumprir 3/5 da pena a fim de progredir para o regime mais brando.

Requisito subjetivo

Bom comportamento carcerário: será reconhecido por meio de atestado de conduta carcerária. Tal atestado será
expedido pelo diretor do estabelecimento prisional.
OBS:
QUEM DEFINE O SISTEMA DE PENA É A LEI
QUEM DEFINE O REGIME INICIAL É O JUIZ

OBS: Caso o condenado cumpra 1/6 da pena no regime fechado, tenha mérito para a progressão, sendo esta
autorizada pelo Juiz, e não haja vaga na colônia penal para a progressão da pena, ele deverá permanecer no regime
fechado. Cumprido mais 1/6 da pena, neste caso, o condenado poderá cumprir o restante da pena no regime aberto,
não porque houve a progressão por salto, mas sim porque judicialmente ele já haveria cumprido o regime semi-
aberto.
Regressão de regime
Art. 33 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:

Trata-se do passar de um regime mais brando para um regime mais rigoroso. As hipóteses de regressão estão
previstas no art. 118 da LEP (Lei de Execução Penal). São elas:

1. Cometer crime doloso (não há necessidade do transito em julgado);


2. Cometer falta grave: vale dizer que a falta grave não apenas é um motivo para regressão, como também
poderá retirar até 1/3 do prazo para progressão de regime.
3. Condenado por crime anterior, cuja pena somada aquela em execução inviabiliza a manutenção do
regime;
4. Frustrar os fins da execução ou, podendo, deixar de pagar a pena de multa imposta cumulativamente;
5. Se condenado, com monitoração eletrônica (art. 146, parágrafo único, inciso I, da Lei de Execução Penal),
não poderá:

 a. Remover, violar, modificar, danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou


permitir que outrem o faça;
 b. Evitar receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica ou evitar responder aos seus
contatos e cumprir suas orientações.

OBS: PODE EXISTIR A PROGRESSÃO PER SALTUM e RDD.

CRITERIOS PARA APLICAR O REGIME (ART. 33, § 2º, CP)?

ART. 33, § 2º. As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:

a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; (RECLUSÃO)
b) o condenado não reincidente, cuja + 4 (quatro) anos e - 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime
semi-aberto ou fechado;(DETENÇÃO E RECLUSÃO)
c) o condenado não reincidente, cuja pena =/- 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no
art. 59 deste Código.
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena
condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos
legais.

TIPOS DE PRISÃO

PENA: Apos de transitado em julgado da sentença penal condenatória.

CAUTELA: FUMUS COMISSI DELICTI (Indicio de autoria) / PERICULUM LIBERTATIS (A liberdade do réu corre um
risco)

DETRAÇÃO (ART 42º)

DESCONTO DA PRISÃO CAUTELA – PENA = DETRAÇÃO PENAL


Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos
no artigo anterior.

É cabível detração penal em outro processo penal?

PROMOTORIA: Não cabe, vai ter que cumprir a pena completa.

DEFESA: É cabível detração penal em outro processo penal, desde que o crime seja anterior, cometido antes da
sentença que gerou a detração penal.

Respeitando o principio da fungibilidade é o atributo pertencente aos bens móveis que podem ser substituídos por
outros da mesma espécie, qualidade e quantidade

II- Penas restritivas de direito


São penas que, em regra, substituem as penas privativas de liberdade. Neste cenário, será o réu condenado a
pena privativa de liberdade, porém, em atendimento ao Código Penal, o magistrado aplica a pena restritiva de
direitos substituindo a pena privativa de liberdade.

Entretanto, em alguns casos excepcionais, é possível falar em pena restritiva de direitos autônoma (não
substitutiva). É o caso, por exemplo, do porte de drogas para uso (art. 28 da Lei 11.343) e alguns crimes previstos no
CTB.

O art. 44 do CP traz os seguintes requisitos para a concessão de pena restritiva de direito:

MÉDIO POTENCIAL OFENCIVO

1. Crime culposo: qualquer hipótese;


2. Crime doloso: deve apresentar os seguintes requisitos:

 a. Pena não superior a 4 anos;


 b. Sem violência ou grave ameaça a pessoa
 c. Não reincidente em crime doloso
 d. Requisitos do art. 59 do CP;

O reincidente poderá ter o benefício se:

1. Não for reincidente específico;


2. Juiz achar socialmente recomendável.

MENOR POTENCIAL OFENCIVO

NÃO TEM PRISÃO (MEDIDAS ALTERNATIVAS)

LEI 9099/95 – JUIZADOS ESPECIAIS

CONTRAVENÇÕES COM PENAS EM ABSTRATOS ATÉ 2 ANOS.

INFRAÇÕES PENAIS
MENOR POTENCIAL OFENCIVO (MEDIDAS
MÉDIO POTENCIAL OFENCIVO (PENAS SUBSTITUTIVAS) ALTERNATIVAS)
CÓDIGO PENAL LEI 9099/95 - JUIZADOS ESPECIAIS
TODOS OS CRIMES CULPOSOS CONTRAVENÇÕES PENAIS
CRIMES DOLOSOS - (PENA ATÉ 4 ANOS NA SENTENÇA) CRIMES COM PENA EM ABSTRATO ATÉ 2 ANOS.
CRIMES NÃO PRÁTICADO COM VIOLÊNCIA OU GRAVE OBS: NOS CRIMES ACIMA NÃO TEM PRISÃO, E SIM
AMEAÇA A PESSOA. MEDIDAS ALTERNATIVAS A PRISÃO;
OBS2: AS MEDIDAS DE ALTERNATIVA NÃO GERA
OBS: NOS CRIMES ACIMA SERÁ SUBSTITUIDO AS PENAS REINCIDENCIA, NÃO GERA PROCESSOS E NEM
DE PPL POR PENAS PRD. CONDENAÇÃO.

LEI 11340/06 – DICIPLINA A VIOLÊNCIA DOMESTICA ( LEI MARIA DA PENHA)

O ART 17º ???

PROMOTORIA: Não pode ser aplicado o Art 43º de penas restritivas de direito na lei Maria da penha é VETADA.

DEFENSORIA: A doutrina diverge, com isso se tiver os pré-requisitos do Art 44º do CP não haverá essa restrição da lei
Maria da penha. DEVE HAVE SIM A SUBSTITUIÇÃO.

Porque o principio da especialidade não pode se sobrepor ao principio da constitucional da liberdade ou da


dignidade da pessoa humana.

OBS: O ART 41º da lei 11340/06 nos crimes praticados contra a mulher e afastada as medidas alternativas.

Art 43º - IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;

Se o condenado cumprir menos de 30 dias de prestação de serviços, ao desistir NÃO VAI SER DESCONTADO
NA PENA. Não havendo os requisitos da PRD, a pena volta para PPL.

NOS CASOS EM QUE O CONDENADO AO CUMPRI PENA PECUNIÁRIA, PARA DE CUMPRI DE FORMA
INJUSTIFICADA O QUE O JUIZ DEVE EFETUAR?

Quando o juiz substitui a pena PPL para a PRD, o não cumprimento injustificado do condenado, pode haver
a conversão da pena de PRD para PPL, vai ser computado o tempo de pena já cumprida.

A DUAS divergências quanto a pena PECUNIÁRIA:

o O entendimento que o Art 45º, §1 é INCONSTITUCIONAL, pois fere o Art 7º IV, CF\88
Ele é inconstitucional, porque diz que o valor mínimo a se pago é de um salário mínimo e o
valor Maximo é 360 salários mínimos. Conforme o Art 7º,IV,CF\88 é vetado a sua utilização
ou vinculação para qualquer fim.
o Quando a pena privativa de liberdade é convertida em uma prestação pecuniária, e o fundo
vai para a vitima ou sua família como INDENIZAÇÃO.
Quando é substituída a pena para pena pecuniária, o não pagamento vira uma divida civil.
(Não cabe prisão por divida, somente alimentícia)

III - MULTA

 1ª fase: juiz escolhe entre 10 e 360 dias-multa – pautada nos requisitos do art. 59 do CP;
 2ª fase: juiz fixa o valor de cada dia-multa (entre 1/30 a 5 salários mínimos )
 3 ªfase: Poderá ser triplicado – pauta-se, exclusivamente, na capacidade econômica do réu
Art. 60 - § 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.

O DINHEIRO VAI PARA O FUNDO NACIONAL ( UNIÃO)


PAGAMENTO DA MULTA:

Institui a Lei de Execução Penal .


Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como título executivo
judicial, o Ministério Público requererá, em autos apartados, a citação do condenado para, no prazo de 10 (dez) dias,
pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora.
§ 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o depósito da respectiva importância, proceder-se-á à
penhora de tantos bens quantos bastem para garantir a execução.
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior execução seguirão o que dispuser a lei processual civil.

Obs:

 É uma diminuição do patrimônio do condenado em razão da prática de um crime.


 As multas são aplicadas nos crimes patrimoniais.
 Pode ser aplicada a multa cumulativamente (Junto com outra PRD) ou alternativamente.

AULA 04 – DOSIMETRIA DA PENA

I. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA APLICAÇÃO DA PENA

Para a aplicação da pena no Brasil, devem ser seguidos alguns princípios:

a) PRINCIPIO DA LEGALIDADE: A pena deve estar prevista em lei vigente, não se admitindo seja cominada em
regulamento ou ato normativo infralegal. (TEORIA DA ATIVIDADE: Deve ser aplicada a lei do momento da
ação ou omissão)
b) PRINCIPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA: Só pode ser culpado, depois do transito em julgado da sentença
penal condenatória. (ANTES DISSO SÓ PODEMOS CONSIDERAR O RÉU INOCENTE)
c) PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE: A pena deve ser proporcional ao crime praticado, dependendo da
lesividade.
d) PRINCIPIO DA INDIVIDUALIDADE: A sua imposição e cumprimento deverão ser individualizados de acordo
com a culpabilidade e o mérito do sentenciado. {culpabilidade; Imputável; concurso de pessoas}.

A dosimetria (cálculo) da pena é o momento em que o Estado – detentor do direito de punir (jus puniendi) – através
do Poder Judiciário, comina ao indivíduo que delinque a sanção que reflete a reprovação estatal do crime cometido.

O Código Penal Brasileiro, em sua parte especial, estabelece a chamada pena em abstrato, que nada mais é do que
um limite mínimo e um limite máximo para a pena de um crime (Exemplo: Artigo 121. Matar Alguém: Pena: Reclusão
de seis a vinte anos).

A dosimetria da pena se dá somente mediante sentença condenatória.

II. A dosimetria atende ao sistema trifásico estabelecido no artigo 68º do Código Penal, ou seja, atendendo a
três fases:

1. Fixação da Pena Base; CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS ART 59º CP.


2. Análise das circunstâncias atenuantes e agravantes; ART 61º À 67º CP.
3. Análise das causas de diminuição e de aumento (MAJARANTES OU MINORANTES).

Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código (primeira fase); em seguida serão
consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes (segunda fase); por último, as causas de diminuição e de
aumento (terceira fase).
ELEMENTA DE UM CRIME: É aquilo que se eu tirar muda o crime.

Ex: Art. 123º Infanticídio

Quando a mãe em estado puerperal mata o filho logo após o parto. (Não responde ao crime)

Tirando o estado puerperal, a mãe comete homicídio. (Responde ao crime)

CIRCUNSTÂNCIAS DE UM CRIME: É tudo aquilo que gravita ou circunda o crime, mas não faz parte da sua essência. As
circunstâncias fazem a pena aumentar ou diminuir a pena.

Ex:

Prático um homicídio utilizando VENENO (Circunstância), esse homicídio É QUALIFICADO.

Prático um homicídio simples com um tiro na cabeça, esse homicídio NÃO É QUALIFICADO.

A primeira fase consiste na fixação da pena base; Isso se dá pela análise e valoração subjetiva de oito circunstâncias
judiciais. (ART. 59º CP) São elas:

Art. 59 - O juiz, atendendo à 1-culpabilidade, aos 2-antecedentes, à 3-conduta social, à 4-personalidade do


agente, aos 5-motivos, às 6-circunstâncias e 7-consequências do crime, bem como ao 8-comportamento
da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime (Teoria
Mista):

1. CULPABILIDADE: Trata-se do grau de reprovabilidade social e censura da conduta do réu. Na culpabilidade


avalia a frieza e crueldade na execução do crime. Não se deve confundir esta culpabilidade com a
pertencente ao substrato do crime (fato típico, ilícito e culpável).
2. ANTECEDENTES CRIMINAIS (ART. 64º): Refere-se à vida pregressa do agente, anterior ao crime. Inquérito
policial arquivado, ou em andamento, ação penal em andamento, processo penal com absolvição, processo
penal em andamento com decreto condenatório, passagem por atos inflacionais, não geram maus
antecedentes.
O que gera maus antecedentes são as condenações criminais transitadas em julgado incapazes de gerarem
reincidência.
Caso ocorra um delito dentro do período de 05 anos da data do cumprimento da pena ou extinção desta,
haverá reincidência, passados os 05 anos haverá maus antecedentes.

Art. 157º Julho


2 anos 3 anos
+ 5 anos
Reincidência
Março 2001 Março 2003 (DETRAÇÃO) 2011 Art. 157º
Prisão em fragrante Sentença Março 2006 Reincidência
De Cumprimento e MAUS ANTECEDENTES
5 anos extinção
da pena.
O Código penal adotou o principio da temporalidade, onde passados 5 anos do cumprimento ou extinção da
pena ele deixa de ser reincidente, mais fica com MAUS ANTECEDENTES.
ANTECEDENTES BONS: Primariedade (Réu Primário: Não foi julgado em trânsito e julgado)
ANTECEDENTES MAUS: Toda condenação que não sirva para efeito de reincidência (Passou 5 anos após a
pena cumprida, vira MAUS ANTECEDENTES)

OBS: NA FIXAÇÃO DA PENA BASE NÃO VERIFICA REICIDÊNCIA, APENAS MAUS ANTECEDENTES.

3. CONDUTA SOCIAL: Relacionamento do indivíduo com a família, trabalho e sociedade. (A JURÍSPRUDÊNCIA


GARANTISTA NÃO UTILIZA, POR ACHAR UM DIREITO PENAL DO AUTOR).
4. PERSONALIDADE DO AGENTE: É o caráter do delinquente, o retrato psíquico deste. A personalidade do
agente deve ser vista, levando em consideração o caráter do réu, se é voltado ou não a pratica de crimes,
considerando sua boa ou má índole. As infrações penais praticadas pelo réu durante a menoridade podem
servir como base para o peso negativo da personalidade do réu na dosimetria da pena, uma vez que estas
não podem ser consideradas como maus antecedentes e os delitos praticados, após o delito analisado na
aplicação da pena.
5. MOTIVOS: É o porquê, o motivo pelo qual, a razão do agente ter praticado o delito. OBS: Caso esteja o fato
na qualificadora, irá ocorrer o BIS IN INDEM (Duas vezes o mesmo fato).
6. CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME: O modo de execução refere-se ao modus operandi, forma de execução do
crime. Os meios empregados relacionam-se ao instrumento utilizado na execução do crime. As
circunstâncias de tempo e lugar referem-se ao local do cometimento do crime (ermo, p. ex.) e às condições
temporais, como o crime cometido no silêncio da noite, v. g. Salientamos que não se deve valorar o que se
configure simultaneamente como circunstância legal, causa de diminuição ou aumento de pena, ou
qualificadora, sob pena de ocorrer bis in idem.
7. CONSEQUÊNCIAS: São as consequências do crime, efeitos deste para a vítima, familiares e a sociedade.
8. COMPORTAMENTO DA VÍTIMA: Refere-se à atitude da vítima, se provocativa ou facilitadora da ocorrência
do crime. VITIMOLOGIA.

OBS: NÃO ESTANDO PRESENTES AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS OU NÃO SENDO POSSÍVEL APURÁ-
LAS, A PENA DEVE SER FIXADA NO MÍNIMO LEGAL.

CUIDADO: Em se tratando de crime qualificado, a pena-base deve partir do montante da pena previsto no tipo
penal.

O crime qualificado é qualificado justamente porque tem uma pena só pra ele. Ex. homicídio simples (6-20) homicídio
qualificado (12-30). Pescaram essa?

III. CONCURSO ENTRE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAS POSITIVAS E NEGATIVAS:

A) PREPODERÂNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL NEGATIVA (-):

Aumento da pena base(Mínima):

1/6 DA PENA BASE – Para cada circunstância negativa.

B) TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS NEGATIVAS (-):

A pena base pode ser aplicada no Maximo até a MÉDIA das penas:

Ex: Homicídio qualificado (12 anos + 30 anos= 42 anos /2 = 21 anos de pena)

C) TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS POSITIVAS (+):

Fixo o MÍNIMO LEGAL da pena base

Ex: Homicídio qualificado 12 anos

EXEMPLO DE DOSIMETRIA DA PENA, FEITO PELA PROFESSORA:

Caso concreto de Suzana,

Uma jovem de 19 anos, classe média alta, estudante de Direito, que em um determinado dia com a ajuda do seu
namorado e seu cunhado. Decide matar com golpes de pé de cabra os seus pais dormindo.

O réu se enquadra no HOMICÍDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO no Art. 121º §1, I, III, IV. (Reclusão de 12 – 30 anos)
1- CULPABILIDADE: (-) Ela matou os pais, gerando um grau de reprovação social muito grande na sociedade.
2- ANTECEDENTES CRIMINAIS: (+) É RÉU PRIMÁRIO
3- CONDUTA SOCIAL: (+)
4- PERSONALIDADE DO AGENTE: (+)
5- MOTIVOS: BIS IN IDEM (Duas vezes o mesmo fato)
6- CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME: (-)
7- CONSEQUÊNCIAS: (-)
8- COMPORTAMENTO DA VÍTIMA: (-)

CONCURSO ENTRE CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAS POSITIVAS E NEGATIVAS:

3 POSITIVA – 4 NEGATIVA = 1 NEGATIVA

1/6 de 12 anos = 2 anos

Total: 14 Anos de pena

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