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Resumo de Aula - 04/04/2019 Felipe Gomes Valle

Soldagem é um processo que busca a união de materiais de forma permanente,


geralmente é realizada pela aplicação de calor e/ou deformação local. Podemos dividir a
soldagem em convencional e não convencional, entre as não convencionais estão a
soldagem por eletroescória, soldagem por eletrogás, soldagem por feixe de elétrons,
soldagem a laser, soldagem por atrito e soldagem por explosão.
Soldagem por eletroescória é caracterizada pelo calor proveniente de uma escoria
mantida a alta temperatura, esse fundente é responsável pela fusão do eletrodo de
consumo e da superfície a serem soldadas. Esse aquecimento acontece por efeito joule,
a corrente passa através da escoria promovendo a fusão. É um processo totalmente
vertical, onde a escória é a responsável por transformar a energia elétrica em energia
térmica no processo de soldagem. Possui uma alta taxa de deposição de material, muito
estável, consume entre 15 a 20% menos energia elétrica e totalmente automatizado.
Soldagem por eletrogás também é um processo destinado à soldagem vertical, a
maior diferença está na proteção gasosa dessa soldagem, inexistente no processo
anterior. É utilizado um eletrodo nu, sendo que a poça de fusão fica em um espaço entre
as duas faces metálicas que estão sendo soldadas. Um processo sem respingo, silencioso
e bem uniforme. Ainda é possível ter um eletrodo solido ou um eletrodo tubular com fluxo
interno, podendo ser utilizado para estrutura de grande porte como cascos de navios,
pontes, vigas, produtos para exploração de petróleo e outros.
Soldagem por feixe de elétrons utiliza um feixe focado de elétrons para promover a
fusão e a junção das partes, o principio de geração do feixe segue o mesmo principio da
usinagem por feixe de elétrons. A peça é atingida por elétrons entre 0,3 a 0,7 a velocidade
da luz, o impacto desse feixe causa um aquecimento local, fundindo a área do impacto. A
grande vantagem desse processo é a pequena área afetada pelo calor, nesse sentido
podendo ser usado próximo a componentes sensíveis ao calor. No entanto, possui uma
limitação quanto ao tamanho da peça e o alto custo do equipamento pode ser uma
desvantagem.
Soldagem a laser possui as mesmas característica de geração do feixe de laser
utilizado para o corte, a alta densidade de energia dos lasers pode produzir uma cavidade
de vapor que permite a penetração profunda. Podemos ter duas configurações nesse
processo de solda, modo continuo e modo pulsado, o que irá definir esse modo é o metal
utilizado, o tipo de solda e a velocidade do processo.
Soldagem por atrito não envolve a fusão, é feita apenas por deformação plástica.
Nesse processo o aquecimento é proveniente do atrito entre duas superfícies, onde uma
das peças gira em velocidade constante e a outra fica parada. A coalescência entre essas
duas partes ocorre somente por atrito e pressão, porém quando se trabalha com ferro
fundido a grafita age como lubrificante impedindo a união entre as partes.
Soldagem por explosão utiliza onda de choque de uma explosão para unir duas
partes solidas, devido a alta velocidade de impacto as peças são unidas em fração de
segundo e ocorre em temperatura ambiente. O explosivo é colocado sobre o metal da
superfície que está afastado do metal de base para haver o choque entre as superfícies.
É utilizado para revestimento, fabricação de chapas bimetálicas e onde existe uma
incompatibilidade metalúrgica, a única restrição é com metais que sofrem fraturas
associadas a onda de explosão.

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