Soldagem é um processo que busca a união de materiais de forma permanente,
geralmente é realizada pela aplicação de calor e/ou deformação local. Podemos dividir a soldagem em convencional e não convencional, entre as não convencionais estão a soldagem por eletroescória, soldagem por eletrogás, soldagem por feixe de elétrons, soldagem a laser, soldagem por atrito e soldagem por explosão. Soldagem por eletroescória é caracterizada pelo calor proveniente de uma escoria mantida a alta temperatura, esse fundente é responsável pela fusão do eletrodo de consumo e da superfície a serem soldadas. Esse aquecimento acontece por efeito joule, a corrente passa através da escoria promovendo a fusão. É um processo totalmente vertical, onde a escória é a responsável por transformar a energia elétrica em energia térmica no processo de soldagem. Possui uma alta taxa de deposição de material, muito estável, consume entre 15 a 20% menos energia elétrica e totalmente automatizado. Soldagem por eletrogás também é um processo destinado à soldagem vertical, a maior diferença está na proteção gasosa dessa soldagem, inexistente no processo anterior. É utilizado um eletrodo nu, sendo que a poça de fusão fica em um espaço entre as duas faces metálicas que estão sendo soldadas. Um processo sem respingo, silencioso e bem uniforme. Ainda é possível ter um eletrodo solido ou um eletrodo tubular com fluxo interno, podendo ser utilizado para estrutura de grande porte como cascos de navios, pontes, vigas, produtos para exploração de petróleo e outros. Soldagem por feixe de elétrons utiliza um feixe focado de elétrons para promover a fusão e a junção das partes, o principio de geração do feixe segue o mesmo principio da usinagem por feixe de elétrons. A peça é atingida por elétrons entre 0,3 a 0,7 a velocidade da luz, o impacto desse feixe causa um aquecimento local, fundindo a área do impacto. A grande vantagem desse processo é a pequena área afetada pelo calor, nesse sentido podendo ser usado próximo a componentes sensíveis ao calor. No entanto, possui uma limitação quanto ao tamanho da peça e o alto custo do equipamento pode ser uma desvantagem. Soldagem a laser possui as mesmas característica de geração do feixe de laser utilizado para o corte, a alta densidade de energia dos lasers pode produzir uma cavidade de vapor que permite a penetração profunda. Podemos ter duas configurações nesse processo de solda, modo continuo e modo pulsado, o que irá definir esse modo é o metal utilizado, o tipo de solda e a velocidade do processo. Soldagem por atrito não envolve a fusão, é feita apenas por deformação plástica. Nesse processo o aquecimento é proveniente do atrito entre duas superfícies, onde uma das peças gira em velocidade constante e a outra fica parada. A coalescência entre essas duas partes ocorre somente por atrito e pressão, porém quando se trabalha com ferro fundido a grafita age como lubrificante impedindo a união entre as partes. Soldagem por explosão utiliza onda de choque de uma explosão para unir duas partes solidas, devido a alta velocidade de impacto as peças são unidas em fração de segundo e ocorre em temperatura ambiente. O explosivo é colocado sobre o metal da superfície que está afastado do metal de base para haver o choque entre as superfícies. É utilizado para revestimento, fabricação de chapas bimetálicas e onde existe uma incompatibilidade metalúrgica, a única restrição é com metais que sofrem fraturas associadas a onda de explosão.