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IPHAN

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FINANÇAS
PÚBLICAS E DO ORÇAMENTO PÚBLICO

Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da


Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje,
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN
(Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em
1998.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Introdução ao Estudo das Finanças Públicas e do Orçamento Público

Prof. Manuel Piñon

SUMÁRIO
1. Atividade Financeira do Estado..................................................................8
2. Embasamento da Matéria na CF/1988...................................................... 15
3. Instrumentos Orçamentários.................................................................. 27
4. Ciclo Orçamentário................................................................................ 57
O Planejamento......................................................................................... 63
A Elaboração do Orçamento........................................................................ 64
Discussão e Aprovação .............................................................................. 69
A Execução Orçamentária e Financeira......................................................... 74
Avaliação e Controle.................................................................................. 77
Resumo.................................................................................................... 82
Questões Comentadas em Aula................................................................... 87
Questões de Concurso................................................................................ 96
Gabarito ................................................................................................ 103
Gabarito Comentado................................................................................ 104

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Introdução ao Estudo das Finanças Públicas e do Orçamento Público

Prof. Manuel Piñon

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

Seja bem-vindo(a) ao curso de Administração Financeira e Orçamentária

(AFO) para o concurso ao cargo de Analista do IPHAN 2018!

Estudar para um concurso como o do IPHAN não é tarefa das mais fáceis. Esses

concursos apresentam um elevado grau de dificuldade em suas provas, além do

alto nível dos candidatos. Por isso, torna-se necessária uma preparação com plane-

jamento e muita disciplina.

A preparação do candidato hoje em dia não deve se limitar à simples leitura do

material. O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja

aprovado(a) em algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer

a diferença em todas as matérias.

Sem dúvida a disciplina Administração Financeira e Orçamentária (AFO),

tendo em vista o nível elevado de complexidade, representa um dos diferenciais da

prova.

Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da maté-

ria, em uma linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.

Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja,

aqueles que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àqueles mais avança-

dos, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da matéria.

Além disso, resolveremos aqui muitas questões do CESPE, de tal forma

que você ficará bastante afiado(a) na matéria, ao ponto de chegar à prova com

bastante segurança.

Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria

de fazer uma breve apresentação pessoal.

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Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV) e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no

concurso nacional de 2009/2010.

Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando

pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de

Fiscalização propriamente dita.

Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o tinha exercido an-

teriormente, entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de para Auditor-

-Fiscal da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício

na atividade de fiscalização de empresas da Região Norte do país, recebi e aceitei

um convite para voltar a trabalhar na iniciativa privada em minha cidade: Salvador.

Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alter-

nados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos pú-

blicos em 2006.

Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discre-

to, já que trabalhava e estudava muito, mas sem poder “dar muita bandeira” dessa

dupla jornada.

Sei que muitos vivem situações parecidas, mas acredite que essa situação é

transitória.

No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de

Finanças e Controle (AFC) da Controladoria-Geral da União (CGU) no ano de 2008.

Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente

de trabalho na CGU, eu não me acomodei.

Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor-Fiscal da

Receita Federal, que, como já dito, pôde ser realizado com a aprovação no concurso

de 2009/2010.

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É isso, meu(minha) amigo(a)!

Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação,

pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas,

as dificuldades, mas também os sonhos. Não se esqueça que são os sonhos que

nos movem.

Acredite e se esforce ao máximo.

Esse é o segredo!

Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

Aula Conteúdo
1
6.2 Diretrizes orçamentárias.
Introdução ao estudo
6.3 Processo orçamentário
das Finanças Públicas e
6.4 Instrumentos do orçamento público;
do Orçamento Público
6.1 Princípios orçamentários.
2
6.4 Métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público; normas
Orçamento Público
legais aplicáveis
3 6.6 Receita pública: categorias, fontes, estágios; dívida ativa.
Receita Pública
4
6.7 Despesa pública: categorias, estágios.
Despesa Pública
5 6.5 SIOP e SIAFI. 6.8 Suprimento de fundos. 6.9 Restos a pagar. 6.10
Execução Orçamentária Despesas de exercícios anteriores. 6.11 A conta única do Tesouro.

Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao que interessa!

O nosso objetivo hoje, nesta aula, é conhecer alguns, ou melhor, muitos concei-

tos fundamentais, além de entender os termos técnicos mais usados e evoluir no

entendimento da matéria, enfim, criar uma base para o resto curso.

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Ao final desta aula, quero que estejamos, tanto eu quanto você, com uma sen-

sação boa, de que estamos no caminho certo.

Como diria Mahatma Gandhi:

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada,

não existirão resultados”.

Então, vamos nessa!

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1. Atividade Financeira do Estado

O estudo da Administração Financeira e Orçamentária (AFO) e do Orça-


mento Público está intimamente relacionado ao estudo do Direito Financeiro.

Poder Legislativo,
incluindo Tribunal
de Contas.

Poder
Judiciário.
Alcance Administração
da LRF direta.
Ministério
Público.

Fundações.
Poder
Executivo.

Autarquias.

Empresas estatais
dependentes.

Podemos dizer resumidamente que o Direito Financeiro é aquele ramo do Di-


reito Público que regula a Atividade Financeira do Estado (AFE), que, por sua
vez, ENGLOBA 4 elementos que estão intimamente ligados:
1) Obter Receita Pública (orçamentária);
2) Criar o Crédito Público (empréstimo público);
3) Gerenciar ou Gerir o Orçamento Público (LOA – Lei Orçamentária Anual);

4) Despender Recursos (Gastar) – Executar a Despesa Pública (orçamentária).

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Para melhor compreensão da Atividade Financeira do Estado, veja:

Entendida essa descrição simplória do que é o Direito Financeiro, vamos ver

uma questão de prova e como a doutrina o conceitua.

1. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o

item seguinte.

Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta

a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita

pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da exe-

cução orçamentária.

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Errado.

Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que discipli-

na a atividade financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de

recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de

recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).

Por seu turno, o Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico,

que disciplina o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por

particulares quanto pelo próprio Estado.

É interessante registrar que o estudo da Execução Orçamentária e Financeira,

integrante do conteúdo pertinente à AFO, engloba o Direito Financeiro com um di-

recionamento administrativo, ou seja, o seu campo de atuação está voltado para a

atividade financeira do Estado no âmbito da sua aplicação na Gestão Pública.

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Dessa forma, nosso objeto de estudo no âmbito da Administração Financeira e

Orçamentária abrange as funções de planejamento, organização e controle da Ad-

ministração Pública no que diz respeito à Administração Financeira do Estado, de

acordo com a legislação vigente.

Bem, vamos ver agora como a Doutrina conceitua o Direito Financeiro.

O Doutrinador Ricardo Lobo Torres nos diz que Direito Financeiro é:

(...) o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira, incumbindo-


-lhe disciplinar a constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e
os procedimentos para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessá-
rios à consecução dos objetivos do Estado.

Já o para o Doutrinador Kiyoshi Harada é “o ramo do Direito Público que estuda

a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico”.

Finalmente, para o Ilustríssimo Doutor Aliomar Baleeiro, “consiste em obter,

criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfa-

ção o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público”.

Amigo(a) podemos concluir, portanto, que o Direito Financeiro abrange o estudo

do orçamento público (gerir recursos), da receita pública (obter recursos), da des-

pesa pública (gastar os recursos) e do crédito público (criar recursos).

Em outras palavras, o estudo do Direito Financeiro tem por objeto como

o dinheiro “circula” nas mãos do Estado, ou seja, como ele arrecada e gasta

seus recursos de acordo com as leis orçamentárias e correlatas.

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Lembrando o velho Aliomar, que nos disse que a atividade financeira do Estado

consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às neces-

sidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito

público, vejo que podemos “destrinchar” esse conceito em 3 partes:

1) o Estado, na realização da atividade financeira, tem como objetivo

obter recursos (RECEITA PÚBLICA) para poder despendê-los (DESPESA

PÚBLICA) na aplicação de seus fins.

2) além disso, nem sempre os recursos obtidos são suficientes, por isso o

Estado precisa criá-los (CRÉDITO PÚBLICO), para que os mesmos sejam

capazes de atender a todos os dispêndios.

3) por fim, toda essa atividade deve ser gerenciada (ORÇAMENTO PÚBLICO).

Guarde que o Direito Financeiro estabelece, portanto, além do Crédito Públi-

co e da Receita Pública, regras relativas a:

• orçamento público, que estudaremos hoje e na aula 2;

• receita pública, que estudaremos na aula 3.

• despesa pública, que estudaremos na aula 4.

É importante deixar claro que o Direito Financeiro é um ramo autônomo em

relação aos demais ramos do Direito, e essa autonomia está, inclusive, garantida

constitucionalmente, como nos revela o inciso I do art. 24 da nossa Carta Magna:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;

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Amigo(a), essa atividade financeira do Estado existe para atender às necessida-

des de sua sociedade organizada.

Assim, o Estado, seja ele a União, Estados, DF ou Municípios é, na verdade, o

sujeito, ou seja, todos os entes da Federação são titulares do dever de garantir a

manutenção da estrutura administrativa estatal, de modo a satisfazer as necessi-

dades públicas, usando para isso os recursos públicos.

É obrigação do Estado atender ao bem comum por meio do atendimento das

necessidades públicas (como, por exemplo, educação, saúde, segurança, alimen-

tação, habitação, transporte, lazer etc.), como cansa a nossa CF/1988 de reforçar.

E como obter dinheiro para suprir essas necessidades? Financiando a si mesmo.

E uma das fontes para isso é o crédito público. O financiamento das ativida-

des públicas é obtido por diversas fontes, tais como:

• a arrecadação de Receitas Públicas;

• os empréstimos tomados pelo governo (crédito público);

• os recursos transferidos por outra entidade; e

• a emissão de moeda (senhoriagem).

Nesse contexto, preciso dizer que Deficit Público é o nome que se dá para a

situação em que o valor total das despesas públicas é maior que valor total

das receitas públicas.

Para financiar o deficit, seja para qualquer conceito utilizado, o governo

recorre a duas fontes de recursos: a emissão de moeda e a venda de títulos

da dívida pública (CRÉDITO PÚBLICO).

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Emissão de moeda: ocorre por meio da criação de moeda pelo Banco Cen-

tral para financiar dívida do Tesouro Nacional. Esse procedimento traz a vantagem

de não gerar deficits futuros e não ter que elevar a taxa de juros. Porém, traz a

desvantagem de gerar pressão inflacionária, em face da colocação de moeda em

quantidade superior à necessidade da economia.

Colocação de títulos da dívida pública: possibilita ao governo trocar título,

ativo financeiro não monetário, por moeda que está em circulação para financiar

seu deficit. É O CRÉDITO PÚBLICO.

Esse procedimento traz, também, vantagens e desvantagens.

Como vantagem, a venda de títulos públicos evita a ocorrência de pressões

inflacionárias, uma vez que não necessita recorrer à emissão de moeda. No en-

tanto, traz também desvantagem, uma vez que a colocação de títulos públicos à

disposição no mercado implica em oferecer taxas de juros atrativas, com impacto

no total do endividamento e no custo do seu financiamento.

Assim, o forte financiamento do deficit público, a partir da colocação

de títulos, pode chegar a uma situação em que o montante de títulos atinge um

valor tão expressivo que exige cada vez mais taxas de juros elevadas para atrair o

credor privado, nesse quadro, gerando dúvidas sobre a capacidade do governo de

honrar os seus compromissos, impulsionando cada vez mais a elevação da taxa de

juros, com impacto sobre o serviço da dívida pública (amortização e juros). É um

ciclo vicioso, pois a dívida cresce porque a taxa de juros sobre e essa taxa de juros

sobe porque a dívida cresce.

No Brasil, temos como exemplo o crescimento da dívida interna no final do ano

1989 sob governo José Sarney, cuja taxa de juros elevada era a única forma de man-

ter os credores adquirindo títulos do governo, levando, posteriormente, o governo

Collor de Mello, no início de 1990, a bloquear os ativos financeiros por 18 meses.

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Agora que já conhecemos um pouco do que é o Crédito Público, que também

é objeto do Direito Financeiro, vamos a seus aspetos legais, lembrando que estu-

daremos orçamento, receitas e despesas nas aulas seguintes.

É importante deixar registrado que o crédito público é regulado na CF/1988,

especialmente no que tange à competência para legislar, fiscalizar, limite global e

condições de operações de crédito público.

Além da CF/1988, alguns de seus aspectos são tratados em lei complementar,

que traz definições precisas sobre vários aspectos envolvendo esse tipo de opera-

ção, e por Resolução do Senado Federal.

2. Embasamento da Matéria na CF/1988

A matéria AFO, o Direito Financeiro e o tema Finanças Públicas encontram sua

“gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os arti-

gos 165 e 169. Em sua prova, com certeza, teremos questões retiradas deles.

Além da letra da CF/1988, o Direito Financeiro tem sustentação na Lei de Nor-

mas Gerais de Direito Financeiro (Lei n. 4.320/1964), também conhecida como

Lei do Orçamento Público, que é uma lei originalmente ordinária, federal, porém

de abrangência nacional, vinculando todos os entes políticos, quais sejam: União,

Estados, DF e Municípios.

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Repare que o artigo 165, § 9º, da CF/1988 estabelece a competência de lei

complementar para:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-
ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

Raciocine comigo: se a CF é de 1988 e antes dela já vigorava Lei n. 4.320/1964,

aprovada pelo Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de

lei ordinária, então estamos diante de uma inconsistência constitucional.

Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei

complementar para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano

Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária

Anual (LOA).

Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercí-

cio financeiro, período de tempo durante o qual o Estado realiza a sua atividade

financeira, arrecadando receitas e executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964,

editada e publicada originalmente como lei ordinária.

Entretanto, NÃO se pode afirmar que, pelo fato de ser uma lei pretérita à

CF/1988, que inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele

ano, e que vai de encontro à norma do art. 165, § 9º, I, foi automaticamente revo-

gada com a publicação da Lei Maior.

A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas sim recepcionada como se

Lei Complementar fosse. Assim, de acordo com a jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal (ADI 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o sta-

tus de lei complementar perante o texto constitucional de 1988, apesar da

sua forma originária de lei ordinária.

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Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por

meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar de

maioria simples e materialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é

de lei complementar, com fulcro no art. 165, § 9º, I, da CF/1988.

Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual

ordenamento jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de

lei complementar, somente poderá ser alterada por uma lei federal de mes-

ma matéria e lei complementar.

Em outras palavras, apesar de ser uma lei formalmente ordinária e material-

mente complementar, a Lei n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a

vigência da atual Constituição, por uma lei complementar, tanto quanto à forma

como quanto à matéria.

É importante deixar claro que o Direito Financeiro não é normatizado apenas

pela CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Complementar n. 101/2000 (Lei

de Responsabilidade Fiscal – LRF) também tem relevante importância.

Na verdade, a competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamen-

to é concorrente da União, Estados e Distrito Federal, como define o artigo 24,

I e II; e § 1º a 4º da CF/1988. Veja:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemen-
te sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-
belecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei es-
tadual, no que lhe for contrário.

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2. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o

item seguinte.

Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais

acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência

legislativa à União.

Errado.

Na verdade, essa competência é concorrente. Confira no artigo 24 da CF/1988,

com grifos nossos:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorren-
temente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;

Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II do artigo

24 da CF/1988, especialmente o que revela o § 4º:

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-


belecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário.

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Note que o dispositivo normativo acima não faz menção aos municípios, mas

existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de Direito Finan-

ceiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, da CF/1988. Confira:

Art. 30. Compete aos Municípios:


II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

3. (CESPE/AGU/ADVOGADO) No que se refere às normas constitucionais que re-

gulam os orçamentos públicos e as lições doutrinárias pertinentes, julgue o item

subsequente.

A competência da União para legislar sobre direito financeiro não exclui a compe-

tência suplementar dos Estados.

Certo.

Quem diz isso não é o CESPE, mas o artigo 24, I, da CF/1988! Assim, é verdade que

a competência para legislar sobre Direito Financeiro é concorrente entre a União, os

Estados e o Distrito Federal.

Nessa pegada, a doutrina, EMBORA NÃO DE MODO PACÍFICO, tem aceito que

existe competência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da CF/1988.

Sempre é bom lembrar que, no âmbito da competência concorrente, cabe à

União estabelecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o que

foi estabelecido pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela União

desde 1964. Trata-se da Lei n. 4.320/1964, lei federal de normas gerais de Direito

Financeiro, de abrangência nacional, vinculando, portanto, todos os entes políticos.

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4. (CESPE/MPF/PROCURADOR/2010) A respeito de finanças públicas e orçamento,

de acordo com a CF, julgue o item seguinte.

Estado da Federação tem competência privativa e plena para dispor sobre normas

gerais de direito financeiro.

Errado.

No âmbito da legislação concorrente, cabe à União legislar sobre normas gerais de

direito financeiro (art. 24, § 1º, da CF/1988), e os Estados/DF mantêm competên-

cia suplementar (art. 24, § 2º, da CF/88).

É importante deixar claro novamente que, no âmbito da legislação concorrente,

cabe à União legislar sobre normas gerais de Direito Financeiro (art. 24, § 1º, da

CF/1988), e os Estados/DF mantêm competência suplementar (art. 24, § 2º, da

CF/1988), tendo os municípios a prerrogativa constitucional de suplementar a le-

gislação federal e estadual, no que couber, conforme já explanado (art. 30, II, da

CF/1988) e com apoio da Doutrina, embora não pacífica.

E se não houvesse legislação federal (o que não é o caso), o Estado teria competên-

cia legislativa plena (art. 24, § 3º, da CF/1988), o que significaria a possibilidade

jurídica de editar lei de normas gerais de direito financeiro para atender às suas

peculiaridades?

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Sim! Se ligue!

Mas, como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as normas gerais

(Lei n. 4.320/1964).

Entretanto, é importante deixar claro que mesmo diante dessa possibilidade, se

depois sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais

de direito financeiro, as normas da lei estadual contrárias às normas gerais terão

a sua eficácia suspensa, sendo válidas apenas as disposições normativas que não

contrariarem as federais editadas, pois a superveniência de lei federal sobre nor-

mas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrária (art. 24, §

4º, da CF/1988).

Caro(a) aluno(a), é importante que enquanto você estude essa matéria, esteja

com as legislações pertinentes em mãos, para fazer as devidas anotações na pró-

pria lei, caso tenha esse hábito.

A leitura de “lei seca” é muito importante, sendo fundamental, na Constituição

Federal de 1998, ler os artigos 165 a 169, abaixo reproduzidos, com grifos nossos:

DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as dire-
trizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-
tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro sub-
sequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.

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§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-
tuídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de cré-
ditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-
ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pa-
gar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto
no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e se-
toriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orça-
mentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de
suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

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§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá pa-
recer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso
Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi-
quem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprova-
das quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento
anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos
da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o dispos-
to nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei or-
çamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, con-
forme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite
de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no
projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será
destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 86, de 2015)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto
no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do §
2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se
refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois dé-
cimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme
os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar
prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)

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§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de exe-


cução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação
prevista no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios,
independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de
cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pes-
soal de que trata o caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de
2015)
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre
a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas:
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Execu-
tivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública
enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
II – até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo
indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja
insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
III – até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Po-
der Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo
impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
IV – se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no
inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será
implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previs-
tas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados
na notificação prevista no inciso I do § 14. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86,
de 2015)
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da exe-
cução financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no
não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamen-
tárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma
proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluí-
do pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que
atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente
da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)

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Art. 167. São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os cré-
ditos orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-
partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-
ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-
lativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fun-
dações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financei-
ras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art.
195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos qua-
tro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.

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§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se re-


ferem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e
b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de
débitos para com esta.
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a
essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização
legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
85, de 2015)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia
20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art.
165, § 9º.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os re-
passes de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
que não observarem os referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Fe-
deral e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um
dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto
da redução de pessoal.

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§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-
melhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do
disposto no § 4º.

A ideia aqui foi lhe dar uma visão constitucional inicial acerca do Orçamento Pú-

blico. Ao longo do curso, iremos explorar ainda mais cada uma desses dispositivos

quando formos tratar de cada um dos seus temas.

3. Instrumentos Orçamentários

Vamos agora conhecer os principais Instrumentos de Planejamento e Or-

çamento utilizados na implantação das Políticas Públicas do nosso país.

Para começar eu lhe pergunto: será que já conhecemos algum Instrumento de

Planejamento?

Aí você me diz: “Sim, professor! O Orçamento Público! “

Isso mesmo, veja que o artigo 165 da CF/1988 nos revela os 3 principais ins-

trumentos de Planejamento e Orçamento utilizados na implantação das Po-

líticas Públicas:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

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Assim, o Orçamento Público é chamado no inciso III de “orçamentos anuais”,

também conhecido como LOA – Lei Orçamentária Anual.

Na verdade, na aula 2, vamos estudar o Orçamento Público de maneira

mais detalhada, como exposto em nosso cronograma. A ideia aqui é introdu-

zir o assunto, especialmente na parte relativa à sua normatização.

Então, o que é Orçamento na Administração Pública?

Podemos dizer que Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível,

que traduz, em termos financeiros, para determinado período (um ano), os

planos e programas de trabalho do governo.

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De acordo com o mestre Aliomar Baleeiro,

o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo
autoriza, por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funciona-
mento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do
País, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.

Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecada-

ção de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano,

e o Poder Legislativo autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas

destinadas ao funcionamento da máquina administrativa.

De modo mais direto, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato

contendo a aprovação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um

período determinado.

É importante deixar registrado que, no Brasil, o orçamento público é, em rela-

ção às despesas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação

de despesas é uma mera sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o

dever legal de executá-los.

Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto pú-

blico) está, portanto, condicionada à disponibilidade financeira de receitas arreca-

dadas durante o exercício financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conf. art. 34,

Lei n. 4.320/1964).

É importante deixar registrado que, embora tenha formato de lei, sendo apro-

vado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Brasil, é lei apenas

em sentido formal.

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Assim, em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que, em-

bora tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, em-

bora não pacífica, é a de que o orçamento público, no Brasil, é lei em sentido

formal. No entanto, veja o posicionamento do CESPE em um certame reali-

zado em 2017.

5. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue o item

a seguir.

Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em

sentido formal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmen-

te ato de natureza político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais

ou abstratas próprias de lei em sentido material.

Errado.

Questão polêmica e recente do CESPE, que gerou muitos recursos dos can-

didatos que queriam a sua anulação, em virtude da sua falta de objetividade e

falta de pacificação doutrinária, mas cujo gabarito provisório foi mantido pela

Banca.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Introdução ao Estudo das Finanças Públicas e do Orçamento Público

Prof. Manuel Piñon

Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento brasileiro é uma lei formal,

porque é emanada de um órgão com competência legislativa.

No que diz respeito ao seu aspecto, é material. Embora sirva para prever as recei-

tas públicas e autorizar os gastos, não é pacífica a ideia de que seja insuscetível

de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material, o que

torna errada a assertiva.

Nesse contexto, os instrumentos de planejamento e orçamento da Consti-

tuição Federal são:

1) O Plano Plurianual – PPA;

2) A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e

3) Lei Orçamentária Anual – LOA.

Esses instrumentos são, na verdade, as leis que regulam, cada uma delas com

especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes públi-

cos nas 3 esferas de governo.

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6. (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue:

Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são discipli-

nados por leis cuja iniciativa é do Poder Executivo.

Certo.

Essa assertiva é plenamente compatível com o caput do artigo 165 da CF/1988.

Veja:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

7. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder Executivo.

Certo.

De novo, o CESPE cobrando o caput do artigo 165 da CF/1988. Veja:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

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No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém,

integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações gover-

namentais.

“Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA?”

Veja, na figura a seguir, o sentido das setas para visualizar a influência de cada

uma em termos de integração:

Resumidamente, tenha em mente que PPA, juntamente com a LDO e a LOA são

leis instituídas pela Constituição Federal (art. 165), cabendo ao PPA estabelecer

diretrizes de médio prazo (4 anos).

A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto

de metas e prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da

LOA para o ano seguinte.

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A LOA, que deve ser compatível com o PPA e com a LDO, contempla os orça-

mentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais.

A palavra-chave aqui é INTEGRAÇÃO!!!

Vamos conhecer um pouco mais acerca de cada um desses importantes instru-

mentos!

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O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no artigo 165 da Consti-

tuição Federal destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cum-

prir os fundamentos e os objetivos da República, servindo como instrumento de

planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma

regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública

Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas

aos programas de duração continuada.

Nesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico DOM – Diretrizes, Objeti-

vos e Metas.

Entenda por Diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estra-

tégico, servindo de plano de voo para os próximos 4 anos.

Já em relação aos Objetivos, a ideia é que o PPA verbalize o que precisa ser mo-

dificado, ou seja, o que a implementação do PPA deseja para o país.

Finalmente, as Metas tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou

seja, traduzem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das

especificidades de cada caso.

É importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos

e Metas das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo

PPA.

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8. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:

O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e

para os programas de duração continuada.

Errado.

É importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes nacionais, já

que não contempla as Diretrizes das demais esferas de governo, já que cada ente

possui seu respectivo PPA.

É importante destacar que enquanto o PPA tem duração de 4 anos, durante

a sua vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, 4 LDOs

e 4 LOAs que precisam ser compatíveis com o respectivo PPA.

Nessa pegada, é importante destacar que a vigência do PPA é de quatro anos,

mas se inicia no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo

e termina no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente, devendo ser

enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.

O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do

Executivo, já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no

segundo ano, somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.

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9. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:

O PPA possui duração de quatro anos, com vigência até o final do mandato presi-

dencial subsequente, devendo ser encaminhado até quatro meses antes do encer-

ramento do exercício financeiro e devolvido para a sanção até o encerramento da

sessão legislativa.

Errado.

Na verdade, a vigência do PPA é de quatro anos, mas se inicia no segundo exer-

cício financeiro do mandato do chefe do executivo e termina no primeiro exercício

financeiro do mandato subsequente, ou seja, não tem vigência apenas até o final

do mandato presidencial subsequente, mas, sim, até o fim do primeiro ano do

posterior mandatário, pois começa a vigorar no segundo ano de mandato de cada

governante.

10. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA/2014) Julgue:

O período do plano plurianual (PPA) coincide com o período do mandato do chefe

do Poder Executivo.

Errado.

Esse tema não cai, ele despenca em prova. Não podemos errar se cair na nossa!

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O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do

Executivo, já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vi-

gor no segundo ano, somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo

seguinte.

Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos

macro, do governo para um período de 4 anos e os caminhos trilhados para

viabilizar as metas previstas, construindo um Brasil melhor.

O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos

da República. O Plano apresenta a visão de futuro para o País, macro desafios e

valores que guiam o comportamento para o conjunto da Administração Pública

Federal.

Por meio dele o governo declara e organiza sua atuação, a fim de elaborar e

executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também que a sociedade

tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.

É importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o

PPA são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição

de um bem de capital, como, por exemplo, a construção ou ampliação de um

aeroporto.

O Plano Plurianual (PPA) deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja,

esse instrumento central de planejamento deve servir promover, de maneira inte-

grada, oportunidades de investimentos que sejam definidas a partir das realidades

regionais e locais, levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões

do País.

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11. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamen-


to e orçamento, julgue o item a seguir.
No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de cri-
térios que abranjam territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

Errado.
Em verdade, não existe essa vedação, existindo, inclusive, no manual de elabora-
ção do PPA federal, uma indicação para que os programas possuam metas regio-
nalizadas, sendo que a regionalização será expressa em macrorregiões, Estados ou
Municípios.

Ainda no âmbito do PPA, é interessante que você saiba que o PPA é adotado
como referência para os demais planos e programas nacionais, regionais e seto-
riais, como o artigo 165 da CF/1988 assim determina (com grifos nossos):

§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Cons-


tituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados
pelo Congresso Nacional.

12. (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:


Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonân-
cia com os planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para
essa vinculação reside no fato de que tais planos e programas apresentam maior

duração e são mais específicos.

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Errado.

O CESPE inverteu as coisas! São os planos e programas nacionais, regionais e

setoriais que devem ser elaborados em consonância com o PPA!

Ainda tratando de PPA, é importante informar que a Lei n. 13.249/2016 insti-

tuiu o PPA federal o para o período de 2016 a 2019 (PPA 2016-2019), em cumpri-

mento ao disposto no § 1º do art. 165 da nossa Carta Magna, ou seja, serve como

instrumento de organização da atuação governamental em Programas orientados

para o alcance dos objetivos estratégicos definidos para 2016 a 2019.

É importante destacar que, em seu artigo 3º, a mencionada Lei destaca que:

Art. 3º São prioridades da administração pública federal:


I – as metas inscritas no Plano Nacional de Educação (Lei n. 13.005/2014);
II – o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, identificado nas leis orçamentá-
rias anuais por meio de atributo específico; e
III – o Plano Brasil sem Miséria – PBSM, identificado nas leis orçamentárias anuais por
meio de atributo específico.

Em termos de Diretrizes do PPA federal 2016/2019, temos:

I – O desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social;


II – A melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos;
III – A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais,
étnico-raciais, geracionais e de gênero;
IV – O estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e inovação e competi-
tividade;
V – A participação social como direito do cidadão;
VI – A valorização e o respeito à diversidade cultural;
VII – O aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na eficiência do gasto
público, na transparência, e no enfrentamento à corrupção; e
VIII – A garantia do equilíbrio das contas públicas.

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Resumidamente, podemos dizer que o PPA 2016/2019 está estruturado em 3

dimensões:

1) Estratégica: que é composta por Visão de Futuro, Eixos e Diretrizes Estra-

tégicas, servindo para orientar a elaboração dos Programas Temáticos.

2) Tática: é expressa nos Programas Temáticos e nos Programas de Gestão,

Manutenção e Serviços ao Estado, com foco na entrega de bens e serviços

pelo Estado à sociedade.

3) Operacional: é a aplicação dos recursos disponíveis de modo otimizado

nos aspectos quantitativos e qualitativos dos produtos entregues.

Vamos agora conhecer melhor a LDO!

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como primordial função o

estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no

orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das

metas e objetivos contemplados nos programas do plano plurianual.

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Veja a sua literalidade, de acordo com o artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da ad-


ministração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício fi-
nanceiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento.

Veja agora o papel da LDO de modo esquematizado:

13. (CESPE/PREF. FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:

Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências

oficiais de fomento.

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Certo.

Verdade, de acordo § 2º do artigo 165 da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da ad-


ministração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alte-
rações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

A LDO é o elo de ligação entre o PPA e a LOA!

O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA às reais

possibilidades de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre

o planejamento estratégico de médio prazo (PPA) e o planejamento operacional

(LOA).

De acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar os

seguintes itens:

• estabelecer as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas

de capital previstas para o exercício seguinte;

• estabelecer critérios para elaboração da Lei Orçamentária Anual, explicando

onde serão feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo,

o percentual para abertura de créditos suplementares e outras informações

prévias sobre o futuro Orçamento;

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• estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando


quais medidas que pretende aplicar na política de tributos;
• estabelecer os critérios que pretende implantar na política de pessoal, na lei
de cargos e salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras
etc. É importante ressaltar que serão nulas as despesas de pessoal não pre-
vistas na LDO.

É importante destacar também que o prazo para encaminhamento da LDO ao


Congresso Nacional é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro, ou seja, precisa ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano, devendo
a devolução ao Poder Executivo ocorrer até o fim do primeiro período da sessão
legislativa, ou seja, 17 de julho, pois a sessão legislativa não pode ser interrompida
sem a sua aprovação.

14. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:


De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser proces-
sadas em conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.

Errado.
Opa! Devem estar de acordo com a LDO, e não com a LOA, de acordo com o artigo
165 da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da ad-


ministração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as al-
terações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

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15. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as priori-

dades para a administração pública.

Errado.

Para responder a essa questão é só lembrar do artigo 165, II, da CF/1988, com

grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


II – as diretrizes orçamentárias;

Assim, quem propõe a LDO é o Poder Executivo, e não o Poder Legislativo, a quem

cabe o papel de discutir e aprovar a mesma.

16. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

As alterações na legislação tributária somente podem vigorar após serem incluídas

na lei de diretrizes orçamentárias.

Errado.

Na verdade, a LDO apenas “disporá sobre as alterações na legislação tributária”,

cabendo a uma lei específica esse papel, já que a LDO não pode criar, aumentar, su-

primir, diminuir ou autorizar tributos. Além disso, não se faz necessário que tais leis

sejam aprovadas antes ou depois da LDO, não existindo, portanto, essa vinculação.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ampliou a importância da LDO,

determinando a previsão de várias outras situações, além das previstas na

Constituição.

São elas:

• estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não

evoluírem de acordo com a estimativa orçamentária;

• estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação

das ações desenvolvidas ou em desenvolvimento;

• estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente institui-

ções privadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, obje-

tivo etc. É importante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas

na LDO, excluindo casos de emergência;

• estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendi-

mento dos que estão em andamento;

• estabelecer o percentual da receita corrente líquida a ser retida na peça orça-

mentária, como Reserva de Contingência.

Além do estabelecimento e definição dos itens acima, a LDO deverá ser acompa-

nhada do chamado Anexo de Metas Fiscais e do Anexo de Riscos Fiscais – ARF.

17. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos

princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do pro-

cesso de elaboração do orçamento anual.

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Errado.

Na verdade, as metas e os riscos fiscais, documentados no anexo de metas fiscais

e de riscos fiscais, integram a LDO.

Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento público propriamente dito, de-

vendo conter exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de

despesa.

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A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a

alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.

É importante lembrar que a LOA é orientada pelas diretrizes, objetivos e metas

do PPA, compreendendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e priori-

dades estabelecidas na LDO.

É importante atentarmos para a palavra previsão para receita. A receita orça-

mentária, por sua vez, pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento

público, por não existir teto para a receita!

Por outro lado, tratando-se da despesa, usamos a expressão fixação, por ser

prevista com um limite até o qual poderá ser executada.

A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentá-

ria, que é a expressão monetária do crédito orçamentário, autorização discrimi-

nada para se gastar recursos.

É importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou proje-

tos que não estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com fina-

lidade imprecisa ou com dotação ilimitada.

O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses

antes do término do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto de cada

ano, e devolvido ao Poder Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, até

22 de dezembro do exercício de sua elaboração.

É importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 6º,

determina que o projeto da LOA a seja acompanhado de demonstrativo regionali-

zado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, re-

missões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

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Ainda no mencionado artigo da nossa CF/1988 existe a seguinte determinação

(com grifos nossos):

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

OR
ÇAM
ENT
OF
ISC
AL

ORÇAMENTO DA LEI
SEGURIDADE SOCIAL ORÇAMENTÁRIA
ANUAL
DE
E NTO O
ÇAM MENT
OR I
N V EST
I

Destaque-se que, como visto no desenho, na verdade, trata-se de uma

única LOA, um único documento.

18. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue:

A lei orçamentária anual é composta dos orçamentos: fiscal, seguridade social e

investimento das estatais.

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Introdução ao Estudo das Finanças Públicas e do Orçamento Público

Prof. Manuel Piñon

Certo.

A assertiva resume o § 5º do artigo 165 da CF/1988, que estabelece que a Lei Or-

çamentária Anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

19. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

O projeto de LOA da União para o exercício seguinte deve ser enviado ao Congresso

Nacional até o final do exercício corrente.

Errado.

Na verdade, a LOA, ainda na forma de projeto de lei, deve ser encaminhada ao

Congresso Nacional até 31/08 e deve ser devolvida ao Poder Executivo até o fim da

respectiva sessão legislativa.

20. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orça-

mento de investimentos das empresas com capital inicial pertencente à União.

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Errado.

A nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 5º, nos esclarece que essa é uma atri-

buição da LOA, e não da LDO. Confira, com grifos nossos:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Quem elabora e executa o orçamento é apenas o Poder Executivo? O que acha?

Não!!!

Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas pro-

postas orçamentárias, porém, quem executa a maior parte das despesas

públicas é o Poder Executivo, mesmo porque essa é a sua principal função.

Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, generica-

mente falando, funciona da seguinte forma: todos os Poderes (Executivo, Legisla-

tivo, Judiciário e mais o Ministério Público) e demais órgãos (Unidades Orçamen-

tárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder

Executivo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG), que faz a

consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto de Lei de Orçamento

ao Congresso Nacional.

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Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser

encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa

do Presidente da República (inciso XXIII do art. 84 da CF/1988).

O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, descreve

que

a iniciativa das leis orçamentárias é exclusiva e obrigatória para Estados e Municípios


e ainda argumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá
ser remetida ao Congresso Nacional no tempo estabelecido pela própria Constituição
Federal (in Direito Constitucional, 16ª edição, p. 594).

É até comum, em provas de concurso, perguntarem sobre quem tem competência

para dispor sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do

Congresso Nacional.

Fique ligado(a), pois o termo “dispor” significa votar, apresentar e rejeitar emen-

das, manter ou derrubar vetos do Presidente da República, aprovar créditos adicio-

nais, fiscalizar etc.

Aí eu lhe pergunto: caso o Presidente da República se omita, deixando de en-

caminhar o projeto de lei de orçamento ao Congresso Nacional, pode, qualquer

parlamentar, apresentar esse projeto de lei?

Não, essa competência é exclusiva do Presidente da República. A proposta

apresentada por parlamentar caracteriza inconstitucionalidade formal.

Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do Pro-

jeto de Lei Orçamentária Anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso

XXIII) do chefe do Poder Executivo e o parágrafo único do mesmo artigo não men-

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ciona explicitamente o inciso XXIII como possibilidade de delegação pelo Pre-

sidente da República da matéria nele constante, significa dizer que a iniciativa

do orçamento público é indelegável.

Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, por-

tanto, “produtor” de jurisprudência, prefere chamá-la de competência exclu-

siva.

Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre

a competência privativa e a competência exclusiva, esta indelegável e aquela

passível de delegação. Entretanto, muitas vezes existe confusão e os dois con-

ceitos são tratados de forma indistinta.

É importante deixar registrado que a CF/1988 concedeu autonomia ad-

ministrativa e financeira ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, ao Poder

Legislativo e ao Tribunal de Contas da União para elaborarem suas próprias

propostas orçamentárias, encaminhando-as ao Poder Executivo para consoli-

dação final.

Assim, a partir dessa consolidação final, realizada no âmbito do Ministério

de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), uma proposta consolidada de

orçamento da unidade da federação é encaminhada ao Legislativo, que a apre-

ciará.

É importante também deixar registrado que, apesar de o Executivo receber

inúmeras propostas setoriais de orçamento público, por força do princípio da

unidade orçamentária (implícito no art. 165, § 5º, da CF/1988, combinado

com art. 2º, caput, da Lei n. 4.320/1964, onde está explícito), somente po-

derá haver um único projeto de LOA, para cada ente político, e em cada

exercício financeiro, de sorte que o Congresso só recebe um PLOA.

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Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria
possível um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder
Legislativo. Fique atento(a), não vacile, marque falsa!

Fique atento(a) também às questões que afirmam ser constitucional o próprio Po-
der Legislativo aprovar a sua própria proposta orçamentária, por ter a prerrogativa
de aprovar as leis. Fique atento(a), não vacile, marque falsa!

Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 166 da nossa Carta Magna, os
projetos de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais devem ser
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum, ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder Legislativo.

21. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


O PPA e a LDO devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.

Certo.
Isso quem nos afirma é o artigo 166 da CF/1988, que dispõe que “os projetos de
lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e
aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma do regimento comum”.

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No tocante às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gas-

tos por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas

dotações.

O próprio artigo 167, VII, da CF/1988 estabelece a seguinte vedação orçamen-

tária:

Art. 167. São vedados:


(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Raciocine comigo: se é o Poder Legislativo quem autoriza a LOA e, portanto,

os créditos orçamentários com suas respectivas dotações, significa dizer que o Le-

gislativo não poderá conceder um crédito ilimitado para o Poder Executivo gastar

ilimitadamente.

Concorda?

Por essa razão existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito

orçamentário...

“Professor, na prática, como se elabora o orçamento público”?

Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo

de elaboração da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificadamente

explicada da seguinte forma: pense no seu orçamento familiar, em que são orçados

os gastos do mês em função das receitas recebidas.

Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco

diferente, pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em lei, e incum-

be ao Poder Executivo prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a

fixação das despesas em função dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional

autorizar sua execução.

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A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante à ideia do seu

orçamento familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia.

Além disso, os Princípios Orçamentários que estudaremos na próxima

aula têm que ser atendidos!

Por exemplo, no Orçamento Público, as despesas devem ser iguais as receitas,

em atendimento ao chamado princípio do equilíbrio orçamentário?

Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas

técnicas orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estrei-

ta conexão entre planejamento e orçamento, formando, assim, o que podería-

mos chamar de binômio inseparável.

Na verdade, a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve

haver planejamento para o entrelaçamento entre planejamento, orçamento-

-programa e Implementação das ações.

Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo me-

nos do ponto de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu

instituir o orçamento-programa, instrumento de alocação de recursos com ênfa-

se não no objeto de gasto.

Amigo(a), você não precisa ser entendido(a) no assunto para saber que os

principais problemas da economia brasileira têm sido a deficiência ou até mesmo a

ausência de planejamento de longo prazo.

O conceito de planejamento de médio prazo, interligado com o orçamento-pro-

grama foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de

quatro anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento

de programas, que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA.

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O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do

Plano que estão associadas às Ações constantes da LOA. Deve haver, portanto,

uma compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale ressaltar que a

abrangência do PPA e da LDO vai além da dimensão orçamentária.

A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante

o primeiro ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Con-

gresso e a sanção presidencial, o Plano deve orientar a ação de governo.

4. Ciclo Orçamentário

O ciclo orçamentário, no sentido amplo, é um processo que abrange as

etapas do planejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria

execução da Lei Orçamentária Anual.

Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas é um processo dinâ-

mico, flexível e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração,

discussão/aprovação, execução, controle e avaliação no que diz respeito à progra-

mação de gastos do setor público do ponto de vista físico e financeiro.

22. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:

As expressões sistema orçamentário e processo orçamentário são utilizadas indis-

tintamente para se referir ao documento orçamentário.

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Errado.

Em verdade, o documento orçamentário é o Orçamento Público ou LOA – Lei Or-

çamentária Anual, que não é a mesma coisa que Ciclo Orçamentário que é todo

o processo que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela

elaboração e a própria execução da lei orçamentária anual.

23. (CESPE/DPF/AGENTE/2014) Julgue:

No Brasil, o ciclo orçamentário é definido como processo contínuo, dinâmico e flexí-

vel, em que são avaliados os aspectos físicos e financeiros dos programas do setor

público.

Certo.

Exatamente isso, sem tirar nem pôr! Guarde essa definição perfeita do CESPE.

Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário ocorre em quatro etapas distintas:

1) elaboração/planejamento da proposta orçamentária;

2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;

3) execução orçamentária e financeira; e

4) avaliação/controle.

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24. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalida-

des e periodicidades.

Errado.

Na verdade, são fases distintas que NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase

tem um responsável próprio, finalidade diversa e periodicidade que precisa ser

atendida.

Quando falamos em Ciclo Orçamentário ampliado, estamos falando da composição

PPA, LDO e LOA.

25. (CESPE/DPF/AGENTE/2014) Julgue:

Dada a importância da integração entre planejamento e orçamento para o bom

funcionamento da administração pública, é previsto na CF um ciclo de planeja-

mento e execução do plano orçamentário integralmente constituído pelo PPA e

pela LDO.

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Errado.

Na verdade, quando o examinador menciona “um ciclo de planejamento e execução

do plano orçamentário integralmente constituído”, ele está se referindo ao Ciclo

Orçamentário ampliado, que é composto por PPA, LDO e LOA, e não somente pelo

PPA e pela LDO.

Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do

administrador público de receber e compreender corretamente as demandas da

sociedade, estimar a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar

os recursos limitados às ações prioritárias. Em uma última etapa, o Poder Público

fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados, a fim de verificar a acuidade da pro-

gramação.

As informações obtidas pela fiscalização e controle dos gastos públicos, nas

quais estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão

orientar no planejamento para o exercício subsequente.

Veja a seguir graficamente como é RESUMIDO o ciclo orçamentário:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

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Agora visualize graficamente como é o ciclo orçamentário em uma visão am-

pliada:

26. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-

cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da

lei orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo

intermitente no que diz respeito a análises e decisões.

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Errado.

Em verdade, o ciclo orçamentário é um processo dinâmico, flexível, integrado e

contínuo, onde se planeja, elabora, aprova, executa, controla e avalia a programa-

ção de gastos do setor público tanto no aspecto físico quanto financeiro.

Enquanto o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º

de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, o ciclo orçamentário

é mais longo, já que começa no exercício anterior com as etapas de ela-

boração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/

aprovação da Lei de Orçamento e somente se encerra nos exercícios se-

guintes com a sua avaliação e controle.

27. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não

coincidindo este com o ano civil.

Errado.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e

se encerra em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da

lei, que ocorre no exercício/ano anterior.

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28. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com

etapas que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, vo-

tação, controle e avaliação do orçamento.

Certo.

Sim, o ciclo orçamentário ocorre nas seguintes etapas:

1) elaboração/planejamento da proposta orçamentária;

2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;

3) execução orçamentária e financeira; e

4) avaliação/controle.

Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais cada uma dessa etapas!

O Planejamento

A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais (PPA)

que estabelecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas

(DOM) da administração pública para as despesas de capital e outras delas decor-

rentes e as relativas aos programas de duração continuada.

O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o

território nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e exe-

cutados com base nas leis orçamentárias anuais.

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Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais

resulte um aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um

novo serviço, como, por exemplo, a construção de rodovias, incluídas as despesas

decorrentes, no nosso exemplo, o custo de manutenção da nova estrada.

29. (CESPE/MTE/CONTADOR/2014) Julgue:

O projeto de lei do plano plurianual é de iniciativa do chefe do Poder Executivo e

deve ser enviado ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano do

mandato presidencial.

Certo.

Exato, assim como a LDO e a LOA, o PPA é de iniciativa do chefe do Poder Executi-

vo, e, como vale para os próximos 4 anos, deve ser enviado ao Congresso Nacional

até o dia 31 de agosto do primeiro ano do mandato presidencial, devendo ser apro-

vado até o fim da sessão legislativa, ou seja, 22 de dezembro, tendo vigência até

o fim do primeiro ano do Governo seguinte.

A Elaboração do Orçamento

Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Parlamento o

projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), inovação da Constitui-

ção Federal de 1988, que constitui o elo de ligação entre planejamento e

orçamento.

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A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,

incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deve-

rão ser compatíveis com o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá

sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação

das agências financeiras oficiais de fomento.

Nem toda a programação prevista no PPA tem que estar presente nas LDO, pois

o plano vale por quatro anos, enquanto a LDO, apenas por um ano.

Além disso, a LDO deve ressaltar as prioridades para a lei orçamentária do exer-

cício subsequente.

Dessa forma, é comum que a LDO preveja a inclusão no orçamento de apenas

uma parcela do previsto no PPA, muito embora não haja dispositivo legal ordenan-

do a matéria.

Em seguida, a proposta para o orçamento do exercício subsequente é encami-

nhada ao Congresso, que deve assegurar a compatibilidade com a LDO e com o PPA.

De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao

seu conteúdo, a proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao

Congresso Nacional nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas leis orgânicas

dos municípios, será composta por:

1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-fi-

nanceira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de

créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposi-

ção e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita

e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital.

É importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de co-

municação oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para

encaminhar os projetos do PPA, da LDO e da LOA.

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2) Projeto de Lei de Orçamento.


3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas
distintas e para fins de comparação.
4) Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dota-
ções globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo
das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econô-
mica, financeira, social e administrativa.
Merecem destaque no âmbito da elaboração da proposta orçamentária, as ati-
vidades preliminares inerentes à alocação dos recursos, considerando o cenário
fiscal, de modo a compatibilizar capacidade de financiamento e dispêndio dos re-
cursos previstos, passando pelas etapas de fixação da meta fiscal, projeção
de receitas, projeção das despesas obrigatórias e apuração das despesas
discricionárias.

30. (CESPE/MDIC/AGENTE/2014) A respeito de orçamento público, julgue o


item a seguir.
A elaboração do orçamento inicia-se com a fixação da despesa.

Errado.
No âmbito da elaboração da proposta orçamentária, as atividades preliminares ine-
rentes à alocação dos recursos passam pelas seguintes etapas:
• fixação da meta fiscal;
• projeção de receitas;
• projeção das despesas obrigatórias; e
• apuração das despesas discricionárias.

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31. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.

Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da

República não poderá propor modificações no projeto de lei relativo ao

PPA.

Errado.

Opa, pode o Presidente da República propor modificações no projeto de lei relativo

ao PPA, desde que não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alte-

ração é proposta.

As dotações orçamentárias são classificadas de forma a explicitar o montante de

recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas, como

veremos adiante ao longo do curso.

Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de

dotações existentes, podem ser abertos créditos adicionais, cuja iniciati-

va é sempre do Presidente da República, ainda que para os créditos que

visem atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Ministério

Público da União.

As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão

ser compatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o Plano Plurianual,

podem objetivar o acréscimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo

Executivo ou a criação de uma nova despesa, bem como a redução ou supressão

de dotação proposta.

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Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente,

necessidade de indicação de recursos para atender à emenda. Contudo, nos casos

em que o parlamentar deseje aumentar os recursos destinados a determinada

despesa, ou criar despesa nova, a Constituição Federal, observando o princípio

do equilíbrio, determina que devem ser indicados os recursos necessários para o

atendimento à emenda, admitidos apenas os provenientes de anulação de outra

despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos,

serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.

32. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue o

item a seguir.

Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redu-

ção de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de

investimento deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empre-

sas nas quais a União detenha participação societária.

Errado.

Na verdade, o orçamento de investimentos contempla os recursos destinados so-

mente às empresas cujo controle (maioria do capital social com direito a voto) per-

tença ao Governo Federal, e não a qualquer participação societária.

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33. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue o item a seguir.

É imprescindível que a emenda a projeto de lei do orçamento anual que o modifique

seja compatível com o plano plurianual (PPA) e com as leis de diretrizes orçamen-

tárias (LDOs).

Certo.

Isso é o mínimo, condição básica e essencial para que possa ser analisada no que

diz respeito ao atendimento às demais restrições.

Discussão e Aprovação

É importante registrar que a fase de discussão e debate entre os membros do

Poder Legislativo acerca da proposta enviada pelo Executivo é regulada pelo artigo

166 da nossa CF/1988, abaixo transcrito, com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

34. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.

Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orça-

mentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados,

na forma do regimento comum, pela Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da

União.

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Errado.

Basta lembrar do artigo 166 da CF/1988, que estabelece:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,


ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Assim, o erro da assertiva foi colocar TCU no lugar em que deveria constar Senado

Federal.

Cabe a uma comissão mista permanente, composta por Senadores e De-

putados, denominada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos

e Fiscalização, que tem o papel de examinar e emitir parecer sobre os projetos

relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e sobre as contas apresentadas

anualmente pelo Presidente da República, além de examinar e emitir parecer so-

bre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/1988 e

exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

35. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o item a seguir.

Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao projeto de

lei orçamentária que pretender consignar recursos para transferência a empresa

estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá

ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar.

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Certo.

Nessa o CESPE quis pegar os desatentos. Pode ser apresentada, sim, mas se vai ser

aprovada aí é outra história, já para a aprovação é que existem restrições.

É importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Co-

missão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, da parte cuja

alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar mensagem para

propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adi-

cionais.

As famosas “emendas parlamentares” têm por objetivo servir para aperfeiçoar

o que o Poder Executivo propôs por meio dos instrumentos de planejamento e or-

çamento e têm o poder de influenciar no que tange à alocação do dinheiro público.

O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria no sentido de que não possa

haver aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executi-

vo. Também não podem as emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA

e com a LDO.

Veja o que nos revela o § 3º do artigo 166 da nossa CF/1988:

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi-


quem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;

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c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;


ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação,
pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

36. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei

orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

Errado.

Na verdade, existem diversas restrições, como aquelas do artigo 63 da nossa

CF/1988, que estabelece que não pode haver aumento da despesa prevista nos

projetos apresentados pelo Poder Executivo, não podendo também as emendas

apresentadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO, fora as restrições im-

postas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.

Tem sido frequente a aprovação de emendas parlamentares com recursos pro-

venientes da Reserva de Contingência e de reestimativas de receitas.

O caso de emendas que objetivem aumentar a previsão de receitas não está,

explicitamente, previsto na Lei Maior, mas podem ser apresentadas e aprovadas

sob a proteção do mandamento constitucional que prevê a aprovação de emendas

que sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões.

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O Congresso Nacional revisa a previsão, que pode ser maior ou menor do que
a do Poder Executivo. Se for maior, haverá receitas em maior quantidade que des-
pesas e o excesso de receitas poderá ser utilizado para o atendimento às emendas
parlamentares.
Entretanto, se a previsão de arrecadação de receitas feita no Congresso Nacio-
nal for menor do que a encaminhada pelo Presidente da República, deverá haver
cortes nas programações de despesa constantes do projeto de lei orçamentária.
Cabe lembrar que a revisão da estimativa de receitas pode ser feita em qualquer
momento durante a tramitação da lei orçamentária no Congresso Nacional.
Após discutido o projeto de lei, deve haver a respectiva aprovação em cada uma
das casas que formam o Congresso Nacional, que ocorre por maioria simples mes-
mo, já que é uma lei ordinária, embora com rito especial.
Com a sanção presidencial, encerra-se essa fase, mas, caso haja o veto, seja ele
parcial ou total, deve ser apreciado pelo Poder Legislativo, podendo ser rejeitado
ou confirmado.

37. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:


Ao aprovar a LOA, o Poder Legislativo autoriza que o Poder Executivo aplique os
recursos financeiros em gastos necessários à manutenção dos serviços públicos ao
longo do exercício financeiro, o qual não coincide com o ano civil.

Errado.
Na verdade, quando aprova a LOA, o Congresso Nacional emite uma autorização
ao Poder Executivo para que este gaste o dinheiro necessário à manutenção dos

serviços públicos ao longo do exercício financeiro, QUE COINCIDE com o ano civil.

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A Execução Orçamentária e Financeira

Essa fase consiste na arrecadação das receitas e na realização das despesas,

tornando real o que fora planejado e programado.

A execução orçamentária completa-se com a execução financeira. Esta

passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o

atendimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Adminis-

tração Pública direta e indireta.

É importante destacar que as execuções orçamentária e financeira ocorrem si-

multaneamente e são muito “amarradas”. Assim, se, por ventura, existir previsão

no orçamento, mas não tiver disponibilidade financeira, não poderá ocorrer a des-

pesa e vice-versa. Portanto, mesmo existindo a disponibilidade financeira, se não

tiver autorização no orçamento, o gasto não pode ser incorrido.

Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique,

até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução

orçamentária.

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38. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue:

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo es-

tabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais,

bem como publicar um relatório resumido da execução orçamentária após o encer-

ramento de cada bimestre no prazo de até trinta dias.

Certo.

Exato, basta lembrar que, em prol da transparência, fica o Poder Executivo obriga-

do a publicar, em até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, um documen-

to denominado RREO – Relatório Resumido de Execução Orçamentária.

Ainda de acordo com a CF/1988, em seu artigo 168, “os recursos correspon-

dentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e

especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério

Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia

20 de cada mês”.

A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam

ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da

receita, anualmente, o Presidente da República tem publicado um decreto de con-

tingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para

empenho até segunda ordem.

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Com a entrada da Emenda Constitucional (EC n. 86/2015) apelidada de “EC

do orçamento impositivo”, tornou-se obrigatória a execução da programação

orçamentária relativa às emendas individuais à LOA por parte dos con-

gressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corren-

te Líquida (RCL) prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional.

Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas

uma pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim

do conceito doutrinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da lei

obriga o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.

Nesse contexto, merece destaque também a chamada “PEC dos Gastos”, que esta-

belece o “Novo Regime Fiscal”, trazendo no artigo 111 do ADCT da nossa CF/1988 que:

Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do
Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da
Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exer-
cício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila

foi que, a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução

das emendas individuais de execução obrigatória terão como limite o valor do exer-

cício anterior acrescido do IPCA de 12 meses.

O novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famosos “restos

a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas em-

penhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano só tinha previsão em legislação

infraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser considerados,

até o limite de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimento da execu-

ção financeira obrigatória de emendas individuais.

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Ainda nos aprofundaremos mais ao longo do curso no tema execução

orçamentária e financeira.

39. (CESPE/PREF. SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a seguir.

A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, ine-

xiste a obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista

nas diferentes dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a

hipótese de orçamento impositivo.

Errado.

A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional (EC n. 86/2015) apelida-

da de “EC do orçamento impositivo” tornou obrigatória a execução da programação

orçamentária relativas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas.

Avaliação e Controle

Pode-se dizer que a avaliação orçamentária visa aferir a eficiência, eficácia

e efetividade da gestão dos recursos públicos, contribuindo para a melhoria de

qualidade em um novo ciclo orçamentário.

O orçamento funciona muito bem como instrumento de controle, tanto por par-

te do próprio Poder Executivo, por meio do seu Sistema de Controle Interno,

quanto por parte do Poder Legislativo, via Controle Externo.

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No que diz respeito ao controle, o Poder Executivo fica obrigado a dar

publicidade da execução orçamentária até trinta dias após o encerramento de

cada bimestre, submetendo todo o processo à avaliação da sociedade.

40. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo es-

tabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais,

bem como publicar um relatório resumido da execução orçamentária após o encer-

ramento de cada bimestre no prazo de até trinta dias.

Certo.

Exato, a ideia é que o Poder Executivo dê publicidade da execução orçamentária até

trinta dias após o encerramento de cada bimestre, dotando o processo de transpa-

rência e viabilizando a sua avaliação por parte da sociedade.

Nessa pegada, deve prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública

ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens

ou valores públicos, ou sobre os quais a União responda, ou que, em nome desta,

assuma obrigações de natureza pecuniária.

O Presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional, anualmente, até

sessenta dias após o início da sessão legislativa.

Se as contas do Presidente da República não forem apresentadas ao Congresso

Nacional até sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, a Câmara dos De-

putados deverá proceder à tomada de contas.

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Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontanea-

mente no prazo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados,

dentro de sessenta dias após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União

deverá apreciá-las mediante parecer prévio. O parecer prévio será encaminhado de

volta ao Congresso Nacional.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização examinará e

emitirá parecer sobre as contas.

O Plenário do Congresso Nacional deliberará sobre sua aprovação. Não há prazo

legal para apreciação das contas pelo Congresso.

As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se forem rejeitadas, o Senado

Federal irá processar e julgar o Presidente da República, funcionando como presi-

dente o do Supremo Tribunal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos

do Senado.

Vale deixar registrado que os prazos inerentes ao ciclo orçamentário es-

tão dispostos no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

(ADCT) da nossa CF/1988, transcritos a seguir, com grifos nossos:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9.º, I e
II, serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito me-
ses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até
o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro me-
ses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o en-
cerramento da sessão legislativa.

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41. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.

O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do

presidente da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presi-

dencial subsequente.

Certo.

Está de acordo com o disposto no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias – ADCT, da nossa CF/1988, conforme abaixo:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até qua-
tro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa;

Registre-se ainda que, para os Estados, DF e Municípios, valem os prazos dis-

postos respectivamente nas suas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.

Ainda no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, é importante regis-

trar que caso o Congresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo

fixado, caberá ao mesmo apreciar novamente o orçamento em vigência e já

em execução como se fosse uma nova proposta orçamentária.

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Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda têm uma regulação provisória via
ADCT, em função da edição de uma Lei Complementar específica para regular, entre
outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em matéria orçamentária, a
possibilidade de termos algumas incongruências.
Repare que, no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo, a LDO para o
ano seguinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro
semestre, ou seja, antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não ha-
vendo, neste primeiro ano de envio e segundo de execução, a integração com o PPA.
Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse mesmo ano, com o PPA
sendo enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja
aprovada no prazo correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do
mandato presidencial possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.

42. (CESPE/MDIC/AGENTE-ADMINISTRATIVO/2014) Julgue o item a seguir.


O envio, pelo Poder Executivo, da proposta orçamentária anual ao Poder Legislativo
independe da aprovação e publicação da lei de diretrizes orçamentárias.

Certo.
Embora pareça mentira, por contrariar a sequência lógica natural das coisas, é a
pura realidade, já que o envio da proposta da LOA pelo Executivo ao Congresso Na-
cional (CN) não tem amarração em termos constitucionais/legais, com a aprovação
e publicação da LDO pelo CN a que a LOA deve seguir.

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RESUMO

O Direito Financeiro abrange o estudo do orçamento público (gerir recursos),

da receita pública (obter recursos), da despesa pública (gastar os recursos) e do

crédito público (criar recursos).

A Atividade Financeira do Estado (AFE) consiste em obter, criar, gerir e des-

pender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu

ou cometeu a outras pessoas de direito público.

A competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é concor-

rente da União, Estados e Distrito Federal, como define o artigo 24, I e II; e §

1º a 4º da CF/1988. Apesar de não fazer menção explícita aos municípios, existe

a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de Direito Financeiro,

conforme disposição expressa do art. 30, II, da CF/1988.

A Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o status de lei complementar perante

o texto constitucional de 1988, apesar da sua forma originária de lei ordinária.

O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação

de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano, e o Poder

Legislativo autoriza, por meio de LEI, a execução das despesas destinadas ao fun-

cionamento da máquina administrativa.

Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orça-

mentárias, porém, nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Le-

gislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa compe-

tência é privativa do Presidente da República (inciso XXIII do art. 84 da CF/1988).

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PPA

O PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e

metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e

outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração conti-

nuada.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

pode ser iniciado sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão,

sob pena de crime de responsabilidade.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na

CF/1988 devem ser elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Con-

gresso Nacional.

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LDO

A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal,

incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Ela orientará a

elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tribu-

tária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária,

mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que

deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis

sejam aprovadas antes da LDO.

LOA

A LOA, embora seja uma única lei e um único orçamento, compreende:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entida-
des da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indireta-
mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Guarde que os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibili-

zados com o Plano Plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir desigualdades

inter-regionais, segundo critério populacional.

O projeto de LOA deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do

efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,

subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

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É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos


dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir defi-
cit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios
orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social.
Relembre, de forma resumida, com funciona o ciclo orçamentário:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

O Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do


qual se planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação
de gastos do setor público, tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro.

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Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um

exercício financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamen-

to, elaboração, discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício fi-

nanceiro em que é executado, com a sua avaliação e controle.

Espero que você tenha gostado desta aula inicial.

Sei que foram muitos conceitos novos, muita informação mesmo, mas é para

todo mundo. Quem se esforçar, consegue!

Como diria, Thomas Jefferson:

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu

trabalho, mais sorte eu tenho”.

Espero você na próxima aula!

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o

item seguinte.

Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta

a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita

pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da exe-

cução orçamentária.

2. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o

item seguinte.

Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais

acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência

legislativa à União.

3. (CESPE/AGU/ADVOGADO) No que se refere às normas constitucionais que re-

gulam os orçamentos públicos e as lições doutrinárias pertinentes, julgue o item

subsequente.

A competência da União para legislar sobre direito financeiro não exclui a compe-

tência suplementar dos Estados.

4. (CESPE/MPF/PROCURADOR/2010) A respeito de finanças públicas e orçamento,

de acordo com a CF, julgue o item seguinte.

Estado da Federação tem competência privativa e plena para dispor sobre normas

gerais de direito financeiro.

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5. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue o item

a seguir.

Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em

sentido formal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmen-

te ato de natureza político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais

ou abstratas próprias de lei em sentido material.

6. (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue:

Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são discipli-

nados por leis cuja iniciativa é do Poder Executivo.

7. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder Exe-

cutivo.

8. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:

O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e

para os programas de duração continuada.

9. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:

O PPA possui duração de quatro anos, com vigência até o final do mandato presi-

dencial subsequente, devendo ser encaminhado até quatro meses antes do encer-

ramento do exercício financeiro e devolvido para a sanção até o encerramento da

sessão legislativa.

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10. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA/2014) Julgue:

O período do plano plurianual (PPA) coincide com o período do mandato do chefe

do Poder Executivo.

11. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e

orçamento, julgue o item a seguir.

No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que

abranjam territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

12. (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:

Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonân-

cia com os planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para

essa vinculação reside no fato de que tais planos e programas apresentam maior

duração e são mais específicos.

13. (CESPE/PRE. FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:

Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências

oficiais de fomento.

14. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser proces-

sadas em conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.

15. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo orçamentário, as metas e as priori-

dades para a administração pública.

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16. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

As alterações na legislação tributária somente podem vigorar após serem incluídas

na lei de diretrizes orçamentárias.

17. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-

cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de

elaboração do orçamento anual.

18. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue:

A lei orçamentária anual é composta dos orçamentos: fiscal, seguridade social e

investimento das estatais.

19. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

O projeto de LOA da União para o exercício seguinte deve ser enviado ao Congresso

Nacional até o final do exercício corrente.

20. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

A LDO compreende o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orça-

mento de investimentos das empresas com capital inicial pertencente à União.

21. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O PPA e a LDO devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.

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22. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:

As expressões sistema orçamentário e processo orçamentário são utilizadas indis-

tintamente para se referir ao documento orçamentário.

23. (CESPE/DPF/AGENTE/2014) Julgue:

No Brasil, o ciclo orçamentário é definido como processo contínuo, dinâmico e flexí-

vel, em que são avaliados os aspectos físicos e financeiros dos programas do setor

público.

24. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:

As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalida-

des e periodicidades.

25. (CESPE/DPF/AGENTE/2014) Julgue:

Dada a importância da integração entre planejamento e orçamento para o bom fun-

cionamento da administração pública, é previsto na CF um ciclo de planejamento

e execução do plano orçamentário integralmente constituído pelo PPA e pela LDO.

26. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-

cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da

lei orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo

intermitente no que diz respeito a análises e decisões.

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27. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não

coincidindo este com o ano civil.

28. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:

O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com

etapas que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, vo-

tação, controle e avaliação do orçamento.

29. (CESPE/MTE/CONTADOR/2014) Julgue:

O projeto de lei do plano plurianual é de iniciativa do chefe do Poder Executivo e

deve ser enviado ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano do

mandato presidencial.

30. (CESPE/MDIC/AGENTE/2014) A respeito de orçamento público, julgue o item

a seguir.

A elaboração do orçamento inicia-se com a fixação da despesa.

31. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.

Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da

República não poderá propor modificações no projeto de lei relativo ao

PPA.

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32. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue o

item a seguir.

Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redu-

ção de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de

investimento deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empre-

sas nas quais a União detenha participação societária.

33. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue os itens a seguir.

É imprescindível que a emenda a projeto de lei do orçamento anual que o modifique

seja compatível com o plano plurianual (PPA) e com as leis de diretrizes orçamen-

tárias (LDOs).

34. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.

Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orça-

mentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados,

na forma do regimento comum, pela Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da

União.

35. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Julgue o item a seguir.

Ainda que não esteja compatível com o plano plurianual, a emenda ao projeto de

lei orçamentária que pretender consignar recursos para transferência a empresa

estatal com o objetivo de financiar a construção de uma usina hidrelétrica poderá

ser apresentada na Comissão Mista de Orçamento por qualquer parlamentar.

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36. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei

orçamentária anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

37. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:

Ao aprovar a LOA, o Poder Legislativo autoriza que o Poder Executivo aplique os

recursos financeiros em gastos necessários à manutenção dos serviços públicos ao

longo do exercício financeiro, o qual não coincide com o ano civil.

38. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue:

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo es-

tabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais,

bem como publicar um relatório resumido da execução orçamentária após o encer-

ramento de cada bimestre no prazo de até trinta dias.

39. (CESPE/PREF. SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a seguir.

A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, ine-

xiste a obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista

nas diferentes dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a

hipótese de orçamento impositivo.

40. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo es-

tabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais,

bem como publicar um relatório resumido da execução orçamentária após o encer-

ramento de cada bimestre no prazo de até trinta dias.

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41. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.

O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do

presidente da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presi-

dencial subsequente.

42. (CESPE/MDIC/AGENTE-ADMINISTRATIVO/2014) Julgue o item a seguir.

O envio, pelo Poder Executivo, da proposta orçamentária anual ao Poder Legislativo

independe da aprovação e publicação da lei de diretrizes orçamentárias.

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QUESTÕES DE CONCURSO

43. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições constitucionais

e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios orçamen-

tários, julgue os itens a seguir:

Não cabe aos tribunais de contas estaduais regular matéria relativa ao plano plu-

rianual.

44. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

Sob pena de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA não pode

deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as prioridades do gover-

no para os quatro anos seguintes à sua aprovação, relativamente às despesas de

capital e outras delas decorrentes, e também as despesas de duração continuada

45. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Julgue:

Na LDO, constam os limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Mi-

nistério Público.

46. (CESPE/MUNICÍPIO-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Com fundamento na

disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes

na CF, julgue o item a seguir.

Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa

parlamentar que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a pro-

priedade de veículos automotores, em caso de pagamento antecipado.

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47. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

No nível federal, o Ministério da Fazenda é o órgão federal responsável pela elabo-

ração do orçamento.

48. (CESPE/MPF/PROCURADOR/2013) A respeito de finanças públicas na CF, julgue

o próximo item.

A lei orçamentária anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à previ-

são da receita e à fixação da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autorização

para a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito,

ainda que por antecipação de receita.

49. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de 1988, jul-

gue o próximo item.

Depende de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias do esta-

do-membro a admissão ou contratação de pessoal por sociedade de economia

mista estadual.

50. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de 1988, jul-

gue o próximo item.

É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de

uma categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência,

tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restri-

tos a essas funções.

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51. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:

O processo orçamentário brasileiro é direcionado principalmente por três leis dis-

tintas: o plano plurianual com maior vigência, a lei de diretrizes orçamentárias em

conjunto com o anexo de metas e riscos fiscais e, por fim, a lei orçamentária anual,

na qual se incluem o orçamento fiscal, o de seguridade social e o de investimentos

das empresas.

52. (CESPE/SUFRAMA/ANALISTA/2014) Julgue:

A vigência das diretrizes orçamentárias é restrita ao exercício financeiro correspon-

dente à lei orçamentária anual a que elas se refiram.

53. (CESPE/DEFENDORIA PÚBLICA DF/DEFENSOR/2013) Considerando as disposi-

ções da CF sobre os orçamentos e as finanças públicas, julgue o item subsecutivo.

Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP

e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte

de cada mês.

54. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

Os planos e programas regionais e setoriais previstos na Constituição

Federal são elaborados em consonância com a LDO.

55. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A LDO federal compreende o orçamento das empresas estatais nas quais a União

detém a maioria do capital social com direito a voto.

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56. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) compreende as metas e prioridades da ad-

ministração pública federal para as despesas correntes, excluindo-se as despesas

de capital.

57. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A LDO tem a função constitucional de reduzir desigualdades inter-regionais

58. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A LDO trata das alterações da legislação tributária com impacto nas receitas pre-

vistas.

59. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012) No que se refere ao orçamento público, julgue o

item que se segue.

Para que um projeto de lei relativo ao orçamento anual seja aprovado, é suficiente

que seja apreciado pela Câmara dos Deputados.

60. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012) No que se refere ao orçamento público, julgue o

item que se segue.

É cabível que lei complementar estabeleça normas referentes às condições para a

instituição e funcionamento de fundos.

61. (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) A respeito dos orçamentos públicos, julgue o

item seguinte.

Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são discipli-

nados por leis cuja iniciativa é do Poder Executivo.

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62. (CESPE/DP-RN/DEFENSOR/2015) Assinale a opção correta acerca do regime


constitucional dos gastos públicos.
a) A existência de prévia autorização legislativa é requisito suficiente para a aber-
tura de crédito suplementar ou especial.
b) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate-
goria de programação para outra ou de um órgão para outro não depende de prévia
autorização legislativa.
c) A instituição de fundos de qualquer natureza pode ser autorizada por decreto do
Poder Executivo, circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto autônomo.
d) Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro,
basta que esse investimento esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro
de sua execução.
e) O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclu-
são deles na LOA.

63. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta
a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita
pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da exe-
cução orçamentária.

64. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais
acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência
legislativa à União.

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65. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e


orçamento, julgue o item a seguir.
No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que
abranjam territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

66. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-


cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de
elaboração do orçamento anual.

67. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito dos fundamentos da gestão finan-


ceira e orçamentária, julgue o item a seguir.
A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do plano
plurianual do exercício de referência.

68. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-


cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da
lei orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo
intermitente no que diz respeito a análises e decisões.

69. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue o


item a seguir.
Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redu-
ção de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de
investimento deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empre-
sas nas quais a União detenha participação societária.

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70. (CESPE/ANTT/ANALISTA/2013) A respeito de orçamento público, julgue o item

a seguir.

O plano plurianual deve ser elaborado com vistas ao fortalecimento da unidade

federativa, sendo, portanto, vedada qualquer forma de regionalização de objetivos

ou de diretrizes governamentais.

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GABARITO

1. E 19. E 37. E 55. E

2. E 20. E 38. C 56. E

3. C 21. C 39. E 57. E

4. E 22. E 40. C 58. C

5. E 23. C 41. C 59. E

6. C 24. E 42. C 60. C

7. C 25. E 43. C 61. C

8. E 26. E 44. E 62. e

9. E 27. E 45. C 63. E

10. E 28. C 46. E 64. E

11. E 29. C 47. E 65. E

12. E 30. E 48. C 66. E

13. C 31. E 49. E 67. E

14. E 32. E 50. C 68. E

15. E 33. C 51. C 69. E

16. E 34. E 52. E 70. E

17. E 35. C 53. C


1.
18. C 2. 3. 36. 4.
E 5. 6.
54. E 7. 8. 9. 10.

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.

31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42.

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GABARITO COMENTADO

43. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições constitucionais

e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios orçamen-

tários, julgue os itens a seguir:

Não cabe aos tribunais de contas estaduais regular matéria relativa ao plano plu-

rianual.

Certo.

Verdade! Não faz parte do rol de atribuições dos tribunais de contas estaduais a

regulação de matérias relativas ao PPA.

44. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

Sob pena de ser considerado inválido, o decreto que estabelece o PPA não pode

deixar de especificar, de forma regionalizada, as metas e as prioridades do gover-

no para os quatro anos seguintes à sua aprovação, relativamente às despesas de

capital e outras delas decorrentes, e também as despesas de duração continuada

Errado.

Na verdade, não é um decreto, e sim a lei que deve, de acordo com o artigo 165,

§ 1º, da CF/1988, instituir o plano plurianual que estabelecerá, de forma regionali-

zada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as

despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas

de duração continuada.

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45. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Julgue:

Na LDO, constam os limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Mi-

nistério Público.

Certo.

Com base no artigo 127 da nossa Carta Magna, o Ministério Público tem assegura-

da a sua autonomia funcional e administrativa, devendo o mesmo elaborar a sua

proposta orçamentária dentro dos limites determinados pela LDO.

46. (CESPE/MUNICÍPIO-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Com fundamento na

disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamento constantes

na CF, julgue o item a seguir.

Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa

parlamentar que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a pro-

priedade de veículos automotores, em caso de pagamento antecipado.

Errado.

O STF (Supremo Tribunal Federal) já pacificou o entendimento de que a iniciativa

parlamentar em assunto de Direito Tributário NÃO invade a competência

do Poder Executivo sobre matéria orçamentária (ADI 724).

Nessa toada, o STF manifestou entendimento de que até mesmo a concessão de

benefícios fiscais não é legislar sobre orçamento (ADI 2464).

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47. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:

No nível federal, o Ministério da Fazenda é o órgão federal responsável pela elabo-

ração do orçamento.

Errado.

Na verdade, esse papel, a nível federal, cabe ao Ministério do Planejamento, Or-

çamento e Gestão, órgão do Poder Executivo, e não ao Ministério da Fazenda.

48. (CESPE/MPF/PROCURADOR/2013) A respeito de finanças públicas na CF, julgue

o próximo item.

A lei orçamentária anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à previ-

são da receita e à fixação da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autorização

para a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito,

ainda que por antecipação de receita.

Certo.

Verdade! A assertiva está de acordo com § 8º do artigo 165 da CF/1988. Confira,

com grifos nossos:

§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da


receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

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49. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de 1988, jul-

gue o próximo item.

Depende de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias do esta-

do-membro a admissão ou contratação de pessoal por sociedade de economia

mista estadual.

Errado.

Na verdade, não depende de autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias do Estado-membro, pois é uma exceção à norma disposta no parágrafo 1º e

inciso II do artigo 169 da CF/1988. Confira, com grifos nossos:

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-
gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão
ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-
derão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional n. 19,
de 1998)
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 19, de 1998)
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas
as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)

Repare que a CF/1988 se refere à estatais não dependentes.

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50. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de 1988, jul-

gue o próximo item.

É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de

uma categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência,

tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restri-

tos a essas funções.

Certo.

Amigo(a), o lance aqui é que a EC n. 85/2015 incluiu o § 5º no artigo 167 da

CF/1988, que é uma exceção à vedação do inciso VI, especificamente para as ativi-

dades de ciência, tecnologia e inovação, com base na ideia de que essa área precisa

de um pouco mais de flexibilidade que as demais. Confira, novamente, com grifos

nossos:

Art. 167. São vedados:


...
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;
...
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os
resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Exe-
cutivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI
deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)

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51. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2015) Julgue:

O processo orçamentário brasileiro é direcionado principalmente por três leis dis-

tintas: o plano plurianual com maior vigência, a lei de diretrizes orçamentárias em

conjunto com o anexo de metas e riscos fiscais e, por fim, a lei orçamentária anual,

na qual se incluem o orçamento fiscal, o de seguridade social e o de investimentos

das empresas.

Certo.

Guarde essa conceituação do CESPE acerca do processo orçamentário brasileiro,

com destaque para a parte em que ressalta que a LDO deve ser apresentada em

conjunto com o anexo de metas e riscos fiscais, conforme determina a Lei de Res-

ponsabilidade Fiscal – LRF.

52. (CESPE/SUFRAMA/ANALISTA/2014) Julgue:

A vigência das diretrizes orçamentárias é restrita ao exercício financeiro correspon-

dente à lei orçamentária anual a que elas se refiram.

Errado.

Embora exista uma certa polêmica doutrinária, fato é que a LDO acaba extrapo-

lando um exercício financeiro, já que é aprovada até o encerramento do primeiro

período legislativo do ano 1, orientando a elaboração da LOA no segundo semestre

do ano 1, estabelecendo regras orçamentárias para o ano 2 (exercício financeiro

subsequente).

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53. (CESPE/DEFENDORIA PÚBLICA DF/DEFENSOR/2013) Considerando as disposi-

ções da CF sobre os orçamentos e as finanças públicas, julgue o item subsecutivo.

Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP

e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte

de cada mês.

Certo.

A assertiva em tela está de acordo com o artigo 168 da CF/1988, de acordo com o

qual as dotações orçamentárias destinadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao

MP e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia

vinte de cada mês, na forma da Lei Complementar referida no § 9º do artigo 165

da CF/1988.

54. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

Os planos e programas regionais e setoriais previstos na Constituição

Federal são elaborados em consonância com a LDO.

Errado.

Na verdade, de acordo com a CF/1988, em seu artigo 165, parágrafo 4º, os planos

e programas regionais e setoriais previstos na Constituição Federal são elaborados

em consonância com o PPA, e não com a LDO, como afirmou a assertiva.

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55. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A LDO federal compreende o orçamento das empresas estatais nas quais a União

detém a maioria do capital social com direito a voto.

Errado.

Cuidado com a sopa de letrinhas. Na verdade, não é a LDO, mas sim a LOA federal

que compreende o orçamento das empresas estatais, nas quais a União detém a

maioria do capital social com direito a voto.

56. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) compreende as metas e prioridades da ad-

ministração pública federal para as despesas correntes, excluindo-se as despesas

de capital.

Errado.

Mais uma questão do CESPE que cobra a literalidade da CF.

Na verdade, de acordo com o artigo 165, § 2º, da CF/1988, a LDO “compreenderá

as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de

capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orça-

mentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá

a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.

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57. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A LDO tem a função constitucional de reduzir desigualdades inter-regionais

Errado.

Na verdade, de acordo com o § 7º do artigo 165 da nossa Carta Magna, não cabe

à LDO, mas sim aos orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibi-

lizados com o plano plurianual, dentre outras funções, atuar para reduzir desigual-

dades inter-regionais, levando em consideração o critério populacional.

58. (CESPE/TJ-CE/TÉCNICO/2014) Julgue o item que se segue.

A LDO trata das alterações da legislação tributária com impacto nas receitas pre-

vistas.

Certo.

Exato, esse é o papel da LDO no que diz respeito à seara tributária: avaliar o im-

pacto das alterações da legislação tributária nas receitas previstas que integrarão

a LOA, e não o papel de vincular o legislador em termos de autonomia para alterar

a legislação tributária.

59. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012) No que se refere ao orçamento público, julgue o

item que se segue.

Para que um projeto de lei relativo ao orçamento anual seja aprovado, é suficiente

que seja apreciado pela Câmara dos Deputados.

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Errado.

Para resolver essa questão, basta ter em mente o caput do artigo 166 da CF/1988.

Reveja, com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamen-


tárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

60. (CESPE/TCU/TÉCNICO/2012) No que se refere ao orçamento público, julgue o

item que se segue.

É cabível que lei complementar estabeleça normas referentes às condições para a

instituição e funcionamento de fundos.

Certo.

A assertiva em tela está de acordo com o Inciso II do parágrafo 9º do artigo 165

da CF/1988. Confira, com grifos nossos.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


§ 9º Cabe à lei complementar:
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

61. (CESPE/TCU/AUDITOR/2013) A respeito dos orçamentos públicos, julgue o

item seguinte.

Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são discipli-

nados por leis cuja iniciativa é do Poder Executivo.

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Certo.

Verdade! Confira na literalidade do artigo 165 da CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

62. (CESPE/DP-RN/DEFENSOR/2015) Assinale a opção correta acerca do regime

constitucional dos gastos públicos.

a) A existência de prévia autorização legislativa é requisito suficiente para a aber-

tura de crédito suplementar ou especial.

b) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate-

goria de programação para outra ou de um órgão para outro não depende de prévia

autorização legislativa.

c) A instituição de fundos de qualquer natureza pode ser autorizada por decreto

do Poder Executivo, circunstância em que tal ato terá a natureza de decreto au-

tônomo.

d) Para se iniciar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro,

basta que esse investimento esteja previsto na LOA do primeiro exercício financeiro

de sua execução.

e) O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclu-

são deles na LOA.

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Letra e.

Colega, a alternativa correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos é

a letra e, já que o artigo 167, inciso I, da CF/1988 proíbe o início de programas ou

projetos que não tenham sido incluídos na LOA. Confira o mencionado dispositivo,

com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

Vamos agora associar incisos desse mesmo artigo às demais alternativas da ques-

tão que, como você perceberá, estão erradas.

a) Errada. Está em desacordo com o inciso V:

V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

b) Errada. Está em desacordo com o inciso VI:

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria


de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização le-
gislativa;

c) Errada. Está em desacordo com o inciso IX:

IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

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d) Errada. Está em desacordo com o § 1º:

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá


ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”

63. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro regulamenta
a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita
pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e controle da exe-
cução orçamentária.

Errado.
Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que discipli-
na a atividade financeira do Estado, que abrange a receita pública (obtenção de
recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).
Por seu turno, o Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico,
que disciplina o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por
particulares quanto pelo próprio Estado.

64. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência ao direito financeiro, julgue o


item seguinte.
Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais
acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência
legislativa à União.

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Errado.

Na verdade, essa competência é concorrente. Confira no artigo 24 da CF/1988,

com grifos nossos:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorren-
temente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;

65. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e

orçamento, julgue o item a seguir.

No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que

abranjam territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

Errado.

Em verdade, não existe essa vedação, existindo, inclusive, no manual de elabora-

ção do PPA federal, uma indicação para que os programas possuam metas regio-

nalizadas, sendo que a regionalização será expressa em macrorregiões, estados ou

municípios.

66. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-

cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de

elaboração do orçamento anual.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Introdução ao Estudo das Finanças Públicas e do Orçamento Público

Prof. Manuel Piñon

Errado.

Na verdade, as metas e os riscos fiscais, documentados no anexo de metas fiscais

e de riscos fiscais, integram a LDO.

67. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito dos fundamentos da gestão finan-

ceira e orçamentária, julgue o item a seguir.

A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do plano

plurianual do exercício de referência.

Errado.

Sim, é verdade que o PPA e a LDO são referências para a LOA, entretanto, a sua

aprovação não está condicionada à aprovação do PPA.

Em verdade, como os dois projetos são enviados até a mesma data, não seria ra-

zoável condicionar a aprovação da LOA à aprovação do PPA.

68. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos prin-

cípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da

lei orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo

intermitente no que diz respeito a análises e decisões.

Errado.

Em verdade, o ciclo orçamentário é um processo dinâmico, flexível, integrado e

contínuo, em que se planeja, elabora, aprova, executa, controla e avalia a pro-

gramação de gastos do setor público, tanto no aspecto físico quanto no financeiro.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Introdução ao Estudo das Finanças Públicas e do Orçamento Público

Prof. Manuel Piñon

69. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue o

item a seguir.

Além de apresentar harmonia com o plano plurianual e estar voltado para a redu-

ção de desigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de

investimento deve conter as previsões de receitas e despesas de todas as empre-

sas nas quais a União detenha participação societária.

Errado.

Na verdade, o orçamento de investimentos contempla os recursos destinados so-

mente às empresas cujo controle (maioria do capital social com direito a voto) per-

tença ao Governo Federal, e não a qualquer participação societária.

70. (CESPE/ANTT/ANALISTA/2013) A respeito de orçamento público, julgue o item

a seguir.

O plano plurianual deve ser elaborado com vistas ao fortalecimento da unidade

federativa, sendo, portanto, vedada qualquer forma de regionalização de objetivos

ou de diretrizes governamentais.

Errado.

Isso não é verdade! Pelo contrário!

De acordo com o artigo 165, § 1º, da CF/1988, a lei que instituir o plano plurianual

estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da adminis-

tração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para

as relativas aos programas de duração continuada.

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