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Introdução

É chamado de Tráfico negreiro o envio arbitrário de negros africanos na condição


de escravos para as Américas e outras colónias de países europeus durante o período
caracterizado como colonialista.
Durante a Idade Moderna, primordialmente depois que se descobriu a América, in-
tensificou-se o comércio escravo, sem qualquer limite quanto à crueldade praticada, visava-
se somente o lucro que se obteria com a venda de homens, mulheres e crianças vindas
direto da África para as Américas.
A escravidão ocorre desde a origem de nossa história, quando os povos que eram
derrotados em combates entre exércitos ou armadas eram aprisionados e transformados
em escravos por seus dominadores. O povo hebreu é um exemplo disso, foram
comercializados como escravos desde os primórdios da História. Os escravos eram usados
nos trabalhos mais pesados e toscos que se pode imaginar.
A explicação encontrada para o uso da mão-de-obra escrava fazia alusão a
questões religiosas e morais e à suposta preeminência racial e cultural dos europeus.
DESENVOLVIMENTO

Os africanos aprisionados pelos portugueses quando aqui chegavam eram cedidos


por um determinado preço, como se fossem uma mercadoria qualquer. Os que tinham uma
saúde mais perfeita chegavam a ser comercializados pelo dobro do valor em comparação
aos velhos e fracos.
A tarvessia do continente africano para o Brasil era feita nos porões dos navios
negreiros, com os negros empilhados da maneira mais insalubre e desumana possível,
sendo que muitos deles nem sequer chegavam vivos, tendo seus corpos atirados ao mar.
Nas fazendas açucareiras os escravos trabalhavam de sol a sol, recebendo para
vestir apenas um pedaço de pano ou qualquer peça de vestuário velha, dormiam nas
senzalas – barracões escuros, húmidos e com quase nenhuma higiene –, acorrentados para
não fugirem.
Os castigos eram frequentes, sendo o chicote a punição mais utilizada no Brasil
colónia. Aos negros era vedado o direito de exercer sua religião de ascendência africana e
manter a sua cultura – festas e rituais africanos eram terminantemente proibidos –, eram
obrigados a professar a religião católica, determinação dos senhores de engenho, e a
comunicar-se utilizando a língua portuguesa.
Apesar das proibições, os negros, ocultamente, realizavam seus rituais e suas
festas; foi neste período que se desenvolveu um tipo de luta que ficou muito conhecida aqui
no Brasil: a capoeira. Eles também desenvolveram o candomblé, a umbanda, e outras
religiões, nas quais ritos africanos eram mesclados a elementos do catolicismo, dando
origem ao famoso sincretismo religioso brasileiro.

O negro não aceitou a escravidão pacificamente, as agitações ocorriam quase


regularmente nas fazendas, escravos em bandos fugiam, criando nas florestas os
célebres quilombos - lugares aonde habitavam apenas escravos fugitivos - ali viviam em
liberdade para realizar seus rituais, suas festas e também para falar sua própria língua. O
quilombo mais importante foi o de Palmares, cujo líder foi Zumbi.
CONCLUSÃO
Em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queiroz, a qual punha um fim ao comércio
negreiro; em 28 de Setembro de 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre, concedendo
liberdade aos filhos de escravos que nascessem a partir daquele momento. Finalmente, no
ano de 1885, foi anunciada a Lei dos Sexagenários, que contemplava com a liberdade os
escravos com mais de 60 anos.
Foi só no final do século XIX que definitivamente a escravidão, a nível mundial, foi
abolida de vez do quadro negro da história. No Brasil a Abolição só se deu no dia 13 de
Maio de 1888, com o anúncio público e oficial da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.
Fontes
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm
http://www.zbi.vilabol.uol.com.br/otrafico.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_negreiro

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